segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Brit Characters: Jenna Davies

Olá pessoal!

Devido ao cansaço do fim de semana, não consegui postar a terceira ficha do Brit Characters. E hoje vamos apresentar mais uma vilã das fanfics. Estamos falando de Jenna Davies, prima odiosa de Ray e Dave Davies e que nos capítulos anteriores de Love Sell Out, separou Pete Townshend e Felicity McGold. Agora fiquem com a ficha dessa vilã sem vergonha.





Nome Real: Mary Jenna Lucile Davies

Idade: 22 (em Love Sell Out)

Data: 4 de janeiro de 1945

Cidade natal: Londres

Cidade atual: Londres

Hobby: Construir álbuns de fotografias, fazer compras no Harrods, fazer caminhada.

Profissão: Fotógrafa do London Evening Standard e no The Mirror e colaboradora da revista Mojo.

Relacionamento(s):  Gordon Waller (1962 a 1965), Keith Richards (1965 a 1966), Pete Townshend (agosto de 1967 a setembro de 1967), Jeff Beck (outubro de 1967 a novembro de 1967), Christopher Romanov (dezembro de 1967 a 1969).

Características: Imprevisível é uma das características marcantes de Jenna Davies. Na faculdade, Jenna foi colega de Felciity McGold e Nora Smith e vivia competindo pela melhor nota da classe, por isso a rivalidade e ódio que possui pelas duas e isso aumentou mais quando soube dos relacionamentos de seus primos com as duas meninas. Jenna sempre fez de tudo para as pessoas terem inveja de sua fama e constantemente gosta de provocar seus inimigos, como aconteceu com Felicity no estúdio fotográfico e fala mal das pessoas.

Medo: Perder tudo

Do que mais gosta: Humilhar seus inimigos e jogar intrigas

Do que menos gosta: Perder uma briga

domingo, 26 de janeiro de 2014

Brit Characters: Brandon McGold

Continuando o ciclo inspirador de escrita, mais um personagem ganha ficha em Brit Characters e é mais um McGold. Brandon, irmão mais novo de Fefe e Jon, mostrará a vocês sua ficha técnica. Na versão criança é o ator de Game of Thrones Isaac Hempstead Wright, versão adulta é o Matthew MacFadyen do filme Orgulho e Preconceito e a versão idosa é o Hugh Grant. Confiram!






Nome Real: Brandon Victor McGold

Idade: 12 anos (em Love Sell Out)

Data: 01 de dezembro de 1955

Cidade natal: Newport, País de Gales

Cidade atual: Liverpool

Hobby: Ler histórias em quadrinhos da Marvel Comics, colar figurinhas nos álbuns e andar de bicicleta.

Profissão: Jogador de futebol pelo Liverpool (atacante).

Relacionamento(s): Jane Romanov(1972 a 1973), Paloma Griffiths (1974- 75), Belle Blue (1976), Stevie Nicks (1977) Angie Smith (1979 em diante)

Características: Brandon é o filho mais novo e do casamento de Robert McGold e Sophie Chapelle, portanto, filho biológico do casal. É esportista e ama jogar futebol, sonhando com dia que poder ser contratado por um time grande e ser campeão. Admira muito seu pai e ama seus irmãos, sobretudo Felicity, por quem desenvolveu cumplicidade fraterna. Também toca guitarra como a irmã e o pai e é fã do guitarrista Pete Townshend.

Medo: Aranhas e claustrofobia

Do que mais gosta: Jogar futebol, participar de torneios e tocar guitarra.

Do que menos gosta: De pessoas que falem e fazem mal sua família.

Brit Characters: Jon McGold

Olá!
Mais uma vez uma ficha no Brit Characters. Hoje vamos conhecer mais um membro da família McGold. Estamos falando de Jon, filho adolescente e... bastardo de Robert McGold e Sophie Chapelle. Por que? 
Leia e saiba sobre esse adorável meio irmão de Felicity. A versão adolescente é o Thomas Brodie Sangster, adulta é o Ashton Kutcher e o idoso é o Sam Elliott.





Nome Real: Jonathan Russel Lamarc McGold (registrado assim por Sophie e Serge Lamarc)

Idade: 15 (em Love Sell Out)

Data: 18 de maio de 1952

Cidade natal: Londres

Cidade atual: Liverpool

Profissão: Estudante e fotógrafo

Hobby: Jogar cricket com Brandon, seu irmão mais novo, jogar Sudoku e pinball e estudar.

Relacionamento(s):  Judy Saunders (1967 a 1968) e Natalie Knightley (1970), Brenda Fisher (1973), threesome com Marie Greyhound e Uli Hoeneß (1973, 1977 a 2015), Condessa de Turim Melissa de Angelis(1974 a 1976), Eva Müller (2016 em diante).

Características: Ao contrário do que todos veem, Jon não é filho legitimo de Robert McGold. Ele é fruto da traição de Sophie Chapelle com amante dinamarques Serge Lamarc. Apesar disso, Robert continuou amando-o como se fosse seu filho, jamais faltando atenção e carinho ao menino. Quanto a Jon, após descobrir isso aos 12 anos, passou a ter um desprezo pela mãe por causa do abandono. Mesmo com essas diversidades da vida, o menino é alegre, sempre protegendo e ajudando seu irmão caçula Brandon e nutrindo um carinho especial pela meia irmã mais velha, Felicity, a quem tem sido sua motivação em seguir a carreira de fotógrafo. Atualmente ele é casado com Eva Müller, filha mais nova de Gerd Müller.

