quarta-feira, 30 de abril de 2014

Love Sell Out (19º Capítulo)

Olá pessoal!
Com a entrada do dia do trabalho (leia-se feriado para uns, feriadão para outros), aproveito meu momento de descanso e inspiração para escrever o capítulo 19 de Love Sell Out. A Maris Greyjoy ainda vai postar mas no próximo capitulo e logo teremos "a treta"! Boa leitura!



Capítulo 19: Felicity’s Confessions

Ana POV
-- Você que tem se desapegar, Rosie.  – Eu dizia para Rosie Donovan, amiga de Fefe e agora ex-namorada de Eric Clapton.  Conversamos mais um pouco sobre isso. Até John, que preferia ficar longe dos assuntos femininos, acabou dando suas opiniões e dicas.
Enquanto a hora dos parabéns aos aniversariantes não rolava, decidi ir a cozinha pegar uma bebida e acabei encontrando Felicity, bebendo uma taça de vinho e chorando. Pensei por um momento que ela estivesse bêbada ou drogada pois estava chorando.
-- Felicity, o que houve? – Me aproximei dela, peguei uma cadeira e me sentei de frente pra ela.
-- Anastacia... eu sou tão cruel! – Respondeu Fefe, ainda chorando e bebendo mais o vinho. Ela não parecia mesmo bêbada, mas pelo visto, estava desejando ficar naquele estado. – Como eu posso fazer uma coisa dessas, com Brian?
-- O que fez de tão grave? – Perguntei e ao mesmo tempo afastando o copo e a garrafa de vinho.
-- Pete... ele me beijou e correspondi. Eu não devia ter feito isso. NÃO DEVIA!
Depois disso Fefe me abraçou, como se quisesse consolo e chorava muito. E eu naquela situação delicada não sabia como agir. Quase me juntei a ela no seu desespero se não fosse ter visto John entrando também na cozinha querendo um uísque ou cerveja. Ele me viu com minha amiga chorona. Fiz sinal para ele me socorrer, que sua vez só ria da situação, mas acabou também ficando perto de nós.
-- John! Que bom que está aqui.  Vocês são o único casal que pode me ajudar. – Falava Fefe, um pouco falhando na voz. John já percebeu que ela bebia e isso a deixava um pouco “alta”.
-- Fefe, não fica assim. Você e o Pete ainda podem se acertar. – Falou John, consolando minha amiga e passando a mão na cabeça dela.
-- Estou pior, tão pior quanto naquele ano que perdi meu cachorrinho de estimação. O nome dele era Blink. Eu ganhei no meu aniversário de 8 anos e foi presente da minha mãe. Um dia ele morreu e papai o jogou no mar.
-- Que traumatizante! – Exclamou John.
Apesar de tudo, Felicity como a falar de coisas do seu passado. Acho que se deve ao efeito do vinho tomado. John e eu só ouvíamos seus relatos.
--... não tão traumatizante assim. No ano de 1959, meus pais se separaram cinco meses depois da morte do Buddy Holly e Ritchie Valens. Meus ídolos e heróis!  E depois tive outro cão, um são Bernardo mas ele fugiu e morreu atropelado.
Ainda abraçando Felicity, pensei comigo o quanto ela precisava fazer terapia. Se bem que Pete também podia participar, devido aos seus traumas. Pela cara de John, pensava o mesmo.
-- Pete também teve este tipo de coisa, Felicity. Ele tinha um aquário cheio de peixes coloridos. Um dia ele foi para Brighton e quando retornou os peixinhos haviam morrido.
-- Oh meu deus! – Quase grita Fefe e ainda chorando.
-- Fefe --- Nos levantamos e ajudando minha amiga a se recompor. --- Vamos pra sala. Está quase na hora de cantar Happy Birthday ao Keith e Ginger.
-- Está bem. Mas antes... eu vou falar tudo!
-- O que exatamente? – Perguntei.
-- Falar ao Brian sobre meus sentimentos. Até agora não entendo o motivo que me levou a fazer amor com ele. Quer dizer, eu não queria contar pra ele sobre o real motivo de ter aceitado a entrevista e muito menos falei do Pete. 
-- Foi carência, Fefe. Contudo já passou.
Saindo da cozinha, pedi a John que ficasse de olho em Fefe e não a deixasse beber demais o vinho. Enquanto isso fui procurar Nora e Keith e num cantinho perto das bebidas, vi Graham Bond colocando um liquido incolor na bebida. Ele foi levar a bebida ao Roger Daltrey. Foi então que percebi. Ele queria “dopar” o vocalista, para envergonhar Marie. Corri até ele.
-- O que foi Ana? – Perguntou Roger, assustado com minha súbita presença e também por tirar sua bebida.
-- Olha lá Roger! É o Serge Gainsbourg na festa! – Apontei num cara parecido com Serge e com uma das mãos deixei longe o copo “batizado”.
-- Ah é! Vou lá me acertar com aquele frances safado e papa anjo!
Foi muita sorte de ter salvado Daltrey de uma suposta humilhação e mais ainda Bond não viu o que fiz.  Encontrei Nora e Keith conversando com George Harrison e Mary Anne McCartney de forma animada. George e Nora haviam sido namorados na era da beatlemania, mas se separaram e hoje são grandes amigos.
Antes que pudesse chamá-la, John correu até mim e falou que não conseguiu evitar Felicity de beber e ela foi se encontrar com Brian Wilson e os dois estavam conversando na sacada.  Pensei em impedi-la  contudo, era melhor assim, ser honesta consigo mesma e com a pessoa ao lado. Mesmo sabendo da decepção que iria causar. Quanto a Pete, ele estava praticamente no vácuo, apenas segurando um copo de uísque e olhando fixo para o espelho. Parecia o efeito catatônico.
Os Rolling Stones subiram no palco e começaram a cantar. Brian Jones desta vez estava bem e sóbrio. O soco do Ox decerto resolveu seus problemas... em parte. Já que a todo momento piscava o olho pra mim o que era bastante desagradável para mim e Ox que se enchia de ciúmes.
Ainda não era hora do parabéns e neste momento Ginger Baker sobe também no palco montado e começa a fazer palhaçadas no mesmo instante que o Pink Floyd e os Yardbirds ganhavam o recinto.
Aquilo estava longe de acabar!

