Uma boa madrugada e fiquem com a gigantesca leitura da parte 8 da saga vampiresca e temos NC-17 de McGuller! Boa leitura!
Parte 8
Todas elas
caminharam até a fronteira, ouvindo o som emitido da flauta de Ronnie Peterson,
sem saberem da armadilha preparada. Caso o vampiro sueco encontrasse Odile, ele
se livraria das outras mulheres de duas formas: atirando todas ao mar ou
simplesmente despachando-as para a Ilha das Mandrágoras. Apenas duas ele
poupará em proveito próprio. E elas são Rosie Donovan e Louise McGold. Esta
última era especial para ele. A sua cliente favorita na taverna gerenciada por
ele. Sempre soube dos segredos dela e na época quando ela era casada com conde,
ouviu seu desabafo sobre a paixão proibida pelo amigo dele. E agora ela estava
com ele definitivamente. Apenas quando estiver com Louise em seus braços,
estará disposto a matar Gerd da pior maneira possível e de preferência fazendo
com que a própria Louise assista. Quanto a Rosie, observava a loba em uma de
suas andanças pela floresta e sempre admirou ela. Os cabelos vermelhos, os
olhos verdes, a austeridade e força dela foram o bastante para adquirir um
desejo ardente.
Contudo, ele
soube do envolvimento proibido entre a loba e o vampiro boêmio George Best,
causando dissabor extremo. Já bastava perder Louise, agora Rosie?
O vampiro
norte irlandês é outro que merece ser morto, desta vez sendo devorado pela
planta carnívora Caríbdis e ainda tendo seus ossos cuspidos, servindo de
enfeite para a entrada na Ilha das Mandrágoras.
-- Minhas
queridas... – Saudou o sueco de forma agradável para elas e volta e meia
acariciando-as. – Qual de vocês é Odile Greyhound?
Nenhuma delas
respondeu e Ronnie analisou cada uma e entrou em desespero interno. Se
falhasse, Niki não o perdoaria.
-- Se nenhuma
de vocês é Odile, então onde ela está? – Voltou a indagar e mais uma vez, sem
respostas.
Não acredito que falhei e ainda
Brigitte me humilhará,
pensou Ronnie e agora teria de se livrar daquelas mulheres antes que o encanto
musical desapareça ou seus cônjuges dêem por falta.
No castelo,
Odile e Franz se acordam e ficam aos beijos e carinhos trocados debaixo do
cobertor. A paixão aos poucos tomava conta dela e ainda mais pelo conde. Os
braços dele sem dúvida lhes transmitiam algo, um calor, uma proteção.
Segurança. Com Niki era muito pouco e com conde lhe pareceu uma ternura doce.
-- Seus lábios
são frios. – Disse Odile com a voz baixa.
-- E os seus
são quentes. – Franz sorria para a amada e continuava o beijo.
-- É o que
dizem. – Ela o beijou no rosto e o abraçando. – Mãos frias, coração quente.
Ainda
entregues ao carinho, Franz ouviu alguém descendo as escadas e depois um
chamado desesperado. Pela voz reconheceu ser de seu amigo, Gerd.
-- Franz! – O
vampiro caçador abriu a porta, deixando o conde e Odile um tanto surpresos. –
Me ajude! Louise sumiu!
-- Ela não
está nas masmorras?
-- Não. Ela
estava em meus braços e de repente ela se levantou e sumiu...
Vendo a
gravidade do problema, Franz resolveu ajudar o amigo. Se levantou rápido e
vestiu a calça e os sapatos e beijando Odile.
-- Descanse,
minha raposa. Eu já volto! – E ele saiu do quarto, fechando a porta e Odile se
deitando, desejando mentalmente que nada lhe aconteça de mal.
Na saída do
castelo, depararam- se com Bobby Moore, o líder da alcatéia e da Ilha dos
Lobisomens e seus súditos. Até mesmo George Best o vampiro e Davy Jones, seu
ex-comandado que se rebelou e seus amigos lobos.
-- Franz,
aconteceu algo. As mulheres desapareceram! – Disse o líder, um tanto nervoso.
-- Levaram a
Dianna!
-- Emma!
-- Alana,
minha loba!
-- Eu mal
recuperei a Erin, agora some de novo! – Berrou Peter.
Manuel Neuer,
juntamente com Michael Palin, Christopher Romanov e Paul Breitner também se apresentaram
na aglomeração. O caçador estava pouco
apresentável, como se tivesse caído da cama de modo repentino. Paul percebeu
que era ele o centro das atenções e tentou dar uma desculpa.
-- Antes que
me questionem, sim, estava com Anastacia e quase fazendo amor. E ela saiu
caminhando até sair de casa.
-- Alice a
seguiu e pedi pra ela voltar e não meu ouviu! – Falava Palin, desesperado.
-- FOI AQUELE
DOUTOR HOLANDÊS CHARLATÃO! – Gritava Manuel, enfurecido por ver sua esposa
parando o ato de amor com ele e sair da fazenda, apenas de roupão. – EU VOU MATAR ELE!
Christopher se
encontrava quieto depois da revelação de Paul e o mesmo percebeu também que
todos o olhavam de modo estranho.
-- Ok, eu
estava mesmo fazendo amor com Anastacia! Pronto! Até parecem que nunca fizeram
amor com suas amadas!
-- QUIETOS! –
Ordenou Moore. – Todos aqui estamos desesperados. Nossas mulheres sumiram e não
sabemos como aconteceu.
-- Ou o quê
aconteceu. – Disse Mike Nesmith, o lobo, um pouco enciumado por estar junto com
Gerd e Palin, respectivamente o ex-marido e atual marido de Alice.
Depois ouviram
uma música calma ecoando na floresta. Christopher foi o primeiro a sentir
pequenas fisgadas no ouvido.
-- Está tudo
bem, Chris? – Questionou Palin, notando o lobo um pouco estranho.
-- Sim... –
Disfarçou. – Só uma coceira no ouvido.
À medida que
eles seguiram, a música ficava mais forte e mais alguns minutos de caminhada
conseguem enfim chegarem a uma parte da floresta, que leva para a Ilha das
Mandrágoras. Franz e Bobby pararam ali na entrada para ouvir a música.
Realmente linda a melodia. Gerd foi o primeiro a avistar as mulheres e Louise,
sendo abraçada por Ronnie.
-- Ursinha! –
Gritou o marido de Louise, ultrapassando a entrada e correndo em direção deles.
-- GERD, SAIA
DAÍ! – Franz tentou alertar o amigo do perigo ao entrar naquela ilha.
Ele segura o
amigo a tempo.
-- Me solta,
Franz! Minha mulher está lá!
-- Eu sei, mas
estamos bem na entrada da Ilha. Se essas mandrágoras acordarem, vão gritar a
ponto de estourar nossos tímpanos. – Ainda segurando o amigo, reclamou. – Onde
será que Sepp se meteu?
-- Enquanto
vocês se perguntam o que elas fazem aqui, aproveitem a bela música e sofram! –
Disse Ronnie, maleficamente e tocando a flauta mais uma vez.
Os homens
começaram a sentir dores insuportáveis e alguns até começaram a sofre de
alucinações e enfraquecimento. Ronnie aproveitou disso e de modo covarde,
atacou cada um deles e emitiu uma risada alta, indicando sua vitória.
