Tenham um bom dia e fiquem com novo capítulo de Sunrise! Bem musical!
Capítulo 7: Pequeno
jogo de vingança
Em plena terça-feira Louise outra vez se
estressou. Ela observava Ana socorrendo Paul. O escritor estava no chão,
colocando a mão no nariz sangrando e a namorada limpava o sangue com o lenço.
-- Por que fez isso, Louise? – Ana perguntava
consternada para a menina.
Ela não respondeu. Não sabia quem ela mais
odiava, se era Paul ou Ana.
-- McLittle... --- Ele falava com dificuldade.
– Eu sei que está brava comigo por tudo que aconteceu. Mereci esse soco.
-- Mereceu mesmo. – Concordou Louise, agora
olhando para Ana, de um jeito frio. – Agora não entendi por que trouxe essa
mulher? Ela me destruiu duas vezes.
Ana entendeu o que Louise quis dizer e tremeu.
Paul ficou sem saber o que dizer.
-- Como assim?
-- Paul! – Pediu Ana. – Vamos embora!
-- Vai fugir, sua covarde? Maldita! Não contou
pra ele o que fez comigo quando eu tinha dezessete anos? Ouvi dizer que você
fez com uma outra garota que namorava uma ruiva e ainda por cima arruinou a
relação delas.
Ana petrificou ali e as imagens do passado a
atormentaram, principalmente da tarde onde abusou de Louise de forma depravada.
-- O que está acontecendo, Ana? – Paul exigia
uma resposta.
-- Eu... eu não quero falar disso.
Com os olhos cheios de lágrimas, ela soluçava
enquanto Louise gritava.
-- Seja uma boa menina, Ana e fale pro Paul
sobre o que houve!
Não suportando isso, Ana cai em posição fetal e
emite um grito e lamento.
-- Sr. Michels, pare! Eu não quero... PARE!
Quando ouviu aquele nome, Louise relembrou o
fato que a russa havia contado. Ela parou de xingar a mulher.
-- Ana! Pare! Eu não sou ele. Me desculpe!
Elas se abraçaram ali e Paul não havia
entendido.
-- O que está
acontecendo? Eu exijo que me fale! – Paul se encontrava impaciente.
-- Calma, já
passou, ele não está aqui, ele não está aqui. – Abraçando Ana e depois olhando
para o escritor. -- É complicado, B, mas vou te contar.
FLASHBACK ON
Quase dois meses após o abuso sofrido, Louise
conseguiu superar aquele momento mas não conseguiu se encontrar mais com Jim e
sequer olhava mais para ele. Ela decidiu focar-se nos estudos e o ano letivo
estava terminando. Naquele dia ela ficou com os pais para o dia de Ação de
Graças porém, seu pai foi viajar a negócios porém ele prometeu retornar a tempo
e Mickey iria ficar no alojamento da Universidade.
De repente, a campainha toca e Mary McGold
estava se arrumando. Ela abriu a porta.
-- Olá, Anastacia! – Saudou a mãe de Louise. –
Como vai?
-- Estou bem, Sra. McGold! – Ela entrava na
sala. – Meu filho está com meu irmão porque ele acha que ando estressada e como
estava com saudades de vocês, resolvi vir até aqui.
-- Ah que bom, Ana. Você é sempre bem vinda mas
agora preciso sair. Tenho uma reunião com as amigas para decidir o que será
vendido no brique da solidariedade. Minha filha está em casa e ela sente
saudades suas. – Mary gritou para Louise. – FILHA, ANASTACIA ESTÁ AQUI!
-- OK, MÃE! JÁ VOU DESCER! – Avisou Louise.
Mary se despede de Ana e quando ela foi embora,
Ana percebeu que Lulu não saiu do quarto. Ela subiu as escadas e entrou no
quarto dela, encontrando a estudante com fones de ouvido e escrevendo um
resumo. Ela fechou a porta e a trancou e depois tirou os fones dela.
-- O que faz aqui? – Perguntou Lulu, assustada
por estar diante dela e correu até a porta, trancada. – Destranque a porta,
Ana!
-- Calma eu vou destrancar a porta. – Ela o fez
mas ainda manteve fechada.
-- Ainda não me respondeu a minha pergunta. O
que faz aqui?
-- Chris acha que ando muito estressada e ele
está cuidando do Edgar. – Ela afagava o cabelo de Louise. – E vim ver como você
está.
-- Por que fez aquilo comigo? – Um pouco
assustada.
-- Estou aqui para me desculpar pelo o que fiz.
– Passando o dedo nos lábios macios dela. – Foi um erro muito grande, por
favor, me perdoe. Estão acontecendo coisas na minha vida que estão acabando
comigo.
-- Você quer... me contar? – Louise passou a
mão no meio das pernas da mulher.
-- Eu...melhor não.
-- Me conte...
Louise passou a língua nos lábios de Ana,
iniciando um beijo quente das duas, deixando Ana excitada. Ela se deitou,
permitindo que Ana fizesse com ela o que fosse. A mais velha retirou a calcinha
da menina e abrindo as pernas e erguendo o vestido dela, chupou a intimidade de
Louise.
