sábado, 25 de dezembro de 2021

Brit Characters: Izabell Crawford

 Boa noite pessoal! Vamos conhecer mais uma personagem entrando no time?



Nome Real: Izabell Kumar Crawford

Idade: 23 

Data de nascimento: 8 de março de 1944

Cidade natal: Cornualha

Cidade atual: Londres

Profissão: Cirurgiã e atriz

Características: Izabell é filha de Paul Crawford, um policial londrino e de Edwina Kumar, uma imigrante indiana. Ela quis se tornar médica, tornando-se a melhor cirurgiã. Namorou Moses Smith, na época que ele sofria por Marianne Jones e mais tarde viraram amigos. Ela é inteligente e dona de um espírito revolucionário.

Hobby: cozinhar, cuidar das plantas

Relacionamentos: Moses Smith (1968), Hans-Georg Schwarzenbeck (1971 a 1973), Kenny Dalglish (1975), Alain Delon (1977 a 1979), Terry Gilliam (1980 em diante)

Medo: ratos

Do que mais gosta: Praticar antropologia, cirurgias complexas e atuação.

Do que menos gosta: indiferença e injustiça



domingo, 10 de outubro de 2021

Drabbles Grindhouse Part One (Décimo sétimo capítulo)

 E vamos de novo!



17 – mo nighean donn

 1975

 Inverness era misteriosa pra Marianne em sua primeira visita. Com o tempo, se tornou o lugar no qual recuperará seu amor. Até hoje se pergunta por que o negou. Um homem decente, raro no mundo e que a aceitava do mesmo jeito. Trocou o belo médico anglo americano por um jogador de futebol. Por mais que Bobby Moore a amasse, a revelação do seu caso com ele e os fãs do mesmo e mais a ex-mulher, prejudicaram demais a relação, resultando em constantes brigas e desentendimentos.

 Naquele dia em 1967, quando consultou no Hospital Central, ela sufocou os sentimentos, acreditando ser uma atitude adolescente ter uma quedinha por seu médico. E mais tarde se transformou num amor incondicional. E agora ela tem mais uma chance de mostrar esse sentimento e não o perder mais.

 Ele a viu chegando na fazenda. O sol a iluminava. A única coisa estranha era que Marianne tirava suas roupas à medida que caminhava até se entregar nos braços do seu estrangeiro. Se perdoaram.

 -- Mo nighean doon!

Ela adorava que dissesse gaélico.

 -- Meu cabelo não é mais moreno. – Respondeu divertidamente.

 -- Eu sei. Mas ainda é a minha garota de cabelos castanhos.





Drabbles Grindhouse Part One (Décimo sexto capítulo)

 


16 – Estrangeiro – Parte 2

 

Décima semana de trabalho no Hospital Central de Londres. Desde o primeiro dia, Moses não parou pra se distrair. Seu plantão era quase interminável e por vezes emendava no dia seguinte. E mesmo assim.... ele gostava. O trabalho em salvar vidas o deixava extasiado e com o coração aquecido. Embora sofresse perdas dos pacientes que não conseguia salvar, ele não parava ou desistia. Em meio aquele caos com amanhecer de um dia bom, existe um caminho. Um ser.

 E foi neste dia que ela surgiu em sua vida. Grávida, abandonada pelo namorado, que é baterista de uma banda de rock. A família a renegara, sua melhor amiga não confia mais nela. E assume seus erros.

 -- Bom dia, Srta. Jones. – Ele a cumprimentava. – Sou Moses Smith, seu médico.

 Agora o que se passava na mente de Marianne ao conhecer aquele belo médico sassenach?


Drabbles Grindhouse Part One (Décimo quinto capítulo)

 E vamos pro segundo do dia.




15 – Estrangeiro – Parte 1

 

Numa vitrine de uma loja de móveis de Londres um jovem parou sua caminhada e observou um vaso azul e se perdeu em seus pensamentos. Um deles era sua situação atual. Sua decisão de vir a capital inglesa se deve em esquecer uma tola e inconsequente paixão por uma médica que o rejeitou veemente por alegar amar o falecido marido. O namoro com a jovem ruiva, que é filha desta mulher, serviu unicamente para se aproximar da paixonite. E não deu certo. E acabou terminando o relacionamento com a jovem, com a desculpa de namoros a distância nem sempre dão certo.

 Moses foi detonado numa desilusão forte e em dobro. A ruiva o odiou e o perdoou. A tal médica... não se soube mais, exceto após a saída súbita de Moses, ela se demitiu sem motivo aparente. E agora ele começa sua nova vida em uma terra que toda pessoa de fora é chamada de estrangeiro em gaélico e no inglês forte. Um estrangeiro em sua própria terra.

