segunda-feira, 7 de março de 2016

We Belong Together - Wildest Dreams (What If - Grindhouse Parte 12)

Demorou mas tá aqui mais uma larte da nova temporada.
Parte 12
Ela seguia a trilha na floresta, que a levava até o rio e permaneceu sozinha. Por vários minutos ficou deitada na relva, olhando pro céu estrelado e por fim percebendo a presença de alguém. Era seu marido.
-- Gerd, sabe o que representa o pacto que fizemos, quando nos casamos? – Questionou Louise.
-- Sim. Nossa união. E meu sangue e o seu, unidos num só. – Ele a abraçava e a deixava com a cabeça deitada em seu peito.
Louise suspirou quase resignada.
-- Este pacto... – Pegando a mão dele, com a marca. – Também nos representa ligação por toda eternidade entre nós. Contudo, haverá algumas conseqüências. Se nos separarmos e algum de nós sofrer agressões, o outro sofre junto mesmo que não tenha sido espancado ou coisa assim.
-- Tem medo que algo nos aconteça?
-- Medo de nos separarmos. – Justificou Louise e em seguida se levantou encarando o marido. – Se algum dia, nos separar... Eu vou acabar com você, Gerhard. E não falo para anular o pacto e sim pela falta cometida.
-- Isso nunca vai acontecer, ursinha! Porque eu te amo!
Ela apontava a espada no coração dele, porém muito hesitante. Ao chamar Gerd pelo apelido carinhoso, “Suzie” derramou uma lágrima, engoliu em seco e encarou o marido.
-- Não posso fazer isso! – Ela chorava. – Eu não sei o que deu em mim, mas não posso matá-lo, Hunt.
Hunt se enfureceu e afastou a esposa e começou a espancar Gerd.
-- O que pretende, Müller? Tirar a minha Suzie de mim? Afastar a mulher que você mesmo afastou, de mim? – Perguntou enquanto desferia mais socos.
Louise mesmo sem se lembrar dos rostos daquelas pessoas, sentia dores muito fortes. Tanto físico quanto sentimental. Ela não queria que o nosferatu e a possível esposa dele fossem mortos.
-- Hunt! Pare, por favor! – Implorou “Suzie”, ajoelhada perto deles por conta das dores.
O barão também perdera a paciência e espancou mais Gerd.
-- Barão, estamos perdendo tempo. – Reclamou Roman. – Vamos matá-lo!
-- E também essa vampira! – Sharon deixou Alice mais perto de Gerd e aproveitou para socar mais ela.
Sepp procurava se manter frio ali e o lenhador chorava por ver Alice sendo torturada e Louise por sua amnésia.
-- Vamos matar esses dois na guilhotina! – Sugeriu Barry Sheene, o carrasco.
-- PARE! – Pediu Louise, desta vez se levantando e ficando na frente de Gerd e Alice.
Hunt empurrou Louise.
-- Sai daqui, Louise!
-- Do que me chamou? – Ela perguntou, arregalou os olhos.
Todos sem exceção tremeram um pouco. Hunt tentou pensar numa manobra pra enganar Louise.
-- Não... me enganei, Suzie. Você é Suzie... – Ele ria nervosamente.
-- Senhora Suzie... – Chamou Sharon, largando Alice e indo de encontro para a amada. – Senhor Hunt, seu marido, ele falou sem querer. Olha pra mim...
Suzie se afastou dela e a dor aumentou.
-- Louise... Louise... – Ela repetia várias vezes o nome e colocou as mãos na cabeça.
Sharon e Brigitte tentavam conter a garota, mas era praticamente impossível. Aos poucos imagens lhe surgiam na mente e uma delas era de seu amor por Gerd, quando os dois se amaram na chuva antes de voltarem para o castelo. Ali mesmo o vampiro percebeu. Havia sim uma esperança de salvar Louise e principalmente, fazer ela se lembrar dele e de todos, mesmo segurado por Roman e Clay, ele gritou.
-- Louise! Lembre-se, Louise!
Sepp aproveitou disso e ajudou.
-- Lembre-se do dia que me ajudou com a Katzchen.
-- Girassóis! – Gritou Palin, ao saber das flores que lembravam os cabelos loiros dela. – Lembre-se dos girassóis.
A vampirinha entrava em colapso nervoso. Chorava e repetia o nome demais. Por fim, Sharon a beijou e olhou penetrante nos olhos azuis de Louise.
-- Não ouça eles, Suzie. Eles querem te enganar.
-- Seu marido é James Hunt. – Dizia Brigitte, a condessa sangrenta e necromante. – James... Hunt.
A vampira bruxa notou tarde que o pingente de coração com a cor púrpura estava se rachando, causando o colapso em Louise. A conseqüência disso provocou na jovem, lágrimas de sangue.
-- Não! Não... Meu marido é... – Olhava para o vampiro. – Gerd, meu Gerd! Meu alemão, meu urso! Eu me lembro de tudo, eu quero você!
Ela empurrou as duas vampiras e correu em direção a eles, acertando um soco em Niki, tão forte que o derrubou ao chão.
-- O que está fazendo, Suzie? – Hunt estava mais nervoso.
Alice, se levantando, ainda completou.
-- Lembra quando voltei à vida e você foi me ver? Estava assustada e chorava porque tinha achado que foi sua culpa a minha morte e eu te acalmei dizendo que não. – Dizia Alice, mirando bem os olhos da amada. -- Nós nos beijamos e você disse que eu era a única coisa que importava... Você disse que eu era sua lua e eu disse que era meu sol.
Aquilo foi o bastante para Suzie... que novamente retornou a ser Louise. O pingente se quebra em pedaços, para o desespero de todos os vampiros presentes.
-- NÃO! – Gritou Brigitte, vendo seu plano fracassar.
Louise retira o colar e o joga no chão. Em seguida ela viu os caça vampiros e uma vampira ruiva atacarem os outros servos do barão e libertarem o pessoal. Ela socou a condessa sangrenta, quebrando os braços e uma perna. Em seguida partiu com toda fúria para cima de Hunt e do barão, quebrando o nariz dos dois.
-- Seus malditos! Achavam que apagando minha memória me manteria aqui? – Chutou Hunt no meio das pernas. – Ninguém faz Louise McGold de idiota!
Roman e Sharon ficaram na frente dela.
-- Sua mal agradecida! Isso é o que faz com nós dois? Te acolhemos, te demos consolo por conta da traição do seu marido e dessa mulher da vida e agora nos troca por eles? – Sharon pretende se vingar agora de Louise.
-- Eles vão te fazer sofrer, Louise! Gerd nunca vai te amar como eu e o mestre Hunt te amamos! – Disse Roman.
-- Eu não me importo com vocês! – Disse Louise, enfurecida.
Ela quebra o pescoço de Sharon, não a matando e sim derrubando a adversária. Roman pegou uma de suas espadas e perfurou o ombro de Louise, contudo esta quebrou a espada com as mãos, deixando Roman um tanto transtornado.
-- Senhora Louise, eu faço o que você quiser mas não me mate! – Implorou o vampiro namorado de Sharon.
-- Retire as espadas que estão no Gerd e o libertem! – Ordenou a vampira.
Roman fez exatamente o que ela mandou. Mesmo perdendo sangue, Gerd resistia bravamente e aproveitou para socar o algoz. Louise agarrou o pescoço de Roman.
-- Pagará por me fazer mal, Polanski! – Mal terminando de falar e a vampirinha quebra as duas pernas de Roman.
O barão estava praticamente desmaiado, os outros servos acorrentados de cabeça pra baixo e Hunt preso na parede com as espadas.
-- Você pode ter se lembrado de tudo, Louise. Mas nunca terá o nosso filho! Nunca mais irá vê-lo.
