segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

We Belong Together - Wildest Dreams (What If - Grindhouse Parte 14)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e finalmente sai a parte 14 de We Belong Together segunda temporada. Preparem o lencinho e baldes para o rio de lágrimas. Boa leitura!


Parte 14

Minutos antes do segundo ataque...

Gianluigi estava apreensivo demais. Sua amada Felicity se arriscou para enfrentar Benítez e ao mesmo tempo almejando vingança a Casillas. Um dos lobos o impediu de querer avançar.

-- Ainda não é o momento. – disse Fabio, um lobo italiano careca.

-- Mas não posso deixar que o espanhol a mate. – resmungou Gigi, vendo agora Felicity sendo marcada a ferro e fogo pelo conde espanhol.

Suas mãos despontaram as garras e arranhou o tronco da árvore, sem provocar ruídos e serem ouvidos. Neste momento Derek Leckenby, um dos Hermints que faltava, ouviu o ruído e pediu para Gigi não fazer mais, arriscando por tudo a perder.

FLASHBACK ON
Depois de ficar trancada no quarto, Felicity chorou desesperada, sendo ouvida por Erin, a esposa de Peter. Ela destrancou a porta e consolou a profetisa.

-- Não chore, Felicity. – dizia Erin, sem saber a razão do choro. – Peter e Johan vão vencer Casillas.

-- Não é isso que me preocupa, Erin. – secando os olhos. – Eu vi. Nossos amigos estão caminhando rumo à morte! Não há ninguém na Ilha e quando adentrarem, os inimigos vão surgir, pra matar todos.

Erin se assustou com a previsão de Felicity e tratou de pensar em algo.

-- Mas como podemos ajudar? O conde deixou aqueles que não querem lutar, aqui neste castelo. A menos que um dos caça vampiros nos ajude.

-- Nenhum deles está preparado para o combate de lá. Mas...

Felicity se calou por ter sentido uma espécie de energia emanada em Erin. Se aproximou dela e tocou a testa dela com dois dedos, enxergando que por trás do corpo normal de humana, há uma fonte mágica de energia.

-- É você mesma, Gerda. – exclamou Felicity.

-- Quem? Fefe, meu nome é Erin. – achando se tratar de um delírio.

-- Eu sei disso, mas você é a encarnação humana de Gerda, a giganta de gelo e esposa de Frey, o deus nórdico de Asgard, no caso, o Peter.

-- Peter... É um deus?

-- Sim. – Fefe olhou para janela e enxergou Gigi. – Meu lobo!

-- BELLADONNA! – gritou o lobo. – ESPERE UM MOMENTO!

Na forma lupina, Gigi deu alguns passos para trás e num impulso, saltou em direção a janela do castelo, onde vive Felicity. Voltando a sua forma humana, ele agarrou a profetisa e a beijou longamente, bem apaixonado, deixando Erin chocada.

-- Minha Belladonna! Ainda bem que está segura aqui.

-- Gigi, eu preciso da sua ajuda.

-- Diga que eu farei. – o lobo se mostrou bem disposto.

Fefe e Erin explicaram para ele sobre o plano de ataque do conde Beckenbauer e de Bobby Moore, o lobo alfa da alcatéia inglesa de retomar a Ilha dos Lobisomens, que foi saqueada por Rafael Benítez e seu bando.

-- Não vai ser fácil, porém não impossível. –suspirou Gigi e em seguida voltando-se para as duas. – Por isso mesmo eu vim aqui.

Os três saíram do quarto e encontraram uma aglomeração no hall de entrada. Joanna torturava um vampiro e os Pythons formavam uma barreira impedindo de um grupo de homens com roupas de nobres entrassem. Oliver Kahn protegia Odile de qualquer um que se aproximasse da humana, cumprindo as ordens do conde.

-- PAREM! – Ordenou Gigi, se aproximando dos Pythons. – Deixe-os entrarem. São meus amigos.

Joanna viu Gigi e largou o vampiro loiro de óculos.

-- Buffon! – se espantou a vampira ruiva. – O que está fazendo aqui?

-- Vim ajudar a Belladonna e seus amigos. – respondeu o lobo, sério.

Fefe não havia entendido porque a vampira ficara tão surpresa ao ver o lupino. Já a ruiva leu a mente tanto dele quanto dela e entendeu tudo. A tal “belladonna” de Gigi existe e é justamente a viúva Neuer.

Felicity socorreu o vampiro e fez o mesmo que havia feito com Erin e ali descobriu que ele era do bando de Peter Noone, um vampiro agora ressuscitado por Benítez.

-- Por favor, não me mate! – implorou o vampiro, chorando. – Eu deserdei e preciso falar com o conde sobre a armadilha.

-- Lamento, mas o conde e todo mundo já partiu para a Ilha. – respondeu secamente Terry Gillian.

-- Temos que impedi-los. – desesperou-se o vampiro. – A propósito, meu nome é...

-- Eu sei quem é você, Derek Leckenby. – respondeu Fefe, já de cara. – E por conta disso eu acredito em você.

Derek se ajeitou e ficou mais apresentável. Gigi aproveitou para apresentar seus amigos, refugiados italianos. Com as devidas apresentações, Derek foi o primeiro a dizer sobre o ataque.

-- Rafael Benitez é um dos cinco aliados do Barão Lauda. – explicou o vampiro. – Ele veio primeiramente para levar Odile Greyhound mas quando soube que Felicity McGold detém o dom da clarividência, o espanhol ficou de olho e decidiu mudar seus planos.

-- Então, foi ele que mandou aquele outro vampiro e a noiva dele me matarem? – Fefe passou a entender a gravidade do perigo. – E no fim... MATARAM O MANUEL!

-- Eles querem te atingir, Felicity. – alertou Derek. – Querem te deixar mais vulnerável do que já está. – Inclusive manipularam a mente de Holly Grey e Nora Smith, para que elas...

-- Já entendi. – Fefe se enervou e socou a parede de modo tão forte que provocou uma pequena rachadura mas sangrou no punho.

-- Belladonna, tenha calma. – disse Gigi, enfaixando a mão dela. – Vamos acabar com eles! Eu mesmo matarei Iker e trarei sua cabeça.

Felicity andou pelo castelo, olhou na janela a lua cheia e algumas nuvens. Ela conseguiu arquitetar um plano.

-- Mesmo com vocês, os caça vampiros e Gigi, ainda sim não somos páreos! – avisou a profetisa, em tom sério. – Mas sei de uma forma.