Medo: Hospital

Do que mais gosta: fotografar e paquerar as colegas da sala de aula.

Do que menos gosta: Ser chamado de "adotado" ou "bastardo".

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Brit Characters: Odile Greyhound

Olá!
Em menos de 24 horas, vemos ver outra ficha técnica e é de Odile, a irmã da meiga Marie de Pictures of Lily. Em breve ela ganhará participações especiais, inclusive protagonizará junto com Louise uma aventura na Fórmula 1. Confiram!





Nome real: Odile Clarie Villeneuve Greyhound

Idade: 19 em Pictures of Lily (22 na fanfic No Limite da Paixão)

Data de nascimento: 8 de maio de 1948

Cidade natal: Paris, França

Cidade atual: Paris, França

Profissão: Atriz, roteirista e cineasta.

Hobby: Pintar e correr com o carro.

Relacionamento(s): Roger Waters (1968 a 1971), Niki Lauda (Temporada de Fórmula 1 1971 a 1973), Franz Beckenbauer (agosto de 1973 a 1977), Carl Wilson (1977 a 1978), Paul Simon (1979 a 1981), François Truffaut (1982 a 1984), Michael McGold (1985 em diante).

Características: Odile não é tão metódica quanto sua irmã, Marie, contudo, possui a vontade de viver sua vida o mais intenso possível e por conta disso, decidiu ser atriz. Está sempre buscando coisas e experiências novas e adora se aventurar no mundo das corridas. Desenvolve uma incrível amizade com Louise McGold, de quem se torna sua melhor amiga e companheira para as mais loucas aventuras.

Medo: Depressão e esquizofrenia.

Do que mais gosta: Aventuras inusitadas

Do que menos gosta: Pessoas que ficam tomando conta da vida dela. 




Brit Characters: Lily Campbell

Olá pessoas!
Hoje mais uma vilã é apresentada, ou melhor ela é uma anti-heroina. Estamos falando de Lily, a fotógrafa que está com Roger Daltrey e namorou Jack Bruce em Pictures of Lily e Inverno de Amor. Confiram!


Nome Real: Lilian Claire Campbell

Idade: 24

Data: 06 de janeiro de 1943

Cidade Natal: Dublin, Irlanda

Cidade Atual: Londres

Profissão: Fotógrafa da Revista Mojo

Hobby: Escrever poesia, ler e descobrir coisas novas na cidade onde vive, ex: bares, museus e restaurantes. 

Relacionamento(s):  Edmundo Richardson (seu professor da faculdade de literatura inglesa de 1962 - 1963), Jack Bruce (1964 a 1967), Roger Daltrey (verão de 1967 a janeiro de 1968), Jack Bruce (1968 em diante).

Características: Lily é inquieta e está sempre a procura de fatos e notícias novas, virou fotógrafa justamente por isso. É estressada e perde sempre a cabeça por qualquer coisa. Ela é uma anti-heroína. Já ganhou prêmio de jovem fotógrafa por ter tirado uma foto de Jack Bruce na época do Graham Bond Organization.

Medo: Do escuro

Do que mais gosta: Passear com seu amor e tomar chuva.

Do que menos gosta: Perder seu amor.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Love Sell Out (17º Capítulo)

Olá pessoal!
Mais um capítulo de Love Sell Out. Fefe vai para Califórnia, Pete desamparado e uma nova vilã vai surgir mas essa última fica pro próximo capítulo! Boa leitura!


Capitulo 17: Rumo à Califórnia


Nora POV

Felicity dava pulo de alegria que iria para os EUA entrevistar aquele esquisito dos Beach Boys, que não era um cara feio, mas esquizofrênico e aquilo me deixava assustada. Deixar minha amiga, assim nas mãos de um maluco em nome do jornalismo me apavorava!

--Fefe,a gente tem que conversar! - Disse eu.

--O que foi Nora?Se vai falar do Pete, eu...-- Respondeu Felicity rispidamente.
--Não é sobre isso! -- Respondi, mas eu tinha certeza que deveria falar com ela sobre isso -- É sobre essa sua viagem repentina. E- eu estou insegura sobre essa sua viagem!

--Insegura? --Perguntou Felicity.

--Sei que somos jornalistas e fizemos aquele juramento maluco na faculdade de que faríamos tudo em nome de boa matéria para o público, mas não acha arriscado?

--Arriscado? Por quê? -- Perguntou Felicity arrumando sua câmera -- Quando você foi à Itália entrevistar o Mick Jagger naquela sombra e água fresca eu não fiquei tanto assim, só com um pouco de medo que o Mick te fizesse algo de ruim!

--Ele nem seria capaz! -- Respondi -- Mas escute Fefe, tenho medo que o Brian faça algo com você. Você sabe, ele está maluco e alguém como ele perto de você não dá muito certo.Lembra daquele cara da faculdade,aquele que era gamado em você,o Terry,que teve um ataque de pânico e você mandou ele calar a boca?Então será que não será igual?

--Você sabe que sou um imã pra malucos! -- Respondeu Felicity rindo -- Mas fique tranquila amiga, vai dar tudo certo!

Sorri e tentei engolir aquilo. Mas por dentro nós duas sabíamos que tinha um grande risco de dar errado.
Depois que conversei com Felicity sai para almoçar e cumprir uma promessa que tinha feito no meu aniversário, levar alguns doces e alguns pedaços de bolo para o Pink Floyd.

