domingo, 31 de agosto de 2014

Rush - No Limite da Paixão (4º Capítulo)

Olá pessoas!
Para encerrar agosto, vamos para mais um capítulo de Rush. Boa leitura!


Capítulo 4: Encontros loucos

Louise POV

Pela primeira vez me senti uma verdadeira heroína. Minha determinação em reencontrar meu amigo Niki e ainda fazê-lo se aproximar de Odile foi o suficiente para me motivar a acordar cedo, preparar o café da manhã e minhas melhores roupas. Acordei Odile e ela se levantou sem tirar o Roger do seu sono, que pelo visto era pesado.
-- Estou tão nervosa, Lulu. – Comentou Odile, enquanto tomava banho.
-- Sei como é. Mas contenha seu nervosismo. Niki ficará feliz em nos ver. – Respondi, mesmo no meu quarto.
Após o banho, Odile se vestiu normalmente e fui também tomar banho. Enquanto lavava o cabelo mais uma vez a imagem de James Hunt veio na mente. Aquele cretino, canalha... e homem sexy.
Me culpava por tais pensamentos. Contudo, devo admitir que nenhum homem me causou isso em mim, nem mesmo Chris Dreja na época dos Yardbirds ou Timothy Dalton, ator com quem contracenei umas peças de teatro como Tristão e Isolda, Anthony e Cleópatra e na versão televisiva de Morro dos Ventos Uivantes. Ou talvez...

Flashback ON
As gravações do Pink Floyd estavam um pouco tensas. Roger ficava nervoso por algumas falhas técnicas, mas o empresário Steve O’ Rourke mantia calmo. As musicas pareciam de alguma forma combinar com um lugar como Pompéia. Mesmo sem publico, eu senti e creio que Odile também, que o show está sendo épico. A guitarra de David Gilmour emitia um som maravilhoso, os vocais de Rick Wright e David muito bons.
O clima em Pompéia estava muito quente. E neste momento de pausa vi Rick tirar a camiseta, revelando seu torso nu. Abaixei um pouco os óculos e fiquei boquiaberta.
-- Fecha a boca, senão entra mosca. – Dizia Odile, tirando sarro da minha reação e fechando minha boca com a mão.
-- Ah pára com isso. Só fiquei chocada.
-- Chocada com o Rick? Hahá essa é boa, Lulu.
Aquela era a primeira vez que via Rick, o tecladista tímido, seminu como os deuses do Olimpo, diante dos meus olhos.

Flashback OFF
Tomamos café calmamente e conversamos sobre as possibilidades dos encontro dar certo. Neste instante David Gilmour e Rick Wright se levantaram e se juntaram a nós na refeição. Rick parecia um pouco chateado.
-- Tá tudo bem, Rick? – Perguntei muito preocupada.
-- Ta sim. Só to um pouco entediado. – Respondeu ele, sem muito animo. Ainda não acreditava que tudo aquilo seja por causa do estresse passado de ontem nas gravações do Live In Pompeii. – Por que estava chorando ontem, Louise?
Quase engasguei com a pergunta de Rick. Ele havia percebido minha frustração pelo Hunt, quer dizer, ele me viu chorar mas não sabia quem era que me causou isso.
-- Errr.... nada não, Rick. Não é nada. – Disfarcei, enquanto me limpava.
-- Ainda acho que foi aquele loiro que te chamou de Suzie. – Falou Gilmour. – Pode falar a verdade, Lulu. Não existe nada que possam nos esconder.
-- Já me conformei com isso, David. Ele é casado e vocês todos sabem que nunca me envolvo com esse tipo de cara. Fiquem avisados!
Odile riu da minha resposta e não disse mais nada mas seguiu lendo seu jornal e viu uma noticia no mínimo curiosa: o jogador George Best e uma modelo chamada Meg Johnson sofriam de crise no relacionamento. Quando vi a foto, imediatamente lembrei dela. Ontem ela estava conversando com Suzie Hunt e num momento em que James e eu estávamos muito próximos, ela nos interrompeu.
-- Bem, estamos um pouco atrasadas, Lulu. Tchau David, tchau Rick. Arrumem tudo pra nós? – Perguntou Odile, pegando a bolsa.
-- Deixa com a gente, Odile. Vamos arrumar a bagunça, Rick.
-- Ok, tchau meninas! E Louise – Rick me pegou pelo braço. Me olhou com certa intensidade. – Não deixe mais aquele piloto loiro te magoar. Se isso acontecer, eu... acabo com ele!
Não disse nada mas agradeci Rick com gesto positivo. Enquanto caminhávamos pelas ruas italianas, pensei em questionar Odile sobre essa atitude inesperada de Rick Wright contudo chegamos a um café muito luxuoso e logo reconheci Niki, de óculos escuros e lendo uma revista de carros. Ele estava numa mesa perto da janela.
-- Niki! – Cumprimentei ele.
-- Louise! Odile! Minhas amigas da Inglaterra e França, muito obrigado por terem vindo aqui! – Niki primeiramente me abraçou e depois abraçou Odile mas notei que ele estava um pouco sem jeito perto dela.  Empurrei de leve minha amiga, no intuito de faze - lá atrair mais a atenção do austríaco.
Niki foi um perfeito cavalheiro. Puxou a cadeira para Odile se sentar e a tratou como uma verdadeira dama. Também me sentei graças a educação nobre de meu amigo. Nosso almoço foi lindo. Conversamos sobre tudo, inclusive falei do Pink Floyd gravar um disco ao vivo numa arena milenar como a de Pompéia. Niki achou bastante inusitado e estranho e acredita que o som saído de lá deveras ser maravilhoso.
Depois disso eles começaram a falar de carros. Neste assunto fiquei de fora. Não entendia de automóveis, velocidade e motores mas Odile sim. Além de carros, ela entende um pouco de futebol, um assunto que mais ou menos domino, já que meu pai e meu irmão adoram, uma prova disso tudo foi na Copa de 1970, quando Brasil se tornou tricampeão. Os dois torciam para o país sul americano.
-- E ai Niki? – Cumprimentou um rapaz alto, com um bigode sexy e tinha traços italianos.
-- Como vai, Regazzoni? – Respondeu Niki e tratando das apresentações.  – Meninas, este é Clay Regazzoni, meu colega de equipe na Ferrari.
-- Oi Clay. – Odile e eu falamos juntas.
Clay acabou por se juntar a nós. Conversou com Odile contudo ele viu que eu estava quieta e depois dirigiu sua atenção para mim.
-- Então, Louise, o que faz da vida? – Questionou Clay. Notei que seus dedos tentavam tocar os meus.
-- Sou atriz de teatro e novelas, mas ainda irei para o cinema. – Falei bastante convicta.
Já ia dizer mais algumas coisas se não fosse minhas duas piores visões. A primeira é que do lado direito, duas mesas atrás de Odile se encontrava Timothy Dalton e sua acompanhante. E ao que parece ele me viu e sorriu aquele desgraçado. Oh não, ele agora está vindo em minha direção!
A segunda visão horrorosa é na entrada do café, se encontrava James Hunt, sua esposa Suzie e a namorada de George Best, a modelo Meg Johnson. James também me viu e fez sinal para mim, me cumprimentando. Meg não gostou disso e falou algo no ouvido de Suzie. Mais problemas. O trio também estava vindo na nossa direção.
Comecei a ficar ofegante de muito nervosismo. Como último recurso, bebi um pouco de vinho e fiz algo que me arrependo por um momento: puxei Clay Regazzoni e tasquei um beijo daqueles que sempre usei na minha atuação. Confesso que nunca beijei um cara de bigode mas Regazzoni era muito bom. Espero que Niki e Odile não fiquem com raiva de mim.

