Tenham uma boa noite e para encerrar julho, fiquem com o novo capítulo da fic troca-destroca. Confesso que está um pouco fraco mas compensa com primeiro NC-17 de McTork. Boa leitura!
Capítulo 14: Leaving On A
Jet Plane
Felicity POV
Parece mentira mas não fui
com Peter na turnê dos Monkees. Dois motivos: Primeiro, Erin Hudson. Mesmo que
a senhorita ninfa fofa tenha vindo me procurar pra dizer que reconhece ter
perdido Peter, não me convenceu e tenho certeza que ela vai tentar mais uma vez
reconquistá-lo. Se for o caso, ótimo. Mas espere quando esta semana se
encerrar. Estarei aguardando no camarim, com luvas especiais para luta e desta
vez, vou devolver com juros o tapa na cara.
Ah, falando nisso, o
segundo motivo é claro que Peter e eu brigamos. Ele difamava Louise, acusando-a
de fazer Davy de otário, sendo que ele próprio está enganando minha prima com a
aquela coisinha chamada Dianna Mackenzie. Outra que também merece apanhar e
diferente de Erin, vai sofrer igual como Louise nas mãos de Emma.
-- Pensei que ia com Peter
na turnê. – comentou Mickey, enquanto tomávamos café no meu apê.
-- Não quis. – respondi,
comendo torrada. – Ele acha que sou burra? Se eu for, sou capaz de matar a Erin
e de quebra Dianna.
-- Olha, eu sei que está
brava com as duas e deseja muito matá-las, mas não vale a pena. Aliás, Lulu nem
olha mais na cara da Di.
-- Se ela sacou o que anda
acontecendo com Davy e ela, já é uma coisa.
Terminamos o desjejum e
voltamos a falar.
-- Só achei estranho
Louise não ter vindo conosco para pescar com nossos pais.
-- Também acho. – disse
Mickey. Depois ele olhou pros lados e me falou algo. – Está sabendo que Rosie
está grávida?
-- Mesmo? – sorri. – Que
lindo! Best deve estar feliz.
-- Bem, ele ficou e depois
não.
-- Por quê?
-- Ela acha que tanto ele
quanto ela não estão preparados para ter um filho.
Agora as coisas ficaram
complicadas.
-- Ah sim. Mas essa
gravidez então não foi planejada?
-- Ao que parece, não foi.
Parei para pensar nas
coisas. Pensei em Peter e me doeu o coração. Será que fiz certo não ter ido?
Antes de alguma conclusão,
meu celular vibrou e vi que era uma mensagem dele. Na verdade um poeminha fofo.
-- Lulu avisou que vai
para Alemanha. – disse Mickey. – Até ia perguntar por que, mas lembrei que
Odile pode estar lá, para relaxar e esquecer o que aqueles palhaços fizeram com
o estúdio.
-- Já estava pensando em
bobagem. – e era verdade. Lembrei do que Peter disse sobre ter visto Lulu e
Gerd aos beijos. – Imaginei Louise indo procurar Gerd e não era pra ensaio ou ensiná-lo
a atuar.
-- Por favor, acha que
minha irmã e o alemão... argh! – Mickey se dá bem com Gerd mas nunca o
aprovaria. – É tipo ver uma loirinha inocente com um sujeito horrível e da pior
espécie. É a visão do inferno. Mas devo admitir que ele tem um par de coxas
incríveis. Como ele consegue correr com aquelas pernas e agüentar 90 minutos em
campo?
Acabei rindo disso. Melhor
continuar com minha inércia.
Louise POV
Passei o resto da viagem
só dormindo. No avião e no táxi. Na realidade cheguei a babar e me acordei com
a mão dele no meu rosto.
-- O que aconteceu? –
perguntei um tanto grogue.
-- Chegamos!
Desembarcamos do táxi e
ficamos de frente a uma linda casa em estilo alemão.
-- Bem vinda a Nordligen,
minha ursinha! – me puxando para perto.
Me afastei.
-- Ei, vai com calma, meu
amiguinho germânico. Como pode me chamar de ursinha se nem sou sua namorada? E
também você está ainda com a Dianna!
