Um aniversário muito
louco__ Maya Amamiya
Nem
Davy nem Mike imaginariam que seus amigos e agregados puderam fazer por eles. E
naquela manhã de 30 de dezembro de 1975 foi este caso. Nez não tinha nada que
pudesse esconder. Estava feliz com Alana Watson, a baixista da English Band e o
casamento já estava marcado para o início de janeiro. Porém, neste dia ele
acordou e notou que Alana estava evasiva.
--
Está tudo bem, Little Bass?
--
Ah sim! – Alana derrubou sem querer uma caixa contendo uns objetos.
--
Que é isso?
--
É coisa minha! Mike, eu te vejo mais tarde! A banda vai ensaiar... muito! Tchau,
amor!
--
Espera! – Não deu tempo. Ela se foi rapidamente.
E
hoje Mike seguiu para o estúdio se encontrar com seus amigos. Encontrou Micky
Dolenz, arrumando os instrumentos.
--
Oi Micky... – Cumprimentou Mike, meio desanimado.
--
Hey! – Micky percebeu. – Sente-se mal?
--
Por que?
--
É que parece... Sabe?
--
Que tô doente?
--
Você está tão... Triste... E não posso acreditar que seja porquê...
--
O quê?
Micky
se calou. Ele quase entregou o motivo.
--
Não é nada. Achei que fosse outra coisa. Mas vai passar, Mike!
No
lado de Davy, não foi diferente e com algo mais. Quando saiu do banho, ouviu
uma parte da conversa entre Dianna e Emma.
--
... Eu acho que ele lembra, mas pensa que eu não sei. --- Disse Dianna.
--
Faça com que ele não desconfie.
--
Eu vou tentar. E já falou com a Alana?
--
Olha... – Emma pausou. – Essa foi a primeira conversa que tivemos desde que o Nez
e ela começaram a namorar. E foi bom. Ela vai ajudar.
--
Oh, que bom Emma! Espera! Davy terminou o banho. Te ligo mais tarde.
Quando
desligou, Davy se aproximou dela.
--
O que estavam falando de mim?
--
Não é de você. – Dianna disfarçou. – Era sobre o casamento do Mike e da Alana.
A Emma pela primeira vez conversou com a Allie.
Davy
franziu. Sabia que não era verdade.
--
Tem certeza?
--
Ah eu tenho que ir, meu bem. Vou me encontrar com a Erin. Ela está tão feliz
com novo namorado.
A
desconfiança aumentou quando Davy encontrou Peter Tork junto com as amigas
Anastacia Rosely, Nora Smith e Marie Greyhound.
--
Isso foi tudo que consegui. – Disse Ana. – Não acredito que saí da minha lua de
mel para isso?
--
E eu que estou grávida?
--
Eu não digo mais nada. – Respondeu Nora.
--
Já é o bastante. E a Louise? Ela é a melhor amiga do Davy.
--
Ela está participando.
“Participando
do quê?”, pensou Davy. No entanto a conversa terminou quando todos foram
embora.
--
Isso não acabou.
Perto
do meio dia ele questionou para todas as amigas de Dianna e a resposta era
mesma: Não sabem de nada.
--
Só existe uma pessoa que não esconderia nada de mim: Louise.
Antes
de seguir para a casa de sua amiga, Davy encontrou Mike, perambulando perto do
Rio Tâmisa.
--
Sente-se mal, Mike?
--
Ah não! – Reclamou o texano. – Até você, David?
--
O quê, posso saber?
--
Todo mundo me perguntou se me sinto mal.
Micky, Peter, Erin e o namorado alemão gostoso, Edward e o Harry. Até a
Jane Roselyn me perguntou isso.
--
Pela sua cara, tá parecendo doença.
--
Eu não tô doente, cara! – Mike se enervou e puxou Davy pelo colarinho. – Eu tô
muito bem!
--
Ok, acredito! Agora dá pra me soltar? Por favor?
Ele
soltou Davy. Se sentaram nas cadeiras de frente pra ponte de Londres.
--
A Dianna me esconde algo. – Comentou o vocalista.
--
Ela tá grávida de novo?
--
Que eu saiba, não. Tivemos nossas gêmeas quase recentemente.
--
Ah...
Ambos
pensaram mais um pouco. Davy sabia que escondiam algo. E Mike acha que seus
amigos o pensem que está doente.
--
Eu vou para a casa da Louise, investigar isso.
--
E acha que ela vai contar?
--
Louise é fiel. Sempre conta tudo pra mim.
Mike
concordou em acompanhar o amigo. Afinal o que poderia dar errado? A única
possibilidade era não encontrar Louise. Davy tocou a campainha. Para a surpresa
dos dois... Não era Louise.
“Puta
merda!”, pensou Mike.
--
Bom dia, Gerhard!
Gerd
sorriu mas forçado. Por ele receber Davy Jones não tinha nenhum problema. Agora
Mike Nesmith... era outro assunto.
--
Bom dia, Davy. E Nesmith!
--
Bom dia... – Mike foi bem discreto.
--
Gerd, a Louise está em casa?
--
A ursinha fugiu de mim.