Continua...

domingo, 20 de abril de 2014

Soundtrack (parte 2)

Olá pessoal!
Bem na páscoa e chocolate e já começo a segunda parte de Soundtrack e mais uns casais. Confiram!

Keith Moon e Nora


Música tema:  Marc Demarco - My Kind of Woman



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Odile Greyhound e François Truffaut

Música tema: Charles Trenet - Que Reste I'il de nos amours


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Niki Lauda e Odile
Música tema: Carpenters - Close To You



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Ray Davies e Nora

Música tema: She & Him - I Was Made For You



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James Hunt e Louise McGold

Música tema: Carpenters - Superstar



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Serge Gainsbourg e Marie
Música Tema: Duke Ellington - Jeep Blues



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Annie Collins e Pete Townshend
Música tema: Moldy Peaches - Anyone Else But You


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Pete Townshend e Felicity McGold

Música Tema: Tim Maia - Eu Amo Você



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Ray Davies e Annie
Música tema: Frank Sinatra - I've Got You Under My Skin



Continua...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Soundtrack (parte 1)

Olá!
Hoje vamos mostrar uma sessão bem legal, chamada Soundtrack. Que são as músicas temas dos casais das fanfics, seja finalizada, em andamento de escrita ou até mesmo em processo de criação de enredo. Sugestões de música fora feitas pela blogueira Maris Greyjoy. Vamos lá!


Ginger e Marianne

Música tema:  Lana del Ray - Video Games


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Robert e Marianne

Música tema: Rolling Stones - Angie



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Marie Greyhound e Graham Bond

Música tema: Câmera Obscura - French Navy



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Roger Daltrey e Marie

Música tema: Lana del Ray - The Man I Love



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Marie e Jim Morrison

Música tema: Ira! - Flerte Fatal


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John Entwistle e Anastacia

Música tema:  The Fratellis - Whistle For The Choir




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Keith Moon e Nora

Música tema: Beach Boys - Don't Worry Baby




Continua...

sábado, 12 de abril de 2014

Love Sell Out (Capítulo extra 2)

Olá!
Mal terminou o dia e já posto outro extra chapter da fic. Minha inspiração tá permitindo! Ok, vamos com pov da Felicity. Boa leitura!



