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35 - How Deep is Your Love
(Extrato de Rush 1)
Paul Breitner saltou da cama apressado, lembrando de algo a ser resolvido. Mas não era isso e sim a causa era um pesadelo aparentemente estranho. Ele tinha chegado na casa de Anastacia Rosely e foi apresentado para família dela e também aos McGolds e na vez de um deles, houve uma mudança drástica do cenário. Todos sumiram e só restaram ele e o jovem McGold à sua frente. Não era um duelo e mesmo se fosse, não era justo, pois Paul não tinha arma alguma para se defender e tudo que presenciou foi um tiro de escopeta em sua direção que o fez acordar.
– Paul! – Ana o segurava. – Calma. O que foi?
– Sonhei que alguém ia me matar.
– E você lembra quem era?
Paul lembrava do rosto, mas o nome dele não. Aquele sonho o intrigou e o fez entrar em alerta. Poucos dias depois se acalmou apenas observando sua amada escrever outro livro na mesa da sala.
– Amanhã vamos conhecer minha família.
Quando enfim chegou o derradeiro dia da apresentação, ele ficou nervoso e contou toda a verdade. Ana o tranquiliza, dizendo que ninguém faria tal coisa. Os Romanovs e os McGolds por parte do finado Anthony foram receptivos e na hora do almoço, quando todos já estavam juntos, Michael chegou atrasado.
– Cheguei mommy! – Mickey trazia sacolas de presentes e estava muito animado. – A mona da Louise chegou?
– Não, mas a Ana chegou e com novo namorado.
A cena a seguir lembra bastante quando dois inimigos se reencontram depois de muito tempo ao som de uma música de suspense, seguido de um riff de guitarra conhecido.
Mickey estendeu a mão para ele.
– Prazer em te conhecer.
Paul se afasta e o observa em pânico. Naquele instante sua mente se desligou rapidamente para processar o jeito de Michael. Se Louise McGold já era uma garota meio maluquinha, o irmão certamente demonstra esse dom. Se Mickey chegou em casa com toda aquela jovialidade para alguém que é psiquiatra e pintor, não representa ameaça. A menos que ele soubesse disfarçar muito bem, enganando até James Bond se existisse. Então…
– Desculpe… – Breitner deu um risinho nervoso. – Fiquei com medo que você me desse um tiro.
– Ah relaxa, cara. Sou pacifista fanático. – Respondeu tranquilamente.
Eles apertaram as mãos devidamente e se apresentaram. Sem saber que no futuro, não muito distante, seus destinos estariam entrelaçados de alguma maneira, mas isso é outra situação.
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