sexta-feira, 31 de maio de 2013

Love Sell Out (11º Capitulo)

Olá! Feriado tudo de bom, aniversário do John Bonham bombando e mais um capitulo comedia romântica de Love Sell Out! Nora e Keith ganham POV's. Boa Leitura!


Capitulo 11: Girl's Eyes -- Parte 1

Nora POV's

--E corta!

Eu havia filmado a apresentação e depois passei o resto da tarde a editando com Keith.
Os dias seguiram aquela apresentação foram calmos e quentes, como aquele sol de primavera. Almocei todos os dias com Keith em todos os restaurantes nunca antes descobertos naquela região de Londres. E acabei descobrindo coisas novas sobre ele: ele adorava bolinhos e ler histórias sobre mitologia grega e romana, algo que achei incomum e inovador, pois muitos o achavam o 'Idiota da banda", ele se revelou de mitos que eu nem mesmo me lembrava e em meio dessas revelações, ele me contou que vivia pedindo a Anastacia que escrevesse algumas estórias sobre o assunto para ele.
--Eu ia perguntar se você poderia escrever algumas para mim, é claro se você tivesse tempo - Disse ele, enquanto almoçávamos na quinta feira.

--É claro que posso – Respondi a milhares de tempos não escrevia algo do tempo - amanhã lhe entrego um conto.

Ele sorriu, dei uma piscadela com o olho direito, ele afagou minha bochecha direita e me beijou. Depois voltei para a redação, tinha algumas resenhas de filmes que havia acabado de sair em cartaz num pequeno cinema que a Rolling Stone havia reservado e depois, ajudei Marie com a edição da entrevista que ela havia feito com a Françoise Hardy em Paris.
Voltei para casa e comecei a escrever o conto que havia me pedido. Como base, usei o mito de Perseu e Andrômeda, que contava Perseu havia voltado de sua missão de decapitar a Medusa e encontrou Andrômeda acorrentada em uma rocha. Este achou que era uma estátua, mas quando se aproximou viu que era uma bela jovem. Andrômeda estava acorrentada naquele lugar, pois sua mãe havia comparado sua beleza com as filhas de Poseidon e como castigo, ela teria de ser sacrificada. Perseu a encontrou e a salvou. Como presente, os pais de Andrômeda fizeram com que esta desposasse com Perseu.
Só mudei o nome de Perseu para Keith e o de Andrômeda para Nora. Acrescentei meus pais e uma lula-gigante que foi despedaçada por meu amado, chamado Ray -nada vingativa eu.

Quando terminei, eram quase 23h30,Godard já havia dormido no meu colo, meus dedos estavam doloridos de tanto digitar nas teclas de minha máquina de datilografar. Peguei as 3 folhas que o conto tinha dado, enrolei-as e amarrei-as com uma fita vermelha e fui dormir um pouco.
A sexta-feira chegou presunçosa. Estava cansada demais para me levantar, queria dormir mais um pouco, mas estava quase já ficando atrasada para ir a redação. Me arrumei rapidamente, tomei um copo de café e sai correndo para não chegar atrasada. Cheguei a redação no horário certo, mas meu estomago estava rocando de tanta fome e quando cheguei perto da minha mesa, havia lá um grande buque de rosas vermelhas e um cartão. Olhei para trás e Marie,Felicity e Anastacia trocavam risinhos olhando para o buquê.

--Leia!Quero saber o que Keith escreveu pra você! - Disse Felicity, tirando o cartão do buquê.

--É queremos saber! - disse Anastacia tirando o cartão da mão de Felicity e abrindo o cartão e tirou um pequeno bilhete num papel dourado. Marie pegou o papel e começou a ler.

"Boneca,
Venha almoçar comigo, meu motorista irá te buscar! Esperando feito um louco por você,
Keith!”