Na casa de
Ana, Nora e Sepp mais uma vez estavam se amando por completo, na desculpa de
recuperar o tempo perdido em decorrência da maldição aplicada por Felicity.
-- Nora! Abra
a porta! – Gritou Lyanna sua avó, batendo na porta.
Sem respostas.
A neta e o noivo estavam tão envolvidos no ato que não ouviram as batidas
insistentes na porta e nem a música hipnotizadora. Não vendo outra escolha, a
avó de Nora abre a porta, assustando o casal de gatos amorosos.
-- Ai! Vovó! –
Se encobrindo no cobertor. – Não bateu na porta, é?
-- Bati e como
sempre não ouviu! – Se aproximando do casal. – Está acontecendo algo de errado.
Hoje Christopher, Palin e Paul Breitner saíram para procurar Vivian, Alice e
Anastacia. Elas desapareceram.
-- Mas como? –
Nora se levantou e vestiu um roupão.
-- Hoje mesmo
ouvi uma música, vinda da fronteira das terras do conde e da Ilha dos
Lobisomens. Misteriosamente as mulheres ouviram e seguiram seduzidas por ela,
abandonando seus maridos. – Dizia Lyanna
olhando pra janela. – Temos de fazer
algo pra impedir.
-- Como
faremos? Nem temos idéia.
-- Essa música
parece afetar mulheres vampiras, lobas e humanas. As bruxas não são afetadas
então temos vantagem. Venha comigo para a câmara. E você também, Sepp!
O vampiro, já
vestido, caminhou com Nora até o quarto especial chamado de câmara das poções,
onde Nora, Lyanna e suas aprendizes fazem poções, práticas e conjurações de
palavras mágicas e afins.
-- Verifiquei
aqui no livro sobre hipnose e música e descobri o seguinte: Soa como na
história do Flautista de Hamelin. Quando o flautista tocava, atraia os ratos de
todos os cantos e os levava para a beira do precipício. Apenas um rato não
ouviu a música por diversas versões.
-- Neste caso,
temos de criar uma poção pra elas não ouvirem?
-- Na verdade,
para eles. – Apontando para Sepp, que começou a passar mal.
-- Katze, o
que você tem?
-- Essa
música... – Ele gemia de dor e tampava os ouvidos. – Ta me deixando louco.
Lyanna olhou
para sua estante de frascos e pegando um de coloração azul, borrifou um pouco
no vampiro, que parou de gemer.
-- O que
aconteceu? – Se questionou, voltando ao normal.
-- Era o que
pensei. – Mostrou o frasco transparente para Nora e Sepp. – O som da flauta
também causa dores e alucinações nos homens, até mesmo pode levá-los a morte,
seja por suicídio ou matando uns aos outros.
Antes mesmo de
preparar a poção, Primus traz mais duas pessoas: Peter Tork o feiticeiro e sua
amiga alquimista Renée Chapelle.
-- Quem são
vocês? – Lyanna observava mais a jovem com metade do rosto encoberto.
-- Sou Renée
Chapelle.
-- E eu sou
Peter Tork. – Apresentou-se o feiticeiro, um pouco atrapalhado. – Viemos aqui
para ajudar a criar a poção contra essa música. Não fui afetado e nem a Renée e
a casa de Ana é mais perto.
-- Bem, já
temos aqui. – Mostrou Nora o frasco.
-- Mas é
pequeno e insuficiente. – Resmungou a alquimista. – Peguem uma garrafa maior,
vou fazer a transmutação.
Enquanto
Lyanna e Nora procuravam uma garrafa vazia, a alquimista desenhava na mesa uma
cobra engolindo sua cauda e uma estrela no centro. Nora encontra o objeto e
entrega para a moça, que deixa bem no local do desenho e rezando baixinho em
latim, ergueu a mão com o símbolo do Ouroboros e depositou na mesa num estrondo.
De modo
mágico, o frasco e a garrafa somem e uma pequena barreira de energia deu a
forma de um objeto maior e contendo o mesmo liquido azul, só que maior
quantidade. Terminado o ato mágico, ela pega a garrafa e entrega para Nora.
-- Está feito.
Leve para aqueles homens!
Nora entregou
para Sepp a garrafa e este correu o mais rápido que suas pernas permitiam e
conseguiu alcançar a Ilha das Mandrágoras. O vassalo então viu uma cena
assombrosa. Os homens estavam sofrendo de dor e gemiam e gritavam alto. Peter
também chegou à entrada da Ilha e viu seus amigos sofrendo demais. Mike e Micky
lutavam entre si, Davy se retorcia de dor. Sepp se aproximou dos seus amigos e
viu Franz desmaiado, Gerd sufocado e com os olhos rubros e o rosto vermelho.
Bobby Moore uivava tamanha dor e Paul e Ringo brigavam contra sua vontade.
George Best estava estirado no chão, com a cabeça sangrando.
As mulheres se
encontravam impassíveis com tudo. Praticamente em suas mentes elas não ouviam
os gritos deles e Ronnie seguia tocando a flauta, sem saber da presença do
vampiro e do mago.
-- Vamos agir
rápido! – Disse Sepp, jogando um pouco da poção em cada um deles.
Depois dos
amigos e aliados de Sepp, foi à vez de Peter jogar o restante em seus amigos.
Todos eles se recuperaram aos poucos.
-- Sepp... –
Acordava Franz e se levantando com dificuldade. – Onde... estava?
-- Com minha
Katzchen! Mas estou aqui!
Já
recuperados, Gerd e George Best, enfurecidos, emitem um grito, chamando atenção
de Ronnie. Já com os caninos pontudos e olhos vermelhos, eles correram até o
seqüestrador e lutaram, mesmo com Ronnie se defendendo.
-- Malditos! –
Exclamou. – Vão morrer sob a bela música.
Antes de tocar
mais uma nota, uma flecha de prata atingiu sua mão direita, causando ardência e
derrubando a flauta. Rapidamente Gerd pegou o objeto e quebrou ao meio,
atirando para a boca de Caríbdis.
O homem que
atirou se revelou na entrada sendo George Harrison, um mago que vive na Ilha
dos Lobisomens e é namorado de Mary Anne McCartney.
-- Seus imprestáveis...
– Resmungou Ronnie, agora sendo levado pelos dois vampiros e postado de frente
para os dois líderes.
-- DESMEMBREM
O VAMPIRO! – Ordenou os dois.
Davy arrancou
o braço direito dele, Mike o socou fortemente, Micky arranca a perna direita.
Peter e Sepp optaram por não participarem. Christopher aplica mais alguns
golpes no sueco junto com Gerd e Best. Antes de Macca arrancar o braço
esquerdo, Ronnie gritou.
-- Mesmo que
me matem, não vai adiantar. A guerra será iminente! – Disse por fim e depois o
restante se horrorizou ao ver o que ele fazia.
Ronnie
arrancou o próprio olho e mostrando ao conde.
-- Este
olho... – Falava com dificuldade. – Levará a mensagem ao barão. Ele saberá que
você está... cof cof... com Odile.
