Boa tarde gente!
Após quase um ano sem atualizar, vamos para mais uma parte de We Belong Together. Muita tensão para reta final! Boa leitura!
Parte 17
Quando criança, Moses Smith gostava de brincar.
Sozinho ou acompanhado de sua irmã Felicity, ele se sentia bem. Rosamund, uma
bela mulher escocesa, criava seu filho com todo amor e proteção. O ensinou
muitas coisas, desde o básico como ler, escrever e calcular, como também a arte
mágica. Aprendeu alquimia, poções, encantamentos e feitiços. Ao mesmo tempo
desenvolveu sua capacidade empata e profética. Moses também via espíritos e
conversava com eles. Rosa sabia disso e permitia.
Entretanto, Moses voltou pra casa depois de ficar uma temporada na casa de seus tios escoceses. E lá flagrou sua mãe, sendo agredida e humilhada por Robert McGold.
-- Eu...
Robb não a deixou falar e acertou um soco no
rosto dela. Rosa ia usar um feitiço, mas o galês foi rápido.
-- Faça isso! E será pior! Direi para todos que
você é uma bruxa!
-- E quem vai acreditar em você?
-- O prefeito, o dono do antiquário, Lord e Lady
Gibbons. Todo mundo!
Rosa recuou.
-- Se for embora e levar o Moses, eu vou atrás de
você e te mato!
Moses permanecia escondido embaixo da mesa,
assustado. Ele sabia que Robb era seu pai e nunca o assumia para a família. Na
visão de Robert, Moses era o reflexo de seu erro da juventude e terá de
carregar até o fim.
Rosa refugiou-se para Inverness com o filho e nem na cidade do interior ela conseguiu escapar. Os moradores da região a viam como bruxa e após reclamações intermináveis, o prefeito tomou uma decisão: condenou a fogueira. Moses chorou, gritou e tentava salvar a mãe. Robb ia reivindicar o filho, mas os Smiths não permitiram. Com o tempo Moses controlou seus poderes e seu dom. Entretanto o medo de a qualquer momento perdesse o controle era enorme, ainda mais que ouviu dos tios um comentário verdadeiro.
Não demorou para se ter o velório de Mary McGlory. Apenas
Moses, Serguei e Fefe estavam presentes e o padre recitando. As palavras do
religioso passaram longe de sua mente e ele fechou os olhos. A visão daquela
que amou. Não a loba e sim a outra moça, cujo coração sabia que lhe pertencia.
Ele não sabia onde se encontrava aquela garota e se culpava pois previu a
desgraça que se abateu na família da moça. A visão, no entanto, o mostrou em
outro lugar, numa floresta e Marianne vivendo com um homem que se transforma em
lobo. Será verdade ou delírio?
Contudo, seus pensamentos foram interrompidos com a voz de
Felicity.
-- Vamos, Moses!
Ele aceitou e seguiu com a irmã e o melhor amigo.
Miesbach, sul da Baviera...
Em um asilo para pessoas carentes e desprovidas de alguma
capacidade mental, os pacientes se espalhavam pelos cantos e outros permaneciam
nos quartos. E poucos ficavam em um só canto. Entre esses pacientes, um homem
aparentando seus 58 anos, os cabelos grisalhos, usando um pijama e um cobertor
nas pernas, olhava para a pulseira de ouro que contém um nome: Romanov.
Ele não lembra de absolutamente nada. Sequer lembra seu nome
ou de onde veio.
-- É a sua vez, Romanov. – Disse o outro paciente. Os dois jogavam xadrez.
“Romanov” moveu um dos peões da segunda coluna da direita
para trás e voltou sua atenção para a pulseira. Apesar da amnésia, havia uma
imagem povoando sua mente: de uma mulher escocesa, muito bela, que sempre usava
um vestido azul. O nome dela era Catelyn.
-- Catelyn... – Murmurou “Romanov”, sorrindo.
FLASHBACK ON
Londres, 20 anos atrás...
Tony é um homem apaixonado e romântico. E também um Casanova.
Flertava com várias mulheres, independente se eram solteiras ou casadas. E era
rejeitado seja de forma bruta ou educada. E numa dessas conheceu a belíssima
Catelyn Gibbons, uma aristocrata escocesa que veio com o pai a procura de um
casamento e um dote. Tony apaixonou-se por ela imediatamente. E no baile
promovido da família da moça, Tony, acompanhado do irmão mais novo, Robert,
compareceram.
