sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

For Evie, Whenever I May Find Her (fanfic)

Olá pessoas!
Mais uma fanfic surge no blog. E hoje temos For Evie, Whenever I May Find Her, que se passa uns dias após o fim da fanfic Mary Anne With Shaky Hands, escrita pela blogueira Mariana "Walrus Girl" Campos. Peguei emprestado a personagem dela, Evanna Davies e na fic de 3 capitulos ela conta como se separou de Pete Townshend (resultando na relação com Jenna e depois passando para Felicity nos eventos de Love Sell Out), a decisão de falar a verdade para as garotas da Rolling Stone e seu novo relacionamento com cantor Art Garfunkel. Boa leitura!



For Evie, Whenever I May Find Her__ Maya Amamiya

Capitulo 1: A queda do amor

Sábado à noite, todos estavam reunidos na casa de Paul McCartney para celebrar os noivado de Mary Anne, sua irmã com George Harrison, guitarrista dos Beatles. A banda The Who estava também presente, junto com os Kinks.
Evanna Davies e Pete Townshend estavam muito felizes juntos. Desde que se conheceram, havia ali uma química perfeita entre eles e isso não se podia negar.

Pete leva Evie para sacada do apartamento e depois faz a clássica pergunta amorosa.

-- Evanna Camille Davies, quer casar comigo?

Quanto a Evanna, não se fez de rogada e tocando as mãos do guitarrista, respondeu.

-- Aceito, Pete! EU ACEITO!!!

Todos correram para sacada e aplaudiram o casal apaixonado... Mal sabia Evie, tudo mudaria a partir de 1967...




--- 1---9---6---7---


-- Acabou, Pete!

-- Não é verdade, Evie! Aquela era Annie, minha ex-namorada e não tenho mais nada com ela! Eu juro!

-- COMO EXPLICA ESSA FOTO? – Gritou a menina e mostrando uma foto com Pete e a jovem chamada Annie abraçados e sorrindo.  – VOCÊS... AINDA SE AMAM, NÃO É VERDADE?

-- Não mais, Evie! Por favor, não fica brava comigo....

-- Pete... – Evanna simplesmente estava com raiva e mal conseguia proferir as palavras certas devido ao seu estado emocional e as lágrimas em demasia. – Eu te odeio!

Evanna correu para perto de sua amiga Mary Anne, onde foram conversar numa cafeteria. Pete era amparado pelos colegas de banda e ganhando o apoio moral deles.
Enquanto isso, uma garota de cabelos dourados observava ao longe toda a situação com um sorriso maléfico, certa de que conseguiu concretizar seu plano: separar o guitarrista do Who de Evanna.

-- Não chora, Evie... – Dizia Mary Anne limpando as lágrimas da amiga. – Talvez o Pete seja inocente, ele não parece ser do tipo que trai.

-- Mary... eu vi as fotos... ele e a menina... pareciam tão apaixonados... trocaram um beijo e um abraço... meu deus... – Falava Evie, ainda chorando e proferindo palavras com certa dificuldade.

Mary Anne consolou sua amiga pelo resto da tarde e o que parecia uma hora melhorar... iria ficar pior nos próximos dias...


Continua...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Do You Want To Know a Secret? (Oneshot e shortfic)

Olá pessoas!
Ontem foi o aniversário de George Harrison e ainda no clima, hoje vou postar uma microfic sobre o beatle. Se passa após a fanfic Mary Anne With Shaky Hands, escrita pela blogueira Walrus Girl no blog Peripécias de uma garota qualquer clique no nome do blog para conferir!
E agora com vocês, nova oneshot. Curtinha porém muito boa de ler!



Do You Want To Know a Secret?__ Maya Amamiya

Tudo era novo naquele dia. George finalmente estava casado e com a mulher que tanto amou desde a pré- adolescência, Mary Anne McCartney, irmã de Paul.  A lua de mel em Barbados marcou a primeira de muitas viagens para o casal. E juntos fizeram planejamentos para a vida futura, a construção de uma família perfeita.

Seis semanas depois voltaram a Londres para começar a nova vida. Enquanto estava no estúdio gravando as músicas novas, George se lembrou de outro momento, mas que não foi com esposa. E sim com uma garota encantadora.  Uma menina que possuía qualidades tão espantosas que fizeram o beatle a gostar tanto dela, que hoje é sua melhor amiga.