-- Ana... ahhh... que maravilha... oooohhh... –
Gemia Lulu.
A loira apertava mais a cabeça da outra,
implorando mais sucções. Por fim, Ana tirou sua roupa e a da amada.
Elas ficaram sentadas na cama, encostando suas
intimidades uma na outra.
-- Está pronta, meu anjinho?—Perguntou Ana.
-- Sim.
Aos poucos elas se esfregavam tão eroticamente
a ponto de aumentar a velocidade. Elas também depois de um certo tempo passaram
a se tocar, proporcionando mais prazer para ambas.
-- Anastacia, eu te amo! – Exclamou Louise
chegando ao orgasmo e suada.
-- Eu te amo tanto minha pequena! Obrigada por
me fazer feliz! – Disse Ana, também ofegante, suada e se deitando.
Louise recostou sua cabeça no peito da esposa
de Jim, respirando fundo. Ana podia ouvir o coraçãozinho da mocinha bater
rápido.
-- Quer me contar o que aconteceu?
Ana resolveu falar a verdade.
-- Quando eu tinha uns dezenove e vinte anos,
conheci na faculdade um professor chamado Rinus Michels. Eu adorava a matéria
dele que é Estética e Crítica da Arte.
Sempre depois da aula eu conversava com ele sobre livros até que um dia,
eu estava indo embora e ele pediu para eu permanecer na sala e ele trancou a
porta e me prensou na parede e me abusou. – Ana chorou um pouco e continuou a
falar. -- Ele continuou fazer isso até eu terminar o curso... eu achei que
depois da faculdade eu não iria mais vê-lo, mas ontem eu estava cuidando do
Edgar e ele apareceu e me abusou de novo!
Louise se assustou mais e abraçou Ana. Então
era por isso que tudo aquilo aconteceu com ela.
-- Denuncie ele, Ana! Não pode ficar se calando
e permitindo isso! Se ele voltar, venha aqui na minha casa! Eu vou te proteger.
Posso ser menor, mas não deixarei que nada lhe aconteça!
-- Obrigada, minha pequena!
Ali mesmo elas se amaram mais uma vez e Ana se
tornou a primeira mulher na vida de Louise em termos de sexualidade.
FLASHBACK OFF
-- Então, por
isso que fazia aquelas meditações e dizia que era pra “expulsar seus
demônios”? -- Questionou Paul para Ana.
-- Sim e também
faço terapia até hoje. – Respondeu Ana, olhando para Louise. – Lulu, eu sei que
está magoada por tudo que aconteceu. Não me odeie por você e o Paul terem
terminado assim. Eu fiquei também com raiva dele quando ele me contou que
enviou uma carta para você falando do término.
Não achei legal isso.
-- Sabe, por um
momento, achei que o universo conspirou contra mim, por causa daquele dia,
sabe? Quando eu e o Jim...
-- Aquilo eu
permiti, amorzinho. Apenas não aceitei ver Jim com uma mulher qualquer.
Lulu estava
calada e em seguida olhou para Paul.
-- Me perdoe
pelo soco, B.
-- Eu mereci
isso, McLittle! – Paul pegava a mão de Louise e a de Anastacia. – Por favor não
me odeiem e nem guardem ressentimentos de coisas do passado. Não recorde disso
mais, Lulu.
-- Você leu meu
post?
-- Leio todos os
dias. Você sabe disso.
-- E eu também!
– Ana sorria e abraçava Lulu. – Só uma pergunta que me intriga: quem é essa
pessoa que cruzou em sua vida como um meteoro e de alguma maneira lhe causou
ódio?
-- Ah... bem...
– Ela não se sentia bem contando certos detalhes por trás dos posts do blog. –
Ele é um alemão.
-- Gerd? –
Suspeitando o escritor.
-- Não, não e
não! – Negava a artista e enervando-se. – Ele não!
-- Não esconda
as coisas de mim, McLittle. – Paul e Lulu sempre foram honestos um com o outro
e mesmo sendo agora ex-namorados e amigos, eles mantém essa qualidade. -- Eu vi
como vocês se olhavam no lançamento do meu livro.
-- Ok, é ele. –
Admitiu por fim. – Mas eu o odeio. Ele foi casado com a Felicity e a traiu com
a Alice, minha alma gêmea enquanto minha prima estava no Glastonbury.
-- E agora ele
está com a Alice. Ontem ela me visitou,veio ver o Edgar. Pequena, se ele fizer
você sofrer, eu juro que eu arranco o couro dele!
Os três riram da
determinação de Ana e Paul também conta.
-- Ontem fui
visitar ele em casa e sabe o que me contou? Que você jogou as obras de arte
contra ele e até mesmo esculturas. E também ameaçou ele de jogar a estátua de
Davi na cabeça dele e quebrou o retrovisor do carro com um taco.
-- E farei isso
se ele se aproximar de mim!
Paul já começava
achar que sua ex-namorada esteja desenvolvendo algo por seu amigo jogador...
-- Eu sei que
ele é amigo da Odile, mas poxa vida! Tem vezes que não dá pra suportar o Best
saindo de Londres e vindo até aqui só pra conversar com minha namorada! –
Reclamava Franz para Sepp durante o treinamento.
