quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Top 10 OTP Grindhouse

Olá pessoal!
Último dia do ano e último post de 2014. Para fechar com chave de ouro aqui vai um top 10 de casais que os leitores adoram e adotaram como 'verdadeiros', independendo se ficam ou não juntos na Grind oficial mas se dão bem em what ifs. Aqui vai a seleção.



1º Lugar - Davy Jones e Dianna Mackenzie






2º Lugar - George Harrison e Mary Anne McCartney







3º Lugar - Gerd Müller e Louise McGold







4º Lugar - Bob Dylan e Fanny Fitzwilliam







5º Lugar - Pete Townshend e Felicity McGold






6º Lugar - Roger Daltrey e Marie Greyhound






7º Lugar - Franz Beckenbauer e Odile Greyhound





8º Lugar - Keith Moon e Nora Smith





9º Lugar - Paul Breitner e Anastacia Rosely






10º Lugar - George Best e Rosie Donovan 






Então é isso! O blog Invasão Britânica lhes deseja um FELIZ ANO NOVO e que venha 2015!!!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Top 10 Grindhouse Momentos Marcantes

Olá pessoal! Hoje vamos começar com Top 10 Grindhouse momentos mais marcantes das fanfics. Como temos as what ifs, daremos como cinco para os casais oficiais e cinco para whta ifs.  Vamos ver!


-Grind Oficial-


  1. Pete salvando Felicity das mãos de Jenna e Barbara. (Love Sell Out - Capítulo 23)
  2. A treta monumental entre Ray Davies e Keith Moon (Love Sell Out - Capítulo 7)
  3. Bob Dylan se declarando para Fanny Fitzwilliam (Fanny's Autumn Almanac - Capítulo 13 by Maris Campos)
  4. Treta em grupo: Mike Nesmith e Keith Moon, Micky Dolenz e Pete Townshend e outros (Pictures of Lily - Capítulo 11 by Maris Greyjoy)
  5. O escândalo na rua: Alice joga as roupas de Nez e ele tenta reatar. (Pictures of Lily - Capítulo 13 by Maris Greyjoy) 


- What if- 

  1. A execução de Gerd Müller e Louise McGold (Soulmate - Contos da Segunda Guerra)
  2. A morte de Dianna Mackenzie e o suicídio de Davy Jones (Storybook of Us - Contos da Segunda Guerra by Maris Campos)
  3. O pedido de casamento de Paul Breitner para Anastacia Rosely na final da Copa de 1974 (O Casamento de Paul Breitner e Anastacia Rosely - O Casamento by Maris Greyjoy)
  4. O reencontro por cartas da Julieta entre Clay Regazzoni e Louise McGold (A Letter for Clay - Oneshot)
  5. A festa de Halloween com os jogadores do Bayern de Munique no apartamento das universitárias (Holiday Romance - Capítulo 12)
Fica livre para comentários! 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Baby, It's You! (Oneshot What If - Grindhouse)

Olá pessoal!
2014 terminando temos mais alguns posts antes de encerrar o ano. E hoje teremos mais uma fanfic épica escrita pela Mariana Greyjoy e dentro da subsérie "O Casamento de Paul Breitner e Anastacia Rosely". Se chama Baby, It's You, focado no casal Franz Beckenbauer e Odile Greyhound. Também tem referências a outras fics what ifs da subsérie, é importante a leitura destas fics para entender o que se passa nesta. Boa leitura!



