quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sunrise (Grindhouse Mix - 7º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham um bom dia e fiquem com novo capítulo de Sunrise! Bem musical!




Capítulo 7: Pequeno jogo de vingança

Em plena terça-feira Louise outra vez se estressou. Ela observava Ana socorrendo Paul. O escritor estava no chão, colocando a mão no nariz sangrando e a namorada limpava o sangue com o lenço.

-- Por que fez isso, Louise? – Ana perguntava consternada para a menina.

Ela não respondeu. Não sabia quem ela mais odiava, se era Paul ou Ana.

-- McLittle... --- Ele falava com dificuldade. – Eu sei que está brava comigo por tudo que aconteceu. Mereci esse soco.

-- Mereceu mesmo. – Concordou Louise, agora olhando para Ana, de um jeito frio. – Agora não entendi por que trouxe essa mulher? Ela me destruiu duas vezes.

Ana entendeu o que Louise quis dizer e tremeu. Paul ficou sem saber o que dizer.

-- Como assim?

-- Paul! – Pediu Ana. – Vamos embora!

-- Vai fugir, sua covarde? Maldita! Não contou pra ele o que fez comigo quando eu tinha dezessete anos? Ouvi dizer que você fez com uma outra garota que namorava uma ruiva e ainda por cima arruinou a relação delas.

Ana petrificou ali e as imagens do passado a atormentaram, principalmente da tarde onde abusou de Louise de forma depravada.

-- O que está acontecendo, Ana? – Paul exigia uma resposta.

-- Eu... eu não quero falar disso.

Com os olhos cheios de lágrimas, ela soluçava enquanto Louise gritava.

-- Seja uma boa menina, Ana e fale pro Paul sobre o que houve!

Não suportando isso, Ana cai em posição fetal e emite um grito e lamento.

-- Sr. Michels, pare! Eu não quero... PARE!

Quando ouviu aquele nome, Louise relembrou o fato que a russa havia contado. Ela parou de xingar a mulher.

-- Ana! Pare! Eu não sou ele. Me desculpe!

Elas se abraçaram ali e Paul não havia entendido.

-- O que está acontecendo? Eu exijo que me fale! – Paul se encontrava impaciente.

-- Calma, já passou, ele não está aqui, ele não está aqui. – Abraçando Ana e depois olhando para o escritor. -- É complicado, B, mas vou te contar.

FLASHBACK ON

Quase dois meses após o abuso sofrido, Louise conseguiu superar aquele momento mas não conseguiu se encontrar mais com Jim e sequer olhava mais para ele. Ela decidiu focar-se nos estudos e o ano letivo estava terminando. Naquele dia ela ficou com os pais para o dia de Ação de Graças porém, seu pai foi viajar a negócios porém ele prometeu retornar a tempo e Mickey iria ficar no alojamento da Universidade.

De repente, a campainha toca e Mary McGold estava se arrumando. Ela abriu a porta.

-- Olá, Anastacia! – Saudou a mãe de Louise. – Como vai?

-- Estou bem, Sra. McGold! – Ela entrava na sala. – Meu filho está com meu irmão porque ele acha que ando estressada e como estava com saudades de vocês, resolvi vir até aqui.

-- Ah que bom, Ana. Você é sempre bem vinda mas agora preciso sair. Tenho uma reunião com as amigas para decidir o que será vendido no brique da solidariedade. Minha filha está em casa e ela sente saudades suas. – Mary gritou para Louise. – FILHA, ANASTACIA ESTÁ AQUI!

-- OK, MÃE! JÁ VOU DESCER! – Avisou Louise.

Mary se despede de Ana e quando ela foi embora, Ana percebeu que Lulu não saiu do quarto. Ela subiu as escadas e entrou no quarto dela, encontrando a estudante com fones de ouvido e escrevendo um resumo. Ela fechou a porta e a trancou e depois tirou os fones dela.

-- O que faz aqui? – Perguntou Lulu, assustada por estar diante dela e correu até a porta, trancada. – Destranque a porta, Ana!

-- Calma eu vou destrancar a porta. – Ela o fez mas ainda manteve fechada.

-- Ainda não me respondeu a minha pergunta. O que faz aqui?

-- Chris acha que ando muito estressada e ele está cuidando do Edgar. – Ela afagava o cabelo de Louise. – E vim ver como você está.

-- Por que fez aquilo comigo? – Um pouco assustada.

-- Estou aqui para me desculpar pelo o que fiz. – Passando o dedo nos lábios macios dela. – Foi um erro muito grande, por favor, me perdoe. Estão acontecendo coisas na minha vida que estão acabando comigo.

-- Você quer... me contar? – Louise passou a mão no meio das pernas da mulher.

-- Eu...melhor não.

-- Me conte...

Louise passou a língua nos lábios de Ana, iniciando um beijo quente das duas, deixando Ana excitada. Ela se deitou, permitindo que Ana fizesse com ela o que fosse. A mais velha retirou a calcinha da menina e abrindo as pernas e erguendo o vestido dela, chupou a intimidade de Louise.