Esperei ansiosamente que 13h00 chegasse, além de estar com muita fome, queria ver Keith havia aprontado. Discuti todas as possibilidades do que ele podia estar fazendo com as meninas, no entanto ainda não fazia a menor ideia do que ia acontecer. E Felicity me contou que na noite passada conseguira dormir a noite inteira e havia sonhado com Pete.

--Talvez você esteja apaixonada por ele - respondi.

--Ah...eu não sei... - disse ela.

--Deixa de insegurança! - disse eu.

Ela sorriu e me contou seu sonho com Pete, estavam caminhando num campo cheio de flores, achei aquilo muito fofo! E ela recitando poesia pra ele! Mais fofo ainda! Mostrei meu conto a Felicity e ela adorou e depois terminei minhas resenhas de filmes pendentes e pouco depois o relógio soou 13h00 era hora de encontra-lo.

***

Keith's POV

Estava quase tudo pronto, só faltava Pete chegar com a garrafa de vinho que mandei comprar. Ainda estava meio inseguro com tudo aquilo, porque esse tipo de encontro todo romântico "fru-fru" não é para mim, porém John me convenceu que minha boneca iria gostar daquilo, então continuei com tudo.
Andei de um lado para debaixo de uma árvore perto do lago, meu terno branco estava ficando quase sujo com a aquela poeira que meu andar produzia. E Pete não chegava.
Quando o vi se aproximando, dei um pulo de alegria e olhei para o outro lado da rua e vi minha ex-namorada Kim Kerrigan e ao seu lado o ex de Nora, que eu ainda pretendia matar, Ray Davies.

--Olá Moonie - disse ela se aproximando - Acho que já conhece o Ray, não conhece?

--É... Ele quase me mandou ir morar no cemitério esses tempos -- Respondi.

--Mas foi para uma causa nobre -- Disse ele com um sorriso do mal entre os lábios.

--Causa nobre -- Falei-- Alguns ossos quebrados, uma boneca chorando...

--É mereceu - Argumentou Kim -- Ela roubou-me de você, a coisa que eu mais amava e você a tomou de Ray, isso não se faz!
-- Ladrão que rouba ladrão, 100 anos de perdão - Disse eu - E aliás, não fui eu quem se esfregou no meu melhor amigo e ainda ficou aos beijos com o Paul, na minha frente!

--Eu tinha bebido um pouco, só isso - Respondeu ela - Olha só que esta chegando, sua namoradinha! Oh meu bem, você poderia ter conseguido coisa melhor que isso, não acha Ray?

Olhei para trás e Nora, Pete e Douglas, meu motorista, estavam se aproximando. Nora estava pasma ao ver os dois, não sabia se corria ou se chorava. Pete segurou seu braço, enquanto Douglas se retirava com medo de morrer. Mas ela era uma garota corajosa, foi isso o que me fez gostar dela, Nora se aproximou e veio em minha direção e ignorando a presença de Kim e Ray.

--Olá meu amor - Disse ela me dando um pequeno beijo na minha bochecha, deixando a marca de seu batom vermelho lá.

--Olá meu bem - Respondi, segurando sua mão.

--Ray e Kim, estão bem? - Perguntou ela como se fosse a Rainha Elizabeth.

--Estamos sim, não é Ray? - Disse Kim e Ray só balançou a cabeça num sinal de sim. Nora me entregou a garrafa de vinho que Pete havia comprada e perguntou se iríamos almoçar.

--Nunca! - Respondeu Kim - Por que você não faz um favor a nós todos, sua magrela, volta pro Raymond e eu pro Keith!

--Olha aqui moça, por que você não vai tomar conta da sua vida? Hein? - disse Nora -- A gente tenta viver feliz e sempre tem um para puxar o tapete!

--Não quero puxar o seu tapete meu bem! Quero meu namorado de volta!

--Mas você não estava de caso com o Paul? - Perguntou Ray a Kim, surpreendendo a todos.

--Eu te falei que não era para comentar esse tipo de coisa na frente dele! - Gritou Kim a Ray, e do nada eles começaram a discutir.