Quando eu cheguei ao Abbey Road, cruzei com  George Martin, o produtor dos Beatles, um grande amigo que fiz nos tempos que eu namorava o George e depois,segui até o último estúdio, o menor de todos,e encontrei Roger Waters tocando violão,ao lado de Ricky Wright e Syd Barret, enquanto Nick Mason tirava um pequeno cochilo perto da parede.

--Musa de Gallifrey! -- Gritou Syd ao me ver -- Você veio!

--Eu prometi e cá eu estou aqui! -- Respondi sorrindo. Abri os abraços e Syd me abraçou. -- Ah tenho uma coisa para vocês quatros!

--Oba! Quitutes a vista! -- Disse Roger -- Oh obrigado mesmo Nora!

--Obrigado! -- Agradeceram todos em coro, até Nick foi acordado para agradecer o pedaço de bolo.

Depois conversamos sobre os novos planos deles para aquele ano e para o próximo, até que Roger virou e me disse:

--Nora, compomos uma música sobre você!

--C-como assim?

--Depois do seu aniversário, eu voltei de Gallifrey e escrevi uma música, só que eu mudei o nome dela pra caso do Moon querer me matar - Respondeu Syd comendo o bolo - se chama See Emily Play!

--See Emily Play? Mas meu nome é Eleanora. -- Respondi

--Sim nós sabemos -- Respondeu Roger -- Você sabe, Eleanora, Emily é quase parecido.

Emily tries but misunderstands
She's often inclined to borrow somebody's dreams till tomorrow

There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for may
See Emily play

Soon after dark Emily cries
Gazing through trees in sorrow, hardly a sound till tomorrow

There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for may
See Emily play

Put on a gown that touches the ground
Float on a river for ever and ever
Emily, Emily

There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for may
See Emily play

--Ah eu amei! Ficou perfeita!!!!Quem escreveu?-- Respondi segurando as mãos de Roger, fazendo com que ele ficasse vermelho.

--Fui eu, Musa! -- Respondeu Syd.

--Então você merece um beijinho! -- Respondi me levantando e indo até o Syd e dando um pequeno beijo em sua testa, deixando meu batom vermelho marcado lá.

-- Obrigado Nora -- Respondeu Syd quase chorando -- Obrigado mesmo!

-- Olha, você falou o nome dela! -- Disse Ricky.

-- Eu sei o nome dela seu idiota! -- Respondeu Syd.

E todos nós rimos. E continuamos a conversar, comentei sobre Felicity ir para os estados unidos,o que deixou Ricky um pouco triste e quando já estava pra ir,Syd segurou a minha mão e disse:

--Prometa Musa, que até o fim da minha vida você vi vir me ver no seu aniversário!E me trazer bolo,sempre! -- Pediu ele.

E com os olhos cheios de lágrimas eu respondi:

--Eu prometo Syd.

***


Eram 20h30 da noite. Estava esparramada no sofá, assistindo à reprise de Doctor Who, já que no sábado não pude assistir,já que sai com Keith.Godard dormia perto de mim e eu comia o último pedaço do meu bolo de aniversário.

A campainha tocou, deixei o bolo em cima da mesinha de centro e fui atender, olhei pelo olha mágico da porta e era Felicity.

--Oi amiga! – Cumprimentou Felicity gritando e me abraçando. –- Já que embarco amanhã, resolvi vir assistir Doctor Who pela última vez com você.

-- Última vez? – Perguntei um pouco triste – Parece que nunca mais iremos ver Doctor Who juntas.

--Prometo que quando voltar, a primeira coisa que vamos fazer é ver Doctor Who.
Assistimos a aquele episódio em silêncio, tirando o ronronar de Godard no meu colo.Ofereci à ela um pedaço do bolo, mas ela recusou.

-- É esse episódio foi bem legal não acha? – Perguntou ela.

--Com certeza – Respondi.

--Você vai amanhã me levar no aeroporto não vai?

--Mas você já vai embarcar amanhã? – Aquela pergunta me pegou de surpresa.
-- Sim, tenho que estar na Califórnia até amanhã à noite – Respondeu ela dando os ombros.

--Não tem medo de tornados ou tufões? – Perguntei – Você sabe que não irá pra Oz se o tornado te pegar não sabe?

--Nora! Calma! Ninguém vai morrer, ninguém vai pra Oz. Não tem tornado. Fica calma! -- Respondeu ela, segurando a minha mão.

Abraçamos-nos e começamos a chorar. E depois vi que Keith chegou.
--Alô Boneca e... -- Ele parou e eu estendi minha mão para ele e ele também me abraçou.

--Porque estão chorando? -- Perguntou ele.

--Por nada -- Respondi.

--Até amanhã então, as 9h00 na minha casa tudo bem? - Perguntou ela.

--Tudo bem -- Respondi.

Ela se despediu e eu comecei a parar de chorar.
--Por que esta chorando? -- Perguntou Keith -- Foi por causa do Ray? Charlie Watts? Quem foi?

--Fefe embarca amanhã pra Califórnia -- Respondi para ele.

--Não chore, por favor! Você sabe que eu odeio te ver chorando! -- Disse ele, limpando minhas lágrimas -- Não chore por sua amiga! Ela volta.

--Sim, mas tenho medo que aconteça alguma coisa! 
Nesse momento Godard se enroscado na minha perna, peguei-o no colo e Keith passou a mão em sua cabeça.

-Ele esta gordo. -- Disse ele -- Você da comida demais pra ele!