Com aquela afirmação, a vampira tremeu. Precisava o quanto antes resgatar seu filho. Encheu Hunt de socos e mais chutes, até fazê-lo desmaiar. Todos os servos, inclusive o próprio barão rendidos. Louise ajudou Alice se levantar e cuidou dela, sem trocar uma palavra.
-- Pequena... – Alice tocou o rosto da loira. – O que está acontecendo com você?
Ela não respondeu e seguiu porta a fora mas sendo seguida por Gerd.
-- Ursinha...
-- Pare! – Ela o deteve, segurando o braço do vampiro. – Só por que eu recuperei a memória, não quer dizer que eu volte a ser sua esposa e tudo será como antes!
-- Louise... Me perdoa.
-- Te perdoar? – Louise duvidava da pergunta e antes mesmo de responder, ouviu Alice tossindo e cuspindo sangue e sendo amparada pelos caça vampiros.
-- Acho que vou morrer... – Ela disse sendo segurada por Joanna e Palin.
-- Calada! -- Louise abraçou a vampira alta e esta segurava a mão da loira enquanto era cuidada. – Vai ficar tudo bem, minha lua.
Ela beijou a testa dela e de repente os ferimentos de Alice se fechavam e a hemorragia dela estancava e os ossos quebrados voltavam a ficar inteiros.
-- Eu vou encontrar meu filho! – Avisou Louise.
-- Vou te ajudar! – Gerd já recuperado, se mostrou solícito, sem se importar se Louise o quer de volta.
-- Eu vou sozinha!
-- Não vou deixar!
-- Muito bem, se ainda me ama, faça algo por mim. – Por fim ela falou à missão que pode ser impossível. – Ache meu filho!
O desafio foi lançado.  Gerd desceu as escadas e entrou no primeiro quarto. Segundo a ametista que Sepp havia lhe dado, a pedra brilhou intenso, indicando que o filho de Louise estava ali. Antes de dar mais dois passos, formou-se um círculo de fogo ao redor do berço do bebezinho que chorava. Como última escolha, desejou que a ametista fosse uma magia contra aquele círculo e jogou perto dali. Formou uma barreira fina de gelo e Gerd atravessou ali, estilhaçando tudo e pegou o bebê. Ele saiu do quarto, encontrando seus amigos na carruagem.
-- Embaque logo, Gerd. Faltam duas horas para o amanhecer! – Sepp abria a porta da carruagem e depois chicoteou os cavalos.
Eles seguiram para uma parte distante da mansão de James Hunt e chegaram a uma fazenda, cujo proprietário é Franz Roth, um vampiro e também amigo do conde.
-- Amigos! – Ele os recebia em sua fazenda e os deixou entrar. – O que aconteceu?
-- Uma guerra que terminou com nossa vitória. – Respondeu Sepp.
Os Pythons ficaram na sala enquanto que Palin e Alice num quarto e Louise e Gerd em outro.
-- Herr, eu posso dormir sozinha? – Perguntou Louise, segurando o filho que mamava no seio dela.
Gerd conversou com Roth e depois se voltou para Louise.
-- Não tem nenhum quarto vago. E parece que Palin esta com um desejo de possuir Alice. – Respondeu Gerd, denotando no final uma frustação.
-- Ótimo... vou dormir na sala. – Louise já se preparava para sair do quarto.
-- Eu vou por causa do bebê. – Disse Gerd, segurando o braço de Louise e a puxando para a cama. -- Você precisa descansar.
Louise aceitou e continuou a cuidar do filho. Enquanto isso ela pensou bem a respeito. Afinal, por mais que odiasse Gerd, ele foi realmente corajoso em salvar seu filho e mais ainda por sair de Munique a procura dela e finalizando para recuperar sua memória e sanidade.
-- Espere! Pode se deitar ao meu lado. – Ela ficou no outro lado da cama e chamou Gerd, que sentou junto dela. -- E para que você não possa me tocar, Freddie vai ficar no nosso meio.
Ele compreendeu tudo. Louise havia lido sua mente. Gerd poderia muito bem tentar algo com a ex-esposa, seduzi-lá como sempre fazia mas agora, o filho dela deitava no meio da cama.
-- Boa noite... – Ela adormeceu no mesmo instante e deitada.
O bebezinho ainda estava acordado e olhava para a mãe e depois para o vampiro. Gerd observou as feições do menino. Por mais que fosse o filho do desprezível James Hunt e tivesse traços do pai, ele também possuía algumas coisas de Louise. A mesma tonalidade azulada como o mar do Norte. Além disso, o anjinho tem o mesmo brilho da mãe dele, como um sol.
Pegou Freddie nos braços e o ninou, como sempre faz com Meredith e no fim caiu no sono junto com a criança.
(Horas antes, em Munique...)
Felicity e o lobo italiano conseguiram escapar das garras de Iker Casillas, o vampiro espanhol enviado para matar a profetisa.
-- Não escapará de mim, señorita! – Berrava o espanhol. – Em pouco tempo será minha e eu a levarei para o conde Benítez!
Fugiram o mais rápido que conseguiram, pegando caminho até a casa de Anastacia.
-- Gigi, me proteja! – Ela abraçou o italiano, chorando e com medo.
-- Estarei com você até meu último suspiro, Belladonna! – Gianluigi afagava o rosto de Felicity e a beijou ternamente, porém, tiveram que parar quando ouviram um grito.
-- Essa voz... Nora!  -- Felicity reconheceu a voz da amiga ao longe. – Gigi, minha amiga está em perigo!
Os dois correram para onde a voz os levava. Em outra parte da floresta, Nora estaa sofrendo o iminente abuso nas mãos de outro vampiro espanhol, David DeGea.
-- Seu marido vampiro alemão já deve jazir nos jardins do Barão Lauda! – DeGea havia neutrazilado os feitiços dela, imobilizando a bruxinha na árvore e rasgando o vestido, mostrando uma parte dos seios. – E você será minha!
-- Não! – Nora tentava chutar o vampiro no intuito de afastar o algoz. Tudo impossível.
Ela usou mais um feitiço, fazendo com que as raízes prendam o vampiro. Outra vez DeGea bloqueou isso e ainda ordenou as mesmas plantas deixassem Nora presa. O vampiro desfivelou a calça, revelando o membro endurecido.
-- PARE! ME DEIXA EM PAZ! – Gritava a bruxa e fechando os olhos para não ver o pior.
-- Ou o quê, señorita? – Ele se aproximava de Nora. – Vai chamar sua velha? Ou sua amiga profetisa viúva? Pobre mulher! O marido morreu e ela não tem força bélica ou mágica para se proteger, que dirá te proteger?
Nora viu as presas do espanhol ganharem forma e o rosto parecendo um monstro.
-- Dê-me um beijo, querida.
DeGea não conseguiu beijar ela pois foi golpeado... por uma armadura viva. O nosferatu se ergue meio desequilibrado, levanta a calça e fecha com a fivela e encara o adversário.
-- Seu maldito! – Ele partiu com tudo contra o ser, desmanchando toda a armadura e vendo que não havia ninguém.
-- Parabéns! Acaba de cair na minha armadilha! – Gritou uma voz retumbante, de mulher.
-- Quem é você? – Perguntou DeGea, olhando para todos os lados.
-- Seria um desperdício acabar com você sem ao menos saber meu nome. – Surgia diante dele uma moça, usando vestido cinza, com uma mancha de sangue no ventre, cabelos vermelhos e olhos castanhos claros e emanando nas mãos uma bola de energia. – No entanto, prometi ao Sepp que não deixaria nada a acontecer a Nora e eu vou cumprir. RECEBA ISSO, SEU NOJENTO!