-- Ana... ahhh... que maravilha... oooohhh... – Gemia Lulu.

A loira apertava mais a cabeça da outra, implorando mais sucções. Por fim, Ana tirou sua roupa e a da amada.

Elas ficaram sentadas na cama, encostando suas intimidades uma na outra.

-- Está pronta, meu anjinho?—Perguntou Ana.

-- Sim.

Aos poucos elas se esfregavam tão eroticamente a ponto de aumentar a velocidade. Elas também depois de um certo tempo passaram a se tocar, proporcionando mais prazer para ambas.

-- Anastacia, eu te amo! – Exclamou Louise chegando ao orgasmo e suada.

-- Eu te amo tanto minha pequena! Obrigada por me fazer feliz! – Disse Ana, também ofegante, suada e se deitando.

Louise recostou sua cabeça no peito da esposa de Jim, respirando fundo. Ana podia ouvir o coraçãozinho da mocinha bater rápido.

-- Quer me contar o que aconteceu?

Ana resolveu falar a verdade.

-- Quando eu tinha uns dezenove e vinte anos, conheci na faculdade um professor chamado Rinus Michels. Eu adorava a matéria dele que é Estética e Crítica da Arte.  Sempre depois da aula eu conversava com ele sobre livros até que um dia, eu estava indo embora e ele pediu para eu permanecer na sala e ele trancou a porta e me prensou na parede e me abusou. – Ana chorou um pouco e continuou a falar. -- Ele continuou fazer isso até eu terminar o curso... eu achei que depois da faculdade eu não iria mais vê-lo, mas ontem eu estava cuidando do Edgar e ele apareceu e me abusou de novo!

Louise se assustou mais e abraçou Ana. Então era por isso que tudo aquilo aconteceu com ela.

-- Denuncie ele, Ana! Não pode ficar se calando e permitindo isso! Se ele voltar, venha aqui na minha casa! Eu vou te proteger. Posso ser menor, mas não deixarei que nada lhe aconteça!
-- Obrigada, minha pequena!

Ali mesmo elas se amaram mais uma vez e Ana se tornou a primeira mulher na vida de Louise em termos de sexualidade.

FLASHBACK OFF

-- Então, por isso que fazia aquelas meditações e dizia que era pra “expulsar seus demônios”?  -- Questionou Paul para Ana.

-- Sim e também faço terapia até hoje. – Respondeu Ana, olhando para Louise. – Lulu, eu sei que está magoada por tudo que aconteceu. Não me odeie por você e o Paul terem terminado assim. Eu fiquei também com raiva dele quando ele me contou que enviou uma carta para você falando do término.  Não achei legal isso.

-- Sabe, por um momento, achei que o universo conspirou contra mim, por causa daquele dia, sabe? Quando eu e o Jim...

-- Aquilo eu permiti, amorzinho. Apenas não aceitei ver Jim com uma mulher qualquer.

Lulu estava calada e em seguida olhou para Paul.

-- Me perdoe pelo soco, B.

-- Eu mereci isso, McLittle! – Paul pegava a mão de Louise e a de Anastacia. – Por favor não me odeiem e nem guardem ressentimentos de coisas do passado. Não recorde disso mais, Lulu.

-- Você leu meu post?

-- Leio todos os dias. Você sabe disso.

-- E eu também! – Ana sorria e abraçava Lulu. – Só uma pergunta que me intriga: quem é essa pessoa que cruzou em sua vida como um meteoro e de alguma maneira lhe causou ódio?

-- Ah... bem... – Ela não se sentia bem contando certos detalhes por trás dos posts do blog. – Ele é um alemão.

-- Gerd? – Suspeitando o escritor.

-- Não, não e não! – Negava a artista e enervando-se. – Ele não!

-- Não esconda as coisas de mim, McLittle. – Paul e Lulu sempre foram honestos um com o outro e mesmo sendo agora ex-namorados e amigos, eles mantém essa qualidade. -- Eu vi como vocês se olhavam no lançamento do meu livro.
-- Ok, é ele. – Admitiu por fim. – Mas eu o odeio. Ele foi casado com a Felicity e a traiu com a Alice, minha alma gêmea enquanto minha prima estava no Glastonbury.

-- E agora ele está com a Alice. Ontem ela me visitou,veio ver o Edgar. Pequena, se ele fizer você sofrer, eu juro que eu arranco o couro dele!

Os três riram da determinação de Ana e Paul também conta.

-- Ontem fui visitar ele em casa e sabe o que me contou? Que você jogou as obras de arte contra ele e até mesmo esculturas. E também ameaçou ele de jogar a estátua de Davi na cabeça dele e quebrou o retrovisor do carro com um taco.

-- E farei isso se ele se aproximar de mim!

Paul já começava achar que sua ex-namorada esteja desenvolvendo algo por seu amigo jogador...