Drabbles Grindhouse Part One (Décimo quarto capítulo)

 Olá! Hoje vamos de drabbles. De novo tinha escrito e não postei por esquecimento. Mas agora tem mais do que três. Vamos lá!



14 – Pingos de chuva

 

Já faz uma semana ou mais que ele não ligava. Angie estava preocupada. Não namoravam oficialmente. Apenas eram encontros clandestinos em sua cabana na Escócia. Talvez os jogos de futebol o sugassem. Ou a ex-namorada que está com um jogador da Juventus. Entre conflitos de orgulho e diferença de idade, sabiam o quanto se amam. Angie soube desde o primeiro momento após 11 anos que amava Bran e era correspondida.
 
Aqueles pingos de chuva ao som de B.J. Thomas só serviam para sentir saudades dele ou ter pensamentos altamente aleatórios e planejamentos. Um deles é o do casamento. Não estava longe.
 
Ouve-se uma batida na porta e correu para abri-la. E flores. E Ele.
 
-- Desculpa a demora. O trem foi lerdo.
 
Não importava as desculpas. Seu amor está diante de si. E pingos de chuva continuam.


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

I'm a Believer (Songfic - What If Grindhouse)

 Boa noite a todos!

Estou voltando aos poucos minha escrita e pretendo escrever outras coisas pra fugir da minha zona de conforto. Enquanto isso vou postar minha songfic no intuito de voltar com projeto What If Casais Improváveis que comecei em 2014/2015 e hoje vamos conhecer um casal bem, mas beeeeemm inusitado. E na vibe da série What If da Marvel, vamos começar com a seguinte frase:


O que aconteceria se...



I’m A Believer__ Maya Amamiya

 

 

Parece brincadeira que as improbabilidades acontecem nas ocasiões mais inusitadas. Como se naquele instante, uma escolha resultasse em milhares questões. E para os descrentes nada era por acaso. Nem destino. Micky Dolenz tinha opções para dar e distribuir se quisesse. O problema era se alguém o quisesse.

 

A fama o ajudaria com o sucesso da série The Monkees. Entretanto, na televisão era uma coisa. Fora dos holofotes era outra. Isso até acontecer aquele acidente com os copos de bebida em meio a festa de aniversário de Fanny Fitzwilliam.

 

Nota: Não é a Fanny!

 

 

I thought love was only true in fairy tales
Meant for someone else but not for me
Oh, love was out to get me
That's the way it seems
Disappointment haunted all my dreams

 

(Eu achava que o amor só era real em contos de fadas
Feito para outras pessoas, mas não para mim
Ah, o amor estava querendo me pegar
É o que parece
Decepções assombravam os meus sonhos)

 

 

Louise se sentia deslocada. Se soubesse que poderia levar alguém, com certeza convidaria Odile ou Anastacia pra acompanhar. Sentou no sofá meio distante dos Byrds e bebia sua cuba libre.

 

-- Você deve ser a Louise. – A garota de cabelo preto e gentil se apresentou para a jovem. – Sou Fanny.

 

-- Louise. Sou a prima da Felicity. – Lulu estava quase travada e envergonhada ao conhecer a amiga de Fefe. – Ela não pode vir porque estava ocupada.

 

-- “Ocupada”. Sei. – Fanny piscou divertidamente. – Espero que goste. Minhas irmãs fizeram esta festa surpresa de aniversário.

 

-- E está demais!

 

Quando Lulu ia se virar para caminhar, esbarrou de modo desajeitado num rapaz alto, caindo por cima dele.

 

E ele... só viu aqueles olhos...

Then I saw her face
Now I'm a believer
Not a trace
Of doubt in my mind
I'm in love
I'm a believer
I couldn't leave her if I tried

(Então eu vi seu rosto
E agora eu acredito
Não há sombra de
Dúvida em mim
Estou apaixonado
Eu acredito
Eu não poderia deixá-la mesmo se tentasse)

 

 

Micky até esqueceu que se encontrava numa maré de azar quando um simples tropeço pode ocasionar naquele momento constrangedor e animador. Ele ajudou a mocinha baixa e loira. Por uns instantes jurou ter visto uma versão loira de Davy Jones ou de Marilyn Monroe usando minissaia e sandálias.

 

Fanny também socorreu Louise e Micky. Os dois lançaram um olhar de fúria para os Kinks, que riam da cena.

 

-- Você está bem, mocinha?

 

Lulu arregalou os olhos.

 

-- Mocinha? – Ela mudou a expressão. – Só pra saber, tenho 18 anos.

 

-- Ah... – Micky se constrangeu e tentou fazer alguma graça pra arrancar um riso. Então fez uma imitação de um humorista famoso e com as mãos fez os gestos. – Ei! Eu vou pegar você! Seu rato sujo, eu vou pegar você.