Baby It’s You__ Mariana Greyjoy

O vestiário da seleção alemã estava em festa. Os novos campeões mundiais comemoravam este novo título cantoria e cerveja. A taça era passada de mão em mão para cada jogador pudesse fazer sua comemoração com ela. Até que ela voltou para as mãos do capitão da seleção, Franz Beckenbauer.
-É a sua vez, meine liebe – ele estendeu a taça a sua namorada Odile e ela a pegou com certa cautela.
-Ela é um pouco pesada – respondeu Odile.
Ele se aproximou por de trás de Odile e envolveu seus braços junto aos dela.
-Você sabe como se faz não é? – Ela sentia o coração dele batendo em suas costas e o suor do peito nu dele grudando em sua camiseta da seleção alemã, enquanto ele segurava a taça junto com ela – Vamos contar até três e sua irmã tira uma foto nossa tudo bem?
-Tudo bem – respondeu ela. Marie se aproximou deles e preparou a sua Polaroid.
-Um, dois e três – a foto saiu com Franz beijando a bochecha de Odile enquanto os dois levantavam a taça. Marie entregou para eles a foto e Uli Hoenoess lhe puxou para e lhe deu um beijo quente.
-Quem é o próximo? – perguntou Franz, segurando a taça.
-Eu! – respondeu Sepp, parando de beijar Nora Smith e pegando a taça – Agora é a nossa vez de comemorar Kätzchen!
-O que significa essa palavra? Ka-kätzchen? – perguntou Nora.
-Significa “Gatinha” em alemão – respondeu Odile.
Nora voltou para os braços de Sepp Maier e taça continuou a ser passada de mão e mão.
-Gerd, vá com calma, assim você mata essa menina, beijando- a desse jeito – gritou Paul Breitner, agora noivo de Anastácia.
Gerd e Louise pararam de se beijar para respirarem um pouco. Gerd disse a Louise que iria pegar um pouco de cerveja para ele, enquanto Louise foi conversar com Odile.
-Onde esta Fefe? – perguntou Louise, ainda um pouco ofegante.
-Eu não sei – respondeu Odile, tomando um pouco de cerveja.
-Meninas, venham cá – chamou Anastácia, da porta do vestiário. As duas passaram pelo campo minado de garrafas de cervejas, roupas suadas e toalhas usadas e encontram sua amiga na porta – Olhem aquilo!
Ana abriu a porta do vestiário e viram pela pequena fresta da porta do vestiário da frente, que estava sendo usado pelos Holandeses, Felicity e Johan Cryuff trocando um beijo quente.
-Então é verdade mesmo – disse Louise, observando o casal – Os dois estão mesmo apaixonados!
-Quando ela me contou, eu não acreditei – disse Odile – Foi quase quando a Ana nos contou que estava namorando o Breitner!
-Ai que fofo, ela esta dizendo que ama! – disse Louise – Venham ver!
-O que foi?! – disse Nora se aproximando.
-Olhem, Fefe e Cryuff- Anastácia apontou para o casal.
-Que fofos! – respondeu Nora – Não sei, mas quando olho para ele, eu me lembro do Townshend.
-Talvez seja o nariz – respondeu Louise.
-Ou os olhos – disse Odile – Ou quem sabe, os dois
-Vocês sabem que é feio ficar tomando conta da vida dos outros, não é? – indagou Marie a todas elas.
-Maninha, só estamos vendo o novo casal que esta se formando! – respondeu Odile.
-Felicidade para os dois! – respondeu Marie – Mas é melhor vocês fecharem esta porta se não alguém poderá notar que vocês estão espionando e piorará a situação deles!
-NÓS NÃO ESTAMOS ESPIONANDO!  - gritou Louise fechando a porta. No mesmo instante todos dentro dos dois vestiários pararam de conversar e olharam para as meninas.
-Shiiiiiu! – disseram as meninas em coro para Louise.
-Esperem, escutem – disse Ana – Esta acontecendo alguma coisa no vestiário holandês!
-Mas senhor! Por favor, ela é minha namorada! – disse Johan Cryuff.
-Eu já disse Cryuff! – respondeu o técnico da seleção holandesa Rinus Michels – Nada de garotas!
-Por favor! Deixe-a ficar! – implorou Cryuff.
-Não! E além do mais Cryuff, você é casado! – respondeu Rinus.
-Pretendo me divorciar para ficar com ela! – disse Cryuff.
-Não quero saber o que você vai fazer da sua vida depois que voltarmos para Amsterdã – respondeu Rinus – Quero ela fora daqui agora!
Felicity foi colocada para fora do vestiário junto com Cryuff.
-Até logo meu amor – disse Johan Cryuff. As meninas abriram a porta de novo e viram Fefe chorando se despedindo de Johan. Ele voltou para dentro do vestiário e ela foi consolada por suas amigas num grande abraço grupal.
-Sem choro meninas! – disse Felicity durante o abraço – Vamos comemorar esse título! O casamento da Ana!
-Os novos namorados da Nora e da Marie! – gritou Louise!
-Ei!Não estamos namorando! – responderam Marie e Nora em coro.
-E o bebê da Louise – respondeu Felicity – Já contou para ele prima?
-Ainda não! Não tivemos oportunidade de ficarmos a sós – respondeu Louise.
-Pois conte logo – respondeu Felicity –Se você não fizer isso, eu faço!
As meninas voltaram para o vestiário onde para esperarem pelos rapazes se aprontarem para comemorem o título numa discoteca da cidade, porém Helmut Schön, técnico da seleção alemã acabou mandando elas para casa para se aprontarem.
-Não se esqueçam o motorista pega vocês as oito, na casa da senhorita Rosely? – disse Schön.
-Agora é senhora Breitner! – gritou Paul Breitner, do outro lado vestiário.