Derek explicou como Benítez conseguiu preparar a armadilha. Ele também passou as informações necessárias sobre os inimigos. Como Verratti, o vampiro conseguiu uma réplica exata do grilhão asgardiano que Tyr, o Deus da Guerra, conseguiu prender o lobo. Com os outros os lobos e vampiros, o bando italiano se garantiu na batalha e se livrar deles.

-- Porém... – novamente Derek alertou. – Temos os Kroos. Parece que Toni não é um vampiro qualquer... Ele é um golem.

-- Impossível! – disse uma voz que veio da escada. Era Rosie Donovan, a loba que pouco tempo deu a luz dois filhos. – Eu lutei contra um deles e não senti nada parecido com um golem.

-- É porque Benitez concedeu o dom para ele, como forma de ficar forte. E Felix virou um híbrido.

-- Rosie... – Odile impediu da loba se aproximar.  – Precisa voltar pra cama.

-- Meu amor, volte. – implorou Marianne Jones, que vinha logo atrás.

-- Eu estou bem. Muito melhor e revigorada.

Rosie trocou de roupa e usava apenas uma blusa com corsete preto, calças e botas. Na verdade não gostava de usar pantalonas e como era uma guerra, precisava de movimentos livres. Um dos lobos da squadra, Mattia Perin, encantou-se pela loba de imediato. O imprinting aconteceu ali.

-- Derek, eu irei na frente. – avisou Fefe. – Servirei de isca.

-- Não, Belladonna. – Gigi a segurou no pulso. – É muito arriscado.

-- Mas é preciso. É a mim que querem! Vou fingir que entrego meu dom e implorar por clemência. Sei que não vão acatar isso e quando Casillas ou outro vampiro tentar me matar... – ela mostra o punhal de prata escondido na manga do vestido. – Acabarei com ele e vocês surgirão da floresta para cercá-los. Porém, Erin vai ajudar.

-- Eu? Mas, Felicity, eu não tenho poderes.

-- Não se preocupe. – Fefe se aproximou de Erin, ficando os rostos muito próximos. – Vou te ajudar a despertar, Gerda.

O próximo passo foi um pouco perturbador. Felicity beijava Erin com suavidade e um pouco de paixão. Os lobos não entenderam e tampouco os Pythons e os outros. Somente Rosie e Mattia sabiam disso. Ao fim do beijo, Erin sentiu um tipo de calor no corpo e também um pouco de ar gelado. Olhou em suas mãos uma aura azulada como o gelo e sem querer tocou a rosa no vaso, congelando em seguida.

-- Respire fundo, Erin. – ajudou Felicity. – Desse jeito você controlará melhor seu poder.

-- Vai precisar disto. – Rosie entregou para a esposa de Peter uma capa branca. – ficará escondida na floresta junto com a alcatéia.

-- E surgirá apenas quando todos estiverem atordoados. – finalizou Fefe.

-- Posso paralisá-los com meu toque? – Erin sorria.

-- Pode.

Alguns lobos ficaram no castelo para reforçar a proteção, esses eram Alessandro Del Pierro, Danielle De Rossi e Fabio Grosso. Na saída do castelo, Marianne beijou ardentemente Rosie.

-- Por favor, volte para mim.

Rosie não respondeu e se foi com o grupo, na forma de loba e guiando Erin.

Felicity se aproximou cuidadosamente e viu que sua visão se concretizou. Todos rendidos diante do inimigo e Rafael já estava prestes a aplicar o golpe de espada em Franz Beckenbauer.

-- Belladonna... – Gigi a beijou rápido. – Tenha cuidado, amore mio!

Fefe não respondeu e caminhou rápido até o centro da floresta, impedindo a execução.

FLASHBACK OFF

Quando Iker Casillas explodiu em mil pedaços e os inimigos sofrendo com suas peles sendo queimadas, desta vez surgiu Erin, usando sua capa e manifestando seus poderes.

-- ERIN! – exclamou Peter, ao ver a esposa.

-- Olá, querido. – Erin sorriu para seu marido. – Que tal uma ajuda... Mágica?

-- Mágica?

--- Digamos que Fefe... Viu meus poderes. – Erin livrou-se das longas mangas de sua capa, soltando faíscas azuis com suas mãos. Ela virou-se em direção ao bando de Benítez, lançando tais faíscas na direção deles. Eles foram congelados.

- GERDA! – exclamou Verratti. – A GIGANTA DO GELO! A ESPOSA DE FREY!

Antes mesmo de se mexer, o lobo italiano descendente de Fenrir foi congelado, junto com outros. Nadine e Cristiano avançaram e tiveram o mesmo destino. Os lobos italianos voltaram a forma humana e resgataram os feridos.

-- Fefe... – Nora se recuperava lentamente e Fefe e Gigi a deixaram na árvore. – Você também! E quem são eles?

-- Aliados do Gianluigi. – respondeu a profetisa.

Um dos carcamanos avistou o casal Müller, acorrentado e amordaçado, se remexendo como pode. A corrente era feita de prata, o que provocava um tremendo desconforto e ardência pros vampiros. Ele agarrou as correntes... e as quebrou com seus dentes, libertando o casal.

Louise e Gerd se livraram dos objetos e olharam para o italiano. O mesmo, com a cara séria, sorriu discretamente para Louise e beijou sua mão.

-- Muito obrigada, senhor. – agradeceu a vampirinha, bastante encantada com o lobo.

-- Grazie, carina... – ele respondeu em italiano.

Gerd não gostou do que presenciou, fervendo de raiva. O lobo mal apareceu e já ganhou o coração da vampira que era sua ex-esposa? Soou como desrespeito para o vampiro alemão.

Sepp e Joj Smith cuidaram de Nora mas o escocês não parava de encarar Fefe e Buffon juntos.

-- Precisamos nos livrar deles! – disse Renée, muito apreensiva e já recuperada.

Antes que algo pudesse ser feito, aconteceu o pior.

Nadine Angerer estava descongelando aos poucos e depois com seus braços já libertos, quebrou o resto do gelo em seu corpo e emitiu um grito forte, provocando várias rachaduras nos outros inimigos congelados e por fim libertando-os.

-- Achou mesmo ter se livrado de todos nós, Gerda? – bradou a vampira robusta, rindo.

-- Então é verdade! – disse Peter, temeroso. – Nadine é Angerboda.

-- Quem? – Erin não entendeu.

-- A giganta de fogo que viveu em Jotunheim e é mãe de Fenrir. Nadine é a reencarnação desta giganta.