Ela correu até o vampiro e jogou as duas bolas energéticas contra David.
-- AURORA FLAMEJANTE!
David sentiu seu corpo entrando em combustão, por ter recebido as duas esferas mágicas e por isso tudo queimou ao seu redor.
-- Alquimista de Ouro! – DeGea ainda com o corpo queimado, perdendo as forças e os braços e outras partes virando cinzas, proferiu suas últimas palavras. – Mesmo me matando, haverá outros inimigos... até a profetisa... querem acabar com você!
Depois que o vampiro teve suas cinzas evaporadas com o vento, Holly correu até Nora, libertando das raízes e colocando sua capa negra, cobrindo seu corpo nu. Neste momento, Fefe e Buffon alcançaram a bruxa e viram tudo.
-- Ela está desmaiada. – Avisou Holly, carregando Nora nos braços e entregando para o lobo italiano. – Mas eu cheguei a tempo.
-- Obrigada, Holly. – Agradeceu Fefe, meio a contra vontade.
A profetisa teve uma visão que Holly e Nora se tornariam amigas novamente e... depois mais do que isso. Ela sentiu uma fisgada forte de ciúme e ao mesmo tempo sentiu um calafrio. Ela sabia bem que quando tem isso, é porque um espírito deseja lhe possuir o corpo ou proferir palavras sussurradas no ouvido. E foi exatamente a segunda opção. E justamente quem fez isso, foi Betty Blaze.
-- Veja como a alquimista olha para sua gatinha escocesa. Ela a deseja demais.
Não... É tudo fruto da minha imaginação, dizia Fefe em seus pensamentos e ignorando as palavras profanas de Betty.
-- O que foi, Belladonna? – Perguntou Gigi, ouvindo os pequenos resmungos de Fefe.
-- Nada... vamos para a casa, meu amor. – Respondeu a profetisa, chegando à casa de Ana e sendo recebida por Primus.
Felicity abraçou o casal Dolenz e viu sua filha, Karin, ainda adormecendo no berço.
-- Muito obrigada, Micky e Emma. Por protegerem minha garotinha! – Ela ninava a menina nos braços.
-- Não há de que, Felicity. – Emma afagava o rosto da mulher, que tem a mesma altura que a dela e sorria. – Estamos dispostos a proteger Karin.
Gigi teve os ferimentos cuidados por Piper e Lyanna. Melisandre havia desaparecido e a velha feiticeira não sabe o que levou sua aprendiz a sumir assim. Nora se acordou e foi socorrida por seu irmão, George e os primos, Kim, Angie e Duncan. George Smith olhava para Felicity e esta depois de deixar Karin nos braços de Emma, foi se encontrar com Gigi e dava mais atenção para ele.
-- Por que me salvou, Holly? – Indagou a bruxinha para alquimista.
Holly pensou em dizer a verdade, porém, se deu conta meio tarde, após seu despertar do “Efeito Fênix”, tudo o que fez ali, foi por outro motivo.
-- Por mais que te odeie, não quero te ver morta. – Justificou. – Desejar a morte dos outros é errado.
Felicity se afastou de Gigi para pegar um copo d’água e observou a conversa das duas.
-- Está vendo? – Dizia Betty no ouvido de Felicity. – Mais cedo ou mais tarde, sua bruxa escocesa vai se render e descartar você, galesa.
O copo se estilhaçou na mão de Felicity, que havia apertado com força devido ao ciúme elevado, mas contido para evitar que os outros notem.
-- Por que ainda faz isso, Sassenach? – Ela se virou e viu o dono da voz grave e sotaque escocês. George Smith. -- Não vale a pena se mutilar.
-- Mas eu não estava me mutilando. – Dizia Fefe, disfarçando o ciúme. – E eu não sei do que está falando.
Joj Smith segurava um pano branco e retirava os cacos de vidro na mão delicada da profetisa e em seguida amarrou o pano com uma faixa, pra estancar a hemorragia.
-- Eu me lembro bem quando você tentou se mutilar por ter se culpado pelo espírito que a possuira e você destruiu toda a casa. – Ele afagava o cabelo negro e depois tocava os lábios de Felicity, sentindo o desejo percorrer seu corpo. -- Eu cuidei de você naquele dia. Eu sinto que você não está bem, Sassenach. Vovó me escreveu e pediu para que viesse para cuidar de você e Nora te ama mais do que tudo, ela nunca vai te abandonar, nós dois devotamos nossas vidas a você.
-- Se eu disser... Que fiz minhas escolhas e você não é meu escolhido? – Agora era Fefe quem deixava Joj em choque interno.
-- Tudo ao seu tempo, Sassenach. – Ele disse calmamente. -- É cedo pra discutirmos isso.
-- Eu quero ficar sozinha, George. Com meus filhos e comigo mesma. – Fefe não queria dizer a respeito sobre Gigi para o irmão de Nora, por medo que causasse algo.
No dia seguinte Felicity se levantou cedo e quando foi procurar Gigi, ele não estava mais lá. Ficou preocupada e resolveu procura-lo na floresta. No caminho ela cruzou nas margens do rio dos amantes e ouviu gemidos e até mesmo palavras em gaélico.
-- Felicity... Eu te... amo... – George Smith se banhava no rio e ao mesmo tempo... se tocava pensando na profetisa.
Atrás dos arbustos, ela o observava atentamente e ouviu todas as palavras e o que fazia. Ao mesmo tempo olhava para o corpo atlético dele. Definitivamente George estava mudado. Não era aquele rapaz franzino e magrinho. Está mais alto, mais forte e atraente. Ali mesmo ela teve pensamentos impuros em relação ao irmão de Nora. Joj parou com o toque ao ouvir suspiros femininos. Ele se virou e caminhou até o som, encontrando Felicity, recostada no tronco da árvore, de olhos fechados, apertando um dos seios e gemendo.
-- Oh, George... – Ela gemia falando o nome dele.
-- Você está pensando em mim? – Perguntou o feiticeiro, sorrindo e observando Felicity.
-- AI MEU DEUS! – Ela se acordou, bastante corada pela vergonha e tentava encobrir os seios. – Que vergonha eu estou!
--Não precisa sentir vergonha, meu amor, se eu te desejei no rio. – Ele retirava o vestido de Felicity, deixando-a nua e se ajoelhando. – Deixe-me agrada-lá um pouco...
Se deitou por cima da amada e a beijou calmamente. Em seguida George umedeceu um dos dedos e desceu até a intimidade dela, sentindo o quanto ela estava excitada demais. Tocou-a daquele jeito.
-- George... – Felicity se retorcia de prazer. – Por favor...
Vendo que provocava mais prazer, o irmão de Nora resolveu fazer sexo oral na mulher, aumentando a excitação. Quando parou, ela fez o mesmo para ele, chupando com vontade o membro ereto de George.
-- Ahhhh... Felicity... minha... Sassenach... 'S tusa gràdh mo bheatha (Você é o grande amor da minha vida). – Dizia George, um pouco de gaélico.
Depois eles inverteram as posições, com ele por cima da mulher, penetrando-a com freqüência e velocidade. Felicity gemia alto, junto com George e o abraçava bem forte, querendo sentir toda aquela agressividade sexual.
-- Ahhhhh... ahhhhhh... George.... Meu... Escocês... – Felicity mal conseguia falar.
Nas últimas estocadas veio o orgasmo para ambos, que deitaram abraçados, suados e ofegantes...