-Que seja! – respondeu Schön – E não se esqueçam as oito.
Elas acabaram voltando do estádio no carro de Felicity, o que foi uma péssima idéia pelo fato da cidade inteira estar comemorando o título na rua. Depois de muito buzinar e xingar cada torcedor que ficava na frente do carro, Felicity conseguiu chegar na casa de Anastácia com todas as meninas sãs e salvas.
-Nunca mais deixo você dirigir o carro do Gerd. – disse Louise, quando todas desceram do carro – Capaz de você bater o carro dele!
-Pelo menos não fico mentindo para ele! – respondeu Felicity.
-Ora sua...
Os ânimos das duas acabaram se elevando e uma pequena briga começou e se não fosse por Marie, as primas McGolds teriam se estapeado em frente ao prédio onde Anastácia morava. Eles subiram para o apartamento e começaram a se aprontar. Quando o relógio soou 8 horas da noite, a limusine chegou para levá-las a discoteca.
-Só prometa uma coisa para mim, Louise – disse Odile, durante o caminho à discoteca – Que não vai beber nessa noite!
-Eu prometo – respondeu Louise.
A discoteca estava lotada de gente. As filas para entrar nesta estavam imensas, parecia que rodava no quarteirão. Por sorte elas não precisaram pegar nenhuma dessas para entrar.
-Meine liebe! – gritou Franz, quando avistou sua amada na discoteca. Ela caminhou até ela e roubou-lhe um beijo quente e intenso, a sensação que dava em Odile era a de como não se vissem à tanto tempo que um beijo só não bastaria – Eu estava morrendo de saudades!
-Eu também – respondeu ela ofegante.
-Boa noite Franz, viu o Paul por ai?! – perguntou Anastácia, quebrando um pouco clima do casal.
-Ele esta ali, com Gerd tirando umas fotos! – respondeu Franz apontando para os dois.
-Ursinho! – disse Louise saindo correndo atrás de seu namorado.
-À noite pelo visto vai ser longa – disse Felicity – Franz, queria te perguntar, Cryuff esta aqui?
-Sim, esta ali no bar! – respondeu Franz, apontando para o capitão da seleção holandesa, afogando suas lágrimas num copo de uísque.
-Obrigado – respondeu Felicity, indo até Cryuff.
-Agora, você mocinha, vai ser minha a noite inteira – Franz puxou Odile para perto de seu corpo e lhe deu outro beijo quente, que acabou sendo atrapalhado por algumas pessoas que vieram dar os parabéns a Franz pelo belo trabalho dele como capitão na Copa.
-Vamos para a pista de dança? – sugeriu Odile, depois que um ator veio dar os parabéns a Franz.
Ele fez um sinal de sim com a cabeça e ela o levou para a pista.
-Escute, Mon Amour ! – disse Odile – Nossa música esta tocando!
A música em questão era You Never Find Another Love Like Mine do cantor Lou Rawls. Quando Franz pediu Odile em namoro nessa mesma discoteca, alguns meses antes da Copa, estava tocando essa música e toda vez que eles escutavam aquela música, os dois sentam que a música combinava demais com eles.
-Ich Liebe Dich – disse ele no meio da música.
-Je te aime, meu Kaiser – respondeu ela.
 Ela roubou-lhe um beijo e quando sentiram que este ficaria quente, alguém cutucou o seu braço. Ela se virou e viu que era seu ex-namorando e amigo de Franz, Niki Lauda que estava acompanhado de outra moça.
-Olá Niki – cumprimentou Franz com um aperto de mão  – Como vai?
-Muito bem – respondeu Niki com um sorriso simples – como vai Odile?
-Vou bem – respondeu Odile com um sorriso amarelo no rosto.
-Queria-lhes apresentar minha namorada, Marlene Knaus – Franz e Odile cumprimentaram Marlene com apertos de mãos e continuaram a sorrir – Meus parabéns pela nova conquista!
-Obrigado! – agradeceu  Franz.
-Eu e Marlene assistimos ao jogo no estádio e tenho que dizer que foi incrível – disse Niki. Ele se virou para Odile e perguntou – Assistiu ao jogo no estádio também?
-Sim, minhas amigas me acompanharam – respondeu Odile.
O clima não era dos melhores. Odile sabia que Niki nunca aceitara o fato de ter começado a namorar Franz e Niki sabia que ela queria dar uns tabefes na cara dele por ter terminado com ela via telegrama, avisando que tinha se apaixonado por outra.
-Estou morrendo de sede, vou até o bar pegar uma bebida para mim e gostaria de um, Franz? -  perguntou Odile.
-Não, Meine Liebe – respondeu ele.
Odile pediu licença e foi até o bar. Pediu um copo do uísque mais forte que o barman possuía e começou a beber para ver se conseguia se acalmar e esquecer que Niki estava na mesma festa que ela.
 A cada bebericada que Odile dava no uísque, ela sentia sua cabeça rodar um pouco e acabou praguejando um pouco pelo fato de ter pedido o uísque mais forte. Foi então que ela viu James Hunt, o ex-namorado de Louise, ajoelhado de frente a esta.
-Por favor, meu amor! – dizia ele – Volte para mim!
-Agora é tarde! – respondeu Louise – Já estou em outra!
-Mas Suzie! Eu estava com saudades de você – respondeu James se levantando. Ela começou a andar e os dois vieram em direção de Odile – Olá menina do Niki, não poderia dizer a Suzie que ela tem que voltar para mim?
-James, meu querido não sou a menina do Niki faz tempo – respondeu Odile, bebericando um pouco do uisque – Sou a menina do Franz agora e Louise não vai voltar para você nunca mais, ela esta grávida do Gerd!
