Olá pessoal!
Último dia do ano e último post de 2014. Para fechar com chave de ouro aqui vai um top 10 de casais que os leitores adoram e adotaram como 'verdadeiros', independendo se ficam ou não juntos na Grind oficial mas se dão bem em what ifs. Aqui vai a seleção.
1º Lugar - Davy Jones e Dianna Mackenzie
2º Lugar - George Harrison e Mary Anne McCartney
3º Lugar - Gerd Müller e Louise McGold
4º Lugar - Bob Dylan e Fanny Fitzwilliam
5º Lugar - Pete Townshend e Felicity McGold
6º Lugar - Roger Daltrey e Marie Greyhound
7º Lugar - Franz Beckenbauer e Odile Greyhound
8º Lugar - Keith Moon e Nora Smith
9º Lugar - Paul Breitner e Anastacia Rosely
10º Lugar - George Best e Rosie Donovan
Então é isso! O blog Invasão Britânica lhes deseja um FELIZ ANO NOVO e que venha 2015!!!
Olá pessoal! Hoje vamos começar com Top 10 Grindhouse momentos mais marcantes das fanfics. Como temos as what ifs, daremos como cinco para os casais oficiais e cinco para whta ifs. Vamos ver!
-Grind Oficial-
Pete salvando Felicity das mãos de Jenna e Barbara. (Love Sell Out - Capítulo 23)
A treta monumental entre Ray Davies e Keith Moon (Love Sell Out - Capítulo 7)
Bob Dylan se declarando para Fanny Fitzwilliam (Fanny's Autumn Almanac - Capítulo 13 by Maris Campos)
Treta em grupo: Mike Nesmith e Keith Moon, Micky Dolenz e Pete Townshend e outros (Pictures of Lily - Capítulo 11 by Maris Greyjoy)
O escândalo na rua: Alice joga as roupas de Nez e ele tenta reatar. (Pictures of Lily - Capítulo 13 by Maris Greyjoy)
- What if-
A execução de Gerd Müller e Louise McGold (Soulmate - Contos da Segunda Guerra)
A morte de Dianna Mackenzie e o suicídio de Davy Jones (Storybook of Us - Contos da Segunda Guerra by Maris Campos)
O pedido de casamento de Paul Breitner para Anastacia Rosely na final da Copa de 1974 (O Casamento de Paul Breitner e Anastacia Rosely - O Casamento by Maris Greyjoy)
O reencontro por cartas da Julieta entre Clay Regazzoni e Louise McGold (A Letter for Clay - Oneshot)
A festa de Halloween com os jogadores do Bayern de Munique no apartamento das universitárias (Holiday Romance - Capítulo 12)
Olá pessoal!
2014 terminando temos mais alguns posts antes de encerrar o ano. E hoje teremos mais uma fanfic épica escrita pela Mariana Greyjoy e dentro da subsérie "O Casamento de Paul Breitner e Anastacia Rosely". Se chama Baby, It's You, focado no casal Franz Beckenbauer e Odile Greyhound. Também tem referências a outras fics what ifs da subsérie, é importante a leitura destas fics para entender o que se passa nesta. Boa leitura!
Baby It’s You__
Mariana Greyjoy
O vestiário da seleção alemã estava em festa. Os novos campeões
mundiais comemoravam este novo título cantoria e cerveja. A taça era passada de
mão em mão para cada jogador pudesse fazer sua comemoração com ela. Até que ela
voltou para as mãos do capitão da seleção, Franz Beckenbauer.
-É a sua vez, meine liebe – ele estendeu a taça a sua namorada Odile e
ela a pegou com certa cautela.
-Ela é um pouco pesada – respondeu Odile.
Ele se aproximou por de trás de Odile e envolveu seus braços junto aos
dela.
-Você sabe como se faz não é? – Ela sentia o coração dele batendo em
suas costas e o suor do peito nu dele grudando em sua camiseta da seleção
alemã, enquanto ele segurava a taça junto com ela – Vamos contar até três e sua
irmã tira uma foto nossa tudo bem?
-Tudo bem – respondeu ela. Marie se aproximou deles e preparou a sua
Polaroid.
-Um, dois e três – a foto saiu com Franz beijando a bochecha de Odile
enquanto os dois levantavam a taça. Marie entregou para eles a foto e Uli Hoenoess
lhe puxou para e lhe deu um beijo quente.
-Quem é o próximo? – perguntou Franz, segurando a taça.
-Eu! – respondeu Sepp, parando de beijar Nora Smith e pegando a taça –
Agora é a nossa vez de comemorar Kätzchen!
-O que significa essa palavra? Ka-kätzchen? – perguntou Nora.
-Significa “Gatinha” em alemão – respondeu Odile.
Nora voltou para os braços de Sepp Maier e taça continuou a ser
passada de mão e mão.
-Gerd, vá com calma, assim você mata essa menina, beijando- a desse
jeito – gritou Paul Breitner, agora noivo de Anastácia.
Gerd e Louise pararam de se beijar para respirarem um pouco. Gerd
disse a Louise que iria pegar um pouco de cerveja para ele, enquanto Louise foi
conversar com Odile.
-Onde esta Fefe? – perguntou Louise, ainda um pouco ofegante.
-Eu não sei – respondeu Odile, tomando um pouco de cerveja.
-Meninas, venham cá – chamou Anastácia, da porta do vestiário. As duas
passaram pelo campo minado de garrafas de cervejas, roupas suadas e toalhas
usadas e encontram sua amiga na porta – Olhem aquilo!
Ana abriu a porta do vestiário e viram pela pequena fresta da porta do
vestiário da frente, que estava sendo usado pelos Holandeses, Felicity e Johan
Cryuff trocando um beijo quente.