FLASHBACK ON

-- Ai George... – Suspirava Nora Smith. – Paris... Eu amo Paris!

-- Nora! – Chamou o beatle, já que sua namorada corria pelo parque parisiense como uma criança.

Quando ela se aproximou, George sussurrou no ouvido de Nora.

-- Você quer saber um segredo?

-- SIM!—Gritou a jovem mas se contendo e voltando ao estado normal.

--Prometa não contar? – Perguntou sorrindo.

-- Prometo!

George olhou os lados para certificar que nenhuma fã vai implicar em pedir autógrafo e depois seguiu sua atenção para Nora.

-- Aproxime-se... – Fazendo gesto com as mãos para ela chegar mais perto dele.

-- Deixe- me sussurrar no seu ouvido... as palavras que você há muito espera.

-- O que? Fala logo, George.

-- Que estou apaixonado por você!

Ao ouvir aquelas palavras, Nora ficou encarando os olhos do amado e imediatamente arrancou o mais ardente e apaixonado beijo. Um ósculo dado  em  plena capital francesa.

FLASHBACK OFF


-- George! – Chamou sua esposa Mary Anne, que esperava o marido na porta do estúdio, onde ele estava completamente sozinho. – Vamos para casa?

-- Claro, meu amor!

E eles foram para o seu lar. Embora amando muito sua esposa, George sabia que nunca esqueceria Nora. Para ele, tudo passa na vida... Menos sua fome, Mary Anne e o amor que um dia demonstrou a jornalista Nora.




FIM

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Um poema para o beatle (poesia)

Olá, gente!

Hoje que é aniversário de George Harrison, não posso deixar passar em branco. E para homenagear esse beatle, dedico-lhes esse poema gentil. Boa leitura!



Não choro por você
Eu quero sorrir por você
Que fez o sol aparecer.
Que rezou Hare Krishna ao mundo.
Pediu que dessem o amor ao mundo.

Não odeio você
Eu amo você.
Por saber que apenas no jeito dela,
Atrai-lhe a atenção.
Que se livrou do sapato marrom
Para demonstrar amor.

Eu não grito por você
Eu digo tudo por você.
Digo pela saudade deixada.
Por todos esses anos.
Pela trufa de savóia dada.
O amor...
E a guitarra que um dia
Derramou lágrimas gentilmente.
E soube o que é amar!



Inara Araujo__ uma beatlegirl...

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Brit Couples: Valentine's Day

Sei que está atrasado, mas vou postar os banners dos principais casais que movimentam o mundo das fanfics no Invasão Britânica!

 Aparição: Laços do Blues
 Aparição: Inverno de Amor
 Aparição: Laços do Blues, Inverno de Amor
 Aparição: Pictures of Lily, Love Sell Out e Sun King
 Aparição: Glow Girl, Pictures of Lily, Love Sell Out, Sun King
 Aparição: Laços do Blues, Inverno de Amor, Sun King
 Aparição: No Limite da Paixão (em breve)
 Aparição: Lembranças de uma fã, PS I Love You John, Thank You Rosie, Laços do Blues
 Aparição: No Limite da Paixão (em breve)
 Aparição: Love Sell Out, Pictures of Lily, Sun King
 Aparição: Laços do Blues, Sun King
 Aparição: Inverno de Amor, Laços do Blues
 Aparição: Laços do Blues, Inverno de Amor
Aparição: Love Sell Out, Pictures of Lily, Sun King

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Brit Characters: Robert McGold

Olá pessoas mais uma vez!

Mais uma vez estou aqui para apresentar uma ficha técnica de personagens e hoje Robert McGold, pai de Felicity, Jon e Bran é que estará no Brit Characters. Versão maturidade é representado pelo ator Kit Harington e na atual pelo Mark Addy. Confiram!



Nome Real: Robert Kenneth McGold

Idade: 49 (em Love Sell Out, 20 quando conheceu Sophie Chapelle no campo de concentração na Segunda Guerra.)

Data: 7 de fevereiro de 1918

Falecimento: 5 de maio de 1985

Cidade natal: Newport, País de Gales

Cidade atual: Liverpool

Profissão: Pescador de dia, guitarrista freelance nos bares a noite.