Já fazia poucos
dias que o norte irlandês se instalou na casa de Odile e por conta da amizade
ela deixou que ele ficasse no apartamento por um tempo.
-- Relaxa, cara.
Isso vai ser por pouco tempo e aí sim vocês podem se amar a vontade. – Disse
Sepp, otimista e vestindo suas luvas.
Neste momento
surge Manuel Neuer e Tom Stark, os goleiros suplentes de Sepp, com dificuldade
para andar e mexer as mãos.
-- O treino foi
puxado? – Perguntou o capitão do time, rindo dos dois.
-- Puxado uma
ova! – Berrou Tom, tirando as luvas e sentindo dores. – O que deu no Gerd?
-- Como assim?
Ele fez isso? – Franz arregalou os olhos.
-- Sim! –
Responderam em uníssono.
Os dois amigos
trocaram um olhar intrigante e novamente questionaram a dupla de guarda redes.
-- Ele andava
reclamando?
-- Toda hora! –
Confirmou Manuel. – A cada reclamação é um chute na bola que voava longe e
também empurrava e dava coices nos outros como uma mula! Não conseguíamos
defender e até mesmo houve um chute que a bola rasgou a rede!
Eles foram para
o campo e o encontraram ainda chutando as bolas para longe e o pessoal olhando
para ele.
-- Acho que ele
brigou com a Alice. – Comentou Jupp Kappelmann, um dos jogadores.
Franz se
aproximou dele e ouviu toda aquela reclamação.
-- Dummes
Mädchen! Niemand bedroht mich so! Es wird dafür bezahlen! (Garota estúpida! Ninguém me ameaça assim! Ela vai pagar por isso!)
Será que ele fala da... Louise?, pensou Franz, pois a
única garota que conhece era justamente a amiga de Odile.
-- Gerd, está
tudo bem? – Perguntou Franz.
-- Nada! – Gerd
chutou mais uma bola, balançando a rede de forma agressiva.
-- Sou seu
amigo. Pode falar pra mim.
Por fim, o
atacante relaxou e disse o motivo.
-- Louise!
Aquela hobbit do mal! Ela jogou algumas esculturas em mim e um taco no meu
retrovisor!!! – De raiva ele chuta, mas pra fora, impressionando os gandulas.
-- Tem certeza
que ela fez isso? – Franz se recusava que a prima de sua melhor amiga tenha
feito isso.
-- Ela descobriu
que eu fui casado com a prima dela e me separei por causa de Alice, que por
sinal, é a alma gêmea dela.
-- Ah está
explicado! – Sorriu o líbero. – Sabe, eu, Odile e Louise fizemos um ménage.
Gerd parou de
chutar quando ouviu aquela revelação.
-- Como assim?
Desculpe minha ingenuidade.
-- Nós três
fizemos um ménage a trois, sexo a três. – Explicando com calma. -- Eu cheguei
em casa, encontrei as duas na cama se amando e aí Odile me puxou pra cama e
começamos a fazer amor.
-- E... ela não
te odeia pelo fato de ser meu amigo ou coisa assim? – Gerd achava que o
problema poderia ser com ele e com todos.
-- Não. –
Respondeu Franz. – Me dou super bem com ela. Louise é uma garota muito
adorável, divertida e inteligente. E bonita.
-- Mas o que há
com vocês? Breitner gosta dela mesmo estando com outra e você agora me conta
essa de ménage? Então o problema é
comigo? – Exaltou-se.
-- Esses dias
cheguei em casa e encontrei Katzchen e Louise fazendo amor. – Disse Sepp,
ficando na linha do gol.
-- Não me diga que
você e sua namorada tiveram... vocês tiveram com aquela garota?
-- Tivemos! Nunca
na minha vida recebi tanto carinho e atenção! As duas, nuas, lindas!Lulu
sugando os seios da Katzchen que estão grandinhos,sabe? Foi uma grande noite! –
Sepp sorria ao lembrar-se disso.
-- Eu vou
embora! – O atacante se retirou do campo, atônito por saber que seus amigos,
justo seus dois melhores amigos, tiveram boas experiências com Louise.
E chegou a
quarta-feira...
O estúdio onde
será gravado o especial dos Rolling Stones, Rock’n’Roll Circus, estava
devidamente preparado. O programa BeatClub organizou sob a supervisão do
publicitário britânico Sam Benson. A banda se vestia como perfeitos membros de
um circo. Os convidados e outras bandas também se juntavam a isso.
Franz
praticamente estava estupidamente feliz. Se sentiu como uma criança entrando no
circo. Graças aos convites que Felicity conseguiu, ele veio vestido de
treinador de leões e Odile usava trajes circenses e carregava bastões.
Louise apareceu
acompanhada de sua amiga e colega, Fanny Fitzwilliam, ambas vestidas de
Arlequina. Felicity e toda English Band usava trajes parecendo Pierrot.
-- Cadê a Alana?
– Perguntou Felicity, afinando a guitarra.
– Williams, sabe onde está Alana?
