sexta-feira, 26 de junho de 2015

We Belong Together (Oneshot - What If Grindhouse Parte 8)

Boa noite pessoal!
Uma boa madrugada e fiquem com a gigantesca leitura da parte 8 da saga vampiresca e temos NC-17 de McGuller! Boa leitura!

Parte 8

Todas elas caminharam até a fronteira, ouvindo o som emitido da flauta de Ronnie Peterson, sem saberem da armadilha preparada. Caso o vampiro sueco encontrasse Odile, ele se livraria das outras mulheres de duas formas: atirando todas ao mar ou simplesmente despachando-as para a Ilha das Mandrágoras. Apenas duas ele poupará em proveito próprio. E elas são Rosie Donovan e Louise McGold. Esta última era especial para ele. A sua cliente favorita na taverna gerenciada por ele. Sempre soube dos segredos dela e na época quando ela era casada com conde, ouviu seu desabafo sobre a paixão proibida pelo amigo dele. E agora ela estava com ele definitivamente. Apenas quando estiver com Louise em seus braços, estará disposto a matar Gerd da pior maneira possível e de preferência fazendo com que a própria Louise assista. Quanto a Rosie, observava a loba em uma de suas andanças pela floresta e sempre admirou ela. Os cabelos vermelhos, os olhos verdes, a austeridade e força dela foram o bastante para adquirir um desejo ardente.
Contudo, ele soube do envolvimento proibido entre a loba e o vampiro boêmio George Best, causando dissabor extremo. Já bastava perder Louise, agora Rosie?
O vampiro norte irlandês é outro que merece ser morto, desta vez sendo devorado pela planta carnívora Caríbdis e ainda tendo seus ossos cuspidos, servindo de enfeite para a entrada na Ilha das Mandrágoras.

-- Minhas queridas... – Saudou o sueco de forma agradável para elas e volta e meia acariciando-as. – Qual de vocês é Odile Greyhound?

Nenhuma delas respondeu e Ronnie analisou cada uma e entrou em desespero interno. Se falhasse, Niki não o perdoaria.

-- Se nenhuma de vocês é Odile, então onde ela está? – Voltou a indagar e mais uma vez, sem respostas.

Não acredito que falhei e ainda Brigitte me humilhará, pensou Ronnie e agora teria de se livrar daquelas mulheres antes que o encanto musical desapareça ou seus cônjuges dêem por falta.

No castelo, Odile e Franz se acordam e ficam aos beijos e carinhos trocados debaixo do cobertor. A paixão aos poucos tomava conta dela e ainda mais pelo conde. Os braços dele sem dúvida lhes transmitiam algo, um calor, uma proteção. Segurança. Com Niki era muito pouco e com conde lhe pareceu uma ternura doce.

-- Seus lábios são frios. – Disse Odile com a voz baixa.

-- E os seus são quentes. – Franz sorria para a amada e continuava o beijo.

-- É o que dizem. – Ela o beijou no rosto e o abraçando. – Mãos frias, coração quente.

Ainda entregues ao carinho, Franz ouviu alguém descendo as escadas e depois um chamado desesperado. Pela voz reconheceu ser de seu amigo, Gerd.

-- Franz! – O vampiro caçador abriu a porta, deixando o conde e Odile um tanto surpresos. – Me ajude! Louise sumiu!

-- Ela não está nas masmorras?

-- Não. Ela estava em meus braços e de repente ela se levantou e sumiu...
Vendo a gravidade do problema, Franz resolveu ajudar o amigo. Se levantou rápido e vestiu a calça e os sapatos e beijando Odile.

-- Descanse, minha raposa. Eu já volto! – E ele saiu do quarto, fechando a porta e Odile se deitando, desejando mentalmente que nada lhe aconteça de mal.

Na saída do castelo, depararam- se com Bobby Moore, o líder da alcatéia e da Ilha dos Lobisomens e seus súditos. Até mesmo George Best o vampiro e Davy Jones, seu ex-comandado que se rebelou e seus amigos lobos.

-- Franz, aconteceu algo. As mulheres desapareceram! – Disse o líder, um tanto nervoso.

-- Levaram a Dianna!

-- Emma!

-- Alana, minha loba!

-- Eu mal recuperei a Erin, agora some de novo! – Berrou Peter.

Manuel Neuer, juntamente com Michael Palin, Christopher Romanov e Paul Breitner também se apresentaram na aglomeração.  O caçador estava pouco apresentável, como se tivesse caído da cama de modo repentino. Paul percebeu que era ele o centro das atenções e tentou dar uma desculpa.

-- Antes que me questionem, sim, estava com Anastacia e quase fazendo amor. E ela saiu caminhando até sair de casa.

-- Alice a seguiu e pedi pra ela voltar e não meu ouviu! – Falava Palin, desesperado.

-- FOI AQUELE DOUTOR HOLANDÊS CHARLATÃO! – Gritava Manuel, enfurecido por ver sua esposa parando o ato de amor com ele e sair da fazenda, apenas de roupão.  – EU VOU MATAR ELE!

Christopher se encontrava quieto depois da revelação de Paul e o mesmo percebeu também que todos o olhavam de modo estranho.

-- Ok, eu estava mesmo fazendo amor com Anastacia! Pronto! Até parecem que nunca fizeram amor com suas amadas!

-- QUIETOS! – Ordenou Moore. – Todos aqui estamos desesperados. Nossas mulheres sumiram e não sabemos como aconteceu.

-- Ou o quê aconteceu. – Disse Mike Nesmith, o lobo, um pouco enciumado por estar junto com Gerd e Palin, respectivamente o ex-marido e atual marido de Alice.

Depois ouviram uma música calma ecoando na floresta. Christopher foi o primeiro a sentir pequenas fisgadas no ouvido.

-- Está tudo bem, Chris? – Questionou Palin, notando o lobo um pouco estranho.

-- Sim... – Disfarçou. – Só uma coceira no ouvido.

À medida que eles seguiram, a música ficava mais forte e mais alguns minutos de caminhada conseguem enfim chegarem a uma parte da floresta, que leva para a Ilha das Mandrágoras. Franz e Bobby pararam ali na entrada para ouvir a música. Realmente linda a melodia. Gerd foi o primeiro a avistar as mulheres e Louise, sendo abraçada por Ronnie.

-- Ursinha! – Gritou o marido de Louise, ultrapassando a entrada e correndo em direção deles.

-- GERD, SAIA DAÍ! – Franz tentou alertar o amigo do perigo ao entrar naquela ilha.

Ele segura o amigo a tempo.

-- Me solta, Franz! Minha mulher está lá!

-- Eu sei, mas estamos bem na entrada da Ilha. Se essas mandrágoras acordarem, vão gritar a ponto de estourar nossos tímpanos. – Ainda segurando o amigo, reclamou. – Onde será que Sepp se meteu?

-- Enquanto vocês se perguntam o que elas fazem aqui, aproveitem a bela música e sofram! – Disse Ronnie, maleficamente e tocando a flauta mais uma vez.

Os homens começaram a sentir dores insuportáveis e alguns até começaram a sofre de alucinações e enfraquecimento. Ronnie aproveitou disso e de modo covarde, atacou cada um deles e emitiu uma risada alta, indicando sua vitória.