--Vamos ficar só nós dois? - Sussurrou Nora em meu ouvido - Que tal deixar esses dois ai e fugir daqui?
Concordei na hora. Saímos de fininho daquela briga e começamos a andar em volta do lago, procurando um lugar para ficarmos um pouco só.

--Parece que ninguém quer nos deixar em paz! -- Falei.

--É verdade - ela respondeu e me abraçou -- Mas estamos juntos e é isso que importa!
Encontramos um banco de baixo de outra arvore, sentamos e abri a garrafa de vinho.

--Não vamos almoçar mais? - Perguntou ela. Antes que eu pudesse responder, Pete com o braço dado a Felicity, trazendo a cesta que Marie havia me emprestado. Pensei em falar alguma coisa, mas vi que eles estavam em plena sintonia e Nora só ria.
Almoçamos ali naquele banco mesmo, o barco que eu iria usar naquele encontro com Nora, havia boiado até o centro do lago e assistimos Kim e Ray brigarem do outro lado do parque. Pouco depois, Nora me deu um pergaminho enrolado com uma fita de vermelha.

--Espero que você goste - Disse ela me dando outro beijo na bochecha. Queria abri e ler, mas queria curti-la mais um pouco. Olhei para as mãos dela e vi que estavam machucadas. Ela ficou escrevendo a noite inteira, pensei, toquei seus dedos machucados, ela sorriu e encostou a cabeça no meu ombro e acabou adormecendo. Observei-a dormindo e quase cochilei, acabei despertando com um pingo de chuva na minha cabeça.

Olhei pro céu e vi que começava a chover, Nora despertou, ajuntamos nossas coisas e a chuva começou a cair forte. Tirei meu casaco e coloquei sobre a cabeça dela para não se resfriar

--Que tal dançarmos um pouco? -- Sugeriu-a. Ela guardou meu pergaminho na bolsa e me estendeu sua mão direita.

--Como quiser -- Respondi. Segurei sua mão e pousei a outra em sua cintura. E começamos a dançar ao som da chuva. E no meio de tudo, acabei lhe dando um pequeno beijo.

--Olhe, Moonie! - Disse ela parando de me beijar e apontando para o outro lado do parque, Pete e Felicity brigavam no meio da chuva.


Continua...

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Love Sell Out (10º Capítulo)

Enfim, chegamos ao capitulo 10 da fanfic. Será uma dobradinha de POV's, terá Felicity e Pete narrando os fatos e no próximos teremos Nora e Keith. Boa leitura!