 

Novamente a expressão de Louise muda e não é de humor. Apenas levantou a sobrancelha.

 

-- Era pra ser James Cagney? – Questionou a loira.

 

-- Por que? Consegui te impressionar? – Perguntou Micky, sorrindo.

 

-- Não.

 

Não foi desta vez. Mas Micky não desistiu. E pela primeira vez sabia que tinha que tentar de novo.

 

 

I thought love was more or less a given thing
Seems the more I gave the less I got
Oh, what's the use in trying
All you get is pain
When I needed sunshine I got rain

(Eu achava que o amor era uma coisa dada
E parecia que quanto mais eu dava, menos recebia
Ah, para quê tentar?

Tudo o que você recebe é dor
Quando eu precisei da luz do sol, só tive chuva)

 

Dias após a festa de aniversário de Fanny, os Monkees gravaram um episódio na praia no qual Micky tentava impressionar seu broto quando um brutamontes aparece e impressiona a garota. Contra a vontade, Louise acompanhou Fanny e mais 4 amigas dela para assistir o episódio. Eis que Davy a convida para atuar.

 

-- Não! – Louise era arrastada para o palco. – Davy, não estou apresentável e também não fiz testes.

 

-- Bob deixou. Eu mostrei suas fitas do teatro e ele adorou. E também precisamos de mais uma “monkette.”

 

-- Monkette? – Louise não sabia se seu amigo brincava ou falava sério.

 

-- Faremos uma cena musical e você será uma das dançarinas junto com a Dianna e a Erin.

 

A mente humana é cheia de mistérios. Se num momento você tem uma ideia e não concorda e nega, no outro você muda o curso da situação. Desse jeito que Louise aceitou de bom grado ser uma das dançarinas. Para ficar perto de Micky.

 

 

Then I saw her face
Now I'm a believer
Not a trace
Of doubt in my mind
I'm in love
I'm a believer
I couldn't leave her if I tried

(Então eu vi seu rosto
E agora eu acredito
Não há sombra de
Dúvida em mim
Estou apaixonado
Eu acredito
Eu não poderia deixá-la mesmo se tentasse)

Louise era outra que fracassava no amor. Quando não era términos de namoro, era treta entre os pretendentes. Começou namorando Jeff Beck, guitarrista anterior dos Yardbirds e após 1 ano e meio, terminou com ele e deu uma chance para Chris Dreja, também guitarrista da mesma banda. Não durou nem três meses de saideira e tudo terminou com instrumentos sendo quebrados e jogados entre os músicos.

Tentou namorar Ringo Starr, baterista dos Beatles e de novo ficou a ver navios. Ele ainda amava Maureen. Novamente se afogou em potes de sorvete e músicas sobre fossa. E só parou quando Felicity pediu que a prima a representasse na festa de aniversário de Fanny. Para Louise, Micky Dolenz era irritante. No entanto a imitação fajuta de James Cagney chamou sua atenção. Embora dizendo que não gostou, ela no fundo curtiu e passou a semana toda pensando no amigo doido de Davy.

 

Oh, love was out to get me
That's the way it seems
Disappointment haunted all my dreams

(Ah, o amor estava querendo me pegar
É o que parece
Decepções assombravam os meus sonhos)

 

“Ela é mimada”, avisaram Davy e Odile, as únicas pessoas mais próximas de Louise, deixando Micky em dúvidas.

 

“Boa sorte em aguentar as maluquices do Micky”, disseram Mike e Peter.

 

Mas como diria, os opostos se atraem, as diferenças foram superadas quando na gravação da cena musical, Micky cantou com vontade I’m A Believer, música esta que Micky escreveu pensando na amiga de Davy.

 

Num espaço de poucos meses, os dois se assumiram. Não foi fácil. Micky driblava o consumismo exagerado de Louise. E a aspirante a atriz muitas vezes tinha que controlar a vontade de pular no pescoço do monkee. Fora isso os dois aprenderam com seus defeitos, se corrigindo, sem perder o costume de se agarrar como dois loucos no amor.

 

-- Louise? – Micky olhava para Louise. Os dois acabaram de fazer amor. – Eu sei que fui meio louco e atropelando as coisas.

 

Lulu estava nervosa. Não sabia se contava para Micky um detalhe que ela se deu conta durante um mês e a deixou ansiosa.

-- E quero saber se...

 

-- Micky... Eu...

 

-- Quer casar comigo?

 

Lulu saltou da cama. Outra vez pensou ser brincadeira dele.

 

-- Casar?

 

-- Sim. A gente dá certo. E estamos indo tão bem. Já pensei em tudo.

