Olá leitores!
Para dar início aos meus projetos, posto uma fic chamada I Can See For Miles. Anteriormente chamada de The Warrior and The Princess, se passa nos eventos de pós guerra da fic Sun King, escrita pela blogueira Mariana Greyjoy. Em breve vou construir a capa e para se ter uma ideia, os protagonistas são Pete Townshend e Felicity McGold. Boa leitura!
I Can See For Miles__ Maya Amamiya
Aquele céu azul lembrava os olhos. Os
olhos dele. Ela caminhava pelos jardins de Golden Gate a principio sem rumo sem
um objetivo. A lembrança da temível guerra dos reinos, que tirou vidas
importantes, ao mesmo tempo selou acordos de paz, mesmo que seja apenas
temporário ou permanente.
Ela não fazia jus ao seu nome. Felicity
de felicidade. Ela não estava feliz.
Voltou para o castelo e foi-se ao seu quarto, o único lugar para seu
refúgio espiritual. Sentada na cama, ela retorna as cenas mais marcantes de sua
vida. Antes da grande guerra, houve um fato um tanto interessante...
Flashback ON
O Baile Chegada do Verão
celebrava a vinda da estação do ano em Golden Gate e reunia todas as famílias do Sul e
de outros reinos. O Norte, embora sendo inimigos, por causa do tratado de paz,
vieram para as festas. Naquele dia, o
rei Eddard comemorava o noivado de sua filha, Eleonora com Raymond, filho do
conselheiro do rei. Todos ergueram suas taças e brindaram esse anúncio.
Nora ficou perto de sua
amiga, tão alegre.
-- Próximo baile será seu
noivado com Dave! – Dizia ela cheia de alegria.
-- Mal posso esperar pra
poder me casar com ele. Embora isso significa que terei de largar minhas
práticas de luta com meu irmão.
-- Mas o Dave pode te
ensinar. Afinal, ele é um príncipe.
-- Dave não me quer como
mulher- cavaleiro e sim uma esposa, uma rainha.
Enquanto o povo dançava
embalado pela doce música, surgem na entrada 4 cavalheiros bem vestidos, que
fizeram os músicos pararem de tocar e os convidados para poder mirar nos novos
visitantes. O anfitrião foi recebê-los.
-- Bem vindos ao Baile
Chegada do Verão, em
Golden Gate, lordes do Forte!
Os quatro rapazes caminharam
entre a multidão que formou um pequeno túnel de entrada para eles. As mulheres cochichavam sobre eles. Nora e
Felicity não foram exceção.
-- Olha eles, Fefe! Que
maravilhosos são!
-- E tão... Perfeitos!
O mais alto deles, um jovem
de cabelos curtos, olhos azuis tinha o semblante mais fechado, ao contrario dos
seus companheiros que possuíam sorrisos e a lucidez de alegria do baile.
George Smith, o irmão de
Nora, apareceu diante delas, impedindo-as de continuar vê-los.
-- Já se esqueceram de seus
noivos? – George embora sendo bondoso, era na maior parte das vezes petulante
demais, principalmente para as duas meninas.
-- Olhar para outras pessoas
não tira pedaço, George! Agora saia da frente! – Pedia Nora, empurrando de leve
seu irmão, que estava um pouco incrédulo naquela situação, mas não podia fazer
nada.
Nora parecia se divertir mais
com a aparência do mais baixo dos homens presentes. E Felicity não parava de
encarar o mais alto. O que mais chamava atenção dele, para os convidados era o
tamanho demasiado de seu nariz, o que para ela não era problema.
Os outros dois estavam devidamente
acompanhados por suas esposas, o que desagradou um pouco as jovens princesas
solteiras.
Felicity logo foi
interrompida por sua mãe, a Rainha Sophie.
-- A próxima dança logo
começará. Vá dançar com Dave. – Falava a rainha, sempre suavemente.
-- Sim...—Enquanto Felicity
saia de sua posição para se encontrar com Dave, sua mãe outra vez a interrompe
e desta vez é para ouvir o que o cavalheiro que Felicity tanto olhava estava
dizendo. Ele conversava com Sor Roger
Daltrey, jovem rei da torre Poleiro do Grifo.
--... Se você visse todas
minuciosamente, talvez uma delas fosse sua futura esposa. O que acha, Sor Pete? Eu percebi que uma delas não parava de olhar-te. E pelo
visto vossa graça também não desviava o olhar para ela.
