Louise estava sentindo
poucas dores no corpo e tentava relaxar em seu quarto, quando ouviu batidas
insistentes na porta.
Louise abriu, revelando
ser Mickey.
-- Minha irmã, venha logo!
Gerd está surrando Roger!
Louise caminhava com
dificuldade até a sala do trono, onde se viam luzes acendendo e colisões. Roger
disparava mais de seus raios contra Gerd e este se utilizava de bolas
energéticas. Depois ele avançou contra o rei dos deuses com socos no rosto.
Alice também estava com
uma barriga saliente, igual a da pequena deusa e caminhava até a sala pra
impedir seu marido. Nem mesmo Franz, o deus da guerra conseguia impedir. Na
verdade ele adorava ver aqueles conflitos.
-- PAREM! – Gritou Louise,
colocando a mão no ventre grande. – ISTO PRECISA ACABAR! SOMOS DEUSES, NÃO
MORTAIS OU TITÃS PARA GERAR CONFLITOS E... argh!
Não conseguiu terminar de
falar, pois Louise havia vomitado e seu nariz começou a sangrar. Rapidamente
Alice e Mickey a levaram para a câmara de recuperação, o local onde os deuses
costumam tratar de seus ferimentos ou doenças. E partos divinos.
Odile, Alice e Marie foram
até a câmara ajudar Gerd e Mickey.
-- Não... meu bebê... –
Louise era deitada na cama especial e se contorcia de dor. Alice acalmava a deusa.
-- Louise, vai ficar tudo
bem. – Dizia enquanto limpava o rosto sujo de sangue.
De repente uma luz envolve
o corpo da pequena deusa e de uma alguma forma a testa de Louise mostra um
pequeno feixe luminoso, ofuscando as visões dos deuses. Quando todos abriram
seus olhos, a pequena deusa, ofegante, segurava um bebê, que chorava.
-- Edgar... – Ela se
emocionava vendo seu filho. – Meu pequeno espartano.
Mickey pegou o bebê e
cuidou da criança.
-- Gerd... – Louise
segurava a mão do deus arqueiro e depois desmaiou.
Enquanto o casal de deuses
amparavam Louise, Alice também sente as contrações.
-- Gerd, me ajude... –
Pedia a deusa, tocando o ventre. – Meu filho...
Rapidamente ele tratou de
Alice e fez os mesmos procedimentos usados para com a pequena deusa, agora para
a esposa. Poucos segundos uma barreira de luz forte fez os deuses fecharem os
olhos e quando acabou, encontraram um lindo bebê, de olhos verdes, sorrindo e
sendo segurado.
-- William... – Alice
ninava seu filho. – Bem vindo ao mundo.
O pequeno é filho de Alice
com o humano Michael Palin, um habitante de Atenas que gosta de poesia e humor.
O envolvimento deles foi imediato e gerou um fruto.
Gerd segurou o menino e a
esposa adormeceu. Mickey e Odile cuidavam dos dois bebês deuses. O mensageiro
dos deuses ninava Edgar, enquanto que a deusa amorosa fazia rir o pequeno Will.
Mickey pegou a mão de
Odile, olhando ternamente para os olhos dela, sussurrou no ouvido dela.
-- Eu quero você.
Odile corou com aquela voz
aveludada. Havia algum tempo que a deusa amorosa e o mensageiro dos deuses
trocavam olhares furtivos. Mickey não tinha coragem de aborda – lá por causa
dos dois deuses que ela ama. E ao que parecia, ele estava disposto a tudo. E
Odile... também deseja Mickey, secretamente.
Anoiteceu e ainda as duas
deusas mães dormiam. Naquele instante, Gerd tomou uma decisão. Ele seguiu para
Esparta, onde vive o rei Jim, amado de Louise. James saiu do quarto e caminhou
para a sala do trono. Ele sentia saudades da pequena deusa. Desde que retornou
a vida, os dois se amaram só uma vez. Havia também outro fator. Christopher. O
guerreiro ateniense é seu amigo e não sabia do envolvimento dele com a
divindade. Respeitava Chris acima de tudo e também o perdoava. Ao olhar para a
estátua de bronze da pequena deusa, Jim sentiu a presença de outra pessoa.
Ele se virou e deu de cara
com o deus arqueiro.
-- O que foi que eu fiz? –
Temendo que o deus queira matá-lo.
Em vez disso, Gerd segurava um bebê envolto de
um pequeno cobertor e o entrega para o rei espartano. O menino abre os olhos e
sorri para o homem. Jim percebeu que aquele bebê tinha umas características
físicas semelhantes com as dele.
-- É o seu herdeiro. –
Disse o deus arqueiro em seguida sumindo.
Jim segurou o bebê e sorriu.
O menino é extremamente parecido com ele. Cabelinho ruivo e olhos azuis como os
da pequena deusa.
-- Meu filho... – Ele
disse, beijando a mão do menino.
Já na vez de Palin, ele
recebeu o seu pequeno mas Gerd não disse absolutamente nada.