 

Louise sorriu. Era raro ver Dolenz numa atitude romântica. E seus olhos exibiam um brilho especial. Beijou Micky igual da primeira vez quando Peter e Erin deram uma festa de comemoração de noivado.

 

-- Micky... Eu quero me casar. Mas, acho que temos que ir devagar. E também...

 

-- Vamos continuar namorando e agora morando juntos. Eu e você.

 

-- Na verdade... – Ela riu. – É eu, você e o bebê.

 

-- Bebê?

 

Colocou a mão dele no ventre dela, fazendo o namorado entender. Ele acreditou no amor e não era como conto de fadas pra ele e nem pra ninguém. Apenas um mero esbarrão numa festa de aniversário resultou numa escolha para vida toda com a pessoa que mais ama. Mesmo que ela seja a melhor amiga de seu amigo.

 

 

Yes, I saw her face
Now I'm a believer
No not a trace
Of doubt in my mind
Said I'm a believer

 

(Então eu vi seu rosto
E agora eu acredito
Não há sombra de
Dúvida em mim
Eu disse que acredito)

 

 

FIM






domingo, 22 de agosto de 2021

Magic Words (Oneshot - Universo Grind Harry Potter)

 Boa noite pessoal!

Hoje vou postar a oneshot Magic Words, dentro da fanfic da Maris Campos, Every Little Thing She Does Is Magic. Como estava viciada na trilha sonora de Harry Potter e o Cálice de Fogo, imaginei uma parte da cena do baile de Inverno. Espero que gostem.


Magic Words__ Maya Amamiya

 

 

Uma semana antes do Baile de Inverno do Torneio Tribuxo. 

Felicity olhava novamente seu vestido verde musgo longo. Mesmo estando no quarto ano, não se sentia à vontade em usar no evento. Entretanto, o que a animava era a apresentação no baile juntamente com seu super grupo. Era a grande surpresa.

 -- Então é esse o vestido? – Mickey entrou no alojamento das meninas aproveitando que só estava a prima sozinha.

 -- É só pro baile. – Fefe fechou a porta do roupeiro e se deitou.

 -- Quem te convidou?

 -- Gordon Waller.

 -- Se deu bem. O cara arrasta uma asa pra você.

 -- Você quis dizer a galinha inteira não é? – Dizia Fefe, rindo. – Eu não sei onde estava com a cabeça pra ter aceitado.

Durante os estudos, Nora se aproximou na mesa da Sonserina e conversou com sua melhor amiga.

 -- Quer ajuda pra vestir?

 -- Já experimentei. – Fefe terminava de escrever outra música no pergaminho. – Sou obrigada a ir?

 -- Se valesse pontos pra casa, até valeria a pena.

 -- Esse é um baile dos concorrentes do Torneio Tribuxo. Ou seja, Igor, Renée, Colin e a dupla Davy e Louise.

 -- O restante do pessoal também foi liberado. Quer dizer, do quarto ano. E os outros só sendo convidados por alguém do quarto ano.

 -- Pois é.

 -- Marie me deu essas coisas chiques pra usar. Eu não sei o que é.

 -- Isso é maquiagem, Nora. Te ajudo.

 No meio da semana, Fefe ensaiou as músicas com a banda. Alana estava eufórica, diferente no começo da semana passada no qual se encontrava calada e por vezes com o semblante frio.

 -- Conta pra ela, Allie. – Incitou Harry, balançando as baquetas.

 -- Contar o quê? – Questiona Fefe.

 -- Mike Nesmith me convidou para ir ao baile! – Ela falou quase em falsete.

 A banda se animou e abraçou Alana. Desde a revelação sobre seu pai, o antigo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Andrew Watson, ser um lobisomem, muitos alunos encaravam Alana como uma ameaça e os pais mais extremistas exigiam a expulsão da menina.

 O restante do dia foi conversas. Harry Daniels dizia que tentara convidar Elena Valdez, mas a aluna da Corvinal já aceitou convite por parte de Geoff Hurst, o dentuço da Grifinória e conseguiu convidar outra menina. Edward Simmons conseguiu a maior das façanhas: convidar Bettina Donner, a aluna excepcional da Sonserina com habilidades nas poções, chegando a rivalizar com Louise McGold. Fefe não disse mais nada, preferindo celebrar a vitória de seus amigos.

 Na quinta-feira, dia 23 de dezembro, Fefe tirou o dia para ensinar Nora a manusear a maquiagem. Enquanto passava a base no rosto dela, a galesa finalmente disse:

 -- Estou gostando de alguém.

 -- Oh sassenach. – Nora se animou. – Quem é?

 -- Bem... – Fefe dava uns risinhos.

 -- Sou eu?

 -- Você é bastante tempo e sabe disso.

