Hoje vou postar mais uma beatlefic mas esta é diferente: não se passa no universo da Grindhouse e sim num alternativo e é na mesma época que se passa a fanfic da Maris Campos, Our Love Was no blog Peripécias de uma Garota Qualquer. Rapidamente vou apresentar as personagens.
Bruna Schneider - Maris Campos
Ivanna Lee - Inara Araujo (eu)
Louise Maier - Maris Grey
Victoria Stephens - Vit Arantes
Agora vamos ao primeiro capítulo. Boa leitura!
Ain’t
She Sweet__ Maya Amamiya
Capítulo
1: It’s been a hard day’s night
Bruna Schineider é a típica garota de dezoito anos que
abandonou a cidade de Munique da Alemanha Ocidental, unicamente para vir
estudar em Londres. Não que detestasse sua cidade. Mas aguentar sua família
falando sobre a guerra que perderam para os Aliados, estava lhe cansando. E
essa viagem a Londres se tornou seu ritual de independência. Ganhar a bolsa de
estudos era tudo que queria. Ou ao menos pensava nisso...
Para o ano de 1964, ela fez uma série de planos. E se
desse certo, fixaria residência em Londres, terminaria sua faculdade de Letras
e se puder, outra de Filosofia e começaria sua tese. No entanto, percebeu algo
estranho. O trem no qual embarcou andava devagar e parou na estação. De
repente, três rapazes correram até o vagão e embarcaram, escapando da histeria
de um bando de jovens que os perseguiam.
Os três seguiram no corredor e um deles, o mais jovem, se
encantou pela garota alemã. Bruna olhou bem para ele e corou ao perceber que
estava flertando. Desviou o olhar. Poucos minutos depois o trem andou,
distanciando do bando louco juvenil.
-- Com licença. – Uma garota loira, baixinha e de vestido
e um cardigã cinza bateu na porta da cabine. – Posso ficar aqui? As cabines
estão cheias.
-- Claro. – respondeu Bruna.
A jovem alemã não gostava de conversar com
gente que não conhecia e para disfarçar sua insegurança, pegou um livro na
mala.
-- Esse é bom. – comentou a menina baixinha.
Bruna olhou a capa.
-- “O Médico e o Monstro”?
-- Isso. – disse, sorrindo. – Meu nome é
Louise Maier.
-- Maier? – Bruna se espantou. Será que a
menina ali era da Alemanha? – Você... Me perdoe perguntar. Mas você é da
Alemanha?
-- Sim. – ela riu. – Metten.
-- Somos quase vizinhas. Eu sou de Munique.
Me chamo Bruna Schineider.
-- Prazer em te conhecer, Bruna. Então, o
Lester te chamou também?
-- Quem é Lester?
-- Ué? Não conhece Richard Lester? O diretor?
-- Eu não estou entendendo nada.
Louise deu risada e explicou cuidadosamente
para Bruna a respeito do filme de uma banda de rock chamado Os Beatles e
Richard Lester filmava a cena do trem, mostrando a era da beatlemania. Os
jovens que ali corriam atrás da banda, eram contratados figurantes e Louise era
um deles. Bruna escondeu o rosto no livro, de vergonha. Embarcou no trem sem
saber que era tudo parte de uma filmagem.
-- Meu Deus! – Bruna colocava as mãos no
rosto, ainda escondendo sua vergonha. – A última coisa que queria era
participar de um filme de uma banda de rock. E agora?
-- O jeito é aproveitar. – Louise era mais
animada. – Mas hoje eu tenho um plano.
-- De que?
-- Eu verei o Ringo Starr. O problema é que
tem um grupo de garotas que vai filmar com eles no trem e uma delas... É a mais
bonita.
Bruna entendeu tudo.
-- Não acha que pode dar um problema? E se
você for presa?
-- O plano é simples e ninguém sai ferido. Só
preciso ser cuidadosa. Vem comigo.
Bruna, sempre certinha, não gostava daquilo,
mas ao lembrar do rapaz bonito visto no corredor ser um dos Beatles, animava
mais. O único defeito era que não sabia seu nome. Ela e Louise encontraram um
grupo de garotas se arrumando e conversando. As roupas lembravam um pouco os
uniformes colegiais e das comissárias de bordo sem chapéu de acompanhamento.
Louise furta duas destas roupas e Bruna olha numa das cadeiras das atrizes
escrito “Patricia Boyd”.
-- Vamos, Bruna!
Elas voltaram para sua cabine e se trocaram
rapidamente. No exato momento que saíram, foram chamadas para gravar.