Capítulo 18.9:  Dúvidas e Verdades

Felicity POV
Notei os olhares das meninas. Não era de animosidade. Era choque. Desde que anunciei minha viagem, sabia que Nora nunca aprovaria, ainda mais se eu estivesse com Brian Wilson.
-- Meninas! – Chamei a atenção de todas. – Por favor...
-- Ah é claro! Desculpa, estamos meio atordoadas, sabe? Hehehe, bem, meus parabéns Fefe! – Falou Nora, completamente sem jeito.
Depois disso, minhas colegas aplaudiram e me apresentaram Barbara, a estagiaria que Richard contratou para ficar no meu lugar enquanto entrevistava Brian Wilson e curtia minhas férias antecipadas. Logo de cara vi que aquela mulher não era de confiança. Não sabia se elas já pegaram simpatia pela estagiaria ou que, mas eu não fui com a cara dela.
Acabei apresentando também os Beach Boys para todo mundo. Carl Wilson finalmente conseguiu conhecer Nora, já que na época do Pet Sounds, falei muito dela para o irmão mais novo de Brian. Contudo, era tarde mais para isso. Na parte que fui apresentá-los para o The Who, dei uma pequena vacilada na voz.
-- Pessoal, conheçam a banda The Who. Este é Roger Daltrey, o vocalista. Este é John Entwistle o baixista. Keith Moon, namorado de Nora e baterista.
-- E aniversariante e um COMPLETO FÃ DA BANDA! YEAH! – Gritou Keith, super empolgado ao conhecer sua banda de surf music favorita.
-- Ora, muito obrigado! Viu só, Brian? Temos fãs famosos na Inglaterra! – Mike estava muito feliz em saber que Keith adora os Beach Boys e inclusive ficaram amigos.
-- E aquele ali, quem é? – Perguntou Brian, apontando para Pete, que estava abraçado com Barbara.
-- Aquele... é... – Falhei na voz. Eu também me choquei ao ver Pete com aquela mulher. Ao menos não era Jenna contudo... eu me sentia incomodada. Mas como?
-- Sou Pete Townshend, guitarrista e compositor! – Respondeu Pete e estendendo a mão para cumprimentar Brian que aceitou numa boa e sorrindo.
-- Eu sou Brian Wilson, vocalista, líder e compositor dos Beach Boys! É um prazer em conhecer, Pete Townshend.
Apesar da minha instabilidade emocional, me tranqüilizei na hora da apresentação e vi que Pete me lançou um olhar sério e intrigado. E Brian pelo visto percebeu tudo.
-- Espere! – Falou Keith. – Fefe, cadê meu disco autografado?
-- Ah sim, que cabeça minha! FELIZ ANIVERSÁRIO, KEITH! É pra você! – Entreguei o presente para ele. O disco dos Beach Boys autografado por todos eles na viagem!
-- Ai meu deus! É lindo, obrigado, Felicity! Muito obrigado! – Keith me abraçou bem forte. Eu o adoro, me lembra um pouco meu irmão Brandon, que é meio maluquinho.
Após as apresentações sociais, fomos beber um pouco. Brian tomou seus remédios e o pessoal começou a bater papo. Moonie e Ginger foram trocar idéias com os Rolling Stones e cheguei até brincar dizendo as possibilidades dos Stones fazerem desta festa uma confusão danada. Coisa que vi acontecendo. Ou melhor, quase acontecendo.
-- O que houve Ana? – Perguntei, pois Ana foi ao banheiro e voltou com cara de assustada.
-- Duas coisas: a primeira que um cara que nunca vi e bêbado me cantou e veio o Brian Jones me chamando de gostosa. Ox meteu um soco nele e ta lá deitado no sofá, desacordado e os Stones nem aí pra ele. E segundo vi Barbara beijando outro cara.
-- E quem era?
-- Jeff Beck.
-- O meu ex-namorado? – Reconheci a voz atrás de mim. Era Louise McGold, minha prima.
-- Louise! Quanto tempo! – Abracei.
-- Quanto tempo, querida Fefe. Escuta, eu escutei mal ou ouvi sua amiga dizer que viu no banheiro Jeff Beck sendo beijado por outra mulher?
-- É verdade. Escutou bem. – Respondeu Ana, dando certeza de sua afirmação. Fiquei furiosa. Quer dizer, Pete namora uma garota que o trai em plena festa e no banheiro.
-- Eu não to nem ai pra ele, mas fico preocupada. – Falava Louise um pouco distraída. – Ah trouxe uma amiga comigo. É a Odile Greyhound, irmã de Marie. Vocês a conhecem?
-- Mas é claro! Ela é minha colega de trabalho, Lulu!
Louise foi apresentada para todos, juntamente com Odile. Marie estava muito alegre por rever sua irmã.
-- Você viu a peça Cyrano de Bergerac, Marie?
-- Vi sim! Estava perfeita interpretando Roxanna.
-- Ora... – Odile representou ser bastante modesta, ao contrário de Lulu, que ama admitir que tem talento mas com moderação. – Isso não é nada, comparado com a Louise, que interpretou Cyrano. Uma atriz que se vestiu de homem.