Continua...

sábado, 30 de agosto de 2014

The Villains Girls

Para encerrar a era de posts um atrás do outro, vemos aqui uma sessão dedicada as vilãs da Grindhouse. Elas, que já atormentaram muita gente, atrapalharam muitos relacionamentos e inclusive tiveram casos com os namorados e maridos de suas desafetas, serão aqui contadas motivos e tramoias delas. Confiram!

Meg

Tramoias
  1. Falou para Suzie Hunt que seu marido James e a atriz Louise McGold estão se gostando.
  2. Não se conformou em perder Rick Wright para Lulu.
  3. Revelou para Franz Beckenbauer que Odile Greyhound ainda ama Niki Lauda.
  4. Estraçalhou literalmente o coração de Gerd Müller.
  5. Ela é o motivo para Hunt e Lulu se divorciarem.
  6. Ela odeia a fotógrafa Lily Campbell.
Que fim levou? Morte por overdose nos anos 80

Kathy
Tramoias

  1. Encheu o saco de Bob Dylan para ele criar coragem de se declarar para Fanny Fitzwilliam. (Obs: Não deu certo pois Bob ficou simplesmente mudo).
  2. Tentou de tudo para Paul Simon desistir de Fanny. (Obs: não deu certo também).
  3. Mentiu para Simon dizendo que Fanny e Dylan eram amantes. (Obs: ele acreditou).
  4. Deixou seu namorado Danny (eles tinham dois anos de namoro firme) para ficar com Paul Simon.
  5. Namorou Chris Hillman e ficou botando um par de chifres nele com Roger McGuinn (Obs: Esses dois rapazes são integrantes da banda The Byrds).
Que fim levou? Desconhecido

Jenna

  1. Nunca gostou de Felicity e Nora.
  2. Inventou para seus primos, Ray e Dave, que suas namoradas estavam saindo com dois Beatles.
  3. Fez sua prima Evanna se separar de Pete.
  4. Engravidou de Jeff Beck e com isso ajudou Pete e Fefe se separarem.
  5. Namorou alguns dos ex-namorados de Felicity e fez Gordon trair a fotógrafa.
Que fim levou? Presa num manicômio.

Georgiana

Tramoias

  1. Sempre odiou sua prima Emily, que nunca fez nada pra ela.
  2. Teve uns pegas com Mick Jagger quando namorava Brian Jones.
  3. Roubou dinheiro do Donovan.
  4. Tentou separar John Entwistle de Anastacia Rosely. Não conseguiu e acabou por se contentar com irmão dela, Christopher Romanov.
  5. Odeia também sua prima Elinor, para tanto tentou separar ela do Robert Plant.
Que fim levou? Sozinha.


Barbara

Tramoias

  1. Odeia Annie Collins.
  2. Namorava Pete apenas por passatempo.
  3. Roubou o primeiro namorado da Annie.
  4. Terminou com o piloto de Fórmula 1, Ronnie Petterson, pois soube que Pete estava livre.
  5. Passou a odiar Felicity desde a festa dos bateras e ajudou Jenna a se vingar dela (Obs: veremos isso no próximo capítulo de Love Sell Out).
Que fim levou? Se regenerou e casou com Ronnie Petterson.



Lily

Tramoias

  1. Ela odeia Rosie Donovan porquê Jack Bruce só falava dela enquanto faziam amor.
  2. Odeia Marie Greyhound porquê ela é fofa demais.
  3. Lily partiu o coração de Roger Daltrey no começo da fic. Ela não gosta dele, só o manipulava.
  4. Ela é do mal porquê seu primeiro amor também partiu seu coração.
  5. Foi o pivô do fim do relacionamento de Roger Daltrey e Marie.
  6. Não deixava Jack arrumar outra namorada.
  7. Ela odeia Meg Johnson por achar a modelo muito arrogante.
Que fim levou? Casou com Jack Bruce.


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Brit Characters: Meg Johnson

Segunda ficha do Brit Characters e vamos apresentar mais uma vilã do universo Grindhouse. Ela se chama Meg Johnson e vai aparecer na fic Rush - No Limite da Paixão, sendo um estorvo tanto para Louise quanto para Odile. Vamos ver!


