quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Um post simples...

Frequentemente é postado aqui apenas fanfics de bandas, atores e jogadores. Mas hoje abri uma exceção. Apenas para desejar a vocês um feliz ano novo e que venha mais novidades e ideias para todos!


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Christmas (Oneshot - What if Grindhouse)

Olá pessoal!
Uma boa noite e feliz natal para todos e fiquem com mini conto de natal dentro da série What If, na saga O Casamento. O casal principal? Só de verem a capa já sabem! Boa leitura!



Christmas__ Maya Amamiya


Dia 24 de dezembro. Uma manhã em Londres. E Louise se levanta com muita preguiça. Na realidade, ela não queria. Vestiu um robe, lavou o rosto e prendeu os cabelos louros e caminhou até a cozinha. Procurou algo pra comer e nada.

-- Droga, devia ter ido ao mercado hoje. – Resmungou.

Minutos depois antes de sair do apartamento ela leu o recado no papel deixado por Odile, avisando que passará o natal em casa e levará Franz.

-- Mais um natal sozinha... – Disse entristecida.

E caminhou até o mercado, lembrou de Gerd. Compreendia que ele não poderia ficar com ela naquele dia e que preferia estar ao lado da mãe e do irmão. Já Louise, era diferente. Ela não gostava mais do natal...

Aquela manhã ela ficou só em casa, guardando a comida, ouvindo música, alimentando Meia Noite e Hades, os gatos de estimação e às vezes recebendo as ligações dos amigos. A turma do teatro a convidou para celebração natalina na discoteca ou num pub e no ano novo uma viagem para Atenas ou no Caribe, pois Louise ama praia e dias de sol.

A tarde ela arrumou o apartamento, deixando alguns enfeites de natal e ficou assistindo televisão. Viu a reprise de anos atrás do Top of The Pops e estavam ali The Yardbirds. Antes de qualquer reação negativa, ela atendeu ao telefone. Era Alice.

-- Tem certeza que não quer vir ficar comigo e com Palin? – Indagou a jornalista. – Não gosto de te ver sozinha nesta época do ano.

-- Estou bem sozinha. Você sabe bem que não gosto do natal desde que... melhor não contar. – Respondeu Lulu.

-- Você sabe que eu não curto natal também, mas pequena vem pra cá, será meu primeiro natal grávida. Alguém vai ter que tomar vinho por mim.

Louise tentou argumentar, mas se tratando de sua alma gêmea... Não viu outra escolha. Tomou um banho, se vestiu e colocou um cachecol vermelho e branco, uma touca rosa e luvas. Embarcou no carro e seguiu para a casa nova dos Palins. Alice estava com a barriga crescendo e muito bonita. Palin como sempre, sorria para as duas e seguiu no preparo do jantar.  Ambas ficaram na sala conversando.

-- Eu senti sua falta, meu sol... – Sussurrou Alice no ouvido de Louise.

-- Eu também senti sua falta, minha lua. Me mostra seu banheiro? Ainda não conheço sua casa.

Alice concordou e fez a amada tirar a touca, o cachecol e as luvas. Elas foram ao banheiro, que por sinal era amplo e possuía uma banheira.

Elas sentem aquele clima especial e Lulu fechou a porta, se despiu e ajudou Alice a se livrar das roupas. Elas se amaram ali mesmo na banheira sob a água quente aquecendo seus corpos com carinhos e beijos. Ficaram submersas e se tocando por um bom tempo.

-- Sinto que vai ser um menino meu bem... – Disse Lulu, tocando a barriga dela.

-- Você sente?

-- Sim. – As mãos de Louise entrelaçaram com as de Alice.

--Eu te amo tanto Louise, por estar aqui no meu primeiro natal como mãe. – Ela chorou um pouco. -- Desculpe o sentimentalismo. São os hormônios. Ontem chorei com Palin me contando uma piada. Dá pra acreditar?

-- Sei bem... – Disse Lulu. – Estou aqui, minha lua, minha noite.

-- Eu te amo demais! Desculpa, eu ainda to lidando com isso, mas você está linda com esse vestido azul claro. – Alice observava Lulu se secando na toalha e se vestindo.

-- Obrigada, amor. Mas agora vou voltar pra casa. Queria ficar, mas... Não consigo.

-- Amor, precisa superar isso. Sei o quanto seu pai foi importante em sua vida e isso precisa acabar. – Alice se secava e se vestia também, ao mesmo tempo penteava os cabelos louros de Lulu.

-- Eu vou pra casa, Alice. Amanhã te vejo. – Beijou a amada longamente e apaixonada. – Te amo minha lua e feliz natal pra vocês.

-- Te amo também... – Ela puxou Lulu para mais um beijo e ainda por cima foi tocada pela loira.

De repente Palin entra no banheiro, pegando as duas no flagra.

-- Opa, me desculpem! – Mike sorria vendo as duas juntas e continuou a falar. -- Minha menina do país das maravilhas, seus pais estão vindo e você não vai ficar, Louise?

-- Sinto muito lenhador, mas não eu quero ficar... sozinha. – Respondeu a atriz, terminando de se vestir.

-- Não é bom ficar sozinha na noite de Natal nesse momento deve ficar com aqueles que você ama. – Palin queria muito que Louise ficasse e sabia bem que ela não gostava mais das celebrações natalinas.

 -- Fique por nós. – Alice abraçou a amada por trás.

-- Eu preciso ir mesmo, mas prometo que pro almoço eu venho e trago o presente do meu afilhado. – Ela beijou Alice e depois depositou um na testa do lenhador.  -- Amo vocês demais!

Ela vestiu novamente as roupas de inverno e embarcou no carro, mesmo sob a neve caindo na cidade. Ela dirigiu até a ponte de Londres e ficou sentada na cadeira de frente para o monumento, deixando o rádio do carro ligado e justamente na música Goodbye Yellow Brick Road, do Elton John.

-- Não é que odeie o natal... – Comentou para si mesma. – É que pra mim não há mais sentido sem você.

Louise poderia muito bem ficar com a família McGold inteira. Contudo, optou em ficar sozinha. Minutos depois ela retorna para o apartamento. Faltava só uma hora para fechar meia noite e ouvir o badalar do Big Ben anunciar o natal.

Vestiu seu melhor pijama, com estampas de ursos pandas, pegou na geladeira um pote de sorvete e ficou na sala, assistindo mais uma reprise de programas natalinos. Ela ligou para seu amigo de infância, Davy Jones.

-- Alô?

-- Oi, Davy. É a Lulu. Feliz natal, meu amigo!

-- Louise, minha amada amiga! Feliz natal pra você também! A Dianna e as meninas também te desejam o mesmo.  – Davy ficou feliz em receber a ligação de sua amiga.  – Está na casa da Mary?

-- Estou sozinha no apartamento, Davy. Eu não quis ficar com minha família.

-- Entendi... – Davy sabia de toda história e compreendia a amiga. – Por que não vem pra cá? Estou na casa dos pais da Dianna. Alguém precisa me ajudar a lidar com meu cunhado.

-- Hey! Eu não gostei disso! – Repreendeu Louise. Ela entendeu a malícia do amigo. – E eu tenho namorado.

-- Calma, estava brincando. E falando nele, Gerd está com você?

Louise teve medo de responder e uma represália do amigo por causa de Gerd e o fato do alemão ficar na casa dele na Alemanha e não com a amada.

-- Louise?

-- Desculpe. Estava vendo a TV. Sim. Ele está aqui comigo! – Mentiu.

-- Pelo menos vocês podem ficar a vontade, se é que me entende.

-- Eu entendi a referência, seu anão ninfomaníaco! Eu vou desligar. Tchau, Davy e manda um beijo para minha amadinha Dianna e as gêmeas.

-- Tchau, Louise, minha adorada amiga e... amante! Não deixe o Gerd ouvir isso sobre nós! Feliz natal!

-- Feliz natal!

Ao desligar o telefone, ela voltou sua atenção para TV.

-- Não existe coisa melhor pra inventar? – Reclamou Louise, trocando de canal, até chegar ao Top Of The Pops.