Na casa de Ana, Nora e Sepp mais uma vez estavam se amando por completo, na desculpa de recuperar o tempo perdido em decorrência da maldição aplicada por Felicity.

-- Nora! Abra a porta! – Gritou Lyanna sua avó, batendo na porta.

Sem respostas. A neta e o noivo estavam tão envolvidos no ato que não ouviram as batidas insistentes na porta e nem a música hipnotizadora. Não vendo outra escolha, a avó de Nora abre a porta, assustando o casal de gatos amorosos.

-- Ai! Vovó! – Se encobrindo no cobertor. – Não bateu na porta, é?

-- Bati e como sempre não ouviu! – Se aproximando do casal. – Está acontecendo algo de errado. Hoje Christopher, Palin e Paul Breitner saíram para procurar Vivian, Alice e Anastacia. Elas desapareceram.

-- Mas como? – Nora se levantou e vestiu um roupão.

-- Hoje mesmo ouvi uma música, vinda da fronteira das terras do conde e da Ilha dos Lobisomens. Misteriosamente as mulheres ouviram e seguiram seduzidas por ela, abandonando seus maridos.  – Dizia Lyanna olhando pra janela.  – Temos de fazer algo pra impedir.

-- Como faremos? Nem temos idéia.

-- Essa música parece afetar mulheres vampiras, lobas e humanas. As bruxas não são afetadas então temos vantagem. Venha comigo para a câmara. E você também, Sepp!

O vampiro, já vestido, caminhou com Nora até o quarto especial chamado de câmara das poções, onde Nora, Lyanna e suas aprendizes fazem poções, práticas e conjurações de palavras mágicas e afins.

-- Verifiquei aqui no livro sobre hipnose e música e descobri o seguinte: Soa como na história do Flautista de Hamelin. Quando o flautista tocava, atraia os ratos de todos os cantos e os levava para a beira do precipício. Apenas um rato não ouviu a música por diversas versões.

-- Neste caso, temos de criar uma poção pra elas não ouvirem?

-- Na verdade, para eles. – Apontando para Sepp, que começou a passar mal.

-- Katze, o que você tem?

-- Essa música... – Ele gemia de dor e tampava os ouvidos. – Ta me deixando louco.

Lyanna olhou para sua estante de frascos e pegando um de coloração azul, borrifou um pouco no vampiro, que parou de gemer.

-- O que aconteceu? – Se questionou, voltando ao normal.

-- Era o que pensei. – Mostrou o frasco transparente para Nora e Sepp. – O som da flauta também causa dores e alucinações nos homens, até mesmo pode levá-los a morte, seja por suicídio ou matando uns aos outros.

Antes mesmo de preparar a poção, Primus traz mais duas pessoas: Peter Tork o feiticeiro e sua amiga alquimista Renée Chapelle.

-- Quem são vocês? – Lyanna observava mais a jovem com metade do rosto encoberto.

-- Sou Renée Chapelle.

-- E eu sou Peter Tork. – Apresentou-se o feiticeiro, um pouco atrapalhado. – Viemos aqui para ajudar a criar a poção contra essa música. Não fui afetado e nem a Renée e a casa de Ana é mais perto.

-- Bem, já temos aqui. – Mostrou Nora o frasco.

-- Mas é pequeno e insuficiente. – Resmungou a alquimista. – Peguem uma garrafa maior, vou fazer a transmutação.

Enquanto Lyanna e Nora procuravam uma garrafa vazia, a alquimista desenhava na mesa uma cobra engolindo sua cauda e uma estrela no centro. Nora encontra o objeto e entrega para a moça, que deixa bem no local do desenho e rezando baixinho em latim, ergueu a mão com o símbolo do Ouroboros e depositou na mesa num estrondo.

De modo mágico, o frasco e a garrafa somem e uma pequena barreira de energia deu a forma de um objeto maior e contendo o mesmo liquido azul, só que maior quantidade. Terminado o ato mágico, ela pega a garrafa e entrega para Nora.

-- Está feito. Leve para aqueles homens!

Nora entregou para Sepp a garrafa e este correu o mais rápido que suas pernas permitiam e conseguiu alcançar a Ilha das Mandrágoras. O vassalo então viu uma cena assombrosa. Os homens estavam sofrendo de dor e gemiam e gritavam alto. Peter também chegou à entrada da Ilha e viu seus amigos sofrendo demais. Mike e Micky lutavam entre si, Davy se retorcia de dor. Sepp se aproximou dos seus amigos e viu Franz desmaiado, Gerd sufocado e com os olhos rubros e o rosto vermelho. Bobby Moore uivava tamanha dor e Paul e Ringo brigavam contra sua vontade. George Best estava estirado no chão, com a cabeça sangrando.

As mulheres se encontravam impassíveis com tudo. Praticamente em suas mentes elas não ouviam os gritos deles e Ronnie seguia tocando a flauta, sem saber da presença do vampiro e do mago.

-- Vamos agir rápido! – Disse Sepp, jogando um pouco da poção em cada um deles.

Depois dos amigos e aliados de Sepp, foi à vez de Peter jogar o restante em seus amigos. Todos eles se recuperaram aos poucos.

-- Sepp... – Acordava Franz e se levantando com dificuldade. – Onde... estava?

-- Com minha Katzchen! Mas estou aqui!

Já recuperados, Gerd e George Best, enfurecidos, emitem um grito, chamando atenção de Ronnie. Já com os caninos pontudos e olhos vermelhos, eles correram até o seqüestrador e lutaram, mesmo com Ronnie se defendendo.

-- Malditos! – Exclamou. – Vão morrer sob a bela música.

Antes de tocar mais uma nota, uma flecha de prata atingiu sua mão direita, causando ardência e derrubando a flauta. Rapidamente Gerd pegou o objeto e quebrou ao meio, atirando para a boca de Caríbdis.

O homem que atirou se revelou na entrada sendo George Harrison, um mago que vive na Ilha dos Lobisomens e é namorado de Mary Anne McCartney.

-- Seus imprestáveis... – Resmungou Ronnie, agora sendo levado pelos dois vampiros e postado de frente para os dois líderes.

-- DESMEMBREM O VAMPIRO! – Ordenou os dois.

Davy arrancou o braço direito dele, Mike o socou fortemente, Micky arranca a perna direita. Peter e Sepp optaram por não participarem. Christopher aplica mais alguns golpes no sueco junto com Gerd e Best. Antes de Macca arrancar o braço esquerdo, Ronnie gritou.

-- Mesmo que me matem, não vai adiantar. A guerra será iminente! – Disse por fim e depois o restante se horrorizou ao ver o que ele fazia.

Ronnie arrancou o próprio olho e mostrando ao conde.

-- Este olho... – Falava com dificuldade. – Levará a mensagem ao barão. Ele saberá que você está... cof cof... com Odile.

Em seguida o olho some rapidamente num tele transporte. Ainda mais raivosos, os vampiros e lobos deixaram Ronnie de frente para Paul Breitner, agora armado com a besta usada por Harrison e colocando a flecha prateada no suporte, rezou.

-- Que Deus tenha piedade de sua alma, nosferatu! – Disse e finalizando com a flechada bem no coração do vampiro taberneiro, atravessando o corpo dele.

