sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Brit Characters Magics (Parte 1)

Olá pessoal!
Hoje resolvi mostrar um pouco do universo de Harry Potter com a turma da Grindhouse. Vou mostrar de alguns personagens e num próximo post também. Conheça eles...


Nome: Louise Christina McGold

Sangue: Puro

Idade: 13 anos (em The Prisoner)

Casa: Lufa-Lufa

Matéria favorita: Poções

Status: Viva

Atualmente: Professora de Poções em Hogwarts




Nome: Roselyn Anne Donovan

Sangue: Mestiça

Idade: 14 anos (The Prisoner) 

Casa: Sonserina

Matéria favorita: Astronomia

Status: Viva

Atualmente: Trabalha no Ministério da Magia na Seção de Reversão Mágica


Nome: Felicity Jane McGold

Sangue: Puro

Idade: 16 anos (The Prisoner)

Casa: Sonserina

Matéria favorita: Adivinhação

Status: Viva

Atualmente: Auror



quarta-feira, 23 de novembro de 2016

The Prisoner (7º Capítulo)

Olá pessoal!
Estou um pouco doente mas vou postar mais um capítulo da fic potterhead. Tenham boa noite e boa leitura!



Capítulo 7: Cada minuto é um acontecimento

Ainda chovia e Louise se acordou, não mais usando as vestes amarelo e preto do time de quadribol e sim um pijama listrado e faixas no pulso. As dores nas pernas eram imensas e o enjôo é leve. Ela não se enjoava desde o dia que andou no Noitibus Andante.  

Aos poucos se lembrou de tudo. O iminente ataque dos dementadores e o fato de não saber conjurar o feitiço do Patrono só a deixou mais indefesa. Chorou em voz baixa e adormeceu. No dia seguinte, já liberada, seguiu para a sala comunal e não encontrando ninguém. Deduziu que todos tenham ido para Hogsmeade e avistou na janela Alice beijando Belle e abraçando depois Gerd.

Por mais que odiasse admitir, Louise tinha ciúme e um pouco de ódio. Num acesso de raiva, pegou os dois pergaminhos do trabalho que Alice fez para ela e jogou na lareira, queimando-os.

-- Vou fazer por conta. – decidiu. – Mas agora eu quero ir passear.

Terminando de se arrumar ela lembrou de outro detalhe: mesmo liberada da ala hospitalar, ela não estava permitida para ir ao vilarejo por questão de saúde. Contudo, pegou a capa da invisibilidade de Davy e seguiu para fora da escola.

O que ela não contava era que Mike Nesmith e Micky Dolenz perceberem que alguém burlava através da invisibilidade. Eles agarraram Louise, porém pensaram ser Davy.

-- Ai! – exclamou a menina. – Micky, Mike!

-- Ah, é você, Louise! – disse Mike, segurando o braço invisível de Lulu.

-- Calma, vamos te ajudar! – disse Micky.

-- Pessoal! Me solta! – implorava a menina. – Quero ir para Hogsmeade. Meu pai não deu permissão por causa...

-- Nós sabemos. – confirmaram os dois. – Por isso vamos te ajudar!

Eles a levaram para outra porta, um pouco mais escura.

-- Agora, se junte ao pessoal rebelde e popular, Lulu. – Mike entregou para menina um pergaminho dobrado.

-- Que droga é essa?

-- E ainda pergunta “que droga é essa”? – Micky arremedou a voz de Lulu e depois respondeu alegremente. – Este é o segredo do nosso sucesso.

-- Nos dói em ter que te dar mas você e o Davy precisam mais. Micky, faça as honras.

O jovem sacou a varinha e fez um tipo de juramento.

-- Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom!

Quando a varinha de Micky tocou o pergaminho, surgiu devagar algumas palavras de saudação. Louise leu:

-- “Os senhores Aluado, Rabicho, Pontas e Senhorita Almofadinhas têm o orgulho de apresentar o Mapa do Maroto.”


-- Devemos tanto a eles... – comentou Mike.

Louise abriu o mapa e se impressionou. Ele mostra todos os cantos de da escola, nada foge dali.

-- Minha nossa! Isto é Hogwarts! E... – parou ao ver que numa parte da escola estava o diretor Rafelson. – É mesmo o diretor?

-- Isso mesmo. – confirmou Micky. – Ele sempre fica assim caminhando ao redor do escritório.

-- Maravilha! Onde arranjaram isso, rapazes?

Micky e Mike riram.

-- Pegamos na sala do Babbitt. Na realidade, soubemos que ele confiscou sabe de quem? – Micky fazia uma careta divertida, louco pra revelar a Louise.

-- Ele confiscou daqueles alemães! – respondeu Mike, rindo demais. – Era do Sepp mas ele deu mole, o Babbitt pegou e nós pegamos.

-- E vocês pretendem devolver pro Sepp? – indagou Louise, mesmo que no fundo desejava se adonar do mapa.

-- Se fosse pra devolver, teríamos feito há três meses. – disse Mike e depois explicando. – Agora presta atenção. Existe sete passagens secretas no castelo e recomendamos esta aqui. A da Bruxa de um Olho Só que vai te levar a Dedosdemel.

-- Certo...

-- Mas vai depressa! – apressou Micky. – Babbitt está vindo e antes de guardar o mapa, dê um tapinha e diga “Malfeito Feito”. Senão qualquer um pode ver.

E assim ela seguiu a dica mágica dos dois amigos da Grifinória. Já no porão da loja Dedosdemel, Lulu vestiu a capa e saiu caminhando. Encontrou alguns colegas conhecidos. Como achou divertido e excitante estar num lugar e não ser vista, teve a brilhante idéia de... fazer suas traquinagens. A primeira vítima foi Belle Blue. Aproveitando que ela estava sozinha, Lulu pegou a tigela fumegante de melaço rosa e derramou no colo de Belle, parecendo um acidente.

A menina deu um risinho e saiu correndo, deixando Belle em pânico e gritando pra todos. Ela encarou Alice.

-- Acha engraçado, Alice? – perguntou, brava.

-- Mas eu não ri. – garantiu a jovem aluna. – Eu vou pegar um pano pra você.

Antes de sair, Lulu, carregando dois copos de cerveja amanteigada, se aproximou com cuidado do trio Franz, Sepp e Gerd e banhou os três.

-- Ah mas que desgraça! – berrou Franz.

-- Logo hoje que ia me encontrar com Nora. – lamentou Sepp.

-- Mas que bosta! – Gerd reclamava e se limpava com um lenço.

Ainda na outra parte, avistou Mickey e Fefe conversando perto de Lola Griffiths e Nora Smith. Ela soube que Lola foi à causa por Fefe e Nora não estarem mais juntas então pensou num plano ousado. Furtou dois pirulitos e vendo que Nora enchia um pacote de doces e Lola amarrava seu cachecol de costas pra escocesa, desferiu um tapa na cara e golpeou um pirulito na cabeça dela e deixou o outro na mão de Nora.

-- Nora! – gritou Lola. – Por que fez isso comigo?

-- Não fui eu. – Nora se deu conta que segurava o doce e o largou.

-- Como não? – Lola ainda insistia na acusação. – Acabei de te ver segurando isso.

-- Mas não fui eu!

-- Sua tola!  -- Lola saiu da loja, batendo os pés e deixou Nora sozinha.