Hobby: Arrumar as redes de pesca, jogar futebol com os amigos, levar seus filhos para os passeios de ferryboat.

Relacionamento(s): Martha O' Connan Donovan (1938 a 1941), Sophie Chapelle (1943 até o casamento no dia 12 de agosto de 1944. Separaram-se em 1959), Martha Donovan (1967 em diante, casaram em 1969.)

Características: Robert é homem de poucas palavras mas de bom coração. Um lobo solitário que gosta de vagar pelas noite de Liverpool, seja bebendo e conversando com pessoal, seja tocando guitarra. Na juventude, namorou Martha O' Connan até o dia que foi convocado para o exército. Na guerra, perdeu muitos colegas até ser capturado junto com outro pelotão britânico e foi levado para o campo de concentração de Sobibor e lá conheceu sua futura esposa, Sophie Chapelle. Após a fuga, conseguiram partir para Newport e lá Sophie deu a luz Felicity, sua filha mais velha. Na vida de casado, se tornou dono de um pequeno barco pesqueiro no mar do norte e isso explica sua longa ausência, o que resultou na crise de seu casamento e na traição de sua esposa. Sabe que Jon não é seu filho de sangue, contudo ainda o trata como se fosse. Já com Brandon, Robert lhe dá apoio no seu sonho de se tornar jogador de futebol. A cada 15 dias, o pai de Fefe passa o fim de semana ou feriados na casa da filha, levando consigo os outros filhos que vivem com a avó em Liverpool.

Medo: Perder seus filhos

Do que mais gosta: Tocar guitarra e conversar

Do que menos gosta: Que fiquem lhe dando opiniões sem sentido.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Brit Characters: Sophie Chapelle

Olá pessoas!

Finalmente uma chuva pra refrescar depois de dias de calor com 40º. É horrível, mas fazer o que? É o verão... Chega de papo furado que hoje é dia de ficha técnica dos personagens e hoje vamos apresentar Sophie Chapelle, para todos os efeitos, ela é a mãe de Felicity, Jon e Bran e ex-esposa de Robert. Um diferencial na foto, ela é encarada na versão maturidade por Eva Green e na atual por Lena Headey.



Nome Real: Sophie Adrienne Chapelle McGold Lamarc

Idade: 40 (em Love Sell Out, 16 quando conheceu Robert McGold no campo de concentração em Sobibor)

Data: 25 de junho de 1927

Cidade natal: Lyon, França

Cidade atual: Manchester

Profissão: Socialite e dona de uma famosa boutique.

Hobby: Cozinhar e decorar a casa

Relacionamento(s): Robert McGold (outubro de 1943 em diante - casaram em 12 de agosto de 1944 e separaram-se em 1959), Serge Lamarc (1960 em diante - casaram em 3 de abril 1962)

Características: Sophie é uma mulher de talento para o comércio. Conseguiu formar seu próprio negócio com muito esforço e dedicação. Contudo, sua vida é feita de sofrimento. Na Segunda Guerra, presenciou as mortes de seus pais e seu irmão, Jean Pierre no campo de concentração nazista. Decidida a sair daquele lugar, ela e sua irmã mais nova, Elaine, se juntaram com os outros prisioneiros para a rebelião de escape. Neste meio tempo, conheceu Robert McGold, então soldado britânico capturado. Após o escape, Sophie e Robert fugiram para Newport, em Gales, onde se casaram e tiveram uma filha, Felicity. Contudo o casamento decaiu muito e Sophie conheceu outro homem, Serge e com ele teve Jon. Ainda enganando Robert, tiveram mais um filho, o caçula Brandon e depois se separam e Sophie passou a viver com seu amante. Ah, ela é judia.

Medo: Morte

Do que mais gosta: Dedicar seu tempo para a família e proteger seus filhos.

Do que menos gosta: Lembrar da guerra


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Love Sell Out (18º Capítulo)

Olá pessoal!
Estou sofrendo com esse calor mas fiquei inspirada e consegui mais um capitulo de Love Sell Out. Neste cap. temos 3 POV's, o que aumenta mais o gosto de ler a fic. Boa leitura!