Mesmo assistindo, ela chorou. Para ela, nada poderia dar certo ali. Não conseguiu terminar de assistir o programa e desligou a TV, jogou o pote, já vazio, no lixo e se jogou no sofá tentando sufocar sua tristeza, abraçando o travesseiro. Meia hora depois a campainha toca. Ela não queria atender, contudo o som se tornou insistente.

Deve ser o pessoal do teatro querendo me arrastar pra festa no Warren, pensou Louise, caminhando até a porta e abrindo. Se surpreendeu ao ver que era ele.

-- Você? – Ela praticamente não acreditava que ele pudesse aparecer.

-- Hallo, eu fui à festa de Alice pensando que você iria estar lá, mas ela disse que você veio pra casa. Então, eu vir passar o natal aqui ao seu lado. – Gerd mostrou o gigante urso de pelúcia, seu presente para a amada.

-- Eu... não comprei nenhum presente pra você. – Ficou sem jeito e recebendo o presente. – E você não ia passar o natal com sua família?

-- Alice sempre dizia que família são sempre aquelas pessoas que amamos demais, não precisa ser aqueles que temos laços de sangue, mas aqueles que consideramos como parte de nós. Você é minha família, Louise eu amo você mais do que tudo!

A atriz chorou mais um pouco e o abraçou bem forte.

-- Ninguém nunca me disse isso! – Beijando Gerd. – Você também é a minha família, Gerhard. Porque eu te amo. Amo você mais do que minha carreira, mais do que tudo.

-- E eu te amo mais do que o fussball, minha ursinha.

Permaneceram abraçados e deitados no sofá da sala, trocando beijos e conversando até ouvirem as primeiras badaladas do Big Ben. Eles ficaram olhando toda Londres na sacada. As pessoas na rua desejavam feliz natal umas as outras. Gerd mostrou para Louise um casal que passava ali e encontrou um morador de rua. Eles presentearam o homem com comida e uma roupa. Ali mesmo Louise chorou mais. Certa vez lembrou do pai ter feito esse ato de bondade no natal.

Ainda na sacada do apartamento, ouviram a típica canção de natalina.

Silent Night, Holy Night
All is calm, all is bright
'Round yon Virgin Mother and Child
Holy Infant so tender and mild
Sleep in heavenly peace
Sleep in heavenly peace

Silent Night, Holy Night
Shepherds quake at the sight
Glories stream from heaven afar
Heavenly hosts sing alleluia!
Christ, the Savior is born
Christ, the Savior is born

With the angels, let us sing
Hallelujah to the King
Christ the Savior is born
Christ the Savior is Born


Terminando a música, eles foram para o quarto, onde se amaram romanticamente e se aqueceram do frio. Dormiram juntos abraçados e Louise abraçou bem Gerd, chamando-o de ursinho. No dia seguinte, a jovem se acordou... com um leve cheiro de café. Deduziu que fosse Odile, chegando ao apartamento e está servindo para Franz. Ela se levantou, tremendo e vestiu o robe, deixando Gerd dormindo ainda.

Quando chegou até a cozinha, não encontrou Odile. E sim sua família. A mãe, Mickey, Felicity e seu filho, Joey, seus tios e seus primos mais jovens.

-- O que fazem aqui? – Perguntou, espantada.

-- Bem, ontem celebramos o natal e... sentimos sua falta. – Justificou Mickey, enquanto servia de um pedaço de pão com geléia.

-- E sabemos que você ainda sente falta do tio Tony e então... resolvemos ficar aqui com você. – Completou Fefe, enquanto tirava do forno pães de queijo e servia seu filho, Joey.

-- E alias, minha querida... – Robert trazia na sacola um pequeno embrulho. – Feliz natal!

Louise agradeceu e abriu o presente. Era um diário de capa dura e ali estava gravado as iniciais do nome dela.

-- Obrigada, tio Robb!

-- Isso é uma tradição na família. – Explicou o tio. – Quando um McGold começa a narrar sua vida com detalhes, ele ganha um diário. Mickey narra tudo em seus cadernos. Seu pai, eu e seu avô narramos nossas vidas nos diários e a Felicity também.

-- Há também outra novidade. – Lembrou Mary, a mãe de Louise.

-- O que?

-- Seu avô Rickon vai se casar em breve.

-- Prepare suas malas, maninha. Partiremos amanhã para Escócia. – Mickey abraçava a irmã.

-- Mas... Agora? Eu...

-- Vovô vai casar com a Lyanna Smith. – Justificou o irmão, enquanto lavava a xícara.

-- A vó da Nora? – Louise estava feliz e ao mesmo tempo não sabendo o que fazer depois.

-- Sim. Agora vou te ajudar arrumar suas malas.

Antes que ela pudesse argumentar, Louise viu o irmão indo para seu quarto. Lembrou-se de Gerd.

-- Mickey, não entra no quarto por que...

 Era tarde demais. O irmão exclamou algo.

-- PUTA QUE PARIU! TEM UM HOMEM PELADO AQUI NO QUARTO!

Todos correram para o quarto e Louise entrou ali ficando na frente de Gerd. Para a surpresa de todos, reconheceram o jogador.

Mickey olhava para as pernas dele e se impressionou internamente. Que coxas, hein? Maiores que a do Hughes. Será que seu amigo de baixo é grande, pensou o irmão de Louise.

-- Louise Christina... – A mãe estava pasma com a cena.

-- Eu sei o que estão pensando neste momento. Poucos meses atrás vocês o conheceram e ele foi apresentado como meu amigo... Bem, quero dizer que ele é... Meu namorado.

Os filhos e o neto de Robert McGold foram os únicos que aplaudiram. Sophie, a ex-esposa que estava até então quieta, observou tudo e falou.

-- Meus parabéns, sobrinha! Pelo menos você tem bom gosto, ao contrário da minha filha! – Dizendo a indireta pra Felicity e se retirando.

-- Eu pensei mesmo que vocês dois fossem amigos. – Dizia Robb, entre o riso e a seriedade.

-- Sabe de nada, papai! – Disseram Jon e Bran, em uníssono.

Gerd foi muito bem aceito pela família e todos juntos após o café foram para a casa de Alice e Palin. Ali estavam também o Monty Python inteiro. Louise presenteou Alice e seu filho. Para a alma gêmea, um livro de poemas medievais e para o filho dela que virá uma roupinha de menino, de cor azul, a mesma de seus olhos e dos de Alice.

No jardim, Gerd abraçava a amada.

-- Por um momento achei que sua família iria me excomungar. – Ele comentou, rindo.

-- Eu avisei que somos um tanto... loucos. Ninguém ali é normal.

-- E você acha que eu sou? – Perguntou, olhando para ela bem divertido.

Eles trocaram mais um beijo apaixonado e sem saber, Palin tirou fotos deles na Polaroid cedida por Felicity. Eles pararam quando viram o Python ali, rindo.

-- PALIN! – Exclaou Louise, tentando pegar a câmera.

-- Fotos como essa devem ser registradas!

 Não deu em outra. Rendeu risadas de todos e aquele se tornou o primeiro de muitos natais de Louise, ao lado de Gerd Müller, seu amado ursinho.



FIM

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Ensaio Sobre A Visão do Mundo (Fanfic - What if Grindhouse)

Olá pessoal!
Uma boa noite e para começar com os últimos posts de 2015, vamos conhecer a fanfic (Maris Grey deu a ideia quando viu uma ursinha de pelúcia caolha) inspirada no livro/filme Ensaio sobre a Cegueira, de Jose Saramago. Vamos conhecer as personagens da Grind sofrendo com alguns problemas de visão e outras enfermidades.

Ensaio sobre a visão do mundo__ Maya Amamiya


Capítulo 1: A visão de um todo


-- Deseja mais alguma coisa, filha? – Perguntou Lilian Stone, para a filha.

Alice se encontrava enferma na cama. Suas pernas não obedeciam e ela lia um livro da sua coleção.

-- Quero mais um livro, mãe. – Falou a filha, ríspida.

