Boa tarde pessoal! Hoje numa vibe tenista com a leitura de Carrie Soto Está de Volta, decidi escrever essa drabble mostrando quem é Rosie Donovan, a tenista implacável. Boa leitura!
O
caminho da vitória__ Srta. Maya
Torneio de Roland Garros – 8h50 da manhã –
intervalo
Rosie abaixava a cabeça resignada em perder
o primeiro set. Inicialmente começou ganhando dois games e depois com as
insistentes fisgadas na panturrilha direita, ela diminuiu sua velocidade e mal
conseguia rebater as bolas. Quando o juiz apitou o fim daquele set, as tenistas
voltaram sua atenção para seus respectivos treinadores. A ruiva era treinada
por sua mãe, Martha Donovan e seu padrasto Thomas Smith.
-- Calma... – Martha secava o suor do rosto
da filha e dava garrafa de água gelada. – Boyd teve sorte e agora respire e
volte.
-- Preciso ir ao banheiro. – Disse a ruiva,
caminhando devagar. Em seguida a irmã
mais nova dela foi junto.
Vivian entrou na cabine da irmã e ambas
sacaram seus celulares. A conversa era digital, sem as vozes de ambas por medo
de serem ouvidas.
- Vivian
A dor voltou na perna?
- Rosie
Sim.
- Vivian
Ah Deus! Eu trouxe seus remédios!
Ela tirou do bolso da bermuda um saquinho
lacrado contendo um tipo especial de analgésico, que faz as dores musculares
sumirem em segundos. Rosie passou a tomar aquelas drágeas faz dois anos quando
a panturrilha deu problema. Ela foi submetida a cirurgias e sessões de
fisioterapia. No entanto isso custou demais pois ficando fora dos jogos,
facilmente as tenistas começaram uma guerra civil para superar seus recordes,
algo que a ruiva de Liverpool não tolerava. Ela não tinha nenhuma empatia pelas
adversárias e cada jogo mostrava sua crueldade em cada tacada, golpe de
velocidade e saques agressivos. Mas, pela primeira vez... Ela não tomou.
Ela guardou o celular.
-- Tem Dropanam?
Vivian chorou e deu a ela um anti-inflamatório
comum e se negou a tomar aquelas bombas. Elas saíram do banheiro, devidamente
preparadas. Martha encarou a filha.
-- O que aconteceu?
Rosie derrama uma lágrima e não respondeu.
-- Olha pra mim! –- A mãe segura o rosto da
tenista. – Acontece com todos. É só um set. Desta vez você vacilou e agora não
vai se repetir. Eu quero a minha filha, a destruidora de tenistas ousadas,
minha Fênix enfurecida, minha Liverbird de volta! Vai lá e acabe com aquela
loirinha!
Rosie suspirou forte e voltou para quadra.
Os olhos verdes se transformaram em outra cor, talvez um tom avermelhado e as
mãos segurando firme a raquete. Ali a Liverbird de Mersey acordou. E meia hora
depois o set era da ruiva. O resto era saques firmes e urros de uma loba
ensandecida. Os fãs vibram com aquele jogo. Rosie Donovan tomou o caminho da
vitória. Entretanto... Custou outra consequência. As dores no peito...
(Continua
em Match Point, por Mariana Pereira)
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