Capitulo 18: Surf Girl

Felicity POV
Finalmente consegui embarcar no avião e com direito um bom lugar na janela. Assim posso ver as nuvens e posteriormente dormir, o que geralmente faço quando vou viajar. Guardei as sacolas de presentes, contudo, não resisti e quis abrir a sacola que Anastacia me deu. Havia 3 livros e justo os que tanto pedi, Anna Karenina, O Morro dos Ventos Uivantes e Crime e Castigo.  Quando já ia ler Anna Karenina, alguém me cumprimentou.
-- Olá, querida!
Levei um susto e logo vi quem era. Meu primeiro ex-namorado, Eric Burdon.  Ele sentou atrás de mim e continuou a conversa.
-- Então, está indo para Califórnia? – Perguntou sorridente. – Sabe, eu tenho uma casa por lá, se quiser, podemos relembrar os velhos tempos e...
-- Eu não sei o que a Nora te disse, mas quero deixar bem claro: pare de me importunar e jamais vou relembrar os tempos com você! – Falei bem brava e voltei ao meu lugar para tentar ler meu livro.
-- Soube o que aconteceu no aniversário da Nora. – Disse Burdon um pouco soturno.
Ele não compareceu ao aniversário dela por motivos pessoais e o único dos Animals que estava lá era o guitarrista Hilton Valentine. E pelo visto contou tudo ao amigo.
-- É mesmo? – Falei irônica, ainda sentada e focada no livro.
-- É verdade. Se bem que seria divertido vê-lo dando porrada no Keith Richards e no Gordon Waller.
-- É... – Disse bem baixo para poder ler. Burdon ainda falava e eu nem dando atenção.
Até que ele cansou de minha indiferença e falou.
-- Quer parar de ler e me ouça!
Aquilo me deixou furiosa e mais ainda por ele ter tirado meu livro de mim.
-- Vai me obrigar, é? Tente!— Falei, bem desafiadora. Não temo os homens e nunca temi algum.
-- Eu quero dizer que sinto muito por você e o narigudo terem acabado dessa maneira.
-- Por que não diz isso para ele, o canalha do Pete? Já disse, Eric, eu não quero saber de você, nem de ninguém!
-- Mas não quero brigar com você -- Insistia ele, independendo se nossa conversa chamasse a atenção dos passageiros e da aeromoça. – Só estou com saudades, faz mais de um ano que não nos falamos.
-- Escute, aceitei essa viagem para Califórnia no único objetivo de deixar tudo para trás, esquecer você, Richards, Davies, Gordon e o Pete, sobretudo o Pete!
-- Eu nunca esqueci de você e nem da Nora.
-- Sinceramente não sei quem é mais canalha e safado, se é você, Jack Bruce ou Pete? – Perguntei indignada.
-- Com certeza é o Jack, pelos boatos que correm dele roubar as calcinhas das namoradas dos dois companheiros de banda.
-- É grotesco e mais ainda pelo seu hábito de quebrar ovos. – Lembrei desse detalhe. Eric amava quebrar ovos nas groupies com quem ficava. Sorte minha que nunca quebrou um ovo em mim, seria nojento!
-- Estou me controlando perante isso. Não é o bastante? O que o Pete fez de tão mal para você? Me diz!
Antes de responder a aeromoça nos chamou atenção.
-- O casal, por favor, pare de discutir no avião?  Está causando transtornos aos passageiros.
-- Primeiramente – Me levantei e encarei o rosto dela. —Eu e esse cavalheiro não somos um casal e segundo ele começou tudo isso e se quer colocar a culpa em alguém, deve ser nele, pois não gastei 150 mil libras de passagem para ser repreendida por algo que não fiz! Agora se me der licença, quero relaxar antes de pousar em Nova York!
Depois dirigi meu olhar a Burdon mais cheia de raiva.
-- E depois não me venha com essa de saudade, só ficou comigo por causa da Nora que eu sei!—Terminei de falar e tirei o livro das mãos dele.
Todos ficaram assustados com minha atitude e a aeromoça loira também. Achei que teria encrenca no desembarque para NYC, mas não tive. Eram duas horas da tarde quando cheguei a solo americano. Nova York era um começo. Anunciaram o vôo para Califórnia as 15h45. Mais algumas horas de viagem. Vi que Eric Burdon não estava no avião e me surpreendi quando outra aeromoça (mais legal que a anterior) me falou que ele pegou outro avião. Um alivio para mim, assim seguiria sem alguém para me importunar. Novamente embarquei, estava muito ansiosa para chegar à Califórnia, rever Brian Wilson e os Beach Boys. Fazia um ano que não os via desde que lançaram o disco Pet Sounds, que alias, fui eu a construir a capa do disco. Continuei lendo Anna Karenina e alguém ligou um rádio stereo e tocou Man With Money, versão tocada pelo The Who. Pessoalmente gostaria de ouvir Everly Brothers. Enquanto tocava a música, pensei nos fatos. Será que eu poderia perdoar Pete? Fui injusta com ele e não ouvido sua versão da história. Pensei tanto sobre isso que acabei adormecendo na viagem...