-- Eu sei que ele é amigo da Odile, mas poxa vida! Tem vezes que não dá pra suportar o Best saindo de Londres e vindo até aqui só pra conversar com minha namorada! – Reclamava Franz para Sepp durante o treinamento.

Já fazia poucos dias que o norte irlandês se instalou na casa de Odile e por conta da amizade ela deixou que ele ficasse no apartamento por um tempo.

-- Relaxa, cara. Isso vai ser por pouco tempo e aí sim vocês podem se amar a vontade. – Disse Sepp, otimista e vestindo suas luvas.

Neste momento surge Manuel Neuer e Tom Stark, os goleiros suplentes de Sepp, com dificuldade para andar e mexer as mãos.

-- O treino foi puxado? – Perguntou o capitão do time, rindo dos dois.

-- Puxado uma ova! – Berrou Tom, tirando as luvas e sentindo dores.  – O que deu no Gerd?

-- Como assim? Ele fez isso? – Franz arregalou os olhos.

-- Sim! – Responderam em uníssono.

Os dois amigos trocaram um olhar intrigante e novamente questionaram a dupla de guarda redes.

-- Ele andava reclamando?

-- Toda hora! – Confirmou Manuel. – A cada reclamação é um chute na bola que voava longe e também empurrava e dava coices nos outros como uma mula! Não conseguíamos defender e até mesmo houve um chute que a bola rasgou a rede!
Eles foram para o campo e o encontraram ainda chutando as bolas para longe e o pessoal olhando para ele.

-- Acho que ele brigou com a Alice. – Comentou Jupp Kappelmann, um dos jogadores.

Franz se aproximou dele e ouviu toda aquela reclamação.

-- Dummes Mädchen! Niemand bedroht mich so! Es wird dafür bezahlen! (Garota estúpida! Ninguém me ameaça assim! Ela vai pagar por isso!)

Será que ele fala da... Louise?,  pensou Franz, pois a única garota que conhece era justamente a amiga de Odile.

-- Gerd, está tudo bem? – Perguntou Franz.

-- Nada! – Gerd chutou mais uma bola, balançando a rede de forma agressiva.

-- Sou seu amigo. Pode falar pra mim.

Por fim, o atacante relaxou e disse o motivo.

-- Louise! Aquela hobbit do mal! Ela jogou algumas esculturas em mim e um taco no meu retrovisor!!! – De raiva ele chuta, mas pra fora, impressionando os gandulas.

-- Tem certeza que ela fez isso? – Franz se recusava que a prima de sua melhor amiga tenha feito isso.

-- Ela descobriu que eu fui casado com a prima dela e me separei por causa de Alice, que por sinal, é a alma gêmea dela.

-- Ah está explicado! – Sorriu o líbero. – Sabe, eu, Odile e Louise fizemos um ménage.

Gerd parou de chutar quando ouviu aquela revelação.

-- Como assim? Desculpe minha ingenuidade.

-- Nós três fizemos um ménage a trois, sexo a três. – Explicando com calma. -- Eu cheguei em casa, encontrei as duas na cama se amando e aí Odile me puxou pra cama e começamos a fazer amor.

-- E... ela não te odeia pelo fato de ser meu amigo ou coisa assim? – Gerd achava que o problema poderia ser com ele e com todos.

-- Não. – Respondeu Franz. – Me dou super bem com ela. Louise é uma garota muito adorável, divertida e inteligente. E bonita.

-- Mas o que há com vocês? Breitner gosta dela mesmo estando com outra e você agora me conta essa de ménage?  Então o problema é comigo? – Exaltou-se.

-- Esses dias cheguei em casa e encontrei Katzchen e Louise fazendo amor. – Disse Sepp, ficando na linha do gol. 

-- Não me diga que você e sua namorada tiveram... vocês tiveram com aquela garota?

-- Tivemos! Nunca na minha vida recebi tanto carinho e atenção! As duas, nuas, lindas!Lulu sugando os seios da Katzchen que estão grandinhos,sabe? Foi uma grande noite! – Sepp sorria ao lembrar-se disso.

-- Eu vou embora! – O atacante se retirou do campo, atônito por saber que seus amigos, justo seus dois melhores amigos, tiveram boas experiências com Louise.

E chegou a quarta-feira...

O estúdio onde será gravado o especial dos Rolling Stones, Rock’n’Roll Circus, estava devidamente preparado. O programa BeatClub organizou sob a supervisão do publicitário britânico Sam Benson. A banda se vestia como perfeitos membros de um circo. Os convidados e outras bandas também se juntavam a isso.

Franz praticamente estava estupidamente feliz. Se sentiu como uma criança entrando no circo. Graças aos convites que Felicity conseguiu, ele veio vestido de treinador de leões e Odile usava trajes circenses e carregava bastões.

Louise apareceu acompanhada de sua amiga e colega, Fanny Fitzwilliam, ambas vestidas de Arlequina. Felicity e toda English Band usava trajes parecendo Pierrot.

-- Cadê a Alana? – Perguntou Felicity, afinando a guitarra.  – Williams, sabe onde está Alana?