-Odile! – gritou Louise, com uma expressão brava no rosto.
-Grávida?! – gritou James – Aposto que esse bebê é meu!
-Não! Ele é do Gerd! – respondeu Louise com um grito.
-Agora eu que quero conhecer esse Gerd que você tanto fala, Suzie! – gritou James.
-Eu ser Gerd Müller – disse Gerd aparecendo ao lado de Odile – Eu ser o namorado de Louise!
-Gerd, meu querido – disse Odile, outra vez bebericando o copo com o uísque – Você tem que melhorar esse seu inglês ai, se não como vai pros Estados Unidos jogar futebol?
Os três encararam Odile com uma expressão atônita no rosto. Hunt se perguntava internamente se a moça estava bêbada demais, para dizer algo tão esquisito como aquilo.
-Do que você ta falando, Odile?! – perguntou Louise, afastando o copo de uísque de perto dela.
-Não importa – disse James Hunt – Esse bebê que você carrega é meu!
-Ele não é seu, eu já disse! – respondeu Louise – Ele é do Gerd!
-O que ser meu?! – perguntou Gerd, atônito com a situação.
- Esse seu alemão precisa aprender a falar inglês direito! – respondeu Hunt, ele pegou a mão de Louise e colocou a junto de seu peito – Suzie meu amor, já que agora você esta grávida nós devemos nos casar e formar nossa família!
-James solta a minha mão! – gritou Louise. Nesse momento Müller acerta um soco bem no rosto de James e este cai desacordado.
-Vem ursinha, vamos sair daqui! – disse Gerd puxando Louise pela mão e a puxando para longe dali.
Pouco depois Franz apareceu e notou que Odile estava levemente alterada por conta da bebida.
-Foi por causa dele, não foi? – ele tirou o copo de uísque de perto dela e bebericou um pouco.
-Foi – respondeu ela.
-Nós dois percebemos – respondeu Franz.
-Me desculpe por ter saído daquela forma – disse ela.
-Não tem problema – respondeu Franz, tomando o resto do uísque e pagando a conta – Vamos para casa?
-Olhe ali – apontou Franz – Cryuff esta brigando com alguém e deve ser pela sua amiga!
-Aquele é o ex-marido dela – respondeu Odile – Se Pete esta aqui, então meu ex-cunhado deve estar!
Odile olhou pela festa toda e viu Marie e Uli sentados numa mesa e Roger de pé brigando com os dois.
-Como ousa querer vir dizer uma coisa dessas! – disse Marie – Você nunca quis nossos filhos, nem quando estávamos casados! E agora vem com essa história de querer tirar eles de mim?!
-Vou tirar eles de você e não vou deixar que os veja mais! – respondeu Roger.
-Você nem ouse fazer isso Roger Harry Daltrey! – respondeu Marie se levantando e peitando Roger – Se tentar encostar a mão neles, irei fazer da sua vida um inferno!
-Eles não merecem uma mãe como você! Que prefere ficar com chucrutes na noite do que em casa cuidando deles! Você é uma vadia, Marie! – gritou Roger.
-Seu machista desgraçado! – disse Marie dando um tapa na cara de Roger.
Roger tentou ir pra cima de Marie, mas Uli impediu a tempo. Os dois começaram a trocar socos e pontapés e por fim, Roger caiu e John Entwistle foi ampará-lo.
-É melhor tirá-lo daqui! – ameaçou Uli – Se não, eu matar ele caso ele encostar a mão em Marie e nos crianças dela!
John tirou Roger dali. Pete os esperava já porta da boate. Os três saíram e as meninas foram até Marie.
-Como você esta?! – perguntou Ana – Ele te machucou?!
-Se não fosse Uli, acho que iria acontecer coisa pior! –respondeu Marie, um pouco trêmula.
-Ele disse que quer tirar as crianças, isso é verdade? – perguntou Odile à irmã.
-Sim! Acho que Heather colocou essas coisas na cabeça do Roger! – respondeu Marie, tomando um gole de cerveja – Até porque quando éramos casados, ele quase nem dava bola pro James e pra Lily!
-Agora eu fiquei com vontade de matar aquele cara – disse Odile – Ninguém mexe assim com a minha irmã!
-Vamos, Meine Liebe? – disse Franz.
-Amanhã você mata o Daltrey – disse Marie – Agora vá se divertir com o seu Kaiser!
-Cuide dela por mim, Uli – respondeu Odile.
-Kleine Blume (pequena flor) estará em boas mãos – prometeu Uli .
Odile e Franz se despediram de todos e foram embora da boate no carro de Franz para o apartamento dela. Chegando lá, mal esperaram chegar ao quarto e acabaram se amando intenso no chão da sala mesmo, conseguindo matar a saudades que estavam sentindo um do outro.
-E se Gerd e Louise chegarem e nos pegarem desse jeito, aqui no chão da sala? – perguntou Odile, depois que se amaram.
-Conversei com ele – respondeu Franz – Ele disse que pretende levá-la para a casa dele, então podemos ficar aqui juntinhos.
-Vou buscar uma bebida para nós dois – disse ela. Ela vestiu sua calcinha de volta e vestiu a camisa dele e foi até a cozinha e voltou com uma garrafa de vinho tinto e duas taças, ele abriu a garrafa e serviu um pouco do vinho aos dois.
-Agora me conte o que Louise anda escondendo de Gerd – aquilo pegou Odile de surpresa. Conto ou não conto? Pensou Odile  - Que até aquele piloto inglês sabia, menos meu amigo.
-Me prometa que isso só vai ficar entre nós dois? – disse ela.
-Tudo bem – respondeu ele, tomando uma golada de vinho.
-Prometa! – insistiu ela.
-Tudo bem, eu prometo, agora me conte.