“Deve perdoá-lo...” – Dizia uma voz nos meus sonhos.
Olhei para o corredor do avião, não havia ninguém. Sem passageiros, sem aeromoças quando fui à cabine do piloto, um susto. Sem pilotos!
Me virei e me assustei com o homem a minha frente. Todo vestido de branco, cabelo e narigudo. Achei por um momento que fosse Pete, mas olhando mais de perto, ele era moreno claro, com aparência mais persa.
-- Quem é você? – Perguntei meio assustada.
-- Seu líder, seu guia... – Ele respondeu e em seguida sumindo, formando uma bola de luz ofuscante para meus olhos.
Acordei de sobressalto pelo cutuco da aeromoça legal.
-- Miss McGold, chegamos à Califórnia!
-- Oh, obrigada. – Agradeci um tanto sem jeito pelo fato de ter dormido a viagem toda. Peguei as malas e consegui fazer um bom desembarque. Fui em direção a porta e reconheci os quatro caras que estavam parados e segurando uma placa escrito meu nome.
-- Felicity McGold! – Exclamou Mike Love, vocalista dos Beach Boys que vinha me abraçar. – Bem vinda ao nosso lar!
-- Muito obrigada, Mikey.
Cumprimentei a todos. Dennis e Carl (irmãos de Brian) contaram que o irmão estava dormindo por isso não pode comparecer. Al Jardine sempre alegre, igual ao Charlie Watts, dizia também que Brian ansiava pela minha presença. Fomos no carro de Al e a conversa seguiu normal até a chegada na casa de Brian. Entramos na fabulosa mansão que ele possui e ainda por cima, ficava perto da praia, ou seja, dava para ouvir o som das ondas se encontrando nas areias.
Minhas malas foram colocadas no quarto de hospedes preparado para mim e eu agradeci mais uma vez aos rapazes.  De tão cansada só conseguiu tirar minhas botas e me deitei mesmo com a roupa no corpo.
Pela primeira vez consigo dormir tão pesadamente... até que ouvi um barulho de porta de abrindo e alguém gritar. Saltei da cama e peguei o pé direito da bota e saiu do quarto com cuidado. Vi que Brian estava acordado e seminu, procurando por algo.
-- Droga! – Ele estava bravo. – ONDE ESTÃO MEUS REMÉDIOS?
Depois daquele grito, solucei alto e Brian acabou me vendo.
-- Felicity, é você?
Voltei correndo pro meu quarto, bastante constrangida. Vi Brian Wilson só de cueca e gritando pelos remédios.  Tentei me acalmar e alguém bate na porta.
-- Quem é? – Perguntei, mesmo sabendo que era Brian.
-- Sou eu, Brian. Abre a porta, Felicity!
Fui abrir a porta e o vocalista dos Beach Boys vestia apenas uma bermuda, contudo sem camisa e com cabelo menos bagunçado.
Nos abraçamos intensamente e nos cumprimentamos.
-- Nossa, faz tanto tempo, Fefe querida! – Ele dizia, passando a mão em meus cabelos, como gesto carinhoso.
-- Faz tempo mesmo. Conseguiu encontrar seus remédios?
-- Ah.... sim. A empregada me deu. – Disse ele, mostrando o pote que continha remédios que ele tomava para evitar suas “loucuras”. – Como vê, estou me controlando... e você estava tão cansada que dormiu de roupa?
-- Com certeza. – Ri pelo fato mesmo de ter dormido com roupa e tudo.
Pedi para Brian se retirar pois iria tomar um banho e ele pediu para me juntar com os rapazes no café da manhã. Aceitei na hora. Eu sabia que tudo iria dar certo...
Até o momento em que fui ao banheiro e quando olhei no espelho, vi outra vez o homem de origem persa e usando roupa branca me encarando. Assustei-me com ele e com seus dizeres.
-- Deve salva-lo...
Resolvi perguntar quem era e ele me respondeu.
-- O homem cujos olhos são o mar. E você a areia que o completa!
Aquilo era uma alucinação minha.  Quem era o homem cujos olhos são o mar?
Procurei não me estressar e segui o dia ao lado de Brian e os Beach Boys. Tudo era uma maravilha...