Paul Williams, âncora do jornal London News, foi convidado por Felicity para tocar contra baixo, já que a baixista Alana Watson estava com a mão machucada devido um acidente.

-- Ela está se vestindo no camarim.

-- Olá pessoal! – Alana apareceu com traje circense, um pouco tensa. – Estou nervosa e Fefe, advinha quem veio!

A baixista mostrou nas arquibancadas da frente os amigos de Franz e entre eles estava Gerd, como um lançador de facas e Alice como sua sexy assistente.

-- Deixa quieto, Allie. – Mandou Fefe. – Já sabe o que vai tocar?

Antes de responder, Alana avistou os Monkees entrando no camarim e suas mãos tremeram ao avistar Mike Nesmith. Ela respirou fundo e respondeu séria.

-- Vou cantar Trouble uma parte de Heartbreak Hotel bem pegado!

-- Ok!

Neste momento Franz abraçou por trás a amiga galesa.

-- Ai que susto, Francis! – Felicity sempre chama o líbero de “Francis” em sinal de carinho e amizade.

-- Estou sem palavras para isso Felicity, só posso dizer obrigado mil vezes!Estar com a minha namorada na gravação de uma de um programa da minha banda favorita é como natal pra mim!  -- Franz agradecia mais a amiga.

-- Fico feliz com isso franz, mas por que trouxe Gerd? – Questionou Fefe.

-- Eu não convidei Gerd, você só me deu o meu convite, o da Odile e do Sepp e da Nora. – Respondeu o jogador e em seguida veio uma idéia. -- Acho que ele conseguiu convite através da Alice. Ela trabalha pra um site de música, esqueceu?

-- Não me interessa mais, Francis. Só fiquei curiosa e estou preocupada que Pete possa estranhar que meu ex-marido esteja aqui.

-- Quem é Pete? – Agora era a vez de Franz estar curioso e no mesmo instante, surge outro rapaz, alto, cabelos negros, nariz grande e usando roupas azuladas conforme a cor de seus olhos.

-- Eu sou Pete Townshend, guitarrista do The Who. – Apresentou-se o guitarrista. – Você deve ser o Franz... Beckenbauer? A Fefe me falou muito de você.

-- Sim. Eu sou Franz. – Depois observando os dois. – Vocês estão juntos? Desculpa-me a curiosidade.

-- Relaxa, Francis. – Disse Fefe, sorrindo. – Pete e eu... somos amigos há pouco tempo. Nos conhecemos no Glastonbury, lembra?

Enquanto a conversa dos três rolava as mil maravilhas, Alice avistou suas amigas, Dianna Mackenzie, Emma Carlisle e Erin Hudson como contorcionistas.

-- Vou conversar um pouco com minhas amigas, McDreamy. Já volto.

-- Ok, não demore que o show vai começar!

No exato momento que Gerd se levantou, uma pessoa menor do que ele trombou, caindo no chão.
-- Ai! Me desculpe eu... – Quando ela ergueu a cabeça, viu que não era um mero convidado. E sim a pessoa que ela mais detestava. – É VOCÊ, MCBASTARD!

Ele se assustou por achar que era um engano. Mas não é. Era ela.

-- A hobbit do mal?! Não tem outro reino pra incomodar, sua cópia mal feita de Smurfette?

Louise arregalou os olhos e encheu-se de raiva.

-- Eu incomodo o reino que quiser, seu bastardo, energúmeno! Quero ver você repetir me chamando daquilo! Isso é se você for homem de verdade!

-- Suma da minha frente sua anã de jardim dos infernos! Antes que eu a mande pro inferno eu mesmo!

-- Vai atirar essas facas em mim? Estou morrendo de medo, bastardo! Olha pra mim, como estou tremendo de medo! – Louise passou a dançar de forma cômica e ainda debochando de Gerd. -- Você não atira nem numa galinha!

-- Uma pena que essas facas são de plástico, porque se fossem de verdade eu já teria enfiado elas em você e se você quer saber eu já matei uma galinha pro almoço da minha mãe! Então não duvide do que eu sou capaz! – Ameaçou Gerd.

-- Eles estão brigando de novo. – Franz avistou a agitação na arquibancada.

-- Isso é melhor que UFC de sábado à noite! – Disse Sepp Maier, vestido de leão.

-- É uma pena pra mim que não esteja na galeria ou no Museu do Louvre porque eu ia mesmo pegar aquela enorme estátua de Davi e derrubar na sua cabeça pra ver quantas partes você iria se dividir com o processo de esmagamento!– Ria Louise e neste momento surgia Fanny e Fefe.

Gerd se prepara para ofender mais Louise quando avistou a ex-esposa e a amiga se aproximando. Ele se afastou da loira e ainda ouviu mais disparates dela.

-- É isso aí! Foge, covarde! Por isso digo que você não é capaz de matar uma galinha! Bastardo!

-- Lulu, com quem estava discutindo? – Perguntou Fefe.