Lulu resolve sair da loja e caminha na rua, encontrando seus amigos conversando do lado de fora de um pub, Três Vassouras. Peter foi o primeiro a perceber algo e seguiu Louise.

-- Te peguei! – avisou Peter, puxando a capa. – Louise!

Os outros avistaram a menina e Davy abraçou.

-- Ah, Lulu! Como fiquei preocupado com você. Depois daquele ataque...

-- Eu sei. Mas...

Ela parou de falar por ter visto as pessoas entrando no pub e justamente o ministro Utamaro, o professor Bert Schineider, Alexei Romanov e Tony McGold. Lulu vestiu a capa novamente.

-- Lulu, não vai lá... – pediu Odile.

Ignorando os avisos da amiga, adentrou o pub e seguiu para uma sala mais quente e confortável sem ser notada e ali as pessoas conversavam de forma nervosa. Ali também se encontravam o casal Brunhilda e Fritz Müller, a ministra da magia na Alemanha e o auror.

O ministro Utamaro e o professor Schineider falavam a respeito dos dementadores com o casal Müller e Tony e Alexei diziam sobre... Tilda.

-- O que mais me preocupa é que Tilda foi vista pelos arredores da escola. – reclamava Tony. – E temo que Lulu saiba da verdade.

-- Mas ela precisa saber. – dizia Alexei, disposto a revelar.

-- Revelar sobre o quê? – perguntou Fritz, o chefe dos aurores.

-- Lembra que alguns anos atrás, quando os pais de Davy Jones e a mãe de Louise McGold perceberam que estavam marcados para morrer? Bem, eles se esconderam. Um dos que sabiam era Tilda Black, a irmã mais velha de Mary e ainda sim revelou para Você-Sabe-Quem. – respondeu Bert, servindo conhaque para os presentes.

-- E além de levá-lo aos Jones e Mary, matou o melhor amigo, Barry Whitwam. – confirmou Tony.

-- Eu me lembro de Barry. – respondeu Brunhilda, em tom sério. – Ele sempre seguia Tilda e a irmã e o casal Jones. Parecia que ele tinha uma quedinha por ela mas nunca foi correspondido, coitado! E mais ainda que ele foi corajoso em tentar avisar os Jones sobre o perigo iminente e no fim deu azar de encontrar Tilda no caminho.

-- Tilda era má! – desprezou Tony. – Ela não só matou Barry. Ela o destroçou! Tudo que restou foi um dedo.

-- Temos que admitir que aquele mulher pode não ter sujado as mãos com Harry e Doris Jones mas por causa dela estão mortos, juntamente com Mary.

Fritz teve de concordar mas ainda se preocupava.

-- Então fale isso pra sua filha e o pequeno Davy. – pediu. – Eles precisam saber.

-- Justamente tenho medo disso. – disse Tony.

-- Mas o que pode ser pior, Tony? – exasperava Alexei.

-- Tilda Black não é só a tia de Louise... Ela também é madrinha de Davy Jones!

Minutos depois a porta do pub se abre e Odile notou que era Louise invisível, correndo pelo vilarejo. Ela e os amigos a seguiram, encontrando a menina chorando debaixo de uma árvore. Odile abaixou a capa e viu o quão vermelho estava o rosto de Lulu.

-- Meu universo...

-- Ela era amiga deles... – dizia Louise, chorando. – Amiga dos pais do Davy... E mesmo assim... Ela os mandou para a morte com minha mãe como vacas num abatedouro!

-- Ela quem?

-- Tilda!

Davy também abraçou Lulu e a mesma contou tudo para o amigo, completamente desolado e cheio de raiva, a ponto de chutar na neve.

-- Louise, eu não sei o que pretende, mas eu vou atrás dessa tal de Tilda e não me importo se ela é sua tia e minha madrinha... – disse Davy, ofegante. – Eu vou acabar com ela!

Lulu se levantou e apertou a mão de Davy.

-- Conte comigo! Eu também farei isso!

Peter e Odile trocaram um olhar preocupante. Teriam de fazer de tudo para segurar a dupla de amigos...

Graham Bond e Marie Greyhound caminhavam perto da Casa dos Gritos e admiraram.

-- Será um ótimo lugar para criarmos nossos filhos, mon petit. – comentou o sonserino.

Marie não disse nada mas fingiu concordar.

Com o retorno dos alunos para escola, Lulu abordou Mickey e o estapeou na frente de todos.

-- SEU DESGRAÇADO! MENTIROSO! – gritou a menina.

-- Lulu... – Mickey se levantava com ajuda da prima. – O que aconteceu?

-- EU SEI DE TUDO! – confirmou a menina. – AGORA ENTENDI PORQUE DISSE PRA NÃO ACREDITAR EM NINGUÉM QUE DISSESSE SOBRE TILDA. É PORQUE ELA FOI A RESPONSÁVEL POR LEVAR O VOLDEMORT ATÉ OS PAIS DO DAVY E NOSSA MÃE!

Lulu não tinha cerimônia alguma em falar o nome do terrível mago e tampouco se importava se todo mundo ouvia e se chocava. Mickey fechou a cara e encarou a irmã.

-- Agora que já sabe, o que pretende? – disse em tom desafiador. – Eu queria te contar mas papai me proibiu.

-- Pensei que pudesse confiar em você... mas vejo que não... Você é um frouxo! – berrava Louise, socando fraco o irmão. – Eu te odeio, Mickey.

Odile segurava sua amiga e a consolava.

-- Calma, amiga. Deixa seu irmão explicar.

-- Não quero ouvir nada, Odile.... Só quero ir pro meu quarto...

Odile acompanhou ela e Mickey permaneceu ali, estático. Alice e Gerd presenciaram tudo e tentaram se aproximar de Louise. Mas receberam negativas.

-- Hey... – Gerd segurava a mão da menina. – Tente ignorar isso.

-- Claro. Eu vou ignorar é você! – Louise se lembrou o quanto a mãe de Gerd destilava ódio na conversa. – Troncudo besta!

Mal deu cinco passos rumo às escadas e Alice barra seu caminho.

-- O que você quer? – perguntou raivosamente a loirinha.

-- Vi você chorando em Hogsmeade. Fiquei preocupada. – tocando o rosto de Louise.

A mesma negou o carinho e apertou com força a mão de Alice.

-- Não preciso mais de sua ajuda e vai consolar aquele desgraçado alemão que você chama de namorado.

E seguiu para a sala comunal da Lufa-Lufa, batendo os pés e se jogando na cama pra chorar. Abraçou seu travesseiro, abafando os gritos. O que Louise não desconfiou era que estava sendo observada e desta vez... pelo ratinho Perebas....


Continua...

domingo, 20 de novembro de 2016

The Prisoner (6º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e fiquem com novo capítulo da fic potterhead, ainda mais que hoje fui assistir Animais Fantásticos e Onde Habitam. Boa leitura!



Capítulo 6: O lobisomem

No café da manhã todos conversavam animadamente nas mesas. Alana reencontrou seus amigos e agradeceu pela ajuda. Contaram também sobre Mike Nesmith ter aparecido e carregado a menina até o quarto do professor Watson.

-- Tem certeza? – Alana não acreditava que o rapaz que ela andava suspirando tivesse lhe carregado até seu pai.

-- Claro. Nunca mentiríamos pra você. – confirmou Louise, muito animada.