--
Fugiu? – Mike segurou um riso. – Fugiu?
--
Fugiu como, Gerd?
--
Ela tinha coisas pra... fazer. – O alemão tentava disfarçar. – Querem chá?
Davy
percebeu de novo. Ele mentia e descaradamente. Decidiu forçar um pouco.
--
Gerd, eu sei que a Louise tá fazendo algo. E sabe como eu sei? Porque eu ouvi
um papo da minha esposa no qual ela menciona a minha melhor amiga como cúmplice
de algo que não faço ideia.
--
Davy, desculpa. Eu não sei de nada.
--
Eu prometo não colocar você na reta. E nem provocar a ira da Louise. Faz isso,
por mim. Pela Becky.
Nez
não podia acreditar. Davy conseguiu ser convincente.
--
A ursinha vai me matar. – Ele bebia um pouco de cerveja e passava a mão no
rosto. – Ela e a Dianna estão planejando algo. Eu também não ouvi tudo muito
bem. Mas parece que elas compraram caixas. Duas caixas correspondendo vocês e
falaram algo sobre morte.
--
Ah não pode ser! – Mike se desesperou. – Elas compraram um caixão e pra mim!
--
Calado! – Davy pediu que continuasse.
--
E as amigas do Peter pretendiam fazer um café ou chá e a ursinha comprou as
velas.
--
As velas pro velório! – Mike chorava.
--
O que deu no seu amigo cowboy de mentirinha? – Gerd se zangou.
--
Ele acha que vai morrer porque todo mundo perguntou se ele se sente mal.
--
Pra que perguntar? Olha pra ele e já tem a resposta.
--
Escuta aqui! – Mike ameaçou Gerd, mesmo com Davy impedindo. – Se eu morrer, eu
te levo junto!
--
Parem! – Gritou Davy. – Obrigado, Gerd.
--
De nada!
Os
dois saíram do apartamento e entraram no carro. Davy consolou Nez.
--
Davy, se eu morrer, diga a Alana que eu a amo e amei desde o primeiro dia.
--
Mike você não vai morrer!
Duas
da tarde e os dois depois de almoçarem juntos, decidiram seguir seus amigos. A
reunião era feita no antigo apartamento de Nora Smith.
--
Eu me lembro deste lugar. – Comenta o vocalista. – Foi aqui que teve o
aniversário da Nora em 1967.
--
Aquele que o Syd Barrett ameaçou se jogar da janela?
--
Isso mesmo. Foi hilário, porém tenso.
--
Eu não fiquei muito tempo na festa.
Os
dois tentaram entrar e escondidos em outra sala mais perto, assistiram tudo.
Avistaram as garotas, mais Alana e Dianna, Alice, Louise e os alemães.
--
Gostaria de saber o que os amigos do Gerd fazem aqui?
--
Franz é marido da Odile.
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Olha lá, Davy. O namorado da Erin.
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Jupp Heynckes?
--
Você o conhece?
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No casamento da Ana. Bem que notei que ele olhava muito pra Erin na época, mas
não quis falar pra Dianna.
Apesar
da distância, os dois ouviram partes da conversa.
--
Mein liebe, a caixa do Davy tá estragada. – Comentou Franz.
--
Se salvou Davy. – Disse Mike.
--
A Louise conseguiu outra. E melhor.
--
Lulu, como pode fazer isso comigo? – Davy quase chorava e depois voltou ao
normal. – Pelo menos você sabe como eu gosto.
--
Escuta, quem vai cortar eles? – Fefe perguntou, usando um avental. Ela
preparava os quitutes.
--
Eles??? – Os dois se espantaram.
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Deixa comigo! – Sepp se ofereceu e carregando uma faca cuteleiro. -- Eu sei cortar
muito bem.
--
Não! – Mike chorava. – Não vão me cortar!
--
E nem a mim!
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Pessoal! – Johan Cruyff, o marido de Felicity trazia flores. – As flores.
--
Eles vão fazer uma coroa de flores pra nós.
Os
dois se retiraram, totalmente desolados.
--
Por que a Di tá fazendo isso comigo?
--
Alana é boa demais para não me contar.
--
Eu tenho um motivo, Mike. – Davy começou a justificar. – Duas semanas atrás eu
fiz o exame de sangue de praxe e o meu médico disse que estou com colesterol
alto e devo me cuidar pra evitar doenças no coração. E três dias depois
descobri que um conhecido meu e da Louise morreu e ele tinha a minha idade.
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Morreu de que?
--
Acidente de carro.
--
Davy...
--
Desde que me casei eu tive medo da morte um tanto cedo. Igual aos nossos
conhecidos, sabe? Brian, Janis, Hendrix, Morrison.
--
Davy você passou dos vinte e sete anos. Então está no lucro.
Ambos
se encaravam e ao passarem na vitrine de uma loja qualquer, os rostos deles se
transformou em caveiras.
--
Ah não! – Eles fugiram.
No
salão...
--
Está tudo pronto! – Dianna brilhava os olhos. – Meu Cuddly Toy vai amar essa
festa! Maior e melhor que a anterior!