Nome Real: Megan Lisa Johnson

Idade: 23 

Data de nascimento: 3 de setembro de 1947

Data de falecimento: 14 de maio de 1983

Cidade natal: Douglas, Ilha de Man

Cidade atual: Londres

Profissão: Modelo

Hobby: Jogar tenis, desenhar paisagens

Relacionamento(s): Eric Burdon (1967), Bobby Moore (Dezembro de 1967 a janeiro de 1968), George Best (fevereiro de 1969 a abril de 1972), Rick Wright (1972 a 1973), James Hunt (1974 a 1976).

Características: Megan, ou Meg, é uma consagrada modelo e amiga de Suzie Miller, então esposa de James Hunt. Ela sempre desejou ser melhor que Suzie ou qualquer outra modelo e começa agir igual a Bruxa Malvada da Branca de Neve: não admite que haja uma mulher mais bonita e mais talentosa do que ela. Acreditou que Louise McGold e Odile Greyhound seriam uma ameaça, contudo passou a odiar mais Louise por causa de Rick Wright, tecladista do Pink Floyd, que a deixou por amar muito a atriz. Desde então Meg passou a dedicar muito para arruinar a vida de Lulu, nem que para isso precise roubar James Hunt de perto dela.

Medo: Solidão e derrota

Do que mais gosta: Sair com suas amigas, fazer compras, cinema e tirar fotos.

Do que menos gosta: Mulheres mais bonitas que ela.



Brit Characters: Alice Stone

Olá! Nesta sexta-feira teremos bons posts. A começar será a ficha técnica de Alice Stone, personagem que apareceu em Pictures of Lily, sendo namorada de Mike Nesmith. Vamos conhece-la!


Nome Real: Alice Corina Reid Stone

Idade: 23 (Em Pictures of Lily), 28 (em Rush - No Limite da Paixão)

Data de Nascimento: 13 de dezembro de 1945

Cidade natal: Cardiff, Inglaterra

Cidade atual: Nova York, EUA

Profissão: Jornalista

Hobby: Tocar violino

Relacionamento(s): Mike Nesmith (1966), Bob Dylan (setembro de 1966 a 1968), Donovan (1968 a 1971), Michael Palin (1971 a 1974), Gerd Müller (1978 em diante)

Características: Apesar de ser inglesa, Alice foi criada em Nova York e por isso adora agitação. Por isso quase nunca está parada e sempre está arrumando alguma coisa para fazer e é uma workaholic assumida, o que assusta muito seus pais e seus namorados, de vez enquanto. 

Medo: De algo dar errado

Do que mais gosta: Namorar, viajar, de festas e ler poesia medieval.

Do que menos gosta: Decepcionar as pessoas e partir seu coração.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A Summer Song (Oneshot)

Olá pessoas!
Hoje venho inspirada para postar uma oneshot. Se chama A Summer Song, título foi baseado na famosa música homônima cantada pela dupla Chad & Jeremy. Ela conta como Gordon Waller, cantor que forma parceria com Peter Asher (o cenoura), conheceu a fotógrafa da Rolling Stone, Felicity McGold. Uma curiosidade é que prometi essa oneshot no aniversário de Gordon, saiu atrasada mas está aí! Boa leitura!


A Summer Song__ Maya Amamiya


O ano de 1966 prometia muitas coisas. Inclusive para uma dupla pop da Inglaterra chamada Peter & Gordon. Os dois estavam na ativa desde 1964 e eles procuravam muito melhorar sua música e continuar com a popularidade. Gordon Waller, parceiro e amigo de Peter Asher, andava muito desanimado e sem vontade de cantar, mesmo para os ensaios.

-- Hora de acordar pra realidade! O que está havendo? – Perguntava Peter, ajeitando o violão no estúdio.

-- Como sempre, sem vontade pra nada. Nunca pensei que a Jenna pudesse me prejudicar tanto. – Respondeu Gordon, olhando pra janela.

-- Tem que sair mais vezes, ver pessoas. Tá na hora conhecer uma nova pessoa na sua vida.

-- Ok...

Peter sabia que não havia nada que pudesse fazer Gordon voltar a ter energia e vitalidade para cantar. Por isso muitos shows da dupla foram cancelados, pela falta de responsabilidade do cantor. E ele precisava ajudá-lo de qualquer maneira.

No verão, Jane, irmã de Peter, estava de férias e convida a dupla para um veraneio no litoral de Brighton. Gordon não queria ir contudo a insistência de Peter e mais ainda do namorado de Jane, o beatle Paul McCartney, o fizeram mudar de idéia.

-- Vejam, pessoal! O sol e a praia. É um dia lindo! – Gritava Jane e abraçando Paul.

-- Vou mergulhar! Vamos, Gordon! – Peter corria em direção ao mar azulado e os raios de sol refletindo.

O cantor não fez nada, apenas se pôs a olhar aquela imensidão marítima. De certo modo o mar era bom. Caminhou um pouco até chegar nas rochas e lá avistou uma linda jovem de cabelos soltos e alta. A jovem também fixava seu olhar ao oceano e depois saiu de perto das ondas que batiam nas rochas e passou a caminhar, em direção a de Gordon.

Por sua vez, o britânico não sabia o que fazer. Por uns instantes sentiu seu coração parar e depois voltar a bater intensamente. Os olhos dela eram negros como a noite e a pele branca e delicada. A jovem passou por ele, sem cumprimentá-lo.  Gordon pensou em ir atrás dela, mas não queria assusta-lá.  Era a primeira vez que via a linda garota galesa.

Após o veraneio, Gordon ficou com a lembrança de sua amada deusa e graças a isso retornou a vontade de cantar e fazer shows. Jenna não fazia mais parte de sua vida e sim a misteriosa galesa.