-- Alana, o que tinha ontem para se queixar de dor? – questionou Jo.

A jovem quase ia revelar seu segredo quando ouviram um pio de uma coruja chegando. Louise achava ser Andrômeda mas viu que a ave pousou na mesa da Grifinória, mais propensamente entregando uma carta vermelha para Sepp Maier.

Os amigos de Sepp o encaravam, preocupados.

-- Veja o que é. – incentivou Franz.

-- Ok. – tentando abrir. – Não deve ser grave e sim é... UM BERRADOR!

Sepp largou a carta, totalmente assustado. Franz e Gerd já previam o pior. Eles sabiam o motivo do ruivo receber aquela carta humilhante. Faltando duas semanas para o início do ano letivo e uma semana para as Eliminatórias da Copa Mundial, Sepp convidou seus amigos para um passeio no carro enfeitiçado de seu pai, um funcionário do Ministério da Magia na Seção de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas. A conseqüência disto saiu no Profeta Diário, sob alegação de cinco trouxas avistarem um carro sobrevoando Munique, Düsseldorf, os portões de Brandemburgo e Berlim.

Os outros alunos da Grifinória também viram o berrador e muito curiosos e alguns assustados, tentaram persuadir Sepp.

-- Acho melhor... não abrir. – disse Gerd, muito assustado e decerto sua mãe, a ministra da Magia na Alemanha, Brunhilda Müller, já sabe do ocorrido.

-- Abra logo, Josef. – pediu Geoff Hurst, o inglês dentuço e meio acovardado. – Eu ignorei um que a vovó mandou... E me dei mal.

Não tendo escolha, Sepp abriu o lacre da carta com as mãos trêmulas e de repente uma voz foi emitida em escala alta.

-- JOSEF MAIER!

Largou o berrador e se preparou para ouvir o resto, que logo ganhou forma de um rosto e a carta continuou a gritar.

-- COMO SE ATREVEU A ROUBAR AQUELE CARRO? ESTOU TOTALMENTE DESGOSTOSA! SEU PAI ESTÁ ENFRENTANDO O INQUÉRITO NO TRABALHO, AS RECLAMAÇÕES DO HERR E FRAU BECKENBAUER, AS REPREENSÕES DA MINISTRA E DO HERR MÜLLER E A CULPA É TODA SUA. SE VOCÊ E SEUS AMIGOS SAIREM MAIS UM DEDINHO DA LINHA NÓS OS TRAREMOS DIRETO PRA CASA! – houve uma pausa pois a frau Maier direcionou-se para os irmãos Ulrich e Dieter Hoeness. – Oh, parabéns Uli e Dieter por serem aprovados no time de quadribol da Corvinal. Conversei com seus pais e eles estão muito orgulhosos...

Quando a carta se destruiu, ficou um silêncio mortal na mesa. Depois alguns risos frenéticos e vindos da mesa da Sonserina. Na realidade os primos Michael e Felicity McGold, juntamente com Rosie Donovan e Johan Cruyff riam demais da situação. Na Lufa-Lufa apenas Giorgio Chinaglia dava risada e mal conseguia comer seu cereal e ainda levava beliscões de Louise.

Sepp nem conseguia encarar o pessoal direito, tamanha era sua vergonha. Exposto para toda escola ouvir. Já previa o zelador Babbitt tirando sarro, o professor de Poções, Tony McGold, não sendo complacente e agora se tornou alvo de vez dos sonserinos e do italiano lufano que o odeiam.

Tudo havia começado quando Klaus, a coruja de Sepp, perseguiu sem saber os ratos de estimação de Felicity e Giorgio. Primeiramente Klaus quase agarrou Snowball, o ratinho branco de Fefe e depois Luigi, o rato médio e de pêlo meio laranja de Giorgio. Os dois se enfureceram a ponto do italiano ameaçar chutar a corujinha e Fefe transfigurar ave num cálice e presentear Nora.

-- Não devia ter feito isso. – disse em tom baixinho e o rosto da mesma cor que seus cabelos.

-- Agora o estrago está feito. – Gerd saiu da mesa e pegou sua mochila. – Vamos pra aula. Preciso esquecer esse vexame e não quero imaginar se eu ganhar também um berrador.

Os três passaram pelos sonserinos e os encararam. Mickey e Fefe exibiam cálices, indicando a velha ameaça. Naquele dia Sepp decidiu manter Klaus com seus pais.



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Antes de começa a aula de Defesa Contra As Artes das Trevas, Mickey tirou da mochila um caderno velho com algumas coisas escritas e ali estavam fotos dele... com sua tia. Não que ele desprezasse seus pais. Ele gostava mais de Tilda. Odiava mentir para sua irmã e o melhor amigo dela sobre a maga. Contudo, ele continuava acreditando que Tilda Black não é uma assassina e tudo foi uma armadilha preparada no intuito de incriminá-la.

Neste momento o professor Tony aparece, fechando todas as janelas e ligando o projetor mágico de imagens. Encarou seriamente os alunos.

-- Abram na página 394.


Obedeceram e Tony seguia caminhando quando Louise questionou.

-- Com licença, professor. Onde está o professor Watson? – indagou Louise.

Tony continuava impassível.

-- Isso não é da sua conta, é Srta. McGold? – e depois pegando a varinha ligou a luz do projetor. – Basta que vocês saibam que o professor de vocês se encontra incapaz de ensinar neste momento. Página 394, por favor!

Ele viu que Peter Tork mal folheava o livro e num segundo fez o livro abrir na página solicitada num movimento da varinha. O aluno atrapalhado surpreendeu-se com o assunto.

-- Lobisomens?

E a surpresa aumentou quando Odile disse:

-- Professor, nós acabamos de aprender barretes vermelhos e hinkypunks. Criaturas noturnas eram daqui duas semanas.

Lulu se assustou de imediato. Outra vez aconteceu.

-- De onde veio? Não te vi, Odile... – comentou baixinho e de novo acreditando estar alucinada.

-- Silêncio! – ordenou Tony, meio furioso. – Agora quem vai me responder sobre a diferença entre um animago e um lobisomem?

A primeira pessoa a levantar a mão foi Dianna Mackenzie, da Corvinal e considerada uma das alunas mais brilhantes, perdendo apenas para Johan Cruyff, da Sonserina.

-- Ninguém? – insistiu Tony com seu jeito irritante e suspirou. – Que decepcionante...

Por fim Dianna acabou falando.

-- Por favor, senhor. – suplicou a menina e seguiu respondendo. – Animago é um bruxo que tem o poder de transformar-se em um animal. E o lobisomem não tem escolha.

-- E o que mais?

No momento que Di ia continuar, Cruyff não a deixou.

-- Em toda lua cheia, ele não se lembra de quem ele é. Poderia matar até seu melhor amigo se cruzasse em sua frente e principalmente, responde somente ao chamado de sua própria espécie!

Giles emitiu um uivo, provocando risos entre seus amigos.

-- Quieto, Sr. Mackenzie! – repreendeu Tony. – Resposta muito bem articulada, Cruyff. Atribuo vinte pontos para Sonserina.

-- Mas senhor... – apesar de gostar de ser o aluno brilhante e superar quem fosse, Johan não era nenhum canalha. – A Srta. Mackenzie também merece. Ela respondeu primeiro.