-Então é verdade mesmo – disse Louise, observando o casal – Os dois
estão mesmo apaixonados!
-Quando ela me contou, eu não acreditei – disse Odile – Foi quase
quando a Ana nos contou que estava namorando o Breitner!
-Ai que fofo, ela esta dizendo que ama! – disse Louise – Venham ver!
-O que foi?! – disse Nora se aproximando.
-Olhem, Fefe e Cryuff- Anastácia apontou para o casal.
-Que fofos! – respondeu Nora – Não sei, mas quando olho para ele, eu
me lembro do Townshend.
-Talvez seja o nariz – respondeu Louise.
-Ou os olhos – disse Odile – Ou quem sabe, os dois
-Vocês sabem que é feio ficar tomando conta da vida dos outros, não é?
– indagou Marie a todas elas.
-Maninha, só estamos vendo o novo casal que esta se formando! –
respondeu Odile.
-Felicidade para os dois! – respondeu Marie – Mas é melhor vocês
fecharem esta porta se não alguém poderá notar que vocês estão espionando e
piorará a situação deles!
-NÓS NÃO ESTAMOS ESPIONANDO! -
gritou Louise fechando a porta. No mesmo instante todos dentro dos dois
vestiários pararam de conversar e olharam para as meninas.
-Shiiiiiu! – disseram as meninas em coro para Louise.
-Esperem, escutem – disse Ana – Esta acontecendo alguma coisa no
vestiário holandês!
-Mas senhor! Por favor, ela é minha namorada! – disse Johan Cryuff.
-Eu já disse Cryuff! – respondeu o técnico da seleção holandesa Rinus
Michels – Nada de garotas!
-Por favor! Deixe-a ficar! – implorou Cryuff.
-Não! E além do mais Cryuff, você é casado! – respondeu Rinus.
-Pretendo me divorciar para ficar com ela! – disse Cryuff.
-Não quero saber o que você vai fazer da sua vida depois que voltarmos
para Amsterdã – respondeu Rinus – Quero ela fora daqui agora!
Felicity foi colocada para fora do vestiário junto com Cryuff.
-Até logo meu amor – disse Johan Cryuff. As meninas abriram a porta de
novo e viram Fefe chorando se despedindo de Johan. Ele voltou para dentro do
vestiário e ela foi consolada por suas amigas num grande abraço grupal.
-Sem choro meninas! – disse Felicity durante o abraço – Vamos
comemorar esse título! O casamento da Ana!
-Os novos namorados da Nora e da Marie! – gritou Louise!
-Ei!Não estamos namorando! – responderam Marie e Nora em coro.
-E o bebê da Louise – respondeu Felicity – Já contou para ele prima?
-Ainda não! Não tivemos oportunidade de ficarmos a sós – respondeu
Louise.
-Pois conte logo – respondeu Felicity –Se você não fizer isso, eu
faço!
As meninas voltaram para o vestiário onde para esperarem pelos rapazes
se aprontarem para comemorem o título numa discoteca da cidade, porém Helmut
Schön, técnico da seleção alemã acabou mandando elas para casa para se
aprontarem.
-Não se esqueçam o motorista pega vocês as oito, na casa da senhorita
Rosely? – disse Schön.
-Agora é senhora Breitner! –
gritou Paul Breitner, do outro lado vestiário.
-Que seja! – respondeu Schön – E não se esqueçam as oito.
Elas acabaram voltando do estádio no carro de Felicity, o que foi uma
péssima idéia pelo fato da cidade inteira estar comemorando o título na rua. Depois
de muito buzinar e xingar cada torcedor que ficava na frente do carro, Felicity
conseguiu chegar na casa de Anastácia com todas as meninas sãs e salvas.
-Nunca mais deixo você dirigir o carro do Gerd. – disse Louise, quando
todas desceram do carro – Capaz de você bater o carro dele!
-Pelo menos não fico mentindo para ele! – respondeu Felicity.
-Ora sua...
Os ânimos das duas acabaram se elevando e uma pequena briga começou e
se não fosse por Marie, as primas McGolds teriam se estapeado em frente ao
prédio onde Anastácia morava. Eles subiram para o apartamento e começaram a se
aprontar. Quando o relógio soou 8 horas da noite, a limusine chegou para
levá-las a discoteca.
-Só prometa uma coisa para mim, Louise – disse Odile, durante o
caminho à discoteca – Que não vai beber nessa noite!
-Eu prometo – respondeu Louise.
A discoteca estava lotada de gente. As filas para entrar nesta estavam
imensas, parecia que rodava no quarteirão. Por sorte elas não precisaram pegar
nenhuma dessas para entrar.
-Meine liebe! – gritou Franz, quando avistou sua amada na discoteca.
Ela caminhou até ela e roubou-lhe um beijo quente e intenso, a sensação que
dava em Odile era a de como não se vissem à tanto tempo que um beijo só não
bastaria – Eu estava morrendo de saudades!
-Eu também – respondeu ela ofegante.
-Boa noite Franz, viu o Paul por ai?! – perguntou Anastácia, quebrando
um pouco clima do casal.
-Ele esta ali, com Gerd tirando umas fotos! – respondeu Franz
apontando para os dois.
-Ursinho! – disse Louise saindo correndo atrás de seu namorado.
-À noite pelo visto vai ser longa – disse Felicity – Franz, queria te
perguntar, Cryuff esta aqui?
-Sim, esta ali no bar! – respondeu Franz, apontando para o capitão da
seleção holandesa, afogando suas lágrimas num copo de uísque.
-Obrigado – respondeu Felicity, indo até Cryuff.