Paul Williams,
âncora do jornal London News, foi convidado por Felicity para tocar contra
baixo, já que a baixista Alana Watson estava com a mão machucada devido um
acidente.
-- Ela está se
vestindo no camarim.
-- Olá pessoal!
– Alana apareceu com traje circense, um pouco tensa. – Estou nervosa e Fefe,
advinha quem veio!
A baixista
mostrou nas arquibancadas da frente os amigos de Franz e entre eles estava
Gerd, como um lançador de facas e Alice como sua sexy assistente.
-- Deixa quieto,
Allie. – Mandou Fefe. – Já sabe o que vai tocar?
Antes de
responder, Alana avistou os Monkees entrando no camarim e suas mãos tremeram ao
avistar Mike Nesmith. Ela respirou fundo e respondeu séria.
-- Vou cantar
Trouble uma parte de Heartbreak Hotel bem pegado!
-- Ok!
Neste momento
Franz abraçou por trás a amiga galesa.
-- Ai que susto,
Francis! – Felicity sempre chama o líbero de “Francis” em sinal de carinho e
amizade.
-- Estou sem
palavras para isso Felicity, só posso dizer obrigado mil vezes!Estar com a
minha namorada na gravação de uma de um programa da minha banda favorita é como
natal pra mim! -- Franz agradecia mais a
amiga.
-- Fico feliz
com isso franz, mas por que trouxe Gerd? – Questionou Fefe.
-- Eu não
convidei Gerd, você só me deu o meu convite, o da Odile e do Sepp e da Nora. –
Respondeu o jogador e em seguida veio uma idéia. -- Acho que ele conseguiu
convite através da Alice. Ela trabalha pra um site de música, esqueceu?
-- Não me
interessa mais, Francis. Só fiquei curiosa e estou preocupada que Pete possa
estranhar que meu ex-marido esteja aqui.
-- Quem é Pete?
– Agora era a vez de Franz estar curioso e no mesmo instante, surge outro
rapaz, alto, cabelos negros, nariz grande e usando roupas azuladas conforme a
cor de seus olhos.
-- Eu sou Pete
Townshend, guitarrista do The Who. – Apresentou-se o guitarrista. – Você deve
ser o Franz... Beckenbauer? A Fefe me falou muito de você.
-- Sim. Eu sou
Franz. – Depois observando os dois. – Vocês estão juntos? Desculpa-me a
curiosidade.
-- Relaxa,
Francis. – Disse Fefe, sorrindo. – Pete e eu... somos amigos há pouco tempo.
Nos conhecemos no Glastonbury, lembra?
Enquanto a
conversa dos três rolava as mil maravilhas, Alice avistou suas amigas, Dianna
Mackenzie, Emma Carlisle e Erin Hudson como contorcionistas.
-- Vou conversar
um pouco com minhas amigas, McDreamy. Já volto.
-- Ok, não
demore que o show vai começar!
No exato momento
que Gerd se levantou, uma pessoa menor do que ele trombou, caindo no chão.
-- Ai! Me
desculpe eu... – Quando ela ergueu a cabeça, viu que não era um mero convidado.
E sim a pessoa que ela mais detestava. – É VOCÊ, MCBASTARD!
Ele se assustou
por achar que era um engano. Mas não é. Era ela.
-- A hobbit do
mal?! Não tem outro reino pra incomodar, sua cópia mal feita de Smurfette?
Louise arregalou
os olhos e encheu-se de raiva.
-- Eu incomodo o
reino que quiser, seu bastardo, energúmeno! Quero ver você repetir me chamando
daquilo! Isso é se você for homem de verdade!
-- Suma da minha
frente sua anã de jardim dos infernos! Antes que eu a mande pro inferno eu
mesmo!
-- Vai atirar
essas facas em mim? Estou morrendo de medo, bastardo! Olha pra mim, como estou
tremendo de medo! – Louise passou a dançar de forma cômica e ainda debochando
de Gerd. -- Você não atira nem numa galinha!
-- Uma pena que
essas facas são de plástico, porque se fossem de verdade eu já teria enfiado
elas em você e se você quer saber eu já matei uma galinha pro almoço da minha
mãe! Então não duvide do que eu sou capaz! – Ameaçou Gerd.
-- Eles estão
brigando de novo. – Franz avistou a agitação na arquibancada.
-- Isso é melhor
que UFC de sábado à noite! – Disse Sepp Maier, vestido de leão.
-- É uma pena
pra mim que não esteja na galeria ou no Museu do Louvre porque eu ia mesmo
pegar aquela enorme estátua de Davi e derrubar na sua cabeça pra ver quantas
partes você iria se dividir com o processo de esmagamento!– Ria Louise e neste
momento surgia Fanny e Fefe.
Gerd se prepara
para ofender mais Louise quando avistou a ex-esposa e a amiga se aproximando.
Ele se afastou da loira e ainda ouviu mais disparates dela.
-- É isso aí!
Foge, covarde! Por isso digo que você não é capaz de matar uma galinha!
Bastardo!
-- Lulu, com
quem estava discutindo? – Perguntou Fefe.
-- Com aquele
mala do seu ex-marido. – Respondeu Lulu.