-- Certamente vi que uma das
adoráveis damas não fazia questão de parar de me ver. Contudo, perfeitamente
tolerável, infelizmente não o bastante para atrair-me.
Aquilo foi o suficiente para
Felicity julgar que aquele homem era tão... insuportável.
Flashback OFF
No quarto, ela medita sobre os últimos
acontecimentos de sua vida, de quando num dia era a princesa da casa de
Aquitanny, até o dia que decidiu virar cavaleiro. Sim, ela virou uma cavaleira!
Adquirira muitas alcunhas pelos soldados,
entre eles “o exercito de uma mulher só”, “Jovem Joana D’Arc” e “Anjo da
Morte”. Foi algoz de muitos inimigos. Um
dos adversários mais difíceis que ela já enfrentou foi sem dúvida o capitão de
mercenários dinamarqueses, enviados pelo Rei Louco. Uma luta sangrenta
custou-lhe sua vida. E a do Lorde
Townshend, de quem jurou servidão temporária.
No entanto, Felicity era dotada de uma força e capacidade fora do comum,
que garantiu sua vitória contra os mercenários do Rei Louco.
Isso se deve ao fato que desde que nasceu
o oráculo previu que ela teria força e coragem iguais de um guerreiro sob o
brilho da estrela Ankaa , a estrela
principal da constelação de Fênix e símbolo principal da família McGold.
Após uma época de batalhas, os reinos
entram em harmonia. O Rei
Louco, John Lennon, foi destronado e hoje George Harrison, capitão da guarda é
que assumiu o Trono dos 4 Reinos.
Nora optou em ficar no Forte ao lado de
Keith, lorde da Torre Lua Crescente. Já Townshend...
FLASHBACK ON
-- Fique aqui. – Disse Pete, segurando a mão de Felicity, que estava
prestes a partir a cavalo para Golden Gate.
-- Minha missão terminou, lorde Townshend. Minha amiga quis permanecer
no Forte e eu não posso insistir nisso.
-- E se sua missão não tiver terminado?
-- Como assim?
-- Case comigo, lady Felicity! – Ajoelhou Pete e com coração aberto,
disposto a tudo para não perder a princesa.
Contudo, ao lembrar-se da traição do seu ex-noivo, Dave Davies e a
tentativa deste de mandar seu Escudo Juramentado, Long John Baldry, de mata-lá,
fez uma recusa.
-- Não! – Falou a princesa já montada no seu cavalo, o fiel Fênix. –
Adeus, Pete!
E partiu rumo ao Sul, onde sua família a espera ansiosamente e com
vontade de expulsar Victoria, a esposa traiçoeira de Arthur e fazê-la pagar
pelo seu crime.
FLASHBACK OFF
-- Felicity! – Chamou sua mãe, rainha
Sophie. – Está na hora de se vestir para o casamento.
-- Estou indo, mamãe.
As criadas prepararam o banho sagrado da
princesa e após isso, teriam de vesti-la para o matrimonio dela. Ela já estava
pronta quando a rainha-mãe entrou no quarto da filha, como sempre para pentear
os cabelos desta. Sophie fazia isso
desde que sua filha era criança.
Começou a pentear o cabelo dela, antes
curto pelo fato de ter cortado antes da viagem, agora voltando a crescer na
mesma medida que possuía.
-- O que se passa nesta cabeça, minha
filha? – Perguntou Sophie, penteando o cabelo de Feliciy.
-- Nada.
-- Ora, não acredito que seja isso.
Vamos, seja honesta e me fale. Por acaso lembra da guerra?
-- Sim e dos mortos que vi...
-- Hum... E o que mais?
-- O rei louco e cruel que tirou a vida
de um pai de família.
-- Felicity...
-- E do capitão dinamarquês que
enfrentei... – Mostrou então sua cicatriz no braço direito, um corte profundo
feito do machado do inimigo. – Eu vi
tudo, mãe!
-- Compreendo. – Disse Sophie suavemente
e deixando o pente na mesa para contemplar a filha bem vestida no espelho.
-- Se Jon ou George fossem atrás de Nora
no norte, será que voltariam?
-- Acho que não e nem Brandon se tivesse
idade suficiente, voltaria vivo como você. De qualquer forma, já passou. Você
voltou a ser princesa, largou essa vida de vassalo e agora vai se casar.
-- Gordon não é meu prometido.