Capítulo 10-- That Glitering Girl - Parte 1

Felicity POV

Volta ao trabalho, amava retornar as atividades nos dias uteis, com exceção na sexta que já me deixa esgotada. Depois da noite de sábado não consegui parar de pensar em Pete, mesmo ter afirmado que aquele beijo era apenas para agradecer o que ele fez por mim. O que me deixava angustiada era o fato de ter prometido dar uma resposta para ele se eventualmente nos encontrarmos, independendo das circunstancias. Por isso que hoje fui para a Rolling Stone cheia de receio de se deparar com próprio Townshend na minha frente. Cheguei à redação e cumprimentei a todos. Fui para cafeteria e escolhi uma mesa de quatro lugares para esperar minhas colegas de trabalho, Nora, Marie Greyhound e Anastacia Rosely. Enquanto esperava, revi os fatos que desencadearam na semana passada, desde o momento que Dave Davies se revelava um possessivo até Ray Davies ser um furioso homem querendo matar Keith Moon. Acredito que depois dessa, Ray vai encher o saco de Nora para pedir desculpas do ocorrido e ela nem aí.
Já eram 08h30 e as meninas apareceram muito alegres e já se sentando à mesa onde estava esperando.
-- Felicity! Não acredito que não foi na festa da Marianne Faithfull. Estava demais! – Dizia Marie, já se sentando ao meu lado e Nora e Ana de frente para nós duas.
-- E como estava! – Agora é Ana que completa os elogios da festa, enquanto Marie fazia os pedidos.
-- Ah, deixa te contar uma coisa:  Advinha quem estava na festa? – Dizia Nora, ao se sentar na minha frente.
-- Ray e Dave?
-- Só vi o Ray e nem dei bola. Bem feito pra ele por quase matar meu querido Moonie. Além dele, vi seus dois pretendentes, ou melhor, ex-pretendentes, Keith Richards e Gordon Waller.
-- O que aquele idiota do Gordon queria comigo? Já basta por me trair com aquela modelo sueca esquelética...
-- Ele ainda te ama, a ponto de te ligar e o Richards com saudades de você. Mais engraçado nesta história é que o Gordon falou isso na frente da namorada e ela ficou muito furiosa.
Acabei dando risada desse fato, imagina uma coisa dessas. Gordon revelando na frente da atual namorada o meu amor. Meio tarde para isso, não acham, leitores?
Marie e Ana conseguiram trazer nossos pedidos de café da manhã e começamos a falar muito mais da festa. Nora ainda contando que quando chegou lá, encontrou o ex-marido de Marianne, John Dunbar. Depois um papo que ela ouviu entre Tony Hicks e Graham Nash falando sobre a excursão que fizeram em Oxford. Que eu soube, Os Hollies se apresentaram na Faculdade de Oxford. Apresentação agenciada por Sam Benson, o maior empresário da cidade e chefe de minha amiga, a estudante Rosie Donovan.  Inclusive, prometi um dia ligar para Rosie, perguntando quando ela viria para Londres, com Marianne Jones e sobre o relacionamento com Eric Clapton.
O café estava muito gostoso e a segunda-feira prometia mais surpresas naquele dia sem que eu imaginasse. Depois do papo, pagamos pelo café e no momento da saída, Richard Sullivan, nosso chefinho amado da Rolling Stone, trouxe meus amigos, Paul Williams, âncora do telejornal London News e Luke “Biff McFly” Stark, locutor da famosa rádio pirata Radio Caroline.
--E ai Fefe, vamos mais um dia tocar um pouco de rock anos 50? – Perguntou alegremente Luke. O apelido Biff McFly é o seu nome artístico para radio.
-- Sempre estou pronta, Luke, mas cadê minha guitarra Epiphone?
-- Bem aqui! –Respondeu Paul, que trazia seu enorme contra baixo clássico, usado pelos músicos dos anos 50. – Vê- se não esquece sua guitarra na minha casa. Da última vez, saiu correndo e a Melissa não teve tempo de devolver pra você.
-- Não irei esquecer-me desta vez. –Falei um pouco constrangida pelo fato de ter esquecido a minha guitarra, presente de meu pai, Robert McGold, na casa de Paul, no dia que o visitei e sua mulher, a atriz Melissa Campbell.
-- Vamos lá? Quero mandar ver!
Fomos ao estúdio que a imprensa possui  para caso de bandas fazerem uma entrevista e um show ao mesmo tempo. Tem tudo ali, desde cabos e amplificadores e uns instrumentos atuais e clássicos. Preparávamo-nos para uma pequena apresentação de começo de semana. O que não esperava era que “ele” estaria aqui, me vendo cantar.


