segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Brit Trailers: The Hateful Girl

Olá pessoal!
Fiquem agora com nova brit trailer de nova fic e desta vez será faroeste. Vai interligar com uma da Maris Campos que em breve ela vai escrever. Confiram!

Brit Trailer__ The Hateful Girl (Grind Western)


(Fade in para o deserto em direção a cidade de Albuquerque...)

(Toca os primeiros acordes "Harmonica/ Man With A Harmonica/ Death Rattle”)

 

Tudo começa...

 

(Mostra cadáveres de muitas pessoas numa casa destruída.)

 

Com a morte!

 

(Cena rápida de Felicity e Nora, adolescentes, sendo vendidas por duas mulheres e dois homens)

 

Meg: Bem vindas a casa La Rosa!

 

Jenna puxando o cabelo de Felicity: Aqui é impossível de escapar. Se for pra sair... (câmera foca para um caixão e uma cabeça fincada na lança)... Será com a morte!

 

 

(Começa a tocar James Brown and 2Pac - Unchained (The Payback/Untouchable)

 

Felicity levantando o rosto e peitando Jenna:  É o que farei! Mas com a morte!

 

(Felicity golpeia Jenna, pega a arma e atira contra os homens. Tela preta por cinco segundos e fade in para os rostos de Fefe e Nora)

 

 

Felicity: Eu prometo que vou voltar! Volto para buscar você e as garotas!

 

(Cena do pôr do sol e Felicity fugindo...)

 

(Música terminando e fade in para o saloon, surgindo uma mulher bem vestida, ficando ao lado de quatro mulheres)

 

???: Apenas digo uma coisa, senhoritas. (Imagens de Felicity atirando contra os procurados e levando para justiça.) Vão para casa e parem de brincar de justiceiros.

 

Emma furiosa e sacando sua pistola: QUEM É VOCÊ PRA FALAR ASSIM, DONA?

 

(close para a mulher bem vestida): Madame Agnes Quill! (Agnes saca rápido a pistola e atira contra Emma, arremessando a arma dela longe)

 

(Toca a música Canção Agalopada – Zé Ramalho)

 

Foi um tempo que o tempo não esquece

Que os trovões eram roucos de se ouvir

Todo um céu começou a se abrir

Numa fenda de fogo que aparece

O poeta inicia sua prece

Ponteando em cordas e lamentos

Escrevendo seus novos mandamentos

Na fronteira de um mundo alucinado

Cavalgando em martelo agalopado

E viajando com loucos pensamentos

Cavalgando em martelo agalopado

E viajando com loucos pensamentos

(Imagens de Felicity conhecendo Marie, sendo presa por Johan Cruyff e matando criminosos, as prostitutas da casa LaRosa, Nora sendo maltratada, Odile atendendo os homens e Louise várias vezes sendo usada)

 

Nora: minha amiga vai voltar... (Nora cuidando de Odile) e vai nos resgatar!

Odile: eu não agüento mais isso.. (Odile chorando) Quando isso vai acabar?

Lulu respondendo fria: Eu não acredito em mais nada (cena de Louise conhecendo um cliente alemão que a trata bem) nem mesmo no amor.

 

(Close para Felicity e Franz conversando na taberna)

Franz: O que ganho ao te ajudar?

Felicity: A vingança que nós dois queremos... (Mais cenas no prostíbulo LaRosa) Contra aquelas donas! (Imagens de Meg e Jenna maléficas e rindo)

(Close para Jenna)

Jenna: ponham a cabeça da vadia a prêmio! Ela vai pagar por ter escapado do LaRosa!

 

THE HATEFUL GIRL

 

ESCRITO POR MAYA AMAMIYA

 


EM MARÇO!



terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Stop! In Name of Love (What if - Grindhouse - 4º Capítulo)

Olá pessoal!
Uma boa madrugada e fiquem com novo capítulo de Stop! A destroca de OTPs tá começando...



Capítulo 4:  You Can’t Hurry Love

Louise POV

-- Pessoal, vamos pausar as gravações! – Avisou Odile, me lançando um olhar nada agradável.