 Nora não tinha dúvidas que a sassenach, como se refere a Felicity, a ama incondicionalmente.

 -- É o Macca? – Questiona.

 -- Não.

 -- É o meu ex? George?

 -- Não.

 -- Meu irmão?

-- Menos, Nora! – Disse Fefe, espantada.

 -- Então quem é?

 Neste momento o sonserino holandês, Johan Cruyff, subia as escadas pro alojamento masculino carregando uma capa. Na verdade, era sua roupa pro baile. Nora entendeu e se espantou.

 -- Com tantos garotos lindos e você gosta do magrelo??

 -- Que magrelo? – Felicity se fez de desentendida.

 -- O magrelo holandês. Inteligente da Sonserina. E capitão do time de quadribol.

 -- É complicado.

 -- Sassenach, se você soubesse...

 -- O quê?

 -- A Ana já convidou Johan.

 -- O quê? – Fefe parou de maquiar Nora.

 -- Ana o convidou, já que os caras que ela tentou não aceitaram.

 -- Incluindo o Entwistle e o italiano encrenqueiro da Lufa-Lufa?

 -- Sim. 

Fefe desanimou. Parece que terá de ir com Gordon Waller. Enquanto isso Johan se sentia cada vez mais angustiado. Anastacia Rosely o convidou para ir ao baile e foi aceito. No fundo, o holandês não desejava ir com ela e sim com Felicity e antes que o dia acabesse, vai falar a verdade. E foi o que fez ao encontrar a estudante da Corvinal lendo nas escadarias.

 -- Ana...

 -- Johan. – Ela guardou seu livro para prestar atenção nele.

 -- Preciso te falar. Eu...

 -- Não me diz que não quer ir mais comigo ao baile.

 -- Isso.

 Ana queria chorar e Johan a consolou.

 -- Me perdoa. Há tempos estou querendo me aproximar dela.

 -- De quem?

 -- Felicity.

 Ana estremeceu e ao mesmo tempo está feliz. Pelo menos Johan quer convidar uma pessoa que ela conhece.

 -- Não fica triste.

 -- Não estou. – Afirmou Ana.

 -- E também não pode porque seu par está aqui.

 Ana se virou e viu Mickey, o irmão de Louise. E pelo visto, com expressão triste.

 -- Ainda quer ir comigo ao baile? – Mickey se ajoelhou.

 -- Você não gosta de bailes porque pisa no pé das pessoas.

 -- Faço um sacrifício.

 Ana sorriu e aceitou o convite. Isso sem antes agradecer a Johan. Mickey por sua vez, falhou em convidar Odile Greyhound, a melhor amiga de sua irmã pois a francesa já tinha aceitado ir com Franz.

 Fefe passou pelo Clube de Duelos e notou uma aglomeração de alunos do sexo masculino fazendo fila e por fim o professor Anthony McGold anunciando sob a mesa.

 -- Aproximem-se candidatos! Vou ser o mais breve possível e não um exibicionista Como foi o professor Hart há 2 anos atrás.

 Johan ficou ao lado dela e corou.

 -- O que tá acontecendo? – Perguntou Fefe.

 -- Estou a descobrir.

 -- Felicity... – Johan a olhava com carinho. – Você... Quer ir... Ao baile comigo?

 Ela se virou. Espantada.

 -- Johan... Eu...

 -- Só diz que sim...

 -- Eu vou com Gordon Waller.

 -- Eu ia com a Anastacia. Desisti.

 -- Johan... eu quero muito ir ao baile com você. – Respondeu ela, animada. – Darei um jeito.

 Depois, o professor Anthony McGold subiu ao tablado e anunciou:

 -- Como devem saber, amanhã é o Baile de Inverno e minha filha, a campeã do Torneio Tribuxo ainda não tem um acompanhante. Aquele que vencer, no melhor de 3 rounds, será o vencedor. Eu mesmo vou escolher os desafiantes.

 Tony observava os rapazes na fila e outros ficaram de espectadores.

 -- Isso é um absurdo. – Comentou Fefe, indignada. – A que ponto meu tio chegou? E não posso acreditar que Louise aceitou essa competição.

 -- Acho que a Lulu nem deve saber. – Completou Johan, um pouco assustado.

 -- Ele tá colocando a Louise como prêmio. – Ana também entrou no clube de duelos para observar.

 Por fim os desafiantes eram Gerd Müller, da Grifinória, e James Hunt, um aluno mediano da Sonserina.

 -- Tô torcendo pro Hunt. – Se animou Mickey, já que ele e James são companheiros dos jogos de xadrex bruxo.

 -- Michael! – Repreendeu Ana. – Não sabe do que está falando. Louise nem conhece ou gosta do Hunt.