-Louise esta grávida do Gerd. – respondeu Odile.
-Por isso ela não bebeu nem fumou durante a festa toda! - observou ele.
-Exatamente – respondeu ela – Agora prometa que isso morre aqui!
-Minha boca é um túmulo – respondeu ele, se servindo de mais vinho – Agora, se ela não contar pra ele, eu conto!
-Você não pode fazer isso! – disse ela, um pouco irritada – Isso tem que morrer aqui!
-Isso não vai sair daqui, eu prometo! – respondeu ele – Mas eu quero saber, ali de mim e você, quem mais sobre isso?
-Minhas amigas e você – respondeu ela.
-Acha que o Breitner pode contar pro Gerd? – perguntou ele.
-Eu não sei – respondeu ela – Talvez Breitner nem saiba disso. Ana e ele estarão tão ocupados com o casamento que dificilmente terão tempo para conversar.
Os dois ficaram em silêncio por um tempo, se encarando e encarando as taças de vinho, até que os dois resolveram ir para cama para tentarem se amar novamente. Porém ela estava preocupada demais com o fato de ter contado para seu amado o segredo de sua amiga e não conseguia concentrar em Franz. Para piorar o seu vizinho colocou para tocar (They long to be) Close To You dos Carpenters , a música que ela e Niki consideravam como deles.
-Droga! Mil vezes droga! – gritou ela, se soltando dos abraços de Franz.
-O que foi desta vez? – perguntou ele.
-Nada – respondeu ela, começando a chorar – É só... Essa música!E-e-eu detesto ela!
-Pensei que gostasse de Carpenters – disse ele – Vi que você tem até um álbum deles autografado por eles!
-Eu os adoro, mas não gosto dessa música! – respondeu ela, ainda chorando – Ela me trás lembranças ruins!
-Lembranças ruins? – perguntou ele.
-Essa música... Ela me faz lembrar o Niki – respondeu ela – A gente dizia que era a nossa música, por isso que não gosto dela!
-Bem, a música já acabou – respondeu ele, abraçando-a – Sei que esta magoada pelo o que ele fez com você, mas já passou! – Ele levantou o rosto dela, para ficar próximo ao seu e afagou de leve suas bochechas, limpando as suas últimas lágrimas  – Você tem a mim agora!E não precisa se preocupar com mais nada!
-Oh Franz... – ele beijou seus lábios carinhosamente e sorriu – Eu te amo tanto!
Tornaram a se amar novamente e depois adormeceram juntos. No outro dia, eles voltaram a se separar, pois ele tinha alguns eventos com a seleção alemã e ela acabou ajudando Anastácia com os preparativos de seu casamento, que ocorreria dali a 15 dias por conta do retorno dos jogos do Campeonato Alemão que voltava um mês depois e o casal Breitner ansiava um tempo a sós.
O dia do casamento chegou e este aconteceu sem nenhuma briga ou algo do gênero. O ex- marido de Anastácia, John Entwistle fora convidado a pedido dela, pois mesmo divorciados os dois ainda eram amigos e como presente para ela, a banda que ele tocava, The Who, aceitou fazer um show na festa do casamento.
Depois de tocarem It’s Hard To Writer A Love Song , uma música que havia sido composta para Anastácia alguns anos antes, ouve se uma revelação:
-Eu estou grávida! – disse Louise para o namorado Gerd.
-O que?Eu não estou te ouvindo! – respondeu ele.
-ESTOU ESPERANDO UM FILHO SEU, GERD MÜLLER! – gritou Louise, quando a música parou.
-Opa, temos uma revelação aqui – disse Pete Townshend, no microfone no palco.
Todos da festa ficaram chocados e não era para menos, a revelação tinha sido em alto bom e som, para que todos os convidados escutassem, inclusive a família de Louise e ela acabou saindo correndo e foi em direção ao banheiro e acabou sendo consolada pelas amigas, enquanto Gerd ficou parado no mesmo lugar.
-Gerd? Esta tudo bem? – perguntou Franz ao amigo. Gerd segurava um copo plástico e acabou amassando este de tanta fúria.
-Não, não está nada bem, Franz – respondeu Gerd, ainda mais bravo – Ela poderia ter me contado antes e não dessa maneira, para esses ingleses, russos e franceses desconhecidos!
-Ela tentou contar pra você alguma vez? - perguntou Franz.
-Ela sempre vinha com um “Meu bem, temos que conversar”,  mas nunca conseguíamos porquê alguma coisa nos atrapalhava – respondeu Gerd – Eu tinha visto que ela estava estranha, não estava bebendo nem fumando!
Os dois ficaram em silêncio por alguns momentos e depois Gerd perguntou novamente:
-Você sabia sobre isso?
-Odile me contou no dia em que vencemos a Copa. – respondeu Franz.
-Então por que não me contou? – disse Gerd ainda mais furioso.
-Odile me proibiu! – respondeu Franz – Agora se acalme! Neste momento você vai ter que sentar com ela e conversar sobre o assunto, como dois adultos civilizados!
Gerd continuou a resmungar e depois se acalmou.
-Tive uma idéia – disse Gerd – Mas preciso que você fale com um dos integrantes da banda!
Franz falou com Anastácia que falou com John Entwistle e depois de uma música, Gerd subiu ao palco e interrompe o show do Who.
-Ai como esses alemães são abusados! – suspirou Keith Moon – Além de roubarem nossas pequenas, ainda querem parar nosso show!
-Cala a boca, Keith! – disse John – O comunicado é importante!
-- Senhoras e senhores, desculpe interromper a música da banda em questão aqui. Mas preciso falar uma coisa.