-Agora, você mocinha, vai ser minha a noite inteira – Franz puxou Odile
para perto de seu corpo e lhe deu outro beijo quente, que acabou sendo
atrapalhado por algumas pessoas que vieram dar os parabéns a Franz pelo belo
trabalho dele como capitão na Copa.
-Vamos para a pista de dança? – sugeriu Odile, depois que um ator veio
dar os parabéns a Franz.
Ele fez um sinal de sim com a cabeça e ela o levou para a pista.
-Escute, Mon Amour ! – disse
Odile – Nossa música esta tocando!
A música em questão era You
Never Find Another Love Like Mine do cantor Lou Rawls. Quando Franz pediu Odile
em namoro nessa mesma discoteca, alguns meses antes da Copa, estava tocando
essa música e toda vez que eles escutavam aquela música, os dois sentam que a
música combinava demais com eles.
-Ich Liebe Dich – disse ele
no meio da música.
-Je te aime, meu Kaiser –
respondeu ela.
Ela roubou-lhe um beijo e
quando sentiram que este ficaria quente, alguém cutucou o seu braço. Ela se
virou e viu que era seu ex-namorando e amigo de Franz, Niki Lauda que estava
acompanhado de outra moça.
-Olá Niki – cumprimentou Franz com um aperto de mão – Como vai?
-Muito bem – respondeu Niki com um sorriso simples – como vai Odile?
-Vou bem – respondeu Odile com um sorriso amarelo no rosto.
-Queria-lhes apresentar minha namorada, Marlene Knaus – Franz e Odile
cumprimentaram Marlene com apertos de mãos e continuaram a sorrir – Meus
parabéns pela nova conquista!
-Obrigado! – agradeceu Franz.
-Eu e Marlene assistimos ao jogo no estádio e tenho que dizer que foi
incrível – disse Niki. Ele se virou para Odile e perguntou – Assistiu ao jogo
no estádio também?
-Sim, minhas amigas me acompanharam – respondeu Odile.
O clima não era dos melhores. Odile sabia que Niki nunca aceitara o
fato de ter começado a namorar Franz e Niki sabia que ela queria dar uns
tabefes na cara dele por ter terminado com ela via telegrama, avisando que
tinha se apaixonado por outra.
-Estou morrendo de sede, vou até o bar pegar uma bebida para mim e
gostaria de um, Franz? - perguntou
Odile.
-Não, Meine Liebe – respondeu ele.
Odile pediu licença e foi até o bar. Pediu um copo do uísque mais
forte que o barman possuía e começou a beber para ver se conseguia se acalmar e
esquecer que Niki estava na mesma festa que ela.
A cada bebericada que Odile
dava no uísque, ela sentia sua cabeça rodar um pouco e acabou praguejando um
pouco pelo fato de ter pedido o uísque mais forte. Foi então que ela viu James
Hunt, o ex-namorado de Louise, ajoelhado de frente a esta.
-Por favor, meu amor! – dizia ele – Volte para mim!
-Agora é tarde! – respondeu Louise – Já estou em outra!
-Mas Suzie! Eu estava com saudades de você – respondeu James se
levantando. Ela começou a andar e os dois vieram em direção de Odile – Olá
menina do Niki, não poderia dizer a Suzie que ela tem que voltar para mim?
-James, meu querido não sou a menina do Niki faz tempo – respondeu
Odile, bebericando um pouco do uisque – Sou a menina do Franz agora e Louise
não vai voltar para você nunca mais, ela esta grávida do Gerd!
-Odile! – gritou Louise, com uma expressão brava no rosto.
-Grávida?! – gritou James – Aposto que esse bebê é meu!
-Não! Ele é do Gerd! – respondeu Louise com um grito.
-Agora eu que quero conhecer esse Gerd que você tanto fala, Suzie! –
gritou James.
-Eu ser Gerd Müller – disse Gerd aparecendo ao lado de Odile – Eu ser
o namorado de Louise!
-Gerd, meu querido – disse Odile, outra vez bebericando o copo com o
uísque – Você tem que melhorar esse seu inglês ai, se não como vai pros Estados
Unidos jogar futebol?
Os três encararam Odile com uma expressão atônita no rosto. Hunt se
perguntava internamente se a moça estava bêbada demais, para dizer algo tão
esquisito como aquilo.
-Do que você ta falando, Odile?! – perguntou Louise, afastando o copo
de uísque de perto dela.
-Não importa – disse James Hunt – Esse bebê que você carrega é meu!
-Ele não é seu, eu já disse! – respondeu Louise – Ele é do Gerd!
-O que ser meu?! – perguntou Gerd, atônito com a situação.
- Esse seu alemão precisa aprender a falar inglês direito! – respondeu
Hunt, ele pegou a mão de Louise e colocou a junto de seu peito – Suzie meu
amor, já que agora você esta grávida nós devemos nos casar e formar nossa
família!
-James solta a minha mão! – gritou Louise. Nesse momento Müller acerta
um soco bem no rosto de James e este cai desacordado.
-Vem ursinha, vamos sair daqui! – disse Gerd puxando Louise pela mão e
a puxando para longe dali.
Pouco depois Franz apareceu e notou que Odile estava levemente
alterada por conta da bebida.
-Foi por causa dele, não foi? – ele tirou o copo de uísque de perto
dela e bebericou um pouco.
-Foi – respondeu ela.
-Nós dois percebemos – respondeu Franz.
-Me desculpe por ter saído daquela forma – disse ela.
-Não tem problema – respondeu Franz, tomando o resto do uísque e
pagando a conta – Vamos para casa?
-Olhe ali – apontou Franz – Cryuff esta brigando com alguém e deve ser
pela sua amiga!
