Capitulo 2: Bus Stop
Allan POV
Agora sou eu que não consigo dormir. Se antes era Tony
e por causa de suas composições, pela primeira vez sinto como é sofrer de
insônia. Contudo, isso é culpa da namorada do Graham, a bela Carrie Anne. Ainda me lembro de quando a vi pela primeira
vez. Foi na parada de ônibus rumo à escola. Aquele dia foi marcante. Desde
então me tornei seu amigo e ela começou a frequentar minha casa, ficou amiga de
minha prima Holly e da amiga dela, Mandy e das outras amigas dela, Gabrielle,
Mary, Anna e Alys. Além de criar laços de amizade, Anne conseguiu firmar uma
parceira com a banda. E foi aí que cometi um erro. Quando levei Anne para garagem da avó de Bern
e apresentei-a para o grupo, imediatamente ela se encantou com Graham, meu
melhor amigo. Não desmerecendo Bobby, Bernie e Tony, mas foi com Nash que
desenvolvi uma verdadeira relação entre a música e amizade verdadeira. Hoje começou a chover e meu pai hoje veio me
incomodar que deveria ir pra escola. Não deu outra, fui mesmo com chuva e me
arriscando a pegar um resfriado.
Fui pra velha parada de ônibus debaixo daquela chuva e
ao longe vi uma menina correndo, usando casaco pra tempestades.
Ela conseguiu chegar a tempo na parada e suspirava de
cansada e ela me viu.
-- Ah... Oi Allan. Que chuva!
-- Oi Annie. Pois é... —Falei sem jeito para ela. ---
Queria muito ficar em casa, sem fazer nada.
-- Eu também.
Naquele momento, o ônibus apareceu e embarcamos. Nossa
conversa rendeu demais até a chegada à escola. Fomos para aula de Biologia.
Graham nem suspeita de nada.
Graham POV
Dias de chuvas me causa uma preguiça suprema de não
estudar e não fazer nada. Hoje a aula de Biologia era puro blá blá blá. Não
entendia patavinas do que aquele professor dizia... até o momento que Annie
chega na aula acompanhada pelo Allan. Até aí não via nenhum problema. Mas
depois vi que os dois ficavam conversando quase que sem parar até o ponto do
professor ameaçar de coloca-los na pra fora da sala. Annie ficou do meu lado, dizendo que está
tudo bem. Algo dentro de mim não estava.
No segundo período, veio Matemática e uma prova em
dupla. Perfeito para mim, sempre que tinha trabalhos e provas desse jeito,
Annie e eu ficávamos juntos ou as vezes com Allan eu ficava. Só que...
-- Pessoal, antes de se prepararem, eu vou dizer quem
serão seus respectivos parceiros. Primeiro, Allan e Carrie.
Droga! Não acredito que Annie vai ficar com Allan na
prova. Logo ele que não era bom em cálculos e geralmente pedia ajuda pra mim e
pro Tony.
-- Bernard e Robert Elliott, Anthony e Jennifer...
Pelo menos Tony se deu bem. Desde o primeiro dia ele
gostara de Jennifer Eccles e isso não era nenhum segredo para nós, mesmo ele
não admitindo para nós. Quando todas as duplas estavam formadas, alguém chega
atrasado à aula.
-- Srta. Winstead, ainda bem que apareceu justo para
prova. Seu parceiro será o Sr. Nash.
De todas as pessoas que esperava Suzanne Winstead não estava
nas minhas expectativas, mas salvou minha vida.
-- Oi Graham. – Ela me cumprimentou bem educadamente.
Notei que sua roupa estava meio úmida por causa da chuva.
-- Oi Sue. – Me surpreendi em chama-lá de Sue. Apenas
as amigas delas e Allan que a chamam desse jeito. – Opa, me desculpe. Não
devia...
-- Não esquenta. Eu deixo que me chamem de Sue. Olha,
eu não sabia dessa prova.
-- Somos dois então. Igual, vamos arriscar.
-- Certo.
E lá fomos nós, dois nerds despreparados fazerem uma prova de matemática.
Tony POV
Jennifer queria chorar. Ela não tinha estudado, mesmo
sabendo que teria prova e entendo o motivo. Seu irmão mais velho tinha ido pro hospital pois sofreu acidente de carro e ela cuidou
dele a noite toda.
-- Fica calma, deixa que eu faço a prova.
-- Mas não vou poder te ajudar e a professora não vai
deixar.
-- Deixa comigo!
Fiz a prova como se não tivesse acontecido nada e
Jennifer continuava nervosa. Para nossa sorte, a professora não notou nada de
anormal e fui entregar com meu nome e da minha colega.