--Ei, não fale assim do meu gato! -- Respondi rindo -- Aliás, o que deixa ele gordo é esse pêlo!

-- Nosso gato você quis dizer -- Disse ele com um sorriso insano de tirar o ar. Godard pulou dos meus braços em direção ao chão e Keith me puxou para um beijo quente e fomos para o quarto fazer um pouco de amor.
Mas não conseguimos. Estava quente demais para tentar algo.

--Desisto! -- Disse ele -- Está muito calor, pelo amor de Deus!
E ele estava certo. Meu quarto parecia uma fornalha de tão quente que estava e meu pequeno ventilador velho que minha mãe tinha me dado não estava dando conta do recado.
--Vou tomar um banho -- Disse eu.

--E eu vou pegar algo pra beber -- Respondeu ele -- Ainda tem cerveja?

--Acho que sobraram umas do meu aniversário -- Respondi, pegando uma toalha.

Fui para o banheiro e tomei um banho. Durante ele, Moonie gritou algo sobre alguém estava me ligando, primeiro achei que era Felicity decidindo que iria fazer aquela entrevista aqui, pelo telefone; segundo achei que fosse Marie ou Anastacia; terceiro poderia ser meus pais peguntando se eu havia me alimentado. Logo que eu sai, Moonie me contou que era meu pai, perguntando se mais alguém teve o coração partido por conta de algum amor. Ri e fui me deitar,e acabei dormindo de imediato.

--AHHHHHHHHHHHHHHH -- Acordei com um sobressalto com o grito vindo da sala, achei que tinha acontecido alguma coisa com Keith, me levantei da cama e peguei a vassoura que tinha deixado no quarto e fui em direção a sala e quando vi eram só Marie e Anastacia tampando os olhos uma da outra e Keith, de cueca. 

--Eu só abri a porta e elas gritaram! Nem teve tempo de um bom dia! -- Respondeu Keith um pouco sem graça -- Calma vou logo vestir uma calça ou uma bermuda!

--Ou um shorts!! -- Respondeu Anastacia rindo e tirando a mão de Marie de seus olhos -- Bom dia a vocês dois!

--Bom dia -- Respondi -- Parece que nunca viram os namorados de cueca!

-- É claro que já vimos -- Respondeu Marie -- Mas eles não atendem a porta só de cueca!

--Marie minha linda por que você esta brigando comigo se você namorou o Gainsbourg e ele escrevia músicas um pouco tensas sobre você? -- Disse Keith fazendo Ana rir mais ainda.

--Keith!Isso é um caso a parte!! -- Respondeu Marie um pouco envergonhada.

--É verdade! Se bem que o John também gosta de andar de cueca em casa,mas eu não ligo - disse Anastacia -- Mas enfim,estamos atrasadas!

--Atrasadas? -- Perguntei.

-- Sim, já são 8h30 da manhã -- Respondeu Anastacia -- Fefe vai tomar o vôo dela daqui a pouco!Nós temos que ir!

--Sim, mas primeiro tenho que me arrumar e tomar um pouco de café -- Respondi --Ainda estou de camisola!

--Então rápido, menina! E já compramos o seu café da manhã! -- Respondeu Marie.

--É porque a Marie não tomou e nem deixou eu tomar também! -- Disse Anastacia.

Tomei um banho rápido, vesti um vestido florido que tinha ganhado de alguém no meu aniversário e beijei Keith, falei pra ele ir se vestir e depois me despedi dele.
Marie estava com o Mini Cooper de Roger, entramos nele e eu Anastacia fomos tomando um copo de café e comendo um pedaço de pão. Quando chegamos à casa de Felicity, ela já nos esperava na porta do prédio onde morava.

--Eu falei nove horas e são nove e dois! -- Disse Felicity brava.

--Fille Calme! -- Disse Marie em francês -- Calma ok?

--Bom dia! -- Disse Anastacia -- Por isso o Pete te ama! Por ser tão a cara dele!Fala como ele às vezes! Ao o amor!

Felicity entrou no carro em silêncio, no banco de trás, ao meu lado, me cumprimentei-a e depois seguimos em silêncio até o aeroporto. Fomos todas juntas até onde faz o checkin e depois acompanhamos ela até o portão de embarque.

--É isso! -- Respondeu Felicity -- Chegou a hora de dizer até mais!

E todas nós começamos a chorar. Nos abraçamos como fizemos no meu aniversário e os outros passageiros ficaram assustado.
Anastacia entregou uma pequena sacola, e disse que ela iria amar o presente. Era um livro, todas nós sabiamos, Ana sempre dá livros de presente para as pessoas. John achou estranho quando ela deu um livro de presente para ele.
Marie deu outra sacola, disse que era filmes fotográficos para ela fotografar bem os Beach Boys.

--Eu não tenho presentes -- Falei ainda soluçando -- Mas posso te dar um abraço de despedida!

--Isso é sempre bem vindo!-- Respondeu Felicity.
Abraçamos-nos ainda chorando, quando o vôo dela foi anunciado.

-Ah, por favor, peça pros Beach Boys autografarem um disco deles para o Moonie! - pedi -- Ele é muito fã deles!

--Claro! -- Ela respondeu -- Tenho que ir, beijos garotas, eu escrevo!
Ela acenou para nós e subiu pelas escadas rolantes e desapareceu na multidão.

--Olá Angel! -- Disse uma voz conhecida. Era Eric Burdon.
Ele beijou minha mão e disse:
--Vai viajar também?