-- Ela falou sem ser convidada, como em todas as minhas aulas. – justificou o professor, mostrando aquele típico desprezo. – Sente prazer em ser uma sabe-tudo irritante. Portanto, menos cinco pontos para Corvinal.

Dianna sentiu-se mal, contudo agüentou aquilo. Admitia que existiam alguns momentos nas aulas que ela respondia sem ao menos ser chamada pelos professores.

-- Como um antídoto para suas ignorâncias, quero em minha mesa, na segunda-feira pela manhã, dois rolos de pergaminho sobre lobisomem, com ênfase de como reconhecê-los.

Um relâmpago de idéias caiu em Louise. No dia seguinte era dia de quadribol contra Sonserina.

-- Professor! – exclamou a menina. – Amanhã é sexta e tem jogo de quadribol.

Tony a encarou frivolamente.

-- Então sugiro que tenha cuidado extra, Srta. McGold e Sr. Jones. Desculpas com acidentes não serão aceitas!

Davy e Louise tremerem bastante, pois ambos andavam meio distraídos devido aos últimos acontecimentos envolvendo Tilda Black. O nervosismo mal dava para prestar atenção no que o professor dizia sobre a palavra lobisomem.

-- ... É uma contração da palavra em latim “Lupus”, que significa “lobo” e “homem”.  Lobisomem, Homem-lobo. Existem várias maneiras de virar lobisomem, que incluem pessoas que receberam o poder de mudar de forma, que foram mordidos por um lobisomem...

Na cabeça de Louise, a preocupação voltou para o professor Watson.


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Ela passou a tarde toda se concentrando no trabalho e cada vez mais se enrolava. Davy conseguia fazer com ajuda de Peter, Micky e Mike. Eles poderiam muito bem ajudar a garota mas Lulu optou em recusar pra não prejudicar seus amigos. Odile era uma que sempre fazia os trabalhos dela mas ultimamente nem a francesa tinha tempo. Na verdade ela parecia mais atolada em trabalhos pra fazer e livros para ler do que o normal e freqüentava quase todas as aulas. E Louise nunca soube desse segredo...

-- Acho que vou desistir... – comentou para si mesma, resignada.

Neste momento Alice Stone guardava mais um livro na estante e ouviu as lamentações de Louise. Se aproximou dela.

-- Oi, Louise. – exibindo um lindo sorriso.

-- Oi, Alice... – Lulu quase cai pra trás. Tinha que admitir que a maior é mesmo muito linda. – Quantos livros você tem aí?

-- Fico bastante tempo aqui. Então gosto de aproveitar. – em seguida ela vê na mesa a tentativa frustrada do trabalho da loirinha. – Defesa contra As Artes das Trevas?

-- Sim... – respondeu Louise, envergonhada.

-- Quer ajuda? – sorrindo e se prontificando na hora.

Os olhos delas se encontram. Não tinha mais dúvidas o que estava acontecendo ali. Desde o ataque dos dementadores no trem, Lulu nunca esqueceu o beijo e até perdoava o fato dela estar com Gerd, exceto os insultos que Belle Blue fazia questão de dar a menina.

-- Se você pode... Não quero tomar seu tempo.

-- Já fiz os meus. – mostrando os pergaminhos preenchidos. – E será divertido.

E elas começaram seu estudo juntas e Alice preencheu todo trabalho da menina sem se importar com nada. Meia hora depois já estava pronto.

-- Aqui estão. – entregando os dois rolos de pergaminhos. – Pode entregar pro professor na segunda e amanhã jogará quadribol tranquilamente.

-- Muito obrigada, Alice. – ela sorria verdadeiramente e muito grata. – De verdade. Muito obrigada. E gostaria de agradecer por me ajudar no trem após o ataque do dementador.



-- Não tem de quê. – Alice sorria e afagava o rosto de Louise. – Fiquei preocupada com você.

-- De alguma forma, eles passaram a me atormentar... E eu não sei como me livrar disso.

-- Bem, existe um feitiço. Andei estudando sobre ele.

-- Mesmo? – a menina arregalou os olhos cheio de esperança.

-- O feitiço do Patrono. – explicou Alice. – Ele solta uma onda de luz e alegria, inibindo o poder do dementador.

-- Você sabe conjurar? – a bruxinha tinha mais esperança de que Alice pudesse ensiná-la, não tendo de incomodar o professor Andrew.

-- Já tentei mas não ficou forte. Pra conjurar precisamos de uma lembrança feliz que seja bem forte.

-- Eu não entendo. Você tem tudo que possa provocar uma lembrança boa. Tem bons amigos, uma melhor amiga legal e... – Lulu queria morder a língua pra evitar de mencionar Gerd mas não conseguiu. – Um namorado lindo e perfeito. Você consegue até mais que eu!

-- Tenho boas lembranças, um namorado que me odeia e ama outra, pais que querem que eu tire ótimas notas, uma melhor amiga que me ajuda em tudo mas minha vida é isso aqui. – apontando para os livros. -- Não há lugar no mundo para os estudiosos.

-- Sempre há. – disse Louise, otimista. -- Eu admiro muito vocês da Corvinal. Queria ser assim tão estudiosa... mas gosto da vida ao ar livre.

-- Eu gosto de ficar lendo lá fora. Tantos livros em tão pouco tempo.

-- Você consegue. Então se concentre na lembrança de sua melhor amiga e outras coisas. E mais uma vez obrigada, Alice.

No momento que ia se retirar, Alice puxou a menina pelo braço e roubou um beijo quente e silencioso. O mesmo contato, os lábios sedosos e o gosto de menta. Quando acabou, Lulu corou e sem jeito. Mal encarava Alice e pegou os pergaminhos e correu para fora da biblioteca. Entrou no quarto e deitou, muito pensativa e confusa sobre o beijo.

Alice também saiu da biblioteca e caminhou até uma parte fora da escola. Com a varinha em mãos, concentrou-se na lembrança do beijo em Louise e conjurou.

-- Expecto Patronum!

E de repente uma luz forte irradiou na varinha e assumiu a forma de uma gigantesca pantera. Alice se impressionou. Depois de muito esforço e tentativas, ela obteve a maior façanha: o feitiço do Patrono.



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Mickey relia as antigas cartas de sua tia que ele recebia quando era pequeno, ao mesmo tempo uma inquietude tomava conta de seu coração. Desde o dia que Lulu lhe questionou sobre Tilda Black, ele não teve mais sossego e volta e meia tinha medo de ser abordado pela irmã de novo. Ele queria muito dizer a verdade mas tinha feito uma promessa de não dizer nada por enquanto para ela e muito menos para Davy.

Submerso em seus pensamentos, ele ouviu uns rugidos mas considerou ser de alguém fazendo feitiços. Quando caminhou até a sala comunal, encontrou uma tigresa desmaiada e pelagem cinza. Mickey socorreu e imediatamente ganhou forma humana. Era Felicity.

-- O que você fez? – perguntou, muito preocupado e carregando a prima pro quarto dela.

-- Fui praticar minha... transformação... – Fefe mal conseguia falar por conta do esforço. – Quero ser animaga.

-- Tudo isso pra impressionar Nora? – zangou-se. – Esqueça! Da última vez que fez isso, lhe custou perda de pontos se fosse descoberta. Ainda bem que manteve sua forma animaga... Mesmo que ela tenha lhe jogado livros na sua cabeça.