Pete POV

Um beijo. Um único beijo foi o suficiente para perceber o quanto gostava dela. Eu sei que é meio cedo, mas sabia que era dela que tinha uma pequena sintonia. Percebi isso quando foi nos fotografar para nosso disco. Felicity McGold é meu anjo. Naquele dia da festa, não suportei que aquele engomadinho do Gordon Waller e Keith Richards gostassem dela.  E quando fui no apartamento dela, senti aquele beijo, com gosto de mel e vinho. Desse jeito pareço tão poético quanto os Beatles em 63.  Aquela manhã todos nós acordamos cedo. Roger outra vez ajeitava seu cabelo, John fumava e suspirava por Anastacia e Keith procurava uma roupa boa para vestir pois ele iria visitar Nora na Rolling Stone.
Para quebrar aquele silencio, Roger perguntou.
-- Por que saiu da festa, Pete?
-- Não é da sua conta! Me deixa quieto, Ok?
-- Ora, não era você que chorou para minha boneca lhe dar o endereço da fotógrafa?
-- O que? Pete pediu pra Nora lhe dar o endereço da amiga dela? Há há essa é boa! – Roger riu quando Keith revelou isso. Fiquei mais furioso com isso.
-- O que está havendo aqui? – Chegou Kit Lambert.
-- Nada não, Kit. É só o Pete em suas crises por falta de sexo hahahaha! – Quem disse essa bobagem foi Keith, unicamente para me provocar e todos, inclusive John que até então só pensava na Ana, gargalhou com essa palhaçada.
-- Parem, pessoal. Vamos pro carro, temos que ir para Rolling  Stone saber da revista e Pete... – O olhar de Kit foi direcionado para mim na próxima frase. —Arranje outra garota para satisfazê-lo, pois Deus que me perdoe aquela Jenna não dava conta!
Quando entramos no carro, mais risos por minha causa. Primeiro foi da festa, depois meu termino do namoro dom Jenna Davies e o sexo entre nós ter sido naufragado por diversas vezes e por fim Roger mencionou um dos meus momentos de sonambulismo, em que falava que iria matar ele, mas nesta última, dizia ele e o próprio John que eu gemia e falava o nome da Felicity. Nem eu acreditava que eu mesmo dizia no meu sonambulismo. Caso for verdade, vou me enterrar num buraco para ninguém me achar.
Enfim, estamos no prédio da revista Rolling Stone. Entramos e fomos recebidos pelas garotas Nora, Marie e Ana. Reparei que Felicity não estava entre elas. Perguntei para Marie, abraçada ao Roger, se a amiga dela viria.
-- Ela já chegou faz tempo, Pete. Felicity está tocando neste momento no estúdio com a banda dela.
-- Banda?—Perguntei. Nunca ouvi falar de Felicity com uma banda.—Que banda é essa?
-- É uma banda que toca só músicas dos anos 50, formada por ela na guitarra, o jornalista Paul Williams no contra baixo e o locutor Biff Mcfly na bateria. Vamos ver eles cantarem Buddy Holly. – Falava Anastacia, de tão animada por saber que John estava ali com ela.
Entramos no estúdio cheio de jornalistas e fotográfos. Encontrei personalidades como Maureen Cleave, a repórter que entrevistou John Lennon no dia que ele afirmou que os Beatles são mais populares do que Jesus e o nosso amigo Alan Algridge, ilustrador do nosso segundo disco, A Quick One.
A banda havia terminado de tocar Summertime Blues e quem cantava era Paul Williams. Ao que parece, Felicity vai falar algo.
-- Agora, próxima música, é uma das minhas favoritas do Buddy Holly e...
Notei a falha pequena na voz dela quando olhou para mim. Estava entre a surpresa e a felicidade.
-- ... E quero dedicar a um cara que conheci no meu trabalho. Ele salvou minha vida e se pudesse... diria que aceito sair a qualquer dia com ele!
Percebi então o que ela quis dizer. Ela aceita sair comigo.  Ela cantou True Love Ways.
Just you know why
why you and I
will by and by
know true love ways

Sometimes we'll sigh
sometimes we'll cry
and we'll know why
just you and I
know true love ways

Throughout the days
our true love ways
will bring us joys to share
with those who really care

Sometimes we'll sigh
sometimes we'll cry
and we'll know why
just you and I
know true love ways