-- Com aquele mala do seu ex-marido. – Respondeu Lulu.

-- Esquece-o, Lulu. Tenho coisas mais importantes a me preocupar do que com meu ex-amor da minha vida.

Louise e Fanny ficaram nas arquibancadas e Gerd voltou para perto de Alice. Ele procurava segurar a raiva sentida por Louise. Vai pagar muito caro pela ofensa, sua hobbit do mal, disse o atacante do Bayern de Munique, cheio de ódio pela alma gêmea de Alice.

Esta por sua vez observava tristemente Louise, trocando carinho com Fanny e chorou um pouco, mas sendo amparada por Belle.

-- Não fica assim Corina, essa Hobbit vai ter o que merece! – Garantiu Belle, pensando numa forma de fazer Louise ser castigada. --Limpe suas lágrimas e arrume seu decote, hoje será uma das melhores noites que você vai ter.

-- Sim... – Alice se recupera e procurou esquecer a alma gêmea loira.

No palco, os cinco membros dos Rolling Stones, anunciaram sua primeira atração.

-- Senhoras e senhores, bem vindos ao Rock’n’Roll Circus! – Keith Richards segurava seu microfone e usava um tapa olho, dando um certo charme.

-- Para dar o início de tudo, chamo aqui neste palco, English Band!

As luzes acenderam para cada um dos membros e foram apresentados. Fora do palco, outras bandas viam a apresentação, entre eles os Monkees. Mike Nesmith observava cada ação da baixista Alana Watson, que por alguma razão, o atraiu ali. Eles começaram cantar um pedaço de Trouble.

If you're looking for trouble
You came to the right place
If you're looking for trouble
Just look right in my face
I was born standing up
And talking back
My daddy was a green-eyed mountain jack
Because I'm evil, my middle name is misery
Well I'm evil, so don't you mess around with me

Com um rápido movimento, ela rasgou as vestes circenses, dando lugar a uma roupa de couro, apenas deixando entreaberto um pouco o decote e os cabelos negros bem soltos e os olhos brilhando. Aos poucos ela rebolava de forma discreta conforme aos riffs de guitarra e a música. Naquele momento, Alana se tornou Elvis Presley por um dia e isso impressionou todos.

Well, I quit my job down at the car wash
Left my mama a goodbye note
By sundown I'd left Kingston
With my guitar under my coat
I hitchhiked all the way down to Memphis
Got a room at the YMCA
For the next three weeks I went huntin' them nights
Just lookin' for a place to play
Well, I thought my pickin' would set 'em on fire
But nobody wanted to hire a guitar man

Well, I nearly 'bout starved to death down in Memphis
I run outta money and luck
So I bought me a ride down to Macon, Georgia
On a overloaded poultry truck
I thumbed on down to Panama City
Started pickin' out some o' them all night bars
Hopin' I could make myself a dollar
Makin' music on my guitar
I got the same old story at them all night piers
There ain't no room around here for a guitar man
We don't need a guitar man, son

So I slept in the hobo jungles
Roamed a thousand miles of track
Till I found myself in Mobile Alabama
At a club they call Big Jack's
A little four-piece band was jammin'
So I took my guitar and I sat in
I showed 'em what a band would sound like
With a swingin' little guitar man
Show 'em, son

If you ever take a trip down to the ocean
Find yourself down around Mobile
Make it on out to a club called Jack's
If you got a little time to kill
Just follow that crowd of people
You'll wind up out on his dance floor
Diggin' the finest little five-piece group
Up and down the Gulf of Mexico
Guess who's leadin' that five-piece band
Well, wouldn't ya know, it's that swingin' little guitar man

A platéia foi ao delírio com a dança típica de Alana aos moldes de Elvis Presley misturados com a irreverência da jovem e dos seus amigos. Todos aplaudiram a apresentação e a vocalista pegou seu lenço branco, secou um pouco o suor do seu decote e jogou para o público. Quem pegou foi um jogador alemão chamado Toni Kroos, ex-Bayern de Munique e agora no time espanhol Real Madrid.

Com a EB saindo do palco, Mick Jagger anunciou a próxima atração, a banda Plastic Ono Band, liderado por John Lennon e sua atual esposa Yoko Ono. Enquanto a banda tocava, Lulu pediu licença para Fanny.

-- Eu vou ao banheiro.

-- Ok!

Ela saiu discretamente da arquibancada e Belle avistou a garota e a seguiu. Na entrada do banheiro, ela é barrada pela mulher mais velha.

-- Você não vai passar, hobbit!

-- Me deixa, Belle. Eu não te devo nada!

-- Não, você vai ficar aqui e me escutar. Por que magoou minha Corina?

-- Quem?

-- E ainda se diz alma gêmea dela? – Belle sentia uma enorme raiva de Louise e a mesma entendeu do que se tratava.

-- Como posso ser alma gêmea dela se ela tirou o marido da minha prima? – Louise estava irritada ali.

-- Eu a amaria com todas as minhas forças e até o fim.