As garotas voltaram à atenção para o palco e ficam mais surpreendidas por verem Gerd Müller discursando ali.

-- Algum tempo atrás, conheci uma garota, uma atriz. Mal a conheci pessoalmente e já me encantei por ela. E mais ainda quando a vi pela primeira vez. Eu sei que no começo foi... Bem estranho. Depois, fui conhecendo mais sobre ela e sei que não posso ficar sem você, Louise.

Gerd começou a caminhar em direção a amada, ainda carregando o microfone.

-- Me desculpe pela falta de atitude de minha parte. Fui pego de surpresa. Agora sou eu que quero falar. Louise McGold, quer casar comigo?

Aquilo pegou mais uma vez todos de surpresa, deixando agora, Louise sem reação. Incentivada pelas meninas, ela aceita o pedido de casamento.
-Está na hora de jogar o buquê! – gritou Anastácia . Ela foi para o palco e de lá jogou o buquê de margaridas brancas e a sortuda que pegou ele foi Odile.
Depois disso o casal Breitner se despediu de todos e partiram para a sua Lua de Mel na Rússia e depois na Itália.
Odile e Franz voltaram para o apartamento dela, onde se amaram intensamente e depois disso, elas foi buscar um pouco de vinho para os dois e um vaso com água para aquele buque de flores.
-Sabe, Meine Liebe – disse Franz, enquanto se servia de um pouco de vinho – Acho que deveríamos nos casar.
-Como assim, Kaiser? – respondeu Odile – É cedo demais para uma coisa dessas!
-Cedo? Como assim? – perguntou ele – Você pegou o buquê e então é nosso dever como casal que nos casemos!
-Sim, mas é cedo.  - respondeu ela – Você acabou de sair de um casamento e eu de um relacionamento frustrado, nada melhor que nós namorássemos por uns meses e depois casássemos!
-Mas eu quero agora! – disse ele.
-Não podemos esperar nós voltamos das férias pelo menos? –perguntou ela.
-Férias aonde? Aqui em Munique?
-Não seu tolo! Papai disse que podemos passar uns dias no apartamento de Villa Nellcote, o que acha? – disse ela, envolvendo ele em seus braços.
Ele pensou por alguns instantes, sorriu e respondeu.
-Eu acho uma ótima idéia – respondeu ele – E quando embarcamos?
-Depois de amanhã. – respondeu ela – Assim teremos tempo de preparar tudo!
Ela o beijou fortemente e voltaram se amar. Dias depois eles embarcaram para a Riviera Francesa chegando lá tiraram uma foto, em que Franz vestia um traje de banhos dos anos 20, segurando  Odile  em seus braços, que vestia um maiô da mesma época e a transformaram num cartão postal e mandaram para os amigos, com os dizeres:
Depois dos dias chuvosos de Munique, acabamos precisando de um pouco de sombra e água fresca, com amor Odile e Franz.
-Será que esses dois vão se casar? – perguntou Louise para Gerd, enquanto os dois observam o postal.
-Sabe que eu não sei. – respondeu ele.
-Vamos esperar eles voltarem dessas férias e ai vemos no que vai dar! – respondeu Louise, observando seu noivo brincar com dois sapatinhos das cores vermelho e branco, as cores do Bayern de Munique, clube que ele jogava, na pequena vida que surgia no ventre de Louise.


FIM




sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Apêndice Grindhouse - Holiday Romance (parte 4)

Olá pessoal!
Primeiramente um feliz natal aos leitores e fãs das fanfics e também as minhas amigas Maria Alice, Mariana "Walrus Girl" e Mariana "Greyjoy" Pereira. Confiram o apêndice de Holiday Romance, com os membros da English Band e os jogadores de futebol.

*English Band

Edward Simons é estudante de Música, colega de Harry Daniels e Alana Watson. Na English Band, ele é o guitarrista solo, embora Felicity McGold também tocasse guitarra mas assume como base. É vocalista e as vezes compõe junto com Alana. Adora livros e filmes de Sci-Fi e tem uma queda especial por Star Trek.

Harry Daniels também cursa Música e é colega de Edward Simons e Alana Watson. Toca bateria e faz excelentes solos e explosões no instrumento, chegando a ser eleito o segundo melhor baterista da universidade, apenas perdendo para John Bonham. Curte mangás e animes, principalmente Dragon Ball e Sakura Card Captors. É um verdadeiro otaku e gosta de trocar ideias com Louise McGold.

Luke "Biff" Stark cursa História. É colega de Rosie Donovan e Graham Bond e é tecladista da banda. Entrou por intermédio de Fefe e Alana. O apelido Biff vem do personagem Biff Tannen, do De Volta Para O Futuro, seu filme favorito. Ele adora esportes, joga futebol de vez em quando, torce para o Chelsea, gosta de agitar e dançar e ama filmes de comédia.


*Os jogadores de futebol

Franz Beckenbauer é capitão do time alemão Bayern de Munique. Esperto e é um líder nato, por isso recebe o apelido de "Kaiser" e internamente, gosta que o chamem assim. As vezes tem atitudes de um rei e acaba esquecendo as outras pessoas pensam e querem falar, dando um lado egoísta mas não por maldade. Sob a influência de Odile, passa a curtir cinema e séries como Game of Thrones e CSI.

Sepp Maier é o goleiro titular do time. Tem um humor louco e é o rei da zoeira fora dos gramados e nos treinos. Mas quando o irritam, vira um leão. Gosta de assistir House e joga online The Sims com Nora Smith.

Gerd Müller é o atacante do time e tem uma postura austera e fechada, digna de um alemão. Considera Franz e Sepp seus melhores amigos como Os Três Mosqueteiros. Ama intensamente Louise McGold e por conta das nerdices dela, acaba demonstrando um lado otaku. Contudo gosta de filmes de ação e terror, desde os clássicos como Sexta-Feira 13 até os atuais. É fã dos filmes Alien e adora os doces que Louise prepara.

Paul Breitner é o lateral-esquerdo e meio campista. Ele é muito culto e estudioso (muitas vezes considerado o nerd do futebol). Fez faculdade de Ciências Políticas, é esquerdista e melhor amigo de Uli Hoeness. Tem uma personalidade forte porém é um pouco explosivo. Adora grandes sagas como Game Of Thrones, Senhor dos Anéis, tudo sobre a Idade Média, ficção científica e se torna fã da literatura russa e inglesa com Anastacia Rosely.

Uli Hoeness é meio campista que atua também como lateral. É o oposto de Paul Breitner e o considera seu melhor amigo. Tem personalidade calma e não gosta de brigas. Além do futebol, Uli entende bastante de negócios e economia, algo que realmente puxou de sua família, pois seu pai foi presidente do clube alguns anos atrás. Curte filmes de super heróis, ação e espionagem. Adquire uma paixão por séries policiais e de The Big Bang Theory, como Marie. E inclusive ela o acha parecido com Thor.

Manuel Neuer é o goleiro reserva e as vezes consegue ser líbero. É bastante adiantado tanto no gol quanto na vida. É viciado em Nutella e também curte filmes de super heróis e é fã da DC Comics. Os games favoritos dele são Batman Arkham City e Injustice: Gods Among Us.

Johan Cruyff é o meia atacante do time Ajax, da Holanda e mais tarde nomeado capitão da seleção holandesa. É um jogador genial e bastante esforçado. É romântico e esconde de todos sua paixão por poesia e ainda mantém um hobby de cuidar das plantas de sua casa-barco em Amsterdã. Gosta de desenhos como Bob Esponja e Hora de Aventura e tem a banda The Killers como sua favorita. Sua nerdice é ler poesia. Seu melhor amigo é Johan Neeskens, também do Ajax.