No aniversário de Paul McCartney, a dupla pop foi convidada e muitas outras celebridades européias. Gordon bebia calmamente e ficava observando as pessoas conversando, até enxergar ela. A galesa. Ela conversava animadamente com Brian Epstein, empresário dos Beatles e dava um pouco de atenção a John Lennon. Gordon reuniu toda coragem e foi se aproximando dela, que agora se encontrava na sacada.

-- Olá! – Cumprimentou Gordon, sorrindo em seguida.

-- Oi. Já nos conhecemos antes? – Perguntou a jovem, retribuindo o sorriso.

-- A principio te vi na praia mas você não me olhava. Eu sou Gordon Waller.

-- Gordon Waller, que faz dupla com Peter Asher. Nossa! – Se impressionou a garota. – Sou Felicity McGold, fotógrafa da revista Rolling Stone.

-- Prazer em te conhecer, Felicity.

Após a festa de aniversário, Gordon resolveu tentar conquistar a bela fotógrafa e para isso se utilizou do seguinte artifício: gravou numa fita algumas demos de músicas populares e uma rosa vermelha. Contudo, não recebera nenhuma resposta. Teria ela se assustado com o presente?

-- Ela ainda vai ser minha! – Dizia Gordon, determinado.

Num show em Londres, a dupla se aprontava para a próxima música quando Gordon avistou Felicity, tirando as fotos e sorrindo. O cantor se entusiasmou.

-- Próxima música quero dedicar para uma jovem muito especial. Me resgatou da escuridão. O nome dela é Felicity.

A fotógrafa simplesmente não acreditava no que via. O cantor dedicava a ela a sua música preferida, True Love Ways, sucesso de Buddy Holly. Quando o show o acabou, Gordon pediu a sua amiga, a jornalista Nora Smith que o levasse até Felicity.

-- Só vou avisando, Gordon. Faça minha amiga feliz. Ela sofreu muito com Dave.

-- Dave, dos Kinks?

-- Ele mesmo.

-- Sou diferente do Davies menor. – Garantiu Gordon.
O que não se podia imaginar, era que o romance dos dois ficaria destruído por um deslize inconseqüente do cantor.

1967 entrou e muitas mudanças boas. Peter & Gordon lançam Lady Godiva, seu último sucesso. Gordon Waller ouve a canção A Summer Song, feito por outra dupla, Chad & Jeremy e dali relembrou os dias mais harmoniosos passados com sua “Lady Godiva” chamada Felicity McGold.




FIM

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Brit Characters: Michael McGold

Olá pessoas de novo!
Mais uma vez em menos de 24 horas e temos outra ficha no Brit Characters e é de Michael McGold, irmão de Louise e primo de Felicity, Jon e Bran. Confiram!



Nome Real: Michael Lucas McGold

Idade: 25

Data de nascimento: 8 de novembro de 1946

Cidade natal: Newport, País de Gales

Cidade atual: Londres

Profissão: Psiquiatra

Hobby: Pintar quadros, desenhar, ouvir discos do Ray Charles, Marvin Gaye e Barry White, ler livros de filosofia.

Relacionamentos: Rainer Werner Fassbinder (1973 a 1982), Odile Greyhound (1985 em diante)

Características: De médico a um pintor nas horas vagas, este é Michael. Um rapaz culto e charmoso, porém um médico altamente prestativo e bissexual assumido. É irmão de Louise McGold e um grande aliado, junto com sua prima Felicity. Além disso, Michael também é um cara muito família, adora seus sobrinhos e sonha com o dia em ser pai.

Medo: Enlouquecer

Do que mais gosta: Festejar com os amigos, cuidar das crianças e desenhar.

Do que menos gosta: Tédio

Brit Characters: George Smith

Olá pessoas!
Temos mais um personagem a ganhar ficha no Brit Characters. Estamos falando de George Smith, o irmão de Nora e cunhado de Keith Moon. Confiram!



Nome Real: George Eddard Robert Smith

Idade: 19

Data de Nascimento: 19 de setembro de 1947

Cidade natal: Edimburgo, Escócia

Cidade atual: Londres e Liverpool (casa dos pais)

Profissão: Biólogo

Hobby:  Tocar guitarra, jogar futebol, fotografar

Relacionamento(s): Barbara Adams (1965 a 1966), Alice Stone (1967 a 1968), Twiggy (1969), Lucy Bramwell (1972 em diante).

Características: George é calmo e sensato, diferente da irmã, tem um leve toque por arrumação. Sempre que pode, visita os pais em Liverpool e sua irmã em Londres, chegando até mesmo acompanha-lá no trabalho da Rolling Stone.

Medo: Perder seus familiares e seus animais de estimação.

Do que mais gosta: Caminhar na praia

Do que menos gosta: Coisas desarrumadas e poluição dos mares


domingo, 10 de agosto de 2014

Brit Father's Day

Olá pessoas!
Ontem tivemos o capítulo novo de Holiday Romance. E hoje vamos conhecer um pouco nesta dedicatória, os pais das meninas da Grindhouse. E um feliz dia dos pais!



Robert
Pai de Felicity, Jon e Brandon. Um homem de temperamento difícil mas que tem um bom coração. No passado, Robert lutou na Segunda Guerra e foi prisioneiro junto com outros soldados. Lá conheceu Sophie, uma judia e com ela teve Felicity e mais tarde Bran. Jon é fruto da infidelidade dela com Serge, um dinamarquês. Hoje Robert é pescador e gerencia uma micro empresa pesqueira e a noite toca guitarra e cai na boêmia das ruas de Liverpool. Apesar de tudo, Robert nunca deixou de se importar com seus filhos e a cada quinze dias fica na casa de sua filha e leva os irmãos dela para desfrutarem dos momentos juntos. No inicio achou que Pete Townshend fosse uma ameaça para sua filha, depois mudou de ideia ao ver que ele a salvou do perigo.