-- Nobre Frey, fico contente que saiba agora quem sou eu. – ria a vampira e em seguida encarou os Müllers. – Ah, mas têm vocês dois. Tyr e Freya. Desta vez, separados e nem foi preciso Laufey te congelar, mocinha.

Mesmo não entendendo aquela conversa, Louise partiu para o ataque e os outros recomeçaram a lutar, desta vez contando com ajuda dos lobos italianos. Verratti se viu cercado por vários deles e mesmo na forma humana, não conseguia combatê-los. Renée, que havia se libertado, correu para ajudar Felicity.

-- Prima! – cuidando dela e de Nora. – Não devia se arriscar a vir a aqui. Deve voltar para o castelo ou para fazenda.

-- Mas e quanto a Nora? – Fefe se protegia com a magia da escocesa e esta se encontrava muito fraca.

A alquimista olhou ao redor. Holly liquidou com Cavani, incendiando-o e ainda auxiliava Sepp contra Luca Modric. O caçador Paul Breitner lutava bravamente contra Gareth Bale e acabou tendo o braço esquerdo cortado. Paul McCartney matava a dentadas Galdino, enquanto George Harrison e Mary Anne liquidavam com Thiago.

-- Eu posso... – dizia Nora, em dificuldade. – Te ajudar, meu amor.

-- Como?

-- Eu sei que quer lutar... Posso libertar um espírito de um guerreiro e se apossar em você.

-- Mas quem?

Nora não explicou, apenas proferiu algumas palavras em latim e tocou o rosto de Felicity. Renée entendeu bem e fez o mesmo consigo mesma. As duas primas fecharam os olhos e abriram rapidamente.

-- Vá e lute como um bravo soldado, “Jamie Fraser”! – disse a bruxa antes de desmaiar e o feitiço de defesa se quebrar.

Imediatamente, Joj Smith e Gigi Buffon socorreram Nora e a pedido de Sepp, eles fugiram da Ilha e a levaram para o castelo.

E seguiram caminhando ao campo de batalha as duas mulheres. Não era Felicity em sua forma comum e sim ela sob possessão de um espírito, de um escocês chamado Jamie Fraser. Já a alquimista, encarnava como Lizzie Borden, uma famosa assassina americana que usava... um machado para matar. Ambas lutaram contra os inimigos e matando-os, um por um. Na vez dos Hermints, Peter Noone já ia empalar Davy com uma de suas lanças, até que uma estaca lhe acertou em cheio seu coração. O vampiro inimigo deduziu ser Dianna e espantou-se.

-- Pro-profetisa... – dizendo apenas estas palavras antes de morrer e virar cinzas.

Davy se surpreendeu. Sabia que não era propriamente a Fefe que fez isso, embora presenciasse a atitude dela contra Casillas.

-- Agradeça-me depois. – respondeu a mulher, com uma voz grave e sotaque puramente escocês.

Renée acertou um golpe na mão de Luca e depois as pernas.

-- Vadia alquimista! – berrou o croata antes de ter a cabeça arrancada a força por Sepp Maier.

Neste momento Derek Leckenby é avistado por seus colegas. Keith Hopwood, Barry Whitwam e Karl Green, que antes lutavam contra os Dolenz, agora se voltavam contra o traidor.

-- Ora, ora que temos aqui? – ironizou Keith, agarrando pelo colarinho. – Lek nos fazendo uma visita.

-- Pena que chegou num horário inapropriado. – Barry já despontava os caninos.

-- Não se preocupe, caro amigo. Só vamos arrancar seus braços e pernas. – garantiu Karl, sadicamente.

-- Não tenha certeza disso, “amigos”. – sorria Derek e em seguida o lobo carcamano chamado Gattuso abocanhou a jugular de Barry, enfraquecendo.

Keith tentou ajudar mas foi decapitado por Renée possuída. Karl Green tentou fugir mas os Dolenz o cercaram.

-- Hora da vingança! – exclamou Emma, virando uma loba e atacando o vampiro.

Peter, Johan e Erin fugiram também da Ilha mas John Lennon os cercou.

-- Ninguém passará por mim.

Mal terminou de falar e Rosie em sua forma lupina atacou o ex-namorado e retornando a forma humana, disse:

-- Vão para o castelo!

Eles obedeceram.

Nadine e Louise lutavam tão feroz que nenhuma das duas demonstrava sinal de rendição, mesmo que a vampira adolescente estivesse com a roupa esfarrapada.

Verratti subiu numa das árvores observando a luta até que esta desabou e ele ficou diante... do vampiro Gerd.

-- Não! Não! Não! – berrou o lobo, sendo agarrado pelo pescoço.

-- Agora vai morrer!

-- Espere, nosferatu! – Derek correu até o vampiro caçador. – Ele não vai morrer assim tão fácil. Precisa acorrentá-lo e depois decapitá-lo.

-- Decapitar? – repetiu Renée, como Lizzie Borden.

Dito e feito. Gerd prendeu o lobo sem nenhum problema e a alquimista preparou o machado.

-- Vocês vão pagar por isso!

Foram as últimas palavras de Marco Verratti, antes de ter a cabeça separada do corpo.

Enquanto isso Nadine golpeava Louise, fazendo-a sangrar e muito machucada.

-- Isso que acontece quando não se tem o sangue asgardiano, Freya. – debochava a vampira robusta.

Já na outra parte da floresta, George Best e Mike Nesmith davam o mesmo de si contra os irmãos Kroos. Felix sofre uma derrota devastadora nas mãos de Best, quando este utilizou uma espada de prata e cravou no peito do vampiro, deixando em cinzas.

-- Maldito! – exclamou Toni e em seguida sofrendo uma transformação estranha.

Sua pele se rasgava e das costas nascia um par de asas enormes de morcego. O rosto ganhou uma forma demoníaca e as presas muito mais proeminentes. Ainda na forma de lobo, Mike mordia Toni e Best aplicava mais golpes, provocando arranhões em diversas partes do corpo.

Num dado momento, Toni agarrou Mike e o arremessou contra uma árvore, restando George na sua frente. Mais um embate foi realizado. Toni tentava acertar Best com seu punho contudo o vampiro norte-irlandês era muito habilidoso. Se esquivava fácil e até mesmo rebatia os próprios golpes do alemão. Até que Best socou com muita força o abdômen do vampiro transformado, atordoando e caindo, rendido.

Toni gemia e grunhia lamentado, enquanto que Best apontava a espada em direção a ele.

-- Por favor... – dizia Toni, em sua voz abissal e botando sangue e saliva pra fora. – Ajuda-me... Ajuda-me...

Neste momento Franz e Bobby mataram Rafael, com direito do conde germânico arrancar o coração podre do espanhol.