Ronnie caiu duro no chão e foi carregado por Gerd e Best, preparados para jogar o vampiro para a planta carnívora.

-- Isto é pela Rosie!

-- Isto é pela Louise, minha ursinha!

E eles jogaram o corpo dele para a boca de Caríbdis, encerrando a luta. As mulheres aos poucos saíram do transe musical e cada uma reencontrou seu amante. Na casa de Ana, Melisandre se encontrava furiosa por saber que o plano de Ronnie de se livrar das mulheres não deu certo. Cada vez mais a missão de matar Felicity McGold estava mais impossível.

-- Se eu não tiver aquele fazendeiro, ninguém terá...

Bobby carregou Marianne em seus braços, aos beijos. Best e Rosie  praticamente optaram em ficar no rio. Davy levou Dianna para a mansão, juntamente com Peter e Erin, Mike e Alana, Micky e Emma. Gerd carregou Louise, que estava fraca demais.

-- Ursinho... – Ela falava devagar. – O que... aconteceu?

-- Depois te conto. – Beijando a testa dela. – Agora durma, Lady Porquinha!

-- Só se dormir... comigo... Der Bomber... – Adormecendo nos braços dele e sendo levada para o quarto.

Franz subiu as escadas rapidamente e entrou no quarto.

-- Odile! – Acordando a francesa.

Ela por sua vez ouviu a voz dele e se levantou, vendo o estado dele. Tão cansado e ferido.

-- O que aconteceu?

-- Resgatei Louise... – Respondeu rindo. – E agora estou aqui... só... pra você.

Ele caiu na cama e adormeceu. Odile o ajeitou ali e ainda cuidou dos ferimentos dele e depois voltou para a cama, abraçando seu conde, para transmitir carinho e atenção. Aos poucos a imagem de Niki esta se esvaindo da mente, dando lugar ao conde Franz, tão amável.

Paul carregava Ana nos braços e foi cuidada por Nora e Lyanna.

-- Eu não sei como fui parar naquele lugar. – Dizia Ana tomando água.

-- Você foi hipnotizada pela música que o vampiro sueco tocava na flauta mágica. Como na história do flautista de Hamelin, só que atraia mulheres. – Respondeu Nora.

Aquela noite terminou tranqüila para todos os casais... Aparentemente.

Ainda na Romênia, mesmo castelo onde atacaram, Niki observava a lua, pensando em Odile e procurando respostas. A porta do seu quarto abre-se, com a necromante Brigitte entrando.

-- Barão!

-- Noticias de Ronnie?

-- Sim. – Mostrando o globo ocular arrancado do vampiro sueco.

Niki pegou aquele olho e imediatamente sua mente foi invadida com imagens e cenas de tudo o que ocorreu. Desde o momento que o sueco seqüestrou as moças, até os amantes aparecerem para detê-lo. E também Ronnie confrontou diretamente um vampiro diferente dos outros, mais ágil, esperto e com ataques mais precisos. Reconheceu o nosferatu. Era o filho do conde Beckenbauer, que ele conheceu meses atrás no baile de aniversário dele. Rapidamente Niki captou a mensagem secreta:

Foi ele. O conde levou Odile para seu castelo e a mantém com ele, em Munique.

Terminado a mensagem, o barão entendeu o resto das imagens e caminhou de um lado para outro, demonstrando insatisfação. Neste momento aparecem François Cevert e Jackie Stewart, bebendo uma taça de sangue.

-- Barão, está tudo bem? – Indagou François.

-- Não está! – Respondeu, furioso. – Primeiro mandei aqueles lobos alemães, os irmãos Kroos para investigarem para mim sobre Odile. Eles falharam. Depois ordenei a Ronnie Peterson localizar minha amada. Ele consegue, mas acaba derrotado pelos outros vampiros e lobos. E agora descubro uma coisa. Odile está com o conde. Justamente o CONDE BECKENBAUER!

Ao dizer isso ele joga a taça no chão, mostrando mais fúria e ainda socando as paredes do castelo, assustando seus comandados.

-- AMANHÃ IREMOS A MUNIQUE!

Os vampiros receberam a noticia como uma grande vitória. James Hunt que até então descia as escadas para beber com o barão, ouviu toda a conversa e também comemorou. Na verdade, desejava ir a Munique para ter aquela moça. Não a francesa e sim a linda vampira de cabelos louros como o sol. Sem dúvida ela se parece com sua antiga esposa, morta há 80 anos. E agora surge aquele pequeno sol adolescente, um ser maravilhoso. Porém, ela está com outro. Um vampiro grande e forte, muito protetor a ela.

-- Ainda vou ter você em meus braços... – Comentou enquanto sorvia mais um gole de vinho. – Suzie... Minha Suzie!

Semanas antes do seqüestro...

Amanhece em Munique e o trem aos poucos parava na estação. Neste momento Marie desembarca apressadamente e acaba trombando com um homem alto, cabelos negros e olhos castanhos. Ela derrubou a mala e o livro de Bond e o rapaz, atencioso, pegou e devolveu a garota.

-- Pardon. – Disse Marie.

-- Scusami. – Respondeu o rapaz em italiano.

A francesa viu em seus olhos um brilho especial nele. Algo que ela viu uma vez em Bond e agora o italiano possui. O mesmo ocorreu nele. Quem era a criatura a sua frente, tão bela e meiga? Seu coração iniciou batidas fortes e de alguma maneira queria ficar perto dela.

-- Me desculpe... – Ela segurando o livro e a mala, seguiu para fora da estação, ainda levando a imagem do italiano atraente em seus pensamentos.

Ela consegue um abrigo no albergue perto da clinica dos Johans e como forma de pagar por sua estadia, passou a trabalhar na floricultura, onde vende bem as flores de lá. E isso foi por quase uma semana. Até certo dia, um cliente entrou e fez um pedido a Marie.

-- Com licença. – Pediu o cliente com sotaque italiano e Marie não encarando o sujeito por estar arrumando um buquê de flores.  – Eu quero uma rosa vermelha.

Ela pega umas rosas e ao apresentar para o freguês, se depara com o mesmo rapaz gentil na estação, com que teve o dissabor de derrubar suas coisas nele.

-- Você!—Ela sorriu um pouco constrangida – Quero dizer que sinto muito pelo ocorrido.

-- Está tudo bem, La mia esistenza. – Falou o rapaz sem pensar.

-- La mia esistenza?

-- Oh me desculpe... Eu sou Andrea Pirlo. – Apresentou-se.

-- Marie Greyhound. Prazer em conhecê-lo. – Tendo sua mão beijada por ele.

Ali nascia uma pequena relação entre vendedora e cliente. Todos os dias Pirlo a visitava e ficava conversando sobre sua vida e seus planos. Às vezes saiam juntos pelas ruas de Munique e no parque. Após alguns encontros, resolveu fazer um piquenique na floresta na parte da tarde, pelo fato de Marie estar de folga. Ali desfrutaram da maravilhosa tarde e algumas taça de vinho depois, aconteceu o beijo dele. O primeiro. Marie gostara de sentir aqueles lábios grossos do italiano, que a beijava com tanto ardor e a língua dele tocava os seus lábios com certa luxuria.