Em seguida o
olho some rapidamente num tele transporte. Ainda mais raivosos, os vampiros e
lobos deixaram Ronnie de frente para Paul Breitner, agora armado com a besta
usada por Harrison e colocando a flecha prateada no suporte, rezou.
-- Que Deus
tenha piedade de sua alma, nosferatu! – Disse e finalizando com a flechada bem
no coração do vampiro taberneiro, atravessando o corpo dele.
Ronnie caiu
duro no chão e foi carregado por Gerd e Best, preparados para jogar o vampiro
para a planta carnívora.
-- Isto é pela
Rosie!
-- Isto é pela
Louise, minha ursinha!
E eles jogaram
o corpo dele para a boca de Caríbdis, encerrando a luta. As mulheres aos poucos
saíram do transe musical e cada uma reencontrou seu amante. Na casa de Ana,
Melisandre se encontrava furiosa por saber que o plano de Ronnie de se livrar
das mulheres não deu certo. Cada vez mais a missão de matar Felicity McGold
estava mais impossível.
-- Se eu não
tiver aquele fazendeiro, ninguém terá...
Bobby carregou
Marianne em seus braços, aos beijos. Best e Rosie praticamente optaram em ficar no rio. Davy
levou Dianna para a mansão, juntamente com Peter e Erin, Mike e Alana, Micky e
Emma. Gerd carregou Louise, que estava fraca demais.
-- Ursinho...
– Ela falava devagar. – O que... aconteceu?
-- Depois te
conto. – Beijando a testa dela. – Agora durma, Lady Porquinha!
-- Só se
dormir... comigo... Der Bomber... – Adormecendo nos braços dele e sendo levada
para o quarto.
Franz subiu as
escadas rapidamente e entrou no quarto.
-- Odile! –
Acordando a francesa.
Ela por sua
vez ouviu a voz dele e se levantou, vendo o estado dele. Tão cansado e ferido.
-- O que
aconteceu?
-- Resgatei
Louise... – Respondeu rindo. – E agora estou aqui... só... pra você.
Ele caiu na
cama e adormeceu. Odile o ajeitou ali e ainda cuidou dos ferimentos dele e
depois voltou para a cama, abraçando seu conde, para transmitir carinho e
atenção. Aos poucos a imagem de Niki esta se esvaindo da mente, dando lugar ao
conde Franz, tão amável.
Paul carregava
Ana nos braços e foi cuidada por Nora e Lyanna.
-- Eu não sei
como fui parar naquele lugar. – Dizia Ana tomando água.
-- Você foi
hipnotizada pela música que o vampiro sueco tocava na flauta mágica. Como na
história do flautista de Hamelin, só que atraia mulheres. – Respondeu Nora.
Aquela noite
terminou tranqüila para todos os casais... Aparentemente.
Ainda na
Romênia, mesmo castelo onde atacaram, Niki observava a lua, pensando em Odile e
procurando respostas. A porta do seu quarto abre-se, com a necromante Brigitte
entrando.
-- Barão!
-- Noticias de
Ronnie?
-- Sim. –
Mostrando o globo ocular arrancado do vampiro sueco.
Niki pegou
aquele olho e imediatamente sua mente foi invadida com imagens e cenas de tudo
o que ocorreu. Desde o momento que o sueco seqüestrou as moças, até os amantes
aparecerem para detê-lo. E também Ronnie confrontou diretamente um vampiro
diferente dos outros, mais ágil, esperto e com ataques mais precisos.
Reconheceu o nosferatu. Era o filho do conde Beckenbauer, que ele conheceu
meses atrás no baile de aniversário dele. Rapidamente Niki captou a mensagem
secreta:
Foi ele. O conde levou
Odile para seu castelo e a mantém com ele, em Munique.
Terminado a
mensagem, o barão entendeu o resto das imagens e caminhou de um lado para
outro, demonstrando insatisfação. Neste momento aparecem François Cevert e
Jackie Stewart, bebendo uma taça de sangue.
-- Barão, está
tudo bem? – Indagou François.
-- Não está! –
Respondeu, furioso. – Primeiro mandei aqueles lobos alemães, os irmãos Kroos
para investigarem para mim sobre Odile. Eles falharam. Depois ordenei a Ronnie
Peterson localizar minha amada. Ele consegue, mas acaba derrotado pelos outros
vampiros e lobos. E agora descubro uma coisa. Odile está com o conde.
Justamente o CONDE BECKENBAUER!
Ao dizer isso
ele joga a taça no chão, mostrando mais fúria e ainda socando as paredes do
castelo, assustando seus comandados.
-- AMANHÃ
IREMOS A MUNIQUE!
Os vampiros
receberam a noticia como uma grande vitória. James Hunt que até então descia as
escadas para beber com o barão, ouviu toda a conversa e também comemorou. Na
verdade, desejava ir a Munique para ter aquela moça. Não a francesa e sim a
linda vampira de cabelos louros como o sol. Sem dúvida ela se parece com sua
antiga esposa, morta há 80 anos. E agora surge aquele pequeno sol adolescente,
um ser maravilhoso. Porém, ela está com outro. Um vampiro grande e forte, muito
protetor a ela.
-- Ainda vou
ter você em meus braços... – Comentou enquanto sorvia mais um gole de vinho. –
Suzie... Minha Suzie!
Semanas antes do seqüestro...
Amanhece em
Munique e o trem aos poucos parava na estação. Neste momento Marie desembarca
apressadamente e acaba trombando com um homem alto, cabelos negros e olhos
castanhos. Ela derrubou a mala e o livro de Bond e o rapaz, atencioso, pegou e
devolveu a garota.
-- Pardon. –
Disse Marie.
-- Scusami. –
Respondeu o rapaz em italiano.
A francesa viu
em seus olhos um brilho especial nele. Algo que ela viu uma vez em Bond e agora
o italiano possui. O mesmo ocorreu nele. Quem era a criatura a sua frente, tão
bela e meiga? Seu coração iniciou batidas fortes e de alguma maneira queria
ficar perto dela.
-- Me
desculpe... – Ela segurando o livro e a mala, seguiu para fora da estação,
ainda levando a imagem do italiano atraente em seus pensamentos.
Ela consegue um
abrigo no albergue perto da clinica dos Johans e como forma de pagar por sua
estadia, passou a trabalhar na floricultura, onde vende bem as flores de lá. E
isso foi por quase uma semana. Até certo dia, um cliente entrou e fez um pedido
a Marie.
-- Com
licença. – Pediu o cliente com sotaque italiano e Marie não encarando o sujeito
por estar arrumando um buquê de flores.
– Eu quero uma rosa vermelha.
Ela pega umas
rosas e ao apresentar para o freguês, se depara com o mesmo rapaz gentil na
estação, com que teve o dissabor de derrubar suas coisas nele.
-- Você!—Ela
sorriu um pouco constrangida – Quero dizer que sinto muito pelo ocorrido.
-- Está tudo
bem, La mia esistenza. – Falou o rapaz sem pensar.
-- La mia
esistenza?
-- Oh me
desculpe... Eu sou Andrea Pirlo. – Apresentou-se.
-- Marie
Greyhound. Prazer em conhecê-lo. – Tendo sua mão beijada por ele.