-- Aí estão vocês. – chamou um figurinista. –
Entrem logo no próximo vagão. O diretor chama todos.
Elas compareceram junto com parte do elenco.
Richard colocou Bruna e Louise para gravarem na cena onde os Beatles e junto
com ator Wilfrid Brambell, o que faz o avô de Paul McCartney no vagão onde
guardam as bagagens pesadas e gaiolas de animais.
-- É o nosso dia de sorte, Bru! – Louise
mostrava mais animação.
No exato momento que os Beatles apareceram, o
tal rapaz jovem olhou Bruna e paralisou. A alemã tremia as mãos e queria emitir
uma palavra.
-- Você deve ser a Pattie, não é? – perguntou
o beatle mais jovem.
Bruna não respondeu. Tamanha sua alegria e
surpresa, misturada com um pouco de indignação por ser chamada de Pattie.
-- Sim! – respondeu Louise, prontamente.
-- Sou George.
-- Bru... Digo, Pattie. – Disfarçou a menina.
A tomada foi anunciada e a claquete batida.
Bruna tenta ser autêntica e sorria tanto para George, quanto para os outros.
Louise ficou no lado de fora da cabine, junto com mais 3 meninas. Como por
ironia do destino ou o universo quisesse conspirar a favor de Bruna e George, a
música tocada era I Should Have Known Better.
I should have known better
With a girl like you.
That I would love everything
That you do
And I do,
Hey, hey, hey,
And I do.
With a girl like you.
That I would love everything
That you do
And I do,
Hey, hey, hey,
And I do.
Whoa, oh, I never realized
What a kiss could be.
This could only happen to me.
Can't you see?
Can't you see?
What a kiss could be.
This could only happen to me.
Can't you see?
Can't you see?
That when I tell you that I love you,
Oh,
You're gonna say you love me too,
Oh,
And when I ask you to be mine,
You're gonna say you love me too
Oh,
You're gonna say you love me too,
Oh,
And when I ask you to be mine,
You're gonna say you love me too
So, oh, I should have realized
A lot of things before.
If this is love
You've gotta give me more.
Give me more,
Hey, hey, hey,
Give me more.
A lot of things before.
If this is love
You've gotta give me more.
Give me more,
Hey, hey, hey,
Give me more.
Whoa, oh, I never realized
What a kiss could be.
This could only happen to me.
Can't you see?
Can't you see?
What a kiss could be.
This could only happen to me.
Can't you see?
Can't you see?
That when I tell you that I love you,
Oh,
You're gonna say you love me too,
Oh,
And when I ask you to be mine,
You're gonna say you love me too
Oh,
You're gonna say you love me too,
Oh,
And when I ask you to be mine,
You're gonna say you love me too
You love me too.
You love me too.
You love me too.
You love me too.
You love me too.
Ao final da música, a cena a seguir a banda tinha que
correr para o carro e escapar de novo dos fãs. Antes da retirada, George lança
outro olhar para Bruna e seguiu junto com os outros.
-- Corta! – gritou o diretor. – Muito bom!
Louise e Bruna ficaram um pouco distantes do elenco de
figurantes.
-- Sua sortuda. A gente se conhece há 40 minutos e já
ganha o coração do George?!
-- Eu... não sou muito ligada a música, mas... George é
tão lindo!
-- Harrison não é meu beatle favorito contudo ele canta
muito bem. – Louise percebe que o diretor conversava com outros figurantes e
assistentes. – Bruna, vamos para nossa
cabine e rápido. Pegue suas coisas e vamos cair fora!
-- Mas por que?
Quando elas chegaram, deixaram as roupas do elenco na
cadeira, pegaram as malas e saíram do trem.
-- Vou te contar. Quem deveria estar na cena na cabine
com os Beatles enquanto cantavam, era uma atriz chamada Patricia Boyd. As
roupas que pegamos era dela.
-- Puta merda! Trapaceamos! – berrou Bruna. – A gente
pode ser presa!
-- Calma! Ninguém saberá quem somos. E veja o lado bom.
Você estava diante dos Beatles, bem mais perto do George. E eu que só olhei pro
Ringo.
-- Quer saber, chega de bandas de rock. Preciso me focar
na faculdade.
Louise, também estudante universitária de Londres, guiou
Bruna até o alojamento central e mostrou o quarto de sua nova amiga.
-- O que achou?
-- É legal. – Olhou para janela e avistou um estúdio
branco. – Que prédio é aquele?
-- É o Abbey Road. É um estúdio de gravação.
Um novo começo de vida para Bruna e novos rumos para ela
e sua nova amiga, Louise, iniciaram no trem... O restante... Era ver para crer.
Continua...