Eddard (Ned)
Melhor amigo, colega de escola e companheiro de batalha de Robert McGold, este é Eddard Smith, pai de Nora e quase um segundo pai para Felicity. 
Esse pai sempre zelou para que nada lhe falte na família. No ínicio, não aprovou a decisão da filha cursar Jornalismo, contudo viu que ela se sai muito bem na profissão. Quando conheceu Keith Moon, ficou um tanto relutante, pois temia que ela fosse se tornar mais doida que antes. O tempo passou e hoje Ned soube acreditar que Moonie é a pessoa certa para alguém como Nora.

Jacques
De estudante parisiense de Letras passou a ser um ensaísta e filósofo. Jacques aprendeu através da leitura e escrita que é possível realizar tudo aquilo que sonha. Uma prova disso foi quando conquistou Serena Greyhound, uma jovem escritora britânica, usando-se de poemas e textos complexos sobre o amor. Desta união apaixonada nasceu seus maiores tesouros: Marie e Odile. Hoje em dia, Jacques luta para finalizar seu mais recente livro, um estudo bem humorado sobre os amores de suas filhas.

Alexei
Antes um homem rude causado pelo sofrimento na guerra, agora é um pai de família. Quando jovem, se alistou para o exército e lutou bravamente, vendo seus amigos morrerem diante de seus olhos. Após tudo isso, se fechou para o mundo, como forma de não reviver as lembranças. Contudo o destino o fez conhecer Tatiana, uma jovem descendente de ucranianos. Entregou seu coração como prova de amor a ela. Juntos, tiveram as gêmeas Sarah e Jane, Anastacia e Christopher. Antigamente, Alexei não aprovou John Entwistle por não saber lidar com britânicos e sua política. Hoje ele considera o rapaz uma boa pessoa.

Jack Phillipe
Não se sabe bem quem era Jack Phillipe, mas sabemos que ele nasceu em Liverpool. Foi amigo de Robert McGold e Martha O'Connan. Quando Robert partiu para guerra, Jack aproveitou para conquistar Martha. Tiveram 3 filhos, Rosie, Nigel (falecido em 1964) e Vivian e ele foi um grande pai para eles. Após o nascimento de Vivian, Jack abandonou a família alegando não suportar a vida semi bucólica que levavam. Desde então não se soube mais dele...

Thomas
Típico pai conservador. Thomas lutou muito para manter todas as tradições da família e até hoje não consegue se habituar com certas atitudes modernas. Mesmo assim não deixou por nenhum momento de ajudar seus filhos, com exceção de Marianne. Quando a filha anunciou a gravidez e o filho é de Ginger Baker, o pai enlouquece e a expulsa de casa. Só após o nascimento da neta é que se arrepende de tal ato e procura protege-las de todo mal possível.

sábado, 9 de agosto de 2014

Holiday Romance (3º Capítulo)

Oi pessoas!
Hoje estou de ressaca do meu aniversário ontem (fiz 25 anos). E hoje vamos começar agosto com novo capítulo de Holiday Romance. Amanhã teremos Brit Father's Day. Boa leitura!



Capítulo 3: Entre vampiros e lobisomens


Rosie POV

Enfim meu primeiro dia de aula na faculdade de História. Não foi fácil convencer minha mãe e minha irmã a saírem de Liverpool pra tentar a sorte em Londres. No ônibus, fiquei lendo o terceiro livro da Saga Crepúsculo, Eclipse. Ganhei aquele livro de presente de aniversário, minha irmã que me deu.  E desde então fui me apaixonando pela saga, pelos vampiros e lobisomens. Alias, foi através deste livro que me apaixonei pelas criaturas fantásticas em geral.

Vi filmes de terror vampiresco como Anjos da Noite e Drácula; vi as criaturas lupinas em Um Lobisomem Americano em Paris e acabei por assistir atualidades como a Liga Extraordinária e Van Helsing.
Na literatura, li muito Bram Stoker e Anne Rice por sugestão do meu melhor amigo, Graham Bond, que também ama coisas sobrenaturais, para tanto curte Harry Potter e Supernatural.

Cheguei no horário e fui para sala de aula. Por enquanto só umas seis pessoas e consegui encontrar meu amigo.

Caminhei até ele e notei que os poucos colegas me olhavam espantados. Era por causa da prótese na perna.

-- Oi, Bond! – Cumprimentei dando um abraço bem caloroso nele.

-- Oi, Rosie! – Ele retribuiu. – Que bom que está aqui. Seremos colegas.

-- Colegas para tudo, Bond. Ehhh, até que enfim lavou o cachecol!

-- Também, depois de dias, ele precisava de uma lavada.

Sabia que Bond só lavava aquele maldito cachecol de Sonserina na base de muita conversa, envolvendo pizza e maratona de filmes do HP em casa. Ou em raras vezes na briga mesmo.  Alguém além de mim convenceu meu amigo gordinho a limpar seu cachecol.

-- Ok, quem é a pessoa? – Perguntei já encarando seus olhos e rindo.

-- Ninguém. Eu quis lavar. – Respondeu Graham, também rindo e não sabendo como mentir.

-- Graham John Clifton Bond, a mim você não engana não! Quem foi que te convenceu a isso?

Antes de responder, um rapaz entra na sala de aula ajeitando os materiais de aula e a mesa do professor. Pensei que ele fosse professor, contudo, considerei improvável por ser um pouco jovem demais para lecionar numa faculdade, já que aparentava ter uns vinte e quatro ou vinte e cinco anos.

Fiquei encarando por muito tempo aquele rapaz. Ele tinha algo que lembrava os personagens enigmáticos dos filmes de época vitoriana. Por um momento enxerguei uma versão do Dorian Gray misturado com Lestat.

-- Rosie! – Graham estalou os dedos perto do meu rosto, me chamando atenção. – O que houve com você?

-- Nada, Bond. Não foi nada.

