sábado, 8 de dezembro de 2012

Imagine (poesia)

Oi pessoal!
Para os fãs de John Lennon, hoje faz 32 anos que esse beatle nos deixou, um tanto cedo na minha opinião. Se eu pudesse dizer umas palavras, essas seriam que ele será eternamente lembrado pelas suas músicas, seu jeito de ser e suas atitudes. Descanse em paz, Lennon!
Enquanto leem minha poesia, escutem 4 músicas dele que me ajudou a escrever.

  1. (Just Like) Starting Over
  2. A Day In The Life
  3. Jealous Guy
  4. Imagine




Imagine--  Maya Amamiya


Imagine... Como renascer uma nova pessoa.
E poder estar contigo.
Assim iremos voar juntos.
E quando te vejo,
Parece que me apaixonei de novo por ti.

–-L—E—N—N—O—N--

Imagine... Alguém e seus martírios.
A insegurança de seus sentimentos,
A sensação de perder tudo,
Brigar com quem não deve.
Mas no final, pede perdão.
No fundo nunca magoaria ninguém.
Ele é apenas um moço com seus ciúmes.

–-L—E—N—N—O—N--

Imagine... Um dia de sua vida.
Acordei e li as noticias do dia.
Todas tristes.
Uma delas continha uma foto.
Um acidente de carro.
Não era sua culpa por não ver o sinal.
A multidão assistiu tudo de perto.
Tentaram reconhecê-lo...
Mas ninguém tinha certeza
Se ele veio da casa dos Lordes.

–-L—E—N—N—O—N--

Imagine... Entender todas essas palavras.
Jogos, misturas, trocadilhos..
Parece um jogo das mentes.
Mas garanto-te, leitor
Com essas palavras em cada estrofe,
Não há misturas.
E sim uma união.
Imagine um mundo onde todos vivem
Na mais perfeita harmonia.

FIM
Porto Alegre, 8 de dezembro de 2010
Inara Angélica –
Maya “Lennon” Amamiya



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Inverno de Amor (Oneshot)

Olá!
Mais uma vez, venho postar uma nova fanfic de banda, mas desta vez não é de minha autoria. A fanfic se chama "Inverno de Amor", escrito pela minha amiga Mariana Pereira, que alias, faz parceria comigo na fanfic do Who, "Love Sell Out". "Inverno de Amor" se passa durante a minha obra, "Laços do Blues", um mini romance entre o baterista da banda Cream, Ginger Baker e Marianne Jones, colega de quarto de Rosie Donovan.

Boa leitura!