Ali nascia uma
pequena relação entre vendedora e cliente. Todos os dias Pirlo a visitava e
ficava conversando sobre sua vida e seus planos. Às vezes saiam juntos pelas
ruas de Munique e no parque. Após alguns encontros, resolveu fazer um
piquenique na floresta na parte da tarde, pelo fato de Marie estar de folga.
Ali desfrutaram da maravilhosa tarde e algumas taça de vinho depois, aconteceu
o beijo dele. O primeiro. Marie gostara de sentir aqueles lábios grossos do
italiano, que a beijava com tanto ardor e a língua dele tocava os seus lábios
com certa luxuria.
-- Pirlo... –
Ela parou o beijo, recuperando o fôlego. – Não sei se posso. Perdi meu namorado
pouco tempo. Ele salvou minha vida.
-- Tenho de agradecê-lo, porque ele salvou a minha razão
de viver.
Mal terminando a frase e mais uma vez ele a beijou mais ardentemente,
causando mais desejos na menina francesa, permitindo enfim o italiano em sua
vida. Mais uma vez Marie Greyhound conhece a verdadeira felicidade nos braços
de um homem chamado Andrea Pirlo.
No quarto do albergue, outro italiano está na cidade. Ao contrário do
conde de Turim, Pirlo, este outro é um soldado. Condecorado e experiente.
Porém, foi dado como morto para seus companheiros e desde então não conseguiu
retornar a Roma. Decerto sua esposa e seus filhos o esqueceram. Todos o
esqueceram. Munique se tornou seu lar agora. Antes fosse um lugar temporário
para abrigar um soldado ferido e perdido de sua pátria, agora se tornou sua
casa. Ele vivia ali com eles quase 1 ano e trabalha como lenhador e restaurador
de peças antigas para museus. E
Gianluigi Buffon também se lamentava de algo: ainda não encontrou sua
“belladona”. A mulher que vive aparecendo em seus sonhos mais proibidos. Ela
que se tornou sua motivação para viver na cidade e persistir na sobrevivência.
-- “Belladonna”...-- Ele suspirava cansado. – Quando a terei em meus
braços? Quando serás minha? Oh minha belladona eu realmente preciso de você, saber
se existe mesmo ou se és uma alucinação de meus pensamentos...
Embora se convencendo que a “belladonna” não exista, no fundo ele a
deseja mais que tudo no mundo. E Gianluigi não desistirá dela tão fácil...
Tempo Atual...
A noite veio com o mesmo frio alemão visto no começo do mês. Louise se
acordou aos poucos e notou que o marido não estava na cama e ela ainda estava
com a roupa do dia anterior. Como Sepp se encontrava na casa de Ana, ela mesma
preparou seu banho quente e depois do banho se vestiu e foi procurar o marido,
encontrando-o no campo afastado do castelo, onde ele cuidava de Ferdinando, seu
cavalo, que ganhou de presente de Anthony McGold, o pai de Louise.
Percebeu a presença da esposa e se aproximou dela.
-- Não era pra acordar agora. – Disse ao beijar Louise. – Precisa se
recuperar da noite passada.
-- Pra falar a verdade, não me lembro de nada. – Disse a vampira
piscando os olhos, para retirar o restinho de sono.
-- Ontem você saiu do castelo, junto com outras mulheres. Todas
seguindo uma música de flauta.
-- E quem fez tal ato?
-- Um sueco chamado Peterson.
Quando Gerd disse o nome, lembrou-se do taberneiro charmoso que ela o
visitava toda noite no castelinho abandonado, na época em quem sofria de amor
pelo marido. Naquela época, Louise estava com o conde e Gerd noivo de Alice.
Ronnie foi sem dúvida sua válvula de escape para o amor platônico dela.
-- Antes que brigue outra vez comigo... – Louise estava com medo de
outra discussão com o marido mesmo assim resolveu contar. – Eu conhecia Ronnie.
-- Ronnie?
-- Ronnie Peterson. Ele é o dono da taverna perto daqui, num castelo
abandonado e pequeno.
Gerd não sabia bem o que dizer sobre a revelação. De certo modo,
quando era casado com Alice, às vezes saia escondido do castelo para seguir
Louise e varias vezes a viu indo para a taverna e permanecia por horas, outras
vezes ela optava em se banhar no riacho, dando ao vampiro caçador uma visão
belíssima dela própria como veio ao mundo.
Novamente o silêncio pairou entre eles. Gerd continuava a cuidar de
Ferdinando e depois lançou um olhar para a amada. Louise se encontrava quieta
demais.
-- Você e o Ronnie... vocês...—Não conseguiu perguntar direito por
conta de Louise.
-- Não tivemos nada. Só conversava com ele.
-- E com o vampiro anão?
-- Davy é meu amigo e sempre será! – Afirmou Lulu, olhando firmemente
para o marido. – Até hoje queria saber quem provocou a expulsão dele. Ainda não
acredito que por conta da amizade dele com aqueles lobos americanos e o
feiticeiro provocaram isso.
Neste momento Gerd desviou o olhar e seguiu no tratamento do cavalo,
ao mesmo tempo se lembrando do dia mais desagradável de sua vida...
FLASHBACK ON
A noite prometia
para Gerd. Havia feito uma ótima caçada e ainda cumpriu sua promessa a Alice.
Ele trazia um humano morto para ele e a noiva se banquetearem e antes de levar
ao castelo, avistou ao longe Louise e Davy Jones, conversando e correndo como
duas crianças.
-- Maldito vampiro...—Resmungou para si mesmo.
Era claro que desde
a inserção do vampiro no castelo, Gerd não gostara disso. Por vezes resmungava
e brigava com Alice.
-- Qual o problema?
– Perguntava Alice, terminando de beber o sangue do cadáver colocado na mesa. –
Eles são amigos. E se dão muito bem.
-- Ele é
encrenqueiro. – Respondeu, irritado e incomodado. – O conde não devia deixar
eles tão próximos.
-- Davy é uma ótima
pessoa. Por favor, pare com isso.
-- CHEGA! – Gerd se
retirou da mesa e indo para o quarto.
Abriu um pouco as
cortinas e viu ainda os dois vampiros amigos, mais alegres. E isso se repetiu
por mais alguns dias. Houve um dia que ao descer as escadas com Alice, ouviu
uma música sendo tocada na vitrola e em seguida viu os dois dançando na sala.
-- Gerd, vamos
dançar juntos com eles? – Convidava Alice, com vontade de seguir os passos
deles.
-- Deixe-os! Logo o
conde vai puni-los!
No outro dia, foi
considerada a gota d’água. Poucos metros de chegar ao castelo notou um leve
movimento no campo. Seguindo para lá, viu ali a cena que fez seu coração pesar
tamanha era a decepção. Davy e Louise... se beijando de forma ardente e por
vezes as mãos dele acariciando o rosto angelical de Lulu.
No castelo não
conseguiu fazer amor com Alice e evitou chorar na frente da noiva. A imagem de
sua amada vampira loira sendo beijada por Davy ainda lhe doía no coração. Na
outra noite, resolveu acabar com isso e seria denunciando ao conde.
-- Franz! – Ele
abriu a porta, entrando no escritório. – Preciso falar com você.