Por alguns minutos ficaram assim até Fefe começar a rir de um fato que aconteceu a ela e Joj. Quando o casal era adolescente, eles perderam a virgindade numa floresta escocesa, perto da propriedade do avô de George. Ali eles tiveram sua primeira experiência sexual. Depois do ato físico, Felicity se vestiu com pressa voltou para casa de Ana, deixando George um pouco confuso com essa atitude.
E veio a noite em Berlim...
Louise observava Freddie dormir na cama e ao mesmo tempo sua cabeça refletia por muitas coisas. Primeiro o motivo de Gerd e Alice terem vindo e se tinha capacidade de perdoá-los. Porém ao lembrar do flagra, ela reconsiderava e chorava baixinho.
Gerd percebeu isso e resolveu ler a mente de Louise. Na verdade era a segunda vez que lia os pensamentos dela.
Como Freddie é lindinho. Esse cabelinho louro, um verdadeiro ursinho...ursinho...ursinho. Às vezes desejo matar o Gerd. Esquarteja-lo, dar aos cães seu corpo e depois queimar o que sobrar. Mas depois que ele se for, o que vou fazer? Não vou sentir mais aquelas fortes mãos no meu cabelo, os fortes músculos suados. Quero perdoa-lo, mas não consigo...
Ali mesmo ele soube que a vampirinha ainda o ama do mesmo jeito, apenas sofria com a dúvida se perdoava ou não. Ela ainda pensa em mim, ela ainda me ama, pensou Gerd. Quando todos partiram no trem, houve-se um silêncio.
-- Alguém pode me dizer o que aconteceu depois que fui embora de Munique? – Solicitou Louise, enquanto amamentava Freddie.
-- Pra começar, Manuel foi assassinado. – Disse Sepp, um pouco desolado ao lembrar disso. – Felicity sofreu muitas possessões e entrou em depressão. A ponto de deixar os filhos sendo cuidados por outras pessoas.
O coração de Lulu pesou. Sentiu toda a dor da prima, afinal Felicity era totalmente apaixonada pelo marido e a morte dele deve ter sido devastador para ela.
-- Precisamos voltar para Munique... – Disse a vampirinha.
Naquela noite, Felicity recebeu a visita inesperada de Peter Tork, o mago que vive na Ilha dos Lobisomens e que também foi o grande amor da vida de Manuel. Joey abriu a porta e encontrou o mago.
-- Tio Peter! Como estão a Cece e a Becky? Posso ir brincar com elas?
-- Elas estão bem, Joey. - Peter sorriu para o filho de seu amado. - Qualquer dia os pais delas vêm buscar você para brincar com elas.
-- Olá, Peter. - Felicity sorriu. Peter ficou chocado com a aparência da mulher. Parecia ter quase 40 anos, quando ainda não tinha nem 25. - O que o traz aqui?
-- Felicity, pelo amor que tive e ainda tenho por Manuel, pela minha amizade com Micky, pela estima que tenho por você, vim previni-la.
- Me prevenir? O que quer dizer?
-- Eu acho que antes certo rapazinho precisa ir dormir. - Peter notou o bocejo de Joey, e sabia que não era adequado que o menino ouvisse aquela conversa.
-- Está certo. - Felicity percebeu a intenção de Peter, e foi colocar o menino na cama. Assim que ela voltou, Peter prosseguiu:
-- Felicity... Casillas me fez uma proposta.
-- Qual?
-- Entregar você para ele. Em troca eu teria Manuel de volta dos mortos. É claro que não concordei. Mas eu tenho um plano para enganar Casillas e todo o bando do Benítez.
-- Que plano?
-- Eu vou criar uma réplica sua com minha magia. E entregá-la em seu lugar. E essa réplica... Vai ensinar uma lição ao vampiro espanhol.
-- Eu sabia... Eu sabia que isso iria acontecer. Eles querem tirar meu dom, Peter. Eu gostaria muito de me entregar se for para evitar uma guerra como essa.
-- Fefe, não creio que, mesmo que você se entregue e Benítez tire o seu dom de profetizar, essa guerra será evitada. Eu acho... Acho que Manuel preferiria que fizéssemos como estou sugerindo.
-- Façamos como você está dizendo. Mas, se preciso, eu me entregarei.
Enquanto Peter preparava o truque mágico, Felicity se retirou da fazenda. Ela pretendia contar para Nora e quem sabe, ajudar o mago atrapalhado. No entanto parou no meio do caminho da floresta pois ela ouviu alguns ruidos suspeitos e vozes femininas. Por um momento achou se tratar de Marianne Jones e Ana. Felicity sabia dessa relação delas e nunca foi contra. Ao se aproximar, viu algumas roupas espalhadas e depois avistou quem era. Ali mesmo a onda de decepção a envolveu. O casal feminino que ela exergou era Nora Smith e Holly Grey. Logo elas inimigas pelo amor do mesmo homem, agora se amavam intenso.
Felicity chorou e correu de volta para a fazenda mas antes de entrar tentou se acalmar. Algo impossível. E ainda ouviu a voz da prostituta Betty lhe sussurrar.
-- Eu disse que sua bruxa escocesa e a alquimista iriam se entregar. E principalmente, a bruxa iria se afastar de você. Ela nunca se importou com sua vida.
Fefe tentava negar tudo e dizia para si mesma que era uma ilusão, mas não era. É real demais. Ela novamente se afasta um pouco da fazenda e debaixo da árvore, continuou a chorar em posição fetal. George, o irmão de Nora, encontrou Felicity naquele estado.
-- Sassenach! – Ele socorre a menina. – O que aconteceu?
-- Me solta, George! Me deixa sozinha! – Ela se levanta e fica distante dele. – Fica longe de mim.
-- Meu bem, não fica assim. Eu vou te ajudar. – George achava se tratar de alguma possessão diabólica.
-- IDIOTA! – Ela berrou. – EU ODEIO VOCÊ E SUA IRMÃ!
Se aproximou do escocês e desferiu alguns socos no peito dele e em seguida o abraçou, afundando seu rosto nos braços musculosos de George.
-- Eu quero te odiar, mas eu amo tanto você... – Ela chorava demais e soluçava. – O que devo fazer? Me responde, George.
-- Minha Sassenach, eu quero só o seu bem. Eu vou te proteger de tudo, minha vida.
-- As pessoas que eu amo, me abandonam ou morrem. – Disse Fefe, com os olhos vermelhos pelas lágrimas.
-- Eu nunca vou te abandonar. – Joj afagou o rosto dela. -- Quero ser seu, meu bem. O que aconteceu, Sassenach? Me conte!
Felicity queria muito contar sobre o ocorrido contudo, olhou bem nos olhos de George e arrancou um delicioso beijo. Ao longe um lobo de enormes olhos azuis observava o casal e uivou bem alto e forte. O mago escocês ouviu e se tratando de uma ameaça, avisou Fefe.
-- Eu já volto, amor. – Ele desapareceu, deixando Felicity um pouco assustada.
Ela caminhou um pouco e de repente surgiu ele. O italiano, entregando para ela uma rosa vermelha.
-- O que está fazendo aqui? – Indagou Felicity.
-- Amore mio, estava com saudades. – Respondeu Gigi, tocando os lábios de Felicity. --Por que ficas tanto com este escocês? Não nos amamos mais desde... aquele dia.
-- Ainda penso em você, naquele momento que nós tivemos em minha casa. – Disse a profetisa, um pouco corada ao lembrar do momento prazeroso com o lobo.
-- E não podemos repetir, Belladonna?
-- Estamos em guerra... E Joj pode voltar a qualquer momento. – Fefe temia que George a encontrasse com o carcamano e evitou o carinho dele.
-- Vamos pra minha casa na cidade. – Sugeriu Gigi. -- Ninguém nos verá.
-- Não posso abandonar meu filho. – Recusou Felicity. – Ele está na fazenda com Peter.
