E encerrando o capítulo!
Nesta
hora mordi a língua e pedi desculpas pela Taylor. Tinha me esquecido que eu a
venci! Agora posso dizer que minha festa da ressaca teve um desfecho muito
legal.
Durante
os outros meses, foi puro estudo. E no começo de outubro começou a preparação
para festa de Halloween e quem organizava era Fefe, Mary Anne McCartney e
Evanna Davies. Neste tempo começou as eleições para presidente do curso. Hã?
Como assim? É tipo um grêmio estudantil?
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Eu não acredito nisso. – Resmunguei para Odile e os Monkees na cantina. – Eu me
livrei desta palhaçada no ensino médio e tem aqui? Achava que se aplicava nas
universidades americanas.
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Eu também. – Concordou Davy.
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Amo essa época do ano. – comentou Odile. – Amo até mais que o Natal.
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Odile, você ouviu o que eu disse?
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Você odeia eleições. Mas veja bem, não tem candidato confiável.
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Tem sim! – Micky Dolenz até fez pose de político. – Eu!
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Meu voto vai ser anulado! – eu ri disso. – Por que se você for o candidato,
estamos perdidos.
Todos
rimos.
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E você sabe que adoro política e Halloween.
Antes
mesmo de sair da sala de aula, avistei Jeff Beck e Meg Johnson desfilando pelo
campus e ao mesmo tempo uma das meninas distribuía o tabloide da faculdade e
advinha quem estampava a capa? Eles! O casal lindo e nojento! Rasguei em mil
pedaços.
--
Sabia que custou caro? – disse a menina que distribuía.
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E sabia quantas árvores cortou pra imprimir essa porcaria? Não se preocupe, vou
jogar no lixo reciclável!
Me
afastei logo dali. Meus amigos conversaram comigo no objetivo em me distrair.
Odile e Micky se candidataram. Enquanto a preparação da festa rolava, os
debates e a campanha política eram quentes e desafiadoras. Pela primeira vez,
Micky Dolenz falava sério quando ia ser concorrente político. Americanos! E nem
sei de que lado é, se é democrata ou republicano.
--
Eu voto em você se implantar o comunismo. – Disse Ana, na biblioteca para o meu
irmão.
--
Ana, eu não vou me candidatar para presidente do meu curso. – Respondeu Mickey enquanto grampeava mais um
trabalho.
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Se você fosse de Artes Cênicas, pediria pra votar na Odile. – falei.
Executei
meu voto e nem quero ver como vão reagir o resultado, que por sinal, é no fim
de outubro. E voltando a festa de Halloween, consegui a fantasia perfeita: a
noiva vampira do Drácula. Odile optou em ser Mina Harker na versão da Winona
Ryder. Mickey conseguiu se transformar no Michael Jackson zumbi do clipe
Thriller. E chegamos na festa. Cumprimentei todo mundo. Reparei que havia uma
galera que nunca vi e as fantasias um tanto originais. Festa estranha com gente
esquisita, já ouvi isso antes...
Em
meio a tudo isso me distanciei da Odile e do meu irmão e fui procurar outras tribos
para me socializar. No canto dos morcegos de borracha, vi uma garota alta com
quatro caras. O mais tagarela era loiro. Lembro dele. É do curso de Odontologia
e fica caçando garotas. O outro, um bem cabeludo, é nerd e astrofísico. Esse
será um futuro Einstein. O outro, bocudinho, cara de príncipe da Pérsia e
delicado, usava roupa purpurinada. Acho que ele pretendia ser uma versão gay do
Drácula. E realmente gostei do estilo dele. A moça em questão, também lembro
dela, mas do curso de Moda e é colega do príncipe da Pérsia. Acho que o nome
dela era Beth ou Bettina e ela tava vestida de Malevola. E o outro cara,
caladão e vestido de Van Hellsing e com direito uma espada, só ouvia e exibia
um sorriso. Em seguida surgiu outra moça. Ela é ruiva e me lembrou um pouco de
uma personagem das revistas do Archie. E ela roubou um beijo do Van Hellsing
quieto. E pelo visto a fada alta não curtiu e se despediu do quarteto. Queria
fazer amizade com eles. O problema era que talvez não queiram falar com uma
caloura e aquele grupo são dos veteranos.
Voltei
para a festa. Ou melhor, não entrei no salão. Mandei mensagem pro Gerd, até
descobrir que a Fefe trouxe não só ele como também os alemães. A festa
continuou no alojamento delas. Naquele instante fiquei triste porque Odile e eu
nos inscrevemos para conseguir um alojamento, mas eramos só duas e precisavam
de pelo menos 4 ou 5 pessoas. Quando Fefe fazia os pedidos, fiquei na janela do
alojamento que dá de cara para a rua. Ainda se ouvia o som da festa.
--
Opa! Opa! Opa! – Berrava Mickey, falando com a Fefe. – Eles estão namorando?
E
pelo visto, ele descobriu a verdade por trás das mensagens.
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Ah qual é? – Fefe é que respondia. – Os dois se gostam. Deixa assim.
O
resto da noite vocês sabem o que aconteceu. E agora pulemos para a véspera de
natal, onde aconteceu na casa do Chris e da Ana, reunimos a English Band e as
garotas e tivemos os Monkees e as Monkettes de penetra. E claro, a tentativa da
minha prima dar uma de Cupido para Uli e a Rosie. Não vai dar certo. E ainda
assumo que tive ciúmes da Alice e o Gerd conversando. Então sai de casa e
fiquei no jardim, chorando.
Gerd
veio logo em seguida.
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Ursinha...
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Me deixa! – Falei e me afastando dele. – Ela gosta de você mais do que eu. E é
bonita.
--
Alice é gentil. E tem o texano. – Ele justificou. – Ursinha...
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Eu...
Fui
interrompida com a chegada de mais dois carros e uma... moto Honda. Puxei Gerd
e entramos para dentro.
--
Tem gente chegando! – Gritei em meio a partida do Just Dance com Paul e Uli.
Todo
mundo parou o que fazia naquele instante e Chris e as gêmeas abriram a porta. A
maior surpresa aconteceu.
--
É aqui que tem uma festa de natal? – Quem perguntou era Bobby Moore, do West
Ham, de mãos dadas com Marianne Jones.
Continua...
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