-- Por favor, se for
insatisfação com Alice, me deixe fora disso. Deu trabalho pra conseguir uma
noiva decente pra você e ai vem mais problemas?
-- Não é isso... –
Respirou fundo e novamente prosseguiu. – Louise e Davy Jones se beijaram!
Ao ouvir isso, Franz
apertou demais a taça, estilhaçando em sua mão e os olhos adquirem a cor rubra,
por conta da raiva. Imediatamente agarrou o pescoço do vampiro e o ergueu,
deixando Gerd quase sem ar e indefeso.
-- SEU PARVO! COMO
OUSA ME DIZER UMA COISA DESSAS? MINHA NOIVA NÃO!
-- Fra... Franz! –
Gerd mal conseguia falar e tentava aplicar algum chute, mas as forças lhe
faltavam. – Estou... implorando...
Ele soltou o amigo
no chão, que respirava pesadamente.
-- Estou dizendo a
verdade. Eu os vi ontem no campo. –
Franz ainda estava irado e jogou a taça quebrada no chão, demonstrando mais
raiva.
-- Saia daqui, Gerd!
– Ordenou o vampiro.
Ele se retirou e do
lado de fora, Gerd sorria. Agora não haveria escapatória para Davy...
Na outra noite,
Louise havia se banhado no rio e ao retornar no castelo se depara com o conde
surrando Davy de forma brutal.
-- CONDE! – Ela
gritou e correu para socorrer o amigo. – PARE!
-- SAIA DE PERTO
DELE, LOUISE! – Bradou Franz, enfurecido. – Este vampiro vai ser punido da pior
maneira!
-- Mas o que ele
fez? – Indagava a vampirinha loira, olhando para Alice e Sepp que não puderam
fazer nada.
-- E ainda pergunta,
sua tola? Tentando fingir que não sabe de nada? Ele desobedeceu nossas regras!
Uma delas é cobiçar a esposa alheia e ainda se juntar aos lobos que vivem na ilha
sem meu consentimento!
-- Eles são meus
amigos! – Disse Davy, cuspindo sangue e se recompondo.
Antes de o conde
aplicar um golpe no vampiro, Louise agiu rápido, ficando na frente dele, no
intuito de proteger seu amigo.
-- Eu imploro por
clemência! – Ela chorava e ao mesmo caiu de joelhos para ele. – Poupe Davy
Jones. Eu faço o que você quiser, mas deixe meu amigo livre e vivo!
Gerd observava tudo
atentamente e pela primeira vez sentiu pena de Lulu. Por mais fosse seu desejo
de expulsar o vampiro menor, não queria de modo algum prejudicar a vampira
amada. Por um segundo sentiu vontade de abraça – lá e transmitir conforto e
amor para ela.
Franz abaixou a mão
e levantando Lulu do chão, olhou para Davy e disse calmamente.
-- Tens uma amiga e
tanta... Mas seu azar foi cobiçar minha noiva! – Em seguida aplicando um soco
em Davy, fazendo-o se desequilibrar. – Como prova da minha clemência, neste
momento ordeno que saia do meu castelo e de minhas terras, Davy Jones! Nunca
mais colocará os pés aqui!
Davy olhou para
Lulu. Ela estava muito assustada e ela correu até o amigo e o abraçou.
-- Vá para a Ilha,
meu amigo! E se o conde se vingar, tentarei impedir!
-- Obrigado, Louise!
– E ele se transformou em morcego, voando em direção ao oeste.
Alice tentou ajudar
Lulu, mas esta recusou e ainda jogou na cara a acusação.
-- Ainda provarei
que foi você! – Resmungava Lulu, mostrando fúria.
-- Não fui eu! –
Alice tentava se defender. Mesmo não gostando do modo prepotente da loira, ela
procurava evitar qualquer problema com a noiva do conde.
-- Não foi Alice,
minha cara! – Avisou Franz, puxando Lulu pelo braço.
-- Então quem foi?
Houve silêncio por
breves segundos.
-- Me diz!
-- Isso não lhe
interessa e agora vá pro seu quarto!
Ela subiu as
escadas, ainda demonstrando indignação para com casal. Naquele momento Gerd
sentiu medo do seu amigo conde...
FLASHBACK OFF
Apesar de tudo, Gerd se sentiu aliviado por saber que Davy não
voltaria para o castelo, ao mesmo tempo percebeu tarde demais que o beijo foi dado
de forma inconseqüente pelo casal de amigos. Davy ama uma moça chamada Dianna,
no qual acabou transformando em vampira. E
Louise ainda tinha o amor platônico não pelo conde e tampouco
pelo vampiro menor. E tudo isso ele esclareceu quando a loira o salvou do
ataque dos caça vampiros e mostrou todo seu amor. Quando foi falar com Louise,
ela não estava mais no campo.
Montou em Ferdinando e saiu à procura dela. Deduzindo que ela tenha
voltado ao castelo, resolveu levar o cavalo até o estábulo. Chegando lá,
colocou-o no devido lugar, junto com Bismarck e Andrômeda. Antes de sair,
avistou uma pequena silhueta deitada no feno. Aproximou cuidadosamente e
reconheceu através da janela semi aberta sua esposa. Se deitou com ela no feno.
-- És tão linda e ainda és minha... – Ele sorria enquanto fazia
carinho na esposa.
Louise rejeitou o carinho e ainda se afastou dele. Gerd tentou algo
mais e outra vez foi negado.
-- Li sua mente... – Lamentava Lulu, olhando para a janela e
contemplando a lua cheia. – Foi você!
-- Do que está falando?
-- Davy Jones... – Ela começou a chorar. – Ele é meu amigo. Amigo de
verdade. Alguém com quem podia falar meus segredos, meus sentimentos, minhas
lamentações e você denunciou.
-- Eu não sabia na época. – Disse Gerd, pegando a mão de Louise. –
Estava incomodado por ver você e aquele vampiro juntos.
-- Como se não se incomodasse por me ver com conde...—Debochou a
vampira loira.
-- Óbvio que sim. Mas Franz é meu amigo.
Os dois se calaram e Louise parou de chorar, contudo não olhou mais
para Gerd. No fundo ela evitava brigar com ele, pois desde o dia em que
discutiram de modo terrível por causa da morte de Rick Wright, ela jurou não
brigar mais com o marido. Gerd também procurava não discutir com a ursinha,
algo meio impossível. Como última tentativa, ele puxa a amada para perto dele,
mirando as orbes azuladas de Louise.
--Sempre disse isso, sou teu e você é somente minha, não me imagino
longe de você. Só quero que saiba que pode confiar em mim porque tens minha
vida em suas mãos. – Disse ao afagar o rosto da amada.
-- Meu amor, meu ursinho... – Ela o beijou ardentemente e ainda
começou a tirar a roupa dele.
-- Ursinha, aqui não. O conde... pode nos encontrar...
-- Por favor, ursinho – Louise implorava de um jeito que provocava o
amado. Ele por sua vez não conseguiu negar.
Se livraram dos
sapatos e depois das roupas de modo apressado e agressivo. Gerd rasgou um pouco
o vestido de seda de Louise. Num só movimento, ela rasgou a camisa dele,
revelando o peito nu e se deitaram no feno, trocando carinhos e beijos
ardentes.