-- Quer ser minha
namorada?
Nessas horas não sabia se
Gerd falava a verdade ou era piada. Se for a segunda opção, não ri em nenhum
momento.
-- Eu recuso!
Mesmo assim ele bateu na
porta e quem nos recebeu foi um rapaz magrinho, quase esquelético, meio ruivo e
cujo sorriso lembrava um vampiro adolescente. Os dois se abraçaram e falavam em
alemão. Mais uma vez ótimo isso. Agora que não vou entender porra nenhuma.
O adolescente me olhava
fascinado e em seguida continuava a falar com Gerd, bem animado. Novamente me
olha.
-- Bem vinda, fraulein
Louise! – ele me abraçou e ainda... falou em inglês comigo.
Entramos na casa e me
surpreendi. Tão bonita e diferente. Jurava que estava na casa da família
Weasley, de Harry Potter. Na sala
estavam dois rapazes e uma moça. A garota beijou o adolescente e abraçava Gerd
como se fossem conhecidos. Os outros dois receberam Gerd tão divertidamente com
amplexos, gritos e briguinhas com almofadas. Quando me viram, pararam de
sorrir. Opa! Ao que parece eu não agradei. Pelo menos era o que tinha pensado.
Eles também me abraçaram
mas em conjunto e me afastei.
-- Desculpem! – eu disse,
sem jeito. – Eu não entendo o que vocês falam.
-- Relaxa! – disse um
deles, de nariz grande e óculos. – Eu sou Martin e este é o Hans.
O loiro ao lado chamado
Hans tinha braços maiores que os do Gerd e me abraçou quase esmagativo.
-- Bem vinda, fraulein! –
saudou Hans. – Gerd tem mesmo um ótimo gosto.
-- E uma queda por loiras
baixinhas! – completou Martin, fazendo todo mundo rir.
-- E eu sou Thomas. – se
apresentou o adolescente e ao lado dele sua acompanhante. – O irmão caçula e
chato do Gerd.
-- Oi! – a mocinha linda
que abraçou Gerd também foi bem receptiva e sorria. – Sou Lisa, a namorada do
Thomas.
Me senti tão... sem jeito
e minúscula. Todo mundo naquela casa é duas vezes maior do que eu. Nem na minha
família somos assim, até porque minha mãe e minha tia da família Black são
baixinhas.
-- Eu sou Louise... – tive
de respirar um pouco e consegui falar mais. – McGold.
Todos se espantaram.
-- A atriz famosa? –
indagou Hans, bem surpreso. – E-eu vi você em Ligações Perigosas e Fight
For The Glory.
-- Gerd, essa mulher é
ganhadora de um Emmy, dois Globos de Ouro e um BAFTA! – exclamou Martin e me
mostrando o DVD da primeira temporada de Fight.
Por fim ficamos na sala
conversando e se conhecendo. Martin e Hans são amigos de infância do Gerd.
Thomas tem só dezoito anos e joga nas categorias de base do Bayern. Ele almeja
ser jogador tão bom quanto seu irmão mais velho. E Lisa é amazona premiada. Ela
compete na prova de equitação e sua família tem um haras com os melhores
cavalos da cidade. Thomas disse que se não conseguir ser jogador, vai se juntar
a namorada na modalidade, já que lida bem com animais.
Quando me dei por mim era
meio dia e Lisa, pelo visto a iniciativa foi dela, me perguntou.
-- E você e o Gerd são...
namorados?
Já estava com a resposta
na ponta da língua e ele respondeu rapidamente.
-- Somos namorados.
Lancei um olhar indignado
para o jogador e depois para o pessoal. Todos calados e mais espantados. Isso
durou uns dez segundos. Thomas saiu do sofá, se ajoelhou e levantou as mãos
para o céu, parecendo estar agradecendo.
-- Graças a Deus! – Thomas
se levantou e me abraçou mais.
Martin gesticulava sem
parar e Hans parecia uma matraca, embora não entendesse nada por estar falando
em alemão.
-- Estamos felizes por
vocês. – exclamaram os dois amigos, me olhando.