-- Pirlo... – Ela parou o beijo, recuperando o fôlego. – Não sei se posso. Perdi meu namorado pouco tempo. Ele salvou minha vida.

-- Tenho de agradecê-lo, porque ele salvou a minha razão de viver.

Mal terminando a frase e mais uma vez ele a beijou mais ardentemente, causando mais desejos na menina francesa, permitindo enfim o italiano em sua vida. Mais uma vez Marie Greyhound conhece a verdadeira felicidade nos braços de um homem chamado Andrea Pirlo.

No quarto do albergue, outro italiano está na cidade. Ao contrário do conde de Turim, Pirlo, este outro é um soldado. Condecorado e experiente. Porém, foi dado como morto para seus companheiros e desde então não conseguiu retornar a Roma. Decerto sua esposa e seus filhos o esqueceram. Todos o esqueceram. Munique se tornou seu lar agora. Antes fosse um lugar temporário para abrigar um soldado ferido e perdido de sua pátria, agora se tornou sua casa. Ele vivia ali com eles quase 1 ano e trabalha como lenhador e restaurador de peças antigas para museus.  E Gianluigi Buffon também se lamentava de algo: ainda não encontrou sua “belladona”. A mulher que vive aparecendo em seus sonhos mais proibidos. Ela que se tornou sua motivação para viver na cidade e persistir na sobrevivência.

-- “Belladonna”...-- Ele suspirava cansado. – Quando a terei em meus braços? Quando serás minha? Oh minha belladona eu realmente preciso de você, saber se existe mesmo ou se és uma alucinação de meus pensamentos...

Embora se convencendo que a “belladonna” não exista, no fundo ele a deseja mais que tudo no mundo. E Gianluigi não desistirá dela tão fácil...

Tempo Atual...

A noite veio com o mesmo frio alemão visto no começo do mês. Louise se acordou aos poucos e notou que o marido não estava na cama e ela ainda estava com a roupa do dia anterior. Como Sepp se encontrava na casa de Ana, ela mesma preparou seu banho quente e depois do banho se vestiu e foi procurar o marido, encontrando-o no campo afastado do castelo, onde ele cuidava de Ferdinando, seu cavalo, que ganhou de presente de Anthony McGold, o pai de Louise.

Percebeu a presença da esposa e se aproximou dela.

-- Não era pra acordar agora. – Disse ao beijar Louise. – Precisa se recuperar da noite passada.

-- Pra falar a verdade, não me lembro de nada. – Disse a vampira piscando os olhos, para retirar o restinho de sono.

-- Ontem você saiu do castelo, junto com outras mulheres. Todas seguindo uma música de flauta.

-- E quem fez tal ato?

-- Um sueco chamado Peterson.

Quando Gerd disse o nome, lembrou-se do taberneiro charmoso que ela o visitava toda noite no castelinho abandonado, na época em quem sofria de amor pelo marido. Naquela época, Louise estava com o conde e Gerd noivo de Alice. Ronnie foi sem dúvida sua válvula de escape para o amor platônico dela.

-- Antes que brigue outra vez comigo... – Louise estava com medo de outra discussão com o marido mesmo assim resolveu contar. – Eu conhecia Ronnie.

-- Ronnie?

-- Ronnie Peterson. Ele é o dono da taverna perto daqui, num castelo abandonado e pequeno.

Gerd não sabia bem o que dizer sobre a revelação. De certo modo, quando era casado com Alice, às vezes saia escondido do castelo para seguir Louise e varias vezes a viu indo para a taverna e permanecia por horas, outras vezes ela optava em se banhar no riacho, dando ao vampiro caçador uma visão belíssima dela própria como veio ao mundo.

Novamente o silêncio pairou entre eles. Gerd continuava a cuidar de Ferdinando e depois lançou um olhar para a amada. Louise se encontrava quieta demais.

-- Você e o Ronnie... vocês...—Não conseguiu perguntar direito por conta de Louise.

-- Não tivemos nada. Só conversava com ele.

-- E com o vampiro anão?

-- Davy é meu amigo e sempre será! – Afirmou Lulu, olhando firmemente para o marido. – Até hoje queria saber quem provocou a expulsão dele. Ainda não acredito que por conta da amizade dele com aqueles lobos americanos e o feiticeiro provocaram isso.

Neste momento Gerd desviou o olhar e seguiu no tratamento do cavalo, ao mesmo tempo se lembrando do dia mais desagradável de sua vida...

FLASHBACK ON

A noite prometia para Gerd. Havia feito uma ótima caçada e ainda cumpriu sua promessa a Alice. Ele trazia um humano morto para ele e a noiva se banquetearem e antes de levar ao castelo, avistou ao longe Louise e Davy Jones, conversando e correndo como duas crianças.

--  Maldito vampiro...—Resmungou para si mesmo.

Era claro que desde a inserção do vampiro no castelo, Gerd não gostara disso. Por vezes resmungava e brigava com Alice.
-- Qual o problema? – Perguntava Alice, terminando de beber o sangue do cadáver colocado na mesa. – Eles são amigos. E se dão muito bem.

-- Ele é encrenqueiro. – Respondeu, irritado e incomodado. – O conde não devia deixar eles tão próximos.

-- Davy é uma ótima pessoa. Por favor, pare com isso.

-- CHEGA! – Gerd se retirou da mesa e indo para o quarto.

Abriu um pouco as cortinas e viu ainda os dois vampiros amigos, mais alegres. E isso se repetiu por mais alguns dias. Houve um dia que ao descer as escadas com Alice, ouviu uma música sendo tocada na vitrola e em seguida viu os dois dançando na sala.

-- Gerd, vamos dançar juntos com eles? – Convidava Alice, com vontade de seguir os passos deles.

-- Deixe-os! Logo o conde vai puni-los!

No outro dia, foi considerada a gota d’água. Poucos metros de chegar ao castelo notou um leve movimento no campo. Seguindo para lá, viu ali a cena que fez seu coração pesar tamanha era a decepção. Davy e Louise... se beijando de forma ardente e por vezes as mãos dele acariciando o rosto angelical de Lulu.

No castelo não conseguiu fazer amor com Alice e evitou chorar na frente da noiva. A imagem de sua amada vampira loira sendo beijada por Davy ainda lhe doía no coração. Na outra noite, resolveu acabar com isso e seria denunciando ao conde.

-- Franz! – Ele abriu a porta, entrando no escritório. – Preciso falar com você.

-- Por favor, se for insatisfação com Alice, me deixe fora disso. Deu trabalho pra conseguir uma noiva decente pra você e ai vem mais problemas?

-- Não é isso... – Respirou fundo e novamente prosseguiu. – Louise e Davy Jones se beijaram!

Ao ouvir isso, Franz apertou demais a taça, estilhaçando em sua mão e os olhos adquirem a cor rubra, por conta da raiva. Imediatamente agarrou o pescoço do vampiro e o ergueu, deixando Gerd quase sem ar e indefeso.

-- SEU PARVO! COMO OUSA ME DIZER UMA COISA DESSAS? MINHA NOIVA NÃO!

-- Fra... Franz! – Gerd mal conseguia falar e tentava aplicar algum chute, mas as forças lhe faltavam.  – Estou... implorando...