Entrei no camarim, tomei água e ainda ouvi Davy reclamando.

-- O que deu em você, Louise? Você é não é assim, nem com os iniciantes.

-- Só acho que Odile não deveria colocá-lo no elenco. – Tentei me defender. – Davy, ele e o Franz são os financiadores. E vamos ser sinceros, ele é...

-- Eu sei! Mas não devia falar desse jeito! Ainda mais na frente da Dianna e de todos. O que vão pensar sobre isso e sobre você?

-- Davy, de que lado você está? – Questionei a ponto de me irritar. – Da Dianna ou do meu?

-- Ora, do seu lado! Louise, eu sei que ele não sabe atuar e é um jogador de futebol, mas por favor, controle essa sua língua afiada!

-- A questão nem é sobre Gerd. E sim sobre a Di. Desde a festa e hoje pela manhã você só falou dela.

E isso era verdade. Davy me encheu de perguntas sobre Dianna, minha amizade com ela e inclusive falei sobre minhas ficadas com ela, já que sou bissexual. E por incrível que pareça, meu namorado gostou muito de ter ouvido.

Antes que Davy pudesse falar, Odile chamou Davy, decerto pra entregar a parte dele na atuação. Fiquem sozinha ali até minha prima, Felicity e meu irmão, Michael entrarem.

-- Eu já sei o que vão me perguntar. – Disse, sem muita empolgação.

-- Na verdade viemos te punir. – Disse Mickey, me olhando sério. – Odeio dizer isso mas Davy tem razão. E o alemão também. Você está agindo como uma mimadinha.

-- Louise, só porque ele está financiando e erra freqüente as falas, não significa que deve xingar e espernear assim. – Felicity não aparentava estar brava. Na verdade ela não está no filme, e sim ajudando no figurino e maquiagem.

-- Sabe o que deve fazer? Pedir desculpas pro Gerd. -- Mickey continuava a me olhar sério e isso era muito tenso.

-- Me recuso a fazer isso! – Esbravejei, me levantando da cadeira e encarando meu irmão. -- Ele é um alemão chato e quer mostrar que manda em tudo só porque está financiando esse filme, grande coisa! Odile teve que dormir com eles dois para topar o financiamento?

O que não contava era que Odile ouvisse a conversa e entrou no camarim.

-- LOUISE! – Odile praticamente me fuzilava com aquele olhar. -- Posso conversar a sós com você? Por favor?

Mickey e Felicity se retiraram e mais uma vez tinha de me preparar pra ouvir mais repreensões.

-- O que está acontecendo? Por que está agindo assim como se fosse uma iniciante? Você tem um Globo de Ouro e um BAFTA. Preze seu trabalho. E quero dizer que fiquei magoada com esse seu comentário! Gerd e Franz toparam financiar o filme de bom agrado e só incluir os dois no elenco para agradecer.

-- Eu peço desculpas pelo meu comportamento.  Eu não tinha intenção de te magoar, Odile. Mas fiquei chateada mesmo porque não é o Davy que vou contracenar e sim outro. Tudo bem estou acostumada a isso, mas... É difícil explicar... – respirei fundo e voltei a falar. -- Eu vou pedir desculpas pra ele e pra Dianna. Prometo que não vai mais acontecer.

--Minha hobbit, eu estou fazendo isso porque quero te dar um Oscar e por que Gerd misteriosamente tem um dom que magnetiza a câmera.

-- Que dom é esse? Ele parece ser muito sério.  Mais do que o Mickey. – Inquiri.



-- Mon cherie, quando a gente é cineasta, sabemos transformar um carvão num diamante. Ele tem o charme do Mastroianni com a seriedade do Bruno Ganz, eu adoro essa mistura. Você vai ver.

Depois desta conversa, fiquei um tempinho no camarim, pensando nas minhas atitudes. Nem Davy veio me procurar. Não me importei. Tomei coragem e me retirei, indo até o trailer onde Gerd se encontrava. Bati na porta e rezei mentalmente para não encontrar Dianna. Meio egoísta esse meu pensamento. Para minha surpresa, foi Alice.