-- Eu nunca conheci a
Dianna e pelo que os rapazes me contaram, não era legal. – Lisa estava rindo.
-- Não é questão de ser
legal, Lisa. – justificou Thomas, abraçando a namorada. – Dianna parece ser...
arrogante.
-- Eu posso dizer uma
coisa? Eu conheço a Dianna e ela não me representa ser arrogante. – por mais
que a acuse veemente por me separar do Davy na amizade, Dianna não é arrogante.
-- De qualquer forma nós
gostamos. – disse Lisa.
A próxima coisa que me
aconteceu eram todos no abraço em grupo como uma verdadeira família. Depois
disso uma senhora de uns sessenta anos, gorda e usando roupas de cozinheira.
Ela carregava um saco de batatas, me abraçou bem forte e me presenteou com as
batatas. Não entendi aquele gesto e nem o que ela disse.
-- Ela gostou de você,
ursinha. – disse Gerd, com o braço envolta da minha cintura. – Louise, esta é
minha mãe, Hilda.
Quer dizer que essa
senhora sexagenária é minha... sogra?? Ou melhor, a sogra da Dianna? Ou seria
ex-sogra, já que eu fui oficializada como namorada do seu filho mais
velho.
-- Vamos almoçar, Louise!
– convidou Thomas e já ajudando a mãe dele pra arrumar a mesa.
-- Almoçar? – estava tão
perdida e não sabia como reagir. – Eu não sei.
A velha pareceu não gostar
da resposta por estar com a mão no rosto.
-- Jedes Mal, wenn sie fragen, oder laden verweigert! Ich koche für eine
ganze Stadt und am Ende sagen, nein! (Sempre
que eles perguntam ou convidam, é recusado! Eu cozinho para uma cidade inteira
e no fim dizem não!).
Olhei para Gerd e ele
entendeu.
-- Mãe, a Louise está
cansada da viagem.
Por fim ela aceitou a
resposta e disse:
-- Ao menos essa garota
tem bons e largos quadris. – Hilda me olhou de cima a baixo, me analisando. –
Bons para ter filhos, Gerhard.
Ok, confesso que a parte
dos quadris me deixou bem constrangida. Odiava quando falavam disso. No fim da
adolescência sofri um complexo de inferioridade por não ter abundância
suficiente nos seios mas nos quadris parecia perfeito. Houve época que os
jornalistas mais sensacionalistas diziam que eu pus silicone para minha bunda
parecer com o das brasileiras. E sem falar que Dianna era beneficiada. Ela tem
peitos generosamente grandes e Alice também. Por fora não me chateava mas por
dentro sim mas superava. E agora a velhota me solta essa?
Não tive escolha e almocei
com todos. De tarde caminhei um pouco pela casa e conheci o quarto de Gerd. Na
verdade o quarto dele era o de Thomas agora, no entanto, a casa sofreu umas
reformas e finalmente Thommy ganhou seu próprio quarto, assim quando Lisa
aparecesse em casa, ela dormia com ele. No quarto de Gerd, tem um beliche, um
enorme armário marrom, uma TV de LED de quarenta e duas polegadas, um aparelho
de DVD guardado e uma escrivaninha com um livro e... um vídeo game Playstation
4.
-- É do Thomas. – pela
cara dele, mentia.
-- Eu não me importo se
você joga vídeo game. – disse, mais receptiva. – Eu também gosto e pra caramba.
Até hoje tenho conservado meu Playstation 1, Nintendo 64 e Mega Drive.
Ele ficou abismado.
-- Você gosta de coisas
antigas?
-- Amo. Demais. – brilhei
os olhos.
Gerd e eu guardamos as
malas e deixamos as roupas no armário. Ele instalou o Play 4 e jogou FIFA 15 e
eu verificava as mensagens do celular. Uma delas era de Davy.
Oi, McLovely.
Como você está?
Eu sei porque está chateada. Por
favor, não pense que eu deixei de ser seu amigo. Ainda te curto e também
crescemos juntos.
Deixa te contar.
Você sabia que eu encontrei aquele
francês de cabelo lambido e que é primo da Odile? O tal François?