Os pais não sabiam bem as palavras para confortar Alice e no final se despediram dela, prometendo trazer outro livro. Desde que contraiu uma doença no qual paralisou suas pernas, Alice trancou a faculdade e passou o tempo todo em casa, apenas freqüentando a clínica para consultas de fisioterapia e exames. Ela recebia as constantes visitas de suas amigas e paixões, Belle Blue e Louise McGold.

Ela guardou o livro e pegou o tablet, digitando uma mensagem para a amada.

Olá, “Nick Fury”. Como foi a consulta?

Alice costuma chamar Louise de “Nick Fury”, personagem da Marvel, devido ao uso de tapa olho. Ela recebeu a mensagem.

Oi, doçura da minha vida! Minha noite mais densa e apaixonada. Acredita que estou esperando o doutor faz uma hora? Veja isso. Acabei de saber que o Dr. Pilton não será mais meu oftalmologista e sim um outro. Parece que é alemão. Tenho medo.

Alice sabia bem o quanto as consultas são importantes para Louise. De todas as amigas com enfermidades, Lulu era a única que encarava com um sorriso e com bom humor. Respondeu para a amada.

Calma! Vai dar tudo certo! A Força estará com você e não se preocupe meu amor, sei que esse doutor vai cuidar muito bem de você!

Em instantes, ela recebeu a mensagem.

Obrigada, Alice Kenobi. Ou melhor, Lady Alice Guinevere.
Acho que o doutor chegou. Torça para que seja desta vez um McDreamy.
Até depois, minha noite!

Ps: Vou trazer o DVD da temporada 7 de Grey’s Anatomy e um pouco de chocolate.

-- Só você mesmo pra me alegrar, meu sol!

Pelo menos Alice teve um bom dia, retornando sua leitura e dividindo mais um pouco do tempo em casa com Belle.



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Lulu guardou o celular e esperou que a enfermeira a chamasse.

-- Srta. Louise McGold? – Perguntou a mulher, magra e alta.

-- Sou eu! – Ela se levantou.

-- O doutor Müller vai atender. Siga-me!

A enfermeira a conduziu para a sala do médico e ficou sentada na cadeira, esperando mais um pouco. Na cabeça achava se tratar de mais um médico que se espantaria por ver seu globo ocular destruído e usando tapa olho. Para passar o tempo, pegou da mochila seu livro favorito, Ensaio Sobre a Cegueira, de Jose Saramago. Tão absorta na leitura que a jovem não percebeu que o médico havia entrado na sala e se sentou na cadeira, de frente para ela. O doutor esperou por mais alguns segundos e pigarreou, tentando chamar atenção dela. Nada feito.

-- Fraulein McGold? – Ele a chamou, despertando atenção nela.

-- Opa! – Louise se assustou, fazendo-a fechar o livro com marca página que ganhou de Alice.  – Me desculpe, senhor, digo, doutor.

-- Me chamo Gerhard Müller, vou substituir seu antigo médico. – Ele olhava o prontuário dela e em seguida para a paciente. – Se quiser pode me chamar de Gerd.

Apesar do susto, Louise se impressionou com ele. Cabelos negros, um visual quase anos 70, um ar meio selvagem e olhos castanhos incrivelmente lindos.

-- Vamos aos exames de rotina? – Ele olhou para o tapa olho personalizado dela, com um monte de gatinhos. – E retire isso, por favor.

Lulu retirou meio a contra vontade seu tapa olho e quando Gerd viu, espantou-se.

Ela fez o exame rotineiro, lendo as letras no aparelho sem nenhum problema.

-- Tens alguma dificuldade? – Questionou ao anotar no prontuário.

-- Às vezes sinto que embaça a visão boa e aí coloco os óculos. – Respondeu Lulu.

-- Seu antigo médico disse em um relatório que tens esse hábito de não usar óculos. Deve usar mocinha! Se não pode prejudicar a visão boa.

-- Eu não gosto e não quero por isso. – Indicando o olho ruim. – Prefiro estar ao natural, usando meu tapa olho e não me importo se me chamam de “pirata” ou coisa assim.

Depois foi caminhar em linha reta, no entanto, o olho direito que tem a enfermidade, começou a tremer devido à ansiedade, o que faz Lulu se desequilibrar e quase cair por cima do médico.

-- Calma! – Ele a segurou e sentiu o perfume de rosas que ela emanava. – Eu vi tudo. Tenha calma, respira fundo.

Ela ficou sentada, se recuperando e preparando para o próximo exame.

-- Siga a luz. – Disse enquanto ligava a pequena lanterna, focando bem na pupila dos olhos.  – Agora siga o dedo.

Ele desligou a lanterna e fez Lulu olhar para o dedo indicador.

-- Você vai atender todas as pacientes do antigo doutor? – Questionou Lulu.

-- Ele me contou sobre elas. – Explicou Gerd, depois de terminado o exame. -- Duas que tem quase 8 graus em cada olho, uma não aceita a miopia e a outra quebra os óculos toda a semana.

-- Elas são minhas amigas. – Ela defendeu. -- Só uma delas é.... normal. É a minha prima. A gente é meio Os Vingadores míopes, sabe?

-- Deixa-me ver, você é a “Nick Fury”? – Perguntou o médico, divertido com a idéia.

-- Já conhece a Iniciativa Vingadores, Dr. Müller? – Louise fazia uma imitação exata do personagem, fazendo o médico rir.

-- Bem, você tem que usar óculos ou um monóculo para o olho bom, Louise.

-- Eu já uso esse tapa olho, se usar monóculo, Odile vai me chamar eternamente de Fritz Lang! – Reclamou Louise.

-- Ele era um ótimo cineasta! – Gerd tentava convencer Lulu disso.

--Sim, mas não quero ser chamada assim!

--Ou você usa ou sua miopia irá aumentar e você será cega de mais um olho. – Alertou o médico. -- Não quero o seu mal, Louise, só o seu bem me preocupo com sua saúde.
Depois de muita relutância, ela aceitou.

-- Quantos graus vai ser o monóculo? – Perguntou.

-- 1,50 é pouca coisa. – Ele escreveu na receita e entregou para ela. -- Nem vai notar.

-- Obrigada, doutor. – Ela se preparava para sair quando fez uma última pergunta. – Tem certeza que não tem interesse na Iniciativa Vingadores?

Ele novamente riu do momento engraçado.

-- Ainda é cedo para aceitar a proposta, “Fury”. – Entrando na brincadeira dela. – Quem sabe na próxima.

-- Quem sabe nos Guardiões da Galáxia? – Louise não perdia tempo.

Ele a encarou novamente e se aproximou dela, erguendo o tapa olho de Louise e vendo o globo ocular dela cego. Realmente parece que ela carrega a Via Láctea no olho, uma visão no mínimo exótica, mas bonita.

-- Desde que eu seja o Senhor das Estrelas...

Antes que pudesse dizer algo, a enfermeira entrou na sala, observando os dois.

-- O que houve, Eva?

-- Dr. Müller, a próxima paciente é Anastacia Rosely. – Respondeu a enfermeira.

Após isso Lulu sai da sala, mas ainda olha pro médico.

-- Até a próxima consulta, doutor Müller.

-- Até a próxima, Fraulein McGold!

Ele a viu conversando com as outras garotas, que esperavam pra próxima consulta.

-- Srta. Anastacia Rosely?

A prima de Louise, Felicity levava Ana para a sala do doutor e este ficara abismado. A garota procurava forçar as vistas e possuía pequenos cortes no rosto. Realmente não seria nada fácil lidar com as pacientes do Dr. Pilton.



****____*****


Marianne ajeitava mais uma vez sua cama de forma impecável, mesmo sem sua visão. Ela mora com os dois irmãos mais velhos, Olive e Edmund. Olive atualmente está em turnê da Orquestra Sinfônica. Edmund faz tratamento de seus olhos por conta do estrabismo e Marianne ficou cega devido a um acidente de carro.

-- Essa sua amiga de Liverpool, é gostosa? – Perguntou Ed, usando óculos escuros e ajudando a irmã a guardar os livros.