-- Señor Beckenbauer...

-- Aceite a derrota! – exclamou Franz, esmagando com a mão o orgão.

Os lobos liverpoolianos morderam Benítez e Cristiano escapou da Ilha. Agora só restava Nadine e Toni de pé.

O vampiro, quase golem, chorava e pediu para Best poupá-lo. Apesar de ser uma guerra e ter um desejo de vingança, o vampiro teve pena.

-- Acabe comigo... – implorava Toni, de joelhos e com as mãos no chão, sem encarar ele. – Por favor...Eu era um humano... como todos. Não resta mais nada... de mim...

Best abaixou a espada, compadecido.

-- Não se preocupe. – disse, mais tranquilo. – Morrerá de outra manei...

Ele não terminou de falar pois rapidamente Toni agarrou uma espada qualquer que estava ao seu lado e num rápido golpe, cortou as mãos do vampiro, arremessando longe e depois avançou sem nenhum problema, cortando a cabeça de George Best.

Rosie estrangulava Lennon quando sentiu um aperto no coração, uma angústia forte que lhe abateu na alma. Matando o adversário ingles, ela correu até a parte da Ilha e presenciou a pior cena que seus enormes olhos verdes já viram.

-- GEORGE! – berrou a loba em forma de uivo, soando para toda Ilha ouvir.
Os lobos, ingleses e italianos, sentiram na pele a dor da loba, que agarrava a cabeça do amante e derramava lágrimas.

Toni ainda se transformava e ficava cada vez maior e mais forte. Rosie atacou na forma lupina mas levou um golpe forte jogando contra a porta da casa.

-- Eu voltarei para me vingar de você, Rosie Donovan! – e em seguida levantou voo.

Alguns lobos italianos queriam seguir Toni para uma emboscada mas Canavarro não permitiu.

De volta na outra parte no fim da Ilha dos Lobisomens, Louise presenciou a tragédia mas continuava a lutar sem se dar por vencida. Gerd, Dianna, Davy e os outros vampiros foram em direção a ela mas Nadine cria um círculo de fogo, impedindo os outros de avançarem.

-- Louise! – gritou Dianna, disposta ajudar sua amadinha e quase atravessou o círculo.

-- Não venha aqui, Dianna! – ordenou Louise. – Sei que quer me ajudar, mas esta luta é minha!

Dianna ainda insistia mas Davy agarrou seu braço.

-- Leãozinho...

-- Vamos deixar a Lulu resolver isso. – disse o inglês, sério.

As duas voltaram a se encarar. Nadine se armou com um chicote. Já Louise apenas se equipou com uma espada comum. Ela escapava das chicotadas de Nadine, até que se prendeu em sua mão, provocando ardência e um pouco de queimadura no pulso. A vampira giganta puxava até agarrar o pescoço de Louise e a erguer.

-- Onde está sua força, pequenina? – provocava a inimiga com os olhos mais rubros. – A mesma que me jogou na boca de Caríbdis?

Louise chutou com força o peito de Nadine, se livrando da carrasca. Mais do que nunca precisava encerrar aquela luta. Mesmo que lhe custasse sua vida, ela estava mais do que disposta a vencer.

-- Davy, Dianna! – gritou para o casal de vampiros. – Eu quero... que cuidem do Freddie!

O próximo passo foi Louise correr até Nadine e perfurar com força o coração dela...

O círculo de fogo havia sumido magicalmente e ali viram Nadine vomitando sangue e com a espada empalando.

-- Louise... Freya... – resmungou a vampira grande. – Derrotada pela... segunda vez...

Em questão de segundos ela se trasformou em chamas e pó. Embora houvesse uma vitória, custou também algo. Louise caiu de joelhos. O peito sangrava demais por conta... da estaca cravada em seu coração. Lançou olhar para todos ao redor. Os lobos sem exceção espantaram-se. Gerd se aproximou dela.

-- Ursinha... – tocando seu rosto. – Não vá...

-- Gerhard... – ela disse, mesmo entre lágrimas. – Eu te amo...

E estranhamente sorria. Não era ironia ou escondendo segundas intenções. E sim de alegria. Ela venceu sua inimiga e salvou seus amigos. Garantiu que seu filho estivesse nas mãos de quem confia e agora se despedia deles. Principalmente do homem que um dia amou, até ter o mesmo destino que Nadine. E este foi o último momento de Louise McGold antes de seu corpo virar pó cinzento diante do ex-marido.

-- NÃOOOOOO! URSINHA!




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Berlim

Uma taverna no meio da estrada estava em chamas e dois homens, um loiro e um moreno olhavam aquele espetáculo. Ambos tinham o emblema da cruz em seus casacos e guardavam as espadas.

-- Onde vamos, Michael? – questionou o loiro.

-- A próxima cidade é Munique. – respondeu o jovem. – Foi lá que minha irmã desapareceu.

-- A minha irmã Dianna também. Vamos!

Montaram em seus cavalos e seguiram a estrada. Giles Mackenzie se juntou A Ordem no objetivo de encontrar sua irmã, Dianna. O mesmo se aplica para Michael McGold, que prometeu a seus pais saber o que aconteceu com Louise, desconhecendo total o verdadeiro destino desta...


Continua...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Feel (Saga 1) - Norse Myth - Final

Final da saga 1


-- Ela é forte e dura. – Garantiu Uli, enquanto guardava o martelo e se trocava. – E sabe se cuidar.

Depois os dois ficaram em silêncio, cada um na sua cama.

-- Que preocupação exagerada é essa que você tem pela vanir.  Por acaso gosta dela? – Indagou o deus do trovão.

-- Por tudo que é mais sagrado neste mundo, sim. Mas por favor, Ulrich, não conte isso para o Pai de Todos ou para Andrew. – Pediu Gerd.

-- Ficou louco? – Uli saltou da cama, indignado. --  Aquela vanir foi casada. O Pai de Todos não vai aprovar isso!

Irritado, Gerd pegou a Notung e apontou a lâmina na garganta do deus trovejante.

-- JURE QUE NÃO VAI CONTAR OU TE MATO! – Exigiu o deus da guerra. – JURE!

Uli suava frio e por fim responde.

-- E-eu juro!

Após isso ele voltou para a cama, se acalmando e Gerd deixa a Notung perto da cama e volta a se deitar. No dia seguinte os dois se acordaram e seguiram para seu desjejum no salão dos deuses.

-- Gerd, eu tive de novo aquele sonho. – Confessou Uli, um pouco intrigado. – Sonhei outra vez que fui mandado para Midgard e desta vez foi papai. Eu perdi o Mjölnir e tirava aquilo que me dava poder!