--Não, quem vai é a Fefe.

--Ah pra onde ela esta indo? -- Perguntou ele.

--Nova York pra fazer conexão pra Califórnia.

--Ah eu também!!!

O vôo dele foi chamado, que era o mesmo de Felicity e ele beijou minha bochecha.

--Nos vemos depois meu amor! Até logo!

--Tchau.
Eu e as meninas ficamos pasmas, o que será que ele ia aprontar?


Continua...



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

I Can See For Miles (Side Story)

Olá leitores!
Para dar início aos meus projetos, posto uma fic chamada I Can See For Miles. Anteriormente chamada de The Warrior and The Princess, se passa nos eventos de pós guerra da fic Sun King, escrita pela blogueira Mariana Greyjoy. Em breve vou construir a capa e para se ter uma ideia, os protagonistas são Pete Townshend e Felicity McGold. Boa leitura!


I Can See For Miles__ Maya Amamiya

Aquele céu azul lembrava os olhos. Os olhos dele. Ela caminhava pelos jardins de Golden Gate a principio sem rumo sem um objetivo. A lembrança da temível guerra dos reinos, que tirou vidas importantes, ao mesmo tempo selou acordos de paz, mesmo que seja apenas temporário ou permanente.
Ela não fazia jus ao seu nome. Felicity de felicidade. Ela não estava feliz.  Voltou para o castelo e foi-se ao seu quarto, o único lugar para seu refúgio espiritual. Sentada na cama, ela retorna as cenas mais marcantes de sua vida. Antes da grande guerra, houve um fato um tanto interessante...

Flashback ON
O Baile Chegada do Verão celebrava a vinda da estação do ano em Golden Gate e reunia todas as famílias do Sul e de outros reinos. O Norte, embora sendo inimigos, por causa do tratado de paz, vieram para as festas.  Naquele dia, o rei Eddard comemorava o noivado de sua filha, Eleonora com Raymond, filho do conselheiro do rei. Todos ergueram suas taças e brindaram esse anúncio.
Nora ficou perto de sua amiga, tão alegre.
-- Próximo baile será seu noivado com Dave! – Dizia ela cheia de alegria.
-- Mal posso esperar pra poder me casar com ele. Embora isso significa que terei de largar minhas práticas de luta com meu irmão.
-- Mas o Dave pode te ensinar. Afinal, ele é um príncipe.
-- Dave não me quer como mulher- cavaleiro e sim uma esposa, uma rainha.
Enquanto o povo dançava embalado pela doce música, surgem na entrada 4 cavalheiros bem vestidos, que fizeram os músicos pararem de tocar e os convidados para poder mirar nos novos visitantes. O anfitrião foi recebê-los.
-- Bem vindos ao Baile Chegada do Verão, em Golden Gate, lordes do Forte!
Os quatro rapazes caminharam entre a multidão que formou um pequeno túnel de entrada para eles.  As mulheres cochichavam sobre eles. Nora e Felicity  não foram exceção.
-- Olha eles, Fefe! Que maravilhosos  são!
-- E tão... Perfeitos!
O mais alto deles, um jovem de cabelos curtos, olhos azuis tinha o semblante mais fechado, ao contrario dos seus companheiros que possuíam sorrisos e a lucidez de alegria do baile.
George Smith, o irmão de Nora, apareceu diante delas, impedindo-as de continuar vê-los. 
-- Já se esqueceram de seus noivos? – George embora sendo bondoso, era na maior parte das vezes petulante demais, principalmente para as duas meninas.
-- Olhar para outras pessoas não tira pedaço, George! Agora saia da frente! – Pedia Nora, empurrando de leve seu irmão, que estava um pouco incrédulo naquela situação, mas não podia fazer nada.
Nora parecia se divertir mais com a aparência do mais baixo dos homens presentes. E Felicity não parava de encarar o mais alto. O que mais chamava atenção dele, para os convidados era o tamanho demasiado de seu nariz, o que para ela não era problema.
Os outros dois estavam devidamente acompanhados por suas esposas, o que desagradou um pouco as jovens princesas solteiras.
Felicity logo foi interrompida por sua mãe, a Rainha Sophie.
-- A próxima dança logo começará. Vá dançar com Dave. – Falava a rainha, sempre suavemente.
-- Sim...—Enquanto Felicity saia de sua posição para se encontrar com Dave, sua mãe outra vez a interrompe e desta vez é para ouvir o que o cavalheiro que Felicity tanto olhava estava dizendo. Ele conversava com Sor Roger Daltrey, jovem rei da torre Poleiro do Grifo.
--... Se você visse todas minuciosamente, talvez uma delas fosse sua futura esposa. O que acha, Sor Pete? Eu percebi que uma delas não parava de olhar-te. E pelo visto vossa graça também não desviava o olhar para ela.
-- Certamente vi que uma das adoráveis damas não fazia questão de parar de me ver. Contudo, perfeitamente tolerável, infelizmente não o bastante para atrair-me.
Aquilo foi o suficiente para Felicity julgar que aquele homem era tão... insuportável.

