Olá pessoal!
Estou sofrendo com esse calor mas fiquei inspirada e consegui mais um capitulo de Love Sell Out. Neste cap. temos 3 POV's, o que aumenta mais o gosto de ler a fic. Boa leitura!
Capitulo 18: Surf Girl
Felicity POV
Finalmente
consegui embarcar no avião e com direito um bom lugar na janela. Assim posso
ver as nuvens e posteriormente dormir, o que geralmente faço quando vou viajar.
Guardei as sacolas de presentes, contudo, não resisti e quis abrir a sacola que
Anastacia me deu. Havia 3 livros e justo os que tanto pedi, Anna Karenina, O Morro dos Ventos Uivantes e Crime
e Castigo. Quando já ia ler Anna
Karenina, alguém me cumprimentou.
-- Olá,
querida!
Levei um
susto e logo vi quem era. Meu primeiro ex-namorado, Eric Burdon. Ele sentou atrás de mim e continuou a
conversa.
-- Então,
está indo para Califórnia? – Perguntou sorridente. – Sabe, eu tenho uma casa
por lá, se quiser, podemos relembrar os velhos tempos e...
-- Eu não
sei o que a Nora te disse, mas quero deixar bem claro: pare de me importunar e
jamais vou relembrar os tempos com você! – Falei bem brava e voltei ao meu
lugar para tentar ler meu livro.
-- Soube o
que aconteceu no aniversário da Nora. – Disse Burdon um pouco soturno.
Ele não
compareceu ao aniversário dela por motivos pessoais e o único dos Animals que
estava lá era o guitarrista Hilton Valentine. E pelo visto contou tudo ao
amigo.
-- É
mesmo? – Falei irônica, ainda sentada e focada no livro.
-- É
verdade. Se bem que seria divertido vê-lo dando porrada no Keith Richards e no
Gordon Waller.
-- É... –
Disse bem baixo para poder ler. Burdon ainda falava e eu nem dando atenção.
Até que
ele cansou de minha indiferença e falou.
-- Quer
parar de ler e me ouça!
Aquilo me
deixou furiosa e mais ainda por ele ter tirado meu livro de mim.
-- Vai me
obrigar, é? Tente!— Falei, bem desafiadora. Não temo os homens e nunca temi
algum.
-- Eu
quero dizer que sinto muito por você e o narigudo terem acabado dessa maneira.
-- Por que
não diz isso para ele, o canalha do Pete? Já disse, Eric, eu não quero saber de
você, nem de ninguém!
-- Mas não
quero brigar com você -- Insistia ele, independendo se nossa conversa chamasse
a atenção dos passageiros e da aeromoça. – Só estou com saudades, faz mais de
um ano que não nos falamos.
-- Escute,
aceitei essa viagem para Califórnia no único objetivo de deixar tudo para trás,
esquecer você, Richards, Davies, Gordon e o Pete, sobretudo o Pete!
-- Eu
nunca esqueci de você e nem da Nora.
--
Sinceramente não sei quem é mais canalha e safado, se é você, Jack Bruce ou
Pete? – Perguntei indignada.
-- Com
certeza é o Jack, pelos boatos que correm dele roubar as calcinhas das
namoradas dos dois companheiros de banda.
-- É
grotesco e mais ainda pelo seu hábito de quebrar ovos. – Lembrei desse detalhe.
Eric amava quebrar ovos nas groupies com quem ficava. Sorte minha que nunca
quebrou um ovo em mim, seria nojento!
-- Estou
me controlando perante isso. Não é o bastante? O que o Pete fez de tão mal para
você? Me diz!
Antes de
responder a aeromoça nos chamou atenção.
-- O
casal, por favor, pare de discutir no avião?
Está causando transtornos aos passageiros.
--
Primeiramente – Me levantei e encarei o rosto dela. —Eu e esse cavalheiro não
somos um casal e segundo ele começou tudo isso e se quer colocar a culpa em
alguém, deve ser nele, pois não gastei 150 mil libras de passagem para ser
repreendida por algo que não fiz! Agora se me der licença, quero relaxar antes
de pousar em Nova York!
Depois
dirigi meu olhar a Burdon mais cheia de raiva.
-- E
depois não me venha com essa de saudade, só ficou comigo por causa da Nora que
eu sei!—Terminei de falar e tirei o livro das mãos dele.