-- Defina gostosa, Ed. – Pediu Marianne e especificando. -- Ela é como o peru no Natal ou como o pão fresco?

-- Pergunto se ela é mesmo bonita.

-- Toquei o rosto dela e senti que ela é bela demais. – Marianne suspirou e sentou na cama, bem sonhadora.

Edmund percebeu isso. Ele nunca conheceu Rosie... até hoje. A campainha toca e ele atende, mesmo usando óculos escuros.

-- Bom dia, senhorita.

-- Bom dia. – Saudou Rosie. – Eu não sabia que Marianne estava acompanhada... eu volto outra hora.

-- Relaxa. Está tudo bem. – Ele sorria para a garota. Nos pensamentos, Edmund confirmou seu julgamento: ela é bonita. – Você deve ser a Rosie.

-- Sim. E você é o namorado dela? – Perguntou Rosie, com dúvidas.

Edmund pensou em falar que é o irmão dela, porém resolveu brincar.

-- Sou namorado da Marianne. – Ele tocou a mão dela, apertando-a. – Venha vamos entrar.

Rosie se decepcionou e procurou disfarçar. Pensei que Marianne fosse solteira, pensou Rosie, entrando na sala e sendo bem recebida por Allen, o cão guia de Marianne, lambendo a mão dela.

-- Oi, Allen! – Afagando o cão. – Cadê a Marianne?

-- Estou aqui! – Marianne caminhava devagar e abraçou Rosie, beijando-a bem envolvente. – Senti sua falta.

-- Eu também, meu amor... – Rosie beijou a bochecha dela.

-- Vejo que conheceu meu irmão mais velho, Edmund.

-- Irmão?! – Rosie se questionou surpresa.

-- Sim, meu maninho. – Confirmava Mari, ficando no sofá e afagando o rosto da amada. – Falta conhecer a Olive e tem os gêmeos, mas eles morreram.

-- Errr... Marianne. – Interrompeu Rosie. – Edmund me disse que é seu namorado.

-- Ele disse isso?

-- Sim.

Mari passou a mão no rosto, um pouco brava e ria.

-- Ed, você sabe o que eu acho dessa piadinha que você faz.

-- Precisamos de um pouco de diversão, maninha! – Ed também ria.

Eles riram mais um pouco e resolveram passear no parque. Mari levou seu cão guia. Rosie deu o braço para os dois irmãos, ficando entre eles. Ela não nega que mesmo depois da verdade, se encantou pelo irmão de sua alma gêmea. Quando pararam para se sentar no banco da praça, Ed elogia Rosie.

-- Você tem uma cor de cabelo linda, Rosie. Parece um rubi vivo.

Rosie estranhou.

-- Peraí! Você não é cego?

Edmund tirou os óculos escuros e mostrou-se para Rosie.

-- Bem, eu sou míope.

Mais uma surpresa para a ruiva. O irmão de Marianne sofre de miopia e tem os olhos quase separados, porém, azulados e lindos.

-- Entendi... E você é...

-- Estrábico? Sim. Por isso Marianne me chama de “Jean Paul Satre”. – Explicou Edmund. – Uso óculos escuros quase sempre porque meus olhos doem um pouco.

-- E ele me chama de “Demolidor”. – Disse Marianne, se referindo ao famoso herói cego que sabe lutar.

-- Neste caso, eu sou a “Foggy Nelson”? – Indagou Rosie, divertida e fazendo os dois rirem mais.

Para encerrar o passeio, eles foram para a sorveteria da cidade e continuaram com sua diversão.



Continua...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Hooked on a Feeling and a Teddy Bear - Uma homenagem a McGüller

Descrever o que esse OTP provocou nos leitores e principalmente nesta blogueira que vos escreve, é um pouco difícil. Com a onda dos ships, acabei criando a junção dos nomes. McG, de McGold e üller, de Müller. Sim, hoje vamos falar de Louise McGold e Gerd Müller.
O casal surgiu meio que do nada. Em meio as construções dos próximos capítulos de Rush - No Limite da Paixão, Maris Greyjoy e eu estávamos decididas a fazer Louise rejeitar bastante Gerd, menosprezar até dizer chega. E ele não seria o único jogador. Haveria outros... Mas isso é outro momento. O que vocês não contavam era que esta autora, que antes não havia sequer visto uma foto dele e graças a Maris,me mostrou o mundo mágico dos jogadores de futebol (isso tudo as vésperas, durante e pós Copa de 2014) e principalmente ele... Os planos foram mudados.

Acabei me apaixonando tanto por Gerd que não conseguia conceber a ideia de Lulu mandar pro raio que o parta este jogador. Não mesmo! E aí surgiu um dos casais mais românticos da Grindhouse. Ainda no brainstorm de Rush, teve-se o momento que Louise trairia Gerd com James Hunt, o piloto de Fórmula 1 e que originalmente seria o par romântico master durante a fic inteira. E neste meio tempo, Maris Grey construiu a ficha de Alice Stone e me questionou se é possível shipar eles. Concordei mas... Aqueles que me conhecem, sabem o quanto sou... ciumenta. Ok, voltamos ao assunto em pauta. Após isso, dei início a série "What If", casais improváveis. Surgiram várias oneshots de casais improváveis e alguns até viraram OTP queridas pelos leitores. E aí surgiu a saga O Casamento de Paul Breitner e Anastacia Rosely, ou simplesmente O Casamento. 

E aí veio a segunda chance de McGüller voltar ativa e deu origem a segunda (ou terceira) oneshot da saga, Hold Me, Thrill Me, Kiss Me e a mais recente, Every Breathe You Take, dividida em 3 atos, quase como um teatro. Outras fics e oneshots eles voltaram. São poucas e raras que eles não terminam juntos. Exemplo disso é na saga Semideuses (universo Percy Jackson), Mythology e CSI: München e algumas songfics. Tirando isso, a participação de McGüller vem se tornando frequente,

Agora falemos das características que os tornam tão especiais e viciantes. Como nas fanfics, Gerd é descrito como o típico alemão austero, concentrado no trabalho e sempre disposto a fazer seu melhor. Contudo, no amor ele se revela um homem apaixonado e quando conquista uma mulher, vai até o fim (lado insistente dele muito bem mostrado em algumas fics, como a saga Vampires). Já Louise é amante da liberdade, a vida em sua essência, o amor e tudo que há de bom e extremamente apaixonada e romântica. Bastou a presença dela que quebrou essa resistência séria dele, fazendo-o como um fofo e romântico. Foi daí que surgiu o apelido mais adorável e conhecido para ele: Ursinho.

Na verdade, para mim e minhas amigas blogueiras, "ursinho" define os homens de barba. O que é verdade...E um ponto relevante é também sobre o apelido carinhoso. Depois de pesquisar no Google tradutor, acabei associando que teddy bear (ursinho de pelúcia) é inglês como Louise chama o Gerd e Winnie, em alemão é ursinha. Obviamente que ele a chama assim.

E mesmo separados na Grind oficial e cada um com seu cônjuge, eles nunca deixaram de amar um ao outro. Tanto que Gerd perdoou Louise quando esta se encontrava no fundo do poço por conta das drogas e ela o fez se recuperar, quando Gerd passou uma péssima fase no alcoolismo, onde quase perdeu tudo, até mesmo Alice e seus filhos.

Ah, esqueci de falar duas coisas obvias nestes ursinhos: sexo e ciúmes. Sim, parece que não mas os ursinhos carinhosos e fofos são medonhos. Em algumas fics, Louise reclama e xinga, porém é capaz de arquitetar planos para dar um sumiço na concorrente e se possível, com a ajuda de seu inseparável amigo de infância, Davy Jones. Gerd tenta disfarçar mas quando realmente não dá, ele demonstra seu ciúme. Agora no sexo... esses ursinhos são carinhosos mas muito ninfomaníacos, sendo motivo de piada na Grind e principalmente por serem igual ao outro casal que todos adoram, D&D. Com eles, é 8 ou 80, ou tudo ou nada. Pertencem um ao outro e por vezes o universo conspira pra eles ficarem juntos, até nos momentos de ojeriza, como é o caso de Sunrise. Praticamente eles se odeiam, mas depois será comprovado que a linha que separa o ódio do amor é tênue. Em breve com Maris Campos, uma nova fic de comédia, com McGüller e D&D trocados e destrocados.