-- Olá, vocês! – Cumprimentei. – Gerd, eu posso falar com você?

Percebi que ele estava repassando as falas com Alice.

-- Vou deixar vocês dois a sós. Qualquer dúvida você me procura ou a Odile ou Marianne. – Ela havia deixado o livro de roteiros na mesa e na saída, sussurrou no meu ouvido. -- Estava com saudades, meu sol.

Corei com a afirmação de Alice e entrei no trailer. Gerd fez um sinal me convidando para sentar na cadeira. Agora deixe o orgulho de lado e enfrente o Valmont que se parece com Mr.Darcy, pensei comigo mesma. Melhor parar com minhas referências.

-- Vim aqui pedir desculpas por ter sido tão arrogante durante as gravações. Eu lhe julguei mal. Achei que você não devia estar aqui, pois vi que não era o seu lugar. – Falei com maior desenvoltura e ele parecia aceitar.

-- Tudo bem, entendo você. Achei que tinha feito algo com você, loirinha. Seu pé ainda dói? – Ele perguntou, preocupado.

-- Não... Quer dizer... Nem tanto, mas consigo andar sem me queixar. – Respondi, sorrindo e meio sem jeito.

-- Me perdoa mesmo, Louise. Existe algo que eu possa fazer por você?

-- Ah... – Ele se mostrou solícito e... encantador, então resolvi convidá-lo. -- Amanhã quer tomar um café?

-- Tudo bem, eu aceito. – Ele se aproximou de mim e afagou meu rosto e confesso que adorei. -- Você anda nos meus pensamentos demais, posso lhe pedir algo? 

Geralmente digo que se estiver ao meu alcance eu posso fazer. Desta vez meneei com a cabeça, aceitando.

-- Passe uma cena comigo? – Esse era o pedido dele. -- Já que você é atriz e pode me dar algumas dicas.

Se existe uma coisa que adoro fazer é ajudar um ator ou atriz iniciante. Já fui uma e sei como é difícil. Mas voltando ao que era mencionado, a cena em questão era dos nossos personagens, na cama e se beijando. Quando li a palavra “cama”, já me causava um tremor. Só de pensar que teria de gravar possivelmente um momento de sexo com Gerd... não, melhor nem pensar na fúria do Davy e no ciúme da Dianna.

-- Fiz essa cena com a Dianna mas não teve o clima que Odile especificou aqui. –Ele mostrou no roteiro a cena e ali escrito em letras maiúsculas assim: CLIMA DA CENA: UMA CONVERSA SIMPLES, QUE DEIXE OS DOIS CARA A CARA PARA UM BEIJO.

Respirei fundo e me acalmei.

-- Não deve ser tão complicado. – Disse para tranqüilizar Gerd. – Nesta cena, pense na Dianna e se concentre, ok? Tente me imaginar como a Di, lembre-se dos beijos dela.

E lá fomos nós repassar a cena e desta vez notei uma mudança muito boa no jogador. De verdade. Parece que Gerd melhorou muito. Ele não errava mais.  Ao chegarmos na cena do beijo, ele respirou fundo e seguiu interpretando. Finalmente nos beijamos conforme o roteiro. Parei por um segundo e ele me olhou como se quisesse mais. E realmente rolou mais um beijo. Desta vez de verdade. Eu parei e me afastei dele.

-- Não deveríamos... – Falei, um tanto nervosa devido a atitude.

-- Alice tinha razão, você tem os lábios mais doces do mundo. – Ele tocava meus lábios com o polegar.

Estava quase caindo em tentação de novo se não fosse a aparição de Marianne Jones, uma das co-roteiristas.

-- Gerd e Louise, hora de gravar!

Ela se retirou e nós dois saímos dali. Encarei Gerd novamente.

-- Seria melhor... se esquecêssemos o beijo... Mas também se foque hoje. Lembre-se do que disse.

-- Pensar na Di enquanto a gente grava... – Ele disse sem muita empolgação. – Farei isso.