Acabamos rindo juntas e no meio da conversa Nora me aparece com Moonie e uma garota de estatura mediana, cabelos pretos e meio curtos e usava um vestido discreto.
-- Ah, Fefe. Esta é Evanna. Ela nos procurou na época da sua viagem. Ela quer muito falar com você.
-- Ok. Brian, me dá licença?
-- Ok, surfer girl. Mas volta logo!
Fomos para cozinha eu, Nora e Evanna. As três face a face. Por mais que meu julgamento fosse errado, às vezes acertava. Senti no fundo que Evanna não é como Barbara. Ela tinha um olhar de inocência.
-- Bem... – Falei enquanto me recostava na pia encarando as duas. – O que ela tem para me falar?
-- É sobre a Jenna. Ela é uma mentirosa! Engravidou do Jeff Beck e forjou um exame falso. Ela enganou Pete, você, sua amiga Nora e meus primos!
-- Primos? – Me surprendi. Quer dizer que Evanna é prima de Ray, Dave e... Jenna???
-- Isso. Sou prima de Ray e Dave. E infelizmente, da Jenna!
-- NORA! COMO PODE ME TRAZER MAIS UMA DOS DAVIES? NÃO QUERO SABER DESSA GENTE NA MINHA VIDA! – Gritei indignada com Nora.
-- Fefe, se acalma. – Falava minha amiga, super calma.
-- Não me peça para me acalmar!
-- Felicity – Agora era Evanna querendo falar comigo.
-- Não se dirija a mim, Davies. Já me basta o Dave e Jenna, agora você?! Agradeço pela revelação agora vou sair!
-- Você nem pergunta o motivo de estar te ajudando.
-- Será por causa do que ela causou em todos nós? Sabia que Nora está traumatizada com que aconteceu com Keith? Ray quase o matou e Dave tentou erguer a mão contra mim se não fosse o Pete para me salvar.
-- Pete? – Ao repetir esse nome, Evanna ficou sensibilizada e diferente. Quase triste. – Pete foi meu namorado até a Jenna roubar de mim.
Mais uma vez me senti completamente apatetada pelas revelações. Não sabia se ficava com mais raiva de Evanna ou acreditava?
Ela continuou a contar sobre a prima chata, que tirou fotos de Townshend abraçado com uma garota chamada Annie Collins, que foi uma ex-namorada dele antes do Who. Evie acreditou ser traição e terminou com ele, dando espaço para Jenna agir.
-- Eu peço desculpas, Evanna. Juro que não sabia disso.
-- Oh tudo bem. Só quero que saiba disso. Se acredita ainda no amor por Pete, lute por ele.
-- E quanto a você?
-- Estou feliz ao lado do Art. Ele é o príncipe que tanto procurei. Amei o Pete, não tenha dúvida, mas torço por ele e você.
Era raro ouvir esse tipo de coisa. Não pensei que uma rival pudesse me dizer que torce por mim. Nora me abraçou e também deixa claro que concorda sobre isso e depois ela se retira, para junto de Keith.  
Fiquei na cozinha por um bom tempo. Bebi um pouco de vinho e tive vontade de chorar. Passei outra vez me questionando se fiz certo deixar Pete, não ouvir a história completa e voltar para ele.  Perdida em meus devaneios, ouço passos e vejo Pete entrar na cozinha, querendo pegar algo para beber.
-- Oi. – Cumprimentou ele, serio.
-- Olá!
Ele serviu um pouco de uísque com gelo e me viu bebendo na porta que dá acesso a lavanderia semi abandonada. Se aproximou de mim e começou a falar.
-- Então, Brian Wilson é seu novo namorado?
-- É sim.
Ficamos em silencio e ainda bebendo. As lagrimas teimavam em cair e comecei a fungar o nariz, numa tentiva em vão de disfarçar meus sentimentos. Naquele silencio conseguia ouvir meus batimentos cardíacos. Eram os mesmos desde a primeira vez que vi Pete Townshend de toalha no estúdio Grahamshire. O deus britânico de olhos de diamante azul.  Também a sensação de já ter conhecido há muitos anos atrás.  Como se eu e ele já havíamos nos visto em outro século.  Talvez na Era medieval...
--- Ainda te amo, Fefe. – Ele sussurrou no meu ouvido. E sem que eu percebesse para me desviar, ele tocou meu rosto de leve e me beijou.
Um beijo que vale mil palavras, uma sensação boa e prazerosa. Porém, lembrei que ele está com outra e e eu com Brian. Oh meu deus, mal voltei para Inglaterra e já trai Brian?
-- NÃO! – Me afastei rápido de Pete, embora quisesse mais daquele beijo. – Eu amo Brian Wilson, não você!
-- Fefe..
-- Você tem a Barbara. Me deixa em paz para sempre, Pete Townshend! –- E sai dali rápido e fui pro banheiro lavar meu rosto quase  inchado pelo choro e tentar me acalmar de vez para Brian não saber.
Tenho muitas dúvidas e não sei mais o que fazer...