-- Esquece-o,
Lulu. Tenho coisas mais importantes a me preocupar do que com meu ex-amor da
minha vida.
Louise e Fanny
ficaram nas arquibancadas e Gerd voltou para perto de Alice. Ele procurava
segurar a raiva sentida por Louise. Vai
pagar muito caro pela ofensa, sua hobbit do mal, disse o atacante do Bayern
de Munique, cheio de ódio pela alma gêmea de Alice.
Esta por sua vez
observava tristemente Louise, trocando carinho com Fanny e chorou um pouco, mas
sendo amparada por Belle.
-- Não fica
assim Corina, essa Hobbit vai ter o que merece! – Garantiu Belle, pensando numa
forma de fazer Louise ser castigada. --Limpe suas lágrimas e arrume seu decote,
hoje será uma das melhores noites que você vai ter.
-- Sim... –
Alice se recupera e procurou esquecer a alma gêmea loira.
No palco, os
cinco membros dos Rolling Stones, anunciaram sua primeira atração.
-- Senhoras e
senhores, bem vindos ao Rock’n’Roll Circus! – Keith Richards segurava seu
microfone e usava um tapa olho, dando um certo charme.
-- Para dar o
início de tudo, chamo aqui neste palco, English Band!
As luzes
acenderam para cada um dos membros e foram apresentados. Fora do palco, outras
bandas viam a apresentação, entre eles os Monkees. Mike Nesmith observava cada
ação da baixista Alana Watson, que por alguma razão, o atraiu ali. Eles
começaram cantar um pedaço de Trouble.
If you're looking for trouble
You came to the right place
If you're looking for trouble
Just look right in my face
I was born standing up
And talking back
My daddy was a green-eyed mountain
jack
Because I'm evil, my middle name is
misery
Well I'm evil, so don't you mess
around with me
Com um rápido
movimento, ela rasgou as vestes circenses, dando lugar a uma roupa de couro,
apenas deixando entreaberto um pouco o decote e os cabelos negros bem soltos e
os olhos brilhando. Aos poucos ela rebolava de forma discreta conforme aos
riffs de guitarra e a música. Naquele momento, Alana se tornou Elvis Presley
por um dia e isso impressionou todos.
Well, I quit my job down at the car
wash
Left my mama a goodbye note
By sundown I'd left Kingston
With my guitar under my coat
I hitchhiked all the way down to
Memphis
Got a room at the YMCA
For the next three weeks I went
huntin' them nights
Just lookin' for a place to play
Well, I thought my pickin' would set
'em on fire
But nobody wanted to hire a guitar
man
Well, I nearly 'bout starved to death
down in Memphis
I run outta money and luck
So I bought me a ride down to Macon,
Georgia
On a overloaded poultry truck
I thumbed on down to Panama City
Started pickin' out some o' them all
night bars
Hopin' I could make myself a dollar
Makin' music on my guitar
I got the same old story at them all
night piers
There ain't no room around here for a
guitar man
We don't need a guitar man, son
So I slept in the hobo jungles
Roamed a thousand miles of track
Till I found myself in Mobile Alabama
At a club they call Big Jack's
A little four-piece band was jammin'
So I took my guitar and I sat in
I showed 'em what a band would sound
like
With a swingin' little guitar man
Show 'em, son
If you ever take a trip down to the
ocean
Find yourself down around Mobile
Make it on out to a club called
Jack's
If you got a little time to kill
Just follow that crowd of people
You'll wind up out on his dance floor
Diggin' the finest little five-piece
group
Up and down the Gulf of Mexico
Guess who's leadin' that five-piece
band
Well, wouldn't ya know, it's that
swingin' little guitar man
A platéia foi ao
delírio com a dança típica de Alana aos moldes de Elvis Presley misturados com
a irreverência da jovem e dos seus amigos. Todos aplaudiram a apresentação e a
vocalista pegou seu lenço branco, secou um pouco o suor do seu decote e jogou
para o público. Quem pegou foi um jogador alemão chamado Toni Kroos, ex-Bayern
de Munique e agora no time espanhol Real Madrid.
Com a EB saindo
do palco, Mick Jagger anunciou a próxima atração, a banda Plastic Ono Band,
liderado por John Lennon e sua atual esposa Yoko Ono. Enquanto a banda tocava,
Lulu pediu licença para Fanny.
-- Eu vou ao
banheiro.
-- Ok!
Ela saiu
discretamente da arquibancada e Belle avistou a garota e a seguiu. Na entrada
do banheiro, ela é barrada pela mulher mais velha.
-- Você não vai
passar, hobbit!
-- Me deixa,
Belle. Eu não te devo nada!
-- Não, você vai
ficar aqui e me escutar. Por que magoou minha Corina?
-- Quem?
-- E ainda se
diz alma gêmea dela? – Belle sentia uma enorme raiva de Louise e a mesma
entendeu do que se tratava.
-- Como posso
ser alma gêmea dela se ela tirou o marido da minha prima? – Louise estava
irritada ali.
-- Eu a amaria
com todas as minhas forças e até o fim.