-- Mas não quero mais impressionar ninguém... – Fefe tossia e se aconchegava na cama. – Estou fazendo isso porque quero.

-- É ilegal, sabia? – alertou Mickey. – Uma vez animago, deve comunicar o ministério e...

-- Ah, dane-se o ministério! Vou continuar animaga e pronto!

Tossiu mais uma vez e Mickey voltou para seu quarto. Amanhã teria jogo contra Lufa-Lufa e tudo que mais queria é descansar...


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Sexta-feira, dia de chuva e... Quadribol. Comparado aos outros jogos, a Lufa-Lufa não está num bom dia. Começaram perdendo de noventa a trinta. A única esperança era de Louise agarrar o pomo. No entanto teria de ser mais sagaz que a apanhadora deles, a poderosa ruiva Rosie Donovan.

Desde o ano passado, o time passou por uma série de reformas de estratégia e trocas de membros, como Giles Mackenzie. Devido ao desempenho esportivo e senso de liderança de Johan Cruyff, o time votou e elegeu o aluno holandês como seu capitão, cortando de vez Giles. E também Mickey, que havia se candidatado várias vezes para o time, conseguiu vaga de batedor.

No entanto a Lufa-Lufa reagiu e passa a marcar mais pontos, quase alcançando os noventa da Sonserina. Louise avista o pomo voador e o persegue, mesmo em dificuldade na vassoura temporária Comet 909. Rosie usava uma Belerophont 99, outra concorrente da Nimbus. As duas se colidiram e passam a se empurrar. Rosie tenta uma manobra arriscada. Ela recua mas mirando Louise, voou em velocidade máxima, assemelhando um meteoro caindo. Essa estratégia Rosie quis emular da finta de Wronski.

Louise percebeu e usando toda força possível acelerou e quase tocou o pomo. Parou ao ver que a ponta da vassoura congelou e virando pro lado deu de cara com um dementador.

-- Não... – ela não terminou de dizer. O beijo foi aplicado e a menina cai da vassoura outra vez.

Louise apagou no mesmo instante mas pode ainda ouvir alguém gritando seu nome. Poderia jurar que era sua mãe...


Continua...

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Ensaio sobre a visão do mundo (3º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e ficam com novo capítulo de Ensaio. Está de novo curto mas no próximo será um pouco longo. Boa leitura!


Capítulo 3: A perseverança vem de nós


Fefe baixou por três dias no hospital e suas amigas não puderam vê-la por conta da família. Sophie, a mãe, não permitiu que nenhuma delas visse sua filha. Nora sofreu muito, preocupada com sua amiga.

-- Preciso falar com ela. – disse Nora, determinada.

-- Sabe como falar isso para Sra. McGold? – Marie tentou persuadir Sophie, um ato infrutífero.

-- Não sei mas vou tentar.

As aulas daquele dia foram cansativas e o tempo se arrastava...


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Louise não estava bem. Além de ter sua alergia despertada, teve também seu monóculo destruído e apanhou de um grupo de estudantes raivosos. E pra piorar, não tinha ânimo para sua consulta semanal. Compareceu ao consultório, usando óculos escuros e lendo outro livro.

-- Srta. McGold! – chamou a secretária Eva. – O doutor Müller vai lhe atender.

Foi mesmo de sempre. Ela sentava na cadeira, lendo seu livro e esperava algum movimento dele que a tirasse de seu foco. Desta vez, Gerd notou algo estranho: Louise de óculos escuros e lendo.

-- Fraulein McGold, por que está lendo de óculos escuros?

Louise guardou o livro e o encarou. Não sorriu.

-- Porque eu quis, doutor. – respondeu, séria.

-- Então tire, por favor! – ordenou o médico, com a lanterna. – Quero ver como está sua visão.

Para sua surpresa, ela tirou os óculos e se espantou. Os olhos roxos, alguns cortes na bochecha e o nariz vermelho. Certo que ela chorou.

-- Fraulein, o que aconteceu? – perguntou o médico, preocupado.

-- Apanhei na universidade.

-- Mas por que?

-- Quando se é anormal com olho deformado e ser a mais nerd da sala, acaba provocando ira nas pessoas. – lamentou Louise, tentando transformar aquilo em algo hilariante.

-- As pessoas normais às vezes querem que tudo seja perfeito e não aceitam o que é diferente,tornando- as fracas. Você é forte cuidando daquela menina cadeirante e suas amigas.

-- Talvez não seja forte.

-- Você é, Louise.

-- Eu não sou! – berrou a menina, se levantando da cadeira e encarando o oftamologista. --  Sabe o que é ter que acordar gritando toda noite por que sonhou com o acidente que provocou isso? Sabe o que é ver sua prima, que via como normal por não ter nada, agora contrair uma doença incurável? Sabe o que é manter um sorriso motivador pra suas amigas, dizer que tá tudo bem, mas no fundo não tá?
Sabe... – ela chorava demais. -- O que é não saber o que é namorar por que nenhum cara quer ficar com uma caolha?

A sensação que o médico teve era de devastação. Louise sofria em silêncio e nunca mostrou isso para suas amigas. Talvez nem para a garota cadeirante. Abraçou a paciente.

-- Eu namoraria com você.

-- Diz isso porque é meu médico.

-- Eu falo sério.

Em seguida trocaram um beijo suave. O contato dos lábios dela tornou tudo melhor... e mais amoroso. Louise poderia continuar mas empurrou Gerd. Espantada, pegou a mochila.

-- Me deixa!

E saiu porta a fora, disposta não consultar mais com o Dr. Müller. Já o doutor saiu atrás da menina.

-- Louise! – chamando-a. – Espera! Por favor!

-- Me deixa! – pediu, exasperada. – Quero ficar sozinha, esquecer o que aconteceu e me acalmar antes de ir para a casa da Alice.

Ela embarcou no táxi e seguiu para casa.



----E----N----S----A----I----O----


E veio o grande dia do baile anos 50. Todos os convidados e alunos foram vestidos conforme a temática do lugar. Por ser o começo, a banda principal não subiu ao palco e pessoal se divertia ao som de clássicos do rock.

Na pista, as amigas de Felicity dançavam juntas com Odile, a irmã de Marie e de Chelsea O’Malley, uma garota do curso de Moda.

-- Ela não vem, Nora. – disse Marie. – Talvez esteja doente.
Nora acreditava veemente que Fefe viria pra festa. Anos 50 era a época favorita da menina. E neste momento avistou a galesa maior, entrando atrás do palco, carregando o case de sua guitarra. Ela correu até sua amiga.

-- Felicity!

-- Oi, Nora! – Fefe abraçou. – Olha, depois da festa preciso te contar uma coisa.

-- Não vá agora! – Nora puxou o braço dela. – Eu preciso saber.

-- Nora...

-- Por favor, eu fiquei preocupada naquele dia que cuspiu sangue e...

-- Nora, eu to doente! Tenho leucemia!

Aquela notícia pegou a escocesa em cheio. Como um tiro no coração. E as lágrimas brotaram de seus olhos azulados. Outro abraço ocorreu nelas.

-- Eu vou cuidar de você, sassenach!

-- Hoje é festa anos 50. – respondeu Fefe, escondeu sua tristeza. – Depois eu te dou os detalhes. Vamos nos divertir. Por favor, torne esse momento algo melhor.