Ele soltou o amigo no chão, que respirava pesadamente.

-- Estou dizendo a verdade. Eu os vi ontem no campo.  – Franz ainda estava irado e jogou a taça quebrada no chão, demonstrando mais raiva.

-- Saia daqui, Gerd! – Ordenou o vampiro.

Ele se retirou e do lado de fora, Gerd sorria. Agora não haveria escapatória para Davy...

Na outra noite, Louise havia se banhado no rio e ao retornar no castelo se depara com o conde surrando Davy de forma brutal.

-- CONDE! – Ela gritou e correu para socorrer o amigo. – PARE!

-- SAIA DE PERTO DELE, LOUISE! – Bradou Franz, enfurecido. – Este vampiro vai ser punido da pior maneira!

-- Mas o que ele fez? – Indagava a vampirinha loira, olhando para Alice e Sepp que não puderam fazer nada.

-- E ainda pergunta, sua tola? Tentando fingir que não sabe de nada? Ele desobedeceu nossas regras! Uma delas é cobiçar a esposa alheia e ainda se juntar aos lobos que vivem na ilha sem meu consentimento!

-- Eles são meus amigos! – Disse Davy, cuspindo sangue e se recompondo.

Antes de o conde aplicar um golpe no vampiro, Louise agiu rápido, ficando na frente dele, no intuito de proteger seu amigo.

-- Eu imploro por clemência! – Ela chorava e ao mesmo caiu de joelhos para ele. – Poupe Davy Jones. Eu faço o que você quiser, mas deixe meu amigo livre e vivo!

Gerd observava tudo atentamente e pela primeira vez sentiu pena de Lulu. Por mais fosse seu desejo de expulsar o vampiro menor, não queria de modo algum prejudicar a vampira amada. Por um segundo sentiu vontade de abraça – lá e transmitir conforto e amor para ela.

Franz abaixou a mão e levantando Lulu do chão, olhou para Davy e disse calmamente.

-- Tens uma amiga e tanta... Mas seu azar foi cobiçar minha noiva! – Em seguida aplicando um soco em Davy, fazendo-o se desequilibrar. – Como prova da minha clemência, neste momento ordeno que saia do meu castelo e de minhas terras, Davy Jones! Nunca mais colocará os pés aqui!

Davy olhou para Lulu. Ela estava muito assustada e ela correu até o amigo e o abraçou.

-- Vá para a Ilha, meu amigo! E se o conde se vingar, tentarei impedir!

-- Obrigado, Louise! – E ele se transformou em morcego, voando em direção ao oeste.
Alice tentou ajudar Lulu, mas esta recusou e ainda jogou na cara a acusação.

-- Ainda provarei que foi você! – Resmungava Lulu, mostrando fúria.

-- Não fui eu! – Alice tentava se defender. Mesmo não gostando do modo prepotente da loira, ela procurava evitar qualquer problema com a noiva do conde.

-- Não foi Alice, minha cara! – Avisou Franz, puxando Lulu pelo braço.

-- Então quem foi?

Houve silêncio por breves segundos.

-- Me diz!

-- Isso não lhe interessa e agora vá pro seu quarto!

Ela subiu as escadas, ainda demonstrando indignação para com casal. Naquele momento Gerd sentiu medo do seu amigo conde...

FLASHBACK OFF

Apesar de tudo, Gerd se sentiu aliviado por saber que Davy não voltaria para o castelo, ao mesmo tempo percebeu tarde demais que o beijo foi dado de forma inconseqüente pelo casal de amigos. Davy ama uma moça chamada Dianna, no qual acabou transformando em vampira. E Louise ainda tinha o amor platônico não pelo conde e tampouco pelo vampiro menor. E tudo isso ele esclareceu quando a loira o salvou do ataque dos caça vampiros e mostrou todo seu amor. Quando foi falar com Louise, ela não estava mais no campo.

Montou em Ferdinando e saiu à procura dela. Deduzindo que ela tenha voltado ao castelo, resolveu levar o cavalo até o estábulo. Chegando lá, colocou-o no devido lugar, junto com Bismarck e Andrômeda. Antes de sair, avistou uma pequena silhueta deitada no feno. Aproximou cuidadosamente e reconheceu através da janela semi aberta sua esposa. Se deitou com ela no feno.

-- És tão linda e ainda és minha... – Ele sorria enquanto fazia carinho na esposa.

Louise rejeitou o carinho e ainda se afastou dele. Gerd tentou algo mais e outra vez foi negado.

-- Li sua mente... – Lamentava Lulu, olhando para a janela e contemplando a lua cheia. – Foi você!

-- Do que está falando?

-- Davy Jones... – Ela começou a chorar. – Ele é meu amigo. Amigo de verdade. Alguém com quem podia falar meus segredos, meus sentimentos, minhas lamentações e você denunciou.

-- Eu não sabia na época. – Disse Gerd, pegando a mão de Louise. – Estava incomodado por ver você e aquele vampiro juntos.

-- Como se não se incomodasse por me ver com conde...—Debochou a vampira loira.

-- Óbvio que sim. Mas Franz é meu amigo.

Os dois se calaram e Louise parou de chorar, contudo não olhou mais para Gerd. No fundo ela evitava brigar com ele, pois desde o dia em que discutiram de modo terrível por causa da morte de Rick Wright, ela jurou não brigar mais com o marido. Gerd também procurava não discutir com a ursinha, algo meio impossível. Como última tentativa, ele puxa a amada para perto dele, mirando as orbes azuladas de Louise.

--Sempre disse isso, sou teu e você é somente minha, não me imagino longe de você. Só quero que saiba que pode confiar em mim porque tens minha vida em suas mãos. – Disse ao afagar o rosto da amada.

-- Meu amor, meu ursinho... – Ela o beijou ardentemente e ainda começou a tirar a roupa dele.

-- Ursinha, aqui não. O conde... pode nos encontrar...

-- Por favor, ursinho – Louise implorava de um jeito que provocava o amado. Ele por sua vez não conseguiu negar.

Se livraram dos sapatos e depois das roupas de modo apressado e agressivo. Gerd rasgou um pouco o vestido de seda de Louise. Num só movimento, ela rasgou a camisa dele, revelando o peito nu e se deitaram no feno, trocando carinhos e beijos ardentes.

-- Eu te amo, Gerhard. – Louise derramou uma lágrima. Desde que se casou com ele, não havia dito em nenhum momento que o ama. Para ela, não era importante, afinal eles demonstravam nos gestos românticos. – Mesmo quando era noiva do Rick e depois do Conde, nunca deixei de te amar. E se for preciso, te amarei por mil dias, por toda eternidade!

-- Ich liebe dich für tausend Tage und für die Ewigkeit! (Eu te amo, por mil dias e por toda eternidade!)

Novamente trocaram mais beijos e quando ambos se mostraram prontos, o vampiro iniciou os movimentos devagar, para proporcionar mais prazer. Louise gemia baixo e ao mesmo arranhava as costas de Gerd, fazendo-o aumentar a velocidade das estocadas. Ele abraçava forte a esposa e gemia junto com ela.