Antes que Gigi pudesse dizer algo, Joj Smith retornou e o lobo desapareceu a tempo.
-- Não era nada, Sassenach.
Fefe acreditou e seguiu de volta para a fazenda com George. Ao entrar, viram Peter finalizando a obra mágica e na cadeira de balanço estava Anastacia, cuidando de Joey e da bebezinha Meredith, que dormia num cesto. Joey tomava um pouco de sangue na mamadeira que Ana conseguiu.
-- Só vim ver como ele estava e saber como você está. – Disse Ana, olhando bem para a profetisa e sentindo pena dela.
-- Estou bem... Eu acho. – inquiriu a mulher e depois observou Mer no cesto.
Pegou a bebezinha no colo e num passe de mágica, sentiu coisas boas. Uma alegria sem igual. Uma felicidade misteriosa. Com certeza Meredith irradia isso. Porém, apesar de toda euforia, não foi o bastante para fazer a profetisa esquecer o que viu. Ela jurou dali por diante não saber mais de Nora e a esquecer para sempre.
-- Você precisa descansar, Felicity. Quer que eu cuide de Joey está noite, pra você dormir? – Perguntou Ana, notando o cansaço da mulher.
Felicity concordou e Ana pegou as crianças e beijou a profetisa, desejando boa noite. Peter finalizou o truque e também se retirou, deixando apenas a galesa e o escocês juntos.
-- Eu vou ficar sozinha, George. Pode ir embora. – Pediu Felicity.
-- Eu me recuso! – Disse George, veemente. -- A partir de agora, eu fico com você, te protegendo e amando você.
-- Eu posso muito bem ficar sozinha. Sugiro que converse com Nora. Tenho certeza que ela tem algo pra falar.
-- Tenho a manhã toda pra falar com ela. Vamos descansar um pouco, você merece uma massagem.
Felicity não discutiu mais e aceitou todo o carinho de George e adormeceu com ele na cama de casal.
Os vampiros e os caçadores, juntamente com Joanna, chegaram a Munique e seguiram para o castelo do conde. Chegando lá, se depararam com uma surpresa. Uma briga. Mais precisamente resultando numa separação. Alana Watson descia as escadas, levando uma mala numa mão e no braço seu filho, Jason.
Louise tentou deter a loba.
-- Alana, o que aconteceu? – A vampira desejava muito ajudar a lobinha.
-- Eu sei que vocês vampiros têm a capacidade de ler os pensamentos dos outros. Por que não leiam a minha mente e saberá das coisas. – Respondeu a loba, muito triste e depois olhando para Alice. – Você venceu. O Nez é todo seu, Alice! Adeus!
Após a partida da loba, Mike Nesmith e Erin Hudson a seguiram, numa tentativa vã de persuadir Alana a ficar. Lulu leu a mente dela e entendeu. E depois olhou para Alice, furiosa mas se calou.
Os outros também desceram as escadas e supreenderam com a volta de Louise. Odile foi a primeira abraçar sua amiga querida.
-- Deus foi misercordioso e devolveu você para mim! – As duas se abraçaram forte. – Como senti sua falta, minha amiga vampira!
-- Eu que estou com muitas saudades de você, minha humana! – Afagando o rosto dela.
Louise também saudou seu amigo Davy e Dianna. Esta última demonstrou mais saudade e ainda roubou um beijo de Louise, deixando todos surpreendidos, mas desagradando Alice e Emma. O conde também estava chocado, principalmente porque Gerd cumpriu sua promessa de trazer Louise de volta.
-- Vejo que conseguiu, Gerd. – Comentou o vampiro mestre. – Houve algum percalço no caminho de vocês?
-- Muitos que você não acredita. – Respondeu Gerd, evitando dizer mais detalhes.
-- Mas o que essa gente da Ilha dos Lobisomens faz aqui, Franz? – Reguntou Sepp, vendo todos os moradores.
Quando Franz ia responder, a porta se abriu, trazendo George Best, carregando Rosie Donovan em seus braços.
-- O que aconteceu com ela? – Indagou o conde.
-- Um dos lobos do Benítez nos atacou. – Justificou Best. – Defendi Rosie porque ela está muito fraca.
-- Leve-a para um dos quartos!
Best subiu as escadas, carregando Rosie ficou cuidando dela no quarto.
-- Agora descansem todos! – Ordenou o conde. – Amanhã faremos as estratégias.
Louise sorria de modo estranho e subiu até os quartos, deixando alguns curiosos. No mesmo instante, Nez quase entrou em conflito com Gerd e ainda recebeu insultos e ameaças do nosferatu pra ficar longe de Alice. Erin foi consolada por Dianna e segundos depois ouviu um grito de mulher e a madeira se quebrando.
-- O que está havendo? – Perguntou Micky Dolenz.
Ao longe a voz mais audível era... de Alberta.
-- Por favor, eu imploro. Acredite em mim. Eu nunca faria algo pra destruir o casamento dele...
A loba loira correu do quarto, cobrindo seu corpo com lençol mas Louise a puxou pelo cabelo de volta para o quarto e continuou a espanca-lá.
-- Gostaria de acreditar em você mas essa de não se lembrar foi a pior mentira que já ouvi! – Desferindo um soco nela. – Você e Alice são farinhas do mesmo saco! Vagabundas e adúlteras! Não se contentam em ver o casamento das outras e querem destruir!
Renée entrou no quarto e defendeu a amiga lupina.
-- JÁ CHEGA, LOUISE!
-- SAIA DAQUI, RENÉE! – Bradou Louise, furiosa. – Essa sua amiga merece uma boa lição. E quem vai ser o próximo casamento a destruir? Davy e Di? Micky e Emma? Ou quem sabe do seu líder, Bobby Moore e a humana?
Alberta chorava demais nos braços de Renée, ouvindo toda humilhação de Louise.
-- Sei que está brava, Louise, mas poupe Alberta! – Pediu a alquimista, temendo o pior.
-- É claro que vou poupar a loba. – Disse a vampira e olhando fixo para a lupina. – A partir de hoje, ficará longe do Ringo! OUVIU, VADIA? FICA LONGE DO RICHARD!
Em seguida ela se retirou do quarto e as mulheres olharam para as duas num misto de pena e dúvida. Pena por conta da pancadaria e humilhação de Louise, dúvida sobre o que a vampira disse. Afinal, não se lembrar do que fez era uma desculpa que não convence as pessoas, a não ser que sofresse alguma pancada ou bebedeira. E principalmente as mulheres tinham medo de perder seus maridos para a loba.
De volta para o hall de entrada, Louise ainda aproveitou para dizer ao líder Bobby Moore, que abraçava Marianne, sua amada.
-- Se eu fosse o senhor, mataria aquela loba. Punição por ter quebrado os laços do imprinting.
Moore estava chocado demais. Porém não havia tempo a se pensar ou julgar sobre o assunto. Era chegada hora de criar um plano de ataque para a retomada da Ilha dos Lobisomens.
No dia seguinte, Nora e George discutiram a respeito da noite passada. A bruxinha admitiu ter se deitado com Holly e traído Fefe, enfurecendo o irmão mais velho a ponto de estapear a irmã.
-- A partir de hoje, ficará longe da Sassenach!  -- Avisou Joj, muito sério.  -- OUVIU? NUNCA MAIS VAI SE APROXIMAR DA FELICITY!
Aquilo machucou demais Nora. Por isso naquela noite ela ouviu um choro de alguém... mas não esperava ser de Felicity.
E finalmente veio a noite no castelo e todos se reuniram na sala para começar as estratégias de ataque. 
Continua...