Nora não promete mas se esforça para exibir um sorriso de pura alegria.

No outro lado, Louise veio acompanhada de Belle e Arthur Blue e trazendo Alice na cadeira de rodas.

-- Vocês podem dançar. – disse a galesa cadeirante, bebendo seu ponche. Ela estava linda com seu vestido de bolinhas pretas e óculos de coração.

-- Nem pensar! – Belle empurrava a cadeira de Alice para pista. – Dança conosco!

Arthur e Belle se alegravam com Alice ali. Lulu também dançava mas sozinha. Ela usava um vestido azul e portava um de seus tapas-olhos personalizados. Alguns convidados não gostaram e passaram a olhar torto para a menina e inclusive debochar dela.

Alice ouviu claramente um rapaz falando mal de Louise e usando o controle remoto da cadeira, virou-se para o aluno e gritou:

-- Ei, você! – apontando. – Você mesmo!

E como um carro em alta velocidade atropelou indivíduo, causando susto nos outros.

-- Qual é? Sua maluca!

-- Nunca mais fale dessa forma com ela! – e finalizou ao passar a cadeira por cima da perna dele.

Os irmãos Blue e Louise levaram Alice para uma das mesas e a festa voltou ao normal.

-- Minha luinha, não faça mais isso. – Louise verificava se não aconteceu nada de errado em sua amada.

-- Ele mereceu! – esbravejou Alice. – Falando mal de você daquele jeito.

-- Todo mundo aqui me odeia.

-- Mas quem ousou odiar você? – perguntou Belle, oferecendo doces para os três.

-- A universidade inteira. Exceto meus amigos de verdade. Inclusive quebraram meu monóculo no início da semana.

Alice se irritou e quase se preparou para dar outro atropelamento no mesmo rapaz mas Arthur impediu.

-- Podem voltar pra pista. – sugeriu Louise. – Vou depois.

Os três retornaram a dançar. A loirinha apenas observava e chorou baixinho. Depois saiu um pouco do salão, permanecendo numa das cadeiras para a boa vista noturna. Foi aí que aconteceu algo inacreditável. Uma moto Harley Davidson estacionou perto dos outros carros. Seu piloto trajava uma jaqueta de couro, calça jeans, sapatos pretos semelhantes usados pelos famosos “Teddy boys”, os motoqueiros da época.

Lulu reparou que o rapaz a enxergou e por usar óculos escuros não reconheceu. Ele se aproximou dela.

-- Olá, ursinha!

Imediatamente soube que o homem a sua frente era ninguém menos que seu oftalmologista.

-- Dr. Müller? – disse, chocada e tirando os óculos dele. – Nossa! Não sei se estou vendo Bruno Gantz ou um James Dean alemão.

-- Imaginei que gostasse. – respondeu gentilmente e guardou os óculos no bolso.

-- Olha, a banda está tocando Elvis. Gostaria de dançar comigo?

-- Claro. – e estendeu o braço para ela.

Entraram juntos e logo provocaram uma sensação de surpresa em todos. Arthur se chocou legal, Belle muito impressionada indagou para Alice.

-- Quem é o bonitão da Louise?

-- Dr. Müller! – respondeu Alice, animada. – O “McDreamy” dos olhos do meu sol.

E a festa só estava começando...


Continua...

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Bears Comedy (1º Episódio)

Olá pessoal!
Tenha boa noite e fiquem com a outra nova fic, envolvendo um trio no mínimo inusitado: Gerd Müller, Graham Nash e Graham Bond. Foi inspirada no desenho animado Ursos Sem Curso. Um aviso: é uma comédia escrachada, com linguagem forte. Boa leitura e risadas.



Bears Comedy__ Maya Amamiya


Episódio 1: Dinheiro

(Opening: Minutemen – Corona)


Fechou-se 1 mês que aqueles rapazes moravam juntos, num apartamento razoavelmente grande e pouco luxo na área nobre de Londres. Dois ingleses e um alemão dormiam calmamente até ouvirem... o ruído da porta se abrindo e muitos passos entrando e saindo.

Graham Bond, um recém formando da faculdade de História e músico, foi o primeiro a se acordar. Saiu do quarto e bateu nas portas dos outros quartos, onde moram seus dois amigos residentes.

-- Nash! – bateu três vezes. – Acorda, cara! É a sua vez de dirigir.

Graham Nash, músico e técnico de informática, retirou sua venda dos olhos, tomou seu remédio para alergia e bocejou. Se juntou ao outro inglês, que tomava banho.

-- Ah, Nash! – Bond fechou o chuveiro, indignado. – Dá pra esperar?

-- Não dá! Eu estou...

Os ruídos que Nash fazia sentado no vaso calaram Bond e este saiu do banheiro, com a toalha enrolada na cintura com pouco sabão no corpo. Se secou e vestiu-se mas antes, bateu na porta ao lado do quarto de Nash. É onde Gerhard Müller, o barman que trabalha a noite, dormia tranquilamente.

-- Gerd! Acorda, chucrute!

Gerd só grunhiu raivoso e se cobriu de edredom. Bond arrumava a mesa para o café da manhã e ouvia os gritos lamentados de Nash. Outra vez caminhou até a porta do quarto do alemão e abriu.

-- Anda logo! O Nash não pode se atrasar!

Mal se retirou e Gerd arremessou sua chuteira contra o inglês, errando o alvo. Após muito barulho, o alemão saiu da cama, vestindo apenas uma camiseta do time de futebol, Bayern de Munique e de cueca. Ele entrou no banheiro e levou um susto por ver Graham Nash ainda no vaso.

-- Mas que porra, Nash! – berrou Müller, irritado e fechando a porta do lado de fora. – Por que não tranca a porta quando vai cagar?

-- Ela tava fechada, seu bastardo! – gritou de volta Nash.

-- Não estava. Mas devia!

-- Por favor, sai Gerd! Eu estou terrivelmente mal.

Não deu em outra. A demora de Nash preocupou os rapazes e decidiram levá-lo para o hospital. Gerd pegou sua carteira e as chaves do carro e Bond carregava Nash, que chorava de dor de barriga e o colocaram no banco de trás e o outro inglês ao seu lado.

Gerd dirigia e ouvia os gemidos do amigo.

-- Deus, acho que não vou agüentar de novo. – avisou Nash, cuja dor era insuportável e a ameaça de liberar tudo é maior.

-- Porra, Nash! Não caga no banco do meu carro! – ameaçou Gerd, parando num semáforo.

-- Segura um pouco que você consegue! – pediu Bond, acalmando o amigo.

Chegaram os três no hospital e de cara Graham Nash foi atendido na emergência. Enquanto esperavam, Bond se distraiu jogando Angry Birds no seu celular e Gerd se recostou na parede e dormiu um pouco, roncando.

Minutos depois Nash aparece na sala de espera, com o rosto pálido e segurando dois papéis.

-- O doutor receitou remédios e vou ficar de cama por uma semana. – disse com dificuldade e respirando fundo, seguiu. – Eu tive intoxicação alimentar.

Gerd pegou a receita.

-- Eu pago, Nash.

-- E eu dirijo seu carro, Gerd. – se prontificou Bond.

Com a compra dos remédios, o trio retornou para o apartamento e viram que ainda o caminhão de mudança permanecia no local, descarregando os móveis. Entraram no apartamento e Nash sentou-se no sofá. Não demorou para os três verem quem eram os novos vizinhos.