-- Meu amor... – Ela entrelaçou sua mão com a dele, igual como fizeram no dia de seu enlace matrimonial.

E no último movimento, ambos gemeram alto e suspiraram, abraçados e unidos.

Ficaram assim por cerca de duas horas, até a vampira resolver falar.

-- Ainda não acabou, ursinho. – Falou de modo sério e mirando os olhos castanhos dele. – Não é porquê fizemos amor que tudo se acertou.

-- O que falta para nós? – Perguntou ele, beijando mais uma vez a amada.

-- Nada. – Respondeu friamente. – Ou melhor, falta algo e se chama desculpa.

-- Como assim?

-- Pare com isso, Gerhard! Sabe bem do que estou falando. Você vai pedir desculpas ao Davy Jones!

-- Nein! Não vou falar com aquele anão! – Recusou veemente o vampiro.

-- Ou você fala com Davy e pede desculpas pela denuncia sobre nosso ato inconseqüente ou...

-- O que? – Gerd desconfiava no fundo que Louise faria algo drástico.

-- Decretarei greve! – Ela sorria e franzindo a sobrancelha, indicando que aplicará a promessa. – Não iremos mais nos amar por tempo indeterminado!

-- Me recuso a falar com ele!

-- Tudo bem... – Ela se levantou e começou a se vestir.  – Já sabe minha decisão!

E isso se seguiu por uma semana. Gerd tentou de tudo se aproximar de Louise, seduzi – lá e até mesmo agradar de diversas formas. E ela se mostrava irredutível. Ou ao menos apresentava. Na verdade, nem mesmo a vampira loira suportava ficar sem seu ursinho. E também resistia bravamente às investidas do marido. Até mesmo havia parado de se banhar no rio por medo que ele resolva se juntar a ela ali e tudo terminar no ato carnal.

Ao fechar uma semana, Gerd entrou no quarto de Louise, assustando-a.

-- Você venceu! – Ele disse olhando pra parede e em seguida pra esposa. – Eu irei pedir desculpas ao seu amigo vampiro.
Louise sorriu e correu para abraçar o marido.

-- Prometo que isso logo acaba e voltaremos a nos amar.

-- Não pode ser agora? – Ele puxava a camisola da vampira com força, querendo rasgar.

-- Agora não. – Ela impediu e depois foi até o armário e procurou seu melhor vestido. – Hoje vamos a Ilha dos Lobisomens, falar com ele e você vem junto!

-- Está pedindo demais, Louise!

-- Gerhard Müller!

-- Louise Christina McGold!

-- Nunca exigi nada de você, a não ser seu amor. E agora que peço algo pela primeira vez, você me nega?

Eles ficaram em silencio e Louise se arrependeu por dizer aquilo por medo que o marido use isso no futuro. E ele refletiu por alguns instantes.

-- O que eu fiz foi realmente errado, mas estava com ciúme. Nunca me passou na cabeça em prejudicar você através do Davy. – Suspirou e em seguida pegou a mão dela e continuou a dizer. – Sendo assim eu aceito ir com você na Ilha, falar com ele e me desculpar.

E eles partiram seguindo a trilha que os leva na Ilha dos Lobisomens e chegaram à mansão onde mora o vampiro Davy Jones. Louise bateu na porta e imediatamente revelou um rapaz loiro, com ares de avoado, mas alegre.

-- Boa noite! – Saudou o jovem.

-- Olá Peter. Davy está na mansão?

-- Sim. – Respondeu Peter, o feiticeiro, que segurava um livro. – Podem entrar e fique a vontade.

O casal de vampiros adentrou a casa e observou todo ao redor. Sentaram-se no sofá e viram quatro moças ali. Uma delas era ruiva e usava  um vestido marrom, a outra moça tem cabelos claros como os de Louise e um aspecto juvenil. A outra estava um pouco assustada, porém se mostrava firme no olhar e usava um vestido apropriado para seu ventre. Louise leu a mente da moça e viu que era a esposa de Peter, a moça chamada Erin, que semanas atrás foi alvo de um mago chamado Philipp Lahm.  A vampira avistou outra mulher, a de aparência bastante estranha. Cabelos lisos e negros e um dos lados do rosto eram encoberto e o outro lado mostrava uma fisionomia calma. Tentou ler a mente dela, mas não conseguiu. Ela deve estar bloqueando, pensou a esposa de Gerd, um pouco apreensiva por não conseguir tal intento. Davy desce as escadas e recebe sua amiga de braços abertos.

-- Louise! Estou feliz que tenha me visitado. – Ele encarou Gerd, serio. – Mas não sabia que trouxe seu amante, digo, marido.

-- E eu mais ainda por te ver tão alegre, meu amigo. – Ela olhou para os presentes e todos se retiraram. A moça de aparência estranha ainda encarava Louise com certa minúcia e inclusive se aproximou dela.

-- Seu nome é Louise? – Indagou a alquimista.

-- Sim. E quem é você?

-- Renée. – Cumprimentou a jovem. – Acho que não somos parentes, pelo menos não da parte do seu pai ou da sua mãe.

-- Espere! Eu não entendo...

-- Sou filha de Elaine Chapelle, irmã de Sophie. Ou seja, sou prima da Felicity.

Louise ficou um pouco estática. Nunca ouviu falar da família de sua tia, a falecida mãe de Felicity e até por que seus pais pouco sabiam.

-- É um prazer em conhecer, Renée. – Ela apontou para seu marido. – Este é meu marido, Gerd Müller.

Renée olhou no fundo dos olhos do vampiro e viu imagens que mais pareciam o futuro dele. Ou uma versão dele futurística, onde ele é humano. Na visão ele é um médico competente e ao seu lado estava uma jovem de cabelos louros e olhos azuis. A garota tinha a aparência de Louise e a outra moça, também medica, era alta, mais velha que a jovem loura, possui cabelos negros e olhos azuis vivazes. Ele se mostrava indeciso entre as duas, embora os batimentos cardíacos dele revelassem apenas uma delas...

-- Me desculpe... – Renée estava constrangida por olhar demais Gerd. – Tive uma visão... É muito complicada. Contudo, foi um prazer em te conhecer, herr Müller e ótimo conhecer mais um membro da família McGold.

A alquimista se retira, deixando os três vampiros um pouco consternados.

-- Bem, qual é o motivo da visita? – Davy achava que sua amiga quisesse ainda falar sobre o assunto de ter filhos. Um grande engano.

-- Davy, se lembra daquele dia onde... Aconteceu nosso ato impensado? – Ela piscou o olho, fazendo o vampiro entender.

-- Ah sim. – Ele respirou fundo, ocultando o medo. – O que tem isso?

-- Pois bem, descobri quem denunciou ao conde e realmente não foi Alice.

-- Quem foi?

-- Meu marido! – Neste momento Gerd se levanta e fica próximo de Louise.

Davy riu da situação, mas ao encarar mais uma vez o casal, que se encontrava sério, ele fechou a cara e ainda berrou.

-- EU SABIA, EU SABIA! SEMPRE SUSPEITEI QUE FOSSE VOCÊ, GERD! – Davy queria surrar o vampiro, contudo, foi impedido por Lulu.  – POR SUA CULPA DIANNA QUASE FOI MORTA PELO CONDE, SEU MALDITO!