-- Calma! – Dizia o deus guerreiro, tranqüilo. – Foi só um sonho. Fica calmo...

Minutos depois de terminarem as refeições os dois seguiram para o treinamento e viram que Peter estava triste. Não ostentava o sorriso de antes.

-- Aposto que isso tem a ver com aquela Valquíria loira... – Dizia o deus, girando o Mjölnir, sorrindo. – Eu soube que ela se deitou com aquele seu pupilo, o anão, que é amigo da deusinha.

-- Pobre Peter... – Lamentou Gerd. – Se fosse comigo, também sofreria.  E você devia respeitar a vida dos outros e não falar assim.

Quando se preparavam para treinar, um dos guardas se apresenta.

-- Pai de Todos exige sua presença, Gerhard!

Ele obedeceu e ficou diante do rei.

-- O que foi, meu pai? – Perguntou Gerd, curioso e preocupado.

-- Venho comunicar uma excelente notícia. – Sorriu Tony, bastante satisfeito. -- Consegui uma noiva para ti, meu filho. Uma mulher digna de suas qualidades e creio que você a conhece.

Será que ele sabe sobre Louise e meus sentimentos? Será que ele aprovou,  se perguntou Gerd, feliz com a possibilidade de seu amor por Louise ser aceito.

-- E onde ela está? – Questionou o jovem, mais curioso.

-- Ela está vindo... Ou melhor já chegou.

Gerd se virou e o sorriso que antes tinha, havia sumido. A mulher que se apresentava não era Louise. E sim uma... Valquíria. E pior: era Felicity, a prima de Louise.

Felicity havia saído de seu treinamento com suas colegas guerreiras e se apresentou na sala do trono, encontrando o Pai de Todos e Gerd.

-- O que deseja, Pai de Todos? – Perguntou Felicity, formalmente e ignorando a presença de Gerd.

-- Quero apresentar seu noivo, minha amada sobrinha.

A principio a guerreira não entendeu e quando olhou novamente para Gerd, exaltou-se.

-- ELE?

-- E POR QUE ELA, MEU PAI? – Perguntou Gerd, irritado.

Antes que pudesse ter uma resposta, Gerd faz surgir na mão esquerda um machado e Felicity saca seu martelo Gjall, presente dado por seu pai, o gigante  Robb. O deus guerreiro e a Valquíria se confrontaram, um golpeando o outro mas se defendendo e esquivando das ofensivas até se encararem porém, Tony os separa.

-- Já chega!

-- Pai de Todos eu me recuso a casar com esse homem! – Apontando para Gerd. – Eu desejo morrer a ter que fazer isso!

-- Me desculpe, meu pai. Mas não caso com ela. Eu amo outra.

-- Como é? – Indagou Tony, surpreso.

Sabendo que seu segredo seria revelado mais cedo ou mais tarde, o deus da guerra resolve admitir, mesmo correndo riscos.

-- Eu amo Louise!

Todos ficaram espantados demais, até mesmo Tony.

-- Argh! Você ama Louise? – Enojou-se Fefe com a revelação. – Agora que verá seu fim.

Ela quase o golpeia com o martelo e outra vez é detida pelo rei de Asgard.

-- Boa sorte pra você. – Disse a Valquíria sarcasticamente. – O primeiro marido dela sumiu sem deixar rastros, quem garante não tenha o mesmo destino?

-- Eu nunca abandonaria ela. Aonde ela for estarei junto a ela. Louise é minha razão de viver!

-- PAREM JÁ OS DOIS! – Ordenou Tony, usando o cajado mágico.

-- Deixo claro que não me casarei com ele! – Disse Fefe, guardando o martelo.

-- Que seja, com quem deseja se casar então? Aquele guerreiro George Smith ou outro?

Gerd também guarda o machado e antes de se retirar, aproveitou para revelar algo sobre sua rival Valquíria.

-- Desde que não seja com o deus maluco que é casado com a valquiria Emma...

-- Como é? Está se deitando com um deus casado? – Perguntou o rei, enfurecido com Fefe. -- Sabe o que eu penso em relação a adultério!

-- Mas todos sabem que você teve uma filha fora do casamento e a rainha também, então quem é o senhor pra opinar sobre o assunto?

Tony se calou pois sabe o que Felicity disse é a verdade.

-- Mas então, quem você escolheu para ser seu futuro marido?

-- Ainda não me decidi...—Respondeu a guerreira, olhando pro chão.

-- Deve decidir logo! Tem até o amanhecer de hoje!

Mal terminando a frase e Tony desapareceu, deixando Felicity pensativa sobre o assunto do casamento.

Enquanto isso Gerd também pensava mas em outro lugar. Ele não voltou a treinar mais. De repente veio na mente a giganta de fogo, Alice. Sentiu-se culpado por ela ter perdido seu poder de fogo naquele beijo.

-- Preciso me redimir com ela, mas tenho medo de causar alguma mágoa a Louise... – Comentou consigo mesmo. – Mesmo assim, preciso fazer isso.

Ele pediu a Sembene que abrisse a Bifrost e rumou para Muspelheim, o reino dos gigantes de fogo. Apesar do calor, ele conseguiu agüentar e caminhou alguns quilômetros para encontrar a moradia da giganta na montanha. Porém, Alice estava colhendo lenha e foi abordada pelo deus guerreiro.

-- O que você quer? – Perguntou, um tanto assustada com a presença dele.

-- Estou aqui pra te ajudar. – Respondeu o deus, gentil.

-- Você já me ajudou muito tirando meu poder, o que mais quer de mim? – Exigiu Alice, mais irritada com a presença dele.

-- Devolver aquilo que lhe tirei.

Ele a encarou nos olhos azuis dela e se encantou. Alice tem a mesma coloração azulada ocular de Louise, como o céu. Tocou a mão dela e a puxou para um beijo muito envolvente. Ali mesmo uma aura mágica envolveu Alice, como se o corpo dela estivesse incandescente. Ela conseguiu recuperar seu poder e mais ainda: a maldição foi quebrada. Quando pararam, Alice sentiu tudo aquilo que antes teve com Louise, agora era correspondida por ele, o deus guerreiro por quem se apaixonou.

-- Quer entrar? – Convidando-o para entrar em sua montanha.

Gerd aceitou e ali mesmo os dois se entregaram a paixão carnal. Alice finalmente conseguiu ser amada. Na verdade era sua primeira vez com um homem. E não pretendia estragar aquele momento...