E se surpreenderam.

Duas mulheres saíram do carro. Uma era alta, cabelos negros e longos como a noite e usava um par de sapatos Prada e um vestido azul, igual a cor de seus olhos. Sua acompanhante, era completamente diferente. Era baixa, loira e um rostinho de anjo. Possui também olhos azuis e usava uma blusa branca e minissaia e calcava uma sandália delicada. A mocinha segurava seu cãozinho, um yorkshire chamado Zeus.

-- Minha nossa! – exclamou Bond, olhando para a janela. – Rapazes, vejam isso!

As duas mulheres sorriam e observavam o prédio. 

-- Parece um bom lugar, minha lua. -- concordou Louise,  pegando uma tigelinha de plástico e colocando água para Zeus beber.

-- Aqui tem uma boa vizinhança e as coisas daqui são perto da vizinhança. Mercado, bazar, hospital... Tem de tudo. -- respondeu Alice beijando sua amada.

Os rapazes na janela se chocaram. Mas Gerd pareceu se fascinar com elas e não se importando com o beijo. Na verdade... ele se excitou.

-- Pois é, gente.  -- lamentou Nash, tomando remédio e se levantando com cuidado do sofá. 

-- Desperdício de mulher bonita. -- comentou Bond. -- Mas a loirinha tem um popozão...

-- Seria ela a Valesca Popozuda da Europa? -- riu Nash.

-- Parem os dois! Eu quero observar as vizinhas. -- repreendeu Gerd, depois lançando um olhar brilhoso para as vizinhas.

-- Só não esqueça que elas são lésbicas!  -- disse Bond, indo para o banheiro.

Gerd não ligava pois estava fascinado demais olhando as belas vizinhas.

Mais tarde os três almoçaram juntos. Nash era o único que sabe cozinhar e preparou uma massa bolonhesa e almôndegas.

-- Você não vai comer? – Bond comia por dois e Gerd parecia evitar a comida.

-- O médico disse pra evitar comida sólida e temperada. – Nash havia feito uma sopa de legumes para si mesmo. – Gerd, por que está evitando minha comida?

-- Eu... quero perder peso.

Ficou um silêncio e Bond e Nash riram dele.

-- Qual é o problema de comer? – Bond bebia refrigerante.

-- Se for tentar agradar as vizinhas, esqueça. avisou Nash.
O resto do dia foi tipicamente normal com algumas alterações. Nash passou o resto da manhã e tarde trancado no banheiro, Bond se deslocava de um lugar pra outro em busca de emprego e Gerd cada vez mais desesperado nas contas.

E o fim de semana chegou... para o péssimo humor de Gerd. Por sua mania de organização, horrorizou-se com os quartos de Nash e Bond.

-- Mas o que é isso, gente? berrou para os dois ingleses.

Nenhum deles respondeu.

-- Gerd, eu estava  doente e não pude trabalhar a semana toda.

-- Eu tenho uma boa notícia. avisou Bond, alegre. Consegui uma entrevista de emprego.

-- É mesmo? Onde?

-- Numa escola chique no centro de Londres. explicou Bond. Amanhã tenho uma audição pra lecionar música.

-- Espero que você consiga o emprego. Gerd jogou outra caixa na sala, contendo objetos estragados e sucatas. Porque estamos duros.

-- E com certeza vão me descontar na folha de pagamento. disse Nash, ciente.

-- Eu irei na segunda-feira, sem falta.

-- Ótimo! Então hoje vamos limpar essa casa! exigiu o alemão, bravo. Não tolero bagunça.

-- Ok... disseram os dois ingleses, acostumados com a mania do barman.

Quando Bond foi ligar o aspirador, a máquina emitiu um estalo e parou de funcionar.

-- Pessoal! chamou por eles.

-- O que foi? Gerd temia o pior.

-- O aspirador se foi... que Deus o tenha. lamentou Bond.

-- Ele era da minha tia Patti. entristeceu Nash, procurando um jeito de consertar. -- Mas ela nunca mais vai voltar pra pegar.

Gerd quase enlouquecia.

-- Droga! Vou ter que pedir emprestado pros vizinhos!
Ele saiu do apartamento e tentou com uma velha vizinha do lado. Recebeu um lindo não como resposta.

Velha muquirana! pensou o alemão e indo para o apartamento das vizinhas lésbicas. Ouviu uma música de dentro do apartamento e tocou a campainha. Uma delas, a mais alta e morena, atendeu a porta.

 -- Olá, vizinho. saudou Alice, com um sorriso estampado.

-- Olá...vizinha... ele mal conseguia prestar atenção no que dizia por estar mais atento nas pernas da vizinha e principalmente da outra garota, a loirinha baixinha. Ambas usavam shorts, porém, a mais baixa era provocante.

-- Deseja alguma coisa?

Só estar entre suas pernas, pensou o barman e depois respondendo.

-- Meu aspirador de pó quebrou e gostaria de saber se as frauleins poderiam emprestar?

-- Claro. respondeu. Louise, me ajuda a pegar o aspirador.

Elas se abaixaram e pegaram a caixa no qual está guardado o eletrodoméstico.

-- Precisa de mais alguma coisa? indagou Alice ao entregar.

Lulu percebeu algo no vizinho. Um volume se formava abaixo do corpo dele e tendia aumentar mais. Ruborizou-se e mordeu a língua pra não rir.

-- Se tiver produtos de limpeza eu aceito.

Elas trouxeram um balde e algumas garrafas contendo líquido químico para execução de limpeza.

-- Danke, frauleins!

-- De nada. agradeceu Alice, fechando a porta.

Com a saída dele, as vizinhas comentam entre si.

-- Acho que ele gostou de você. disse Alice, guardando os produtos. Viu como ele olhava?

-- Eu vi e também... procurando não rir ao se lembrar da ereção do vizinho. Ele estava se excitando.

-- Por sua causa.
-- Por sua causa! insistiu Lulu, abraçando a amada. Aliás, eu também estou excitada.

-- Bem, nós terminamos a faxina, então...

Elas começaram sua ginástica sexual de forma ardente na cama.

E no apartamento dos rapazes a limpeza acontecia tranquilamente até os gritos das vizinhas serem ouvidos por eles. Foi assim quase meia hora.

-- Essas vizinhas são fogosas. comentou Nash, terminando de lavar roupa e deixando pra secar no varal.

-- E cadê o Gerd? Bond reparou que o alemão só entrava e saía do quarto o tempo todo.

Com o fim dos gemidos das vizinhas, ouviu-se outro e mais audível. Imediatamente entendeu ser do barman.

-- Fazendo sexo consigo mesmo. disseram em uníssono.

À noite os três foram beber no bar onde Gerd gerencia há mais de dois anos. Conversaram sobre as finanças, o controle de dinheiro. Para sorte deles, não havia movimento.

-- Hoje é sábado e ninguém aparece nesta espelunca! reclamou Bond, enquanto verificava seus emails.

-- Só os bêbados e desiludidos como nós. confirmou Gerd, bebendo um pouco de aguardente  no balcão e conversando com os rapazes.

Nash pensou sobre isso e para quebrar o gelo, olhou para os dois e disse:

-- Odeio dizer isso, mas chegamos a ponto de executar aquele plano que falamos há três meses.

Bond tremeu os dedos e Gerd não engoliu a bebida.