-Aquele é o ex-marido dela – respondeu Odile – Se Pete esta aqui,
então meu ex-cunhado deve estar!
Odile olhou pela festa toda e viu Marie e Uli sentados numa mesa e
Roger de pé brigando com os dois.
-Como ousa querer vir dizer uma coisa dessas! – disse Marie – Você
nunca quis nossos filhos, nem quando estávamos casados! E agora vem com essa
história de querer tirar eles de mim?!
-Vou tirar eles de você e não vou deixar que os veja mais! – respondeu
Roger.
-Você nem ouse fazer isso Roger Harry Daltrey! – respondeu Marie se
levantando e peitando Roger – Se tentar encostar a mão neles, irei fazer da sua
vida um inferno!
-Eles não merecem uma mãe como você! Que prefere ficar com chucrutes
na noite do que em casa cuidando deles! Você é uma vadia, Marie! – gritou
Roger.
-Seu machista desgraçado! – disse Marie dando um tapa na cara de
Roger.
Roger tentou ir pra cima de Marie, mas Uli impediu a tempo. Os dois
começaram a trocar socos e pontapés e por fim, Roger caiu e John Entwistle foi
ampará-lo.
-É melhor tirá-lo daqui! – ameaçou Uli – Se não, eu matar ele caso ele
encostar a mão em Marie e nos crianças dela!
John tirou Roger dali. Pete os esperava já porta da boate. Os três
saíram e as meninas foram até Marie.
-Como você esta?! – perguntou Ana – Ele te machucou?!
-Se não fosse Uli, acho que iria acontecer coisa pior! –respondeu
Marie, um pouco trêmula.
-Ele disse que quer tirar as crianças, isso é verdade? – perguntou
Odile à irmã.
-Sim! Acho que Heather colocou essas coisas na cabeça do Roger! –
respondeu Marie, tomando um gole de cerveja – Até porque quando éramos casados,
ele quase nem dava bola pro James e pra Lily!
-Agora eu fiquei com vontade de matar aquele cara – disse Odile –
Ninguém mexe assim com a minha irmã!
-Vamos, Meine Liebe? – disse Franz.
-Amanhã você mata o Daltrey – disse Marie – Agora vá se divertir com o
seu Kaiser!
Odile e Franz se despediram de todos e foram embora da boate no carro
de Franz para o apartamento dela. Chegando lá, mal esperaram chegar ao quarto e
acabaram se amando intenso no chão da sala mesmo, conseguindo matar a saudades
que estavam sentindo um do outro.
-E se Gerd e Louise chegarem e nos pegarem desse jeito, aqui no chão
da sala? – perguntou Odile, depois que se amaram.
-Conversei com ele – respondeu Franz – Ele disse que pretende levá-la
para a casa dele, então podemos ficar aqui juntinhos.
-Vou buscar uma bebida para nós dois – disse ela. Ela vestiu sua
calcinha de volta e vestiu a camisa dele e foi até a cozinha e voltou com uma
garrafa de vinho tinto e duas taças, ele abriu a garrafa e serviu um pouco do
vinho aos dois.
-Agora me conte o que Louise anda escondendo de Gerd – aquilo pegou
Odile de surpresa. Conto ou não conto? Pensou
Odile - Que até aquele piloto inglês
sabia, menos meu amigo.
-Me prometa que isso só vai ficar entre nós dois? – disse ela.
-Tudo bem – respondeu ele, tomando uma golada de vinho.
-Prometa! – insistiu ela.
-Tudo bem, eu prometo, agora me conte.
-Louise esta grávida do Gerd. – respondeu Odile.
-Por isso ela não bebeu nem fumou durante a festa toda! - observou
ele.
-Exatamente – respondeu ela – Agora prometa que isso morre aqui!
-Minha boca é um túmulo – respondeu ele, se servindo de mais vinho –
Agora, se ela não contar pra ele, eu conto!
-Você não pode fazer isso! – disse ela, um pouco irritada – Isso tem
que morrer aqui!
-Isso não vai sair daqui, eu prometo! – respondeu ele – Mas eu quero
saber, ali de mim e você, quem mais sobre isso?
-Minhas amigas e você – respondeu ela.
-Acha que o Breitner pode contar pro Gerd? – perguntou ele.
-Eu não sei – respondeu ela – Talvez Breitner nem saiba disso. Ana e
ele estarão tão ocupados com o casamento que dificilmente terão tempo para
conversar.
Os dois ficaram em silêncio por um tempo, se encarando e encarando as
taças de vinho, até que os dois resolveram ir para cama para tentarem se amar
novamente. Porém ela estava preocupada demais com o fato de ter contado para
seu amado o segredo de sua amiga e não conseguia concentrar em Franz. Para piorar o
seu vizinho colocou para tocar (They long
to be) Close To You dos Carpenters , a música que ela e Niki consideravam
como deles.
-Droga! Mil vezes droga! – gritou ela, se soltando dos abraços de
Franz.
-O que foi desta vez? – perguntou ele.
-Nada – respondeu ela, começando a chorar – É só... Essa música!E-e-eu
detesto ela!
-Pensei que gostasse de Carpenters – disse ele – Vi que você tem até
um álbum deles autografado por eles!
-Eu os adoro, mas não gosto dessa música! – respondeu ela, ainda
chorando – Ela me trás lembranças ruins!
-Lembranças ruins? – perguntou ele.
-Essa música... Ela me faz lembrar o Niki – respondeu ela – A gente
dizia que era a nossa música, por isso que não gosto dela!