Continua...

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Love Sell Out (Capítulo extra)

Olá!
Hoje venho com mais um capítulo de Love Sell Out. Ela caminha para reta final, gente! Mais um capítulo escrito por mim, só que, é diferente dos outros. O capítulo 18.5 é na verdade os pontos de vista dos ex-namorados de Felicity. Aí que veremos os motivos que levaram ao fim dos romances da fotógrafa e o inicio de outra festa de arromba: a festa dos bateras e aguardem, uma nova treta monumental (talvez mais brutal que a de Ray Davies e Keith Moon) está pra vir! Boa leitura!



Capítulo 18.5: Longe e perto

Brian Wilson POV
Finalmente eu a tenho perto de mim. Não totalmente, mas está aqui, hospedada na minha casa e me entrevistando. Felicity McGold é o que descrevo como um anjo caído na minha casa. Uma surfer girl de verdade.
Na época quando compus a música, pensei que existiria uma garota surfista apaixonada por seu compositor. Quando construímos a capa para Pet Sounds e a vi pela primeira vez, falei para meu irmão Dennis o seguinte.
-- Está vendo? Ela é a surfer girl que disse. Ela existe, meu irmão.
E agora esta aqui comigo. Ainda não tive chance de dizer meus sentimentos a ela. Mais cedo ou mais tarde logo direi. Contudo, ando notando que minha surfer girl está distraída, com cara de magoada e muitas vezes sendo pega chorando. Ela alega saudade de casa e dos amigos. Eu já penso outra coisa...
Outro dia cheguei em casa junto com Dennis, Carl e Al Jardine e vi Fefe chorando e sendo amparada por Mike Love.
-- Aconteceu algo, Mike? – Perguntei e vi os olhos de minha amada surfer tão vermelhos.
-- Nada não, Brian. Ela... só ta com saudade de casa. – Respondeu Mike, ainda consolando Fefe e com sorriso amarelo. Eu sabia que meu primo escondia algo.
-- Brian... – Falou Felicity com dificuldade de falar. – É saudade da Inglaterra. Eu vou dormir. Com licença.
Ela fechou a porta e ouvi mais um pouco do seu choro, misturado com músicas dos Everly Brothers.
Bati na porta e ela me recebeu.
-- Tem certeza que é só saudade de casa? – Estava muito curioso, é verdade.
-- Brian...
-- Por favor, me diga, surfer girl.
-- Surfer Girl? – Ela percebeu enfim o apelido que dei a ela.
-- A música eu compus para você e por incrível que pareça, ela existe. É você!
-- Mas, Brian... eu...
-- Eu te amo, Felicity McGold!
Depois que disse aquilo, tirei o disco dos Everly e coloquei o single de sucesso, Don’t Worry Baby. Dancei com ela e sussurrei aqueles trechos que fariam qualquer menina se apaixonar.
-- “Don’t Worry baby. Everything Will turn out alright. Don’t Worry Baby!”
Senti a pele arrepiada de Fefe e continuei minha declaração.
-- Você é a minha vida. Eu sabia que você existia, não era minha imaginação ou efeito dos remédios. É real!
Após essa música cantei Surfer Girl e confessei que a música foi feita para ela, o que é uma verdade incontestável. Fizemos amor depois que o toca-discos parou. No dia seguinte acordei sem a fotógrafa na minha cama e vi que o guarda roupas estava vazio. Não havia roupas mais e nem sinal dela. Me levantei e vi na sala, olhando para janela enquanto dizia.
-- Vou voltar para Inglaterra hoje!
-- Sabe que se fizer isso, vai sofrer.
-- Eu moro lá, Brian. Preciso voltar a trabalhar. Não nego que me diverti muito com você e os rapazes, adorei estar na praia mas, minha vida está lá.
-- E se eu for com você?
Pelo visto eu a deixei surpreendida.
-- Quero ir com você. Até por que não conheço a Inglaterra, a não ser o Mike quando foi naquela excursão indiana com os Beatles e o Maharishi.
-- Bem, se é isso que quer, então venha! É meu convidado!
-- E nós também vamos! – Disse Dennis, já com as malas prontas e Carl, Mike e Al no carro.
-- Eu irei com a Surfer Girl, vocês ficam! – Ordenei aos meus amigos.
-- Não deixaremos você solto num país desconhecido. Que mal há em todos nós? Vai ser divertido!
E assim iniciou minha jornada rumo ao Reino Unido e acompanhado de minha amada, que finalmente me aceitou. Eu a farei feliz, mais que qualquer outro cara.
-- Ah, só avisando, pessoal: não tem mar na Inglaterra.
Quando ela falou aquilo, percebi Carl e Dennis receosos, mas Mike e Al estavam tranqüilos. Se ao menos meus irmãos saíssem... o que não aconteceu.
-- Quer saber? Estou enjoado do mar. E você, Carl?
-- É... eu também.
E continuamos a viagem.