O galês mais velho se aproximou da jovem.
-- Você é uma dama de cor turquesa mais belo que já vi. –
Disse e ofereceu uma rosa.
Cat aceitou e o ignorou. Tony ainda insistiu.
-- Senhorita Gibbons, aceita dançar comigo?
-- Você não desiste, né?
-- Não mesmo.
Os dois dançaram e Catelyn não deixou de notar o quanto Tony
era encantador. Dono de uma voz rouca misturada com veludo e uma simpatia
natural. No banquete era impossível de evitar o flerte. Poucos dias depois o
galês recebeu um convite para tomar chá. Foi o primeiro de muitos, nos quais
ocasionou em passeios ao ar livre ou a cavalo pelo campo. E após semanas de
convites, se beijaram intensamente e depois... em sua primeira noite nos
aposentos dos Gibbons.
-- Casa comigo, Catelyn!
-- Sim!
A principio estava tudo certo para noivarem. Até que um dia
Tony visitou Catelyn e o pai dela o recebeu, um pouco indiferente.
-- Sr. Gibbons... -- Tony cumprimentou. – Posso ter uma
audiência privada com sua filha?
-- Receio que não será possível, Anthony.
Tony estranhou.
-- E posso saber o motivo?
-- Minha filha firmou noivado com Eddard Smith.
Ele piscou os olhos, tentando entender o que realmente
aconteceu.
-- Senhor, por favor, me deixe falar com ela.
Cat apareceu e pediu permissão pro pai para falar com Tony no
jardim.
-- Cat, o que está acontecendo? – Perguntou um tanto
consternado.
-- Meu pai arranjou um casamento com um escocês. Ele já pagou
meu dote.
-- Mas...
-- Eu sinto muito, Anthony.
-- Eu te amo, Catelyn! – O galês a abraçava e chorava. – Não
vou suportar isso.
-- Eu também não... Mas não posso.
A pior parte para Tony é que descobriu que o noivo de Cat é o
melhor amigo do seu irmão. Ele nunca mais flertou ou saiu com outras mulheres.
Preocupado, Rickon arranjou uma pretendente para o filho. Tony não estava nem
um pouco disposto e decidiu conhecer. A mulher em questão era uma
norte-irlandesa mimada chamada Mary Black, filha de William Black, dono das
indústrias de motores. O motivo do noivado às pressas era que Mary teve um caso
com Thiberius Raskolnikov, um homem casado e consequentemente, engravidou.
Sabendo que pode gerar um escândalo na família e manchar a reputação dos Black,
Rickon propôs ao velho Bill o noivado do casal. Tony viu que sua noiva era um
tanto insuportável. Ele satisfazia suas vontades toda hora. Ele concordou em se
casar com ela por três motivos: primeiro para ajudar a moça, segundo para
esquecer Catelyn e terceiro o galês acreditava que um dia talvez amaria Mary.
FLASHBACK
OFF
E foram 20 anos de tortura emocional e angústia. Tiveram dois
filhos e acolheu muito bem seu enteado Serguei. Entretanto, não era fácil ter
que continuar naquele casamento infeliz. E tudo mudou quando Louise desapareceu
misteriosamente dois dias após o desastroso baile no castelo Beckenbauer.
Daquele dia em diante as coisas decaíram para Tony até o momento que houve o
incêndio...
Ele perdeu a memória e acordou naquele asilo. Com uma pulseira de prata e um nome que acredita ser seu. E a lembrança dela.
Whitechapel
Já fazia dois dias desde que Bran acordou naquele corpo.
Completa estranheza. Ele acreditava que acordasse numa cama confortável de uma
mansão e ser filho de nobre e não no corpo de um policial suicida e certamente
bêbado. Sentado dentro da banheira e abraçando seus joelhos, mesmo banhado em
água quente.
Bran chorava. A memória da noite de sua morte, a voz grave e
o cheiro forte de enxofre e corpo cadavérico daquele homem. Barão Lauda. Neste
momento, os meninos traziam uma bandeja com uma xícara de café e bolachas e uma
toalha.
-- Não se atrase. – Avisou Chris. – Combinamos que íamos a
estação.