Em Vanaheim, Louise chorava em sua cama. A deusa recebeu a visita desagradável de Noone. E como aconteceu com Peter, a vanir viu o que o deus das trapaças lhe mostrou: Gerd e Alice se amando intensamente na montanha. De início não queria acreditar contudo, ao ver mais uma vez, comprovou a verdade.

Completamente raivosa, ela seguiu rumo à montanha e entrando ali encontrou os dois, dormindo juntos.  Ela fincou a espada na pedra, despertando os dois, que encobriam seus corpos.

-- LOUISE! – Exclamaram os dois.

A deusa chorou mais lágrimas douradas, soluçava e voltou a encarar os dois.

-- Eu não queria acreditar! Como podem fazer isso comigo? Por quê? POR QUÊ?

-- Minha deusa...me perdoe... – Alice saía da cama, enrolada com o lençol mas foi esbofeteada por Louise.

-- Eu vim devolver os poderes da Alice. – Justificou Gerd, se vestindo.

-- Só bastava beijá-la, não tinha necessidade de deitar-se com ela! – Disse Louise, cravando mais a ponta da Gram no chão, causando mais estrondo na montanha.

-- Eu correspondi ao ósculo. – Alice se ajoelhava, implorando por perdão para a deusa do amor. -- A culpa é toda minha.

-- Chega! Eu te amaldiçôo! – Empurrando Alice para longe.  -- Perderá todos os seus poderes outra vez. Está banida para Jotunheim e que todos os gigantes de lá, a violem!

Alice sentiu outra vez seu fogo incandescente sumir e não só isso. Sua força também sumia.

-- E quanto a você, Gerhard, espero que se entenda com o Pai de Todos, afinal você mentiu para mim... Na verdade você é uma fraude! Um deus adotado, você é fraco, um inútil! Se está entre os deuses foi por complacência de meu pai!

Após isso Louise desaparece, deixando o casal ali, humilhado. Alice chorava demais por ter magoado o coração da deusinha, a única que realmente ama e ao mesmo tempo ter se deitado com Gerd, que também é amado por ela, ao mesmo tempo ela era transportada para Jotunheim. Sabendo que a maldição começou, a giganta de fogo fugiu o quanto antes e se abrigou em uma caverna gélida, evitando que algum jotun sinta sua presença.

Gerd voltou para Asgard, completamente decepcionado. Não demorou para Tony saber do ocorrido e ele foi castigado, retirando sua lança, seus poderes e ainda sendo preso. Uli tentou argumentar com o pai para que seu irmão adotivo fosse perdoado e foi recusado. Em Midgard o inverno retornou com mais força, devido à tristeza de Peter. O deus do verão descobriu que Dianna, sua amada Valquíria o traiu com Davy. A tristeza praticamente invadiu Vanaheim.

-- Se quiser, posso transformar Dianna num animal... – Dizia Louise para Peter. – E colocarmos Davy no calabouço como castigo!

Peter se preparava para dizer algo quando um dos guardas chamou Louise.

-- Pai de Todos deseja sua presença, Louise.

A deusa foi conduzida para a sala do trono.

-- O que desejas meu pai?

-- Chamei você aqui para falarmos da punição de Gerhard. – Disse Tony.

-- O que o senhor decidir eu aprovo, meu pai.

-- Não sou eu que vou fazer isso, será você!

Louise se assustou. Ela mesma tem agora o direito de castigar o deus guerreiro.

-- Eu? Mas por que eu?

-- Ora, ele feriu você e não a mim, nada mais justo que você puni-lo.

Ela refletiu um pouco sobre isso. Apesar de evitar qualquer coisa relacionada ao dia que encontrou o amado na cama com a giganta de fogo, no fundo a deusa queria realizar isso. Fazer com que ele fosse punido.

-- Está bem... Quando posso fazer isso?

-- Se desejar, pode fazer isso agora!

Ela foi conduzida para a prisão e entrou na sala de tortura, onde Gerd, com os braços acorrentados e de pé, se preparava para o destino final. Louise entrou na cela e encarou o guarda.

-- Se precisar, estarei aqui para proteger, Lady Louise. – Em seguida se retirando, fechando a porta.

A deusa caminhou devagar, se aproximando dele. Viu os ferimentos abertos por conta da pancadaria que possivelmente os carrascos fizeram nele, uma vez que Gerd não é mais um asgardiano.

-- Se queria tanto ajudar Alice recuperar seu poder, era só beijar ela. – Disse a jovem, tentando conter as lágrimas e pegando uma adaga. – Por que se deitou com ela? POR QUÊ?

-- Eu confesso, eu a desejei ela. – Respondeu Gerd, encarando Louise. -- Cuidou dos meus ferimentos numa batalha.

Ela ouviu atentamente e tomada pelo ciúme e a insegurança, cravou a adaga no braço, causando a dor imensa. Os dois guardas que ali estão na porta ouviam os gritos de Gerd e nada faziam. Pareciam apreciar aquele momento...

Louise então abriu o armário das armas e dali tirou um açoite.

-- Os guardas e carrascos não foram capazes de te machucar... – Ela balançava de um lado pra outro o chicote. – Mas eu sim. Eu sou capaz. Saberá da pior forma que não se deve enganar... UMA DEUSA!

O açoite começou. Gerd sangrava e gritava a cada golpe que Louise aplicava. Ainda insatisfeita, ela cravava mais a faca no corpo dele, desta vez na mão e até nas pernas. Num dado momento, ela olhou para um pequeno martelo e sorrindo maleficamente, imaginou ali usar aquelas armas também para castigar Dianna por trair Peter e depois Davy por ceder.

-- O que vai fazer agora? – Perguntou Gerd, quase sem voz por conta dos gritos.

-- Continuar seu castigo...

Mal terminou e Louise golpeia bem forte o martelo contra o dedo de Gerd, quebrando completamente e fazendo-o emitir um desesperado grito que fez Asgard inteira ouvir.

-- Pare, Louise! Eu imploro!

A deusa deixou o martelo de lado e voltou aos açoites, mais fortes. No entanto, a cada golpe, ela sentiu uma fisgada de tristeza. E desta vez não conseguiu evitar as lágrimas douradas caírem de seus olhos. Ela disfarçou esse momento de fraqueza e novamente se armou com o martelo, apontando para o meio das pernas do deus guerreiro, que agora é um mortal.

-- Nunca mais vai gerar outros, como você!

Gerd se contorcia de dor, medo e arrependimento. Rezou mentalmente para o Pai de Todos lhe perdoar, rezou para Louise perdoá-lo. Ele viu a mão dela com a arma, prestes para o golpe final...