Inverno de Amor__ Mariana Pereira

É. O dia começou preguiçoso. Estava frio, nevando um pouco, pensei se ia ou não sair de minha cama e ficar vendo T.V.,ou se enfrentaria aquele belo frio pra ver Ginger. Das duas opções, escolhi ir encontrar meu amor.
Vesti simples camiseta,coloquei uma calça jeans,coloquei uma meia-calça para esquentar e calcei uma sapatilha,procurei minha câmera e a coloquei a na bolsa,queria registrar cada momento com Ginger,para jamais esquecer esse dia maravilhoso.
Olhei para o relógio,11h30, eu realmente estava atrasada,e ainda teria que passar na faculdade,pra conversar com um colega do curso de jornalismo,chamado Tom Middler. Sai de meu quarto e fui em direção a cozinha,tomei uma xícara de café e vi que Rosie distraída lendo um jornal e escutando Cream .
-Aonde vai toda arrumada assim Marianne?São só 11h30 – disse Rosie parando de ler o jornal – pensei que não tivesse aula hoje?
-E não tenho amiga!Irei encontrar Ginger – respondi toda alegre – e já estou até atrasada!Ainda tenho que passar na faculdade!
-Então corra menina! – disse Rosie, enquanto eu saia pela porta – e diga a Ginger dizer a Eric,que o amo!
-Pode deixar!Até logo amiga!
-Até.
Apressei-me o mais rápido que pude,e fui andando até a biblioteca da faculdade e encontrei Tom,que se frustrava em meio aos livros sobre jornalismo e como ser jornalista.
-Jornalismo se faz na prática!Esqueça os livros! – disse a ele inúmeras vezes –vamos pegue um bloco,você tem que aprender a tomar nota de tudo!
-T- tudo bem Miss Jones – dizia ele assustado.Ajudei ele até 14h30,e mais uma vez eu estava atrasada.
Tomei um ônibus até o centro da cidade,para finalmente encontrar Ginger num pub de nome tão irônico quanto tudo : “Alegrias de Inverno”.Lá estava eu com um papelzinho com um endereço do pub em minhas mãos,procurando o lugar,com um certo de ficar medo de ficar perdida.Mas pela sorte,eu encontrei o pub,e minha fome aumentava.
Quando entrei no Pub,encontrei Ginger bebericando uma cerveja e fumando um cigarro .Quando me viu se levantou e ,e me beijou como se me visse a tanto tempo que fez meu coração quase explodir de tanta alegria.
-Estava com saudades, minha pequena –disse ele afagando meus cabelos- venha,senta-se, quer beber algo?
-Uma cerveja – respondi um pouco calma,não costumo beber,mas hoje abri uma excessão.Até esqueci a fome.
-Já que você insiste,Mike!Traga uma cerveja aqui pra aninha garota!
-É pra já!
-Acordei tarde hoje –disse eu enquanto bocejava.
-Eu também acordei tarde hoje – disse ele – 13h00 quando sai da cama e tomei café,nem almocei.E você?
-Eu acordei era 11h30 – nesse instante Mike chegou com a minha cerveja,e comecei a ignorar a minha fome que aumentava a cada momento.
-Gostariam de mais alguma coisa? – perguntou Mike gentilmente.
-Não,obrigada – respondi.
Ginger e eu conversamos sobre tudo que nos veios em nossas mentes: amor,saudades,músicas,nossas vidas e cervejas,muitas cervejas!Acabamos bebendo mais do que devíamos,e ficamos um pouco risonhos.
-Meu bem,tem uma exposição sobre Van Gogh no museu aqui perto e eu to muito afim de ir!Vamos? – perguntei enquanto trocávamos uns beijos.
-Sim,mesmo não encontrando nenhum sentido nos museus – disse ele calmamente.Ginger pagou todas as cervejas que bebemos,e fomos para o museu que ficava a dois quarteirões do pub que estávamos.No caminho Ginger,me contou como ficava estressando Jack e aturava o romântico Clapton,que vivia falando de sua Rosie o dia inteiro para ele,sem deixar este contar sobre sua pequena Marianne.
Quando chegamos ao museus,vimos que as escadas estavam congeladas,comecei a subi-las cautelosamente,enquanto Ginger quase caiu delas.E quase me matei de rir.
-Calma garotão – disse eu,enquanto agarrava seu braço para ele não cair.
Durante toda a exposição expliquei a ele a arte de Van Gogh,seu modo de pintar,sua vida,cada quadro,e muitas outras coisas.Mas notei que ele não estava lá prestando muito atenção naquilo tudo que eu estava falando,devia estar pensando em mim ou qualquer outra coisa que ocupava aquela mente

Nos pensamentos de Ginger...
“Ela fala muito bem...” pensava ele enquanto Marianne explicava aquelas complicadas sobre arte “...Oh sim,parece música para os meus ouvidos!Pena que não entendo nada dessas coisas de arte...”
Voltemos a realidade