Todos
ficaram assustados com minha atitude e a aeromoça loira também. Achei que teria
encrenca no desembarque para NYC, mas não tive. Eram duas horas da tarde quando
cheguei a solo americano. Nova York era um começo. Anunciaram o vôo para
Califórnia as 15h45. Mais algumas horas de viagem. Vi que Eric Burdon não
estava no avião e me surpreendi quando outra aeromoça (mais legal que a
anterior) me falou que ele pegou outro avião. Um alivio para mim, assim
seguiria sem alguém para me importunar. Novamente embarquei, estava muito
ansiosa para chegar à Califórnia, rever Brian Wilson e os Beach Boys. Fazia um
ano que não os via desde que lançaram o disco Pet Sounds, que alias, fui eu a
construir a capa do disco. Continuei lendo Anna Karenina e alguém ligou um
rádio stereo e tocou Man With Money, versão tocada pelo The Who. Pessoalmente
gostaria de ouvir Everly Brothers. Enquanto tocava a música, pensei nos fatos.
Será que eu poderia perdoar Pete? Fui injusta com ele e não ouvido sua versão
da história. Pensei tanto sobre isso que acabei adormecendo na viagem...
“Deve perdoá-lo...” – Dizia uma voz nos
meus sonhos.
Olhei para o corredor do avião, não
havia ninguém. Sem passageiros, sem aeromoças quando fui à cabine do piloto, um
susto. Sem pilotos!
Me virei e me assustei com o homem a
minha frente. Todo vestido de branco, cabelo e narigudo. Achei por um momento
que fosse Pete, mas olhando mais de perto, ele era moreno claro, com aparência
mais persa.
-- Quem é você? – Perguntei meio
assustada.
-- Seu líder, seu guia... – Ele
respondeu e em seguida sumindo, formando uma bola de luz ofuscante para meus
olhos.
Acordei de
sobressalto pelo cutuco da aeromoça legal.
-- Miss
McGold, chegamos à Califórnia!
-- Oh,
obrigada. – Agradeci um tanto sem jeito pelo fato de ter dormido a viagem toda.
Peguei as malas e consegui fazer um bom desembarque. Fui em direção a porta e
reconheci os quatro caras que estavam parados e segurando uma placa escrito meu
nome.
--
Felicity McGold! – Exclamou Mike Love, vocalista dos Beach Boys que vinha me
abraçar. – Bem vinda ao nosso lar!
-- Muito
obrigada, Mikey.
Cumprimentei
a todos. Dennis e Carl (irmãos de Brian) contaram que o irmão estava dormindo
por isso não pode comparecer. Al Jardine sempre alegre, igual ao Charlie Watts,
dizia também que Brian ansiava pela minha presença. Fomos no carro de Al e a
conversa seguiu normal até a chegada na casa de Brian. Entramos na fabulosa
mansão que ele possui e ainda por cima, ficava perto da praia, ou seja, dava para
ouvir o som das ondas se encontrando nas areias.
Minhas
malas foram colocadas no quarto de hospedes preparado para mim e eu agradeci
mais uma vez aos rapazes. De tão cansada
só conseguiu tirar minhas botas e me deitei mesmo com a roupa no corpo.
Pela
primeira vez consigo dormir tão pesadamente... até que ouvi um barulho de porta
de abrindo e alguém gritar. Saltei da cama e peguei o pé direito da bota e saiu
do quarto com cuidado. Vi que Brian estava acordado e seminu, procurando por
algo.
-- Droga!
– Ele estava bravo. – ONDE ESTÃO MEUS REMÉDIOS?
Depois
daquele grito, solucei alto e Brian acabou me vendo.
--
Felicity, é você?
Voltei
correndo pro meu quarto, bastante constrangida. Vi Brian Wilson só de cueca e
gritando pelos remédios. Tentei me
acalmar e alguém bate na porta.
-- Quem é?
– Perguntei, mesmo sabendo que era Brian.
-- Sou eu,
Brian. Abre a porta, Felicity!
Fui abrir
a porta e o vocalista dos Beach Boys vestia apenas uma bermuda, contudo sem
camisa e com cabelo menos bagunçado.
Nos
abraçamos intensamente e nos cumprimentamos.
-- Nossa,
faz tanto tempo, Fefe querida! – Ele dizia, passando a mão em meus cabelos,
como gesto carinhoso.
-- Faz
tempo mesmo. Conseguiu encontrar seus remédios?