Ainda encarando, o rapaz logo lançou a atenção para mim, o que me causou um tremendo desconforto e em seguida falou.

-- Olá, pessoal! Sou John Lennon, o monitor. Logo o professor Evans estará aqui. Esperem por mais cinco minutos.

Neste mesmo instante entram mais alunos e todos ficaram me olhando por causa da minha perna. Uma garota, um ano mais nova que o monitor John, adentrou a sala e imediatamente o beijou na frente de todos e depois me olhou.

-- Ta olhando o quê, perneta? – Ela falou pra mim se referindo a minha prótese. E pra piorar, todos riram.

-- Nada. – Respondi. – Só vi uma loira burra bancando a tal na frente de todos os calouros.

Bond riu desta vez e uma parcela de alunos também. John também segurou o riso mas a namorada dele não gostou e foi embora. John não fez nada a principio e foi-se na minha direção.

-- Me desculpe pela Cynthia. Ela...

-- Ela não respeita os deficientes, monitor. Mas fica tranqüilo. Não irei denunciar ao professor. Só quero que me deixem em paz! – Falei soando um pouco de grosseria. Pelo visto John percebeu e deu um sorriso amarelo e se retirou.

-- Não provoca, Rosie. Assim estaremos fadados ao fracasso e alvo de chacota dos colegas. – Alertou Bond.

-- Então que não haja mais coisas desse tipo. Não irei engolir sapo como nos tempos do colegial. Faculdade, vida nova, meu amigo!

Finalmente o professor apareceu e começou todo aquele negocio de apresentação da classe, o discurso, falou das matérias e critérios de nota. Para dar um pontapé inicial nos pediu um relatório de cinqüenta linhas sobre as eras históricas. Podia ser qualquer época. Graham optou pelo Egito antigo e eu quis a Grécia.

Na ida pra casa, encontrei Felicity e um grupo de garotas.

-- Oi Rosie. Bem vinda a faculdade! – Falou Fefe me abraçando.

-- Oi Felicity. Obrigada.

Durante as apresentações, uma grande surpresa. Bond ficou hiper feliz quando reencontrou Marie.

-- Marie!

-- Graham! Não sabia que era amigo da Rosie!

-- Somos amigos desde os oito anos. E agora ela é minha colega. Rosie, esta é Marie Greyhound, filha da escritora Serena Greyhound.

-- Oh meu deus, uma celebridade! Epa! Foi ela, Bond?

-- Ela o quê? – Questionou Marie.

-- Foi você que convenceu meu amigo a lavar o cachecol dele?

Marie deu risada e confirmou com sinal de cabeça. As meninas também riram e nos acompanharam até o colégio onde minha irmã Vivian estuda. No caminho conheci Christopher, o irmão mais velho de Anastacia Rosely. Ele tem dezoito anos e é formado em Engenharia Civil.  Chris era muito engraçado e gentil conosco. Fez umas piadas legais e inteligentes da minha prótese, nada maldoso.

Quando Vivian saiu acompanhada dos outros alunos, foi na minha direção e ficou estática quando viu Christopher. Mais apresentações.  Na conversa, trocamos endereços cibernéticos das redes sociais e telefones e Bond convida Marie, eu e Vivian para uma sessão de cinema na casa dele na sexta no qual minha nova amiga aceita, bem feliz.
Depois nos separamos e fomos pra casa. Além de meu amigo, Bond também é meu vizinho, por isso não tivemos tanta dificuldade. Mamãe só iria aparecer as seis da tarde por conta do trabalho na prefeitura.

-- Ai Rosie. Adorei muito o Christopher. Quando o veremos novamente?

-- Vai ser difícil. Ele logo fará estagio e possivelmente será efetivado. E outra coisa, ele é de maior de idade e você só tem quatorze anos.

-- Quatorze e meio. Daqui uns meses farei quinze.

-- Aham.

Fiquei estudando na sala, pois Vivian assistia um anime no notebook e com volume alto. Ainda comprarei um fone de ouvido pra ela. Ouvi meu celular apitando mensagem. Peguei o aparelho e vi a mensagem de Bond.


“Amanhã toma cuidado com aquele monitor. Ele parece os vampiros do cinema pela palidez e ele seduz novinhas.”


Este meu amigo... Sempre foi assim, dizendo que caras bonitões são suspeitos de serem monstros ou vampiros, mais propensamente vampiros mesmo. Ri da situação e voltei para os livros.

-- Rosie, vamos para padaria? Não temos pão e nem manteiga. – Perguntou Vivian com cara de fome.

-- Ok, vamos logo e pega minha bolsa!

Compramos os pães quentinhos e a manteiga e no caminho encontramos um menino com olhar tímido, sentado na praça e tocando guitarra. Quando me viu, correu até nós.

-- Oi. Você é a Rosie? – Perguntou o estranho jovem. Ele tinha um penteado parecido com do ator Logan Lerman, o interprete dos filmes Percy Jackson.

-- Sou eu. E quem é você?

-- Sou Eric Clapton. Namorado da Anastacia. Ela me pediu para entregar este livro pra você.  – Me dando um da Saga Crepúsculo, Amanhecer. – Ela disse que você curte a saga e então achou melhor te dar o livro, sabe? Ela não gostou do modo como a Stephanie Meyer fez os vampiros e lobisomens.

-- Pra falar a verdade, nem eu. A estória é muito boa, só errou em conduzir os vampiros para brilharem no sol.

-- Falou tudo. – Disse Clapton rindo.

Apesar de ser namorado de Ana, achei Clapton muito atraente. Talvez o jeito tímido dele me atiçou. Ou o fato que ele poderia parecer um lobisomem disfarçado também seja o fator. Em casa Vivian e eu discutimos a possibilidade de Eric Clapton ser realmente o Logan Lerman, não como Percy Jackson e sim como Charlie em As Vantagens de Ser Invisível. 