As vezes nos sentávamos um pouco para descansar um pouco e namorarmos um pouco,que até uma mulher ficou brava com nós dois!
-Isso aqui é um museu,não a casa de vocês!Pra poderem ficarem se agarrando! –gritou ela.Não nos importamos e continuamos a namorar,naquele museu vazio.
E depois de um tempo ficamos muito entediados de ficar lá,e resolvemos ir embora de lá.Quando saímos de lá,peguei um desses panfletos que explicavam sobre a exposição e comecei a ler e nem notei que estava andando,que acabei escorregando e cai sentada nos degraus daquela escada meio congelada da entrada do museu.Ginger olhou para trás e se apavorou vendo eu caindo e quando foi me pegar,eu acabei caindo em seus braços.
-Calma amor! – disse ele enquanto me pegava e me abraçava fortemente impedindo que eu respira-se – você esta bem?Se machucou?Quer ir ao médico?
-Não,eu estou bem! – disse limpando toda neve que havia em mim e começando a rir demais – ainda bem que ninguém viu isso! E vamos dar uma volta nesse parque? – disse enquanto apontava para o parque em frente ao museu.
-Vamos – respondeu ele – mas tem certeza que você não quer ir ao hospital?
-Tenho!E vamos logo.
Andamos aquele parque inteiro conversando sobre tudo e Ginger me perguntava a cada instante se eu estava bem e seu eu não queria ir ao hospital e se queria algum cigarro ou café,ele estava realmente muito preocupado comigo!E isso era muito fofo.E depois de algumas voltas encontramos um banco isolado,e acabei deitando em seu colo e comecei a tirar fotos dele,fazendo com que o filme da câmera acabasse.
E depois de muito tempo juntos,acabamos nem notando que já estava escuro e já estava na hora de nós irmos para a casa,pois estávamos exausto demais.Tomamos um taxi que nos levaríamos até a faculdade,e quando o taxi começou andar eu simplesmente adormeci nos braços de Ginger, e enquanto dormia senti um pequeno toque em meus lábios,que tinha sabor de cigarro com menta.
Quando acordei já eram 22h40,e estava em minha cama de meu quarto e no criado mudo estava minha cama e debaixo dela havia um bilhete escrito:

“Você dormiu e eu acabei te trouxe pro seu quarto!Você é um anjo dormindo!Eu te amo minha pequena,
De seu amado,Ginger.”


Respirei fundo e sussurrei: "Amo você demais também,meu Ginger.”




quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Thank You, Rosie! (Songfic)


Thank You, Rosie!-- Maya Amamiya

John POV

Nossa, que cansaço! O show no Palladium me deixou todo quebrado.  Só me faltava agir como um velho em plena juventude dos meus vinte e três anos. Ainda se podiam ouvir as fãs gritando mesmo estando nos bastidores.  Brian nos elogiava pela performance “histórica”. Para mim que já estava acostumado com improvisos durante o show, não foi uma grande surpresa. Bom, não foi até aquele momento em que a vi....



Oh, oh,
You?ve been good to me, you made me glad when I was blue,
And eternally I?ll always be in love with you,
(Oh, oh,
Você foi boa para mim, você me fez feliz, quando eu estava triste,
E eternamente eu vou sempre ser apaixonado por você)




De inicio todos, inclusive eu, pensamos se tratar de mais uma fã maluca que invadiu os bastidores. Não sei como ela fez isso.  Uma coisa que posso dizer é que algo tão notável como aquilo foi digno de nota. Digo ainda que nenhuma fã conseguisse passar pelos guardas e nos alcançar. E ela conseguiu. Não só me tirou dos pensamentos preocupantes como também despertou minha atenção mexeu com minha vida.




And all I gotta do is thank you girl, thank you girl.
I could tell the world, a thing or two about our love,
(E tudo que eu tenho que fazer é agradecer a você garota, agradecer a você garota
Eu poderia dizer ao mundo, uma coisa ou duas sobre o nosso amor,)




Admito mais uma coisa: não consegui pensar em mais nada a não ser nela. E por que será? Essa pergunta ouvia sempre de todos, especialmente de Paul.
Não entendia. Amava Cynthia e meu filho, mas por que raios a menina de Liverpool estava na minha cabeça?