Ela canta e toca guitarra maravilhosamente bem, pensei comigo mesmo. Todos aplaudiram por aquela música ser interpretada tão bem na bela voz de Felicity. Nora havia filmado a banda cantando a música. Naquele instante, confirmei mais o que realmente sinto pela fotógrafa Felicity McGold é amor. Um amor mais puro e digno, não aquele amor de aparências como tive com Jenna e por conveniência como aconteceu com Karen Astley, minha primeira namorada.  Felicity é minha garota brilhante. Voltamos para casa e imediatamente, peguei aquela música que John e eu escrevemos para Anastacia e não terminamos. Era Glitering Girl. Comecei a escrever feito louco mas de alegria.
Said the rules mama preaches
Go down when they break
The themes mama teaches
You just gotta shake
But she wasn't a fool
That slender love figure
She followed her rules
And made money bigger
She wasn't a fool
That shining young woman
She followed her rules
She's crying for no man
(…)

-- Pelo visto bateu inspiração, hein?—Espantou John Entwistle, ao me ver escrevendo no caderno.
-- Essa garota brilhante me inspira.
E como me inspira a escrever as músicas!

Continua...



domingo, 5 de maio de 2013

Love Sell Out (9º Capítulo)

Eu disse que a parte da Nora ia sair, não é? Boa leitura!