-- Davy! – Louise tentava impedir a todo custo seu amigo e Gerd se levantou do sofá, indo em direção a eles. – Por favor, ouça o que meu marido tem a dizer.

-- Pequeno anão inglês, estou aqui porque minha senhora  pediu mas por mim você já estava nos jardins de meu amigo! – Dizia Gerd, deixando Davy mais enfurecido.

-- Eu juro que se você não fosse amado pela Louise, há essa hora te mandaria pra Ilha das Mandrágoras e deixava você morrer lá. Ou melhor, jogaria na boca de Caríbdis.

-- PAREM! – Explodiu por impaciência a vampira. – Por favor, vamos conversar normalmente. Davy, ouça com atenção meu marido. Gerd, deixa de sarcasmo e fale a verdade e se desculpe com meu amigo!

Nenhum deles falou algo, deixando Lulu preocupada. Nas escadas Peter, Micky e Mike ouviam toda a conversa. O lobo de touca verde procurou se conter ali mesmo, em não atacar Gerd por conta do noivado dele com Alice. Micky segurava o riso para não ser ouvido por ninguém e Peter observava tudo.

-- Gerd! – Louise chamou a atenção do marido.

-- Está bem! – Disse por fim. – David Jones, eu peço desculpas por denunciar você ao conde Franz. Minha intenção era afastar você de Louise porque achei que vocês estavam se envolvendo. E mesmo casado, eu amava Louise e ainda amo. Pode aceitar minhas sinceras desculpas se quiser. Ao menos fiz o que minha ursinha pediu.

Davy se acalmou um pouco, ficou olhando para os lados, suspirou pesadamente e finalmente disse.

-- Tudo bem. Aceito suas desculpas.

Apertaram as mãos de forma amigável, aliviando uma Louise McGold que se encontrava apreensiva, agora sorria.

-- Obrigada, Davy! Temos que voltar ao castelo, ursinho, antes que o conde perceba. Até outro dia, meu amigo.

-- Até outro dia, minha amiga Lulu. E até outro dia Gerd!

-- Até mais, Davy!

Quando o casal foi embora, os outros três desceram as escadas e questionaram seu amigo.

-- Teve medo do Gerd? – Indagou Micky.

-- Jamais! Ele pode ser mais forte mas não tanto assim.

-- Talvez... Tanto ele quanto você queriam lutar. – Comentou Peter.

-- O importante é que está tudo resolvido. E agora vou pro meu quarto, boa noite pessoal!

-- Boa noite, Davy! – Disseram os três, um pouco confusos e depois cada um foi pro seu quarto, para esquecer o que houve ali na sala.

Enquanto isso na modesta casa dos irmãos Romanov, Paul abria e fechava incansavelmente uma caixinha vermelha contendo um anel e também olhava para a foto de uma moça que tem guardado no livro de anotações. A jovem em questão foi sua amada por cinco anos. Estavam prestes a se casar, quando numa viagem a Berlim, a carruagem deles foi atacada por vampiros cinzentos. Tentou protege – lá a todo custo e quando acharam que despistaram seus algozes, eis que surge um diante deles, golpeando Paul e fazendo de Hildegard sua vítima. Ali mesmo o rapaz se culpou pela morte dela. Desde então almejou em ser um caçador de vampiros e monstros, entrando para uma organização chamada A Ordem. E sua primeira missão era extirpar a cidade de Munique dos vampiros que ali viviam e também havia recebido cartas de algumas famílias como a de anglo-franceses os Greyhounds e dos galeses McGolds, cujas filhas desapareceram misteriosamente sem deixar rastros. Contudo, com o passar do tempo conheceu mais sobre a cidade, a garota Anastacia, seus amigos, suas habilidades e inclusive confrontou o conde e seus vampiros e percebeu que eles não eram seus verdadeiros inimigos. E sim  um outro nosferatu, um austríaco...

Neste momento, seu amigo, o padre Uli, adentrou o quarto e guardou a bíblia na estante.

-- Não fará o pedido a ela?

-- Não sei se devo. – Paul se encontrava triste.

-- Deve sim. Você a ama e faz dias que vocês andam... se entregando aos prazeres carnais. Desse jeito Nosso Senhor não salvará sua alma.

-- Já pedi perdão a Ele! – Disse ao fechar mais uma vez a caixa vermelha. – E estou decidido. Acabou! Não quero mais caçar nosferatus. Quero minha vida, quero voltar amar novamente!

Uli sabia o quanto Paul tinha um resquício de humanidade nele. Acima de tudo, ele é humano, sujeito a falhas. E dotado de sentimentos e uma fé inabalável.

-- Neste caso... – Ele foi até a cama e se deitando, encerrou dizendo. – Deve viver entre as pessoas. Mas lembre-se, esta casa só tem pecadores. Boa noite, Paul.

-- Boa noite, Uli. E deve aprender com eles. Nem todo pecador é um ser sem salvação. Eles também possuem almas cheias de bondade.

Paul saiu do quarto e foi se encontrar com Ana no jardim. Ambos precisavam conversar sobre a relação, que ganhava mais força. Era inevitável a paixão entre eles.

-- Ana – Ajoelhou diante dela e apresentou objeto aberto, contendo o anel. – Não posso mais esperar. E neste momento, para mostrar que a amo... quer se casar comigo?

A cientista emocionou-se com o pedido. Desde que o caçador entrou em sua casa, tudo havia mudado. Ela passou a sair de casa mais freqüente, apreciava a natureza e conversava mais, deixando seu lado introvertido e dando lugar outra Ana, com a felicidade em seus olhos. E tudo isso graças a Paul Breitner.

Ela pegou o anel e o colocou no dedo e em seguida abraçou o amado, ao ouvir o trovão noturno, anunciando chuva.

-- Eu aceito, meu amor!

A chuva começou seus pingos e o casal se beija ali mesmo, se molhando e demonstrando mais amor entre eles. No quarto dela continuaram a se amar, mais unidos do que antes.

Na fazenda Neuer, a chuva não causou nada. Apenas serviu para um casal se entregar aos prazeres carnais. A cada dia que passava, Manuel sentia mais paixão e um desejo desenfreado pela esposa grávida. Mesmo com a barriga mostrando saliência, a vontade de possui – lá era mais forte. Felicity não dizia nada. Até por que ela também adorava as noites de prazer que Manuel proporcionava. E acima de tudo, ama seu marido e mal podia esperar para o bebê nascer e a família começar a se formar ali. Após isso, a jovem adormeceu nos braços do fazendeiro, enquanto este afagava seu rosto e se lembrava do dia em que a conheceu, naquela noite onde a viu com Louise na casa de Ana.  Na época, Manu era humano e antes de Felicity, existiram duas outras mulheres e uma paixão platônica.
A primeira, Kathrin, era uma camponesa alegre, cuja relação durou por sete anos, até certo dia, quando retornou com os pais depois de um dia de compras na cidade, encontrou a namorada, no quarto de Marcel, seu irmão. E ainda os dois fazendo amor. Para piorar, a jovem disse a verdade. Nunca amou Manuel e estava com ele para ficar perto do irmão dele. Depois disso ficou um tempo sozinho na fazenda. Seus pais tentaram persuadir o filho a voltar a morar com eles em Berlim, mas optou mesmo em Munique.