-- Você amaria alguém como ela? Mesmo se ela por ventura ficasse com Charlton, o homem que esperou uma resposta por 13 anos de sua vida? Ou melhor: se Charlton falasse que não te ama mais e prefere Alice? Ou ele te traísse? Como aquele alemão sem vergonha fez com a Fefe?  -- Empurrando Belle na parede, que estava em choque com tudo que a moça dizia. –Agora eu quero saber se você amaria Alice se tudo isso acontecesse com você! Entendeu agora meu lado?! Me diz!

Belle estava sem ação e sem respostas. Abaixou a cabeça e procurou não chorar mas era impossível. Tentou reagir.

-- Você já parou pra pensar que todos nós comentemos erros ou quer que eu te lembro que você abortou um filho de James Stone? Se Alice ficasse com Charlton tudo bem, é ela não outra.  Alice cuidou de você em todos os momentos, quando ela terminou com o sueco pra cuidar de você, nesse momento difícil que teve, você nem agradeceu que eu sei.

Ali mesmo Lulu se enfurece e acerta dois tapas na cara de Belle e ainda berra.

-- Eu não quis aquele aborto... foi ele.... FOI ELE QUE ME OBRIGOU!  -- Gritava Lulu. – Então, aqueles 13 anos de espera foram pro saco? 13 anos de sua vida onde eu vi você chorando e reclamando? Alice sempre será a outra! Eu duvido que você aceite isso!

A amiga de Alice chorava demais. Nunca em toda sua vida foi tão humilhada e maltratada assim e nunca vira Louise daquele jeito.

-- Mais uma coisa. Nunca mais fale do meu aborto! Eu preferia morrer naquele dia a tirar meu filho! Agora me deixa passar, Isabelle! Se ama mesmo Alice, então seja alma gêmea que ela merece. Já que passou 13 anos de sua vida sofrendo e passará mais tempo sofrendo!

Quando ia entrar na cabine, a mulher continuou a falar mesmo chorando.

-- Cada um tem o sofrimento que merece, se você mereceu tudo aquilo, eu mereci os treze anos sem o Bobby. – Insistiu a mulher.

-- Você não merecia aquela espera, Belle. – Lulu tentava defender Belle sobre isso e ficou de frente pra ela. -- Eu te disse que não valia à pena esperar por ele. Mas você não me ouviu. E sabe por que dizia isso?

-- Por quê? – Perguntou Belle curiosa.

-- Porque me deitei com Charlton!

Aquela notícia caiu como uma bomba atômica no coração de Belle, e causou mais impacto.

-- Como é?

-- Aconteceu quando estava no primeiro ano na Sorbonne. – Contou Lulu, mais calma. – Eu quis comprovar se ele estava te enrolando ou era um canalha. Eu cantei ele uma vez, duas vezes e fui rejeitada. Na terceira ele me deu uma chance. Fomos pro bar, bebemos e transamos. Foi aí que se deu conta do erro. Ele não devia te deixar esperando. Ele te procurou e lhe deu a resposta não é?

-- Sim... – Belle ainda chorava, mas sorria.

-- Eu sinto muito, mas aconteceu e ...

Belle roubou um beijo ardente de Louise.

-- Não há o que se falar... Eu não sabia que se preocupava tanto assim comigo, Lulu. – Belle fungava o nariz por conta do choro. – E sobre vocês... eu os perdôo, mas, você deve falar com Alice!

Louise bem que pensou em dizer algo, contudo, optou em concordar...

No intervalo do programa, alguns espectadores se retiram e outros ficam nas arquibancadas. Fanny foi conversar com os Monkees e Louise retornou, ficando sentada no mesmo lugar e resolveu mandar uma mensagem para Alice.

Oi, Alice. Sei que não conversamos há muitos dias, mas se ainda quiser conversar comigo, podemos nos ver no meu apartamento depois do especial?

Não houve respostas... Na verdade a jornalista viu a mensagem e não respondeu. A galesa menor percebeu e resolveu ficar em silêncio.

No outro lado, Mickey beijava Nami e Rosie era consolada por Harry Hughes, o amigo de Mickey. Neste momento Anastacia e seu namorado, Paul Breitner, se sentaram junto de Alice e também Marianne estava junto deles. Ambas trocaram um olhar significativo e Rosie se retira.

-- Para onde vai, ruiva?

-- Tomar um ar lá fora. – Mentiu Rosie.

Quando saiu do estúdio, Marianne a seguiu.

-- Rosie...

-- Marianne...

Houve mais um silêncio entre as duas.

-- Vamos conversar, minha ruiva.

-- Não me venha com essa de minha ruiva. – Rugiu a mulher de cabelo vermelho. – Não temos nada a ser dito. Você mentiu pra mim sobre a Ana, sendo que nunca escondi nada de você e inclusive falei da Nami. E o que recebo em troca? Eu pego você duas fazendo sexo na sala e ainda me esconde isso de mim!

