Tenham uma ótima noite e fiquem com novo capítulo de Grindhouse Zombies. Desta vez ficou longo. Boa leitura!
Capítulo 4: Pequenas calmarias
provocam desastres
Dias depois
da chegada de Colin Black, as primas McGold saíram, acompanhadas do pároco, em
direção a cidade. No meio do caminho, Colin se revezava entre Felicity e
Louise, com assuntos sobre a vida rural e... panelas. Estava claro demais para
as duas que o primo deseja casar com uma delas e as faria largar as espadas e a
o estilo de luta para ser dona de casa. Fefe não dava indícios e Louise
tampouco. No momento que Colin deu atenção para Molly e Phoebe, Fefe puxou
Louise para compartilhar segredos.
-- Isso é
desagradável. – comentou a mais alta.
-- Nem me
fala. – Louise suspirou e voltou a dizer. – Não estou mais brava com Davy.
-- Aceitou?
-- Sim!
Fefe a olhou
de forma suspeita e divertida.
-- Hum... Por
acaso tem algum homem mais lindo no meio?
Louise riu e
por fim admitiu.
-- O capitão
Facchetti.
Fefe
animou-se.
-- Sua
danadinha! – quase exclamou em voz alta e se conteve. – E com a chegada do
baile que a Família Smith vai promover, é certo que os italianos vão ser
convidados.
-- Como sabe?
-- Nora e a
mãe dela falavam da lista de convidados. O tal capitão é convidado!
As duas quase
vibraram juntas e despertaram a atenção de Colin.
-- O que as
digníssimas primas estão falando?
Antes de
responder, ouviram um chamado de socorro. As garotas e o pároco correram em
direção do som e encontraram uma carroça destroçada, com os cavalos mortos e de
dentro saía uma mulher. Ela era conhecida como Jane Vanderbilt, a dona de um
orfanato e distribuidora de lamparinas no vilarejo e agora transformada em
zumbi.
-- Santo
Deus! – horrorizou-se Molly.
A mulher
caminhava ereta mas o rosto muito deformado e cheirando a algo podre.
-- Houve um
acidente terrível... Eu consegui sobreviver... – a mulher olhava para Louise,
mesmo com seus olhos quase opacos e sangrando e caminhando em direção a loira.
– Como vê, estou viva!
-- Não no
sentido tradicional da palavra! – finalizou Louise, acertando um tiro na
cabeça, encerrando o sofrimento da zumbi.
Colin fez
sinal da cruz para os cadáveres e se afastou.
-- Pobre
Srta. Vanderbilt... Nunca mais exercerá suas funções. Nunca pensei que tais
zumbis fossem capazes dessas coisas. Assim vão se candidatar ao Parlamento ou
no reinado.
E finalmente
chegaram à cidade, com muitos militares, para a animação de Molly e Phoebe.
Louise enxergou o capitão, conversando com um dos tenentes italianos. Os dois
abordaram as duas McGolds mais velhas.
--
Signorinas, é tão bom revê-las! – saudou Facchetti. – Este é Gianluigi Buffon,
tenente da Squadra Quatro.
Fefe se
encantou pelo tenente e este a beijou na mão, mostrando seu lado cavalheiro.
-- Signorina
Louise....
-- Me chama
de Louise. – ela ria. – Então...
-- Estamos
animados para a festa dos Smiths.
A conversa
foi interrompida com a chegada das tropas holandesas e alemãs. Johan Cruyff e
Gerd Müller lideravam. O coronel Lippi os recebeu.
-- Bem-vindos!
Sigam-me!
Johan olhava
desaprovado para Felicity e a mesma fechou a cara. Louise não sabia o que
fazer. Sua vontade era se enterrar pra nunca mais olhar na cara de Gerd. Desde
o dia que Facchetti entrou em sua vida, a garota sofreu dúvidas, mas parava
quando pensava no capitão... E voltava a duvidar quando via o tenente alemão.
Gerd
cumprimentou sério os italianos e as garotas. Lançou um olhar emburrado para
Louise. Enquanto Colin se empanturrava com bolinhos da confeitaria e as mais
jovens ouviam as anedotas dos soldados, Louise e Fefe se sentiram terrivelmente
mal.