Pete POV
Keith chegou no apartamento por volta de 10h. Eu estava tomando café e Roger e John lavando a cozinha. 
Perguntei a ele sobre Fefe.
-- Desculpe, Pete. Ela foi embora.
Aquilo me causou um medo daqueles.
-- Para onde?
-- Para Califórnia, entrevistar os Beach Boys.
No entanto, ao ouvir que Felicity iria entrevistar aquela banda de surf music, imediatamente me lembrei de Brian Wilson, o maluco. Desde que lançaram Pet Sounds, um dos álbuns de grande nível musical, o vocalista se empenhava em tornar a música do grupo melhor ainda. E isso ficou mais tenso quando anunciou que iria lançar o disco Smile, dito como  “o mais audacioso” projeto. Tudo isso se deve ao fato que ele ouviu o disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.
-- Não... – Murmurei e olhei pro meu café.
Eu causei tanta dor a ponto de Fefe sair da Inglaterra, tudo isso para não me ver.
-- Pete... – Disse Roger, já sentando perto de mim. – Supere isso. Vai ficar tudo bem. A Fefe é uma garota sensata, ela vai pensar muito nesses dias de viagem e quando voltar, com certeza vocês vão conversar e se acertar.
Roger me motivou a ter esperanças que Fefe me perdoasse. John e Keith não foram diferentes. Hoje as meninas também apareceram no apê  e pela primeira vez, me senti deslocado, sozinho. Fui até a janela do meu quarto fumar um pouco e lembrar de Felicity e o quanto fui feliz ao lado dela.  Lembro dos nossos passeios ao Hyde Park, sua paixão pela fotografia, seus poemas escritos e acima de tudo, a habilidade dela na guitarra. Confesso que ensinei mais uns acordes a ela, o que resultou em um som muito legal.
E agora, estou longe dela. Talvez seja isso que chamam de “pagar os pecados”. Fui infeliz com Karen Astley, uma mentira destruiu minha relação com Annie e um mal- entendido me tirou de Evanna Davies, outra prima dos irmãos Davies, mas muito diferente da Jenna e uma gravidez (acredito que seja falsa) me separou de Fefe.
Comecei a chorar e tossi um pouco por causa da fumaça. Alguém bate na porta.
-- Quem é? – Gritei.
-- Anastacia. Quero falar com você.
Ana querendo falar comigo? O que poderia ser? Acabei abrindo a porta e encarei o pessoal. John mais uma vez com aquela cara de sempre, não emitiu um pio de protesto e permiti a entrada de Ana no quarto.
-- Como você está? – Ela perguntou e sentando na cadeira da minha escrivaninha.
-- Acordei ruim, acreditando que tudo se resolveria. Acreditando que Fefe estaria mais calma em me ouvir. E agora... estou péssimo! – Respondi, estava de pé, olhando pra janela e ainda fumando.
-- Eu sei. – Ela falou suspirando. – Acreditei também que ela iria falar com você num dado momento. Sabe como ela é.  Cabeça-dura e sempre agindo por emoção.