George Best é jogador do Manchester United na posição de ponta-direita. Tem fama de mulherengo e beberrão, mas secretamente, só deseja uma mulher em sua vida. Contudo sua vida muda drasticamente quando conhece uma certa garota ruiva... Como todo britânico, adora séries como Sherlock e Doctor Who. Internamente assiste também Vikings, Game of Thrones e The Borgias.

Bobby Moore é zagueiro do West Ham United e joga pela seleção inglesa. Tem um bom coração e atitudes muito nobres. Alguns dizem que ele é a reencarnação do Rei Arthur e segundo Marianne Jones, ele se parece com um Time Lord, do Doctor Who. É fã de histórias medievais e da série de livros e jogos do Assassin's Creed. Curte os seriados Sherlock, Merlin e Penny Dreadful (mesma série favorita de Rosie) e tudo relacionado a era vitoriana.






quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Laços do Blues (9º Capítulo)

Olá pessoal!
Novo capítulo (mas demorado) de Laços do Blues e um feliz natal aos leitores e as garotas blogger Maria Alice, Mariana "Walrus Girl" Campos e Mariana "Greyjoy" Pereira.




Capítulo 9: You Make Me Feel

Rosie POV

-- Só mais quinze dias, meu amor. Logo voltarei te ver! – Falava meu namorado no telefone.

A turnê estendeu para outros lugares, agora o alvo são os Estados Unidos. Mari conseguiu viajar para lá e eu fiquei em Oxford por causa do aguardo na faculdade. Havia solicitado para mudar de curso. Não agüentava mais Direito e resolvi tentar História. Para minha alegria, três dias após o telefonema de Clapton, consegui a tão cobiçada mudança de curso. E ainda bem que foi bem a tempo das aulas começarem.

Apesar do prédio de Historia ser muito classudo, havia algo de antigo, lembrando um museu, o que era bem compreensível.  Duas semanas depois Mari retorna de viagem e passa a me contar as novidades passadas e suas fugas românticas com Ginger Baker. Até hoje não entendo como alguém como Ginger gosta de fugir pra lugares que nunca pensaríamos que fosse visitar. Bem, isso é algo que pretendo um dia descobrir.

Num belo dia de março, aconteceu algo muito legal. Mike Winters, nosso colega de quarto na republica, conseguiu num sorteio da rádio BBC, ingressos pro jogo de futebol pela Liga dos Campeões da UEFA. O confronto será do Manchester United contra o time alemão Bayern de Munique.
Não entendia bem de futebol, embora acompanhasse toda a Copa do Mundo no ano passado e vi a Inglaterra conseguir ser vitoriosa.  O jogo seria no sábado no estádio White Hart Lane, no norte de Londres. Partimos na sexta à tarde. Jane e Mari acabaram cabulando as aulas, enquanto que o restante conseguiu ou ser liberado mais cedo ou simplesmente assistiu de manhã.  Por sorte, Sam não precisaria de mim na sexta, por isso me concedeu folga.

Nos hospedamos num hotel legal perto do estádio, assim pouparíamos energia na caminhada. Mike estava super ansioso, pois queria autógrafos dos craques do momento, que eram George Best (M.United), Franz Beckenbauer e Gerd Müller (ambos do Bayern).  Por sua vez, Mary suspirava por Gerd e devo admitir uma coisa: o alemão é realmente lindo. Um deus grego! Ok, melhor sossegar o facho, ruiva! Você tem o Eric Clapton, o guitarrista com cara de tímido, mas com talento que parece mexer com meu intimo.

Chegamos ao estádio e conseguimos os melhores lugares para acompanhar os lances. Mari estava com caderno já pronto para coletar os autógrafos, Mike com a camiseta do Bayern e do United e eu torcendo para ver Gerd Müller.  Quando os jogadores do time inglês apareceram, Jane gritou feito louca.

-- BEST!, GEORGE BEST, EU TE AMO!

Para nossa surpresa, o jogador saiu da fila e foi se até as arquibancadas e localizou Jane. Ela o abraçou e George soube bem aceitar.

-- Por favor, autografe pra mim? – Jane fez algo que até hoje se tornou comum: tirou a blusa e mostrou os seios (ela vestia um sutiã, ainda bem!) e George pegou uma caneta preta e assinou ali mesmo e finalizou com um beijo daqueles. Jane desmaiou e Mary Kate e eu a socorremos. Mari e eu tiramos fotos e percebemos que George lançou umas piscadelas para nós. Isso mesmo, leitor. Best estava lançando seu charme.

Iniciou o jogo e todos ficaram numa torcida bem agitada. No primeiro tempo, o United marcou um gol, feito por George Best. Agora o Bayern precisava recuperar esse prejuízo. No segundo tempo, houve empate. Na metade do tempo, aconteceu um pênalti para o Bayern e quem faria o gol seria o camisa nove Gerd Müller, que conseguiu fazer um lindo gol de falta.

Gritei feito louca comemorando a vitoria do Bayern. Fim de jogo, com United perdendo, mas George Best ainda sorria.

-- Rosie, vamos pedir autografo aos alemães? – Pedia Mary, que escondia o peito assinado com a caneta de Best.

-- Certo. Vamos nessa!

Quando o time germânico ia embarcar no ônibus, corri até Gerd e mais uma vez não surtei como daquela vez que peguei o famoso autografo de John Lennon no Palladium em 1963.

-- Mr. Müller, por favor, assine? – Pedi para ele assinar meu caderno.