Porém, ao chegar na sala, vimos algo desagradável. Odile brigando com Davy e Dianna.

-- Gente! – Chamei atenção de todos. – O que está havendo?

-- Nestas horas eu te dou razão sobre o filme, McLovely. – Respondia Davy, com olhos furiosos. – Realmente não tem como dar certo. Onde já se viu? Minha aparição é menor. Olha eu já fui figurante mas nunca tive participações tão esporádicas assim! É tipo três segundos e nada mais.

-- E tem mais: Eu não gostei de saber que meu namorado vai gravar... CENAS DE SEXO COM A MINHA AMIGA! – Agora era Dianna a demonstrar insatisfação. – Eu juro que se não fosse o Gerd e o Franz a financiarem esse filme, eu pedia expressamente para ele não aceitar!

A discussão chegou mesmo às vias e Odile gritava com Davy e a Dianna. Aquilo me deixava louca. Na verdade, me irritava mais. Se eu já havia surtado com Gerd errando as falas, agora a discussão com as três pessoas que são meus amigos.

-- PAREM! – Gritei, abrindo bem os olhos. – CHEGA, DAVY! PARE DE RECLAMAR! PARE DE CRITICAR, DIANNA E PARE DE BRIGAR, ODILE! PA-Pare...

Senti meu coração palpitar e uma sensação de fraqueza tomando conta de mim. Desmaiei. Tudo para mim havia se apagado. Como se um breu se colocasse em meus olhos. Ouvi mais gritos e alguém me segurando. Acredito que seja o Davy...

Tudo um silêncio e aos poucos abri os olhos. Que luz forte focada em meus olhos! Vi dois vultos. Quase chamei de Davy, contudo lembrei que meu namorado... não é alto.

-- Onde estou? – Me questionei. – O que faço aqui? E onde está o Davy?

-- Você está no hospital, meu sol.Você desmaiou. – Respondeu Alice, agora sim pude ver que era ela e... Gerd. O noivo da Dianna aqui? Mas como?

-- Peguei você no colo e eu e Alice trouxemos você pra cá. – Ele disse, segurando minha mão de forma terna. Percebi isso e afastei.

-- Mas e o Davy?

-- Aquele projeto de gente não fez nada, tomamos essa atitude porque não agüentamos te ver assim. – Alice estava irritada com a atitude de Davy, mesmo eu me recusando acreditar que ele não tenha feito nada. -- Além do mais, Odile também passou mal.

-- Não! Odile... – Tentei me levantar e minhas pernas não obedeciam. -- Eu preciso vê-la.

-- Gerd, pegue uma cadeira de rodas. – Pediu Alice.


Alice seguia empurrando a cadeira e entramos na sala onde Odile, sentada naquelas cadeiras reclináveis, respirando pelo inalador e ao seu lado estava Franz, segurando a mão dela.

-- Odile! Minha amiga me perdoe por tudo. – Abracei minha amiga e chorei.

-- Eu que devo lhe pedir desculpas. Errei em escalar vocês todos pro cast. – Ela chorava muito. --Só queria fazer algo entre amigos, algo para nos divertimos e Davy estragou tudo! E Dianna também! Por que eles sentem prazer isso comigo?

-- Calma, amor! Eu mesma vou resolver! Davy é meu namorado e a Dianna é minha amiga. E...noiva do Gerd. Eles não tiveram intenção de causar isso. – Defendi. Realmente me recusava acreditar que Di seja assim.

-- Mein Liebe, respira,respira. – Franz cuidava dela e segurava o inalador.

-- Não sei vamos continuar noivos não depois do que aconteceu... – Comentou Gerd, abatido.

-- Conheço a Dianna, ela só está um pouco aborrecida mas depois volta ao normal e conheço Davy há anos, Gerd. Ele não é só meu namorado. Ele é meu amigo de infância. Ele nunca me trairia e a Di é incapaz disso. Perdoa ela.

-- Ela me chamou de Davy na cama enquanto dormia. – Justificou.