-- Não sei
mais o que estou sentindo. – disse Louise num suspiro.
-- Eu sei.
Tenho raiva daquele holandês de meia tigela! – resmungou Felicity. – Homenzinho
orgulhoso!
-- Acho
engraçado você falar dele. Pelo menos não achei desagradável o coronel.
-- Então o
problema é comigo!
Não houve
mais comentários.
Depois da
reunião com Lippi, os soldados holandeses e alemães voltaram para o castelo
militar ao norte. Johan e Gerd ficaram treinando.
-- Você viu a
atrevida? – Johan golpeava a árvore com a espada, demonstrando raiva. – Jogando
charme para aquele cérebro de minhoca do Buffon.
Gerd atirava
no alvo. Em sua mente visualizou Facchetti e continuou a atirar. Johan parou o
treino e viu o quanto seu amigo estava distraído. Só parou quando acabou as
balas do revólver.
-- Desculpa,
Johan. – Gerd parou e sentou na grama. – Não estou bem.
-- É claro
que não está bem. Nós não estamos bem. – Johan se juntou a ele. – Você foi
convidado para este baile?
-- Fui e não
quero ir. Aquele chato de galochas... – resmungou Gerd.
-- Com
certeza se não formos, seremos fuzilados. – avisou Johan. – É só uma dança, com
uma dama qualquer e depois de volta para o castelo.
Antes de
dizer mais, Johan avistou os oficiais italianos se reunindo, muito agitados e dois
deles carregaram um enorme saco pingando. Eles cavalgaram. O holandês caminhou
até o local e viu as gotas de sangue.
-- Johan? –
Gerd também percebeu.
-- Desconfio
destes carcamanos. Quer me ajudar em algo?
O tenente
alemão concordou.
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E na noite do
baile, as pessoas se mostraram animadas. E as moças ganhando seus pretendentes,
como Marie Greyhound sendo cortejada por Uli Hoeness. Fefe e Louise e Fefe estavam
em outro canto, admirando os convidados.
-- Que foi? –
perguntou a galesa maior.
-- O capitão
não veio. – respondeu a loira, decepcionada e em seguida sorrindo. – Preciso me
animar.
-- Precisa
mesmo. Estamos num local cheio de rapazes solteiros, bonitos e ricos.
Louise dançou
com poucos rapazes. Fefe apenas conversava. Neste momento, os inquilinos também
compareceram, como Alana Watson e seu pai, Andrew, junto com os amigos da
filha, Edward Simons e Harry Daniels. Ambos acompanhados de suas esposas. Alana
é solteira ainda e o pai vive arranjando casamentos para filha, todos fracassados.
As liverpoolianas ruivas Donovan marcaram presença, junto com a família Jones.
Edmund não tirava os olhos na belíssima arqueira Rosie.
-- Vou pegar
uma bebida. – disse Vivian.
-- Certo, mas
não demore. – pedia a mãe, sendo cortejada por um conde.
Quando
avistou o único copo de xerez, Vivian tentou pegar, mas não conseguiu. Outra
mão, maior do que ela chegou primeiro.
-- Hey! Eu ia
pegar. – reclamou.
O dono ao
avistar a ruiva, se encantou de imediato e arrependido, devolveu o copo ainda
com o líquido.
-- Me perdoe,
fraülein. – respondeu, com sotaque alemão.
-- Fica pra
você. – Vivian foi embora.
E na mesma
hora foi seguida pelo indivíduo. Ele não era tão atraente para Vivian.
-- Me perdoa
mesmo, fraülein. Fui muito indelicado. Eu trago outra bebida pra você.
-- Não quero
mais. – negou a inglesa. – Vou voltar para minha família.
O alemão se
decepcionou e outro o despertou com um tapa na cabeça.
-- O que foi
aquilo, Dieter? – perguntou Uli, bravo.
-- Fui bem
indelicado com uma moça. Não foi minha intenção.