-- Você amaria
alguém como ela? Mesmo se ela por ventura ficasse com Charlton, o homem que
esperou uma resposta por 13 anos de sua vida? Ou melhor: se Charlton falasse que
não te ama mais e prefere Alice? Ou ele te traísse? Como aquele alemão sem
vergonha fez com a Fefe? -- Empurrando
Belle na parede, que estava em choque com tudo que a moça dizia. –Agora eu
quero saber se você amaria Alice se tudo isso acontecesse com você! Entendeu
agora meu lado?! Me diz!
Belle estava sem
ação e sem respostas. Abaixou a cabeça e procurou não chorar mas era
impossível. Tentou reagir.
-- Você já parou
pra pensar que todos nós comentemos erros ou quer que eu te lembro que você
abortou um filho de James Stone? Se Alice ficasse com Charlton tudo bem, é ela
não outra. Alice cuidou de você em todos
os momentos, quando ela terminou com o sueco pra cuidar de você, nesse momento
difícil que teve, você nem agradeceu que eu sei.
Ali mesmo Lulu
se enfurece e acerta dois tapas na cara de Belle e ainda berra.
-- Eu não quis
aquele aborto... foi ele.... FOI ELE QUE ME OBRIGOU! -- Gritava Lulu. – Então, aqueles 13 anos de
espera foram pro saco? 13 anos de sua vida onde eu vi você chorando e
reclamando? Alice sempre será a outra! Eu duvido que você aceite isso!
A amiga de Alice
chorava demais. Nunca em toda sua vida foi tão humilhada e maltratada assim e
nunca vira Louise daquele jeito.
-- Mais uma
coisa. Nunca mais fale do meu aborto! Eu preferia morrer naquele dia a tirar
meu filho! Agora me deixa passar, Isabelle! Se ama mesmo Alice, então seja alma
gêmea que ela merece. Já que passou 13 anos de sua vida sofrendo e passará mais
tempo sofrendo!
Quando ia entrar
na cabine, a mulher continuou a falar mesmo chorando.
-- Cada um tem o
sofrimento que merece, se você mereceu tudo aquilo, eu mereci os treze anos sem
o Bobby. – Insistiu a mulher.
-- Você não
merecia aquela espera, Belle. – Lulu tentava defender Belle sobre isso e ficou
de frente pra ela. -- Eu te disse que não valia à pena esperar por ele. Mas
você não me ouviu. E sabe por que dizia isso?
-- Por quê? –
Perguntou Belle curiosa.
-- Porque me
deitei com Charlton!
Aquela notícia
caiu como uma bomba atômica no coração de Belle, e causou mais impacto.
-- Como é?
-- Aconteceu
quando estava no primeiro ano na Sorbonne. – Contou Lulu, mais calma. – Eu quis
comprovar se ele estava te enrolando ou era um canalha. Eu cantei ele uma vez,
duas vezes e fui rejeitada. Na terceira ele me deu uma chance. Fomos pro bar, bebemos
e transamos. Foi aí que se deu conta do erro. Ele não devia te deixar
esperando. Ele te procurou e lhe deu a resposta não é?
-- Sim... –
Belle ainda chorava, mas sorria.
-- Eu sinto
muito, mas aconteceu e ...
Belle roubou um
beijo ardente de Louise.
-- Não há o que
se falar... Eu não sabia que se preocupava tanto assim comigo, Lulu. – Belle
fungava o nariz por conta do choro. – E sobre vocês... eu os perdôo, mas, você
deve falar com Alice!
Louise bem que
pensou em dizer algo, contudo, optou em concordar...
No intervalo do
programa, alguns espectadores se retiram e outros ficam nas arquibancadas.
Fanny foi conversar com os Monkees e Louise retornou, ficando sentada no mesmo
lugar e resolveu mandar uma mensagem para Alice.
Oi, Alice. Sei que não conversamos há
muitos dias, mas se ainda quiser conversar comigo, podemos nos ver no meu
apartamento depois do especial?
Não houve
respostas... Na verdade a jornalista viu a mensagem e não respondeu. A galesa
menor percebeu e resolveu ficar em silêncio.
No outro lado,
Mickey beijava Nami e Rosie era consolada por Harry Hughes, o amigo de Mickey.
Neste momento Anastacia e seu namorado, Paul Breitner, se sentaram junto de
Alice e também Marianne estava junto deles. Ambas trocaram um olhar
significativo e Rosie se retira.
-- Para onde
vai, ruiva?
-- Tomar um ar
lá fora. – Mentiu Rosie.
Quando saiu do
estúdio, Marianne a seguiu.
-- Rosie...
-- Marianne...
Houve mais um
silêncio entre as duas.
-- Vamos
conversar, minha ruiva.
-- Não me venha
com essa de minha ruiva. – Rugiu a mulher de cabelo vermelho. – Não temos nada
a ser dito. Você mentiu pra mim sobre a Ana, sendo que nunca escondi nada de
você e inclusive falei da Nami. E o que recebo em troca? Eu pego você duas
fazendo sexo na sala e ainda me esconde isso de mim!
-- Eu peço
perdão por isso... – Marianne chorava. – Rosie, me perdoa, volta pra mim!