Fechou os olhos para não ver o pior. Em vez disso... Louise quebrou as correntes dele com a arma, libertando o jovem. Ele a viu chorando e se desmanchou. Nunca foi sua intenção machucar os sentimentos da deusa. Ele a amava com todas as forças de seu coração e por ela, sacrificaria tudo. Até mesmo arriscar a própria vida viajando até a árvore de Sophie e arrancar uma das maçãs douradas, para presentear sua amada deusa amorosa.

Ela por sua vez, chorou mais ainda e ficou de costas para ele.

-- Pode ir embora! Está livre, Gerhard!

Ele caminhou com dificuldade e meio manco, abraçou a deusa por trás.

-- Me perdoe, me perdoe, meu amor.

Ela aceitou e se virou para ele, retribuindo o amplexo. A deusa teletransportou-se para o quarto de Gerd, levando o deus castigado consigo. Ele se deitou e ainda foi cuidado. Louise curou todos os seus ferimentos e inclusive restaurou seu dedo e outras partes do corpo que foram quebradas. 

-- Obrigado. – Agradeceu.

Louise não respondeu e voltou a derramar mais lágrimas douradas. Gerd a abraçou mais uma vez e se encararam. Aquele sentimento ainda vive neles e trocaram um beijo forte e ardente.

A deusa do amor abraçou bem forte o corpo atlético do deus guerreiro e ele num só puxão rasgou a roupa dela, deixando-a nua. Deitou-a em sua cama, beijando seu rosto e  depois o pescoço e os seios.

-- Gerd... ahhhh... – Ela gemia à medida que o carinho dele aumentava.

Ele descia os beijos até as pernas de Louise. Abriu com calma ali e continuou, desta vez fazendo sexo oral na deusa, provocando mais prazer. Louise gemia mais alto, sem se importar se o palácio, as valquirias, os deuses ou até mesmo seu pai ouvisse. Ela queria fazer Gerd sentir o amor...

Depois disso a deusa ficou por cima dele, repetindo todo o carinho dele, contudo, ela pegou uma das facas de Gerd e apontou a lâmina na garganta dele.

-- Ouça bem... O que vou dizer! – Disse Louise, cavalgando nele e ofegante. – Se me trair com outra, eu arranco sua cabeça! Esquartejo você, jogo seu corpo no Helheim e ainda devoro seu coração no café da manhã! Você me entendeu?

-- S-sim.

-- Você jura?

-- Eu juro! – Mal terminou de responder e Gerd tirou adaga da mão de Louise.

Ele se levantou, continuando a trazer de forma sensual o corpo de Louise e enchendo-a de beijos e invertendo as posições, ele a dominava, penetrava com força e prazer. No último ato, gemeram alto demais, atingindo o orgasmo.

Ficaram deitados na cama, abraçados e felizes.

A deusa acordou primeiro, deixando Gerd ainda adormecido. Se vestiu e correu para o portal.

-- Abra a Bifrost. – solicitou Louise.

-- Para onde, deusa?

-- Jotunheim.

Minutos depois ela adentrou a terra dos gigantes de gelo, munida com a espada Gram e um casaco de pele. Ela nunca gostara do frio e lamentou ter deixado o colar em Asgard. Caminhou em direção a uma montanha gélida e resistente. Encontrou uma caverna com uma fogueira e uma giganta toda tremendo de frio e coberta com lã de ovelhas tosqueadas.

-- Alice...

A giganta acordou e reconheceu a deusinha de olhos azulados. Sua amada.

-- Louise, minha deusa... – Alice mal conseguia falar por conta do frio e o medo. – Me perdoe...

-- Não diga mais nada. – tocou seus lábios com carinho e renovando seus poderes. – Retirei a maldição e não está mais condenada a viver aqui entre os jotuns.

-- Mas... – A lembrança de trair sua amada com o deus guerreiro magoava demais. – Eu a desapontei. Amei um homem. Recebi-o em meu leito na montanha. Mas não sabia... que ele e você se amam.

-- Você o ama? – perguntou a deusa, compadecida.

-- Sim. – admitiu Alice, de olhos baixos. – Ele me deu esses dois.

Ela mostrou um cesto enorme coberto com mais lãs e dali revelou dois bebês, branquinhos e com uma marquinha de nascença no pé.

-- Gerd me deu eles...

Apesar de toda doçura que demonstrou para Alice e os filhos dela, Lulu não conseguia ocultar o ciúme. Havia perdoado Gerd, libertado de seu suplício e agora iria garantir que o mesmo recupere seus poderes. E depois disso ia deixa-lo para sempre. Alice viu uma lágrima dourada pingar do rosto de Louise.

-- Louise...

-- Estou feliz, meu amor. – disfarçando a tristeza. – Agora pegue essas crianças e volte para sua casa. Se Hunt ou Noone descobrem sobre seus filhos, não quero imaginar.

-- Você pode levá-los daqui e me deixar aqui.

-- Não, Alice! Eles precisam é da mãe verdadeira. Recuperou agora seus poderes e és livre.

Antes que a giganta pudesse insistir, a Bifrost transportou Louise de volta para Asgard. Alguns deuses a esperaram e Tony era um deles.

-- O que deu em você? – questionou o pai, muito indignado. – Libertando Gerd?

-- Ele pagou com as dores. Mereceu todo o castigo aplicado por mim. – respondeu Louise, mais séria. – Meu pai, todos erramos mas também somos perdoados. E Gerd possui um coração tão bom e é justo. E sem falar que ele conseguiu prender Verratti. Ele nos salvou.

-- Vi a batalha e como Gerd mudou. – Tony pausou um pouco, encarou Gerd que estava com as mesmas roupas esfarrapadas da prisão e Uli por perto, caso fosse persuadir o pai. – Farei como pediu. Ele está livre.

Num movimento de mão, fez a lança Notung surgir e entregou nas mãos do filho adotivo, envolvendo-o numa aura mágica. Gerd voltou a ser o deus da guerra e ainda com suas vestimentas.

-- Obrigado, Pai de Todos. – agradeceu Gerd, fazendo reverência.

-- Apesar dos receios, eu tive de dar essa segunda chance para você.

-- Meu pai! – chamou a deusinha, puxando o pai para um pouco longe dos outros deuses. – Seria pedir demais se libertasse Davy?

-- Está abusando, Louise.

-- Eu sei mas ele vai ser pai.

-- Peter também vai ser pai.