Ele perguntou demais sobre você. Como
queria ter matado o desgraçado.
Estou com saudades.
Agora Davy entendeu. O que
será que aconteceu pra ele finalmente ter entendido minha chateação? Com
certeza foi... Dianna. Eu tinha certeza. Afinal, os Monkees saíram em turnê,
Emma é namorada de Micky e leva Di e Erin pra ficar perto deles. Por mais que
deteste Emma Carlisle, eu estou feliz por uma coisa: ela não tem mais chance
com Mike Nesmith e mesmo namorando Micky, ela não gostou do flerte dele com a
baixista Alana Watson. Chega a ser irônico, porque Emma é gamada na Di, que é
baixinha mas odeia Alana porque é baixinha?! É bem esquisito! Não tenho nada
contra Erin, até me dou super bem com ela mas esta passou odiar Fefe.
Na mensagem eu entendi
perfeitamente. Davy se irritou com
François.
Olá, McCutie.
Estou bem. Viajei para Alemanha e
estou na casa da Odile.
Sobre François, faça o seguinte:
viaje para Newport, pegue emprestada a pá de meu pai e mate o filho da puta.
Cave bem fundo na floresta mais densa e suma daí!
Com amor
McLovely
Terminei de enviar a
mensagem e ouvi as exclamações de Gerd e dos amigos de infância dele jogando no
Play 4. Thomas e Lisa tinham saído e eu não estava com vontade de conversar com
“minha sogra” pois estava cozinhando o jantar. Permaneci no quarto, ora
assistindo os rapazes no FIFA 15 ou Mortal Kombat, ora eu assistindo Hawaii 5-0 no Netflix. Davy não me
respondeu, decerto ofendido ou viu que ainda estava chateada.
-- Louise! – chamou
Martin, entregando o controle para mim. – Quer jogar conosco?
-- Martin, ela está
cansada da viagem. – Gerd disse a mesma coisa que falou para mãe.
-- Mas é só uma partida. –
disse Hans, insinuando que eu sou péssima jogadora.
Percebi isso e estou
brava. Uma coisa eu tenho certeza. Sou azarada e perdedora. Mas quando são
jogos de luta, eu mudo completamente. Larguei o celular na cama e peguei o
controle para jogar com Gerd. Eu, uma mulher, deixei três marmanjos no chinelo
quando ganhei de cada um por três partidas no Mortal Kombat. Deixei o controle
para Gerd e disse em tom vitorioso:
-- Nunca subestime minha
capacidade de jogatina, ursinho!
Os rapazes disseram
um “Wow” e tiram sarro de Gerd. Quando
anoiteceu, tomei banho tranquilamente e jantei pouco. Porém, na hora de dormir,
os amigos de Gerd permaneceram em casa e pousaram lá. Dormiram na sala,
acampados e Thomas e Lisa foram para a casa dos pais dela. Gerd e eu ficamos no
quarto dele. Pela ausência de cama de casal, eu subi no beliche e fiquei na
cama de cima.
-- Vem dormir aqui,
ursinha. – pediu Gerd, já deitado na cama debaixo.
-- Não, obrigada. Está bom
aqui em cima.
Fiquei no celular um tempo
e ao me virar pro lado, a cama do meu beliche rangeu. Tive medo daquela cama se
quebrar. De novo me virei e mais rangidos.
-- Você vai cair. – temeu
o alemão. – Vem deitar aqui.
Não respondi. A previsão
de Gerd deu certo porque me virei pro outro lado e a cama é tão estreita que um
movimento e já caio. Gritei no momento que aconteceu isso mas fui salva pelo
ursinho.
-- Como sabia que eu ia...
cair? – perguntei meio sonolenta.
-- Já tinha te avisado e
notei que seu corpo estava perto do lado de fora.
No fim aceitei dormir com
ele na cama debaixo. Por um lado foi bom porque fiquei perto do Gerd e ainda
podia tocá-lo. Por outro lado é impossível de se mexer.
-- Merda! – exclamei,
saindo da cama. – Vou dormir em outro quarto.