Eric Burdon POV
Estava na Califórnia e não consegui localizar mais Felicity. Depois do que aconteceu no avião, é natural que ela não queira saber de mim. Eu a amava, mas também amava muito a amiga dela, Nora Smith. Ainda lembro quando as conheci numa apresentação minha com os Animals e sua formação original e vi aquela linda garota de olhos azuis. Nora estava linda naquele dia. Contudo, ela estava com  George Harrison na época e isso me deixou mal. E depois vi Felicity num pub, bebendo um pouco e sentada sozinha. Era a oportunidade perfeita para me aproximar de Nora, mas acabei me apaixonando por ela também.  Primeiramente éramos amigos, depois foi o amor. Minha prova de amor foi uma máquina fotográfica nova para Fefe e desde então ela o utiliza nos seus trabalhos.
E a queda logo veio. Meus hábitos excêntricos mais a paixão ardente por Nora foram o suficiente para nosso amor acabar.  Até hoje  me culpo por amar essas duas e na época quando Fefe terminou com Dave Davies e partiu com Gordon, fui ameaçado pelo próprio.
Dias depois soube dela com Pete Townshend e novamente as coisas não deram certo. Ao que parece ele engravidou uma ex-namorada e a abandonou em favor da Fefe, e isso era inaceitável para ela.  Para tanto, o romance deles acabou e a encontrei de novo, indo para Califórnia.  O que poderia ter levado ela para outro lugar longe da Inglaterra?

Keith Richards POV
Ainda não acredito que Fefe tinha terminado com Townshend. Embora ficasse feliz por isso, no entanto eu fiquei terrivelmente magoado. Naquele dia quando entrei em conflito com ele e com Gordon, ela terminou com ele e senti em minha alma toda aquela decepção. Eu tive muita pena dela.
E pensar que namorei com ela unicamente para irritar Brian Jones, que também andava interessado nela. Antes que ele pudesse conquista - lá, fui mais rápido. Namoramos as escondidas da banda e na entrevista que a revista fez com nós, deu-se a descoberta. Brian veio com toda ira pra cima de mim e brigamos feio naquele dia, que marcou o fim do meu relacionamento. Fefe deixou bem claro: não queria saber de mim e muito menos de Brian Jones.
E agora ela fica e termina com Pete narigudo. Nunca irei me recuperar disso!

Gordon Waller POV
-- Vem pra cama, querido! – Dizia minha nova amante, Angela King que estava nua e se insinuando pra mim.
Eu estava na janela, apenas de camisa e cueca, procurando ignorar minha amante, só serviu apenas para aliviar minha solidão.
Ainda lembro quando conheci aquela mulher que sabe manejar uma câmera fotográfica como ninguém. Foi numa festa de aniversário, acho que foi do Paul McCartney quando encontrei Felicity conversando com John Lennon e Brian Epstein. Me encantei naquela beleza exótica. Ela era como uma princesa medieval que surgiu nas terras perdidas, servindo como salvação, uma obra divina.  Desde então procurei-a, conquistei por completo seu coração. Vivíamos felizes, em nosso relacionamento harmonioso. Lembro também do verão que passamos juntos em 1967 no Caribe e foi ali que surgiu a canção Summer Song, que hoje é conhecida mais por outra dupla pop, Chad & Jeremy.
Contudo eu fui um maldito tolo ao me deixar levar pelas mentiras de minha ex-namorada, Jenna Davies. Por conta disso, trai Fefe com uma modelo contratada por ela, uma sueca (que se revelou azeda) chamada Jane Anderssen.
Aqueles olhos....

FLASHBACK ON
-- GORDON!!!! – Me assustei com grito dela. Por um momento achei que estivesse em perigo, mas não. A culpa era minha.
-- Felicity... – Tentava explicar o ocorrido e ao mesmo tempo me livrava dos braços de Jane, que sorria naquela situação e pelo visto, não demonstrava sensibilidade pela Fefe. – Fefe meu amor... deixa eu explicar...
-- NÃO EXPLICA NADA! CACHORRO! FILHO DA PUTA! SAIA DAQUI, NÃO TE QUERO NUNCA MAIS, OUVIU? NUNCA MAIS!!!
-- Meu amor... por favor...
--- FORA DAQUI!!!!
Fefe estava devidamente furiosa comigo. Me expulsou jogando os materiais do estúdio em mim e pegou meu violão e surrou Jane, que ria maleficamente e ainda dizia coisas horríveis sobre ela, o que aumentou mais sua raiva!
Mais uma vez tentei voltar atrás para explicar e naquele momento percebi que Jenna mentiu. Fefe nunca me traiu com John Lennon! Ela nunca faria uma coisa dessas. Contudo, era tarde demais. Ela chorava muito e chegou a passar mal, sendo socorrida por Nora Smith e Peter Asher. Eu... poderia te-la matado.
 FLASHBACK OFF


Apesar de minhas inúteis tentativas de recuperá-la, não consegui. No entanto, confesso que fiquei sentido e ao mesmo tempo feliz ao ver que ela largou aquele narigudo do Pete Townshend. Ele não é o bastante para minha Fefe. E quando ela retornar de viagem, vou mostrar que mudei.
-- Amorzinho, vem pra cama, to entediada! – Gemia Angela, impaciente.
-- Já vou, querida! – Falei e ao mesmo tempo pensando numa forma de me separar da Angela, sem levantar suspeitas.