Capítulo 9: Festa Underground

Nora POV

A campainha tocou. Demorei um pouco para atender, porque ainda estava terminando de me arrumar.
-Já vai – gritei enquanto eu driblava a mesinha da sala, enquanto calçava a sapatilha e ia em direção da porta e encontrei Keith com um largo sorriso entre os lábios.
-Olá boneca – disse ele roubando-me um beijo, ainda na porta. Uma vizinha minha passou por nós e gritou “Pervertido” e Keith a mandou ir a merda.
-Vamos entre – respondi rindo.
-Sua casa é maravilhosa – disse ele olhando meu pequeno apartamento – eu realmente gostei daqui, é confortável, bem o seu jeitinho, gostei!
-Oh obrigada – respondi um pouco envergonhada – Espere só um pouco, só irei deixar um pires de leite e um pouco de comida pro Godard e a gente já vai pra festa, tá?
-Quem é Godard? – perguntou ele enquanto se acomodava no sofá e acendia um cigarro – Não, espere, eu acabei de conhecer ele! – Ele se levantou e foi à cozinha, onde eu estava, segurando Godard no colo – ele lembra muito o Robespierre, só que o seu é amarelado, o dela é uma raça vinda lá da Rússia, chique não é?
-Sim, mas quem é Robespierre? – perguntei.
-É o gato da Anastacia – respondeu ele colocando Godard no chão e este indo correndo ao pires de leite que tinha acabado de colocar no chão. Keith se aproximou de mim, segurou minha cintura, limpei seu casaco marrom que estava repleto de pelos de gato e então ele sussurrou – Pete deve estar louco, nos esperando! Mas dane-se! – Ele me roubou novamente outro beijo e sorriu – Agora a gente tem que ir.
Quando chegamos a portaria do prédio encontramos Pete, impaciente do lado de fora do carro de Keith, praguejando para o motorista que não aguentava mais nos esperar. Ele me cumprimentou e cumprimentei de volta e depois começou a brigar com Keith sobre estarmos atrasados. Pete ainda falou que teríamos que passar na casa de Ana para pegar e John, que também iam para festa da Marianne Faithfull.
-Olha, só porque a sua garota não vai a festa, você necessariamente não precisa ficar triste,tá bom? – Disse Keith, enquanto abria a porta esquerda de traz do carro, para eu entrar. Eu sabia que eles estavam de Felicity.
-Keith você já pode calar essa sua boca – Disse Pete entrando no banco do carona e batendo furiosamente a porta do carro. Keith o xingou e os dois começaram a brigar, deixando eu e o motorista, entediados. Depois de brigarem, Pete disse ao motorista  para primeiro irmos a casa de Anastacia para buscarmos ela e John e depois seguirmos para a festa.
Depois de 10 minutos calmos namorando Keith, chegamos ao apartamento de Ana e John e depois finalmente fomos tagarelando até a casa de Marianne, enquanto somente Pete estava quieto ,pensando em Felicity. Quando descemos do carro, já enfrente do prédio onde Marianne vivia, Pete me perguntou:
-Nora, eu sei que é meio estranho pedir isso, mas você tem o endereço de Felicity?
-Tenho sim – respondi meia sem jeito.
-Ora Pete! Depois você pega o endereço da garota – ralhou-lhe John – você não vai visitar ela agora, não é? São 20h00,ela não te atender agora!
-Por favor! – pediu Pete.
-Tudo bem – respondi. Abri minha bolsa, peguei meu bloquinho de anotações e uma caneta, entreguei minha bolsa a Keith e anotei o endereço de Felicity, rasguei-o e entreguei a Pete, seus olhos brilhavam mais que as estrelas.
-Oh muito obrigado – respondeu ele guardando o papel dentro do bolso de sua camisa e John o puxou pelo braço gritando que era hora de entrar.
Pete tocou o interfone, disse que o resto do Who havia chegado já que Marie e Roger foram os primeiros a chegar. A  porta do prédio se abriu e topamos com o porteiro, sentado numa cadeira atrás de um balcão, tentado dormir, mas não conseguia, pois o som vindo da cobertura de Marianne o impedia. Cumprimentemos ele, e nos esprememos dentro do elevador e chegamos a cobertura.
Logo que saímos do elevador, topamos de cara com John Dunbar, o ex-marido de Marianne saindo do apartamento desta com uma tampa de papel de um abajur, segurando uma garrafa de champanhe. Ele ainda a visita, pensei, ele ainda a ama. Ele nos cumprimentou e me perguntou se ainda tenho visto Marianne —já que toda vez que ela pulava a cerca, ele vinha chorar no meu ombro e Felicity achava que ele precisava controlar a esposa dele — Respondi que quase não a tinha visto, perguntei sobre Nicholas, o filho deles dois que haviam acabado ter e depois ele me entregou um papel com o novo endereço dele pedindo para visita-lo e depois ele partiu. E Keith me fez milhares perguntas de onde eu havia o conhecido.
Quando entramos no apartamento, foi a própria Marianne que nos recebeu junto com seu novo namorado, Mick Jagger. Olhei para o apartamento, estavam um “caos organizado”, em comparação as últimas festas dela que eu havia participado. Dessa vez não tinha um bebê chorando, John Dunbar brigando Marianne, os Stones – com exceção de Charlie sempre muito comportado é claro –  nem tão bêbados assim e gritando uns com os outros. Agora só Brian e Keith estavam fumando um cigarrinho questionável somente de cueca com cinco garotas envolta destes e quase todo o cenário underground de Londres no apartamento