A segunda era uma jovem caça vampiro chamada Nina. Era uma jovem loura, de olhos cor de mel e excitante. Todas as noites, eles se amavam loucamente e de dia ela se mostrava muito adorável. Contudo, certa vez recebeu uma missão de enfrentar um nosferatu. Ela prometeu voltar pra ele. E se passaram dois anos. Achando que amada tenha morrido ou esquecido dele, se conformou mais uma vez com a vida solitária na fazenda.

Quando resolveu conhecer mais o vilarejo abandonado, encontrou a modesta casa de Anastacia Rosely e por ela adquiriu um sentimento especial e uma necessidade em fazer a jovem sua esposa ideal. Mas foi rejeitado pela moça e mesmo assim Manuel insistiu, até o dia em que a bela fraulein chamada Felicity entrou em sua vida. Quando o relacionamento deles iniciou conheceu a prima dela, a loira adolescente Louise e certa vez ouviu uma conversa delas na cozinha.

--... Ele é só um fazendeiro. Você merece coisa melhor, Felicity.

-- Gosto dele. Se ele não me quiser, não posso fazer nada.

A afirmação dela fez com que o pretendente da profetisa tivesse mais esperanças e ainda naquele momento esqueceu Anastacia e resolveu abrir seu coração a fraulein. Apesar dos percalços da vida, sabendo que ela possui poderes, a transformação em vampiro, a sua infidelidade e a gravidez, no final ele foi perdoado e continuou amando e sendo amado por Felicity.
Mais uma vez contemplou a esposa dormindo e ficou tocando sua pele quente e admirando sua nudez e passando a mão no ventre dela.

-- Tão minha e tão linda. Oh Deus, obrigado por ter mandado ela para mim! – Ele agradecia olhando pro teto e adormeceu junto dela e do filho.

Viena

A mansão da família Lauda se encontrava no centro da cidade. Todos descansavam da grande viagem feita e o Barão bebia mais uma taça de seu vinho precioso, o sangue humano. No quarto, Brigitte estava lendo mais um livro de feitiçaria e sorrindo, voltou-se para um boneco que se encontrava na mesa. O fantoche possuía a aparência de um homem gordo, cabelos negros, olhos castanhos e barbas escuras. Ela pegou o prego especial e um pequeno martelo. Mirou com cuidado a testa dele e num só golpe, estilhaçou pouco. O bastante para ver um cérebro humano ali. Em seguida abriu seu estojo de agulhas enormes e apanhou um deles, mais fino e encostou a ponta no fogo da vela enquanto aplicava o encanto.

-- Pai desnaturado e infame, cujo lado sombrio oculta de todos, sofrerá as piores dores de sua alma até os ossos, que o remorso tome conta de seu ser. Que a visão das pessoas que amou e já morreram... – Ela introduzia com cuidado a agulha no cérebro do boneco e seguiu rezando. -- ... Causem a loucura sinistra!

Londres

A cidade inglesa também caia uma tempestade com relâmpagos assustadores. Na residência de Robert McGold, tudo se encontrava no mais perfeito silencio... até ouvir gritos elevados vindos do quarto. Robert berrava sem parar por conta das dores na cabeça e ao mesmo tempo visualizava no chão de seu quarto um rio de sangue e dali emergia duas pessoas que ele conhece: sua esposa Sophie e seu filho mais novo, Brandon.

-- Eu te amava, Rob... – Disse Sophie em lamento.

-- Papai, por que fez isso com a Fefe? Ela não merecia... – Brandon chorava e seu rosto estava branco demais e possuía as mãos em putrefação.

Robert saiu da cama, se molhando no rio de sangue e ficou na parede, choramingando e tentando pedir perdão aos dois. Nada feito. Sophie estava decidida a levar seu marido para o inferno e Brandon parecia compartilhar disso.
O pânico aumentou para o homem e num ato desesperado, pegou uma pistola da gaveta e um cartucho de munição. Carregou rapidamente, engatilhou e apontou para a têmpora e disse.

-- Me perdoe, Felicity... Minha filha... – E disparou. Naquele milésimo de segundo, antes da bala perfurar sua cabeça, notou tarde demais que era uma ilusão.

Ao amanhecer, a criada Jane, foi levar o café da manhã ao seu senhor e percebeu uma poça de sangue no quarto. Quando entrou, abriu a boca tamanha era seu espanto e gritou alto para todos da casa ouvir e de se depararem com o cadáver ensangüentado de Robert McGold.  

Dias depois...

Michael McGold compareceu no centro da cidade em plena noite estrelada. Entrando na mansão suntuosa, estavam ali cinco cavalheiros usando capas negras e tinham a cabeça encoberta com o capuz.

-- Aproxime-se, jovem! – Pediu calmamente o líder, que usa capa vermelha.

Se aproximou receoso e em seguida mostraram um livro.

-- Sabe que livro é este?

-- Sim. – Respondeu o jovem, de modo austero. – É livro da Ordem.

-- Jura que seguirá nossos ideais e lutarás contra todas as criaturas noturnas e aberrações?

-- Eu juro!

Todos retiraram os capuzes e saudaram o rapaz. Um deles entregou uma besta, o outro uma flecha prateada e o terceiro lhe deu uma pistola prateada com balas cuja ponta possui o sinal da cruz.

-- Sir Michael – Seguiu falando o líder. – Sua missão é continuar a investigação que nosso amigo estimado, Paul Breitner deveria fazer. Não recebemos nenhum sinal dele e deduzimos que ele tenha desistido ou até mesmo morrido. Se caso ele estiver vivo, venha com ele até aqui na Ordem! E se encontrar os nosferatus, mate-os. E que Deus o abençoe em sua jornada!


Para Michael McGold, aquela missão também serviria para outra, só que pessoal: encontrar sua irmã Louise.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Brit Characters: Arthur Blue

Olá pessoal!
Uma boa noite pra quem fica e confiram a ficha de Arthur Blue, o irmão de Belle.





Nome Real: Arthur Marshall Flammer Blue

Idade: 35 anos.

Data de Nascimento: 20 de março de 1939

Cidade Natal: Manchester, Inglaterra. 

Cidade Atual: Nova York, Santa Mônica, Londres, Manchester e Paris. 

Profissão: Jornalista - Editor 

Relacionamentos: Twiggy (1965 a 1967), Lisa Marsden ( 1969 a 1977), Renée Chapelle (setembro de 1973), Adele Kirsman (1975 a 1980), Elizabeth Maya (1982 em diante). 

Características: Como pessoa, Arthur é um rapaz alegre, ama viver intensamente. Tem muita facilidade para fazer amizades e uma delas é a Bobby Charlton.É um grande profissional da área jornalistica. Reza a lenda que Arthur se apaixonou por Louise McGold ao vê-la atuando em Morro dos Ventos Uivantes mas isso nunca foi confirmado. Arthur também é um torcedor fanático do Manchester United.

Do que mais gosta: Viajar,namorar, festas e assistir jogos do United. 

Do que menos gosta: Perder uma namorada para Jim Stone e ver seu time perder. 

Medo: Perder sua família.