-Bem, a música já acabou – respondeu ele, abraçando-a – Sei que esta
magoada pelo o que ele fez com você, mas já passou! – Ele levantou o rosto
dela, para ficar próximo ao seu e afagou de leve suas bochechas, limpando as suas
últimas lágrimas – Você tem a mim
agora!E não precisa se preocupar com mais nada!
-Oh Franz... – ele beijou seus lábios carinhosamente e sorriu – Eu te
amo tanto!
Tornaram a se amar novamente e depois adormeceram juntos. No outro
dia, eles voltaram a se separar, pois ele tinha alguns eventos com a seleção
alemã e ela acabou ajudando Anastácia com os preparativos de seu casamento, que
ocorreria dali a 15 dias por conta do retorno dos jogos do Campeonato Alemão
que voltava um mês depois e o casal Breitner ansiava um tempo a sós.
O dia do casamento chegou e este aconteceu sem nenhuma briga ou algo
do gênero. O ex- marido de Anastácia, John Entwistle fora convidado a pedido
dela, pois mesmo divorciados os dois ainda eram amigos e como presente para
ela, a banda que ele tocava, The Who, aceitou fazer um show na festa do
casamento.
Depois de tocarem It’s Hard To
Writer A Love Song , uma música que havia sido composta para Anastácia
alguns anos antes, ouve se uma revelação:
-Eu estou grávida! – disse Louise para o namorado Gerd.
-O que?Eu não estou te ouvindo! – respondeu ele.
-ESTOU ESPERANDO UM FILHO SEU, GERD MÜLLER! – gritou Louise, quando a
música parou.
-Opa, temos uma revelação aqui – disse Pete Townshend, no microfone no
palco.
Todos da festa ficaram chocados e não era para menos, a revelação
tinha sido em alto bom e som, para que todos os convidados escutassem,
inclusive a família de Louise e ela acabou saindo correndo e foi em direção ao
banheiro e acabou sendo consolada pelas amigas, enquanto Gerd ficou parado no
mesmo lugar.
-Gerd? Esta tudo bem? – perguntou Franz ao amigo. Gerd segurava um
copo plástico e acabou amassando este de tanta fúria.
-Não, não está nada bem, Franz – respondeu Gerd, ainda mais bravo –
Ela poderia ter me contado antes e não dessa maneira, para esses ingleses,
russos e franceses desconhecidos!
-Ela tentou contar pra você alguma vez? - perguntou Franz.
-Ela sempre vinha com um “Meu
bem, temos que conversar”, mas nunca
conseguíamos porquê alguma coisa nos atrapalhava – respondeu Gerd – Eu tinha
visto que ela estava estranha, não estava bebendo nem fumando!
Os dois ficaram em silêncio por alguns momentos e depois Gerd
perguntou novamente:
-Você sabia sobre isso?
-Odile me contou no dia em que vencemos a Copa. – respondeu Franz.
-Então por que não me contou? – disse Gerd ainda mais furioso.
-Odile me proibiu! – respondeu Franz – Agora se acalme! Neste momento
você vai ter que sentar com ela e conversar sobre o assunto, como dois adultos
civilizados!
Gerd continuou a resmungar e depois se acalmou.
-Tive uma idéia – disse Gerd – Mas preciso que você fale com um dos
integrantes da banda!
Franz falou com Anastácia que falou com John Entwistle e depois de uma
música, Gerd subiu ao palco e interrompe o show do Who.
-Ai como esses alemães são abusados! – suspirou Keith Moon – Além de
roubarem nossas pequenas, ainda querem parar nosso show!
-Cala a boca, Keith! – disse John – O comunicado é importante!
-- Senhoras e senhores, desculpe
interromper a música da banda em questão aqui. Mas preciso falar uma coisa.
As garotas voltaram à atenção
para o palco e ficam mais surpreendidas por verem Gerd Müller discursando ali.
-- Algum tempo atrás, conheci uma
garota, uma atriz. Mal a conheci pessoalmente e já me encantei por ela. E mais
ainda quando a vi pela primeira vez. Eu sei que no começo foi... Bem estranho.
Depois, fui conhecendo mais sobre ela e sei que não posso ficar sem você,
Louise.
Gerd começou a caminhar em
direção a amada, ainda carregando o microfone.
-- Me desculpe pela falta de atitude
de minha parte. Fui pego de surpresa. Agora sou eu que quero falar. Louise
McGold, quer casar comigo?
Aquilo pegou mais uma vez todos de surpresa, deixando agora, Louise
sem reação. Incentivada pelas meninas, ela aceita o pedido de casamento.
-Está na hora de jogar o buquê! – gritou Anastácia . Ela foi para o
palco e de lá jogou o buquê de margaridas brancas e a sortuda que pegou ele foi
Odile.
Depois disso o casal Breitner se despediu de todos e partiram para a
sua Lua de Mel na Rússia e depois na Itália.
Odile e Franz voltaram para o apartamento dela, onde se amaram
intensamente e depois disso, elas foi buscar um pouco de vinho para os dois e
um vaso com água para aquele buque de flores.
-Sabe, Meine Liebe – disse Franz, enquanto se servia de um pouco de
vinho – Acho que deveríamos nos casar.
-Como assim, Kaiser? – respondeu Odile – É cedo demais para uma coisa
dessas!
-Cedo? Como assim? – perguntou ele – Você pegou o buquê e então é
nosso dever como casal que nos casemos!
-Sim, mas é cedo. - respondeu
ela – Você acabou de sair de um casamento e eu de um relacionamento frustrado,
nada melhor que nós namorássemos por uns meses e depois casássemos!
-Mas eu quero agora! – disse ele.
-Não podemos esperar nós voltamos das férias pelo menos? –perguntou
ela.
-Férias aonde? Aqui em Munique?