 -- E por acaso ela gosta do alemão?

 Ninguém respondeu. O silêncio e o olhar entregaram uma resposta. Mickey balbuciava descrente.

 -- Gente, a Louise e o Gerd são rivais no quadribol.

 -- Só no quadribol. – Debochou a prima de Mickey. – Fala isso por não saber o que rolou na Copa Mundial de Quadribol.

 -- O que rolou?

 -- Shh! – Pediu Johan. – O duelo vai começar.

 Os duelistas fizeram as reverências e apresentaram suas varinhas. Se afastaram e apresentaram as poses de combate.

 -- Na contagem! Um, dois, três e ataquem!

 O primeiro a atacar foi Gerd.

 -- Flipendo!

 Um pequeno lampejo apareceu, deixando James atordoado e quase derrubando a varinha. O adversário não deixou por menos.

 -- Perculsus!

 Gerd teve choque e conseguiu rebater.

 -- Experlliarmus!

 O feitiço jogou Hunt para longe. Primeiro round ganho. Todos aplaudiram. O aluno sonserino se levantou e ficou em posição de combate. Três segundos depois novo ataque. E de novo Gerd derrota o oponente com o feitiço Incendio.

 Sepp e Franz estavam felizes. Mais um round e o amigo deles consegue levar Louise para o baile. Tony lançou um olhar furioso. Ajudou Hunt se recompor e se afastou. Após a contagem, ele colocou a mão na boca e conjurou um feitiço fazendo com que Gerd perca o equilíbrio. Hunt se aproveita desse momento e o ataca.

 -- Everte Statum!

 Gerd foi arremessado em diagonal quase pra fora do tablado.

 -- Levanta cara! – Incentivou Sepp.

 Hunt ganhou, mas Gerd detinha dois rounds vitorioso.

 No quarto round, o aluno da Grifinória sentiu as pernas paralisadas e caiu de bunda no tablado com feitiço Abeo lançado por Hunt. Agora é empate.

 -- Último round, cavalheiros! – Avisou Tony. – Ambos com duas vitórias. O que vencer esta rodada, será o vencedor. E levará Louise para o baile amanhã. Boa sorte!

 Tudo ou nada. Fefe e Johan atentavam toda cena e ao mesmo tempo perceberam nos rounds anteriores que o professor de Poções se distanciava, cobria a boca e Gerd se dava mal. E no último contra ataque não foi diferente. Pra piorar, Gerd tropeçou nas próprias pernas e o combate terminou com Hunt conjurando o feitiço Estupore, fazendo com que o rival caísse no chão, inconsciente.

 -- Temos um vencedor! – Disse Tony, erguendo o braço de James. – Meus parabéns, Sr. Hunt.

 James vibrava e seus amigos da Sonserina gritavam vitoriosos. Franz e Sepp levaram Gerd para enfermaria. Já Fefe e Johan, junto com Ana e Mickey, presenciaram a trapaça, completamente consternados.

 -- Inacreditável! – Fefe se encontrava brava. – Meu tio tramou para o Hunt ganhar.

 -- É visível que o tio Tony não gosta do Gerd. – Comentou Ana, soturna.

 -- E agora esse loiro oxigenado vai levar a Lulu. – Bufava Mickey.

 

24 de dezembro – 8 horas da manhã

 No café da manhã, Louise conversava com seus amigos e notara algo. Odile e Mickey discutiam e no final a francesa foi embora. Louise foi cobrar do irmão.

 -- O que você fez pra Odile?

 -- Não é o que está pensando. – Respondeu o irmão. – Eu cobrei dela uma resposta.

 -- De quê?

 -- Antes de convidar a Ana, pretendia convidar Odile. E ela respondeu que Franz a convidou primeiro.

 -- Michael, a Odile esperou por você. Esperou até demais. Não era pra ter tratado minha amiga como uma última opção. Se queria convidá-la, era pra ter feito isso logo e não nos últimos dias!

 -- Louise, de que lado você está?

 -- De vocês. Mas não tolero injustiça e que faça mal a Odile! Você irá com a Ana. O que é bem melhor. Vocês se conhecem há bastante tempo.

 -- Louise...

 -- Deveria tê-la convidado antes que outra pessoa a convidasse.

 Louise se retirou e seguiu para a Sala Comunal da Lufa-Lufa. Mickey admitiu que sua irmã tem razão.

 Na Sala Comunal, Louise viu alguns dos seus colegas ajudando Dennis Law, o aluno escocês doido. Ele aparentava choque e com as mãos trêmulas.

 -- O que aconteceu? – perguntou Louise, segurando a mão de Dennis.

 -- Ele convidou a Renée pro baile. – Respondeu Giorgio Chinaglia, o italiano.