-Eleonora! A quanto tempo que eu não te vejo! – gritou ela, tentando equilibrar um copo de uísque e um cigarro, para me abraçar –Não acredito que você esta com o Keith agora!Parabéns, você tem uma garota de ouro com você! Ela já até trocou com as fraldas do meu filho!
-Obrigado – respondeu Keith dando um pequeno beijo em minha bochecha.
-Onde esta Felicity? – perguntou ela depois de cumprimentar todos.
-Eu liguei para ela – Falei – Mas ela disse que queria descansar um pouco, por isso recusou.
-Entendo – Respondeu ela me dando um copo com um pouco de uísque – Ah sabe quem esta na festa? Eu não queria convidar por causa de você e do Keith, mas agora ele é “amigo” do Mick, mas o Ray Davies está aqui.
Ao ouvir aquele nome, senti um calafrio percorrendo meu corpo e de repente, me lembrei de tudo aquilo que aconteceu, quando  ele quase acabou com o Keith.
-Nora está tudo bem? – perguntou Marianne.
-Esta sim – respondi.
-Enfim, nem te contei, fui pra França com o Mick...—E assim eu e Marianne ficamos papeando sobre nossas vidas, Ray passou por mim uma ou duas vezes, numa dela se remoendo de ciúmes, na outra querendo falar, mas deixei ele para lá. Vi que um pintor começou a desenhar Mick numa das paredes e outras garotas estavam quase nuas em cima de Brian e Charlie, que sempre fora apaixonado por mim, mas nunca conseguiu tomar coragem e me contar, veio conversar comigo.
-Olá Charlie – disse eu – Como você esta?
-Eu vou bem, Nora  - disse ele, um pouco tímido – E você esta feliz com o Keith?
-Estou sim – respondi.
-O Ray te fazia algum mal? – perguntou ele.
-Na verdade ele era muito ciumento – falei – e isso era horrível demais.
-É ele tem cara de quem faz essas coisas – disse ele – mas quero que você saiba, se o Keith não te amar mais ou te fazer algum mal, eu sempre estarei aqui, amando você incondicionalmente.
A declaração me pegou de surpresa, não sabia o que dizer ou agir. Sorri e depois ele pegou a minha mãe direita e beijou ela, eu corei e ele sorriu e saiu. Olhei para os lados procurando Keith, mas não encontrei. Fui até cozinha procurando algo forte para beber e lá encontrei Peter & Gordon e a nova namorada de Gordon, uma tal de Jane.
-Oi Nora – disse os dois em coro.
-Ah Olá rapazes – respondi.
-Onde esta a Felicity? Porque ela não esta aqui? – perguntou Gordon. Nisso,Pete também apareceu e eu não consegui pegar minha bebida. – Eu tento telefonar para ela ,mas ela não me atende! Nora por favor, me diga, será que ela ainda me ama? Porque eu a amo demais!
-Como assim você ainda a ama? – perguntou Jane, enquanto Pete começava a prestar atenção na conversa – Você perdeu a noção do perigo?
-Não – respondeu Gordon – eu gosto de você ,mas amo a Felicity. Ela é minha musa inspiradora!  Ai ai...
-Gordon acho que você já pode parar... O Townshend vai me matar aqui – disse Peter. Olhei para Pete e ele estava quase batendo em Peter e no Gordon, enquanto este falava o quanto amava. Keith Richards se aproximou e disse que também amou Felicity, então Townshend saiu furioso da cozinha e foi embora da festa.
-Olha, eu falo pra ela o quanto vocês dois estão apaixonados por ela – disse eu a eles – Sendo que eu não sou um pombo correio, ok?
Sai dali, tive que atravessar a sala repleta de quadros e esculturas e fui em direção a sacada do apartamento. Era um dos melhores lugares daquele apartamento inteiro e lá encontrei Graham Nash e Tony Hicks conversando, cumprimentei-os e comecei a observar a cidade e involuntariamente comecei a ouvir a conversa deles.
-Quando estive em Oxford, conheci uma ruiva de tirar o fôlego! – disse Tony – mas ela já estava comprometida!
-E quem ela namorava? – perguntou Graham um pouco indiferente.
-Com Deus! – respondeu Tony.
-Você se apaixonou por uma freira? – perguntou Graham um pouco chocado e eu também fiquei pasma ao ouvir isso.
-Não, ela estava namorando o Clapton – respondeu ele com uma grande gargalhada.
-Vê se não me assusta mais, seu idiota – respondeu Graham.
Então voltei para meus pensamentos, e  enquanto me perguntava onde estaria Keith, senti um beijo em minha nuca e duas mãos tamparam meus olhos.
-Quem é? – perguntei.
-Hum, você sabe – e Keith deu uma gargalhada.
-Moonie – me virei e ele me beijou – Onde esteve?
-Por ai – respondeu ele – mas isso não importa, onde você esteve?
-Sendo pombo correio – respondi. Ele riu e depois contei toda a história.
-Então, boneca, o que você quer fazer? Fugir ou sentar naquele banquinho e namorar um pouco? – perguntou ele.
-Sentar ali e namorar um pouco – Respondi.
Sentamos num banquinho ali perto de onde eu estava e passamos o resto do tempo namorando. Queria que aquele momento jamais acabasse, até que por fim, dormi no colo dele.

Continua...