-Não seu tolo! Papai disse que podemos passar uns dias no apartamento de
Villa Nellcote, o que acha? – disse ela, envolvendo ele em seus braços.
Ele pensou por alguns instantes, sorriu e respondeu.
-Eu acho uma ótima idéia – respondeu ele – E quando embarcamos?
-Depois de amanhã. – respondeu ela – Assim teremos tempo de preparar
tudo!
Ela o beijou fortemente e voltaram se amar. Dias depois eles
embarcaram para a Riviera Francesa chegando lá tiraram uma foto, em que Franz vestia um
traje de banhos dos anos 20, segurando
Odile em seus braços, que vestia
um maiô da mesma época e a transformaram num cartão postal e mandaram para os
amigos, com os dizeres:
Depois dos dias
chuvosos de Munique, acabamos precisando de um pouco de sombra e água fresca,
com amor Odile e Franz.
-Será que esses dois vão se casar? – perguntou Louise para Gerd,
enquanto os dois observam o postal.
-Sabe que eu não sei. – respondeu ele.
-Vamos esperar eles voltarem dessas férias e ai vemos no que vai dar!
– respondeu Louise, observando seu noivo brincar com dois sapatinhos das cores
vermelho e branco, as cores do Bayern de Munique, clube que ele jogava, na
pequena vida que surgia no ventre de Louise.
Olá pessoal!
Primeiramente um feliz natal aos leitores e fãs das fanfics e também as minhas amigas Maria Alice, Mariana "Walrus Girl" e Mariana "Greyjoy" Pereira. Confiram o apêndice de Holiday Romance, com os membros da English Band e os jogadores de futebol.
*English Band Edward Simons é estudante de Música, colega de Harry Daniels e Alana Watson. Na English Band, ele é o guitarrista solo, embora Felicity McGold também tocasse guitarra mas assume como base. É vocalista e as vezes compõe junto com Alana. Adora livros e filmes de Sci-Fi e tem uma queda especial por Star Trek.
Harry Daniels também cursa Música e é colega de Edward Simons e Alana Watson. Toca bateria e faz excelentes solos e explosões no instrumento, chegando a ser eleito o segundo melhor baterista da universidade, apenas perdendo para John Bonham. Curte mangás e animes, principalmente Dragon Ball e Sakura Card Captors. É um verdadeiro otaku e gosta de trocar ideias com Louise McGold.
Luke "Biff" Stark cursa História. É colega de Rosie Donovan e Graham Bond e é tecladista da banda. Entrou por intermédio de Fefe e Alana. O apelido Biff vem do personagem Biff Tannen, do De Volta Para O Futuro, seu filme favorito. Ele adora esportes, joga futebol de vez em quando, torce para o Chelsea, gosta de agitar e dançar e ama filmes de comédia.
*Os jogadores de futebol
Franz Beckenbauer é capitão do time alemão Bayern de Munique. Esperto e é um líder nato, por isso recebe o apelido de "Kaiser" e internamente, gosta que o chamem assim. As vezes tem atitudes de um rei e acaba esquecendo as outras pessoas pensam e querem falar, dando um lado egoísta mas não por maldade. Sob a influência de Odile, passa a curtir cinema e séries como Game of Thrones e CSI.
Sepp Maier é o goleiro titular do time. Tem um humor louco e é o rei da zoeira fora dos gramados e nos treinos. Mas quando o irritam, vira um leão. Gosta de assistir House e joga online The Sims com Nora Smith.
Gerd Müller é o atacante do time e tem uma postura austera e fechada, digna de um alemão. Considera Franz e Sepp seus melhores amigos como Os Três Mosqueteiros. Ama intensamente Louise McGold e por conta das nerdices dela, acaba demonstrando um lado otaku. Contudo gosta de filmes de ação e terror, desde os clássicos como Sexta-Feira 13 até os atuais. É fã dos filmes Alien e adora os doces que Louise prepara.
Paul Breitner é o lateral-esquerdo e meio campista. Ele é muito culto e estudioso (muitas vezes considerado o nerd do futebol). Fez faculdade de Ciências Políticas, é esquerdista e melhor amigo de Uli Hoeness. Tem uma personalidade forte porém é um pouco explosivo. Adora grandes sagas como Game Of Thrones, Senhor dos Anéis, tudo sobre a Idade Média, ficção científica e se torna fã da literatura russa e inglesa com Anastacia Rosely.
Uli Hoeness é meio campista que atua também como lateral. É o oposto de Paul Breitner e o considera seu melhor amigo. Tem personalidade calma e não gosta de brigas. Além do futebol, Uli entende bastante de negócios e economia, algo que realmente puxou de sua família, pois seu pai foi presidente do clube alguns anos atrás. Curte filmes de super heróis, ação e espionagem. Adquire uma paixão por séries policiais e de The Big Bang Theory, como Marie. E inclusive ela o acha parecido com Thor.
Manuel Neuer é o goleiro reserva e as vezes consegue ser líbero. É bastante adiantado tanto no gol quanto na vida. É viciado em Nutella e também curte filmes de super heróis e é fã da DC Comics. Os games favoritos dele são Batman Arkham City e Injustice: Gods Among Us.
Johan Cruyff é o meia atacante do time Ajax, da Holanda e mais tarde nomeado capitão da seleção holandesa. É um jogador genial e bastante esforçado. É romântico e esconde de todos sua paixão por poesia e ainda mantém um hobby de cuidar das plantas de sua casa-barco em Amsterdã. Gosta de desenhos como Bob Esponja e Hora de Aventura e tem a banda The Killers como sua favorita. Sua nerdice é ler poesia. Seu melhor amigo é Johan Neeskens, também do Ajax.