Aquilo me deixou com dúvidas. Depois daquela festa, Davy e eu não nos amamos porém, pude ouvi-lo falar o nome da Di. Até aí poderia estar sonhando mas porque com a Di? Ele a viu uma vez...

-- Conversa com ela, Gerd. – Insisti. -- Se acertem. Tudo ficará bem.

-- Não quero ficar com ela.Louise,eu...

Ai meu deus. Por favor, não seja o que estou pensando...

-- Conte a ela, Gerd. – Franz motivava o amigo e ai seguiu falando.

-- Estou gostando de você Louise...não como minha amiga, acho que me encontro apaixonado por você.

No mesmo instante entrou Felicity e Mickey. E pior: eles ouviram a declaração e me olhavam como se quisessem que eu diga algo.

-- Não, Gerd. Eu tenho o Davy. Meu namorado. Olha, obrigada por me ajudar, mas vá pra casa, conversa com a Di e pense melhor. Talvez seja um surto ou sei lá. Mas não há como isso acontecer!

Pude ver em seus olhos a clara decepção. E isso me corta o coração. Odiava decepcionar quem amo.

-- Amiga, vá pra casa e amanhã nós conversamos. – Pediu Odile.

Mickey se ofereceu pra me levar pra casa. Larguei a cadeira de rodas consegui pegar o elevador e caminhei até a porta do meu apartamento. Fui recebida por Davy e pela cara dele, estava em pânico.

-- McLovely! – Ele me carregou até o quarto e me deixou na cama.  – Amorzinho, me perdoe por ter brigado daquele jeito. As vezes penso que Odile me odeia.

-- McCutie! – Falei e respirando fundo, falei. – Precisamos conversar. Eu não quero brigar com você mas também não quero que culpe ou brigue com a Odile. E muito menos ponha culpa nela. Ela é minha amiga desde Sorbonne.

-- E eu sou seu amigo de infância. Mas... não quero perder você.

-- Eu também não quero. – Abracei ele.

-- Louise... acho melhor... darmos um tempo.

De novo paralisei e levei trinta segundos para entender.

-- Um tempo? – Resmunguei. – UM TEMPO?

-- Louise, é melhor para ambos.

-- Sabe o que penso desse “tempo”? – Perguntei. – É a maneira educada que os homens falam pra terminar o namoro. David Thomas Jones, olha bem pros meus olhos e diga a verdade. Você quer terminar o namoro?

-- Não! – Insistiu. – N-não. É só um tempo pra refletir sobre nossa relação. Por favor...

Apesar desse pensamento, não pude deixar de concordar. Eu precisava pensar se é essa relação que gostaria com Davy. Aceitei de boas e ele pegou sua mochila e umas roupas e pertences.

-- Vou ficar na casa do Peter. Mas sempre vou aparecer pra te ver, McLovely.

-- Deveria ser McFriend! – Falei, tentando sorrir. – Boa noite, Davy.

-- Boa noite, Louise. – Me beijando. – Falo com você pelo WhatsApp.



Minutos depois recebi uma mensagem de Alice.

Oi amor, posso ir te ver?

Aceitei de cara e ela me aparece, com uma garrafa de vinho e DVDs da nova temporada de Grey’s Anatomy. Fizemos amor no chuveiro e fomos para a sala, onde trocamos mais carinho, bebemos juntas e assistimos os episódios.

-- Sabe por que estou aqui? – Perguntou Alice, tocando meu rosto.

-- É o Nez? – Suspirei pesadamente. Como odiava neste momento Mike Nesmith. Mesmo ele sendo amigo do Davy, nunca vou perdoá-lo por trocar Alice pela Emma Carlisle.

-- Quem dera se fosse aquele gigante de gorro. Nestas horas eu entendi porque Nora o odeia.

-- Ele vai ter o que merece e se serve de consolo, acho que ele só tá com a Emma de birra, pra irritar o Micky. Mas isso não vem ao caso. – Resolvi contar para ela sobre eu e Davy e o “tempo”.  – Davy pediu um tempo para nós.