-- Eu te amo,
Gerhard. – Louise derramou uma lágrima. Desde que se casou com ele, não havia
dito em nenhum momento que o ama. Para ela, não era importante, afinal eles
demonstravam nos gestos românticos. – Mesmo quando era noiva do Rick e depois
do Conde, nunca deixei de te amar. E se for preciso, te amarei por mil dias,
por toda eternidade!
-- Ich liebe dich
für tausend Tage und für die Ewigkeit! (Eu te amo, por mil dias e por toda
eternidade!)
Novamente trocaram
mais beijos e quando ambos se mostraram prontos, o vampiro iniciou os
movimentos devagar, para proporcionar mais prazer. Louise gemia baixo e ao
mesmo arranhava as costas de Gerd, fazendo-o aumentar a velocidade das
estocadas. Ele abraçava forte a esposa e gemia junto com ela.
-- Meu amor... – Ela
entrelaçou sua mão com a dele, igual como fizeram no dia de seu enlace
matrimonial.
E no último
movimento, ambos gemeram alto e suspiraram, abraçados e unidos.
Ficaram assim por cerca de duas horas, até a vampira resolver falar.
-- Ainda não acabou, ursinho. – Falou de modo sério e mirando os olhos
castanhos dele. – Não é porquê fizemos amor que tudo se acertou.
-- O que falta para nós? – Perguntou ele, beijando mais uma vez a
amada.
-- Nada. – Respondeu friamente. – Ou melhor, falta algo e se chama
desculpa.
-- Como assim?
-- Pare com isso, Gerhard! Sabe bem do que estou falando. Você vai
pedir desculpas ao Davy Jones!
-- Nein! Não vou falar com aquele anão! – Recusou veemente o vampiro.
-- Ou você fala com Davy e pede desculpas pela denuncia sobre nosso
ato inconseqüente ou...
-- O que? – Gerd desconfiava no fundo que Louise faria algo drástico.
-- Decretarei greve! – Ela sorria e franzindo a sobrancelha, indicando
que aplicará a promessa. – Não iremos mais nos amar por tempo indeterminado!
-- Me recuso a falar com ele!
-- Tudo bem... – Ela se levantou e começou a se vestir. – Já sabe minha decisão!
E isso se seguiu por uma semana. Gerd tentou de tudo se aproximar de
Louise, seduzi – lá e até mesmo agradar de diversas formas. E ela se mostrava
irredutível. Ou ao menos apresentava. Na verdade, nem mesmo a vampira loira
suportava ficar sem seu ursinho. E também resistia bravamente às investidas do
marido. Até mesmo havia parado de se banhar no rio por medo que ele resolva se
juntar a ela ali e tudo terminar no ato carnal.
Ao fechar uma semana, Gerd entrou no quarto de Louise, assustando-a.
-- Você venceu! – Ele disse olhando pra parede e em seguida pra
esposa. – Eu irei pedir desculpas ao seu amigo vampiro.
Louise sorriu e correu para abraçar o marido.
-- Prometo que isso logo acaba e voltaremos a nos amar.
-- Não pode ser agora? – Ele puxava a camisola da vampira com força,
querendo rasgar.
-- Agora não. – Ela impediu e depois foi até o armário e procurou seu
melhor vestido. – Hoje vamos a Ilha dos Lobisomens, falar com ele e você vem
junto!
-- Está pedindo demais, Louise!
-- Gerhard Müller!
-- Louise Christina McGold!
-- Nunca exigi nada de você, a não ser seu amor. E agora que peço algo
pela primeira vez, você me nega?
Eles ficaram em silencio e Louise se arrependeu por dizer aquilo por
medo que o marido use isso no futuro. E ele refletiu por alguns instantes.
-- O que eu fiz foi realmente errado, mas estava com ciúme. Nunca me
passou na cabeça em prejudicar você através do Davy. – Suspirou e em seguida
pegou a mão dela e continuou a dizer. – Sendo assim eu aceito ir com você na
Ilha, falar com ele e me desculpar.
E eles partiram seguindo a trilha que os leva na Ilha dos Lobisomens e
chegaram à mansão onde mora o vampiro Davy Jones. Louise bateu na porta e
imediatamente revelou um rapaz loiro, com ares de avoado, mas alegre.
-- Boa noite! – Saudou o jovem.
-- Olá Peter. Davy está na mansão?
-- Sim. – Respondeu Peter, o feiticeiro, que segurava um livro. –
Podem entrar e fique a vontade.
O casal de vampiros adentrou a casa e observou todo ao redor. Sentaram-se
no sofá e viram quatro moças ali. Uma delas era ruiva e usava um vestido marrom, a outra moça tem cabelos
claros como os de Louise e um aspecto juvenil. A outra estava um pouco
assustada, porém se mostrava firme no olhar e usava um vestido apropriado para
seu ventre. Louise leu a mente da moça e viu que era a esposa de Peter, a moça
chamada Erin, que semanas atrás foi alvo de um mago chamado Philipp Lahm. A vampira avistou outra mulher, a de
aparência bastante estranha. Cabelos lisos e negros e um dos lados do rosto
eram encoberto e o outro lado mostrava uma fisionomia calma. Tentou ler a mente
dela, mas não conseguiu. Ela deve estar
bloqueando, pensou a esposa de Gerd, um pouco apreensiva por não conseguir
tal intento. Davy desce as escadas e recebe sua amiga de braços abertos.
-- Louise! Estou feliz que tenha me visitado. – Ele encarou Gerd,
serio. – Mas não sabia que trouxe seu amante, digo, marido.
-- E eu mais ainda por te ver tão alegre, meu amigo. – Ela olhou para
os presentes e todos se retiraram. A moça de aparência estranha ainda encarava
Louise com certa minúcia e inclusive se aproximou dela.
-- Seu nome é Louise? – Indagou a alquimista.
-- Sim. E quem é você?
-- Renée. – Cumprimentou a jovem. – Acho que não somos parentes, pelo
menos não da parte do seu pai ou da sua mãe.
-- Espere! Eu não entendo...
-- Sou filha de Elaine Chapelle, irmã de Sophie. Ou seja, sou prima da
Felicity.
Louise ficou um pouco estática. Nunca ouviu falar da família de sua
tia, a falecida mãe de Felicity e até por que seus pais pouco sabiam.
-- É um prazer em conhecer, Renée. – Ela apontou para seu marido. –
Este é meu marido, Gerd Müller.
Renée olhou no fundo dos olhos do vampiro e viu imagens que mais
pareciam o futuro dele. Ou uma versão dele futurística, onde ele é humano. Na
visão ele é um médico competente e ao seu lado estava uma jovem de cabelos
louros e olhos azuis. A garota tinha a aparência de Louise e a outra moça,
também medica, era alta, mais velha que a jovem loura, possui cabelos negros e
olhos azuis vivazes. Ele se mostrava indeciso entre as duas, embora os
batimentos cardíacos dele revelassem apenas uma delas...
-- Me desculpe... – Renée estava constrangida por olhar demais Gerd. –
Tive uma visão... É muito complicada. Contudo, foi um prazer em te conhecer,
herr Müller e ótimo conhecer mais um membro da família McGold.
A alquimista se retira, deixando os três vampiros um pouco
consternados.