Refleti um pouco sobre isso. É verdade que Fefe é meio porra louca em alguns momentos, mas na maior parte sempre justificava e todos compreendiam. Caso contrário, é mais briga na certa. Por isso existiam sempre umas brigas entre nós, sempre sendo resolvidas com um beijo e umas noites ardentes na cama.
-- Relacionamentos são sempre assim. Nem todos são perfeitos. Por mais que você e a Felicity tenham coisas em comum, há algo oposto, um conflito. 
Continuei a refletir sobre tudo que Ana dizia.
-- Casos como esse que aconteceu na festa, podiam muito bem ser resolvidos numa conversa. Só que, Fefe agiu mal. Não duvido nada que ela gostaria do fundo do coração em querer falar com você sobre isso.
-- Se ela queria, por que não fez isso e em vez disso, foi pros EUA?
-- Por orgulho, Pete! Ela é muito orgulhosa. Mas, Roger tem razão. Ela viajar sim, mas vai fazer bem. Ela pode voltar muito melhor. Acredite!
Ia questionar mais sobre isso, quando John abriu a porta.
-- Ana, já ta na hora. Vamos?
-- Ok. Bem, então até mais Pete! E cuide-se!
Ana saiu e quando fui à sala não havia mais ninguém. Roger deixou um bilhete dizendo que passaria  o dia todo com Marie e sua família e Keith também, junto com Nora.
-- Bem... --- Suspirei. – Então vou curtir a noite sozinho!
Telefonei ao meu amigo Ronnie Lane, dos Small Faces e o convidei para ir ao pub. Cheguei por volta das 21h30 e fui para o balcão pedir uma cerveja quando uma voz conhecida me cumprimentou.
-- Olá, Petey! – A única pessoa que me chamava assim era minha ex-namorada e justo Barbara Adams. – Como vai?
-- Bem. – Respondi secamente. Não estava um pouco a fim de dar papo a uma mulher que me enganou com namorado de Annie Collins, o babaca do Bill.
-- Está triste? – Perguntou ela, já ficando no balcão e bebendo seu Martini.
-- Não. – Persisti na minha frieza e nem a encarava direito.
-- Pelo jeito como me responde, está claro. Venha, me fale. O que aconteceu?
Resolvi dar uma chance. Olhei para ela e vi tão lindamente, mais irresistível do que no verão de 1964. E usava o perfume que eu adorava, flores da primavera.
-- Minha namorada terminou comigo por causa de uma gravidez.
-- E você a engravidou? – Ela perguntou meio soturna.
-- Não, engravidei foi uma ex-namorada. Um erro e responsabilidade que terei de assumir.
-- Oh Pete... – Ela tocou minha mão e olhou nos meus olhos. – Somos dois sofredores então. Bill me deixou por ter engravidado minha irmã. Paguei legal pelo meu pecado. Me perdoa?
Não sabia ao certo se devia perdoar. Barbara havia me traído e dito que ficou comigo por causa de Bill e arruinou também a Annie. No entanto, lembrei de Fefe. Estaria traindo-a se voltasse a me envolver com Barbara.
“Fefe me odeia. Posso muito bem ficar com Barbara sem peso na consciência.” Pensei comigo mesmo e bebi mais umas rodadas. O resto fui surpreendido por Barbara ao me levar para meu ape e depois arrastar pra cama. Nunca senti tanta euforia e prazer.