-- Eu não sei
porquê faz isso. Você tem uma noiva. Uma das irmãs da Anastacia.
-- Meu Deus! –
resmungou Dieter. – Eu não amo essa garota. Não posso anular?
-- Fale então
com nossos pais.
Dieter ficou
sozinho, pensando sobre a situação.
No lado dos
Monkees, Mike Nesmith flertava outra vez as garotas e nenhuma o queria. Sem
querer esbarrou em uma, derrubando a taça.
-- Desculpa.
-- Me perdoa.
Eles se
olharam. Mike não tinha visto algo parecido como aquela garota. Os olhos mais
gentis, a pele branca e delicada e os lábios cheios. Eles não perceberam os
empregados recolhendo os cacos de vidros.
-- Como forma
de perdão, aceita dançar comigo, senhorita?
A garota,
meio receosa, aceitou e foram juntos para pista.
-- Meu nome é
Alana Watson.
-- Michael
Nesmith.
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Um pouco
longe do castelo Smith, o coronel Cruyff e o tenente Müller espionavam a tropa
italiana para saber o que estão planejando. E até o momento, viram que os
soldados carregavam vários sacos ensanguentados e um deles revelou uma mão. E
parte da tropa transportava na carroça esses possíveis cadáveres.
-- O que
faremos? – perguntou Gerd.
-- Vamos pegar
um desses sacos, levar para o major Smith e o coronel McGold e explicaremos que
é culpa dos italianos assassinos. – respondia Johan, ainda olhando todos pela
luneta.
-- Johan...
-- O que foi?
-- Olha pra
cá!
O holandês
sentiu o cano de uma espingarda cutucar suas costas e se virou. Os carcamanos
eram espertos e em grande número...
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O baile
seguiu até o amanhecer e todos voltaram para suas casas e descansar. Louise
acordou tarde, se juntando a família no desjejum. O pai lia o jornal calmamente
e a mãe se servia de mais um pedaço de pão. Colin Black adentra o local e falou
baixinho para tia. Mary bufou e em seguida olhou para os filhos e enteados.
-- O Sr.
Black gostaria de uma audiência privada com Louise.
A menina
cuspiu. De tanta gente que Colin poderia cortejar num baile esplêndido como dos
Smiths, ele escolhe justamente ela? Não, não. Ela pensou.
-- Todos pra
fora! – ordenou Mary.
Sob a ordem
da matriarca, os filhos se retiram.
-- Espera...
Por favor... Michael... me ajuda....
Mickey pensou
em ficar, mas a mãe o arrastou para porta.
-- Dasha... –
implorou a mais nova.
Natasha não
teve escolha. E por fim o pai.
-- Pai?
-- Posso
ficar, Mary?
-- Não!
Tony se
retirou e olhou penosamente para a filha.
-- Desculpa.
Depois que o
pai saiu, Louise saiu da mesa rapidamente. Colin ficou bem na frente dela e
mostrou uma flor e uma aliança.
-- Srta.
Louise, desde que entrei nesta casa, eu a vi como minha perfeita futura
companheira para uma vida inteira.
-- Colin...
-- E estou
plenamente convencido que casando com você, será de extrema felicidade. No
entanto, devo pedir encarecidamente que abandone suas armas e habilidades de
guerreira para a submissão conjugal.
Quando Colin
disse isso, Louise mudou de expressão. De pânico para raiva.
-- O QUE
DISSE?
-- De modo
algum podemos ter espadas em casa.
-- Olha...
-- E neste
momento... – Colin se ajoelhou, olhando apaixonado para a loira. – Quero expressar
meus sentimentos da maneira mais intensa...
Louise
respirava fundo e contava mentalmente até três... E mesmo assim não adiantava.
-- Louise
McGold, quer se casar comigo?
Ela o olhou,
sério, sem mostrar algum tipo de reação emocional.
-- Sr. Black,
estou lisonjeada pela proposta. E minha resposta é não!
-- Não? –
perguntou Colin, chocado.
E na porta,
Mary entrou apressada. Ela ouviu toda conversa.
-- Lulu, eu
insisto que se case com Sr. Black! – E olhando para o sobrinho, tentou embromar.