-- Bem, qual é o motivo da visita? – Davy achava que sua amiga
quisesse ainda falar sobre o assunto de ter filhos. Um grande engano.
-- Davy, se lembra daquele dia onde... Aconteceu nosso ato impensado?
– Ela piscou o olho, fazendo o vampiro entender.
-- Ah sim. – Ele respirou fundo, ocultando o medo. – O que tem isso?
-- Pois bem, descobri quem denunciou ao conde e realmente não foi
Alice.
-- Quem foi?
-- Meu marido! – Neste momento Gerd se levanta e fica próximo de
Louise.
Davy riu da situação, mas ao encarar mais uma vez o casal, que se
encontrava sério, ele fechou a cara e ainda berrou.
-- EU SABIA, EU SABIA! SEMPRE SUSPEITEI QUE FOSSE VOCÊ, GERD! – Davy
queria surrar o vampiro, contudo, foi impedido por Lulu. – POR SUA CULPA DIANNA QUASE FOI MORTA PELO
CONDE, SEU MALDITO!
-- Davy! – Louise tentava impedir a todo custo seu amigo e Gerd se
levantou do sofá, indo em direção a eles. – Por favor, ouça o que meu marido
tem a dizer.
-- Pequeno anão inglês, estou aqui porque minha senhora pediu mas por mim você já estava nos jardins
de meu amigo! – Dizia Gerd, deixando Davy mais enfurecido.
-- Eu juro que se você não fosse amado pela Louise, há essa hora te
mandaria pra Ilha das Mandrágoras e deixava você morrer lá. Ou melhor, jogaria
na boca de Caríbdis.
-- PAREM! – Explodiu por impaciência a vampira. – Por favor, vamos
conversar normalmente. Davy, ouça com atenção meu marido. Gerd, deixa de
sarcasmo e fale a verdade e se desculpe com meu amigo!
Nenhum deles falou algo, deixando Lulu preocupada. Nas escadas Peter,
Micky e Mike ouviam toda a conversa. O lobo de touca verde procurou se conter
ali mesmo, em não atacar Gerd por conta do noivado dele com Alice. Micky
segurava o riso para não ser ouvido por ninguém e Peter observava tudo.
-- Gerd! – Louise chamou a atenção do marido.
-- Está bem! – Disse por fim. – David Jones, eu peço desculpas por
denunciar você ao conde Franz. Minha intenção era afastar você de Louise porque
achei que vocês estavam se envolvendo. E mesmo casado, eu amava Louise e ainda
amo. Pode aceitar minhas sinceras desculpas se quiser. Ao menos fiz o que minha
ursinha pediu.
Davy se acalmou um pouco, ficou olhando para os lados, suspirou
pesadamente e finalmente disse.
-- Tudo bem. Aceito suas desculpas.
Apertaram as mãos de forma amigável, aliviando uma Louise McGold que
se encontrava apreensiva, agora sorria.
-- Obrigada, Davy! Temos que voltar ao castelo, ursinho, antes que o
conde perceba. Até outro dia, meu amigo.
-- Até outro dia, minha amiga Lulu. E até outro dia Gerd!
-- Até mais, Davy!
Quando o casal foi embora, os outros três desceram as escadas e
questionaram seu amigo.
-- Teve medo do Gerd? – Indagou Micky.
-- Jamais! Ele pode ser mais forte mas não tanto assim.
-- Talvez... Tanto ele quanto você queriam lutar. – Comentou Peter.
-- O importante é que está tudo resolvido. E agora vou pro meu quarto,
boa noite pessoal!
-- Boa noite, Davy! – Disseram os três, um pouco confusos e depois
cada um foi pro seu quarto, para esquecer o que houve ali na sala.
Enquanto isso na modesta casa dos irmãos Romanov, Paul abria e fechava
incansavelmente uma caixinha vermelha contendo um anel e também olhava para a
foto de uma moça que tem guardado no livro de anotações. A jovem em questão foi
sua amada por cinco anos. Estavam prestes a se casar, quando numa viagem a
Berlim, a carruagem deles foi atacada por vampiros cinzentos. Tentou protege –
lá a todo custo e quando acharam que despistaram seus algozes, eis que surge um
diante deles, golpeando Paul e fazendo de Hildegard sua vítima. Ali mesmo o
rapaz se culpou pela morte dela. Desde então almejou em ser um caçador de
vampiros e monstros, entrando para uma organização chamada A Ordem. E sua
primeira missão era extirpar a cidade de Munique dos vampiros que ali viviam e
também havia recebido cartas de algumas famílias como a de anglo-franceses os
Greyhounds e dos galeses McGolds, cujas filhas desapareceram misteriosamente
sem deixar rastros. Contudo, com o passar do tempo conheceu mais sobre a
cidade, a garota Anastacia, seus amigos, suas habilidades e inclusive
confrontou o conde e seus vampiros e percebeu que eles não eram seus
verdadeiros inimigos. E sim um outro
nosferatu, um austríaco...
Neste momento, seu amigo, o padre Uli, adentrou o quarto e guardou a
bíblia na estante.
-- Não fará o pedido a ela?
-- Não sei se devo. – Paul se encontrava triste.
-- Deve sim. Você a ama e faz dias que vocês andam... se entregando
aos prazeres carnais. Desse jeito Nosso Senhor não salvará sua alma.
-- Já pedi perdão a Ele! – Disse ao fechar mais uma vez a caixa
vermelha. – E estou decidido. Acabou! Não quero mais caçar nosferatus. Quero
minha vida, quero voltar amar novamente!
Uli sabia o quanto Paul tinha um resquício de humanidade nele. Acima
de tudo, ele é humano, sujeito a falhas. E dotado de sentimentos e uma fé
inabalável.
-- Neste caso... – Ele foi até a cama e se deitando, encerrou dizendo.
– Deve viver entre as pessoas. Mas lembre-se, esta casa só tem pecadores. Boa
noite, Paul.
-- Boa noite, Uli. E deve aprender com eles. Nem todo pecador é um ser
sem salvação. Eles também possuem almas cheias de bondade.
Paul saiu do quarto e foi se encontrar com Ana no jardim. Ambos
precisavam conversar sobre a relação, que ganhava mais força. Era inevitável a
paixão entre eles.
-- Ana – Ajoelhou diante dela e apresentou objeto aberto, contendo o
anel. – Não posso mais esperar. E neste momento, para mostrar que a amo... quer
se casar comigo?
A cientista emocionou-se com o pedido. Desde que o caçador entrou em
sua casa, tudo havia mudado. Ela passou a sair de casa mais freqüente,
apreciava a natureza e conversava mais, deixando seu lado introvertido e dando
lugar outra Ana, com a felicidade em seus olhos. E tudo isso graças a Paul
Breitner.
Ela pegou o anel e o colocou no dedo e em seguida abraçou o amado, ao
ouvir o trovão noturno, anunciando chuva.
-- Eu aceito, meu amor!
A chuva começou seus pingos e o casal se beija ali mesmo, se molhando
e demonstrando mais amor entre eles. No quarto dela continuaram a se amar, mais
unidos do que antes.