Dave Davies POV
-- Prometo que vai ser legal, Dave. Pare de se lamentar e vamos assistir essa peça. – Dizia meu amigo e companheiro de banda, Pete Quaife. Mais conhecidamente como “ o coala”.
Desde que meu namoro com Felicity terminou, vivia me lamentando e se culpando pelo que aconteceu. O mesmo vale para Ray, que pela primeira vez se sentiu um derrotado ao ver Nora Smith com Keith Moon.  No meu caso, agüentei vê-la com Townshend até certo ponto.
Ainda lembro da confusão que houve no aniversário de Nora, rendendo o fim do casal. Naquele dia tive ódio de Jenna e Ray a expulsou de nosso apartamento. E para piorar, descobri que foi a própria que arruinou Townshend com Evanna, minha outra prima. Eu deveria ter desconfiado já muito tempo.
A peça começou e não conseguia prestar a atenção pelas minhas divagações... até aquele momento quando a vi. Uma linda mulher de cabelos claros e olhos azuis. Ela possuía algo que me lembrava o País de Gales, me lembrava Fefe.  Talvez o modo como conduz o personagem com veracidade...
-- Com licença, o lugar está ocupado? – Perguntou um senhor que aparentava ter uns trinta e cinco anos.
-- Fica a vontade, senhor. – Falou Quaife, educado.
-- Muito obrigado! Eu cheguei atrasado por conta do vôo, agora finalmente posso ver Cyrano de Bergerac.
Acabei perguntando o nome daquele senhor de sotaque francês bem carregado.
-- Sou François Truffaut. E vocês são...
-- Dave Davies e meu amigo Pete Quaife. Somos o grupo Kinks.
-- Prazer em conhecê-los, jovens músicos! – Disse François com alegria. Era raro encontrar alguém que fique feliz em saber quem somos e não nos confundir com os Beatles.
Voltei à atenção pra peça e Quaife falou de uma festa que vai acontecer no sábado, de aniversário de dois bateristas, o próprio namorado da Nora, Keith Moon e Ginger Baker, baterista do Cream. Desta vez eu vou e para me desapegar de vez.


Pete Townshend POV
Eu peguei insônia. Me revirava na cama procurando uma forma de dormir ou sonhar mas nada veio, a não ser uma vontade imensa de escrever uma música. Olhei para o relógio e eram cinco horas da manhã. Me levantei da cama com cuidado para não acordar Barbara e peguei meu caderno e lápis e fui para sala. Peguei o violão e comecei a tirar umas notas baixas ao mesmo tempo em que lembrava que antes de Felicity e Evie, havia Annie. Uma menina que deixei para trás por conta da distancia.
Na época, ela namorava Bill e eu estava com a Barbara. Um dia fomos traídos pelos dois e na minha extrema depressão, fugi com Annie para praia. Eu vi o amanhecer no litoral britânico e extrai dele palavras que nunca expressei.
Agora outra vez me pego refletindo: eu fiz certo aceitar Barbara e renegar Felicity?
-- Não fez não!
Ouvi uma voz ecoando na mente. Pensei estar chapado ou era alucinação da insônia. Era real a imagem na minha frente. Do mestre Meher Baba.
-- Mestre... – Balbuciei, chocado.
-- Ela sente dúvidas... mas ainda te ama.
-- A quem se refere mestre? Felicity?
-- A mulher que luta e chora. Ela está voltando, meu filho.
-- Mestre...
-- Recupere-a, meu filho. Salve sua esposa...
As palavras do mestre tocaram meu coração. Ele sabia da existência de Felicity , o quanto é importante para mim. Mais uma vez vi o amanhecer. Peguei o caderno e o lápis e sai escrevendo.

You take away the breath I was keeping for sunrise
You appear and the morning looks drab in my eyes
And then again I'll turn down love
Having seen you again
Once more you'll disappear
My morning put to shame
You take away the breath I was keeping for sunrise
You appear and the morning looks drab in my eyes
And then again I'll turn down love
Having seen you again
Once more you'll disappear
My morning put to shame

A canção brotava cada vez mais na mente. Posso até ouvir.

Sometimes I fear that this will go on my life through
Each day I spend in an echoed vision of you
And then again I'll turn down love
Remembering your smile
My every day is spent
Thinking of you all the while
The times I've let myself down
My head's spinning 'round
My eyes see only you
The chances I've lost
Opportunities tossed
Away and into the blue
You take away the breath I was keeping for sunrise
You appear and the morning looks drab in my eyes
And then again I'll turn down love
Having seen you again
Then again you'll disappear
My morning put to shame

--Pete? O que está fazendo? – Perguntou Barbara, já fora da cama e caminhando até mim, só de lençol. Não me atrevi olhar pra ela e continuei tocando o violão.
-- Compondo nova música.
-- Posso ver? – Mesmo com a pergunta, Barbara tirou o caderno perto de mim. O que me irritava profundamente. Não suportava quando outras pessoas tiram minhas coisas de perto de mim.  – Ai é lindo. Escreveu para mim?
Na minha irritação, menti na maior cara de pau que era para ela. Na verdade é a minha prova de amor para Felicity.