Pra encerrar, vale mencionar que houve outras versões derivadas de McGüller, como Louise e Thomas Müller (Novos Ships) e Gerd com a Felicity (Sunrise e Like A Bonnie and Clyde), mas apenas esta versão é que perpetua e 99% amam McGüller, mas 1% gosta de Stoneller (a indireta é pra ti Maris Grey). E agora fiquem com as cinco melhores músicas de uma das OTPs mais amáveis e românticas.


1) Ira! - Entre Seus Rins



2) Blue Swede - Hooked On A Feeling




3) Elvis Presley - Teddy Bear




4) Joni Mitchell - A Case of You




5) Kid Abelha - Como Eu Quero






I'm hooked on a feeling And I'm high on believing That you're in love with me (Blue Swede - Hooked On A Feeling)

Oh baby let me be Your lovin teddy bear (Elvis Presley - Teddy Bear)







quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Birthday (Série Holiday Romance parte 2)

Olá pessoal!
Uma boa noite e fiquem com a última parte de Birthday. Na primeira era do aniversário de Gerd Müller. A segunda é de Felicity McGold. Pra quem não entendeu, Gerd faz aniversário dia 3 e Fefe dia 4. Ambos são do mês de novembro. Vamos ver a conclusão disso!



Birthday parte 2


Nora POV

Odile me mandou mensagem avisando que pegou o trem bem cedo e agora está no avião. E ainda por cima: nossos amigos germânicos vão junto. Acredito que Manuel quis vir pra isso e o restante aproveitou de gaiato. Bem, isso vai ser bom.

-- Nora! – Marie e Ana traziam uma torta que nós mesmas fizemos e justo a favorita da Fefe. Torta de chocolate com bombom de licor. – Acorda ela!

Abri a porta do quarto e encontrei Fefe, tão linda e sexy, dormindo de babydoll e abraçando um tigre de pelúcia. Peguei o celular e toquei uma música do The Killers – Bones. Ela se acordou de sobressalto e Ana e Marie entraram junto gritando.

-- FELIZ ANIVERSÁRIO, FELICITY!

-- Ai meu deus... Amigas! – Fefe abraça todas nós. – Poxa, estou quase nua aqui!

-- Que nada! – Apertei aquele bumbum lindo e firme dela. – Está perfeita.

-- Venha, vamos comer seu bolo!

Cantamos parabéns, comemos o bolo e no momento disso, o celular da Fefe apitou com mensagem. As duas primeiras eram áudio da Lulu via Whats e a terceira era mesmo um sms e do Manu.  Minha amiga reagiu nesta última mensagem um pouco diferente.

-- Vocês acreditam que ele me mandou mensagem avisando que virá pro meu aniversário?

-- Mesmo? – Fingi não saber. – Acho que ele está inventando.

-- É verdade! – Marie tentava embromar Fefe. – Até porque Lulu viajou ontem pro aniversário do Gerd... Eles não podem vir. Tem jogo da Bundesliga.

-- É, tem razão. – Ela deixou o celular na mesa. – Eu vou tomar um banho!

Após o banho, fomos juntas para a aula. Se é que pode chamar de aula já que a universidade entrou na semana das profissões. Algo que não gostava de ver era das outras meninas, sejam elas calouras ou veteranas, flertarem com minha amiga. Fefe é bissexual assumida, assim como a Marie. Era estranho mas já vi as duas se amando no alojamento e não me importei. Agora se é a Fefe com outras... Já não suportava a idéia.

Principalmente odiava quando via minha amiga olhando demais para aquela irlandesa azeda chamada Lily Campbell. Não entendo. Lily é muito antipática e trata os outros como nada, mas Fefe conversa com ela como se fossem profissionais e mesmo assim como pessoa e amiga, Lily dava um gelo nela.

-- Algum problema, Norinha? – Perguntou Lily, com aquela voz que poderia ser do Darth Vader.

-- Nada! – Respondi.

-- Humpft! – Lily resmungou e ainda olhou para nós com aqueles olhos de geleira da Sibéria.

-- Ainda vou beijar ela, Nora! – Dizia Fefe, rindo.

Durante a parte da tarde ajudei as meninas a preparar o salão de festas da casa da Fefe. Tia Sophie, mãe da minha amiga, nos ajudava rapidamente porque tinha de ir à boutique por conta de uma reunião e tio Robb estava trabalhando no hotel Hilton.

-- Nora! –Marie estava com celular na mão, ela havia recebido a ligação da Odile. – Os alemães estão na casa da família Donovan. Que horas eles devem estar aqui?

-- Fefe volta da academia as sete. – Respondi enquanto pegava a bolsa. – As 6h30 todos devem estar aqui!

Antes de sair, Marie me chamou para uma conversa séria.

-- O que está havendo, Nora? Você anda triste e frustrada com a Fefe e vocês nem brigaram.

Neste momento Ana também aparece para a conversa. Fui honesta com elas.

-- Acho que estou apaixonada pela minha melhor amiga.

-- Você está amando a Fefe? De verdade? – Questionou Ana.

-- Fico com ciúmes dela falando com outras garotas, flertando com elas, beijando elas, exceto você Marie,você pode beijar a Fefe eu não ligo.

-- Deve falar a verdade pra ela. – Aconselhou Marie. – No mínimo vai ser rejeitada ao menos falou o que sente.

-- Melhor do que sufocar com você.

Depois disso agradeci as meninas e segui para a casa de Rosie Donovan. Cheguei lá, fui atendida pelo Graham Bond.

-- Oi Bond! – Cumprimentei.

-- Olá, Nora! – Ele me deixou entrar. – A Rosie e a Vivian saíram com a mãe para as compras e me deixaram aqui, com as meninas, Mickey e eles.

-- Eles? – Indaguei.

Bond me conduziu para a sala e encontrei os alemães assistindo desenho animado. Sepp me viu e gritou.

-- Katzchen!

-- Katze! – Abracei ele e o beijei. – Que saudades!

Bond foi para a cozinha assaltar algo pra comer e eu ouvi gritos da Odile, desesperada.

-- Gente! Me ajude! – Odile chorava e abraçava Franz.  – A Louise... ela...

-- Epa, epa! – Mickey bebeu água e ingeriu um remédio. – O que houve com minha irmã?

-- Bond comeu seus doces de novo? – Perguntei.

-- Eu nunca comi os doces dela. – Se defendeu Bond. – Isso é calúnia.

-- Você comeu meus chocolates belgas que eu sei! – Xingou Odile. – Mas o caso é a Louise. ELA NÃO CONSEGUE ANDAR E CHORA DE DOR!

-- Odile, calma! – Pedia.

-- Desculpa, Nora, mas me preocupo com essa hobbit!

-- Peraí! Ela está com dor, mas como?? – Indagava Mickey e depois olhando pro Gerd. Acho que ele entendeu. – Alemão ninfomaníaco safado! Olha o que fez com minha irmã!

-- Pára com isso, Michael! Como o Gerd pode fazer isso? – Droga! Eu e minha ingenuidade, olhei pro Sepp. – Katze... ele... a Louise....

Ele se sentiu um pouco constrangido e falou.

-- Eles... Liebe gemacht (Fizeram amor).

Um silêncio daqueles ficou na casa. Bond comia um sanduíche e os rapazes olhavam para Gerd com mistura de espanto e medo. Mas Franz... estava indignado.

-- Eu não entendo alemão! Me explica! – Pedi.

-- Você sabe... aquilo... que... bem... quero... fazer com... você! – Por fim ele disse no ouvido o que é e corei. – Aquilo que quero fazer com você, sexo.

Antes que pudesse falar algo ouvi o grito de chamada da Louise.