-- Eu quero mais
que você volte pra sua princesa russa de araque e pro comunista de merda que
ele é!
No mesmo
instante, Ana e Paul apareceram e presenciaram a briga das duas.
-- Falando no
diabo e seu servo... – A ruiva se referia aos dois.
-- Rosie,
podemos conversar todos juntos.... – Sugeria Ana.
-- Desculpa, mas
não converso com comunistas e toda corja do Stalin!
Ela se preparava
para se retirar dali quando Ana a deteve.
-- Rosie, só
queremos conversar. – Ana dizia calmamente.
-- Por favor,
Rosie. Me espera, precisamos falar.
-- CHEGA,
MARIANNE! – Se exaltou a ruiva. – Se você me ama mesmo, por que não me escolhe?
Sou eu ou a princesa russa!
-- Não me faça
escolher, ruiva! – Chorando. – Eu amo vocês duas!
-- Eu não aceito
isso! – Insistiu Rosie. – Escolha bem, Marianne. Porque uma vez escolhida, não
poderá dar atenção pra outra! Sou eu ou Anastacia?
Naquele momento,
Marianne também explodiu de raiva.
-- Chega desses
ciúmes! Eu não agüento mais isso! Então eu faço minha escolha, eu escolhi a Ana
eu estou cansada de sofrer e de me punir por essa sua paranóia!
Rosie ficou
estática, Paul e Ana chocados. Por mágica, ouviu-se um badalar do relógio e
Marianne viu uma lágrima escorrer do rosto da ruiva.
-- Espero que
tenha feito uma boa escolha porque a partir de hoje, nunca mais quero te ver! Você
me destruiu, Marianne! Destruiu minha confiança! – Em seguida olhando com ódio
puro para Ana. -- Muito obrigada Anastacia. Me livrou de um encosto!
Rosie foi embora,
mas sem antes ouvir as palavras de raiva de Marianne e Ana.
No estúdio todos
retornaram para suas posições e os Rolling Stones vão tocar. Eles chamaram
Felicity junto. Keith Richards não parou de olhar para Fefe nem por um segundo
e esperava o fim do especial para levar a fotógrafa para um lugar mais
sossegado. No entanto antes de cantar, Fefe anunciou outra coisa.
-- Senhoras e
senhores! Desculpem interromper, mas antes de cantar, quero chamar uma pessoa
muito querida para mim e acima de tudo, quando falar o nome dele, aplaudem com
vontade e alegria. Por favor... APLAUSOS PARA FRANZ BECKENBAUER!
De inicio foi um
susto para o líbero, contudo, vendo que as luzes acendiam em sua direção e
Felicity e Mick Jagger o chamavam para o palco, ele se deu conta de tudo.
-- S-sou eu? –
Ele ainda custava acreditar.
-- Sim, mozão! –
Motivava Odile. – Vai lá! E cante!
Um pouco
nervoso, Franz se juntou ao grupo e Fefe continuou com os anúncios mas acabou
sendo interrompida por ele.
-- Que tal
cantarmos... Paint In Black?
O grupo
concordou e Felicity não fez nenhuma objeção. Pelo contrário, ela amava a
música e sabia bem o quanto seu amigo adorava. Os vocais começaram com Franz e
depois Felicity.
(Franz)
I see a red door and
I want to paint it black
No colors anymore
I want them to turn black
I see the girls walk by dressed
In their summer clothes
I have to turn my head
Until my darkness goes
(Felicity)
I see a line of cars
And they're all painted black
With flowers and my love
Both never to come back
I see people turn their heads
And quickly look away
Like a new born baby
It just happens every day
(Franz)
I look inside myself
And see my heart is black
I see my red door
And must have it painted black
(Felicity)
Maybe then I'll fade away
And not have to face the facts
It's not easy facin' up
When your whole world is black
(Franz e Jagger)
No more will my green sea
Go turn a deeper blue
I could not foresee
This thing happening to you
(Felicity e Jagger)
If I look hard enough
Into the settin' sun
My love will laugh with me
Before the mornin' comes
(Todos)
I see a red door and
I want to paint it black
No colors anymore
I want them to turn black
I see the girls walk by dressed
In their summer blouse
I have to turn my head
Until my darkness goes
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
hmm hmm hmm
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
hmm hmm hmm
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
hmm hmm hmm
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
hmm hmm hmm
(Franz)
I wanna see it painted
Painted black
Black as night
Black as coal
(Felicity e Franz)
I wanna see the sun
Blotted out from the sky
I wanna see it painted, painted,
painted
Painted black
Yeah!
Hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm hmm
hmm hmm hmm
Terminada de
cantar a música, Franz puxou Odile para um super beijo envolvente e na frente
das câmeras e sob mais aplausos. Felicity se encheu de alegria pelo amigo e se
sentia bem realizando aquele sonho dele de ficar perto de seus ídolos.
A próxima banda
a subir no palco é o The Who. Lily não parava de contemplar Roger Daltrey e
volta e meia suspirava pelo loiro de olhos azuis e baixinho. E algo que atraia
em Roger era... a barriga tanquinho que ele possui. Pete começou as saudações
para o público e apresentando cada integrante e por fim a música.