– Não se preocupe, Colin. Ela vai cair em si.
-- EU JÁ
DISSE QUE NÃO. “NÃO” É NÃO VOU ME CASAR COM ELE! – berrou Louise e saindo da
sala.
Ainda pôde
ouvir os gritos histéricos da mãe, chamando pelo seu pai. Os pais dela a
seguiram a área arborizada que é usada para treinos. Louise socava o tronco.
-- Louise!
Volte lá e se case com Colin ou nunca mais falarei com você! – ameaçou a mãe.
-- Já falei
que não quero!
-- Sua mimada!
– Se virou para o marido. – Fale com ela!
Tony pigarreou
e disse:
-- Louise...
Está diante de um dilema triste. Sua mãe não falará mais com você se não casar
com Colin Black.
Lulu abaixou
a cabeça, esperando o pior.
-- E eu nunca
mais falarei com você, se casar.
Diante da
afirmação, Lulu abraçou forte o pai e depositou um beijo na bochecha, para o
surto e fúria da mãe.
-- Garota
ingrata! Quem cuidará de você depois que seu pai se for e eu também? Vai morrer
como uma solteirona pobre, mimada e patética! – berrou a mãe, embravecida. – Oh,
Senhor! Onde foi que eu errei?
-- Qualquer
coisa é preferível ou tolerável... a um casamento sem amor. Coisa que jamais
vou aceitar!
Ela correu para
o estábulo e montou na égua Andromêda, galopando rumo ao leste.
-- Louise,
volte aqui! – ordenou o pai, sem sucesso.
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Ainda naquela
manhã, na casa de Robb e Sophie McGold, os filhos tomavam café. Nora Smith
passou a noite na casa deles pois estava impossibilitada de retornar com a
família para casa e agora se sentava na mesa, entre a Felicity e Moses, seu
primo.
-- Está tudo
bem? – perguntou Fefe, preocupada.
Nora não
conseguiu engolir o pão e correu para o quarto, vomitando tudo. Nenhum dos
irmãos falou algo. Sophie chamou um médico para ver como ela estava. Louise
chegou a cavalo na casa da prima e as duas se abraçaram. Ela contou tudo que aconteceu
no café da manhã.
-- Casar? Com
o Colin? – chocou Fefe. – E me admira ele pedindo que abandonasse as armas.
-- Mesmo se
ele não pedisse, não ia aceitar. – disse Louise, enquanto tomava uma xícara de
chá.
Bran estava na
escrivaninha e Jon lendo um livro quando o mordomo da família anunciou a chegada
de uma visitante.
-- A srta.
Angela Smith.
Todos se
olharam. E ficaram mais espantados com a aparência de Angie. Meio suada, com as
botas sujas de lama.
-- Srta.
Smith, veio caminhando? – questionou Jon.
-- Caminhei. –
sorriu Angie e trocando olhares com Bran. – Como está Nora?
Fefe ia
responder. Bran foi na frente.
-- Creio que
ela está com febre. Mamãe chamou um médico.
Meia hora
depois o médico da família chegou e verificou o estado de saúde de Nora. Sepp
Maier também compareceu para cuidar de sua noiva. Angie recebeu roupas novas
cedidas por Felicity e depois de trocar de roupa, foi até a sala conversar com
ela, mesmo com Bran escrevendo ainda na escrivaninha.
-- Você
escreve muito rápido, irmão. – comentou Fefe.
-- Estou
apenas preenchendo listas e escrevendo cartas aos fornecedores de suprimentos
do papai.
-- E cartas
de amor para alguma mulher?
Bran
suspirou.
-- Não tive
oportunidade. – continuou escrevendo. – Talvez a moça que desejo não exista.
-- Ela tem
que ser prendada?
-- Não quis
dizer isso. – quase constrangendo o irmão.
-- Admiro a
paciência de vocês, moças, de serem tão prendadas. – disse Moses.
-- O que quer
dizer? – despertando a curiosidade em Felicity.
-- Ah, vocês
pintam mesas, tocam piano, bordam almofadas. Eu nunca vi uma jovem que as
pessoas digam que não é prendada.