-- O tempo, às vezes é algo necessário para ajudar uma relação ficar mais forte. Mas sinto dizer que sua relação está ruindo como o Muro de Berlim.

-- Já me relacionei com muitos caras e todos que pediam um tempo, acabavam terminando comigo no fim. – Lamentei, um pouco brava.

-- Que horrível! Acho que deveríamos nos casar, somos muito fracassadas no amor.  – Alice serviu mais vinho no meu copo e eu bebi. -- Mas bem, estou aqui porque Gerd saiu de casa e foi pro meu apartamento.

Quando ouvi aquilo cuspi fora e tossi engasgada.

-- O que ele faz lá? – Perguntei, surpresa.

-- Ele terminou com a Dianna e foi pro meu apartamento. Essa hora deve estar vendo show do Campeonato Inglês, bebendo minha cerveja importada e antes que você pergunte, não transamos. Não transo com um homem já faz 1 ano. – Justificou Alice e ainda trocou o DVD. --  Ele foi pra lá, pois segundo ele, é a melhor forma de te conquistar.

Outra vez a loucura dele de que está apaixonado por mim. Isso não...

-- Eu não acredito... Ele está louco, mas não rolou um tesão entre vocês? – Duvidava no fundo que Alice e Gerd poderiam ter feito algo.

-- Olha, eu ainda gosto do Gerd, mas ele quer você e ele estava estressado, quase esmagou o Sir Gallahad.

E antes que pudesse falar, Alice recebe uma ligação. Pensei ser do Nez, com saudade ou Dianna lamentando o fim do noivado.

-- Alô?

-- Traga ela, preciso conversar com ela.

Mesmo não estando no viva voz, pude ouvir a voz dele. Aposto que está bêbado.

-- Não acha meio tarde da noite? Ela pode estar cansada. – Argumentou minha alma gêmea.

-- Então, me fala onde ela mora que eu estou indo aí.

Alice me olhou querendo minha autorização pra dizer o endereço. Mesmo duvidando que ele venha me ver, dei a permissão para Alice. Agora só aguardar.


Gerd POV

Antes de subir para o quarto no hotel, fiquei um tempo no carro pensando em tudo que aconteceu. E cheguei à conclusão: eu não mereço Dianna Mackenzie. Nada contra, ela é adorável, maravilhosa, ávida por sexo e ótima poetisa. Ela é tudo de bom... Mas não é “a garota” que procurava. E sim... a amiga dela. Não a Emma ou Erin, sua prima. E sim a loira, a hobbit que é atriz e que tem um namorado igualmente da mesma altura.

Agora como Louise McGold conseguiu prender minha atenção em tão pouco tempo? Poderia muito bem julgá-la como uma atriz arrogante, preconceituosa e mimada. Isso foi o demonstrado quando ela se irritou comigo por conta dos meus erros nas falas. Contudo, mostrei que não tenho sangue de barata e coloquei-a  no seu lugar. Pra falar a verdade, exagerei ali.  E para minha surpresa, ela reconheceu esse engano.

Um pouco antes disso tudo, havia acordado cedo pra preparar o café da manhã para Dianna e enquanto esperava ela retornar do banho, fiquei assistindo aquela minissérie Ligações Perigosas. Louise estava belíssima como Cecile Volanges. Muito delicada e meiga. Assisti todos os episódios e até mesmo Dianna se surpreendeu pois não curtia minisséries épicas, exceto Spartacus ou Game Of Thrones.

E quando terminei, voltei minha realidade. Enquanto decorava as falas, aí me dei conta porque me chamava de Valmont. Eu ri disso e aqueles que me viam, diziam que eu era louco...

Agora desembarquei do carro e subi para o quarto, encontrando Dianna assistindo outra série no Netflix.

-- Ursão! – Ela correu para me abraçar e me beijar. – Fiquei preocupada. Como está Louise?

-- Ela se recuperou bem...—Respondi e evitei os beijos de Dianna. – Só precisa tomar uns remédios...