-- A música em
questão, foi um pedido expresso que recebi da minha garota. Ela quer que uma
certa pessoa ouça! – Disse Pete, rindo e começando a dedilhar na guitarra.
I know you've deceived me, now here's
a surprise
I know that you have 'cause there's
magic in my eyes
I can see for miles and miles and
miles and miles and miles
Oh yeah
If you think that I don't know about
the little tricks you play
And never see you when deliberately
you put things in my way
Well, here's a poke at you
You're gonna choke on it too
You're gonna lose that smile
Beacuse all the while
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles and
miles and miles and miles
Oh yeah
You took advantage of my trust in you
when I was so far away
I saw you holding lots of other guys
and now you've got the
nerve to say
That you still want me
Well, that's as may be
But you gotta stand trial
Because all the while
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles and
miles and miles and miles
Oh yeah
I know you've deceived me, now here's
a surprise
I know that you have 'cause there's
magic in my eyes
I can see for miles and miles and
miles and miles and miles
Oh yeah
The Eiffel Tower and the Taj Mahal
are mine to see on clear days
You thought that I would need a
crystal ball to see right
through the haze
Well, here's a poke at you
You're gonna choke on it too
You're gonna lose that smile
Beacuse all the while
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles
I can see for miles and miles and
miles and miles
and miles and miles and miles and
miles
Terminada a
canção, Pete larga a guitarra e agarrou Felicity na frente das câmeras.
-- Minha rainha!
– Em seguida a beijou apaixonadamente, surpreendendo todos.
Gerd
praticamente paralisou ali. Por alguns segundos tentou processar a imagem
vista. Depois ele se lembrou da confissão de Fefe no dia que ele pediu a
separação. Então este é o guitarrista que
pretendia me trair, Fefe? Você decaiu legal, pensou Gerd em relação a isso.
-- Ela está
mesmo saindo com o narigudo do Townshend? – Perguntava Alice.
-- Sim... Com
tanto homem por aí e ela escolhe justo um músico narigudo! – Resmungou Gerd,
deixando Alice desconfiada e mesmo assim ela puxou-o para perto.
-- E não se
preocupe com isso, McDreamy! Você é meu!
As apresentações
encerraram com os Monkees, Jimi Hendrix e mais uma música cantada pelos Rolling
Stones em conjunto com os convidados. Enquanto a apresentação rolava Louise vê
Alice beijando Gerd e se enfureceu mais, até que teve uma brilhante idéia...
envolvendo arte. Ela puxou Fanny e a levou para o estacionamento.
-- Fanny, quer
participar de algo comigo?
-- O que?
-- Algo
referente à “arte destrutiva”. – Disse Lulu, com os olhos brilhando.
Louise explicou
para Fanny do que se tratava e como sabia que a colega havia passado por isso,
resolveu topar, pegando um cano de aço encontrado na sarjeta. Elas caminharam
até um carro prateado com poucos adornos e bem luxuoso, da marca Mercedes Benz.
-- Lembra do
jogo Street Fighter 2, onde tinha um
momento de quebrar o carro em trinta segundos? – Questionou Lulu para Fanny.
-- Sim!
-- É o que vamos
fazer! Mas com arte autodestrutiva, segundo Gustav Metzger.
Fanny e Lulu
praticamente destroçaram o carro e no fim ativou o alarme, mas de forma baixa e
elas foram embora satisfeitas. No estúdio, Marianne tentou procurar Rosie
contudo esta partiu com Mickey, Nami e Harry para casa. Antes de sair do
estúdio um dos guardas do estacionamento chamou Gerd.
-- Herr Müller
temos um problema! – Disse o guarda, nervoso. – O seu carro...
-- Me roubaram?
-- Não... ele
foi... destruído!
Gerd e Alice
seguiram com o oficial no estacionamento e viram o estado de destruição
deixado. Não havia restado nada.
-- MEU CARRO! O
que fizeram com meu carro? – Ele se indignava. – Eu não estacionei em local
proibido.
O jogador mal
prestava atenção no que o oficial e outras pessoas diziam. Porém, algo chamou
atenção. No capô, havia algo escrito com tinta vermelha.
ISTO É ARTE AUTODESTRUTIVA!!!
Ele não havia
entendido bem e Alice também não compreendia. No outro lado da rua, Lulu e
Fanny riam dentro do carro da situação. Gerd avistou a loira na outra rua e aí
ele compreendeu a situação. Pra piorar, Lulu olhava para o jogador fingindo
chorar, mostrando o dedo médio e por fim indo embora.
-- AQUELA HOBBIT
DO MAL!!!!!
Arte é tudo. Viver é uma arte. Neste caso
extrapolei em minhas ações. Expressei tudo em arte. Hoje desenhei e
pintei em cores mais sólidas e comuns. Cores que transmitem o ar sério e
fechado. Isso demonstra o quanto meu ódio cresce. Além disso, tive reencontros
nada agradáveis e rememorei coisas que me machucavam como uma faca de dois
gumes. E isso me cortou muito. E mais tarde... adquirindo um ódio. Por ele...
Continua...