Não respondeu e continuou chorando. Nikolai passava a mão no
cabelo do jovem.
-- Não chore. Pense que está começando de novo.
-- O que vai acontecer comigo depois que estiverem com sua
mãe? – Perguntava Bran, um tanto temeroso com seu futuro.
-- Papai não nos contou. – Respondia Chris, estendendo a
toalha.
-- Não queria voltar num corpo como este. – Ele se olhava e
ao redor. – O que ele era antes?
-- Um policial. – Nikolai mostrava o jornal no qual mostra a
manchete sobre mais uma morte em Whitechapel. – Ele tentava capturar o Jack o
Estripador.
-- E como direi a polícia sobre minha saída? Aposentadoria
precoce?
Enquanto pensava numa desculpa, Bran se arrumava e ouviu-se
batidas na porta.
-- Quem é? – Bran se assustou.
Os meninos se afastaram e ficaram no quarto. Por fim abriu a
porta.
-- Sr. Greene! – Chamou o homem a sua frente. Um policial de
chapéu e roupas paisana.
-- Eh... – Bran não sabia o que dizer e sequer conhecia a
criatura. – Quem é você?
-- Ué? Ficou dois dias sem comunicação e não se lembra mais
de mim? Mas direi. Sou Bennet Drake, sargento da Divisão H.
-- Ah sim. – Disfarçou e riu. – Bennet. Que irônico!
-- Como é?
-- Nada! – Se preparando em fechar a porta. – Te vejo mais tarde, Drake.-
- Sr. Reid quer falar com você!
-- Claro e também preciso falar algo muito importante.
-- Ah! Valentin Greene! – Saudou o oficial. – Ainda bem que
voltou.
Os dois homens apertaram as mãos e sentaram na cadeira.
-- Como você está? – Perguntou o chefe.
-- Relativamente bem. – Bran respondeu com tamanha naturalidade que o espantou.
Ainda liderando os caçadores, Elias e seu amigo Satoru
Yamada, um shinobi experiente, rastrearam até um velho castelo em Berlim o
sequestro do kaiser. Felizmente, o plano de trazer Napoleão Bonaparte de volta
a vida não deu certo. Os guerreiros lutaram e resgataram Guilherme I e ao mesmo
tempo recuperaram objetos altamente valiosos que serviram para o ritual, como a
Caixa de Pandora, para aprisionar entidades ou retirar determinados dons e o
Cálice Sagrado, que muitos o conhecem por Santo Graal, cálice este que foi usado
por Jesus Cristo em sua Última Ceia.
Atualmente, a Ordem se manteve ativa, embora os casos sobrenaturais não eram frequentes. Isso até o momento. A sede abriga diversas pessoas com habilidades extraordinárias e treina os que desejam se unir ao time. E uma dessas pessoas interessadas, está Moses Smith.
Ele abriu os olhos. Acreditava que Satsuma era o nome de
algum título importante ou código.
Zella-Mehlis - Alemanha
A região remota do estado da Turíngia era quase abandonada.
As poucas pessoas que moravam no distrito desapareceram. O que era sem repostas
aparente, na verdade a causa era uma mansão encoberta pelas árvores ao redor.
Embora o pátio e o jardim eram bem cuidados e a grama aparada, dentro do local
há um mistério. O hall de entrada estava
com alguns empregados limpando o chão e lavando o livro e outros encerando a
prataria. De repente se ouve gritos causando um eco. Os empregados agiam
indiferentes e seguiam seu trabalho.
O subsolo da mansão possui um laboratório completo.
Cientistas injetavam líquido vermelho nas cobaias. Os que receberam gemiam as
dores do inferno e demonstram os sinais claros do vampirismo. Olhos vermelhos,
a pupila dilatada e o surgimento dos caninos. Para controla-los, os cientistas
acorrentavam estes seres e aplicavam mais injeções. Desta vez para sossegar seu
ímpetos sanguinários.
Na lateral direita, mais cobaias recebiam outro líquido
vermelho. Se o primeiro transformava os humanos em vampiros artificiais, estes
eram da licantropia. Comparado com a velocidade em converter um humano no
vampiro, os lobisomens são um pouco demorados, levando de duas a três horas.
Entretanto levaria menos tempo se o transformado sofresse uma mordida ou
arranhão de outro lupino.