George Best é jogador do Manchester United na posição de ponta-direita. Tem fama de mulherengo e beberrão, mas secretamente, só deseja uma mulher em sua vida. Contudo sua vida muda drasticamente quando conhece uma certa garota ruiva... Como todo britânico, adora séries como Sherlock e Doctor Who. Internamente assiste também Vikings, Game of Thrones e The Borgias.
Bobby Moore é zagueiro do West Ham United e joga pela seleção inglesa. Tem um bom coração e atitudes muito nobres. Alguns dizem que ele é a reencarnação do Rei Arthur e segundo Marianne Jones, ele se parece com um Time Lord, do Doctor Who. É fã de histórias medievais e da série de livros e jogos do Assassin's Creed. Curte os seriados Sherlock, Merlin e Penny Dreadful (mesma série favorita de Rosie) e tudo relacionado a era vitoriana.
Olá pessoal!
Novo capítulo (mas demorado) de Laços do Blues e um feliz natal aos leitores e as garotas blogger Maria Alice, Mariana "Walrus Girl" Campos e Mariana "Greyjoy" Pereira.
Capítulo 9: You Make Me Feel
Rosie POV
-- Só mais quinze dias, meu amor. Logo voltarei te ver! – Falava meu
namorado no telefone.
A turnê estendeu para outros lugares, agora o alvo são os Estados
Unidos. Mari conseguiu viajar para lá e eu fiquei em Oxford por causa do
aguardo na faculdade. Havia solicitado para mudar de curso. Não agüentava mais
Direito e resolvi tentar História. Para minha alegria, três dias após o
telefonema de Clapton, consegui a tão cobiçada mudança de curso. E ainda bem
que foi bem a tempo das aulas começarem.
Apesar do prédio de Historia ser muito classudo, havia algo de antigo,
lembrando um museu, o que era bem compreensível. Duas semanas depois Mari retorna de viagem e
passa a me contar as novidades passadas e suas fugas românticas com Ginger
Baker. Até hoje não entendo como alguém como Ginger gosta de fugir pra lugares
que nunca pensaríamos que fosse visitar. Bem, isso é algo que pretendo um dia
descobrir.
Num belo dia de março, aconteceu algo muito legal. Mike Winters, nosso
colega de quarto na republica, conseguiu num sorteio da rádio BBC, ingressos
pro jogo de futebol pela Liga dos Campeões da UEFA. O confronto será do
Manchester United contra o time alemão Bayern de Munique.
Não entendia bem de futebol, embora acompanhasse toda a Copa do Mundo
no ano passado e vi a Inglaterra conseguir ser vitoriosa. O jogo seria no sábado no estádio White Hart
Lane, no norte de Londres. Partimos na sexta à tarde. Jane e Mari acabaram
cabulando as aulas, enquanto que o restante conseguiu ou ser liberado mais cedo
ou simplesmente assistiu de manhã. Por
sorte, Sam não precisaria de mim na sexta, por isso me concedeu folga.
Nos hospedamos num hotel legal perto do estádio, assim pouparíamos
energia na caminhada. Mike estava super ansioso, pois queria autógrafos dos
craques do momento, que eram George Best (M.United), Franz Beckenbauer e Gerd
Müller (ambos do Bayern). Por sua vez,
Mary suspirava por Gerd e devo admitir uma coisa: o alemão é realmente lindo.
Um deus grego! Ok, melhor sossegar o facho, ruiva! Você tem o Eric Clapton, o
guitarrista com cara de tímido, mas com talento que parece mexer com meu
intimo.
Chegamos ao estádio e conseguimos os melhores lugares para acompanhar
os lances. Mari estava com caderno já pronto para coletar os autógrafos, Mike
com a camiseta do Bayern e do United e eu torcendo para ver Gerd Müller. Quando os jogadores do time inglês apareceram,
Jane gritou feito louca.
-- BEST!, GEORGE BEST, EU TE AMO!
Para nossa surpresa, o jogador saiu da fila e foi se até as
arquibancadas e localizou Jane. Ela o abraçou e George soube bem aceitar.
-- Por favor, autografe pra mim? – Jane fez algo que até hoje se
tornou comum: tirou a blusa e mostrou os seios (ela vestia um sutiã, ainda
bem!) e George pegou uma caneta preta e assinou ali mesmo e finalizou com um
beijo daqueles. Jane desmaiou e Mary Kate e eu a socorremos. Mari e eu tiramos
fotos e percebemos que George lançou umas piscadelas para nós. Isso mesmo,
leitor. Best estava lançando seu charme.
Iniciou o jogo e todos ficaram numa torcida bem agitada. No primeiro
tempo, o United marcou um gol, feito por George Best. Agora o Bayern precisava
recuperar esse prejuízo. No segundo tempo, houve empate. Na metade do tempo,
aconteceu um pênalti para o Bayern e quem faria o gol seria o camisa nove Gerd
Müller, que conseguiu fazer um lindo gol de falta.
Gritei feito louca comemorando a vitoria do Bayern. Fim de jogo, com
United perdendo, mas George Best ainda sorria.
-- Rosie, vamos pedir autografo aos alemães? – Pedia Mary, que
escondia o peito assinado com a caneta de Best.
-- Certo. Vamos nessa!
Quando o time germânico ia embarcar no ônibus, corri até Gerd e mais
uma vez não surtei como daquela vez que peguei o famoso autografo de John
Lennon no Palladium em 1963.
-- Mr. Müller, por favor, assine? – Pedi para ele assinar meu caderno.
Muito gentil, o alemão assinou e ainda falou comigo em inglês com
sotaque, para minha sorte já que não manjo na linguagem.