Na fazenda Neuer, a chuva não causou nada. Apenas serviu para um casal
se entregar aos prazeres carnais. A cada dia que passava, Manuel sentia mais
paixão e um desejo desenfreado pela esposa grávida. Mesmo com a barriga
mostrando saliência, a vontade de possui – lá era mais forte. Felicity não
dizia nada. Até por que ela também adorava as noites de prazer que Manuel
proporcionava. E acima de tudo, ama seu marido e mal podia esperar para o bebê
nascer e a família começar a se formar ali. Após isso, a jovem adormeceu nos
braços do fazendeiro, enquanto este afagava seu rosto e se lembrava do dia em
que a conheceu, naquela noite onde a viu com Louise na casa de Ana. Na época, Manu era humano e antes de Felicity,
existiram duas outras mulheres e uma paixão platônica.
A primeira, Kathrin, era uma camponesa alegre, cuja relação durou por
sete anos, até certo dia, quando retornou com os pais depois de um dia de
compras na cidade, encontrou a namorada, no quarto de Marcel, seu irmão. E
ainda os dois fazendo amor. Para piorar, a jovem disse a verdade. Nunca amou
Manuel e estava com ele para ficar perto do irmão dele. Depois disso ficou um
tempo sozinho na fazenda. Seus pais tentaram persuadir o filho a voltar a morar
com eles em Berlim, mas optou mesmo em Munique.
A segunda era uma jovem caça vampiro chamada Nina. Era uma jovem
loura, de olhos cor de mel e excitante. Todas as noites, eles se amavam
loucamente e de dia ela se mostrava muito adorável. Contudo, certa vez recebeu
uma missão de enfrentar um nosferatu. Ela prometeu voltar pra ele. E se
passaram dois anos. Achando que amada tenha morrido ou esquecido dele, se
conformou mais uma vez com a vida solitária na fazenda.
Quando resolveu conhecer mais o vilarejo abandonado, encontrou a
modesta casa de Anastacia Rosely e por ela adquiriu um sentimento especial e
uma necessidade em fazer a jovem sua esposa ideal. Mas foi rejeitado pela moça
e mesmo assim Manuel insistiu, até o dia em que a bela fraulein chamada Felicity
entrou em sua vida. Quando o relacionamento deles iniciou conheceu a prima
dela, a loira adolescente Louise e certa vez ouviu uma conversa delas na
cozinha.
--... Ele é só um
fazendeiro. Você merece coisa melhor, Felicity.
-- Gosto dele. Se
ele não me quiser, não posso fazer nada.
A afirmação dela fez com que o pretendente da profetisa tivesse mais
esperanças e ainda naquele momento esqueceu Anastacia e resolveu abrir seu
coração a fraulein. Apesar dos percalços da vida, sabendo que ela possui poderes,
a transformação em vampiro, a sua infidelidade e a gravidez, no final ele foi
perdoado e continuou amando e sendo amado por Felicity.
Mais uma vez contemplou a esposa dormindo e ficou tocando sua pele
quente e admirando sua nudez e passando a mão no ventre dela.
-- Tão minha e tão linda. Oh Deus, obrigado por ter mandado ela para
mim! – Ele agradecia olhando pro teto e adormeceu junto dela e do filho.
Viena
A mansão da família Lauda se encontrava no centro da cidade. Todos
descansavam da grande viagem feita e o Barão bebia mais uma taça de seu vinho
precioso, o sangue humano. No quarto, Brigitte estava lendo mais um livro de
feitiçaria e sorrindo, voltou-se para um boneco que se encontrava na mesa. O
fantoche possuía a aparência de um homem gordo, cabelos negros, olhos castanhos
e barbas escuras. Ela pegou o prego especial e um pequeno martelo. Mirou com
cuidado a testa dele e num só golpe, estilhaçou pouco. O bastante para ver um
cérebro humano ali. Em seguida abriu seu estojo de agulhas enormes e apanhou um
deles, mais fino e encostou a ponta no fogo da vela enquanto aplicava o
encanto.
-- Pai desnaturado e infame,
cujo lado sombrio oculta de todos, sofrerá as piores dores de sua alma até os
ossos, que o remorso tome conta de seu ser. Que a visão das pessoas que amou e
já morreram... – Ela introduzia com cuidado a agulha no cérebro do boneco e
seguiu rezando. -- ... Causem a loucura sinistra!
Londres
A cidade inglesa também caia uma tempestade com relâmpagos
assustadores. Na residência de Robert McGold, tudo se encontrava no mais
perfeito silencio... até ouvir gritos elevados vindos do quarto. Robert berrava
sem parar por conta das dores na cabeça e ao mesmo tempo visualizava no chão de
seu quarto um rio de sangue e dali emergia duas pessoas que ele conhece: sua
esposa Sophie e seu filho mais novo, Brandon.
-- Eu te amava,
Rob... – Disse Sophie em lamento.
-- Papai, por que fez isso com a
Fefe? Ela não merecia... – Brandon chorava e seu rosto estava branco demais
e possuía as mãos em putrefação.
Robert saiu da cama, se molhando no rio de sangue e ficou na parede,
choramingando e tentando pedir perdão aos dois. Nada feito. Sophie estava
decidida a levar seu marido para o inferno e Brandon parecia compartilhar
disso.
O pânico aumentou para o homem e num ato desesperado, pegou uma
pistola da gaveta e um cartucho de munição. Carregou rapidamente, engatilhou e
apontou para a têmpora e disse.
-- Me perdoe, Felicity... Minha filha... – E disparou. Naquele
milésimo de segundo, antes da bala perfurar sua cabeça, notou tarde demais que
era uma ilusão.
Ao amanhecer, a criada Jane, foi levar o café da manhã ao seu senhor e
percebeu uma poça de sangue no quarto. Quando entrou, abriu a boca tamanha era
seu espanto e gritou alto para todos da casa ouvir e de se depararem com o
cadáver ensangüentado de Robert McGold.
Dias depois...
Michael McGold compareceu no centro da cidade em plena noite
estrelada. Entrando na mansão suntuosa, estavam ali cinco cavalheiros usando
capas negras e tinham a cabeça encoberta com o capuz.
-- Aproxime-se, jovem! – Pediu calmamente o líder, que usa capa
vermelha.
Se aproximou receoso e em seguida mostraram um livro.
-- Sabe que livro é este?
-- Sim. – Respondeu o jovem, de modo austero. – É livro da Ordem.
-- Jura que seguirá nossos ideais e lutarás contra todas as criaturas
noturnas e aberrações?
-- Eu juro!
Todos retiraram os capuzes e saudaram o rapaz. Um deles entregou uma
besta, o outro uma flecha prateada e o terceiro lhe deu uma pistola prateada
com balas cuja ponta possui o sinal da cruz.
-- Sir Michael – Seguiu falando o líder. – Sua missão é continuar a
investigação que nosso amigo estimado, Paul Breitner deveria fazer. Não
recebemos nenhum sinal dele e deduzimos que ele tenha desistido ou até mesmo
morrido. Se caso ele estiver vivo, venha com ele até aqui na Ordem! E se
encontrar os nosferatus, mate-os. E que Deus o abençoe em sua jornada!
Para Michael McGold, aquela missão também serviria para outra, só que
pessoal: encontrar sua irmã Louise.