 -- Sério? – Louise olhava para os colegas e depois para Dennis. – E o que ela respondeu?

 -- Não vai acreditar na resposta.

 -- Certamente que foi um “não”.

 -- Ela aceitou. – Disse Alana Watson.

 Todos se espantaram. Como uma aluna e campeã da Beauxbatons aceitou um aluno tão estranho para ser seu acompanhante?

 -- Ela estava lá, andando. – Respondia Dennis, com ares de sonhador e sorrindo. – Sabem o quanto gosto de vê-las andando. Não aguentei. Quando me dei conta, já tinha convidado.

 -- Na verdade, ele a convidou aos berros. – Confirmou Harry Daniels. – Foi muito louco.

 Dennis se levantava do sofá e sorria. Parece que a ficha caiu para o escocês.

 

 24 de dezembro, 21h da noite. – Hora do baile.

 Após a primeira valsa dos campeões, os Beatles iam se preparar para lançar outra música. Paul McCartney foi pegar um novo instrumento nos bastidores quando Felicity, em seu vestido verde musgo ficou na sua frente.

 -- Fefe?

 Ela segura a varinha e lança um feitiço.

 -- Imperio!

 Paul agiu sob a influência da galesa.

 -- Ouça, quero que fale com sua banda e diga que não vão tocar, mas que eu e a English vamos subir no palco e assumir seu lugar. Você entendeu?

 -- Sim. – Respondeu Paul, ainda com o feitiço.

 E no exato momento que o professor Ned Smith terminou de anunciar, o globo cristalizado acendeu e trouxe milhares de cores luminosas. E a banda subiu no palco.

 -- VOCÊS ESTÃO PRONTOS, HOGWARTS?

 E começou a banda.

            Move your body like a hairy troll

Learn' to rock and roll
Spin around like a crazy elf
Dancin' by himself
Boogie down like a unicorn
Don't stop till the break of dawn
Put your hands up in the air
Like an ogre, just don't care

Can you dance the Hippogriff?
Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma
Flyin' off from a cliff
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma
Swooping down to the ground
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma
Around, and around, and around, and around
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma

Go around like a scary ghost
Spookin' himself the most
Shake your booty like a borer in pain
Again, and again, and again
Get it on like an angry specter
Who's definitely out to get ya
Stamp your feet like a leprechaun
Get it on, get it on!

Can you dance the Hippogriff?
Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma
Flyin' off from a cliff
Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma
Swooping down to the ground
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma
Around, and around, and around, and around
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma

Can you dance the Hippogriff?
Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma
Flyin' off from a cliff
Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma
Swooping down to the ground
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma
Around, and around, and around, and around
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma
Come on!
Yeah!
Can you dance like a Hippogriff?

Muitos aplausos para Felicity e a English Band, grupo formado por Alana Watson, Edward Simmons e Harry Daniels. Mais tarde outro conjunto assumiu as músicas até a hora do encerramento. Neste tempo Fefe aproveitou para dançar mais com Johan.  Depois pararam para tomar bebidas.

-- É divertido, não? – Comentou Cruyff.

-- Sim. 


Baile de Inverno – 23h da noite

A última música Fefe cantou. E mais do que nunca sabia que poderá ser ali, declarar seu amor.

-- Esta é para os apaixonados de plantão.

And dance your final dance
This is your final chance
To hold the one you love
You know you've waited long enough

Mesmo cantando, Fefe se aproximou de Johan e dançavam no meio do salão. Tomados por um sentimento em comum, o bruxo holandês acariciou o rosto da vocalista. Mesmo com a maquiagem preta nos olhos, Fefe era a mais bela das bruxas com a voz de uma sereia ora furiosa, ora dócil, como as mesmas criaturas do livro A Odisséia.

-- Sabe no ano passado, na aula de Profecias da professora Skarlet?

-- Sim.

-- Naquele momento, eu vi um dragão. E eu e você montando neste dragão, voando pelas planícies da Escócia.

Johan abriu mais os olhos, contente. Assim como ela, também previu isso na bola de cristal.

-- Seria o destino?

-- Está escrito. – Em seguida o beijou e continuou a cantar.

So, believe
That magic works
Don't be afraid
Of being hurt
Don't let this magic dies
The answer's there
Oh, just look in her eyes

Um pouco afastado do casal, outro dançava, mas a mocinha não olhava para seu parceiro.

-- Tudo bem como você? – Perguntou Mike Nesmith, preocupado.

-- Um pouco. – Respondeu Alana Watson, a baixista da banda. Ela se encontrava insegura. – Posso lhe perguntar algo?

-- Sim.

-- Por que você me convidou? E se eu fosse mesmo uma loba? Como meu pai?