-- Eu peço perdão por isso... – Marianne chorava. – Rosie, me perdoa, volta pra mim!

-- Eu quero mais que você volte pra sua princesa russa de araque e pro comunista de merda que ele é!

No mesmo instante, Ana e Paul apareceram e presenciaram a briga das duas.

-- Falando no diabo e seu servo... – A ruiva se referia aos dois.

-- Rosie, podemos conversar todos juntos.... – Sugeria Ana.

-- Desculpa, mas não converso com comunistas e toda corja do Stalin!

Ela se preparava para se retirar dali quando Ana a deteve.

-- Rosie, só queremos conversar. – Ana dizia calmamente.

-- Por favor, Rosie. Me espera, precisamos falar.

-- CHEGA, MARIANNE! – Se exaltou a ruiva. – Se você me ama mesmo, por que não me escolhe? Sou eu ou a princesa russa!

-- Não me faça escolher, ruiva! – Chorando. – Eu amo vocês duas!

-- Eu não aceito isso! – Insistiu Rosie. – Escolha bem, Marianne. Porque uma vez escolhida, não poderá dar atenção pra outra! Sou eu ou Anastacia?

Naquele momento, Marianne também explodiu de raiva.

-- Chega desses ciúmes! Eu não agüento mais isso! Então eu faço minha escolha, eu escolhi a Ana eu estou cansada de sofrer e de me punir por essa sua paranóia!

Rosie ficou estática, Paul e Ana chocados. Por mágica, ouviu-se um badalar do relógio e Marianne viu uma lágrima escorrer do rosto da ruiva.

-- Espero que tenha feito uma boa escolha porque a partir de hoje, nunca mais quero te ver! Você me destruiu, Marianne! Destruiu minha confiança! – Em seguida olhando com ódio puro para Ana. -- Muito obrigada Anastacia. Me livrou de um encosto!

Rosie foi embora, mas sem antes ouvir as palavras de raiva de Marianne e Ana.

No estúdio todos retornaram para suas posições e os Rolling Stones vão tocar. Eles chamaram Felicity junto. Keith Richards não parou de olhar para Fefe nem por um segundo e esperava o fim do especial para levar a fotógrafa para um lugar mais sossegado. No entanto antes de cantar, Fefe anunciou outra coisa.

-- Senhoras e senhores! Desculpem interromper, mas antes de cantar, quero chamar uma pessoa muito querida para mim e acima de tudo, quando falar o nome dele, aplaudem com vontade e alegria. Por favor... APLAUSOS PARA FRANZ BECKENBAUER!

De inicio foi um susto para o líbero, contudo, vendo que as luzes acendiam em sua direção e Felicity e Mick Jagger o chamavam para o palco, ele se deu conta de tudo.

-- S-sou eu? – Ele ainda custava acreditar.

-- Sim, mozão! – Motivava Odile. – Vai lá! E cante!

Um pouco nervoso, Franz se juntou ao grupo e Fefe continuou com os anúncios mas acabou sendo interrompida por ele.

-- Que tal cantarmos... Paint In Black?

O grupo concordou e Felicity não fez nenhuma objeção. Pelo contrário, ela amava a música e sabia bem o quanto seu amigo adorava. Os vocais começaram com Franz e depois Felicity.
(Franz)
I see a red door and
I want to paint it black
No colors anymore
I want them to turn black

I see the girls walk by dressed
In their summer clothes
I have to turn my head
Until my darkness goes

(Felicity)
I see a line of cars
And they're all painted black
With flowers and my love
Both never to come back

I see people turn their heads
And quickly look away
Like a new born baby
It just happens every day

(Franz)
I look inside myself
And see my heart is black
I see my red door
And must have it painted black

(Felicity)
Maybe then I'll fade away
And not have to face the facts
It's not easy facin' up
When your whole world is black

(Franz e Jagger)
No more will my green sea
Go turn a deeper blue
I could not foresee
This thing happening to you
(Felicity e Jagger)
If I look hard enough
Into the settin' sun
My love will laugh with me
Before the mornin' comes

(Todos)
I see a red door and
I want to paint it black
No colors anymore
I want them to turn black

I see the girls walk by dressed
In their summer blouse
I have to turn my head
Until my darkness goes

Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm

(Franz)
I wanna see it painted
Painted black
Black as night
Black as coal

(Felicity e Franz)
I wanna see the sun
Blotted out from the sky
I wanna see it painted, painted, painted
Painted black
Yeah!

Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm


Terminada de cantar a música, Franz puxou Odile para um super beijo envolvente e na frente das câmeras e sob mais aplausos. Felicity se encheu de alegria pelo amigo e se sentia bem realizando aquele sonho dele de ficar perto de seus ídolos. 

A próxima banda a subir no palco é o The Who. Lily não parava de contemplar Roger Daltrey e volta e meia suspirava pelo loiro de olhos azuis e baixinho. E algo que atraia em Roger era... a barriga tanquinho que ele possui. Pete começou as saudações para o público e apresentando cada integrante e por fim a música.