Flashback OFF

No quarto, ela medita sobre os últimos acontecimentos de sua vida, de quando num dia era a princesa da casa de Aquitanny, até o dia que decidiu virar cavaleiro. Sim, ela virou uma cavaleira!
Adquirira muitas alcunhas pelos soldados, entre eles “o exercito de uma mulher só”, “Jovem Joana D’Arc” e “Anjo da Morte”. Foi algoz de muitos inimigos.  Um dos adversários mais difíceis que ela já enfrentou foi sem dúvida o capitão de mercenários dinamarqueses, enviados pelo Rei Louco. Uma luta sangrenta custou-lhe sua vida.  E a do Lorde Townshend, de quem jurou servidão temporária.  No entanto, Felicity era dotada de uma força e capacidade fora do comum, que garantiu sua vitória contra os mercenários do Rei Louco.
Isso se deve ao fato que desde que nasceu o oráculo previu que ela teria força e coragem iguais de um guerreiro sob o brilho da estrela Ankaa , a estrela principal da constelação de Fênix e símbolo principal da família McGold.
Após uma época de batalhas, os reinos entram em harmonia. O Rei Louco, John Lennon, foi destronado e hoje George Harrison, capitão da guarda é que assumiu o Trono dos 4 Reinos.
Nora optou em ficar no Forte ao lado de Keith, lorde da Torre Lua Crescente. Já Townshend...

FLASHBACK ON
-- Fique aqui. – Disse Pete, segurando a mão de Felicity, que estava prestes a partir a cavalo para Golden Gate.
-- Minha missão terminou, lorde Townshend. Minha amiga quis permanecer no Forte e eu não posso insistir nisso.
-- E se sua missão não tiver terminado?
-- Como assim?
-- Case comigo, lady Felicity! – Ajoelhou Pete e com coração aberto, disposto a tudo para não perder a princesa.
Contudo, ao lembrar-se da traição do seu ex-noivo, Dave Davies e a tentativa deste de mandar seu Escudo Juramentado, Long John Baldry, de mata-lá, fez uma recusa.
-- Não! – Falou a princesa já montada no seu cavalo, o fiel Fênix. – Adeus, Pete!
E partiu rumo ao Sul, onde sua família a espera ansiosamente e com vontade de expulsar Victoria, a esposa traiçoeira de Arthur e fazê-la pagar pelo seu crime.
FLASHBACK OFF