Após a aula, a professora anunciou que semana que vem
vai entregar as notas, o que aumentou mais o medo em todos. Que eu saiba, Bob
Elliott estava meio mal das pernas em Matemática e Lingua Espanhola. Bern
estava com serias dificuldades apenas em Física e Graham e Allan eram perfeitos
CDFs e Annie também estava com nota baixa nesta matéria.
Hoje na saída, combinado de sempre, ensaio na casa da
avó do Bern hoje a tarde, mesmo com aquela maldita chuva.
Meus pais não queriam que eu fosse pros ensaios, mas
ignorei e fui mesmo assim. Cheguei ao mesmo horário e logo vi Bern ajeitando as
cordas do baixo. Logo após chegaram as meninas (Annie, Suzanne acompanhada do
Allan e da prima dele, Holly e Jennifer Eccles segurando seu violão) e o
restante do grupo.
Allan e Graham compuseram mais uma música e já
definiram a melodia e ritmo. Não demorou muito para que pegássemos bem como
seria cantado a nova música. Se chama “Bus Stop”.
Bus stop, wet
day, she's there, I say
Please share my umbrella
Bus stop, bus goes, she stays, love grows
Under my umbrella
Please share my umbrella
Bus stop, bus goes, she stays, love grows
Under my umbrella
All that summer we enjoyed it
Wind and rain and shine
That umbrella, we employed it
By August, she was mine
Wind and rain and shine
That umbrella, we employed it
By August, she was mine
Every morning I would see her waiting at the stop
Sometimes she'd shopped and she would show me what she bought
Other people stared as if we were both quite insane
Someday my name and hers are going to be the same
Sometimes she'd shopped and she would show me what she bought
Other people stared as if we were both quite insane
Someday my name and hers are going to be the same
That's the way the whole thing started
Silly but it's true
Thinkin' of a sweet romance
Beginning in a queue
Silly but it's true
Thinkin' of a sweet romance
Beginning in a queue
Came the sun the ice was melting
No more sheltering now
Nice to think that that umbrella
Led me to a vow
No more sheltering now
Nice to think that that umbrella
Led me to a vow
Every morning I would see her waiting at the stop
Sometimes she'd shopped and she would show me what she bought
Other people stared as if we were both quite insane
Someday my name and hers are going to be the same
Sometimes she'd shopped and she would show me what she bought
Other people stared as if we were both quite insane
Someday my name and hers are going to be the same
Bus stop, wet day, she's there, I say
Please share my umbrella
Bus stop, bus goes, she stays, love grows
Under my umbrella
Please share my umbrella
Bus stop, bus goes, she stays, love grows
Under my umbrella
All that summer we enjoyed it
Wind and rain and shine
That umbrella, we employed it
By August, she was mine
Wind and rain and shine
That umbrella, we employed it
By August, she was mine
-- Caramba, Nash, escreveu hoje essa música? –
Perguntou Bobby, bem impressionado.
-- Eu já a escrevi no ano passado, mas parei e o Allan
terminou pra mim.
-- É muito legal, eu adorei. – Elogiou Holly pela
criatividade do primo.
Após duas horas de muita música, todos foram embora.
Jennifer e eu fomos juntos até porque ela trouxe o guarda-chuva e eu mais uma
vez esqueci em casa. Quando chegamos em frente a casa dela, conversamos.
-- Obrigada, Tony, por me acalmar na prova. Puxa, com
tudo que me aconteceu...
-- Tudo bem, eu fiz o que achei certo. Tenho certeza
que vamos tirar uma boa nota.
-- A nota em matemática é o de menos. Hey Tony, sua
banda vai participar do Concurso Anual de Bandas na escola?
-- Concurso de Bandas? Confesso que não sabia.
-- Acontece todo ano lá na escola. É sempre uma festa.
No ano passado ganhou uma banda chamada The Who, cujos integrantes são
namorados de umas amigas minhas.
-- Puxa, bem interessante. O que eles ganharam?
-- Tudo que eles desejaram se tornou realidade. Eles
queriam gravar seu primeiro disco e conseguiram.
-- É uma ótima ideia, Jennifer. Contudo, eu vou falar
com a banda.
-- Ah Tony, participa. Vale a pena e vocês tem muito
talento. Eu vou torcer por vocês na primeira fila.
Além de ficar animado que enfim nosso grupo pode
realizar algo, Jennifer estava me motivando. E aquilo era muito bom.
-- Obrigado, Jenny.
-- Não por isso, Tony e ...
Ficamos nos olhando por algum tempo e logo senti o
beijo doce de Jenny. Abracei como se quisesse protegê-la daquela chuva
incessante. Paramos por causa do trovão que foi soado ao longe. Voltei pra casa
já pensando que a próxima composição era pra ela.
Continua...