-- A música em questão, foi um pedido expresso que recebi da minha garota. Ela quer que uma certa pessoa ouça! – Disse Pete, rindo e começando a dedilhar na guitarra.


I know you've deceived me, now here's a surprise
I know that you have 'cause there's magic in my eyes

I can see for miles and miles and miles and miles and miles
Oh yeah

If you think that I don't know about the little tricks you play
And never see you when deliberately you put things in my way

Well, here's a poke at you
You're gonna choke on it too
You're gonna lose that smile
Beacuse all the while

I can see for miles and miles
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles and miles and miles and miles
Oh yeah

You took advantage of my trust in you when I was so far away
I saw you holding lots of other guys and now you've got the
nerve to say

That you still want me
Well, that's as may be
But you gotta stand trial
Because all the while

I can see for miles and miles
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles and miles and miles and miles
Oh yeah

I know you've deceived me, now here's a surprise
I know that you have 'cause there's magic in my eyes

I can see for miles and miles and miles and miles and miles
Oh yeah

The Eiffel Tower and the Taj Mahal are mine to see on clear days
You thought that I would need a crystal ball to see right
through the haze

Well, here's a poke at you
You're gonna choke on it too
You're gonna lose that smile
Beacuse all the while

I can see for miles and miles
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles and miles and miles
and miles and miles and miles and miles



Terminada a canção, Pete larga a guitarra e agarrou Felicity na frente das câmeras.

-- Minha rainha! – Em seguida a beijou apaixonadamente, surpreendendo todos.

Gerd praticamente paralisou ali. Por alguns segundos tentou processar a imagem vista. Depois ele se lembrou da confissão de Fefe no dia que ele pediu a separação. Então este é o guitarrista que pretendia me trair, Fefe? Você decaiu legal, pensou Gerd em relação a isso.

-- Ela está mesmo saindo com o narigudo do Townshend? – Perguntava Alice.

-- Sim... Com tanto homem por aí e ela escolhe justo um músico narigudo! – Resmungou Gerd, deixando Alice desconfiada e mesmo assim ela puxou-o para perto.

-- E não se preocupe com isso, McDreamy! Você é meu!

As apresentações encerraram com os Monkees, Jimi Hendrix e mais uma música cantada pelos Rolling Stones em conjunto com os convidados. Enquanto a apresentação rolava Louise vê Alice beijando Gerd e se enfureceu mais, até que teve uma brilhante idéia... envolvendo arte. Ela puxou Fanny e a levou para o estacionamento.

-- Fanny, quer participar de algo comigo?

-- O que?

-- Algo referente à “arte destrutiva”. – Disse Lulu, com os olhos brilhando.

Louise explicou para Fanny do que se tratava e como sabia que a colega havia passado por isso, resolveu topar, pegando um cano de aço encontrado na sarjeta. Elas caminharam até um carro prateado com poucos adornos e bem luxuoso, da marca Mercedes Benz.

-- Lembra do jogo Street Fighter 2, onde tinha um momento de quebrar o carro em trinta segundos? – Questionou Lulu para Fanny.

-- Sim!

-- É o que vamos fazer! Mas com arte autodestrutiva, segundo Gustav Metzger.

Fanny e Lulu praticamente destroçaram o carro e no fim ativou o alarme, mas de forma baixa e elas foram embora satisfeitas. No estúdio, Marianne tentou procurar Rosie contudo esta partiu com Mickey, Nami e Harry para casa. Antes de sair do estúdio um dos guardas do estacionamento chamou Gerd.

-- Herr Müller temos um problema! – Disse o guarda, nervoso. – O seu carro...

-- Me roubaram?

-- Não... ele foi... destruído!

Gerd e Alice seguiram com o oficial no estacionamento e viram o estado de destruição deixado. Não havia restado nada.

-- MEU CARRO! O que fizeram com meu carro? – Ele se indignava. – Eu não estacionei em local proibido.

O jogador mal prestava atenção no que o oficial e outras pessoas diziam. Porém, algo chamou atenção. No capô, havia algo escrito com tinta vermelha.

ISTO É ARTE AUTODESTRUTIVA!!!

Ele não havia entendido bem e Alice também não compreendia. No outro lado da rua, Lulu e Fanny riam dentro do carro da situação. Gerd avistou a loira na outra rua e aí ele compreendeu a situação. Pra piorar, Lulu olhava para o jogador fingindo chorar, mostrando o dedo médio e por fim indo embora.

-- AQUELA HOBBIT DO MAL!!!!!

Arte é tudo. Viver é uma arte. Neste caso extrapolei em minhas ações. Expressei tudo em arte. Hoje desenhei e pintei em cores mais sólidas e comuns. Cores que transmitem o ar sério e fechado. Isso demonstra o quanto meu ódio cresce. Além disso, tive reencontros nada agradáveis e rememorei coisas que me machucavam como uma faca de dois gumes. E isso me cortou muito. E mais tarde... adquirindo um ódio. Por ele...


Continua...