-- Afinal de contas, queria o Dave,
aquele traidor? Não... não pode ser aquele nortenho!
-- E se for o nortenho?
-- Sabe muito bem, nós de Golden Gate só permitimos se forem
prometidos, como aconteceu com você e Dave e...
-- Para de falar no Dave, mãe!—Reclamou a
princesa, indignada por ainda lembrar dele. – Não entende, ele me traiu, deixou claro que só me queria
pelo reino e não por que me ama.
Sophie se sentiu arrependida e triste por
mencionar isso.
-- Me desculpe, minha filha. – Disse e em
seguida abraçando-a.
-- Vamos logo acabar com isso, mãe.
Todos os convidados presentes esperam
pela entrada da noiva. O noivo, o novo capitão da Guarda Real, Gordon Waller,
também ansiava pela noiva e ao mesmo lançava muitos olhares a prima da
princesa, Lady Louise “Godiva” McGold.
O rei Eddard e a rainha Catelyn embora
tenham dado permissão e organizado tudo, sentiam que o casamento seria um fracasso.
Desde que Felicity retornou ao reino, era visível que ela vivia lembrando-se da
guerra, dos acontecimentos e do lorde Townshend.
Enfim a porta da igreja Prateada se
abriu. A entrada da noiva chama bastante atenção para os nobres. Os pais de Ray
e Dave estavam ali presentes. Ray acompanhado de sua nova prometida, Lady
Annabeth e Dave estava sozinho e olhando para a princesa, com misto de ira,
arrependimento e pena. Seria ali seu destino?
Robert entrega a mão da filha para o
cavaleiro e os dois ajoelham perante ao padre, que reza em latim.
-- In nómine Patris et Filii et Spíritus Sancii. Amen!
-- Amen!
De repente ouve-se um choro copioso de
uma garota. Felicity virou-se e viu sua prima em prantos e depois mirou os
olhos de Gordon e percebeu que este também chorava e com certeza não era da
reza do padre.
Mais uma vez, ela se deu conta: não é seu
destino casar com alguém cujo coração não é seu. Então tomou uma decisão. Tirou
o véu que cobria sua cabeça, atirou o buque de flores para seu irmão Jon e por fim
segurou as mãos de Gordon e falou suave.
-- Sor, não faça algo que não queira. Eu
sei que não sou eu que sua alma deseja. E sim aquela jovem. – Apontou para a
prima. – Siga seu coração e eu seguirei o meu!
Ao terminar a frase, ela dá um beijo na
bochecha dele e corre para a porta.
-- Filha, o que vai fazer? – Perguntou
Sophie apreensiva pela súbita decisão.
-- Aquilo que já deveria ter feito, ser
uma rainha. Jon, cadê o meu cavalo?
-- Bem aqui, irmã! – Respondeu Bran,
montado em Fênix, o cavalo poderoso de Felicity e já descendo com a ajuda de
Jon.
Quando já ia se preparar para montá-lo,
seu pai a intervém, indignado.
-- O que pensa que está fazendo, ao
deixar seu noivo? – Perguntou Robert, ficando na frente de sua filha.
-- Vou seguir minha vida, ouvir meu
coração. E ele diz que Gordon não é quem eu amo.
-- E quem você ama, já que rejeitou todos
os príncipes vindos de outros reinos?
Felicity ficou em silencio, indicando o
que poderia ser a resposta mais obvia para ele.
-- O nortenho...
-- Me desculpe, pai.
-- Não imaginei que isso pudesse
acontecer. Há muito tempo sabia disso, mas acreditava no dia iria esquecê-lo...
-- Não consigo, meu pai.
Os convidados saíram da igreja para ver o
que vai ser resolvido e Sophie abraçava seus dois filhos, na esperança de ver o
marido convencer a filha.
-- Bem... – Suspirou o conselheiro e
mirando os olhos da filha. – Se é aquele cavaleiro de nariz grande o homem que
tanto deseja, tem minha benção!
-- Obrigada, pai! – Abraçou intensamente
o pai, correu em direção aos irmãos e para mãe, mesmo incrédula, acabou
aceitando a decisão.
Felicity monta em seu cavalo e parte rumo
ao norte com a voz do povo de Golden Gate desejando uma boa viagem.
-- Ela dará uma grande rainha. – Falou
Sophie, olhando o cavalo sumindo na estrada.
-- Ainda acho que permanecerá como uma
cavaleira. – Respondeu Robert, rindo da
possibilidade da filha manter seus hábitos de guerreiro.