Continua...

domingo, 3 de agosto de 2014

Love Sell Out (22º Capítulo)

Olá!
Mais um capítulo saído do forno. A fic caminhando mais pra final em clima de novela das oito kkkk e teremos também a participação especial de Fanny Fitzwilliam, personagem da Mariana Campos. Boa leitura!



Capítulo 22: Pais e filhos

Pete POV
-- Preciso me preparar. Os pais da Marie estarão em Londres, pro lançamento do livro da mãe dela. Onde está minha camisa? – Roger estava ansioso e procurava incessante por sua camisa.
Semanas atrás durante as gravações do disco Sell Out, muitas novidades. Keith disse que mais uma vez os pais de Nora iriam visitar a filha e ficar por uns quinze dias em Londres e Roger finalmente vai conhecer os pais de Marie. Quanto a John, ele e Ana não se tem noticias dos pais dela que vivem em Ripley.
Enquanto todos ficavam vendo televisão, eu tentava compor e de repente a porta se abriu, dando entrada para Kit e Chris.
-- Rapazes, se preparem. Vamos agora pra Track Records fazer as edições nas músicas. Agora!
Antes de sair, algo inesperado aconteceu. Um homem de aproximadamente quarenta e quatro anos, enorme e meio gordo (me lembrou logo o Graham Bond) apareceu diante da porta, junto com outro homem quarentão.
-- Com licença, qual de vocês é o Pete Townshend? – Perguntou o senhor de cara redonda.
-- Eu sou o Roger. – Se apresentou o vocalista, com um sorriso amarelo. – Aquele é o John e este é o Keith. – Apontando para Moonie que vestia a calça.
-- Eu sou Pete. – Me apresentei, mesmo sem saber quem era ele.
-- Meu senhor, o que quer com Pete? – Questionou Kit.
-- Quero acertar umas contas com ele... – Respondeu o senhor, já indo em minha direção e a cara dele se transformou em ódio. E desse ódio veio um soco na cara, que me fez cair perto do sofá.
-- ROBERT, NÃO FAÇA ISSO! – Gritou o outro senhor.
-- Me deixa, Ned! Esse canalha vai pagar por todo sofrimento que causou na minha filha!
-- Senhor... cof cof...—Saia um pouco de sangue na boca e minha mente tentava saber quem era a filha daquele homenzarrão do soco poderoso. – Eu... não sei quem é sua filha.
-- Ora, moleque! Vai dizer que não se lembra da Felicity?
Espere aí, quer dizer que o homem é pai da Felicity? Minha  ex-namorada? Minha Fefe?, Eu pensei.
-- Felicity? Eu não sabia que o senhor é pai dela. – Antes de continuar minha justificativa, o gigante me segurou pelo colarinho, quase me matando sufocado se não fosse pelo Roger me socorrer e o outro quarentão segurar seu amigo.
-- Agora que sabe quem sou eu, ordeno que fique longe dela, seu narigudo imprestável ou não me chamo Robert Kenneth McGold!
Quando Robert foi embora,  o amigo dele, o tal Ned chamou Keith e conversaram bem baixinho algo e depois partiram para casa. Kit e Chris pegaram uma maleta de primeiros socorros e estancaram a pequena hemorragia no nariz e deixaram na minha bochecha um saco de gelo para tirar o inchaço na cara.
-- Quem era o amigo daquele cara, Keith? – Questionei ainda segurando o saco.
-- Era o Eddard. Ele também chamado de Ned. É o pai da Nora e amigo do pai da Fefe.
-- E como ele soube do relacionamento? – Mesmo deduzindo que Fefe tenha contado ao pai sobre isso, recebi outra resposta.
-- A Nora contou pro pai dela, que contou pro pai da Felicity. Alias, suspeito que ela nem saiba da atitude do pai hoje.
-- Minha nossa, Pete. Causou péssimas impressões ao futuro sogro. – Gracejou John.
-- Que nada. Pete ainda tem chances com a Fefe. Fala o que houve na sua visita ao hotel dos Beach Boys, Keith. – Falava Roger.
-- Eu conversei com eles e com Brian, que ficava me perguntando sobre a “surfer girl”. Eu falei que Fefe nunca deixou de te amar, Pete e por isso ela terminou com ele. – Falou Keith, calmo.
Outra vez aquela alegria voltou a tomar conta de mim. Tinha mesmo chances de conquistar Fefe. Brian era carta fora do baralho. No entanto, lembrei do pai dela. O homem tava furioso comigo.  Eu não sabia como poderia reconquistá-la... até aquela tarde.