-- ODILE! URSINHOOOOO!

-- Eu não sei se fico com raiva ou rindo. – Comentou Mickey, entrando no quarto.
Pobre Lulu. Encontrei a prima da Fefe chorando de dor e tentando andar. Parece que as pernas não obedeciam e a cada passo que dava, era algo dolorido.

-- Minhas pernas... eu não sinto elas! NÃO SINTO MINHAS PERNAS! – B           errava Lulu e Gerd apreensivo, ficou sentado na cama, massageando a ursinha dolorida.

-- Ursinha, fica calma. Isso acontece às vezes... – Dizia Gerd.

Pra piorar, Lulu entra em pânico quando vê uma mancha de sangue na roupa. Mais propensamente no meio das pernas.

-- Odile! To sangrando!

-- Caramba, hobbit! Nunca teve aula de sexo?

-- Eles não explicaram pra gente que sangrava e deixava dores! Isso dói mesmo, Odile?

-- Olha, vou confessar que doeu na primeira vez. – Odile respondia na voz baixa e depois foi aumentando e falando em direção ao Mickey. – PORQUE UMA CERTA PESSOA DISSE QUE IA COM CALMA MAS  SERVIU PARA GOZAR RÁPIDO!

Era óbvio que a indireta foi pra ele. Mickey fingia que não era com ele e rezava para Freud não cometer uma loucura. No fim Gerd carregou Lulu para sala e saímos de lá, menos eu e Sepp. Ele pediu que todos saíssem para falar comigo. Ficamos sentados na cama e ele pegava minha mão e me olhava.

-- Desde que te vi no festa de dia dos bruxas, eu me encantar por você. Nós passamos por muita coisa juntos, nosso casamento no The Sims, nosso primeiro beijo e o enterro do seu gatinho. Eu querer continuar passar muita coisa ao seu lado,Eleonora. Eu querer ser ET do caixa azul, eu querer ser seu Katze e eu desejar você ser minha Katzechen. – Agora ele se ajoelhou. -- Eleonora,com os pôsteres do Franz nos olhando,quer ser minha namorada?

De todos os pedidos de namoro, esse foi o mais sincero que já recebi em toda minha vida. E ainda mais de alguém como Sepp. Ele é tudo de bom.

-- Você aceitaria uma menina esquisita que passa mais tempo com a mente em outra galáxia do que na própria terra? Porque eu não me imagino mais longe de você, Josef.

-- Ya, amo você do jeito como é! – E ele me beijou bem forte. Não dá pra negar isso, eu realmente gostei.

Porém tivemos que interromper por conta da entrada súbita de Mickey, com o celular em mãos.

-- Desculpem, gatinhos! Mas a Marie ligou e quer falar com você!

Peguei o celular e conversei com ela.

-- O que houve?

-- Temos um problema, Nora! A Fefe voltou mais cedo pra casa. Precisamos de ajuda e cadê esses alemães? Eles vieram mesmo ou era piada de mau gosto do Michael?

Sepp gritou no celular que estava no viva voz.

-- NÓS ESTARMOS AQUI!

-- Marie, enrole Fefe por mais uns 20 minutos, Louise sangrou por ter sofrido uma Blitzkieg do alemão dela. – Respondi rindo junto com Sepp.

-- Estou falando sério, Nora. Ela voltou pra casa e estava chorando. Nem eu e nem a Ana conseguimos conversar com ela e tampouco a Fanny.

Marie passou a ligação pra minha amiga. Manuel entrou no quarto e eu tirei o viva voz.

-- Como você está, Felicity?

-- Eu não agüento mais Nora. Estou me sentindo tão dividida. Hoje eu vi o Pete na saída da academia. Ele me deu parabéns pro meu aniversário. E ainda me disse que me ama. De verdade. Está entendendo onde quero chegar?

-- Estou amiga eu já estou indo aí, não vou demorar. – Desliguei e avisei todos.  --Mickey e Odile, Fefe precisa de mim e vou pro alojamento, vou levar Sepp comigo e depois vocês levam o resto dos alemães.

-- Eu ouvi a fraulein chorando... ela estar bem? E quem ser Pete? – Manuel havia ouvido uma parte da conversa.

-- Sua Fraülein está bem, esta com saudades de você e Pete é o professor que deu nota baixa por sua Fraülein.

Pela cara dele não acreditou muito, contudo deixou quieto.  Não deu em outra. Segui para o alojamento e entramos juntos. A porta do quarto dela estava entreaberta e a vi chorando na cama e vendo Grey’s Anatomy. Isso acontece quando ela está deprimida. E ai para amenizar ela assiste a série que odeia ou ouve Everly Brothers.

-- Fica aqui! – Pedi para Sepp. – Ela precisa de mim.

Entrei no quarto e fechei a porta.
-- Me conta tudo!

-- Estou pior que a Meredith Grey. Estou apaixonada por Pete Townshend e de repente me surge esse goleiro reserva... Eu achei que era só sexo casual e tal, mas... Ele se afeiçoou por mim e eu... Tenho medo de não corresponder.

-- Pete deve ter uma crush por você e o que Manuel sente por você é palpável, é real, dá pra ver que não é só sexo quando ele ouviu você chorando, entrou em pânico. – Disse.

--Ele sabe do Pete? Você contou pra ele? – Fefe entrou em pânico.

-- Jamais, ele perguntou quem era e eu disse que era um professor que te deu nota baixa.

-- Se ele me ama mesmo, porque ele não me defendeu na frente de todos quando meu pai descobriu sobre nós e a fuga? Nem o Gerd ficaria assim quando viu o tio Tony!

--Ele foi um covarde nesse dia.  Mas eu realmente não sei o que dizer só, pare de chorar, eu odeio ver você chorando. – Consolei minha amiga.

-- Nora... – Ela limpava o rosto. – Eu te amo... Me desculpe por falar isso e pode parecer palavras de uma garota carente, eu realmente te amo.

-- Eu também te amo mesmo. – Disse mas acho que Fefe possa interpretar errado.

Ela tocou meus lábios com os dedos e ainda falou.

-- Nora... você sabe que gosto de garotas ... e quando falei que te amo... é porque é verdade. Estou apaixonada por você, eu sou louca por você, completamente apaixonada por você, mas sufoquei isso por medo que não gostasse disso.

-- Felicity, quando digo que amo você não amo só como minha melhor amiga, minha irmã, mas como mulher e amante. Pela manhã eu senti ciúmes e peço desculpas pela minha atitude, não consigo controlar às vezes, eu te amo mais do que tudo.

-- Nora...

E para encerrar nos beijamos pela primeira vez e foi tão bom. Sentir a boca de minha amiga, um desejo secreto meu estava se realizando.

-- Amor, vamos comemorar meu aniversário aqui? Só nós duas... na cama.

-- Depois, minha galesa. – Puxando-a pra fora da cama. – Hoje tem uma festa. E sabe do que mais? Estou namorando!

-- Oh Nora, meus parabéns! – Nos abraçamos e a porta se abre, revelando meu namorado.

-- Ora ora! Sepp! – Minha felicidade aumentou mais quando Fefe abraçou Sepp, aceitando-o. – Estou feliz que esteja com minha amiga. Ela é maravilhosa. Mas cuida dela hein!

-- Ya! Pode contar com eu! Proteger e cuidar da minha Katzchen!

Minutos depois Fefe já arrumada, saímos do alojamento e fomos para a casa dela.

-- Seus pais não vão poder vir? – Perguntei, já que tio Robb e tia Sophie nunca perdem uma festa de aniversário.

-- Eu não sei, sabe? Papai anda muito atarefado e a mamãe em função do desfile do Victoria’s Secret.

Antes de entrar no salão de festas da casa dela, perguntou.

-- Sepp! Me responda algo? Manuel não veio com você?

-- Nein! – Ele respondeu. – Só eu!

Fefe se calou e entrou no salão... Tecnicamente vazio. Apenas com um cartaz escrito “FELIZ ANIVERSÁRIO FELICITY!”, a mesa com salgados, doces e bebidas e um palco com instrumentos. Seria parte da surpresa porque realmente não me lembro disso.