-- Porque eu gosto de você.

-- Mas sei que você gosta da Alice Stone.

-- Eu gosto dela. No entanto, é diferente agora. -- Mike segurou a mão de Alana e beijou como um perfeito cavalheiro. – Já te observava há algum tempo. Gosto quando você fala das runas antigas, de música. E de sua pretensão em morar no campo e trabalhar com sua própria composição. E não importa se tem ou não o gene licantropo. Nada mudará o que sinto por você. Amo você.

Alana sorriu emocionada e beijou ardentemente Mike.

And make your final move
Don't be scared, she wants you to
Yeah, it's hard, you must be brave
Don't let this moment slip away...

Perto do palco Louise e Gerd, juntamente com Davy e Dianna, dançavam despreocupados. Davy pelo visto se entendia com Di. Para Louise, era um alívio pois não aguentava mais os momentos distraídos do melhor amigo. Gerd ria da reação de Louise olhando para o casal.

-- Então... – Gerd estava também inseguro. – Então você e o Davy... Não são um casal?

Louise suspirou pesadamente. Era óbvio que ele e todos os leitores do Profeta Diário leram a matéria tendenciosa de Kathy Giordano. Ela o encara.

-- Não acredite em nada naquela mulher. Davy e eu fomos criados juntos pelo meu pai. E também... – Ela mostra seu amigo e Dianna juntos e trocando um beijo gostoso. – Dianna gosta do Davy.

-- Ah, tá! – Gerd ria. – E minhas chances são as mesmas.

-- Gerd, eu te mostrei na Copa Mundial de Quadribol. Eu te amo!

-- Eu sei! – Gerd finalizou com um beijo.

Longe do salão, um professor de Hogwarts, diretor da Sonserina, observava os casais, principalmente a filha e o alemão da Grifinória. Tony estalava os dedos, furioso e ao mesmo tempo com uma ideia na cabeça...

Now, believe
That magic works
Don't be afraid
Afraid of being hurt
Don't let this magic dies
The answer's there
Oh, just look in your eyes
And don't believe that magic can die
No, no, no, this magic can't die
So dance your
final dance
'Cause this is
Your final chance

 

FIM

 

*Cena 1 pós créditos da Marvel*

 

Antes da música final, Mickey se afastou do salão, se entupindo de bebida. Anastacia Rosely se aproximou dele e tirou o copo de perto dele.

-- O que você está sentindo?

-- Louise tinha razão. – Ele se sentava numa das mesas, de cabeça baixa. – Eu gosto da Odile. E fui um idiota em não a convidar. E agora ela está lá com aquele... cara que todo mundo o chama de Imperador.

Ana entendia Mickey. Ela gostou de muitos caras e por algum motivo, se afastavam dela. Tocou a mão dele e depois o beijou.

-- Tem eu. Não conto?

Mickey retomou o beijo e depois a conduziu para a pista numa última dança.

 

*Cena 2 pós créditos da Marvel*

-- Louise, você disse que decifrou o enigma do ovo com Davy há duas semanas atrás. E a tarefa é daqui dois dias.

Louise tremia de nervosa.

-- Você não decifrou. – Odile oferecia um copo de suco de abóbora.

-- É tão óbvio assim?

Definitivamente, Odile conhece tão bem Louise pelos gestos e o olhar.

Dois dias depois e finalmente veio a temida data da segunda prova. Enquanto a dupla de amigos e sua turma ajudavam a desvendar a pista do ovo de ouro, em outro canto da biblioteca, o trio alemão conversava.

-- Já pensou em como falar pro pai da Louise que deseja namorar a filha dele? – Questiona Franz, enquanto carrega um livro retirado de uma estante.

-- Venho pensando nisso desde o baile. – Respondeu Gerd fechando o caderno. – Talvez eu deixe pro final do ano letivo...

-- Eu prefiro que seja logo. – Sugeriu Sepp Maier.

Naquele instante a figura assustadora de Anthony McGold surgiu diante deles.

-- Eita, professor! – Exclamou Franz.

-- Espero não ter interrompido a confabulação de vocês. – Em seguida lançou seu olhar para Müller. – Sr. Müller apresente-se na sala do professor Schneider agora.

-- Mas... O que eu fiz?

-- Nada. O professor deseja falar com você.

Os dois amigos olharam para Gerd e o tranquilizaram para seguir caminho com o professor McGold. Enquanto caminham, Gerd pergunta:

-- Tem certeza professor? Eu fiz alguma coisa errada?

-- Não e pare de perguntar.

Só de ouvir a voz quase trovejante de Tony, fez Gerd se calar. Seja lá o que for, encararia de frente e não ter medo de nada.

 

Continua em Every Little Thing She Does Is Magic