Gerd tirou o colchão da
cama dele e o do meu beliche perigoso, unindo-os no chão pra formar uma cama de
casal. Estendeu os edredons, colocou os travesseiros e uns cobertores.
-- Agora podemos dormir
juntos.
Sorri para ele e deitamos
confortavelmente juntos. Ele ressonava e eu o abraçava mas não dormia. E sim...
sentia um tesão por ele muito grande. Foi aí que lembrei de três anos atrás,
quando era protagonista numa minissérie épica chamada On The Victory. Falava sobre uma princesa galesa que viaja para
Portugal com o objetivo de casar-se com um duque inglês que estava negociando
com o príncipe regente Dom João VI, na época que Portugal colonizava o Brasil e
quando Napoleão Bonaparte decretou uma lei que proíbe todos os países de
negociarem com a Inglaterra. A história toda se passa em Coimbra e todas as
cenas foram gravadas lá. Atuei com um ator português que vive atualmente no
Brasil chamado Ricardo Pereira. Ele interpretava um coronel português da guarda
do príncipe regente. Davy é o duque inglês e o vilão da minissérie. A minha
personagem, resignada em casar com o nobre, acaba mesmo se apaixonando pelo
coronel, que por sua vez, é um homem rude, beberrão e um monstro. Mas quando
viu a bela noiva do duque, mudou suas atitudes.
A minissérie marcou umas
coisas, apesar do pouco sucesso europeu. Havia poucas cenas de sexo, mais ação
e mais romance açucarado. E também esse foi um dos meus primeiros trabalhos na
TV. O primeiro foi O Morro dos Ventos
Uivantes quando eu era Cathy e Davy era Heathcliff. Nesta minissérie
portuguesa, algumas coisas foram diferentes. Davy e eu atuamos juntos mas não
como par romântico e ele foi pela primeira vez o vilão, já que ele sempre era o
galã e o mocinho. E além disso rendeu alguns prêmios para nós e mais destaque
em outras produções quando Davy fez uma rápida participação especial em Game Of Thrones e eu em Grey’s Anatomy e por fim juntos novamente
em Fight For The Glory, o nosso
“Spartacus 2” ,
por causa da quantidade de morte, luta, sangue e sexo.
Entre tantos pensamentos, beijei de leve Gerd e ao
mesmo tempo o toquei, com a mão dentro da cueca boxer que usa.
-- Hmmm... Ursinha...
-- Me possua...
Deitei por cima dele e tirei a camisola, ficando
apenas de calcinha. Enchi-o de beijos no rosto e passei a língua em sua boca.
-- Desse jeito me deixa louco... – disse em voz
baixa.
-- Essa é a intenção.
Tirei a cueca dele e me livrei da calcinha. Fiquei
sentada nele, segurando forte seus pulsos e cavalgando devagar.
-- Gerhard... – disse entre suspiros e gemendo em
seu ouvido. – Me perdoa... Ursinho... eu...aaaahh...
Ele apertava meus seios e gemia igual como na cena
de sexo que gravamos juntos no filme. Ele se levantou, sugando meus seios e
abraçando forte. Ele apertava meu bumbum um pouco. Invertemos as posições e ele
abriu minhas pernas, fazendo sexo oral muito gostoso e depois se preparou para
me penetrar. Ali fui aos céus. Queria gritar mas Gerd abafou com a mão.
-- Não grite, mein liebe. – ainda em voz baixa. –
Podem nos ouvir...
Gerd me penetrava forte e sussurrava coisas em
alemão e me excitei mais. Finalmente ouvia sua voz rouca e trovejante. Aquela
voz provocante... E seu corpo... Ah aquele corpo... Minhas mãos percorriam em
suas costas a medida que as estocadas ficavam mais rápidas. E nós dois não
conseguimos evitar os gemidos. Minutos depois veio o orgasmo e ele deitou sob
meus seios, ofegante...
Abri os olhos, sorridente
e afagando seu cabelo desgrenhado.
-- Tolentino... –
suspirei.
-- Quem? – ele perguntou.
-- Você parece Tolentino,
o coronel português que foi par romântico da minha personagem em On The Victory.