 I know little girl, only a fool would doubt our love,
And all I gotta do is thank you girl, thank you girl.
(Eu sei pequena garota, só um tolo dúvida do nosso amor,
E tudo que eu tenho que fazer é agradecer a você garota, agradecer a você garota)



Passado um tempo resolvi passear por toda Liverpool e relembrar os maiores momentos que passei nos lugares. Até que reparei na Av. Charlton Presto uma galeria de arte. Como gostava de tudo relativo a pinturas e desenhos, vi uma área dedicada de desenhos de diversas formas e com... Minha fisionomia. Quem teria tanto talento assim?  Perguntei alto para ver se alguém pudesse me ouvir e responder. E tudo que ouvi era uma voz meio tímida vinda de uma garota de dezoito anos, mediana, ruiva, olhos cor de esmeralda e um corpo muito bem feito.  Veio dela.




 Thank you girl for loving me the way that you do, (way that you do),
That?s the kind of love that is too good to be true,
(Obrigado, garota, por me amar da maneira que você faz, (maneira que você faça)
Esse é o tipo de amor que é bom demais para ser verdade,)




–- Fui… fui eu, Sr. Lennon.—ela respondeu. Mas que voz lindíssima. Se ela não fosse pintora, seria com certeza uma grande e bela cantora. Ela é como as Musas da mitologia grega.  Aquelas deusas dotadas de beleza e sabedoria, inspiraram muitos escritores e intelectuais. Até hoje inspiram, como podem ver.




And all I gotta do is thank you girl, thank you girl.
Oh, oh,
You?ve been good to me, you made me glad when I was blue,
(E tudo que eu tenho que fazer é agradecer a você garota, agradecer a você garota
Oh, oh,
Você foi boa para mim, você me fez feliz, quando eu estava triste,)




Conversei muito com ela. No entanto, meus compromissos falaram mais alto.
Antes de ir, ela disse seu nome. Rosie Donovan. Então a musa tem um nome.  Numa folha de caderno fornecido na galeria, rabisquei um convite e presenteei com uma rosa vermelha.  No dia seguinte eu a vi mais uma vez, só que no hotel onde eu e a banda nos hospedamos temporariamente.  E naquela tarde tantas coisas aconteceram...




And eternally I?ll always be in love with you,
And all I gotta do is thank you girl, thank you girl.
Oh, oh.
(E eternamente eu vou sempre ser apaixonado por você,
E tudo que eu tenho que fazer é agradecer a você garota, agradecer a você garota.
Oh, oh.)





O show no Palladium, o encontro na galeria e no hotel me fizeram crer numa coisa: tinha me apaixonado por ela. Mas não tinha nem como acontecer isso.  Meu compromisso com Cynthia e meu filho eram minha prioridade.
Mesmo agora casado de novo, só que com Yoko e tendo outro filho com meu sangue, não a esqueci. Rosie esteve e sempre estará em meus pensamentos.
Foi graças á ela que consegui compor diversas músicas. Se houvesse alguma canção no qual eu pudesse dedicar, essa seria como meu agradecimento: Obrigado, Rosie!





FIM


Lennon (poesia)

Sei que deveria postar no aniversário do John Lennon mas aqui estou para mostrar minha homenagem a ele.

Sugestão da autora: Leia e ouça as músicas Imagine, In My Life, Jealous Guy, Mother, Happy Xmas (War is Over) e All You Need Is Love.


Lennon-- Maya Amamiya

Ao meu redor, me representa uma realidade.
A realidade de um mundo quase separatista,
Onde as guerras destroem casas,
Famílias perdem seus amados filhos,
E mortes, muitas mortes.
E há também a briga das religiões que prevalecem.
Pergunto-me: que tipo de mundo é esse?
Onde está paz?
 Por que tantas guerras e armas?
Acredito que não sou a única sonhadora.
Houve alguém que sonhou com isso.
Lutou por seus ideais. Pela paz.
Seu tempo de existência na terra foi curto.
Mas plantou aquele sentimento tão pacífico nas pessoas.
Minha vida teve percalços iguais ao dele.
Ele se julgava uma pessoa ciumenta. Um cara ciumento.
Eu não sou ciumenta. Talvez seja.
Mamãe, o adeus é breve, mas voltarei.
Chega o natal. Eu não esqueci.
O ano vai terminar, eu sei.
E começará tudo outra vez.
A guerra acabou... Se você e todos quiserem.
A batalha pela paz ainda não acabou.
Posso não tê-lo conhecido antes de sua morte.
No entanto, seu estilo chamou-me a atenção.
E sempre digo aos meus amigos:
Imagine todas as pessoas,
Vivendo por hoje, pelo amanhã.
E tudo que você precisa é de amor.
Obrigada pela paz e o amor nas pessoas, Lennon!