-- Muito obrigado pelo carinho. – Disse o jogador em seguida me deu um
beijo na bochecha, me deixando corada.
Após a partida viajei legal na maionese que nem ouvi Mari reclamando
do George Best, que ficou cantando ela.
-- Rosie, vamos embora? George é tarado!
Antes de ir embora, fui ao banheiro e na saída, George Best ficou
parado e se aproximou de mim, sussurrando com uma voz muito sensual e devo
admitir, fiquei muito excitada. Apesar da leve vergonha, eu havia gostado.
Peguei rápido meu bloco e anotei o número de telefone e endereço onde morava em
Oxford.
-- Me liga, se puder. – Sussurrei de volta para ele.
No domingo pela manhã embarcamos de volta para Oxford e chegamos a
republica perto do meio dia. Ninguém tinha capacidade para cozinhar naquele
momento devido ao cansaço da viagem.
Mal deitei na cama quando ouvi alguém exclamando, me tirando de orbita
mental. Era Marianne de novo me perturbando.
-- OLHA, ROSIE! NÓS CONSEGUIMOS!!!! – Mari gritava e ao mesmo tempo
segurava um envelope azul.
-- O que? Por deus, me diga!
-- FOMOS CONVIDADAS PARA PARTICIPAR NA RADIO CAROLINE!
A rádio pirata Caroline
ficava ancorada no mar do norte da Inglaterra, junto com outros barcos grandes
que abrigam outras rádios piratas. Essa onda surgiu no momento que a BBC passou
a tocar menos de quarenta e cinco minutos de música pop, revoltando os
ouvintes.
A participação seria na terça-feira na parte da tarde. Recebemos uma
carta explicando nosso transporte e tudo mais. Mari e eu fomos ao porto de
Oxford e lá embarcamos num barco com dois dos locutores que nos esperavam e em
pouco tempo chegamos num navio ancorado, a Caroline.
Biff McFly, o locutor do programa Top
10, nos entrevistou e foi muito legal. Vi também que ele tem um currículo
de entrevistas bem sucedido, com fotos das celebridades e bandas. Até mesmo
jogadores de futebol como Bobby Moore, campeão mundial da Copa passada e o alemão
Franz Beckenbauer. Dá para ver que além da música, ele também se especializou
em esportes.
Após as entrevistas, dançamos e conversamos com resto da equipe e
tiramos muitas fotos. Retornamos para o porto de Oxford com a lembrança mais
divertida de visitar uma rádio pirata.
Mais alguns dias se passaram e Clapton me liga, mas a sua voz estava
indiferente. Aos poucos percebia que algo na nossa relação estava se perdendo.
Sofria muito com sua ausência. Às vezes pensava que ele e Charlotte tivessem
reatado. Não foi isso. Em compensação, me tornava cada vez mais próxima de
Graham Nash. Descobri que a paixão dele é a fotografia e quase todos os dias
ele me procurava seja no estúdio ou na agência para um passeio pela cidade e ficávamos
conversando por horas. Lembro que isso aconteceu uma vez com Clapton e foi no
dia do pub, onde ele havia colocado uma música no jukebox.
Me entristecia fácil mas procurava não transparecer isso para o
pessoal e nem para Sam e Mari. Quando Nash não me procurava, ficava pensando na
vida ou lendo um livro na agência. Por incrível que pareça, lembrei de George
Best. Ele pode ser um tarado, contudo, existia algo nele que me atraia. Talvez
a voz rouca transformada em veludo quando sussurrada.
Na volta pro apartamento, fui tomar banho e jantei pouco. No quarto
peguei meu caderno e passei a escrever pequenos versos.
Na escuridão, salve-me.
Preciso de você.
Somente de você.
Sua voz meu consolo.
Nosso infinito...
Os restantes dos versos foram se tornando mais ousados. Se Mari lesse
isso, pensaria que fiquei doida. Recebo depois uma ligação do Mike avisando que
ficará na casa da mãe para cuidar dela e Jane e Mary pousariam no apto de outra
turma. Elas namoram uns caras, veteranos do curso de Medicina. Então, hoje
ficarei e Marianne também.
Por volta da meia noite a campainha tocou.
-- Fica aí, Mari. Pode ser o Benson. – Disse ao descer as escadas.
Ela deixou a porta do seu quarto entreaberto e eu segurando outra vez
o taco de cricket para me defender. Abri a porta com cuidado e vi ele. Não era
o Clapton e sim o jogador.
-- Olá, jovem ruiva.
Aqueles olhos azuis tão vivazes. Entrou no apartamento sem esperar minha
permissão e me beijou de uma forma ardente. Senti uma onda de sentimentos misturados.
Amor, luxuria e culpa. Amor talvez. A culpa
era por estar traindo Clapton. E luxuria é um dos sintomas causados no contato físico
com George Best. Quando parei de beijar, pensei em expulsa-lo. Lembrei
outra vez do guitarrista. A considerar nestes últimos dias, ele só me ligava,
ao contrário do Ginger, que liga e manda cartas para Mari. E sem falar na
frieza sentida nestas últimas vezes que ele me ligou, denotando uma pequena
ponta dele se interessar por outras garotas.
E então decidi.
-- Vem comigo. – Puxei o jogador para mais perto de mim e tivemos mais
beijos.
Vi Mari nos olhando e rindo da cena e em seguida voltando pro quarto,
muito tranqüila. Subimos para o meu quarto e fizemos amor tão intenso. Ele
realizou tudo aquilo nas palavras sussurradas no jogo para mim. E eu sabia da
sua fama de mulherengo. Mas não me importava. Apenas queria um momento de
felicidade... e com George Best.