-- É por essas e outras que não gosto de festas no meu aniversário! – Reclamou Fefe. – Era mais fácil uma comemoração no Bronze e não aqui no mini salão de festas da minha casa.

-- Ao menos o Katze veio. – Falei para alegrar minha alma gêmea. Nada disso estava alegrando. – Poxa eu passei dias organizando, pensei que ia curtir.

-- Me desculpa, amor! – Ela me abraçou.

-- Está desculpada. Não fica triste, sua surpresa chega em vinte minutos, isto é, se Paul não errar o caminho.

--Eu nem me importo se Manu vem ou não... Só quero... passar meu dia tranqüilo. – Fefe caminhava de um lado para outro e comia um salgado.

-- Manuel veio para seu festa. – Sepp bebia um pouco de ponche. – Minha katzchen não deixou ele vir.

-- Ele veio mesmo? Impossível!
-- Não está acreditando? – Peguei o celular e liguei para Odile. – Alô, Odile? Traz os alemães para cá!

-- Nora, isso não tem graça!

-- Você acha que eu iria brincar com uma coisa dessas? Manuel veio com a caravana pro seu aniversário. Eu só não levei ainda pra sua casa porque você estava triste, amor.

-- Eu vou ficar lá fora, respirar um pouco. – Fefe caminhava em direção da porta.

-- Agora ela vai saber! – Comentei baixinho para Sepp e ouvimos aquela gritaria.

Corremos até a porta e Fefe, com a maior cara envergonhada, diante dos alemães, das meninas e de alguns dos nossos colegas de fora e claro, das bandas. Espera aí! Era impressão minha, ou acabei de ver o The Who inteiro ali? Afinal, quem convidou esses caras?

A melhor parte foram os alemães trazendo Manuel amarrado numa fita de presente e um laço azul no cabelo, indicando que ele é o “presente de aniversário”.

-- MEIN FRAÜLEIN! – Manuel exclamava e tentava se soltar da fita.

-- Nutella boy! – Fefe desamarrava Manu e tirava a fita dele. – Estava com saudade de você.

Eles se beijaram intenso até que ouço um grito.

-- NÃO! – Eis que surge Pete, segurando uma guitarra e sendo contido pelos outros três. – EU AMO FELICITY!

-- QUEM TROUXE VOCÊ AQUI? – Manuel estava possesso.

-- O que vocês fazem aqui? – Fefe ou eu não convidaríamos o The Who em sã consciência, levando em conta a nossa situação amorosa.

-- Eu não os convidei. – E realmente não convidei.

-- Meninas... – Fanny Fitzwilliam surgiu para mim com cara de tímida. – Eu os convidei. Me desculpem!

-- Boneca! – Keith Moon, o baterista e meu ex-paquera, me provocando me chamando assim. – A Fanny nos convidou.

-- Boneca? – Sepp agora fica furioso e ao lado do Manu, encarava feio Moonie e Pete. – Quem é você pra chamar meu namorada assim?

Eu sei que ia rolar um banho de sangue se não fosse a Ana ficar no meio deles, pra parar com aquilo.

-- POR FAVOR, PAREM! SEM BRIGAS E VAMOS APROVEITAR A FESTA QUE HOJE É ANIVERSÁRIO DA FELICITY!

Todos acalmaram os ânimos em parte. Até que  John Entwistle resolveu falar.

-- Já que a Ana pediu... Nós temos um presente pra você, Felicity.

Pete presenteou com um action figure da Brienne de Tarth, personagem do Game of Thrones e a favorita da Fefe. Enty trouxe o funko do Bilbo Baggins, Moonie conseguiu o box dos livros As Crônicas de Arthur, do Bernard Cornwell e Roger Daltrey completou com filmes para a câmera dela.

-- Puxa vida, muito obrigada, pessoal! – Ela agradeceu elegantemente para cada um deles. Mas para Pete... tive a impressão que ele deu uma cheirada no cabelo dela.

Fefe se afastou logo e os alemães ficaram de frente pra ela. Paul segurava uma caixa grande e um tipo de pergaminho enrolado com fita dourada.

-- Felicity, em nome de todos os rapazes, queremos agradecer você com esse humilde presente, por ter nos trazido na festa de dia das bruxas e fazer com que encontrássemos nossas garotas. Alles Gute zum Geburtstag, Felicity!

-- Alles Gute zum Geburtstag, Felicity! – Todos eles exclamaram para ela.

Fefe chorou. Normalmente ela chora apenas perto de mim e das meninas e sempre bancava a durona e coração de pedra. Mas se enganaram. Ela é mesmo uma manteiga derretida. Até mais do que eu.

-- Poxa... É a dedicação mais legal que recebi! Obrigada, rapazes! – Fefe abraçou cada um deles e chamando-os pelas vestimentas que usaram na festa. – Jack O’ Lantern, Leão Covarde, Dracula, Homem-Aranha, Batman e... Lanterna Verde!

-- Eu amar você demais, mein Fraulein! – Manuel roubou um beijo apaixonado de Felicity e todo mundo aplaudiu... menos Pete.

Ela abriu a caixa e ali tirou uma câmera fotográfica alemã, uma verdadeira raridade e com muitos filmes. Também havia ali um mini álbum de fotografias, com fotos do Bayern e do Manuel. Decerto idéia deles. No pergaminho continha assinaturas deles, parabenizando Felicity e até mesmo minha assinatura bem destacada e das meninas, Odile, Lulu e Mickey.

-- Sr. Breitner, eu pensei que meu presente fosse o Manuel! – Falou, brincando.

-- Errr... Bem... Nós pensamos nisso durante a viagem. Até que alguém... – Percebi que Paul apontava para Fanny e Bob Dylan e eles riam. – Nos sugeriu colocar a fita na cabeça dele e oferecer pra você.

-- Acho que vou adotar isso pra todo presente que for dar... Você vai ter um encontro com a Ana no natal não é? – Perguntou Fefe.

-- Sim. – Paul confirmou e notei que Enty quase caiu do mini palco. Ainda bem que ninguém viu.

-- Você vai ser o presente dela!

Enquanto vigiava o The Who ao longe, Fefe abraçava todos e apresentava Manuel aos seus amigos. Os Monkees já o conheciam e todos os alemães. Vi Alice abraçando Gerd e Louise e Mike ficar meio... mordido mas discreto. E ainda Lulu com sua dificuldade de caminhar que chamou atenção de alguns.

-- O que deu em você, prima?

-- Errr... Depois eu conto! – Lulu tinha medo da fúria de Fefe ao saber do “ataque alemão” sofrido no meio das pernas que a deixou daquele jeito.

O The Who começa a tocar para animar a galera. Pete olhava demais para Fefe e Manu dançando juntos.

-- A próxima música... --- Pete meio que vacilou nas palavras mas seguiu. – Eu dedico para a aniversariante.

Eles cantaram Please, Please, Please. Manuel tentava se concentrar na Fefe. O duro mesmo é ter que ouvir uma música que seu rival dedica claramente para a garota que ama, mas que tem outro. Terminado a música, foi à vez de Dylan cantar de forma acústica e ai que o Nutella boy entra em cena.

-- Eu quero cantar uma música para mein Fraulein! – Ele falou no microfone e Dylan já começou a dedilhar no violão.

A música em questão era Love Is In the Air, do John Paul Young. E ele não se saiu mal. Pelo contrário, foi muito bem. Marie e Odile filmavam e vi o quanto minha alma gêmea sorria. Terminada a música todos aplaudiram e Fefe deu mais carinho ao Manuel.

Uma hora depois com muita agitação apareceram os Rolling Stones. Meu medo aumentou por conta de duas coisas: primeiro Brian Jones atormentar Ana como na festa de Halloween e segundo era Keith Richards. Ele e Fefe namoraram e hoje são amigos. Balela! Richards nunca esqueceu e nem esquecerá a Fefe, mesmo estando com a Anita Pallenberg.