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PS I Love You, John! (último capitulo)


Atenção, leitor(a): É neste capítulo que tem a cena NC-17 (proibida para menores de 18 anos)

Capitulo 2: Segundo encontro, surpresa e despedida.


–-O que????—Essa é a pergunta que minha grande amiga, Jane Berkley fez de olhos bem grandes de espanto.
–- Pois é amiga. Mas não sei, sabe? Não é recusa não. E sim se é mesmo verdade. John tem fama de ser meio mulherengo...
–Meio Mulherengo?!—Indagou minha outra amiga, Suzan Hardison. – Ele é uma ave de rapina de tão pegador isso sim, Rosie!
–- Mas será que devo ir?—Deu para perceber que fiquei com muito medo se devia ir ou não, já que mamãe não me deixava ir para outros lados da cidade a não ser da galeria para casa e vice-versa.
–- Está com medo, né?—Insistiu Jane
–-Eu? Claro que não!
–-Então prove!—Falaram as duas em coro.
Como provar que não estava com medo? Pensei e pensei numa desculpa e nada. Até que...
–-Se você não for Rosie, eu vou, mas para me encontrar com Macca. – Disse Jane, que tanto amava Paul. Se minha irmã Vivian souber disso, ia haver banho de sangue das rivais. E rapidamente falando, na época em que Paul anunciou seu noivado com Jane Asher, todas as fãs dele ficaram felizes... Menos Vivian e a Berkley. Já deu para entender o porquê, não é? E diante de tal ultimato, me levantei e disse firmemente.
–- Nem pensar, Jane! John me convidou e... Eu vou!!!
–- Vai ter que provar para nós!—Ainda desafiou Suzan. Bom o desafio foi lançado.
Sexta-feira, 14h da tarde e um dia lindo fazia. Tive sorte, muita sorte, pois naquele dia a galeria fechou mais cedo. Tia Julia teve de ir para casa resolver uns problemas e resolvi ficar um pouco mais na rua para passear. Minhas amigas foram juntas. Fomos até o local do meu encontro. Pegamos nosso ônibus e conseguimos chegar na Av. Saint Julius, 12. Caminhamos um pouco e paramos em frente a um prédio bem luxuoso. Talvez um dos hotéis mais chiques de toda Merseyside, Liverpool Blue Stars Hotel.
–- Chegamos, amiga.
–- Agora é com você.
O problema é: como entrar no hotel sem ser barrada? Mais uma vez pensei numa estratégia de guerra.
–- Meninas tenho uma idéia!
–- Fale.
–- Você e Sue tentam falar com recepcionista e enrole ele bem na conversa e enquanto isso eu entro sem ser notada.
–- A idéia é ótima, mas quer brincar de espiã?—Suzan gosta de ser sarcástica em momentos de pessimismo.
–- Não é brincadeira. É ação, Sue e Jane. Então, vamos nessa!!
O plano deu inicio. As garotas ficaram conversando com jovem recepcionista que aceitava o papo delas. Entrei bem disfarçadamente, cumprimentei todos os hóspedes como se fosse também um deles. No papel onde Lennon escreveu, ele deixou o número do quarto que era o 123 no 3º andar. Entrei no elevador, apertei o botão do meu destino e fui. Chegando no 3º andar, só dei quatro passos e olhei para a porta a direita. Sim, o número 123.
Mas tive uma surpresa. Oh sim! Bati na porta bem discreta e como por mágica, ela se entreabriu um pouco. Meu coração deu aquele disparate de nervosismo. Mesmo assim resolvi entrar. Fechei a porta e adentrei o aconchegante cantinho dos Beatles. A sala era bem ampla, com uma mesinha cheia de papéis e uns cadernos pequenos. Decerto dos compositores do grupo. A cozinha também era grande e impecavelmente limpa. Caminhei na suíte deles até encontrar o quarto deles ou dele. O quarto era lindo e bem arrumado e a cama quase ao estilo king-size. Na cadeira, havia um terno bem passado e um papel escrito: Propriedade de John Lennon