-- Na próxima lua cheia estará completa a fase de vocês. – Disse
o chefe dos cientistas de nome Hansi Flick.
Os pacientes agradeciam o homem e ele seguiu para o centro do
laboratório, onde se encontravam outras pessoas aprisionadas em câmaras
individuais e apenas com a cabeça a descoberto. Hansi ordenou que os outros
médicos trazessem mangueiras e os líquidos. Era chegada a hora da tortura.
-- Vocês sabem por que estão aqui?
Nenhum respondeu. O medo lhes tomou conta de fazer qualquer
ato. Aquelas pessoas eram infiltrados da Ordem, se mesclando com a criadagem da
Iscariotes. Entretanto a sorte deles acabou ao subestimar a capacidade de
Flick, que estava com dois passos a frente da Ordem e os capturou para serem
torturados. Sabendo provalmente que nenhum deles falará, será muito bom. Hansi
era o membro da Iscariotes a ser temido. Psicopata e sádico.
A sessão de tortura era semelhante aos ladrões e bandidos da
rua Ripper em Londres. Eles colocavam mangueira na boca da vítima, enfiando até
o esôfago e com um funil, derrubavam altas quantidades de bebida alcólica para
assim a morte ser por afogamento ou estômago explodido. Hansi pretendia mais. O
líquido em si era verde e nele continha pequenas enguias.
-- Se querem ser salvos, então cooperem comigo. Por que
vieram pra cá?
Mais uma vez os prisioneiros não responderam.
Hasan se retirou de imediato e Flick novamente ordenou a
sessão. Em breve seu exército de vampiros e lobisomens feitos sob encomenda
agirão sob seu comando para derrotar as criaturas e também destruir a Ordem. E
Hansi sabia que logo chegará esse dia.
A 100
metros de Nuremberg
Mike Nesmith e seus amigos estavam cansados. Quase dois dias
de viagem e parando apenas para dormir durante o dia, estavam poucos metros de
Nuremberg conforme o rastro farejado pelo lobo texano.
-- Vamos parar por aqui. – Disse Mike.
Em seguida todos montaram acampamento. Peter fez uma fogueira com um estalo de dedos, Renée transmitava folhagens das árvores em lençóis pra cada um e com os galhos fez um caixão para Davy dormir e uma sombra para os raios de sol não atrapalhar o grupo. Uma hora antes de amanhecer, Johan pegava algumas pedras e as examinava e guardava nos bolsos. Davy achou estranho e focou seus pensamentos em Dianna e nas filhas. E depois em Louise. Ainda não acreditava que sua amiga mais querida tinha morrido na batalha da retomada. Contudo, conhecia a vampirinha o suficiente pra saber que ela era teimosa e destemida. Não desistiria de lutar e fez aquele ato de sacríficio. Mas também Louise lhe deu uma outra responsabilidade: de cuidar do filho dela o pequeno Freddie. Em seguida uma lágrima caiu de seus olhos.
Mike consolou o amigo e em seguida Peter e Micky. Renée e
Cruyff observavam os amigos e não deixavam de sentir pena e empatia naquele
instante. E depois todos dormiram, exceto Johan. Mesmo acordado para proteger
seus novos amigos, ele realmente não tinha sono e desde que virou nosferatu,
não dormia pra nada e mesmo assim ainda tinha disposição e força como um
humano. E enquanto isso Johan olhava o sol. Sua meta era criar um elixir no
qual os vampiros pudessem caminhar na luz do dia sem se queimar.
Sete horas da noite e Nez foi o primeiro a despertar. Se espantou ao ver que o doutor ainda estava em pé e os olhos bem abertos.
-- Obrigado doutor.
Os outros concordaram com sua determinação.
Renée sorriu e tirou seu xalé, dando para Linda. A cena que todos presenciaram era uma transformação. Ela não era apenas uma alquimista. Renée era uma doppelganger.
Alcatéia
de Nuremberg
O povo preparava tudo para o casamento a seguir. Elvis conversa com todo mundo e Alana se encontra na barraca. Ela chorava. Desde que despertou, foi acolhida pelo líder e no começo foi tranquilo. Entretando a saudade do marido aumentou e quando decidiu ir embora, Elvis revelou sua faceta, transformando a vida da loba e do filhote num inferno.