Encontrei Fefe do lado de fora da casa, com rosto triste de novo.

-- Amor, o que houve desta vez?

-- Como quer que eu me sinta, Nora? Eu vi o Pete decepcionado. Ele me ama e eu... acho que o amo!

-- Amor, sinto que você está tendo uma queda momentânea pelo Pete. Não acho que seja paixão ou muito menos amor... Dê uma chance ao Manuel. Se ele não for o cara, então aposte no Pete, mas não termine com o Manuel agora. Ele cruzou o continente por você.

-- Acha que devo dar uma chance ao Manu?

Antes que eu pudesse responder, ouvi um estrondo daqueles e o bumbo sendo arremessado.

-- Caramba! – Corremos até o salão e o que vemos? Três brigas!

Paul e John trocavam socos, Pete golpeava Manuel com a guitarra mas também apanhava do Richards e meu namorado corria atrás do Moonie, jogando os instrumentos contra ele.

Fefe praticamente enervou-se e gritou.

-- PAREM COM ISSO!

Roger foi o único que se salvou ali e mandou os outros três saírem.

-- Desculpa, mil desculpas, Fefe e Manuel e jogadores do Bayern! Não foi nossa intenção acabar com a festa.

Quando o The Who se retirou ainda ouvimos Pete resmungar.

-- ESSE CHUCRUTE VAI TE FAZER SOFRER, FELICITY. EU A AMO MAIS DO QUE ELE!

Os Rolling Stones suprimiram a falta que a banda provocou. Tocaram algumas músicas. Franz adorou a banda e até mesmo perguntou a eles se querem lançar um disco algum dia. Isso entusiasmou muito a banda. Vi Fefe indo de novo pra fora e Manu a seguia. Sepp e eu ouvimos a conversa. Era o que temia...

-- Felicity....Por favor, entenda.

-- Entender o quê? Você estava batendo nele, por quê?

-- Eu te amo.

-- Ciúmes não é uma manifestação.

-- Você não entende mesmo? – Manu pegou a mão de Fefe e colocou em seu peito. --Eu amo você mais do que tudo! Mais do que meu vida, mais do que o futebol. Você ser minha vida, eu não ser viver mais sem você. Seja minha namorada e deixe eu ser sua namorado.

A minha alegria vê-la beijando Manuel. E eu beijei meu katze. Quando fechou quase meia noite, os Monkees foram embora. A cara de Davy Jones e Dianna Mackenzie era de choque. Ao que parece eles tentaram se pegar no banheiro e ouviram uns gritinhos. Advinha de quem? Sim. Lulu e Gerd. Parece que Davy nunca imaginou que sua amiga de infância fosse tão... ousada!

Naquele momento, Felicity vem em minha direção e pede licença. Ela me levou para seu quarto onde nos beijamos mais. Céus, como amo essa garota!

-- A partir de agora você é minha, tudo o que você é, tudo o que você faz me pertence, pois uma parte de minha alma é sua e não vivo mais sem ti. Te desejo tanto minha gatinha que quero você mais do que meu namorado.

-- Eu amo você mais do que meus gatos, meu namorado e o cinema juntos, tigresa, tudo o que quero nessa minha vida é ser sua gatinha e deixar que você me ame. – Beijava mais minha amada e ao mesmo tempo apertava os seios grandes dela. -- E tenho uma idéia pra esse fim de semana.

-- Qual minha gatinha?

-- Vamos ficar na cama o fim de semana inteiro? – Sugeri, animada.

Ela me tocou lá embaixo e percebeu o quão excitava eu estava.

--Não vejo à hora de sábado chegar.

Terminada a festa, cada um dos alemães ficou na casa de alguém. Gerd ficou com Louise e Mickey na casa deles, já que seus pais estavam viajando. Fefe e Manuel na casa dela, mesmo que tio Robb e tia Sophie viraram a noite trabalhando e ocupados com seus trabalhos. Paul foi com Ana para casa dela e Uli e Franz com Marie e Odile.  Bond encarou de boa isso e seguiu para sua casa.

Pensei em levar Sepp para minha casa mas optei pelo alojamento, já que estava sem ninguém.

-- Tem certeza que quer aqui, Katzchen?

-- Sim. – Beijando meu namorado. – E... eu nunca fiz isso.

Ele sorria e me abraçou.

-- Vai dar tudo certo.

No quarto me despi devagar por medo e ele também. Na verdade eu tremia e Sepp me deitou na cama, me beijando e me tocando. Muitos beijos foram trocados e ainda beijou meu corpo. Quando me dei por conta, senti o contato dos lábios dele... ali embaixo.

-- Ahhh... Ka--katze... Ahhhhhh....

Como era bom! Entendi perfeitamente quando Felicity dizia sobre sentir isso. Uma das partes mais difíceis foi retribuir o prazer igual. Ou seja, minha vez.

-- Tem medo?

-- O último cara que fiz isso... me falou que eu era desastrada até pro sexo.

-- O seu ex ser um babaca mesmo,mas não ligar,vá com calma Mein liebe,eu vou te ajudar. Me beijar...

E rolou um beijo forte e ao mesmo tempo ele pegava minha mão e deixava ali entre as pernas dele, tocando suavemente até finalmente... fazer sexo oral. Desta vez fui com muita calma e delicadeza, chupando e ouvindo Sepp gemer.

-- Katzchen... ahhhhhh....

Acho que ele estava chegando lá e ficou deitado por cima de mim.

-- Espere! – Pedi. Imediatamente abri a gaveta e peguei uma camisinha. Fefe sempre me aconselhava usar proteção.

E Sepp acatou isso. E depois iniciou as penetrações. Acho que Louise passou por isso, as dores e depois... o prazer. Apesar de todo nervosismo, meu namorado cuidou de tudo. Para me fazer sentir mais prazer, me encheu de beijos e sussurrava no ouvido enquanto apertava meus seios e acelerava nas estocadas...

Gemi tanto e gritei quando chegamos ao orgasmo.

-- Isso foi... intenso... – Disse enquanto olhava pro teto e abraçava Sepp.

-- Foi mesmo... Ah... Katzchen... Se sentir dores nas pernas ou sangramento... é normal.

Espero não chorar tanto quanto a Louise. E a noite foi realmente muito boa!


CENA PÓS CRÉDITO DA MARVEL (1)
Perto do fim da festa...

Ainda sob o som do violão de Bob Dylan, mais uma pessoa resolve cantar. Era Paul Breitner. Ele dedica a música para Anastacia Rosely.

-- Ana, quero que ouça essa música. Ela resume o que sinto por você.

I know your eyes in the morning sun
I feel you touch me in the pouring rain
And the moment that you wander far from me
I wanna feel you in my arms again

And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love then you softly leave
And it's me you need to show how deep is your love

Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

I believe in you, you know the door to my very soul
You're the light in my deepest darkest hour
You're my saviour when I fall
And you may not think that I care for you
When you know down inside that I really do
And it's me you need to show how deep is your love

Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love and then you softly leave
And it's me you need to show how deep is your love

Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

How deep is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

How deep is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me


Todos aplaudiram e viram Paul e Ana trocarem mais um beijo e ao fim disso guardaram as coisas e arrumaram tudo no salão de festas. Paul e Ana ainda tiveram mais uma noite agradável na casa dela.


CENA PÓS CREDITO DA MARVEL (2)

Mickey, Louise e Gerd chegaram a casa deles e para sua sorte, os pais não voltaram de viagem ainda.

-- É o seguinte! – Avisou Mickey. – Vocês podem dormir no quarto de casal mas não deixem vestígios.

-- Ok! – Exclamaram os dois.

O irmão mais velho tomou banhou, vestiu apenas uma camiseta velha e deitou na cama. Não deu cinco minutos e ouviu uma série de gemidos e a mola da cama fazendo barulho. Ele saiu do quarto e bateu bem forte na porta.

-- CALEM A BOCA OS DOIS! EU VOU CONTAR PRO PAPAI ESSA ZUEIRA!

Não adiantou a ameaça. Mickey teve de agüentar a madrugada com tudo aquilo.