quinta-feira, 3 de março de 2016

Desires In The Rain (Poema - What if)

Olá pessoal!
Agora fiquem com o poema de Johan Cruyff para sua deusa, Felicity.


Desires in the Rain__ Maya Amamiya

(Written by: Johan Cruyff)

E veio a chuva
Molhando flores, árvores,  pessoas e casas.
Ao longe avisto um vulto.
Caminhando em minha direção.
Mesmo na chuva, eu soube.
Meu coração avisou.
Meus desejos são seus.
Minha mulher.
Minha deusa.
O corpo molhado revelando
Suas lindas formas.
O cabelo longo da cor da noite,
Caía em seus ombros até as costas.
A roupa colada, mostrando a sinuosidade de seus seios.
E as pernas…
Minha perdição total.
Como a porcelana.
E a boca de carmesim e carnuda.
Chamando-me para o beijo.
Como eu a desejo nesta chuva.
Seja minha, enquanto trovões retumbam sob o céu.
Fica comigo e me mostre seus desejos sob a chuva.

FIM

Stop! In Name of Love (6° Capítulo)

Olá, pessoal!
Tenham uma boa tarde e fiquem com novo capítulo.

Capítulo 6: Blue Eyes

Louise POV

O que estava sentindo no momento? Bom, estava respirando fundo, ouvindo meu coração batendo forte e rápido e as mãos suando. Estou demorando em perguntar ou falar algo.

-- Cansei de formular as palavras, vou ser direta. Não devia estar aqui. Pra mim, você confundiu um pouco a ficção com realidade.

-- Como é? – Gerd parecia não entender.

-- É isso mesmo. Não pode estar me amando. Nos conhecemos há pouco tempo e de repente você está assim.

-- Não confundi. – Ele insistia ainda naquilo. -- Tenho sentimentos muitos profundos por você, loirinha. Tão profundos quanto o oceano, eu realmente te amo.

Mesmo me recusando acreditar, a declaração dele me pegou de um jeito surpreendente. Não me lembro de ter ouvido algo parecido vindo do Davy ou de algum outro. Para tanto senti aquela onda de calor nos pulsos. Era um sinal.  Quando me dei por mim, ele beijou minha mão e depois me puxou para perto dele e em seguida um beijo. Que beijo maravilhoso!  Quente, envolvente, delicioso.

Paramos para recuperar o ar e eu praticamente fiquei abalada.

-- Não! Vai embora! Não posso! Não posso me entregar assim.

Era verdade. No fundo, acreditava que Davy retornaria para mim e desta vez seriamos um só. Voltando a ser a dupla dinâmica.

-- Vai embora, Gerd! – Fui até a porta e abri. – Amanhã fale com Dianna e desfaça esse erro. Não pode ocorrer nada entre nós!

-- Bonequinha linda! – De novo não. Aquela sensação e ainda mais me abraçando por trás. – Me deixe ser seu!

Ele beijou meu pescoço e me arrepiei. Mais sensações e tão boas. Fechei a porta e ele me virou. Trocamos outro beijo e mais forte e prazeroso. E no quarto... Aconteceu de tudo e mais um pouco.

Quando acordei, eram quase oito da manhã. Olhei no chão as roupas espalhadas por aí e ao meu lado... o urso alemão. Procurei lembrar o que houve na noite passada e consegui. Uma onda de culpa me invadiu e de repente a campainha toca. Vesti meu robe e fui abrir a porta. Era Davy.

-- McLovely!

-- McCutie! – Fique verdadeiramente com medo. – O que faz aqui?

Ele entrou no apartamento e olhou atentamente.

-- Queria saber se está tudo bem. – Respondeu, com cara normal e tranqüila. – Se importa se eu for pro quarto pegar minhas coisas que restam?

Droga! O que poderia dizer a ele? Como não pensei, acabei deixando-o entrar e eu rezei mentalmente. Agora eu dancei legal, comentei para mim mesma. No entanto quando Davy saiu do quarto, ele carregou mais uma mala.

-- Obrigado, Louise. – Ele me agradeceu, educado. – Te vejo hoje de manhã no estúdio.

Por uns momentos pensei que Gerd tenha se escondido. Procurei no quarto e não havia ninguém. E nem as roupas. Abri a porta do banheiro suíte e lá estava ele no box.