-- Ah....
sim. A empregada me deu. – Disse ele, mostrando o pote que continha remédios
que ele tomava para evitar suas “loucuras”. – Como vê, estou me controlando...
e você estava tão cansada que dormiu de roupa?
-- Com
certeza. – Ri pelo fato mesmo de ter dormido com roupa e tudo.
Pedi para
Brian se retirar pois iria tomar um banho e ele pediu para me juntar com os
rapazes no café da manhã. Aceitei na hora. Eu sabia que tudo iria dar certo...
Até o
momento em que fui ao banheiro e quando olhei no espelho, vi outra vez o homem
de origem persa e usando roupa branca me encarando. Assustei-me com ele e com
seus dizeres.
-- Deve salva-lo...
Resolvi
perguntar quem era e ele me respondeu.
-- O homem cujos olhos são o mar. E
você a areia que o completa!
Aquilo era
uma alucinação minha. Quem era o homem cujos
olhos são o mar?
Procurei
não me estressar e segui o dia ao lado de Brian e os Beach Boys. Tudo era uma
maravilha...
Pete POV
Keith
chegou no apartamento por volta de 10h. Eu estava tomando café e Roger e John
lavando a cozinha.
Perguntei
a ele sobre Fefe.
--
Desculpe, Pete. Ela foi embora.
Aquilo me
causou um medo daqueles.
-- Para
onde?
-- Para
Califórnia, entrevistar os Beach Boys.
No
entanto, ao ouvir que Felicity iria entrevistar aquela banda de surf music,
imediatamente me lembrei de Brian Wilson, o maluco. Desde que lançaram Pet
Sounds, um dos álbuns de grande nível musical, o vocalista se empenhava em
tornar a música do grupo melhor ainda. E isso ficou mais tenso quando anunciou
que iria lançar o disco Smile, dito como “o mais audacioso” projeto. Tudo isso se deve
ao fato que ele ouviu o disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos
Beatles.
-- Não...
– Murmurei e olhei pro meu café.
Eu causei
tanta dor a ponto de Fefe sair da Inglaterra, tudo isso para não me ver.
-- Pete...
– Disse Roger, já sentando perto de mim. – Supere isso. Vai ficar tudo bem. A
Fefe é uma garota sensata, ela vai pensar muito nesses dias de viagem e quando
voltar, com certeza vocês vão conversar e se acertar.
Roger me
motivou a ter esperanças que Fefe me perdoasse. John e Keith não foram
diferentes. Hoje as meninas também apareceram no apê e pela primeira vez, me senti deslocado,
sozinho. Fui até a janela do meu quarto fumar um pouco e lembrar de Felicity e
o quanto fui feliz ao lado dela. Lembro
dos nossos passeios ao Hyde Park, sua paixão pela fotografia, seus poemas
escritos e acima de tudo, a habilidade dela na guitarra. Confesso que ensinei
mais uns acordes a ela, o que resultou em um som muito legal.
E agora,
estou longe dela. Talvez seja isso que chamam de “pagar os pecados”. Fui
infeliz com Karen Astley, uma mentira destruiu minha relação com Annie e um
mal- entendido me tirou de Evanna Davies, outra prima dos irmãos Davies, mas
muito diferente da Jenna e uma gravidez (acredito que seja falsa) me separou de
Fefe.
Comecei a
chorar e tossi um pouco por causa da fumaça. Alguém bate na porta.
-- Quem é?
– Gritei.
--
Anastacia. Quero falar com você.
Ana
querendo falar comigo? O que poderia ser? Acabei abrindo a porta e encarei o
pessoal. John mais uma vez com aquela cara de sempre, não emitiu um pio de
protesto e permiti a entrada de Ana no quarto.
-- Como
você está? – Ela perguntou e sentando na cadeira da minha escrivaninha.
-- Acordei
ruim, acreditando que tudo se resolveria. Acreditando que Fefe estaria mais
calma em me ouvir. E agora... estou péssimo! – Respondi, estava de pé, olhando
pra janela e ainda fumando.
-- Eu sei.
– Ela falou suspirando. – Acreditei também que ela iria falar com você num dado
momento. Sabe como ela é. Cabeça-dura e
sempre agindo por emoção.
Refleti um
pouco sobre isso. É verdade que Fefe é meio porra louca em alguns momentos, mas
na maior parte sempre justificava e todos compreendiam. Caso contrário, é mais
briga na certa. Por isso existiam sempre umas brigas entre nós, sempre sendo
resolvidas com um beijo e umas noites ardentes na cama.