-- Felicity! – Chamou sua mãe, rainha Sophie. – Está na hora de se vestir para o casamento.
-- Estou indo, mamãe.
As criadas prepararam o banho sagrado da princesa e após isso, teriam de vesti-la para o matrimonio dela. Ela já estava pronta quando a rainha-mãe entrou no quarto da filha, como sempre para pentear os cabelos desta.  Sophie fazia isso desde que sua filha era criança.
Começou a pentear o cabelo dela, antes curto pelo fato de ter cortado antes da viagem, agora voltando a crescer na mesma medida que possuía.
-- O que se passa nesta cabeça, minha filha? – Perguntou Sophie, penteando o cabelo de Feliciy.
-- Nada.
-- Ora, não acredito que seja isso. Vamos, seja honesta e me fale. Por acaso lembra da guerra?
-- Sim e dos mortos que vi...
-- Hum... E o que mais?
-- O rei louco e cruel que tirou a vida de um pai de família.
-- Felicity...
-- E do capitão dinamarquês que enfrentei... – Mostrou então sua cicatriz no braço direito, um corte profundo feito do machado do inimigo.  – Eu vi tudo, mãe!
-- Compreendo. – Disse Sophie suavemente e deixando o pente na mesa para contemplar a filha bem vestida no espelho.
-- Se Jon ou George fossem atrás de Nora no norte, será que voltariam?
-- Acho que não e nem Brandon se tivesse idade suficiente, voltaria vivo como você. De qualquer forma, já passou. Você voltou a ser princesa, largou essa vida de vassalo e agora vai se casar.
-- Gordon não é meu prometido.
-- Afinal de contas, queria o Dave, aquele traidor? Não... não pode ser aquele nortenho!
-- E se for o nortenho?
-- Sabe muito bem,  nós de Golden Gate só permitimos se forem prometidos, como aconteceu com você e Dave e...
-- Para de falar no Dave, mãe!—Reclamou a princesa, indignada por ainda lembrar dele. – Não entende,  ele me traiu, deixou claro que só me queria pelo reino e não por que me ama.
Sophie se sentiu arrependida e triste por mencionar isso.
-- Me desculpe, minha filha. – Disse e em seguida abraçando-a.
-- Vamos logo acabar com isso, mãe.
Todos os convidados presentes esperam pela entrada da noiva. O noivo, o novo capitão da Guarda Real, Gordon Waller, também ansiava pela noiva e ao mesmo lançava muitos olhares a prima da princesa, Lady Louise “Godiva” McGold.
O rei Eddard e a rainha Catelyn embora tenham dado permissão e organizado tudo, sentiam que o casamento seria um fracasso. Desde que Felicity retornou ao reino, era visível que ela vivia lembrando-se da guerra, dos acontecimentos e do lorde Townshend.
Enfim a porta da igreja Prateada se abriu. A entrada da noiva chama bastante atenção para os nobres. Os pais de Ray e Dave estavam ali presentes. Ray acompanhado de sua nova prometida, Lady Annabeth e Dave estava sozinho e olhando para a princesa, com misto de ira, arrependimento e pena. Seria ali seu destino?
Robert entrega a mão da filha para o cavaleiro e os dois ajoelham perante ao padre, que reza em latim.
-- In nómine Patris et Filii et Spíritus Sancii. Amen!
-- Amen!
De repente ouve-se um choro copioso de uma garota. Felicity virou-se e viu sua prima em prantos e depois mirou os olhos de Gordon e percebeu que este também chorava e com certeza não era da reza do padre.
Mais uma vez, ela se deu conta: não é seu destino casar com alguém cujo coração não é seu. Então tomou uma decisão. Tirou o véu que cobria sua cabeça, atirou o buque de flores para seu irmão Jon e por fim segurou as mãos de Gordon e falou suave.
-- Sor, não faça algo que não queira. Eu sei que não sou eu que sua alma deseja. E sim aquela jovem. – Apontou para a prima. – Siga seu coração e eu seguirei o meu!
Ao terminar a frase, ela dá um beijo na bochecha dele e corre para a porta.
-- Filha, o que vai fazer? – Perguntou Sophie apreensiva pela súbita decisão.
-- Aquilo que já deveria ter feito, ser uma rainha.  Jon, cadê o meu cavalo?
-- Bem aqui, irmã! – Respondeu Bran, montado em Fênix, o cavalo poderoso de Felicity e já descendo com a ajuda de Jon.
Quando já ia se preparar para montá-lo, seu pai a intervém, indignado.
-- O que pensa que está fazendo, ao deixar seu noivo? – Perguntou Robert, ficando na frente de sua filha.
-- Vou seguir minha vida, ouvir meu coração. E ele diz que Gordon não é quem eu amo.
-- E quem você ama, já que rejeitou todos os príncipes vindos de outros reinos?
Felicity ficou em silencio, indicando o que poderia ser a resposta mais obvia para ele.
-- O nortenho...
-- Me desculpe, pai.
-- Não imaginei que isso pudesse acontecer. Há muito tempo sabia disso, mas acreditava no dia iria esquecê-lo...
-- Não consigo, meu pai.
Os convidados saíram da igreja para ver o que vai ser resolvido e Sophie abraçava seus dois filhos, na esperança de ver o marido convencer a filha.
-- Bem... – Suspirou o conselheiro e mirando os olhos da filha. – Se é aquele cavaleiro de nariz grande o homem que tanto deseja, tem minha benção!
-- Obrigada, pai! – Abraçou intensamente o pai, correu em direção aos irmãos e para mãe, mesmo incrédula, acabou aceitando a decisão.
Felicity monta em seu cavalo e parte rumo ao norte com a voz do povo de Golden Gate desejando uma boa viagem.
-- Ela dará uma grande rainha. – Falou Sophie, olhando o cavalo sumindo na estrada.
-- Ainda acho que permanecerá como uma cavaleira.  – Respondeu Robert, rindo da possibilidade da filha manter seus hábitos de guerreiro.
O dia aparentava ser nublado no norte. Todos do Forte dos Quatro trabalhavam para reconstruir as torres e reagrupar as antigas e novas tropas para um futuro conflito entre os monarcas.  Seu retorno, embora favorável para manter a Torre Onda Netuniana em pé, fez com que o Forte se mantivesse. Se não fossem os outros três reis, Roger Daltrey, John Entwistle e Keith Moon – este último com casamento marcado com Lady Eleonora – nunca existiria um reino quádruplo do norte.
No entanto, o que mais afligia Pete era a imensa saudade da princesa Felicity. Desde a guerra os dois ficaram muito próximos. Os soldados achavam que aquela amizade era um tanto estranha, já que o rei parecia ter uma confiança quase cega pelo “cavaleiro”, sem saberem que na verdade era a princesa disfarçada de homem.
Além disso, houve momentos cômicos, como da vez que o Forte promoveu um jantar real. Os reis estavam devidamente acompanhados de Lady Marie (esposa de Roger), a sacerdotisa Anastácia (com John Entwistle) e Lady Nora de Golden Gate (ao lado de Keith Moon). Pete a principio não se importava em estar sozinho, contudo, as mulheres o convenceram a convidar Felicity.


FLASHBACK ON
-- Convide Lady Felicity, certamente ela ficaria muito contente. – Falou Marie, sempre demonstrando doçura.
-- Como vou convidá-la... daquela... maneira? – Perguntou Pete, enquanto afiava sua espada e referindo-se o fato de Fefe sempre recusar, alegando estar ocupada treinando sozinha ou recrutando mais soldados.
-- Lembre-se que ela é acima de tudo, uma princesa. Não é por que ela se veste como homem, luta como um homem e possui maneiras um pouco masculinas que ela não deixa de ser princesa.  – Sibilou Lady Nora, ajeitando as flores com Anastácia. – Acredite, minha amiga sabe ser uma princesa só que... na maior parte do tempo... ela gosta de lutar.
Convencido então pelas damas, Pete a convidou como um legitimo lorde.
-- Eu não tenho um vestido. Não trouxe comigo.
-- Não se preocupe, Lady Marie tem muitos vestidos e pode ceder um para você.
Naquela noite, todos dançaram antes do grande banquete. Pete dançara com muitas damas de outros reinos, na esperança de ver Felicity vestida e pronta, o que indicava que ela recusou mais vez pela longa ausência.  Porém, não foi o que ocorreu.  Na última dança, todos paravam para contemplar a nova convidada. Pete se impressionou e viu pela primeira vez, Lady Felicity, mais linda do que antes, mais do que no dia em que a viu no Baile Chegada do Verão em Golden Gate.
Durante a dança os dois manteram as mesmas conversas que tiveram no baile sulista.
-- Hoje está mais bonita. – Sussurrou Pete no ouvido dela.
-- Nunca me achou bonita, sor?
-- Você é bonita, mesmo vestida de homem, tem seus encantos.
Aqueles elogios ele sabia que de algum modo, mexeram com a princesa rebelde.