-- Eu não sabia que o anão estava aqui.

-- Vai embora, Gerd! – Mandei. –Nós não deveríamos ter feito isso! Eu ainda estou com Davy e...

-- Bonequinha, linda, ursinha, mein liebe. – Ele me puxou para perto e me encheu de beijos. --Você é minha! Esqueça o anão. Eu sou seu e você é  só minha!

Fizemos amor no chuveiro e foi tão bom, gostoso. Apesar da euforia e prazer, ainda não me sentia bem. Seguimos para o apartamento de Odile, um duplex. Gerd segurava minha mão. Olhei para ele, incrédula e afastei. Deixei minhas coisas num dos quartos que era meu camarim e fui para o estúdio improvisado.

-- Odile... preciso conversar com você e...

Sem querer peguei Odile no flagra. Ela e sua paixão por ruivas. Por um momento achei que era Rosie Donovan, a namorada do melhor amigo dela, George Best. Para meu desagrado... Era Joanna Martin.

-- VOCÊ! – Gritei.

-- Lulu... Desculpa... foi mal... – Odile saia do meio das pernas dela e ria. 

-- Esqueça!

Voltei para o quarto e fui me preparar para tal cena. Por cerca de uma hora só fiquei lendo para decorar. Fefe me chamou para a gravação e fomos para o estúdio. Ali estava uma cama de casal. Gerd também apareceu. Tanto eu quanto ele estávamos tensos e nervosos. Ele tirou o roupão, revelando aquele corpo maravilhoso e usando uma cueca boxer. Naquele momento fiquei vermelha. E na minha vez parecia ter voltado à adolescência. Mesmo usando sutiã, ainda me sentia tímida.

-- Muito bem... – Avisava Odile. De repente a voz dela se transformou num misto de ódio e nojo para mim. – Estamos prontos?

Mickey apareceu com aquela claquete digital, mostrando na câmera.

-- Cena da cama com Poppy e Felix, tomada 1!

-- AÇÃO!

Um fato sobre mim. Não costumo errar minhas falas e quando isso acontece, são raras vezes. Mas ali num dado momento, eu errei demais.

-- CORTA! – Odile ordenou e depois veio até mim. – Está tudo bem, Louise?

Como queria enfiar um soco na cara daquela francesa. Mordi a língua e menti.

-- Sim! Estou bem... – Respirei fundo. – Estou distraída!

-- Eu vou expulsar o Davy e a Di!

-- NÃO! – Gritei. -- Estou bem!

Repetimos a tomada da cena e não errei mais. Num outro momento, Gerd (Felix) tinha que tirar meu sutiã e me beijar mais. Rezava para Davy e Dianna não verem isso. E outra vez um corte na cena. Franz entregava uma camisinha Gerd. Ao que parece ele se excitou. Ele colocou a camisinha e voltamos para nossas posições. Antes de Mickey mostrar a claquete, fiquei nervosa. Não deveria estar já que gravei cenas assim de nudez antes, seja com Davy ou com outro ator. Mas com Gerd parecia ser... estranho. Ele percebeu e tocou minha mão.

-- Vai ficar tudo bem... – Ele dizia, baixinho evitando que alguém ouça.

Neste momento Odile caminhou até e me olhou daquele jeito terno.

-- Sei que esta assustada, mas você consegue. Qualquer coisa você grita que eu paro.

Ela beijou minha testa e voltei minha atenção com Gerd. Me concentrei e segui a cena. Ignorei praticamente quem estava vendo as gravações. Apenas eu, Poppy e Gerd como Felix estavam ali, na cama, reproduzindo os mesmos movimentos que fizemos na noite passada. Ao final dos movimentos, atingimos o clímax e deitei esparramada nele e inconscientemente nos abraçamos. Não pude ouvir o grito de corte do final da cena. Simplesmente dormi e alguns diziam que desmaiei. Acordei no quarto de Odile e ao meu lado estavam minhas roupas.

Quando terminei de me vestir, dei de cara com... Emma Carlisle.

-- Emma? O que faz aqui? – Indaguei, assustada.

-- Acabar com sua raça, hobbit dos infernos!


Odile POV

Com o fim das gravações e levando Lulu para meu quarto, guardei os objetos e fui conversar com Felicity e Mickey, que ajudavam com o elenco nas falas ou nos figurinos e maquiagem.

-- Louise está tão estranha. – Comentei. – Aconteceu algo?

-- Tirando o fato do Davy ter pedido um tempo para ela... não sei. – Respondeu Mickey. – Ela está diferente, mas só me contou sobre o anão.

-- Ela não te pegou no flagra com “alguém”? – Fefe havia jogado uma indireta e sei perfeitamente que era para Joanna.

-- Sim... Foi com a...

-- Eu sabia! – Exclamou Fefe. – Louise te avisou sobre ela e mesmo assim ficou com a ruiva? Não deveria esperar uma reação boa, Odile.

Meses antes Louise havia se queixado para mim sobre Joanna. Ela havia arruinado o namoro de Alice e Michael Palin e depois quase destruiu o dela com Davy, na época quando os dois estavam começando. E mesmo sob essas verdades e inclusive Davy confirmando, não acreditei e acabei me apaixonando por ela. Me senti culpada.

-- Sou uma babaca mesmo! – Exclamei. -- Vou falar com ela, pedir desculpa e me redimir.

Porém, antes mesmo de fazer isso ouvi um grito.

-- LOUISE! – Todos falaram.

Fefe foi mais rápida, abriu a porta e me deparei com a pior das cenas. Emma surrava bastante Louise e ela com nariz sangrando.

-- Pára, Emma! Me solta!

-- Vai sofrer mais do que a Dianna!

Felicity apartou a briga mas foi golpeada. Muito furiosa, Emma arranhou o rosto da prima da Lulu, sagrando o rosto dela. Micky Dolenz, (ex) namorado da Emma, socorreu Felicity e a afastou dali. E eu afastei Emma.

-- O QUE DEU EM VOCÊ, SUA LOUCA? INGRATA! MALDITA! E PENSAR QUE FIQUEI COM VOCÊ! AGORA MACHUCA MINHA AMIGA!  -- Exclamei de raiva e olhei para Dianna. – TIRA ESSA DOIDA DE PERTO! ELA VAI MATAR A LOUISE!

Nez e Di afastaram Emma e eu resgatei Louise.

-- Michael, vamos levar Louise ao hospital, vou avisar ao Gerd o que aconteceu.

Mickey e eu levamos Louise para a emergência. Os médicos anestesiaram minha amiga pra não sentir as dores quando forem colocar o nariz dela no lugar. Foi assim por meia hora. Quando finalmente conseguiram, eles se retiraram e ela deitou na cama, quase sonolenta.

-- Me perdoe, me perdoe mesmo. Sei que errei em dormi com a Joanna, errei mesmo. Se quiser você pode quebrar meu nariz, eu mereço.

-- Como... Vou quebrar seu nariz? Se nem tenho força? – Notei que Louise se esforçava para falar algo mas a paralisia facial por conta da anestesia a impedia.