-- Vamos rodar bolsinha!

O dono do bar cuspiu toda a bebida, fazendo Bond cair da cadeira de tanto rir.

-- Vai se foder, seu metido liverpooliano desgraçado! Bond mal se agüentava de rir. Nunca que farei isso!

-- Parem! Ninguém aqui vai se prostituir! berrou Gerd, caminhando até o jukebox e selecionando uma música. A menos que não consiga um emprego legal, Bond.
-- Se for assim, alguém deve conversar com o senhorio homossexual, sabem? Pra termos ainda um lugar pra dormir. pediu o inglês gordinho, sentando novamente e mais calmo.

-- Não sou homofóbico nem nada, mas não serei eu a falar com ele. Gerd voltou para o balcão e olhou ao redor. Tudo vazio. E se tiver que fazer pra pagar suas contas, pode pegar as clientes velhinhas de domingo, as que vão no bingo.

-- Eca! Que nojo! exclamou, horrorizado. Não vou virar michê de vovozinhas.

-- Faz quanto tempo que você não trepa? Três anos?  perguntou Nash.

-- Sete.

De novo Gerd botou a bebida fora, chegando a se engasgar.

-- Não transo com ninguém desde a faculdade. justificou.

-- Então trepa com as tias do bingo! insistiu o alemão.

-- E você, Gerd, como sobrevive? indagou Bond. Desde que veio morar na Inglaterra, não te vimos com mulher desde... foi quando, Nash?

-- Vamos ver se eu lembro... Foi há dois anos. E com aquela moça que era modelo e cheirava cocaína. Nash ria por se lembrar de Meg Johnson, a ex-namorada inglesa problemática de Gerd.

-- Mas tinha também a Darlene... lembrou Bond.

-- Ela parecia um homem. se defendeu o barman. A única que me era decente era a Felicity! Ela está feliz e ainda somos amigos.

Os dois amigos se calaram e encararam Gerd com suspeita da resposta dele. Antes de algum deles dizer algo, a porta do bar se abre, entrando um quarteto de mulheres e sentando perto do jukebox. Bond olhava para a moça que não sorria mas falava um pouco de sotaque francês. As outras riam e falavam ao mesmo tempo.

-- Tão linda... disse para si mesmo. Não merece ficar assim.

-- Por que não vai falar com ela? Nash tentou incentivar o amigo.

-- Diz que a bebida desta vez é por conta da casa. disse Gerd, entregando as bebidas para Bond. Leve para elas. Vai!

Ele fez o combinado mas para a francesa foi bem gentil.

-- Para você.

-- Oh! se surpreendeu. Muito obrigada.

-- Por conta da casa! Bond sorriu e as garotas olharam para o barman, retribuindo a gentileza.

-- Sou Marie. ela cumprimentou Bond.

-- Graham Bond. Aquele cara ali no balcão e acessando a internet é o Graham Nash. E o dono do bar é o...

-- Eu sei quem é. sorriu a francesa. Por favor, sente-se aqui.

Bond olhou para Nash e o mesmo fez sinal para aceitar. Ele aceitou e se tornou mais amável.

-- Então, o que aconteceu?

-- Meu namorado terminou comigo e pra contribuir, fui demitida! Marie chorou mais no ombro de Bond e foi consolada.

Nora e Ana dançavam com a música do jukebox e Fefe se juntou a Nash no balcão, bebericando seu Martini e desabafando com Gerd.

-- ... E foi bem assim. Pete foge de mim e dos filhos. Não paga pensão pra eles, não contribui pra nada. reclamava a galesa. Ainda bem que não preciso dele. Mas se ele aparecer, sou eu vou pegar a guitarra dele e enfiar naquele lugar.

-- Devia intimar esse cara, pra arrancar uma grana preta e... parou de falar ao olhar para Nash. Não está assistindo o Netflix?

-- Eu cancelei. lamentou Nash. Preciso quitar a fatura do meu cartão de crédito e desbloquear. Amanhã vou ligar pra central.

Mais duas horas depois era hora de ir embora.

-- Bem, então vou indo embora. se despediu Marie e sacando algumas notas de dinheiro. Espero que isso te ajude a pagar suas contas.  Vamos meninas?

-- Vamos nessa! concordou Fefe. Quando puder, passe lá no salão. Nem que seja pra cortar esse cabelo... e tirar a barba de Rasputin do Bond.

-- Tchau rapazes!

-- Tchau meninas!

Assim que as jovens se retiraram, Nash desligou o note e o guardou na bolsa assim como Bond terminou sua bebida e Gerd já desligava o jukebox.

-- Meu cabelo me dá sorte! garantiu o gordo inglês.

-- Aham, sei... mesmo com Nash duvidando.

-- Será que seus piolhos não afetaram seu cérebro? Gerd ironizou o amigo e acabaram rindo de tudo.

Neste momento uma dupla de mulheres estava parada na porta.

--- Ainda estão abertos? indagou a mais alta.

-- Já era, senhoras. Fechou o bar. avisou Nash.

Gerd viu quem são as moças. Justamente suas vizinhas, as lésbicas como seus amigos a chamam.

-- Mas para vocês... abrindo a porta e dando entrada para elas. -- Posso fazer uma exceção.

Elas sentaram no balcão ao lado dos dois ingleses.

-- Vocês são? perguntou Nash.

-- Eu sou Alice, jornalista e esta é minha companheira, Louise.

-- Sou artista. sorria a loirinha.

-- Então como vocês se mudaram para cá, podem pedir o que quiser. servindo a bebida para ambas. -- Por conta da casa.

Elas agradeceram e beberam junto com eles.

-- Eu posso perguntar uma coisa para vocês? o técnico de informática não agüentava a curiosidade.

-- Pergunte logo. incentivou Alice.

-- Vocês são lésbicas?

Gerd tossiu e Bond queria se esconder. Não acreditava que Nash tivesse  capacidade pra isso.

-- Bissexuais. respondeu a mulher de cabelo preto. -- Somos o B do LGBT.

-- Gostamos de mulheres.  E também de homens. concordou Louise.

-- E vocês estão solteiras? desta vez Bond indagou.

-- Estamos juntas.

-- Mas existe um... Nash não conseguiu terminar a pergunta.

-- Rapaz no meio? completou o alemão.

-- Eu não tenho.

-- Estava noiva de um cara há três anos... E ele me deixou. E depois conheci um italiano lindo... mas o cara não valia um xelim. esbravejou Louise e ficando mais calma.

-- Safado! Alice se lembra do fato e abraçou sua amada. Enfim, estamos juntas, vivendo e nos amando.

A maior alegria daquela noite foi sanar a cruel dúvida da sexualidade das vizinhas. Nash comemorou internamente, Bond pensou em muitas... sacanagens. Já Gerd... Só faltou soltar rojões para comemorar.

-- Está tarde. avisou Alice. Amanhã podemos vir?

-- Com certeza! vibraram os três.

-- Então até amanhã, rapazes! se despediu Louise.

-- Até...

Na volta pra casa, os três sentaram no sofá, felizes.

-- ELAS NÃO SÃO LÉSBICAS! disseram juntos.

-- Mas esse dinheiro... Bond mostrava as notas. Dá pra pagar água e luz?

-- Acho que sim...

Já o problema da falta de dinheiro, eles teriam que enfrentar...