-- Por isso mesmo. – Louise explicou todo o caso de amor de Peter com Dianna e a intromissão de Davy, no qual a deusa jura de pés juntos que não tinha intenção alguma de provocar essas desavenças.

Tony concedeu esse pedido e os outros deuses comemoraram o retorno de Gerd. Uli foi mais ainda e convidou todos para a festa.

Em seu quarto, Louise se vestia adequadamente e colocou a Brisingamen no pescoço. Se juntou aos deuses e valquirias na celebração. E foi durante o jantar, o inevitável aconteceu.

Gerd tocou o berrante, despertando atenção de todos.

-- Obrigado por estarem reunidos aqui. Não só quero festejar meu retorno ao panteão asgardiano, mas também quero fazer um pedido diante de todos.

Internamente Lulu estava entendendo do que se trata...

Na mesma mesa, Dianna sentava ao lado de Davy e Peter permanecia com sua irmã postiça no exato momento que Gerd caminhou até a deusa e mostrou um anel dourado, gravado o nome de Louise.

-- Louise, deusa do amor. A mais formosa e valente das deusas... Quer casar comigo?

Algumas divindades e valquírias  chocaram-se com o pedido, por causa do casamento anterior de Louise. A própria desejava aceitar, afinal, desde que Jim desapareçou, fechou-se para o amor e se concentrou em juntar outros casais e abençoa-los, como foi o caso de Emma e Micky. No entanto, lembrou-se de Alice.
Também ama sua giganta. Se não fosse a infidelidade de Gerd e os filhos que gerou com Alice, poderia muito bem se casar com ele. E foi este pensamento que a fez responder.

-- Não!

E mais espanto foi provocado no salão.

-- Como?

-- É isso mesmo que ouviu! – respondeu séria. – Não aceito.

Lulu se retirou da sala mas foi seguida pelo deus guerreiro.

-- Louise... Pequena deusa... Eu posso explicar.

-- Explicar o quê? Que além de ter se deitado com Alice, teve dois filhos com ela? Um menino e uma menina? E mesmo ter recuperado seus poderes e a Notung, você ainda não os procurou?

-- Sei que errei e deixei os três para morrerem na montanha.

-- O que disse? – a deusa se espantou com a crueldade de Gerd e acerta um soco no rosto dele. – Que espécie de deus é você? Eles não merecem isso.

-- Merecem. – disse, sem receios. – Eu errei ao me deitar com Alice.

-- Já dei minha resposta e não insista! – ameaçou a deusa, furiosa. – A menos que queira voltar para prisão.

Ele continuou a seguir.

-- Você falou com a maldita giganta? – indagou, embravecido.

-- Eu a libertei e a fiz recuperar seus poderes.

-- Devia ter deixado ela morrer lá com as crianças!

Louise ignorou e continuou andando até perceber que escurecia em Asgard...

Os deuses saíram do salão e avistaram o céu. Tudo escuro. E depois um pouco de ar congelante. Rapidamente um portal mágico se abriu e dele surgia dezenas de gigantes de gelo e atacaram os deuses. Outros portais se abriam e mais gigantes gelados apareciam. Mesmo com a Bifrost fechada, tinha algo de errado.

Tony combatia os seres enormes e junto com Uli e Peter, foram até a sala das armas e se espantaram.

-- Não pode ser. – disse Uli.

-- O TESSERACTO FOI ROUBADO! – bradou Tony, enfurecido.

Peter já deduziu quem pode ter feito isso.

-- Noone!

No exato momento que ia dizer mais, Gerd correu até a sala.

-- LEVARAM A LOUISE!

Tony correu o máximo que pode até a Bifrost e encontrou Noone e o rei dos jotuns, Hunt, carregando Louise e Dianna. As duas, presas em esquifes de gelo, gritavam e socavam com força o caixão gélido.

-- Pai!

Tony disparou seus raios contra o rei e o deus das trapaças mas o ataque foi defendido. Reconheceu a feiticeira Meg, de Niflheim.

-- Maldita Megan! – exclamou o deus. – O que pretende ganhar levando minha filha e ajudando esses patifes?

-- Poder, Pai dos Deuses! E sabe que gosto muito de lucrar com o caos. – disse a bruxa. Ela havia prendido Sembene e manteve a Bifrost aberta para Noone e Hunt escaparem. – Mas posso libertar Louise... se me entregar o colar de sua filha.

O colar Brisingamem é um tesouro mágico e somente Louise pode controlar o poder que há nele.

-- Enquanto pensa, nós levaremos sua menina e esta valquíria de bônus.

Ela desaparece no portal e Tony finca a lança com raiva no chão e liberta Sembene. Retornando para o palácio, encontrou os gigantes mortos e alguns deuses feridos. Encontrou Gerd, socorrendo Micky.

-- Gerhard, preciso de sua ajuda! Salve minha filha.

Mesmo com a briga que tivera com a deusa, Gerd não negou isso.

-- Vou salvá-la. Mesmo que isso me custe minha vida.

Ele caminha rumo a Bifrost mas foi barrado por Uli.

-- Ela recusou seu pedido de casamento e ainda sim vai salvar aquela deusa?

-- Eu a amo.

-- Mas Gerd...

-- Não me importa! – embraveceu Gerd. – Se não quer me ajudar, fique aqui, Uli!

Deixando seu irmão para trás, ele chegou a pequena redoma onde Sembene se recuperava e protegia o portal.

-- Tem outros que desejam te ajudar, Gerd. – avisou o guardião da Bifrost.

E na sala surgiam Peter, o irmão de Louise e Felicity, a líder das valquírias.

-- Ela é minha irmã e também levaram a Dianna. – justificou o deus do verão, preocupadíssimo.

Fefe não queria responder mas acabou dizendo a verdade.

-- Louise é minha prima. Mesmo pondo minha vida e de outra pessoa junto, vou lutar ao seu lado.

Tony também apareceu, carregando um pedaço dourado e entrega para o filho.

-- Isto é o que restou da Brisingamen. – em seguida explicou. – Louise fragmentou em nove pedaços o colar. Juntando todos, irá rastrear minha filha.

-- Nove pedaços? Isso corresponde... aos reinos. – Gerd pressentiu mais coisas. – Tudo bem. Mas, Tony... posso pedir algo?

-- Diga.

-- Em Muspelheim há uma giganta de fogo chamada Alice. Tive dois filhos com ela. Caso eu venha cair nesta luta, pode cuidar deles por mim?
Tony não negou o pedido e abraçou o filho e desejou boa sorte para Peter e Fefe. Sembene abriu a Bifrost para os três.

                                    
Continua na SAGA 2