--
Relacionamentos são sempre assim. Nem todos são perfeitos. Por mais que você e
a Felicity tenham coisas em comum, há algo oposto, um conflito.
Continuei
a refletir sobre tudo que Ana dizia.
-- Casos
como esse que aconteceu na festa, podiam muito bem ser resolvidos numa
conversa. Só que, Fefe agiu mal. Não duvido nada que ela gostaria do fundo do
coração em querer falar com você sobre isso.
-- Se ela
queria, por que não fez isso e em vez disso, foi pros EUA?
-- Por
orgulho, Pete! Ela é muito orgulhosa. Mas, Roger tem razão. Ela viajar sim, mas
vai fazer bem. Ela pode voltar muito melhor. Acredite!
Ia
questionar mais sobre isso, quando John abriu a porta.
-- Ana, já
ta na hora. Vamos?
-- Ok.
Bem, então até mais Pete! E cuide-se!
Ana saiu e
quando fui à sala não havia mais ninguém. Roger deixou um bilhete dizendo que
passaria o dia todo com Marie e sua
família e Keith também, junto com Nora.
-- Bem...
--- Suspirei. – Então vou curtir a noite sozinho!
Telefonei
ao meu amigo Ronnie Lane, dos Small Faces e o convidei para ir ao pub. Cheguei
por volta das 21h30 e fui para o balcão pedir uma cerveja quando uma voz
conhecida me cumprimentou.
-- Olá,
Petey! – A única pessoa que me chamava assim era minha ex-namorada e justo
Barbara Adams. – Como vai?
-- Bem. –
Respondi secamente. Não estava um pouco a fim de dar papo a uma mulher que me
enganou com namorado de Annie Collins, o babaca do Bill.
-- Está
triste? – Perguntou ela, já ficando no balcão e bebendo seu Martini.
-- Não. –
Persisti na minha frieza e nem a encarava direito.
-- Pelo
jeito como me responde, está claro. Venha, me fale. O que aconteceu?
Resolvi
dar uma chance. Olhei para ela e vi tão lindamente, mais irresistível do que no
verão de 1964. E usava o perfume que eu adorava, flores da primavera.
-- Minha
namorada terminou comigo por causa de uma gravidez.
-- E você
a engravidou? – Ela perguntou meio soturna.
-- Não,
engravidei foi uma ex-namorada. Um erro e responsabilidade que terei de
assumir.
-- Oh
Pete... – Ela tocou minha mão e olhou nos meus olhos. – Somos dois sofredores
então. Bill me deixou por ter engravidado minha irmã. Paguei legal pelo meu
pecado. Me perdoa?
Não sabia
ao certo se devia perdoar. Barbara havia me traído e dito que ficou comigo por
causa de Bill e arruinou também a Annie. No entanto, lembrei de Fefe. Estaria
traindo-a se voltasse a me envolver com Barbara.
“Fefe me
odeia. Posso muito bem ficar com Barbara sem peso na consciência.” Pensei
comigo mesmo e bebi mais umas rodadas. O resto fui surpreendido por Barbara ao
me levar para meu ape e depois arrastar pra cama. Nunca senti tanta euforia e
prazer.
Ana POV
Finalmente
chegamos ao pub londrino que Richtie nos indicou. Marie já tratou de pedir
Martini para as meninas e os rapazes uma cerveja gelada. Enquanto beijava e
trocava carinho com John, alguém nos cutucou. Era Ronnie Lane.
-- Oi
John. Errr.. desculpe por interromper. Viram o Pete?
--Não.
Aconteceu algo? – Perguntou John.
--
Combinamos de nos ver aqui e não o encontro.
Quando já
ia me pronunciar, Keith exclama algo.
-- Gente,
aquele é o Pete? – Apontando para o balcão.
Reconheci
de imediato Pete, bebendo cerveja e sendo beijado por uma groupie. Ou seria uma
mulher comum? De qualquer forma, estava agindo errado ao beber e se refestelar
com a primeira que aparecer.
-- E
conheço também a acompanhante. – Falou Keith ainda apontando.
-- De
onde? – Falou Nora, brava.
-- Dos
tempos que o Who se apresentava no Marquee Club. Nesta época estava com a Kim e
um dia fui beber e ela tentou me paquerar e bebi demais, acabou não rolando eu
juro. – Dizia Keith rindo da situação.