-- Lembro dessa
minissérie. – ele se virou pro lado e me puxou para perto. – Dianna assistia no
Netflix.
-- E você assistia junto?
– ri disso pensando como seria Gerd vendo novela romântica ou essas
minisséries.
-- Um pouco. Só não
assistia Star Trek porque acabava
dormindo. – ele riu. – Mas porque eu me pareço com um coronel sádico português?
-- Você usa o mesmo bigode
que ele e suas atitudes e do Felix no filme lembram um pouco Tolentino. Ele era
cruel, mas tinha um coração amoroso.
-- Isso é, depois de
aparecer uma Princesa Izabel de Cardiff e uma Poppy Heart.
Ficamos mais abraçados no
colchão e trocamos beijos ardentes. Adormecemos juntos.
Felicity POV
Já completou uma semana
das férias forçadas e Odile esticou mais um pouco o tempo de descanso. E eu
claramente, estava me entediando ficar em casa, ajudando minha mãe nos novos
vestidos para o desfile e assistindo futebol na TV com meu pai e meus irmãos.
Na realidade, sentia falta
de Peter. Como quero aquele poetinha atrapalhado e fofo. Depois de ficar o
tempo todo em casa, resolvi sair de casa. Meus pais não se opuseram e então
segui viagem para Madri. Fotografei os lugares e até me arrisquei a visitar o
estádio Santiago Bernabéu. Dei sorte que encontrei o time Real Madrid treinando
com Zinedine Zidane, o novo técnico, após a queda de Rafa Benítez. E lá reencontrei
meu ex-namorado, o goleiro Iker Casillas. Ele me viu e correu fora do campo.
-- Felicity...
-- Oi, espanhol... –
sorri.
-- Faz muito tempo que não
vem aqui... – ele comentou. – Se esqueceu de mim?
-- Sou difícil de esquecer
os meus ex-namorados. Ou melhor, aqueles que me deram um pouco de felicidade.
-- Está sabendo que seu
amado holandês vai se casar?
-- Sim. – respondi,
sorrindo e pela cara de Iker, ele estranhou isso.
-- Você... Não está
magoada?
-- Não. Até porque somos
amigos e ele me convidou para o casamento.
-- Que coincidência. Eu
também fui convidado. Sara e eu vamos em dezembro para Barcelona.
Entre uma conversa e outra
Iker no fim me deu uma flor e quando ia agradecer, encontrei Peter, me olhando
e desolado. Não! Aquele olhar de cachorrinho perdido dele, me magoou e muito.
-- Iker, foi bom ter te
encontrado.
-- Nos vemos no casamento,
señorita.
Sai do estádio e alcancei
Peter facilmente.
-- Peter!
-- Me deixa! – ele se
afastava.
-- Eu vou explicar.
-- EXPLICAR O QUÊ? – agora
ele pareceu alterado. Demais. – Você ficou brava comigo porque me viu beijando
a Erin. Depois discutimos quando disse que Louise está traindo Davy e não quis
acreditar.
-- Pra começar, você
pareceu não se importar com o fato que ter dito que foi Davy a provocar isso.
Ele está preferindo a Dianna e esquecendo Louise. Na verdade é VOCÊ QUEM NÃO
QUIS ACREDITAR EM MIM! – gritei, perdendo a paciência.
Peter queria chorar e eu
também.
-- Sabe, acho melhor
mesmo... que nós fiquemos separados. – ele disse.
Espantei com ele falou.
Geralmente sou eu que termino com o caras mas com Peter, foi diferente e doeu.
Me afastei e mais lágrimas
brotaram em mim.
-- Se é assim, então...
acabou.
Voltei para o hotel sob a
chuva torrencial. Me tranquei no quarto e chorei na cama. Depois tomei banho
ouvindo Leaving On A Jet Plane, do
trio Peter, Paul & Mary. Olhei meu celular e encontrei só três mensagens de
Emma.