-- Você tem razão. – Segurei a mão dela. -- Existe algo que eu possa fazer pra me redimir pelo meu erro?

-- Estou muito mal, Odile. Eu quero ficar sozinha. Nem sei se quero voltar... cof cof ... a gravar esse filme com o nariz desse jeito. Pode por a Joanna no meu lugar.

-- Você não vai ser substituída, mon cheri. Neste tempo que ficar afastada, serão gravadas as cenas de Rosie e Best. – Respondi. – Louise, esse filme que estou fazendo é para você. Unicamente pra você.

-- Pra mim? Mas, por quê?

-- Porque você merece. É a minha musa inspiradora.

Quase beijei minha amiga e ela se queixou de dor.

-- Estou horrível, Odile.

-- Está mais linda que o Malcolm MacDowell no filme Laranja Mecânica. – Elogiei.

Neste momento ela recebeu a visita de Gerd. Ele trouxe um buquê de rosas. Era mais que óbvio. Ele está apaixonado por minha amiga. E mesmo ter escolhido os dois para ser protagonistas, nunca imaginei que isso pudesse acontecer de verdade.

-- Eu vou deixar os dois a sós.

Sai do quarto e me encontrei com Felicity. Ela também estava horrível mas não tanto quanto Louise.

-- Não pensei que Emma fosse tão longe na agressão.  - Disse Fefe, meio devagar nas palavras por medo de abrir os ferimentos no rosto.

-- E pensar que eu fiquei com ela por algumas noites e ainda num ménage..

-- Tenho pena do pobre "Francis". Suportar essa doida.

Mesmo sabendo que Felicity e meu namorado Franz são grandes amigos, às vezes me incomodava chamando ele de Francis.

--Me desculpe.  - Fefe percebeu meu leve incômodo.  - Me esqueço que você não gosta que eu chame Franz assim.

-- Estou bem... - Relaxei um pouco e resolvi perguntar. - Louise e Alice são.... almas gêmeas?

-- Elas se amam. Mas Louise sempre te viu como sua pessoa favorita. -- Respondeu Fefe, se arrumando.

De certo modo me deixou feliz. Significa que posso amar Louise sem culpa ou receios. E aquele sentimento por ela era mesmo verdadeiro.

No outro dia gravamos as cenas de Rosie Donovan e George Best naquela manhã e tarde. Ao fim de tudo, comprei flores e o livro favorito de Louise, O Conde de Monte Cristo.

Antes de ir ao apartamento dela, refleti sobre meus atos e erros e neste momento Franz aparece.

-- Está tudo bem? --Perguntando e me abraçando bem forte.

-- Podemos ficar assim um tempo?

-- Claro.

E ficamos naquela posição. Ele sabia bem sobre o motivo e ainda me deu força pra procurar Louise.

No outro dia fui visitar ela. Toquei a campainha e rezei para não ser o Davy a me atender. Por sorte era ela. O nariz desinchou mas ainda pode ver as marcas e umas manchas roxas.

-- Odile...

-- Por favor, Louise. -- Peguei a mão dela e segurei no outro braço os presentes. -- Não me perdoaria se perdesse você.

-- Odile, eu...

-- Não diga mais nada, mon cher. Eu te amo acima de tudo. Só quero que me perdoe por não te ouvir, por ter sido babaca com você e outras coisas.

Louise ficou em silêncio e em seguida me puxou para dentro do apartamento e me beijou. E devo confessar: eu gostei.

-- Eu também te amo, Odile. Minha pessoa favorita!

Passei o dia ao lado da minha hobbit, seja cuidando dela, amando ela.


Felicity POV

Fiquei o dia todo em casa.  Embora Nora tenha me convidado pra sair e comprar seu vestido de noiva, acabei recusando. Na verdade eu queria me recuperar depois do que me aconteceu dois dias atrás. Por isso optei em ficar por casa.

Neste tempo fiquei pensando em Nora e em como tentava se desdobrar pra falar alemão,  algo difícil ainda mais pra ela. E também recebi mensagens no celular. Uma era de Mickey, me convidando para ir hoje à noite numa boate. As outras eram de Emma Carlisle, me pedindo desculpas e inclusive mandando mensagens românticas. 

Não que estivesse pronta pra aceitar o perdão dela mas prefiro não dizer nada até que esteja totalmente bem.

Fui ligar o note para trabalhar um pouco na edição de vídeo quando tocou o celular. Era Ana.

-- Alô?

-- Felicity?  -- Reconheci a voz dela. -- Sou eu.

-- Oi, Ana. Como vai você e o "Sr. Breitner"?

De brincadeira me referia Paul Breitner,  o namorado de Ana,  de "senhor". Soa ironia mas bem divertida.

-- Estamos ótimos. -- Respondeu Ana, bem feliz. -- Mas o motivo para te ligar é outro. Peter quer falar com você.

-- Ana, por favor. -- Suspirei pesadamente.  -- Não quero saber do Townshend.

Pete Townshend,  o guitarrista do Who e meu ex- namorado. Pete me incomodava demais depois que terminamos. Pensei que ele sossegou agora que está namorando Evanna Davies.

-- Mas quem falou do Townshend?  Me refiro ao poetinha.

-- Peter... Tork?

-- Ele mesmo! -- Confirmou minha amiga. Achei bem estranho. Afinal, o que Peter Tork,  o monkee atrapalhado quer comigo? -- Bem, ele sonhou com você. Nele você pintava e ele fotografava.

-- Mas, Ana...

-- Ah, mais uma coisa. Ele terminou com a Erin.

Ana me contava o motivo do término do namoro. Estavam juntos quase um ano e Peter resolveu também terminar. Ele havia se cansado da rotina que levava. Ana também contou que depois disso Erin expulsou Peter e Davy de casa e eles foram morar com Mike Nesmith. Então,  o único que se salvou foi Micky. Gosto daquele macaquinho doido e confesso que não gostei nada por vê-lo sofrer pela Emma e quando o dispensei, dei a real: ou ele reconquistava Emma, se realmente vale a pena, ou ele partisse pra outra mas não comigo.

-- Ok, passa pra ele. - Solicitei.

Segundos depois Peter conversou comigo.

-- Olá,  Felicity.

-- Olá,  Peter.  -- Cumprimentei,  meio sem jeito.

-- Eu gostaria de saber se tem algo pra fazer hoje à noite?

-- Mickey me convidou pra ir na boate UFO. Se quiser me encontrar lá...

-- Ok... Então até mais.

Pela voz dele acho que não vai rolar. Ou talvez seja a timidez dele. Devo admitir que nesses dias que começou as gravações do filme da Odile, andava observando Peter e achava uma gracinha. Agora ele está desimpedido.

Quando anoiteceu, meu primo veio me levar pra boate e chegando lá, azarou muitos rapazes e eu só observando e bebendo. Até que tocou Miss You,  dos Rolling Stones. E depois uma mão pousou no meu ombro.

Me virei e quase me assusto.

-- Posso lhe acompanhar, senhorita?

-- Claro!

Acho que Peter não tem nada de atrapalhado com esse olhar que lançava em mim. E mesmo se tivesse, eu gostava assim.

Continua...