-- E pelo
visto está agarrando o Pete como se fosse uma vampira sexual. – Disse Roger
olhando pros dois.
-- Pior
que a Jenna e a aquela secretária do Shel Talmy, a Anya Butler*.
Ronnie
estava chocado, eu e o pessoal mais ainda pela atitude insensata do Pete. Rezei
para que Fefe não tivesse esse destino.
Passou-se
15 dias desde o incidente no aniversário de Nora, a viagem da Fefe e... Pete e
sua nova namorada. Isso mesmo, nova namorada. Ele assumiu Barbara para todos
nós. Os rapazes ficaram surpresos, mas não emitiram um ar de felicitação, como
ocorreu anteriormente com Fefe. Já eu e
as meninas ficamos meio cabreiras quanto a isso. Também, depois da sessão
vampirismo sexual a ponto de acontecer uma quase “pegação”, acabamos em aceita-lá
por educação e consideração ao Townshend.
Cheguei na
Rolling Stone na carona que meu irmão me deu e encontrei Nora lendo uma carta
de Felicity.
-- O que
houve Nora? – Perguntei e já me juntando a ela na mesa da cantina.
-- Ela vai
demorar para voltar. – Respondeu Nora um pouco chorosa. Era claro que sentia
falta de sua amiga, afinal ela e Fefe são melhores amigas desde que conheço por
gente. – Os Beach Boys a convidaram para passar mais um tempo e ela aceitou.
-- Calma.
– Abracei Nora. – Ela volta, com certeza.
-- Espero.
Quando
terminamos de conversar, Marie aparece correndo e em pânicos.
--
Meninas, rápido. Venham para sala de reuniões!
Corremos
para sala e encontramos a “persona non grata” que menos esperava: Barbara.
-- Meninas
da Rolling Stone, dêem as boas vindas a nossa estagiária Barbara Adams!
Teddy
Cooper foi o único que a aplaudiu. Para não dar insatisfação, aplaudimos e
demos carinho a ela contra a nossa vontade.
Na hora do
almoço, Nora reclamou.
-- Eu não
acredito que ela vai trabalhar com a gente e ainda ocupar o lugar da minha
amiga!
-- Calma,
Mon ami, isso vai ser temporário.
-- Tomara
que Fefe volte logo e tire essa mulher daqui.
Durante as
nossas reclamações, uma menina de cabelos pretos e olhos tímidos apareceu na
porta e veio até nós.
-- Oi.
Qual de vocês é a Felicity McGold?
-- Sinto
muito mas Fefe tá de férias. Era só com ela?
-- A
principio sim. Volto outro dia...
Eu não
permiti por que vi uma certa sinceridade nos seus olhos.
-- Ei,
sente- se aqui com a gente, eu pago sua parte no lanche!
A moça
aceitou e seguimos a conversa.
-- Como se
chama?
-- Evanna
Davies, sou prima de Ray e Dave.
Nora teve
vontade de saltar pra trás como um gato assustado e vi que sendo uma Davies,
era muito diferente da Jenna.
-- Sou
Anastacia Rosely, esta é Nora Smith e Marie Greyhound.
-- Prazer em conhece-las. Puxa,
eu adoro a Rolling Stone.
-- Onde
você trabalha, Evanna? – Perguntei.
-- No
jornal The Mirror. E por favor, me chamem de Evie.
-- Certo,
Evie. Sei que não é da nossa conta, mas, o que desejava falar para Fefe?
-- Que
Jenna mentiu sobre a gravidez.
Aquilo
seria bem revelador. Evanna nos contou tudo e falou o quanto Ray e Dave estavam
indignados quando descobriram a verdade sobre Jenna e a gravidez. E mais ainda
que ela tramou tudo desde o inicio para separar Ray e Nora e Dave e Fefe.
-- Meu
deus! Pete estava certo. Precisamos contar tudo a ele. – Falei com mais fôlego.
-- Como
faremos isso? Barbara praticamente é uma sanguessuga, não se desgruda dele. –
Disse Nora preocupada.
-- Se quiserem
chamarei meus primos.
-- Não
precisa Evie, faremos do nosso jeito.
Depois que
Evanna foi embora fui planejar com Marie uma forma de falar com Pete sem a
Barbara e vi também que Nora executava uma ligação no escritório de Richard. A
principio achei que fosse pro Keith.
-- Alô,
Mike Love? Sou eu, Nora Smith. Preciso falar com Felicity.
Continua...