O dia aparentava ser nublado no norte.
Todos do Forte dos Quatro trabalhavam para reconstruir as torres e reagrupar as
antigas e novas tropas para um futuro conflito entre os monarcas. Seu retorno, embora favorável para manter a
Torre Onda Netuniana em pé, fez com que o Forte se mantivesse. Se não fossem os
outros três reis, Roger Daltrey, John Entwistle e Keith Moon – este último com
casamento marcado com Lady Eleonora – nunca existiria um reino quádruplo do
norte.
No entanto, o que mais afligia Pete era a
imensa saudade da princesa Felicity. Desde a guerra os dois ficaram muito
próximos. Os soldados achavam que aquela amizade era um tanto estranha, já que
o rei parecia ter uma confiança quase cega pelo “cavaleiro”, sem saberem que na
verdade era a princesa disfarçada de homem.
Além disso, houve momentos cômicos, como
da vez que o Forte promoveu um jantar real. Os reis estavam devidamente
acompanhados de Lady Marie (esposa de Roger), a sacerdotisa Anastácia (com John
Entwistle) e Lady Nora de Golden Gate (ao lado de Keith Moon). Pete a principio
não se importava em estar sozinho, contudo, as mulheres o convenceram a convidar
Felicity.
FLASHBACK ON
-- Convide Lady Felicity, certamente ela ficaria muito
contente. – Falou Marie, sempre demonstrando doçura.
-- Como vou convidá-la... daquela... maneira? – Perguntou
Pete, enquanto afiava sua espada e referindo-se o fato de Fefe sempre recusar,
alegando estar ocupada treinando sozinha ou recrutando mais soldados.
-- Lembre-se que ela é acima de tudo, uma princesa. Não é por
que ela se veste como homem, luta como um homem e possui maneiras um pouco
masculinas que ela não deixa de ser princesa.
– Sibilou Lady Nora, ajeitando as flores com Anastácia. – Acredite,
minha amiga sabe ser uma princesa só que... na maior parte do tempo... ela
gosta de lutar.
Convencido então pelas damas, Pete a convidou como um
legitimo lorde.
-- Eu não tenho um vestido. Não trouxe comigo.
-- Não se preocupe, Lady Marie tem muitos vestidos e pode
ceder um para você.
Naquela noite, todos dançaram antes do grande banquete. Pete
dançara com muitas damas de outros reinos, na esperança de ver Felicity vestida
e pronta, o que indicava que ela recusou mais vez pela longa ausência. Porém, não foi o que ocorreu. Na última dança, todos paravam para
contemplar a nova convidada. Pete se impressionou e viu pela primeira vez, Lady
Felicity, mais linda do que antes, mais do que no dia em que a viu no Baile
Chegada do Verão em
Golden Gate.
Durante a dança os dois manteram as mesmas conversas que
tiveram no baile sulista.
-- Hoje está mais bonita. – Sussurrou Pete no ouvido dela.
-- Nunca me achou bonita, sor?
-- Você é bonita, mesmo vestida de homem, tem seus encantos.
Aqueles elogios ele sabia que de algum modo, mexeram com a
princesa rebelde.
FLASHBACK OFF
Era uma lembrança muito bonita, porém
havia outra. Quando a salvou da morte. Ela arriscou a própria vida para vencer
a guerra contra o Rei Louco e principalmente, vencer o líder dos bárbaros
dinamarqueses, homens de quase dois metros de altura e com a força de um
elefante e mais brutais e sanguinários como um leão. Pete derrotou muitos
batedores e soldados enquanto Fefe duelava com líder. Após a guerra, ela ficou
gravemente ferida, dando como morta e com padre Arthur Brown dando a extrema
unção. Como último recurso, a carregou rumo a praia para banhar seu corpo no
mar, um ritual de cura, que os soldados feridos em combate costumam fazer.
Apesar dos protestos dos reis e, sobretudo do padre, Pete ignorou tudo isso e
fez o que achou ser o certo. Um ato
perfeito de salvação.
Saindo de seus devaneios ele ordenou que
os guardas abrissem o portão para poder caminhar no campo. Na caminhada,
avistou um cavaleiro chegando. Achando se tratar de um mensageiro ou visitante,
Pete se afastou e percebeu que o cavaleiro passou a andar devagar e pelo visto,
em sua direção.