-- Será que
só eu acho que a palavra “prendada” é aplicada de forma tão frívola? – disse Bran,
de forma seca. – Só conheço meia dúzia de mulheres que realmente sejam
prendadas.
Felicity não
disse nada, até porquê não concordou com afirmativa do irmão.
-- Você deve
dar muita importância nisso. – disse Angie, ironicamente para Bran.
-- E dou! –
concordou o jovem. – Uma moça deve ter conhecimento de música, canto, desenho,
idioma moderno para merecer a palavra e algo em seu modo de andar. E além
disso, aperfeiçoar sua mente com a leitura.
-- Não me admira
que só tenha visto 6 mulheres prendadas. – Angie comentou e fechou o livro. –
Se realmente viu.
-- É tão
severa assim com seu próprio sexo? – perguntou Bran, quase largando a pena e
parando de escrever.
-- Eu nunca
vi tal mulher e se visse, com certeza não seria uma visão agradável.
Fefe e Moses
riram com a resposta de Angie. E neste momento Fefe convida Angie para dar uma
volta na sala. Elas caminham ao redor da sala.
-- Reconfortante,
não é?
-- Sim. – concordou
Angie. – Espero não atrapalhar seu irmão.
-- Bran está
muito concentrado nas cartas. Mal pode acompanhar nosso ritmo.
-- Quem
disse? – perguntou o irmão. – Não acompanho suas trocas de segredos contudo gosto
de admirar o modo como vocês caminham.
Angie parou e
olhou bem para Bran.
-- O que foi?
-- Estou
procurando um defeito em você. É quase impossível.
-- As pessoas
costumam me julgar pela minha sinceridade que tento ser menos ácido possível. Nem
sempre sou assim. A partir do momento que alimenta conceitos errados a meu respeito,
minha confiança é perdida.
-- Verdade. –
concordou Angie, sorrindo. – Por isso notei que você é incapaz de tais coisas, apesar
dos comentários contendo uma parcela de orgulho.
-- Talvez
porque seja jovem demais para compreender tais coisas.
-- Não vejo a
diferença de idade ser um empecilho. Apenas veja o que as palavras podem fazer.
Depois disso,
Angie e Fefe sentaram no sofá e deixaram Bran escrevendo. O mesmo havia parado,
mesmo segurando a pena, ele pensava....
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Perto do meio
dia, Tony e Alexei se ausentaram de casa, seguindo para o norte. Ao final da
tarde, um grupo de cavaleiros chegou à propriedade. Louise avistou o pai, o
tio, Ned, Jacques o pai de Odile e Marie e Alexei. E havia mais. Eram o tenente
Müller e o coronel Cruyff. Todos em casa avistaram e garantiram comentários e
teorias. O tenente e o coronel dividiram o mesmo quarto de hóspedes e dormiram
em camas diferentes. Ambos seguravam um contrato... de casamento.
-- Eu não
acredito! – Cruyff teve vontade de amassar e rasgar aquele contrato. – Casar pra
escapar de um interrogatório tudo bem. Mas tinha que ser... com ela?
Gerd não
reclamava, considerando quem era sua noiva.
-- Meu Deus,
se fosse com a Louise... ou com outra... Eu aceito com todo prazer.
O alemão não
disse nada e continuava tirando sua roupa e indo deitar.
-- Você não
fala nada.
-- Estou
satisfeito com que me selecionaram. Pelo menos não é com a sobrinha sueca de
minha mãe.
-- E ela sabe
disso?
Gerd engoliu
em seco.
-- Vai saber.
Não agora.
-- E a garota
sabe que você é... sabe... nunca fez? –- Cruyff ria a situação de Gerd. O
tenente alemão nunca se relacionou intimamente com uma mulher.
-- Vou revelar
pra ela amanhã e vamos dormir, Johan. Boa noite!
-- Boa noite!
Gerd dormiu,
pensando em sua futura noiva. Johan imaginava a reação de sua futura noiva, que
é a pessoa que ele menos suporta na vida.
Continua...