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A tarde ficamos editando as músicas pro disco. Ainda estava traumatizado pelo fato do single I Can See For Miles não atingir pelo menos o segundo ou terceiro lugar do ranking. Em vez disso, ficamos em sétimo e ainda perdemos para Felicity, que finalmente se lançava na carreira de cantora. Posso não aceitar perder pros Beatles, Rolling Stones ou Kinks, mas para Fefe... era outra história.
As meninas também vieram ao estúdio. Contudo, Barbara se tornou uma espécie de sarna que não conseguia me livrar. Fazia um mês que não fazíamos sexo, eu não ia mais na casa dela e muito menos procurava ser cavalheiro pra ela. Em outras palavras, não fazia nada. Se ela me traísse, não seria uma surpresa, já fui corno por causa dela.
Chegando ao estúdio, fomos recebidos por Glyn Johns. Preparávamos os instrumentos quando ouvi um som característico de guitarra. Roger me viu saindo da sala e acabou indo junto comigo para ver. Seguimos para uma outra sala e logo vi ela. Felicity ajeitava a guitarra Gretsch ano 1959.  Sabia que ela se amarrava naquelas guitarras com estilo dos anos 50.
-- Ok, pessoal. Vamos só gravar Sun and Moon e depois No! – Dizia ela para os dois músicos presentes, um quarentão careca que usa um terno preto e outro rapaz, mais jovem que o baixista e um pouco mais que a Fefe.
-- Certo. – Respondeu o baterista e só parou de mexer nas baquetas quando me enxergou. – Ehhh... Fefe, olha quem veio nos ver.
Ela me lançou um olhar que demonstrava claramente que estava feliz em me ver.
-- Vamos encerrar por hoje. Amanhã nos vemos, mesmo horário. – Falava Felicity, já guardando a guitarra e os rapazes se preparando.
-- Olha, se for minha presença, eu vou embora. Só apareci por curiosidade, só.  – Falei, na intenção de fazê-los mudar de idéia.
-- É sério. Estou cansada e quero ir pra casa... aconteceu algo com seu nariz? – Questionou no final.
Por um momento achei a possibilidade de mentir pra ela sobre o ocorrido em que o pai dela apareceu no apê e me deu um belo soco. Contudo, vi nenhuma necessidade dela se estressar mais e pensar que estou lhe causando mais problemas do que já tem.
-- Foi um acidente com minha guitarra.  – Respondi sem muita convicção. Tenho certeza, ela percebeu minha mentira.
-- Bem, então até mais, Pete! – Se despediu Fefe. Ela aproveitou e conversou um pouco mais com as garotas e eu voltei para a sala onde o Who gravava as faixas.
Mais uma vez repassamos as músicas Rael e Rael 2. Da primeira vez que tocamos, deu tudo certo. Contudo, Kit me falou duas semanas atrás que a empregada que faz a limpeza do estúdio, sem querer colocou fora as fitas gravadas e ainda completou que esse tipo de coisa acontece. Na minha indignação, peguei a vassoura, joguei fora. Ainda peguei a cadeira e joguei contra a parede. Praticamente enlouqueci no escritório e finalizei com um soco na mesa e terminei dizendo que essas coisas também acontecem.
E agora estamos aqui, mais uma vez gravando Rael, a faixa um pouco mais extensa que as demais. No mesmo instante, os pais de Marie e os de Nora apareceram.
Roger encheu-se de alegria e apresentou os pais dela para nós. Nora também aproveitou isso e conhecemos seus pais. Apesar de eu, Roger e John conhecermos o pai dela de forma indireta, cumprimentei o Sr.Smith Ele parecia meio envergonhado quando fomos apresentados.
Mais tarde, o pai d­e Nora veio conversar comigo.
-- Com licença. Pete Townshend? – Perguntou ele, segurando um copo de água.
-- Se for outro soco, favor se retire daqui! – Falei de forma meio estúpida.
-- Eu sinto muitíssimo pelo meu amigo Robert. Não esperava esta atitude dele, depois de ter contado sobre os acontecimentos da filha dele. – Respondia o Sr. Smith.
-- Sr. Smith...
-- Me chame de Ned, por favor.
-- Ned, a culpa não é sua e nem dele. No lugar dele, teria feito a mesma coisa se fosse com minha filha. É normal que me odeie.
-- Mas acha normal que uma garota sofra por alguém que ame?
Sabia que a pergunta ele se referia a Felicity. Porém, eu não sabia que ela ainda pensava em mim.
-- Felicity está com raiva de mim. A fiz terminar com Brian Wilson e ainda briguei com ele por causa dela.
-- Duvido que ela ainda te odeie. Meu rapaz, aproveite que Fefe está livre como um pássaro e reconquiste seu coração. Eu fiz assim com a mãe de Nora e consegui. Não desisti. Vamos lá!
Com essa motivação, tive mais vontade de lutar mais uma vez por ela. No final da tarde quando todos os pais foram pra casa, perguntei para Nora se ela voltaria pro estúdio gravar mais músicas e Nora respondeu que sim, até pelo motivo que Fefe deseja gravar seu primeiro disco antes de sua participação do Eurovision, inclusive a edição deste ano será em Viena.  Contudo há um problema: o Who tem uma turnê em algumas capitais no período de realização do Eurovision. Decidi que faria o máximo de esforço para estar ao menos na semifinal, para ver minha amada brilhar e chegar tão longe rumo ao seu sonho.
Na semana seguinte, houve mais umas gravações e quando fui visitar Fefe na outra sala, encontrei uma moça de lindos cabelos negros e ela assistia a banda tocar. Pela música, reconheci de cara ser All I Have To Do Is Dream, dos Everly Brothers.
-- Oi. – Cumprimentei a moça. – Conhece a cantora?
-- Sim, ela foi minha colega nos tempos da faculdade. Felicity McGold. Você deve ser o Pete Townshend?
-- Sim, sou eu. Qual o seu nome?
-- Frances Fitzwilliam. Todo mundo me chama de Fanny, polpa tempo e energia.
Conheci mais uma amiga de Fefe e ficamos conversando sobre muitas coisas. Ela namora o vocalista dos Hollies, Allan Clarke e como a banda estava em turnê em Londres, aproveitou para vir na Track Records para poder visitar a amiga. Após o fim da música, Fanny entrou na sala e conversou com Fefe e sua banda. E mais uma vez não consegui me aproximar dela. Ao meio dia fui almoçar com John e Anastacia num restaurante e os dois falaram da visita surpresa dos pais dela, o que prejudicou um pouco por perderem a privacidade.
De volta a Track, Chris Stamp fala que Fefe voltou para Rolling Stone e Fanny seguiu para o hotel onde estava hospedada com Allan. Enquanto seguia caminho para a revista, comecei a sentir uma espécie de angustia e alta preocupação. Quando entramos no hall ouvi um grito.
-- AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!
-- Minha nossa, que foi isso? – Anastacia ficou nervosa e John chamou o porteiro.
Sabia quem gritava. Corri até as escadas e entrei no estúdio fotográfico de Felicity e a encontrei caída no chão em pânico e na mira de um revolver. E quem segurava era Jenna.  Precisava agir rápido antes que tudo se acabe de forma trágica.

Continua....