--
Tornamos tudo possível! – Emma abraçava Erin e Alice.
--
Louise, amadinha, dê o próximo passo.
--
Pode deixar.
Louise
entrou no apartamento para usar o telefone de Nora. Discou os números.
--
Alô? Ursinho! Convide o Davy para um passeio e traga o Nez.
--
Eu nem sei onde os dois estão, ursinha.
--
Como assim?
--
Eu fiz como me pediu. E depois saíram daqui meio chateados. O Nesmith chorava,
dizendo que vai morrer.
Louise
não sabia se brigava por telefone ou se atirava da janela.
--
Tudo bem, Gerd. Eu vou dar um jeito.
E
em seguida ela contou para o pessoal.
--
NÃO ACREDITO! – gritou Emma. – Seu namorado fez tudo errado, Louise.
--
Hey! O Gerd fez certo. O problema que o Davy e o Mike ficaram chateados.
--
E onde esses dois estão? – Peter se preocupou.
--
Acho que sei. – Disse Alana. – Com certeza para a ponte de Londres. Foi lá que
eu e o Mike nos acertamos pela segunda vez.
--
Obrigada Alana!
Louise
ligou para o marido e o mesmo pegou o carro e seguiu para o local. “As coisas
que faço por amor... Pela minha ursinha.” Gerd comentou para si mesmo. Não foi difícil
de encontrar os dois. Mike e Davy jogavam pedras no rio.
--
Posso conversar com os dois?
--
Não deboche de mim, alemão! – Mike fechou o punho, pronto pra socar Gerd. –
Olha, se é sobre a Alice, eu errei com ela e comigo mesmo. Eu errei com muita
gente. Mas o que sinto por ela não mudará. Está guardado no fundo do meu
coração e hoje esse amor é preenchido pela Alana.
--
Que bom pra elas! – Ele disse e em seguida falou para Davy. – Talvez eu não
tenha me expressado bem.
--
Não. Falou bem. – Davy bateu de leve no ombro dele. – Elas me escondiam algo. E
querem me matar.
--
É que... Como? Esquece isso. Olha... Eu preciso de uma ajuda.
--
Do que?
--
A ursinha me chamou para o antigo apartamento da Nora e eu não conheço
totalmente a cidade. Me ajudem?
Davy
estranhou e concordou em ajudar. Mike foi junto. Nem ele e nem Gerd trocaram
farpas, o que para o vocalista foi ótimo. “Minutos em paz. Obrigado”, disse
Davy em pensamentos. Chegando no local, os três desembarcaram.
--
Então? – Davy olhava para o jogador.
--
A ursinha me pediu que trouxesse vocês. Entrem!
--
Espera! – Mike relutou. – Quem garante que não é armação?
Ele
nem respondeu. Gerd abriu a porta dupla do salão de festas e revelou algo
maravilhoso!
--
SURPRESA! – Exclamaram todos. – FELIZ ANIVERSÁRIO!
O
rosto de Mike mudou completamente, de angustiado e temeroso, para uma felicidade
sem igual. Alana o beijou bem forte.
--
Eu te amo, meu grandão! E feliz aniversário!
--
Ah... – Ele suspirou e riu. – Era por isso. Meu aniversário! Eu tinha até
esquecido.
--
Eu também. – Davy ria de nervoso e era abraçado pela esposa, as amigas dela,
Louise e até por Odile. – Você também Odile?
--
Escuta, nós temos algo em comum: a Louise.
Chegava
ser engraçado. Davy e Odile, melhores amigos de Louise, mas nunca se bicaram.
--
Que negócio é esse que vai morrer? – Micky ria do relato de Mike.
--
Vocês me perguntaram se me sentia mal. Eu presumi.
--
Você tá muito bem, meu amor! – Alana comemorava. – A gente que fez essa
surpresa.
De
repente um estalo de ideias surgiu em Davy.
--
O Gerd...
O
casal de ursinhos ria.
--
Era tudo um plano. Eu sabia que você de um jeito ou de outro iria pressionar o
ursinho e então eu o orientei a contar, mas em partes.
--
Desculpa, Davy. Fiz tudo pela minha ursinha!
Davy
não se zangou. Estava mais do que contente. Estava na presença dos seus amigos
e da esposa e filhas.
--
Tudo bem! Vamos curtir meu aniversário!
--
Davy! – Mike pigarreou. – Nosso aniversário, ok?
--
Ah é!
Em
seguida, Louise trouxe as caixas, abrindo ambas. Eram os bolos de aniversários!
--
Não eram os caixões! – Mike gritou de felicidade. – Eu não vou morrer!
Foi
sem dúvida a melhor festa de aniversário que os dois monkees ganharam. Festa
essa inesquecível!
FIM
*Cena pós crédito da
Marvel*
Quase
um ano depois, Davy brincava com as filhas já maiores quando recebeu uma
ligação.
--
Alô?
--
Davy? Sou eu, Gerhard.
--
Diga aí, compadre!
--
Me ajuda a fazer uma festa para ursinha!
Pelo
visto o repeteco vai acontecer e para sua melhor amiga. Davy tinha mil ideias.
--
Pode contar comigo!