Muito gentil, o alemão assinou e ainda falou comigo em inglês com sotaque, para minha sorte já que não manjo na linguagem.

-- Muito obrigado pelo carinho. – Disse o jogador em seguida me deu um beijo na bochecha, me deixando corada.

Após a partida viajei legal na maionese que nem ouvi Mari reclamando do George Best, que ficou cantando ela.

-- Rosie, vamos embora? George é tarado!

Antes de ir embora, fui ao banheiro e na saída, George Best ficou parado e se aproximou de mim, sussurrando com uma voz muito sensual e devo admitir, fiquei muito excitada. Apesar da leve vergonha, eu havia gostado. Peguei rápido meu bloco e anotei o número de telefone e endereço onde morava em Oxford.

-- Me liga, se puder. – Sussurrei de volta para ele.

No domingo pela manhã embarcamos de volta para Oxford e chegamos a republica perto do meio dia. Ninguém tinha capacidade para cozinhar naquele momento devido ao cansaço da viagem.

Mal deitei na cama quando ouvi alguém exclamando, me tirando de orbita mental. Era Marianne de novo me perturbando.

-- OLHA, ROSIE! NÓS CONSEGUIMOS!!!! – Mari gritava e ao mesmo tempo segurava um envelope azul.

-- O que? Por deus, me diga!

-- FOMOS CONVIDADAS PARA PARTICIPAR NA RADIO CAROLINE!

A rádio pirata Caroline ficava ancorada no mar do norte da Inglaterra, junto com outros barcos grandes que abrigam outras rádios piratas. Essa onda surgiu no momento que a BBC passou a tocar menos de quarenta e cinco minutos de música pop, revoltando os ouvintes.

A participação seria na terça-feira na parte da tarde. Recebemos uma carta explicando nosso transporte e tudo mais. Mari e eu fomos ao porto de Oxford e lá embarcamos num barco com dois dos locutores que nos esperavam e em pouco tempo chegamos num navio ancorado, a Caroline.

Biff McFly, o locutor do programa Top 10, nos entrevistou e foi muito legal. Vi também que ele tem um currículo de entrevistas bem sucedido, com fotos das celebridades e bandas. Até mesmo jogadores de futebol como Bobby Moore, campeão mundial da Copa passada e o alemão Franz Beckenbauer. Dá para ver que além da música, ele também se especializou em esportes.

Após as entrevistas, dançamos e conversamos com resto da equipe e tiramos muitas fotos. Retornamos para o porto de Oxford com a lembrança mais divertida de visitar uma rádio pirata.

Mais alguns dias se passaram e Clapton me liga, mas a sua voz estava indiferente. Aos poucos percebia que algo na nossa relação estava se perdendo. Sofria muito com sua ausência. Às vezes pensava que ele e Charlotte tivessem reatado. Não foi isso. Em compensação, me tornava cada vez mais próxima de Graham Nash. Descobri que a paixão dele é a fotografia e quase todos os dias ele me procurava seja no estúdio ou na agência para um passeio pela cidade e ficávamos conversando por horas. Lembro que isso aconteceu uma vez com Clapton e foi no dia do pub, onde ele havia colocado uma música no jukebox.

Me entristecia fácil mas procurava não transparecer isso para o pessoal e nem para Sam e Mari. Quando Nash não me procurava, ficava pensando na vida ou lendo um livro na agência. Por incrível que pareça, lembrei de George Best. Ele pode ser um tarado, contudo, existia algo nele que me atraia. Talvez a voz rouca transformada em veludo quando sussurrada.

Na volta pro apartamento, fui tomar banho e jantei pouco. No quarto peguei meu caderno e passei a escrever pequenos versos.

Na escuridão, salve-me.
Preciso de você.
Somente de você.
Sua voz meu consolo.
Nosso infinito...

Os restantes dos versos foram se tornando mais ousados. Se Mari lesse isso, pensaria que fiquei doida. Recebo depois uma ligação do Mike avisando que ficará na casa da mãe para cuidar dela e Jane e Mary pousariam no apto de outra turma. Elas namoram uns caras, veteranos do curso de Medicina. Então, hoje ficarei e Marianne também.

Por volta da meia noite a campainha tocou.

-- Fica aí, Mari. Pode ser o Benson. – Disse ao descer as escadas.

Ela deixou a porta do seu quarto entreaberto e eu segurando outra vez o taco de cricket para me defender. Abri a porta com cuidado e vi ele. Não era o Clapton e sim o jogador.

-- Olá, jovem ruiva.

Aqueles olhos azuis tão vivazes. Entrou no apartamento sem esperar minha permissão e me beijou de uma forma ardente. Senti uma onda de sentimentos misturados. Amor, luxuria e culpa. Amor talvez.  A culpa era por estar traindo Clapton. E luxuria é um dos sintomas causados no contato físico com George Best. Quando parei de beijar, pensei em expulsa-lo. Lembrei outra vez do guitarrista. A considerar nestes últimos dias, ele só me ligava, ao contrário do Ginger, que liga e manda cartas para Mari. E sem falar na frieza sentida nestas últimas vezes que ele me ligou, denotando uma pequena ponta dele se interessar por outras garotas.  E então decidi.

-- Vem comigo. – Puxei o jogador para mais perto de mim e tivemos mais beijos.

Vi Mari nos olhando e rindo da cena e em seguida voltando pro quarto, muito tranqüila. Subimos para o meu quarto e fizemos amor tão intenso. Ele realizou tudo aquilo nas palavras sussurradas no jogo para mim. E eu sabia da sua fama de mulherengo. Mas não me importava. Apenas queria um momento de felicidade... e com George Best.

Continua...