1) Me perdoa
2) Eu sinto
sua falta
3) Eu te amo
Guardei o celular no
criado mudo e voltei a chorar. A saudade de Peter aumentava demais. Antes
cogitava em voltar para casa em uma semana, agora quero mais que tudo retornar
amanhã mesmo. Contudo, naquela noite aconteceu algo. Ouvi batidas na porta e
fui abrir. Ele.
-- Não quero mais ficar
separado de você!
-- E quanto ao que
falamos?
-- Depois resolvemos,
agora... desejo me redimir com você, supernova.
-- Starlord sou eu que
peço perdão. – abracei Peter tão forte que ele ficou com falta de ar. – Eu
fiquei com medo de perder você. De verdade. Eu...
-- Calada e me beija!
Fechamos a porta e seguimos para a cama. Peter
abria meu robe e apertava meus seios e os sugava com vontade.
-- Peter... mais... por favor...
Ele obedeceu. Desceu os beijos para todo meu corpo
e chegou no meio das pernas, fazendo um sexo oral tão incrível que me levou nas
nuvens. Puxei a cabeça dele, pedindo mais e mais aquela língua.
-- Ooooh Peter!
Quando terminou, ele me olhou de forma safada e
tirou a roupa na minha frente. Colocou a camisinha que tinha no bolso da calça
e deitou-se por cima de mim.
-- Minha supernova...
A penetração foi suave e devagar. Foi assim por
alguns minutos. Apertava o bumbum dele e o arranhava nas costas.
-- Ai! Não me machuque, supernova!
-- Perdão, Starlord. – disse e beijando meu
poetinha. – Me empolguei. Posso ficar por cima?
-- Seu pedido é uma ordem!
Invertemos as posições e cavalguei nele rápido.
Peter passava as mãos no meu corpo e apertava mais meus seios e os mamilos.
-- Peter... meu poeta, Starlord... eu...
-- Felicity... eu...
Puxei Peter para o rosto dele ficar entre meus
seios e atingimos o clímax juntos.
Deitamos bem abraçados e
ofegantes. Nem deu cinco minutos de pausa e o telefone do hotel tocou. Ele
atendeu.
-- Alô? – com uma voz
cansada.
-- Peter? – mesmo sendo
ele atender, reconheci a voz de Anastacia no outro lado da linha. – Espera!
Você está com a Fefe?
-- O que acha? – ele ria.
– Meu deus, não consigo respirar e nem sentir minhas pernas....
-- Me conta os detalhes...
-- Bem... Eu e ela...
Não deixei aquela conversa
se esticar e peguei o telefone.
-- Ana, por favor liga
amanhã pro celular dele. Estamos ocupados.
-- Ah, sim! Desculpa,
Fefe. E boa noite.
Coloquei de volta no
gancho e pra garantir não ouvir mais, tirei da tomada. Ali mesmo iniciou meu
romance, desta vez pra valer com Peter.
Gerd POV
Amanheceu e notei o quanto
Louise estava diferente. Comparado a noite passada onde teve a iniciativa, esta
manhã agiu com certa frieza. Pensei em convidá-la para um passeio na rua mas
chovia demais e a previsão do tempo era o dia todo, a tarde e noite só chuva.
No café da manhã ela não
conversou, apenas agradeceu pela refeição, ajudou Lisa e Thomas para lavar
louça e a limpeza do quarto.
Ela não saiu do quarto.
Subi para lá e a encontrei
lendo na minha cama do beliche. Fechei a porta e me sentei perto dela.
-- Quer me contar algo?
-- Sua família e amigos
sabem que você terminou com a Dianna?
-- Sabem. – respondi,
segurando a mão dela. -- Contei pro Tommy e ele contou a todos. Ursinha não
quero esconder de mais ninguém que a amo. Você é meu mundo, o meu universo.
Ela guardou o livro e em
seguida pegou a pilha de revistas que estavam embaixo da cama. Todas continham
fotos minhas com Dianna. Louise mostrou a revista Vogue... com Dianna e eu
posando para as campanhas da Calvin Klein e o desfile do Victoria’s Secret.
-- Louise...
-- Antes era ursinha,
agora é Louise? – soltando sua mão das minhas. – Não posso negar que há uma
atração entre nós... Eu...