FLASHBACK OFF


Era uma lembrança muito bonita, porém havia outra. Quando a salvou da morte. Ela arriscou a própria vida para vencer a guerra contra o Rei Louco e principalmente, vencer o líder dos bárbaros dinamarqueses, homens de quase dois metros de altura e com a força de um elefante e mais brutais e sanguinários como um leão. Pete derrotou muitos batedores e soldados enquanto Fefe duelava com líder. Após a guerra, ela ficou gravemente ferida, dando como morta e com padre Arthur Brown dando a extrema unção. Como último recurso, a carregou rumo a praia para banhar seu corpo no mar, um ritual de cura, que os soldados feridos em combate costumam fazer. Apesar dos protestos dos reis e, sobretudo do padre, Pete ignorou tudo isso e fez o que achou ser o certo.  Um ato perfeito de salvação.
Saindo de seus devaneios ele ordenou que os guardas abrissem o portão para poder caminhar no campo. Na caminhada, avistou um cavaleiro chegando. Achando se tratar de um mensageiro ou visitante, Pete se afastou e percebeu que o cavaleiro passou a andar devagar e pelo visto, em sua direção.
Ao descer do cavalo, ele tirou o poncho que o cobria e imediatamente reconheceu a pessoa que mais desejava reencontrar.
Felicity seguiu a passos lentos, o bastante para alcançar Townshend. Finalmente os dois se encaravam, sem o menor dos estranhamentos que tiveram ao longo do tempo de convivência.
-- O que aconteceu no casamento? – Pete sabia que a jovem iria se casar com novo capitão da guarda.
-- O homem que realmente amo não era ele. Não estava em Golden Gate, sor.
Houve uma pausa para Pete e Felicity. Esta por sua vez seguiu mais uma vez.
-- Você é generoso demais para zombar de meus sentimentos. A sua conversa com meu pai na semana passada me deu leves esperanças.
-- Eu... – Disse o rei da torre Netuniana, abaixando a cabeça. – Fiz como disse, segui meu coração.
-- Também sigo meu coração. – Respondeu a princesa, dando mais um passo para perto de Townshend. – Se seus sentimentos são iguais aos que possuía um mês antes da guerra, diga-me!  Meu desejo e afeição não mudaram desde que voltei para o reino. Contudo... uma palavra sua me calaria para sempre.
Pete ainda a encarava surpreso pela declaração vinda da princesa.  O que impossibilitou de dizer algo.
-- Se, caso contrario, esses mesmos sentimentos mudaram... teria de dizer que me enfeitiçou totalmente meu coração e eu amo... incessantemente. E desejo do fundo do meu coração que não estejamos mais separados.
Pela primeira vez, Pete ouviu uma mulher se declarar tão honestamente para ele. Só não imaginava que Felicity, sempre com ares de orgulhosa, fosse capaz de tal ato.
-- Então... --- Disse ao tocar as mãos delicadas e macias da garota. – Suas mãos... estão frias.
Naquele momento os dois se abraçaram e trocaram o mais ardente beijo já trocado. Os guardas e arqueiros da torre viram tudo e aplaudiram a incrível cena. 
Meses depois...
O aguardado casamento duplo aconteceu.
-- SAUDAM TODOS, OS NOVOS GOVERNANTES! LORDE E LADY TOWNSHEND, DA TORRE NETUNIANA E LORDE E LADY MOON DA LUA CRESCENTE! – Saudou o padre Arthur Brown.
Todos saudaram seus novos governantes. Enfim o Forte dos Quatro fechava mais uma vez seu arco.
Pete carregou sua esposa até os aposentos e fechou a porta. Ali ninguém poderia interromper. Para ele, aquele momento onde teria sua esposa e compartilharia todos os momentos amorosos estará para se realizar. Felicity encarou seu marido sem medo e receios. Finalmente encontrou um homem que pudesse compreendê-la e jamais rejeitar seus modos.  Retirou aos poucos seu vestido de noiva até revelar seu corpo. Quando ao jovem rei, também se juntou a ela e a deitou delicadamente na cama.
-- Finalmente tenho você. – Disse Pete, abraçando sua amada e tocando os cabelos dela.
-- Depois de guerras e decepções... não quero te perder. Eu o amo!
Naquele momento, seus corpos se uniram no mais intenso laço do amor. O sentimento, antes reprimido pela guerra, agora explodiu por completo. Sabiam que jamais iriam se separar.
Alguns meses depois, Pete convocou seu exercito, pois os seguidores do Rei Louco ainda viviam e corriam riscos de haver uma nova rebelião entre os reinos. Sabendo disso, Felicity também foi para o campo de batalha não como Jon McGold, sua identidade clandestina e sim como Rainha Felicity da Torre Netuniana. Nunca um rei e uma rainha venceram uma guerra como aquela.



TEMPOS ATUAIS...

1967

-- Eu sou Peter, contudo o pessoal me chama de Pete. – Respondeu o guitarrista de olhos azuis, usando apenas uma toalha na cintura.
-- Sou Felicity. As meninas me chamam de Fefe, para ficar mais fácil de falar meu nome.
Os dois conversaram animadamente sobre suas vidas, esquecendo um pouco do trabalho de construção da capa do novo disco do The Who.  Pelo ponto de vista da fotógrafa, sentia que de alguma forma ela o conhecia além das revistas e música e preferia não ter de acabar com aquele momento mágico. E pelo olhos do guitarrista,  pensava o mesmo.




FIM