Aí então saquei: estava no quarto dele. No criado mudo peguei o caderno dele e abri uma página qualquer. Li os primeiros versos lindos e cativantes. Perdida no deleite da leitura, não ouvi a porta da sala se abrindo e fechando e mais tarde a pessoa entrando no quarto onde me localizava.
Só notei quando soou uma exclamação perto de mim. Era dele.
–- Gostou da minha poesia, musa?
–-Ahhhh!!! Você!!!
Ele riu um pouco da situação um tanto divertida.
–- Bem, eu...
–- Não precisa se explicar, musa. —Ele tirou o caderno de minhas mãos e jogou no chão. E com a voz mais sedutora que já ouvi, falou:- - Precisava mesmo ter ver uma última vez.
Oh meu deus! John estava me cantando?! De novo meu coração bateu muito rápido, meu rosto pegava fogo, mais que o corpo do herói Tocha Humana. As mãos tremiam demais e depois foram tocadas pelo par de mãos grandes de Lennon. Aquele toque era quente e acolhedor. Sentamos na cama e encarei fundo em seus olhos. Aqueles olhos claros, encarando depois os meus esverdeados olhos. E depois foi tudo meio rápido de compreender. Ele estava me beijando. Beijando de um modo tão calmo e sensual. Suas mãos me acariciavam com mistura de tranqüilidade e rapidez. Desvencilhei-me dos seus toques.
–-Espere!—Falei com alerta em minha voz. – Isso não está certo.
Ele baixou o olhar. Parece que o encanto foi quebrado. E tudo foi culpa minha por não aceitar.
–- Não amo a Cynthia. Mas ela engravidou e me sinto preso ao relacionamento....
–-Então quer uma aventura com uma menina de dezoito anos, moradora de Liverpool?—foi o que perguntei bem direta.
Outra vez a tristeza invadiu em nós. Ao que parece, fiz cair à ficha dele, mas daí veio outra bomba.
–- Eu não sei. Não costumo sair com minhas fãs e muito menos notar algumas características. Digo, gosto do jeito como me amam e tudo mais, afinal é assim que amam seus ídolos. No entanto, você é diferente. Desde o show no Palladium, não consegui tirar sua imagem da cabeça. Quando pensava em ti, sentia vontade de te encontrar e ao mesmo tempo expressar todo meu sentimento nas canções. Paul chegou a me perguntar se estava pensando em outra mulher na ausência de Cyn e minha resposta foi obvia: sim. Mas sei de uma coisa: não é desejo carnal, é algo mais profundo, mais espiritual. Mais nobre. Talvez isso seja... Amor.
Amor. Uma palavra que soa como música. Um sino dos anjos. Palavra tão bem vista nas canções dos Fab Four. Sorri com aquela justificativa dele, contudo tinha algo perturbando no local.
–- Mesmo assim... —Minha voz falhava à medida que prosseguia. – Não podemos ficar junto.
–- Eu sei musa. Pelo menos, deixe-me ama - lá uma última vez.
Meu senso ético dizia para não obedecer. Mas meu coração falou outra coisa: siga em frente!
Voltamos a nos beijar com mais intensidade e o número de carícias aumentou, desta vez resolvi criar atitude e minhas mãos tatearam todo o corpo do meu amado ídolo do rock. Aos poucos nossas roupas saiam como de forma natural, nem eu e ele percebemos. Aquele momento era unicamente nosso. E ali mesmo ia perder minha virgindade. Quando ficamos nus e deitados, tive de falar sobre minha sexualidade.
–-Sou virgem. —Falei sem medo algum.
–- Tem certeza que quer isso?—Logo depois de colocar a proteção na virilidade rija, ele demonstrou um pouco de insegurança na pergunta, mas eu consegui tranqüilizar meu amado.
–- Estou segura das minhas atitudes. Quero esse momento muito especial para nós.