***


Sábado chegou e junto com ele mais uma festa que reúne gente famosa e conhecida, toda nata underground de Londres. É chamado de “festa dos bateristas”, pois se comemorava os aniversários de Keith Moon e Ginger Baker. Ajudei as meninas prepararem todo o estúdio conseguido pelo chefe da Rolling Stone. Roger e John também colaboravam, juntamente com Eric Clapton e Jack Bruce.
Nesses dias andei conversando com Clapton, perguntei como andava as coisas com a banda e o relacionamento dele com a bela Rosie Donovan, que alias, é amiga de Fefe.  Para minha surpresa...
-- Eu terminei com ela, Pete. – Respondeu Eric, colocando os balões na parede.
-- Mas... como pode? Vocês dois pareciam tão felizes, apaixonados. Eu tive inveja de você, sabia?
-- Não é tão fácil compreender. Na festa de aniversário da Nora, eu conheci e fiquei amigo de uma modelo chamada Pattie Boyd. Desde então, ela não sai da cabeça mas ainda amo Rosie. Na verdade... eu amo as duas.
-- Impossível... – Falei baixo, entretanto, compreendi os sentimentos de Clapton.
-- E você, Pete, ainda tem esperanças com a Felicity?
-- Tenho muitas.
-- Se acredita que vai voltar pra ela, então larga essa daí que você está agora.
-- Acha que consigo largar a Barbara assim?
-- Da mesma forma que a aceitou de volta na sua vida, consegue muito bem tira-la.
Praticamente Clapton me motivou terminar com Barbara para poder reconquistar minha Fefe. Aos poucos os convidados foram chegando. Os primeiros foram os Hollies. Graham Nash mesmo fora da banda, aproveitou para cruzar na festa e se divertir. E pelo visto, os ex-companheiros de banda não tinham ressentimentos ou algo assim. Clapton encarou Nash com um olhar nada amistoso. Já saquei até o motivo disso.
Os Rolling Stones também marcaram presença. Keith Richards estava controlado, aparentemente não guardava raiva de mim. Os Beatles também apareceram. John Lennon levava Yoko Ono, sua namorada. George Harrison e Mary Anne McCartney (ela é a irmã do Paul, melhor amiga de minha ex, Evanna). Os cantores Simon & Garfunkel estavam lá e vi também Evanna aos beijos e carinho trocado com Art Garfunkel. Ao menos ela encontrou o amor em outro cara melhor do que eu.  Peter & Gordon bebiam discretamente. Embora ache desagradável a presença do “cosplay de beatle”, resolvi ignorar isso.
As meninas conversavam bem animadas. Nora e Marianne Jones (namorada de Ginger Baker) trocavam idéias de fantasias sexuais dos parceiros. Marie dava atenção para Roger e ainda falou que sua irmã, Odile, viria para diversão.  Anastacia e John conversavam com Rosie Donovan. Pela cara dela, vi que ainda sofria por Eric Clapton.
Barbara chegou perto de mim e fomos nos juntar a Roger e Marie, quando Rosie grita.
-- FELICITY!!!
Quase cuspi fora a cerveja e as meninas assustadas com grito acabaram vendo ela. Sim, é ela. Felicity McGold retornou. Estava mais linda e com os cabelos negros soltos e usando botas, uma legitima gata de botas.
-- Nora! Anastacia! Marie! Rosie e Mari! Eu voltei!!!! – Disse com alegria extrema.
Elas abraçaram em conjunto Fefe, que retribuiu na mesma intensidade.
-- Fefe... – Falava Nora com dificuldade. – Senti saudades! Poxa... deveria ter me falado sobre sua volta.
-- Sim, faríamos uma festa em sua homenagem. – Sibiliava Ana, também alegre pela volta de Fefe.
-- Eu sei, meninas. Peço desculpas. Agora quero que conheçam alguém.
-- Quem? – Perguntou todas, espantadas. E mais ainda quando o cara é na verdade Brian Wilson e os Beach Boys.
-- Meninas, estes são os Beach Boys.
Até aí nenhuma surpresa, pelo menos para mim. Contudo...
--... E Brian Wilson, meu namorado.
Aquilo não podia ser verdade. Hoje não é primeiro de abril. Aquela sensação estranha do seu coração ser dilacerado, voltou com tudo em mim.
-- Não... Fefe... – Sussurrei. Ignorei Barbara outra vez e nem a vi indo pro banheiro. O que via era minha amada sendo acariciada por aquele esquisito. E as meninas ficaram mais chocadas.
O que eu vou fazer?

Continua...