Mais um capitulo saindo do forno. Boa leitura!
Capitulo 8: Momentos Após a Tempestade
Felicity POV
Foi difícil pra eu esquecer aquele tipo de cena, onde
Nora era disputada de forma mortal por Ray e Keith. E pra piorar baixei o nível e parti pra cima
da Jenna, que começou a ofender Nora e eu. Não podia deixar barato para aquela
loira oxigenada destilar seu veneno na minha amiga e em mim. E teria arrebentado mais aquela cara de vilã
dela se não fosse à intervenção de John Entwistle. Lembrarei-me disso quando
for conversar com Anastacia. Kit Lambert
e Chris Stamp conversaram com os policiais e não houve denuncias, Keith foi
levado numa maca e Nora o acompanhou no hospital, Ray e Dave foram também mas
para o pronto socorro. Conversei também com os empresários e eles garantiram
que nada daquilo é minha culpa ou da Nora e nem vão nos denunciar nem nada.
Pelo contrario, eles ainda querem nosso trabalho, querem Nora e eu para ajudar
no disco. Aquilo me deixou muito feliz e fui embora.
No caminho vi Jenna e Pete brigando e pelo visto ela
falava de mim outra vez.
--... Veja bem, Pete. Aquela fotografa não presta.
Coitado do Dave. Ele a amava por demais e olha o que aconteceu. Felicity McGold
destruiu o coração dele traindo-o com John Lennon. E além dele, Eric Clapton
passou nas mãos dela...
-- CHEGA, JENNA! Será que não percebe? Tudo isso é pura
invenção sua. Eric Clapton já tem outra garota e está com ela muito antes de
conhecer essa tal Felicity e John Lennon com ela? Ah, tá! Vai me dizer que ele
estava com a Maureen Cleave? Ou com aquela repórter do London News, Evelyn
Simon?
-- Pelo visto ela jogou feitiço em você, a ponto de
bater no meu primo.
-- Está muito enganada. Dave começou maltratando ela,
chegando a machucar o braço. Iria gostar se eu fizesse isso com você? Acho que
não. Então pare de falar mal da Felicity. Afinal, o que tem contra ela e a
Nora?
Pelo visto Jenna perdeu a discussão, pois ficou quieta
e Pete continuou falando.
-- Jenna, eu adorei você, mas desse jeito... Não dá
para ficar junto. Desculpe-me, mas...
-- Mas o quê, Pete? Vai terminar comigo?
-- Sim. Estou sufocado, você me sufoca e não me ajuda.
E ainda fala mal das pessoas. Acabou.
-- Isto não vai ficar assim, Pete Townshend. NÃO VAI
FICAR ASSIM!
Depois desse grito, ela pegou um taxi e foi embora.
Ainda bem, eu não iria pega-la no caminho pra ouvir mais desaforos. Também fui
embora e nem olhei para trás. Quando voltei pra casa, fiquei arrumando meu
quarto, coloquei um disco dos Hollies para animar e depois fui comer um
sanduiche. Lá pelas 20:00 PM eu liguei para casa de Nora. Ela atendeu.
-- Alô, Nora?
-- Felicity, que bom que me ligou. Preciso te contar
muitas coisas.
-- Também preciso te contar as novidades. E como está o
Keith?
-- Ele se recuperou, embora ele quebrasse o nariz e uma
costela, o doutor fez os curativos e só que é preciso ficar pelo menos 10 dias
sem tocar bateria.
-- Isto vai ser fácil pra ele. O disco já está gravado,
turnê não há nada marcado e só tem as fotos para construir o disco.
-- É verdade, mas o Keith... Ele quer se vingar do Ray.
-- Isto não é nada, comparado ao Dave e eu. O
desgraçado deixou marcado meu braço, entretanto mereceu o golpe no rosto, pelo
Pete.
-- Como é? Pete acertou um soco no Dave?
-- Sim e naquela hora que nossa desafeta estava
gritando contigo, dei um tapa nela.
-- Aii, Fefe! Mandou bem em acertar uma bofetada
naquela... mulher. Ah, tenho um convite: amanhã no sábado vamos à festa da
Marianne Faithfull? Talvez dê sorte de encontrar alguém...
-- Vou declinar esse convite gentilmente, Eleonora.
Preciso de um pouco de paz antes de voltar a trabalhar na segunda-feira.
-- Ok, mas, fica o convite no ar. Beijos, Fefe.
-- Beijos, Nora. E felicidades pra ti e pro Keith.
-- Obrigada.
Depois desta conversa fui para cama na esperança de
dormir. Minha insônia só permitiu as três da madrugada. Acordei de forma
extremamente preguiçosa. Sábado de manhã sai um pouco de casa para relaxar,
fiquei até de tarde conversando com uns colegas jornalistas num pub charmoso de
Londres. Voltei pra casa unicamente por duas coisas: assistir Doctor Who e
dormir.
Na metade do episódio alguém toca a campainha do meu
apartamento. Mas quem iria vir essa hora? Acreditava que podia ser Nora, já que
ela ama assistir Doctor Who e sempre que pode, ela cruza aqui para assistir junto
comigo. Quando abri a porta, vi que não era ela. O que Pete Townshend faz no
meu apartamento às nove da noite?
-- Olá! – Ele me cumprimentou e desta vez ele sorria.
-- Err... Oi. – Retribui embora foi meio devagar.—O que
faz aqui?
-- Estava a caminho da festa da Marianne Faithfull e
acabei vindo aqui te ver.
-- Me ver? Mas... Como soube onde moro? Eu não te falei
em algum momento.
-- Keith me deu seu endereço. Ele conseguiu com a Nora.
– Respondendo e me mostrando um pedaço de papel escrito exatamente meu
endereço.
-- Certo e por que veio me ver?
-- Para te convidar para sair algum dia se estiver de
folga. Caso não quiser, não tem problema, eu compreendo e...
Não o deixei falar pois... Acabei o beijando. Sim, eu
beijei Pete Townshend. Se dissesse que desde que o vi, queria poder beija-lo
daquela maneira? Pois é, eu quis.
Quando paramos para poder respirar, disse.
-- Desculpe pelo beijo, queria poder te agradecer pela
forma como me ajudou com Dave e sobre seu convite, vou ver na agenda e na
próxima vez que nos encontrarmos, darei a resposta.
-- Tudo bem. E o beijo, eu gostei. Até depois.
Depois daquela noite, nem continuei vendo Doctor Who em
compensação recuperei meu sono perdido, sonhando com aquele guitarrista que é o
Pete.
Continua...