Mais uma vez ele sorriu. Lennon me abraçava e beijava meu pescoço enquanto a mim só gemia baixo e permitia mais e mais seus toques tão cálidos e suaves.
–- Prometo que não vai doer tanto assim, musa. E se acontecer isso, eu paro. Está bem?—Advertiu e prestes para o próximo ato.
–-Sim. Não temo nada.
John começou com leves e lentas investidas e o nosso beijo continuava sendo mais quente. Segundos depois a velocidade das estocadas foi acelerando a medida que nosso carinho íntimo era bem mais ousado. Se antes meus gemidos e sussurros eram quase inaudíveis, foi ampliando até se transformar em gritos de prazer.
John avançava mais rápido e botava mais força para derrubar de vez minha preciosa virgindade. Juntamos nossas mãos e no último avanço, tive meu primeiro orgasmo aos gritos. John também conseguiu gozar. Ofegantes e com os corpos suados, ficamos abraçados por um tempo. Lennon sussurrava palavras lindas, cantava trechos de suas músicas e me chamava de “sua musa inspiradora”.
Adormecemos em meia aquela tarde maravilhosa de Liverpool.
16h no hotel. Acordei e me levantei sem causar ruídos para ele. Vesti-me rápido e depois arranquei uma página do caderno jogado no chão e escrevi algo carinhoso.
Obrigada pela tarde de verão mais mágica de minha vida.
Posso ser sua musa, mas para mim você é meu deus grego inspirador de minhas pinturas.
E como diria em ‘PS I Love You’:
Enquanto escrevo esta carta
Mando meu amor pra ti
Lembre-se que eu sempre
Estarei apaixonada por você.
Da sua amada fã, Rosie Donovan
Saí do hotel do mesmo modo que entrei sem ser notada. Na porta, fiz sinal para minhas amigas e elas se despediram do amiguinho que fizeram na recepção.
A primeira curiosa foi Jane.
–- Como foi o encontro com mais lindo dos Beatles?
Dei minha costumeira risadinha e no tom bem divertido, falei:
–- O melhor da minha vida!!!
Elas me olharam como se não acreditassem em mim e que tudo aquilo é uma grande mentira.
Depois daquele dia, passei admirar mais e mais meu adorável beatle e pintava mais quadros dele, uns eram fotos dos discos, outros refletiam um pouco do nosso “encontro”.
Anos depois em 2008...
Estou na casa de Maya, a filha da minha falecida irmã Vivian. Mesmo sozinha no casarão, relembrei as cenas da semana mais linda que tive em 1964 e principalmente a do meu encontro com John. O momento que passo não é dos melhores, pois minha sobrinha sofreu com mais duas fatalidades em sua vida, as mortes do noivo Robert Daniels e seu pai Paul Hemingway. Enquanto minha garotinha partiu rumo ao verdadeiro destino, eu decidi ficar na casa deles. E foi graças a essas doces recordações que me ajudaram a esquecer da sombra dos meus problemas.
Guarde estas palavras:
Enquanto não estamos juntos
Fique com todo o meu amor para sempre
P.S. Eu amo você
Você, você, você
FIM

Lista de personagens
Roselyn (Rosie) Anne Donovan- Filha mais velha da família Donovan, é estudante e pintora. Ama ouvir Rock’N’ Roll e principalmente o grupo Beatles.
Vivian Danielle Donovan – Filha caçula. Tem 10 anos de idade e é muito precoce e esperta. Também gosta dos Beatles e muito ano depois, já em idade adulta e casada, tem uma filha, Marie, que se tornará a detetive Maya.
Martha Donovan- Mãe de Rosie, Vivian e do desaparecido (mal mencionado) Nigel. Mãe rigorosa na educação, mas amorosa.
Julia Donovan- Irmã de Martha e tia das garotas. É uma talentosa pintora e ajuda Rosie a ampliar suas habilidades em artes plásticas.
Vem aí...
O Tesouro de Merlin
Aguarde!