Então peguei minhas malas, joguei as roupas ali dentro, peguei rápido as chuteiras, tudo. E guardei apressadamente tudo. Dianna viu tudo, chocada.

-- O que está havendo?

Não respondi e continuei a guardar.

-- Gerhard!

-- Dianna!

-- Me responde!

É agora! Vou admitir tudo e além de ser excomungado por ela, também sofrerei com as palavras “lindas” de Emma e Erin.

-- Acho melhor terminarmos o noivado. – Retirei o anel e deixei na cômoda. – Dianna, olha bem. Eu não a mereço.

-- Não diga isso, ursão! – Ela me abraçava e beijava minha testa. – Se eu errei com você alguma vez, eu peço desculpas. Eu estava muito insegura sobre você gravar cenas... de sexo com a Louise.

-- Por isso mesmo. Eu não quero atormentar você em momentos que a deixe assim, paranóica. Dianna, eu adoro você de verdade. Mas não sou o cara pra você. Nem mesmo a inspiro em suas poesias. Me perdoe...

Mal coloquei os pés pra fora do hotel e peguei o táxi, pude ouvir os xingamentos de Dianna na janela.

-- Ich hasse dich, Deutsch unbedeutend! Verdammt! (Eu odeio você, alemão insignificante! Maldito!)

Mandei uma mensagem para Alice, avisando sobre minha ida para o apartamento dela. Fui bem recebido.

-- Obrigado, Alice! – Deitando na cama do quarto de hóspedes.

-- Sabe que pode contar comigo. – Alice se sentou comigo na cama. – O que houve?

-- Pode me odiar, eu terminei com a Dianna. Sei que ela é sua amiga mais querida. Pode me condenar, mein himmel.

Já estava preparado em ouvir xingamentos da Alice ou qualquer coisa contra mim. Até mesmo persuasões. Em vez disso, ela me abraçou.

-- McDreamy, sou eu que peço desculpas. Apresentei você pra ela, achando que tudo estaria bem. Eu errei e não se culpe por ter terminado. Afinal, se ela não é a garota que você tanto quis, então quem é?

Respirei fundo e alguns segundos depois eu falei.

-- A namorada do tal Davy Jones.

Nestas horas fico pensando o que Louise viu naquele anão pra ser tão importante para ela. E na festa eu percebi claramente o quanto ele olhava mais para Dianna do que para sua “McLovely”, como ele chama Louise.  E também pude ouvir ele a chamando de “leoa” e Dianna o repreendendo, acusando de estar flertando com ela.

-- Mas acho que ela ou não me quer por causa do namorado... – Detestava mesmo pensar que aquele cotoco de gente é o namorado de Louise. – Ou ela pense que fiquei louco.

-- Você não está louco. Só está apaixonado e não tem nada demais. – Garantiu Alice e depois retornando com uma cerveja e me oferecendo. -- É algo bom, aceite esse sentimento, McDreamy e conquiste a Louise.

E foi assim que permaneci assim. Alice foi passar a noite no apartamento de Louise e eu fiquei sozinho, bebendo mais um pouco e assistindo o resumo da Premier League. Semana que vem teria de enfrentar o Everton para pré temporada de retorno para Bundesliga. E ainda tinha o filme. Pra falar a verdade nem prestava atenção ali, só pensando em Louise.

Decidi ligar para Alice. Eu quero aquela hobbit loirinha, a “Cecile”.

-- Alô?

-- Traga ela, preciso conversar com ela.  – Pedi um pouco com a voz falhando.

-- Não acha meio tarde da noite? Ela pode estar cansada.

-- Então, me fala onde ela mora que eu estou indo aí.

Anotei o endereço, me vesti adequado e peguei o táxi, me levando para uma região perto do centro de Londres.

Não foi difícil encontrar. Toquei a campainha e ela abriu a porta. Louise.

-- Pensei que ia vir amanhã. – Louise não me esperava mesmo.

-- Não posso mais esperar. Precisava te ver e esclarecer uma coisas...

Mesmo que ela me rejeite, não vou recuar nem nada...


Continua...