Ao descer do cavalo, ele tirou o poncho
que o cobria e imediatamente reconheceu a pessoa que mais desejava reencontrar.
Felicity seguiu a passos lentos, o
bastante para alcançar Townshend. Finalmente os dois se encaravam, sem o menor
dos estranhamentos que tiveram ao longo do tempo de convivência.
-- O que aconteceu no casamento? – Pete
sabia que a jovem iria se casar com novo capitão da guarda.
-- O homem que realmente amo não era ele.
Não estava em Golden Gate,
sor.
Houve uma pausa para Pete e Felicity.
Esta por sua vez seguiu mais uma vez.
-- Você é generoso demais para zombar de
meus sentimentos. A sua conversa com meu pai na semana passada me deu leves
esperanças.
-- Eu... – Disse o rei da torre
Netuniana, abaixando a cabeça. – Fiz como disse, segui meu coração.
-- Também sigo meu coração. – Respondeu a
princesa, dando mais um passo para perto de Townshend. – Se seus sentimentos
são iguais aos que possuía um mês antes da guerra, diga-me! Meu desejo e afeição não mudaram desde que
voltei para o reino. Contudo... uma palavra sua me calaria para sempre.
Pete ainda a encarava surpreso pela
declaração vinda da princesa. O que
impossibilitou de dizer algo.
-- Se, caso contrario, esses mesmos
sentimentos mudaram... teria de dizer que me enfeitiçou totalmente meu coração
e eu amo... incessantemente. E desejo do fundo do meu coração que não estejamos
mais separados.
Pela primeira vez, Pete ouviu uma mulher
se declarar tão honestamente para ele. Só não imaginava que Felicity, sempre
com ares de orgulhosa, fosse capaz de tal ato.
-- Então... --- Disse ao tocar as mãos
delicadas e macias da garota. – Suas mãos... estão frias.
Naquele momento os dois se abraçaram e
trocaram o mais ardente beijo já trocado. Os guardas e arqueiros da torre viram
tudo e aplaudiram a incrível cena.
Meses depois...
O aguardado casamento duplo aconteceu.
-- SAUDAM TODOS, OS NOVOS GOVERNANTES!
LORDE E LADY TOWNSHEND, DA TORRE NETUNIANA E LORDE E LADY MOON DA LUA
CRESCENTE! – Saudou o padre Arthur Brown.
Todos saudaram seus novos governantes.
Enfim o Forte dos Quatro fechava mais uma vez seu arco.
Pete carregou sua esposa até os aposentos
e fechou a porta. Ali ninguém poderia interromper. Para ele, aquele momento
onde teria sua esposa e compartilharia todos os momentos amorosos estará para
se realizar. Felicity encarou seu marido sem medo e receios. Finalmente
encontrou um homem que pudesse compreendê-la e jamais rejeitar seus modos. Retirou aos poucos seu vestido de noiva até
revelar seu corpo. Quando ao jovem rei, também se juntou a ela e a deitou
delicadamente na cama.
-- Finalmente tenho você. – Disse Pete,
abraçando sua amada e tocando os cabelos dela.
-- Depois de guerras e decepções... não
quero te perder. Eu o amo!
Naquele momento, seus corpos se uniram no
mais intenso laço do amor. O sentimento, antes reprimido pela guerra, agora explodiu
por completo. Sabiam que jamais iriam se separar.
Alguns meses depois, Pete convocou seu
exercito, pois os seguidores do Rei Louco ainda viviam e corriam riscos de
haver uma nova rebelião entre os reinos. Sabendo disso, Felicity também foi
para o campo de batalha não como Jon McGold, sua identidade clandestina e sim
como Rainha Felicity da Torre Netuniana. Nunca um rei e uma rainha venceram uma
guerra como aquela.
TEMPOS ATUAIS...
1967
-- Eu sou Peter, contudo o pessoal me
chama de Pete. – Respondeu o guitarrista de olhos azuis, usando apenas uma
toalha na cintura.
-- Sou Felicity. As meninas me chamam de
Fefe, para ficar mais fácil de falar meu nome.
Os dois conversaram animadamente sobre
suas vidas, esquecendo um pouco do trabalho de construção da capa do novo disco
do The Who. Pelo ponto de vista da fotógrafa,
sentia que de alguma forma ela o conhecia além das revistas e música e preferia
não ter de acabar com aquele momento mágico. E pelo olhos do guitarrista, pensava o mesmo.
FIM