Ana POV
Finalmente chegamos ao pub londrino que Richtie nos indicou. Marie já tratou de pedir Martini para as meninas e os rapazes uma cerveja gelada. Enquanto beijava e trocava carinho com John, alguém nos cutucou. Era Ronnie Lane.
-- Oi John. Errr.. desculpe por interromper. Viram o Pete?
--Não. Aconteceu algo? – Perguntou John.
-- Combinamos de nos ver aqui e não o encontro.
Quando já ia me pronunciar, Keith exclama algo.
-- Gente, aquele é o Pete? – Apontando para o balcão.
Reconheci de imediato Pete, bebendo cerveja e sendo beijado por uma groupie. Ou seria uma mulher comum? De qualquer forma, estava agindo errado ao beber e se refestelar com a primeira que aparecer.
-- E conheço também a acompanhante. – Falou Keith ainda apontando.
-- De onde? – Falou Nora, brava.
-- Dos tempos que o Who se apresentava no Marquee Club. Nesta época estava com a Kim e um dia fui beber e ela tentou me paquerar e bebi demais, acabou não rolando eu juro. – Dizia Keith rindo da situação.
-- E pelo visto está agarrando o Pete como se fosse uma vampira sexual. – Disse Roger olhando pros dois.
-- Pior que a Jenna e a aquela secretária do Shel Talmy, a Anya Butler*.
Ronnie estava chocado, eu e o pessoal mais ainda pela atitude insensata do Pete. Rezei para que Fefe não tivesse esse destino.
Passou-se 15 dias desde o incidente no aniversário de Nora, a viagem da Fefe e... Pete e sua nova namorada. Isso mesmo, nova namorada. Ele assumiu Barbara para todos nós. Os rapazes ficaram surpresos, mas não emitiram um ar de felicitação, como ocorreu anteriormente com Fefe.  Já eu e as meninas ficamos meio cabreiras quanto a isso. Também, depois da sessão vampirismo sexual a ponto de acontecer uma quase “pegação”, acabamos em aceita-lá por educação e consideração ao Townshend.
Cheguei na Rolling Stone na carona que meu irmão me deu e encontrei Nora lendo uma carta de Felicity.
-- O que houve Nora? – Perguntei e já me juntando a ela na mesa da cantina.
-- Ela vai demorar para voltar. – Respondeu Nora um pouco chorosa. Era claro que sentia falta de sua amiga, afinal ela e Fefe são melhores amigas desde que conheço por gente. – Os Beach Boys a convidaram para passar mais um tempo e ela aceitou.
-- Calma. – Abracei Nora. – Ela volta, com certeza.
-- Espero.
Quando terminamos de conversar, Marie aparece correndo e em pânicos.
-- Meninas, rápido. Venham para sala de reuniões!
Corremos para sala e encontramos a “persona non grata” que menos esperava: Barbara.
-- Meninas da Rolling Stone, dêem as boas vindas a nossa estagiária Barbara Adams!
Teddy Cooper foi o único que a aplaudiu. Para não dar insatisfação, aplaudimos e demos carinho a ela contra a nossa vontade.
Na hora do almoço, Nora reclamou.
-- Eu não acredito que ela vai trabalhar com a gente e ainda ocupar o lugar da minha amiga!
-- Calma, Mon ami, isso vai ser temporário.
-- Tomara que Fefe volte logo e tire essa mulher daqui.
Durante as nossas reclamações, uma menina de cabelos pretos e olhos tímidos apareceu na porta e veio até nós.
-- Oi. Qual de vocês é a Felicity McGold?
-- Sinto muito mas Fefe tá de férias. Era só com ela?
-- A principio sim. Volto outro dia...
Eu não permiti por que vi uma certa sinceridade nos seus olhos.
-- Ei, sente- se aqui com a gente, eu pago sua parte no lanche!
A moça aceitou e seguimos a conversa.
-- Como se chama?
-- Evanna Davies, sou prima de Ray e Dave.
Nora teve vontade de saltar pra trás como um gato assustado e vi que sendo uma Davies, era muito diferente da Jenna.
-- Sou Anastacia Rosely, esta é Nora Smith e Marie Greyhound.
-- Prazer em conhece-las. Puxa, eu adoro a Rolling Stone.
-- Onde você trabalha, Evanna? – Perguntei.
-- No jornal The Mirror. E por favor, me chamem de Evie.
-- Certo, Evie. Sei que não é da nossa conta, mas, o que desejava falar para Fefe?
-- Que Jenna mentiu sobre a gravidez.
Aquilo seria bem revelador. Evanna nos contou tudo e falou o quanto Ray e Dave estavam indignados quando descobriram a verdade sobre Jenna e a gravidez. E mais ainda que ela tramou tudo desde o inicio para separar Ray e Nora e Dave e Fefe.
-- Meu deus! Pete estava certo. Precisamos contar tudo a ele. – Falei com mais fôlego.
-- Como faremos isso? Barbara praticamente é uma sanguessuga, não se desgruda dele. – Disse Nora preocupada.
-- Se quiserem chamarei meus primos.
-- Não precisa Evie, faremos do nosso jeito.
Depois que Evanna foi embora fui planejar com Marie uma forma de falar com Pete sem a Barbara e vi também que Nora executava uma ligação no escritório de Richard. A principio achei que fosse pro Keith.
-- Alô, Mike Love? Sou eu, Nora Smith. Preciso falar com Felicity.


Continua...