segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Vida Universitária (Grindhouse BR - Capítulo 1)

Boa noite, pessoal!

Fiquei um bom tempo sem postar nada por aqui mas explico rapidão: estava ocupada nos estudos e sofri um trauma que mudou minha vida mas não vem ao caso. Agora vamos postar mais fanfics para movimentar. E hoje vamos iniciar com fanfics brasileiras com personagens bem brazucas. Pode ocorrer no meio de algum capítulo, ter uma linda ter uma referência. E depois vou postar o apêndice de apresentação dos personagens. Boa leitura!




Vida Universitária__ Maya Amamiya 
   
Capítulo 1: USP 

Tereza POV 
 
Pensei em diversas formas de contar minha vida da faculdade de São Paulo e nunca conseguia. Vai assim mesmo. Não sei se foi sorte ou acaso do destino que consegui um apartamento legal pra morar e vazio. Aparentemente. Certamente, eu não serei a única a morar aqui. Nos outros andares, já tem uma galera morando. O terceiro andar, onde eu moro, dá uma visão panorâmica da universidade e um pouco da avenida principal. 
A chegada e saída de ônibus, embarque e desembarque.  Meus pensamentos saíram de órbita quando ouvi em alto e bom som Roberto Carlos e justamente Eu te Amo, a versão de 1968. 
 
Não critiquei. Até acho que foi um bom começo, se meus vizinhos universitários tiverem tão bom gosto e não tocarem funk carioca, já é um bom sinal. Enquanto apreciava a Jovem Guarda, fui arrumando tudo naquele apartamento e a minha cama. Meu canto. As aulas vão começar em dois dias e acabei de chegar a maior cidade do Brasil.    
 
Meu Deus! Meu vizinho tem mesmo bom gosto. Segunda música da Jovem Guarda. Naquela tarde, sai um pouco da zona para conhecer. A cidade universitária é um tanto complicada. Não, Tereza. Você que é uma jumenta. Tu passou por isso em Santa Maria e em Porto Alegre. A diferença que em PoAcertos campus eram na Osvaldo Aranha e outros no Campos do Vale.  E agora enfrento uma caminhada em direção ao campus e conhecer tudo que é prédio. E claro, ver se tem algum veterano queira me “adotar”.  
 
Santo Deus! Ele! Ele tá aqui? Meu coração… Achei que ele ficaria na UFRGS. Por que, senhor? Saí do meu estado pra vir estudar em outra parte do mundo, para não ter que lidar com “Rômulo” e a “Cecília” de São Francisco de Paula. Reze para que o prédio onde vai estudar seja distante do seu e principalmente se ele ou ela forem seus vizinhos, ou pior, virem morar comigo.  
    

André POV 
  
-- Mano, abaixa esse som!  
  
-- Não vou não! 
 
Em pleno sábado, comecei assim: com música antiga. E este jovem, Joaquim, meu amigo e colega de quarto da república, não gosta do meu som. Neste momento, Guilherme entrou no quarto, de cueca e surtado. 

 -- Maluco, todo dia essa música de velho corno! Eu vou jogar o aparelho na janela se não parar. 

 -- Você não faria isso. 
 
-- Não me testa! 
 
Baixei o som e sai rebolando e olhei pra ele, me sentindo uma Kardashian. 
 
-- Me obrigue! 
 
-- Não faz esse quadradinho de oito não. 
 
Dei risada e Joaquim entrou vendo toda cena. 
 
-- Se me derem licença, eu vou receber a calourada! 
 
-- Se reclamar, eu viro dançarina do Faustão. -- falei para eles enquanto a Wanderlea canta Prova de Fogo. -- E se reclamar de novo, eu vou no RuPaul Drag Race. E se reclamar outra vez, eu vou rodar bolsinha na Augusta! 
 
-- Vai, é?  
 
Esta dama morena linda bronzeada é a Joana, a namorada fofa e chatonilda divertida do Joaquim. Ela também pega meninas. 

 -- Deixa te dizer, Andrezinho. Augusta não é mais ponto. Só lá na República.  
 
-- Isso é verdade. -- confirmou Joaquim,voltando. 

 -- Quer dizer que tá pegando putas lá, seu safado? 
 
Joana bateu nele e na janela, avistei aquela mocinha nova que chegou. Ela é linda e fofa. Parece que não é daqui ou de outra parte de São Paulo. Pena não ter falado com ela.  
 
-- Calem a boca! -- Joana respirou fundo e continuou. -- Deviam ter vergonha na cara. Chegou vizinha nova no terceiro andar. O que ela vai pensar? 
 
-- Que somos doidos. -- respondi, rindo.  
 
--Deveríamos levar um bolo para ela. -- sugeriu Guilherme. 
 
--É americano demais. Isto aqui é Brasil ainda, meu amor! 

 -- Ela merece umas boas vindas ao menos, né? -- Disse. -- Algo.. formal. Quer dizer, não tão formal… Vocês entenderem. 
 
-- Tirando isso, hoje vamos sair.  
 
Desliguei o som. Para o alívio do Gui, para minha tristeza. Não parei de pensar na moça nova. Planejava mil coisas. Primeiro ir no Cemitério da Consolação, que é bem pertinho e depois encontrar a mocinha. E o pessoal aqui traçando o caminho para chegar na praça Buenos Aires, pegando metrô. 
 
-- Vamos, gente! -- Joana já pegava a bolsa. -- O metrô neste horário não é cheio. 
 
Neste momento, um cara chegou com malas na outra porta. Bonito, com barba por fazer, camiseta regata e calça. Joaquim “secava” literalmente o novo vizinho. Por fim ele nos viu. 
 
-- Com licença, me respondam algo. -- ele mostra a chave que ganhou. -- Não está abrindo. 
 
-- Deixa te mostrar.  
 
De cara Joaquim o ajudou.  
 
-- Obrigado.  
 
-- De nada. Qual é seu nome? 
 
-- Guto.  

 -- Sou Joaquim.  

 Ah, saquei. Rolou o feeling. Até a Joana viu. O bonitão tem um sotaque forte. Não é interior, mas é forte. Me lembra… O sul do Brasil. Ah, este ano promete...