É claro. Ela ainda ama o
anão... Soquei a parede.
-- O que ele tem que eu
não tenho?
-- Gerd, eu não amo e nem
consigo mais amar o Davy. – ela chorava. – Eu estou com raiva. De tudo. Perdi
meu amigo. Pra Dianna. Se ele está com ela por mim tudo bem e pra você também.
Mas... estou com raiva porque senti que ele não é mais meu amigo. Está
entendendo?
Louise quer culpar Dianna,
sem saber que eu também tenho parte disso. Minhas tentativas de ter a ursinha
ao meu lado serviram para afastar ela e Davy na amizade e isso não queria.
-- Louise...
-- Quero ficar sozinha,
Gerd.
Abracei Louise bem forte.
-- Ursinho...
Poderia ter acontecido um
beijo se não fosse a intromissão de Thomas.
-- Opa! – se desculpando.
– Só pra avisar, seu celular tocou e era Alice. Mandando você ligar a TV e
colocar no canal 5!
Peguei rápido o controle
remoto. Ligamos a TV no canal indicado e começou um programa sobre carros
antigos e... apresentado por Alice.
-- E hoje no Relíquias sobre rodas,eu irei encontrar um Alfa Romeo 74.
-- Minha lua tem seu
próprio programa de reforma de carros. – dizia, emocionada. -- Que orgulho!
Fiquei bem surpreendido
mas não tanto quanto Louise. Já havia algum tempo que Alice disse sobre seu
desejo de falar sobre carros antigos e apresentar um programa assim na BBC. E
pelo visto, seu sonho se tornou realidade. Após o programa, Louise me mostra uma mensagem
de Alice.
-- Fala sério! Ela quer que
eu participe do programa e diga qual é o carro que desejo.
-- E você vai?
-- Não gosto de me
expor... Depois eu envio uma mensagem para ela, recusando o convite.
Passado uns três dias
Louise conheceu as namoradas de meus amigos. Fridda é uma sueca e namora
Martin. Lena é noiva de Hans... e está grávida. Junto com Lisa, quatro ficaram amigas, embora notei que Louise
ficasse bem incomodada a cada instante que elas falassem de Dianna. Numa noite
não nos amamos mas dormimos do mesmo: com os colchões no chão.
-- Amanhã vou para Newport.
– ela disse em tom de lamentação.
-- Por quê?
-- Saudade da família.
No outro dia Louise se
despediu de todos. Minha mãe deu de novo um saco de batatas. Martin e Fridda
lhe deram um vestido para caso Louise participar da Oktoberfest. Lembrei uma
vez que Dianna se recusou a vestir. Lena e Hans foram mais humildes. Foram
quatro livros de história da era vitoriana, já que a ursinha adorava.
Olhei na janela se
despedindo.
-- Werden Sie Ihre freundin gehen lassen? (Vai deixar sua namorada ir embora?) – minha mãe perguntava e... arrumava minha mala?!
-- Sie entschied sich
dafür. (Ela optou por isso.)
-- Nun ist diese! Ich sah dieses Mädchen tat. Ich sage, sie mehr
Haltung, Freundlichkeit und Geist einander hat. Sind Sie geben nicht auf Grund
Wert. Gehen Sie nach ihr, mein Sohn! (Ora
essa! Eu vi o que essa garota fez. E digo que ela tem mais atitude, gentileza e
espírito que aquela outra. É você que não está dando devido valor. Vá atrás
dela, meu filho!)
Poucos minutos depois
segui Louise.
-- Vou com você.
E ela se espantou.
-- Sabe que vai conhecer
minha família. E... já aviso que somos muito diferentes de vocês.
-- Se eu agüento 90
minutos em campo, porque não uma viagem e conhecer sua “tenebrosa” família?
Louise suspirou e aceitou.
-- Não diga que eu não lhe
avisei!
A viagem foi longa e
chegamos ao fim da tarde. Eu estava em Newport, uma cidade pequena de Gales. Já
havia visitado aquele país em dias de amistoso e jogos das eliminatórias da
Eurocopa.
Agora só me restava
conhecer a família de Louise.
Continua...