-- Espere! – Gritou o
trovador. – Eu vou... ser castigado?
-- Não. – Respondeu o deus
arqueiro. – Sua poesia encanta os deuses e seus amigos nos fazem rir. Não sou
tão vingativo quanto Franz...
Em seguida desapareceu. De
volta ao Olímpo, Gerd cuidou de Alice o tempo todo.
-- Próximo bebê será meu.
– Sorrindo para a esposa.
Se passaram vários dias
após a guerra de Esparta. Edmund Jones, um guerreiro ateniense, assume o posto
de novo rei da cidade de Corinto a pedido de James e passou a governar a cidade
de forma próspera. E no Monte Olímpo aparentemente estava tudo indo muito
bem. Com exceção de Louise.
A pequena deusa se
encontrava melancólica. Mesmo visitando Esparta à noite para ver o filho, ela não
tinha mais a alegria e otimismo. Todos os deuses perceberam isso e tentaram
conversar com ela, consolar e transmitir uma palavra de conforto. Não foi o
bastante. A tristeza de Louise era tanta a ponto de ser prejudicial. Os mortais
rezavam para sua divindade e não eram atendidos.
Certo dia Mickey, seu
irmão e mensageiro, questionou a pequena deusa, que olhava para as estrelas.
-- Louise, está tudo bem?
Não houve respostas.
-- Por que não está
ajudando os mortais?
Louise continuava quieta e
Mickey desistiu, mas antes de sair, continuou a falar.
-- Roger disse que se você
continuar a recusar as orações e oferendas dos mortais, então desista de ser
deusa da guerra!
No outro dia Louise
resolveu visitar Odile. Elas desceram até Atenas e passearam entre os mortais.
Enquanto a deusa do amor comprava túnicas, Louise olhava para os filhotes de
animais e se encantou com um leopardo. Ela comprou o filhote e o presenteou
para sua amiga.
-- Pra você!
-- Louise! – Odile pegou o
bichinho nos braços. – Muito obrigada!
Elas seguiram para a
floresta e ali se amaram romanticamente e no local nasceram lindas flores azuis
e amarelas. Odile criou uma coroa destas flores e colocou na cabeça de Louise.
-- Você é bela demais, uma
linda deusa, a mais bela entre as belas, uma jóia que todos desejam ter. –
Odile afagava o rosto da deusa.
-- Não sou tão preciosa
assim...
-- Para mim é. Você é a
pessoa mais importante do universo para mim, pequena deusa.
-- Me ame Odile... por
favor... me ame e eu não te peço mais nada. – Louise abraçou Odile e se
entregou ao prazer mais uma vez.
Depois elas foram para a
Ilha Paradisíaca da deusa amorosa e continuaram ao ato amoroso até aparição do
deus Franz, flagrando as duas ali.
-- Odile? – Ele as viu na
cama, com Odile por cima de Louise. – LOUISE!
-- Não! – Louise saía da
cama, constrangida e pegando a túnica. – Meu irmão... eu juro...
-- Eu perco guerras e
batalhas contra ti e até mesmo súditos e cidades, mas PERDER ODILE PRA VOCÊ
NUNCA! SUA DEUSA MALDITA, SAIA DAQUI!
Franz encheu Louise de
insultos e ela não reagiu a nada. Apenas olhou para Odile.
-- Foi um erro me entregar
a você...
A pequena deusa desaparece
e Odile puxou o amante para a cama.
-- Olhe para mim meu
guerreiro,você nunca vai me perder.Serei sua, até o final dos tempos. E você me
pertence. Mas entenda,amo Louise e ela é uma parte de mim também mas você é o
dono do meu coração,você me faz querer lutar por tudo eu amo você demais.
Eles se amaram ali e Franz
se arrependeu em
ofender Louise.
Mais alguns dias depois a
depressão de Louise continuava e desta vez a deusa chegou ao seu limite. Ela
subiu as escadas e abriu a porta de seu templo, com mil e uma estátuas, espólios
de guerra e armas forjadas. Ela chorou
ali e tomada pela raiva, atirou as armas fora e começou a destruir seu templo.
Todos os deuses ouviram isso e Alice correu até lá.
-- Louise...
-- O QUE VOCÊ QUER? –
Rugiu a deusa da guerra. – QUER ME VER SOFRENDO? DESTRUINDO MEU TEMPLO? SAIA
DAQUI E VOLTE PRO SEU DEUS ARQUEIRO E SUA FILHA!
Num dado momento a pequena
deusa socou com força um busto esculpido de Franz, derrubando a escultura e
partindo em mil pedaços. Contudo, sua mão estava sangrando. Alice levou-a para
a câmara de cura, estancou a hemorragia e enfaixou a mão dela com o tecido de
sua túnica. E ali mesmo ela informa algo.
-- Amanhã irei pedir minha
renúncia de deusa para Roger.
-- Por que? – Indagou
Alice.
-- Eu decepcionei tanto
mortais quanto deuses. Não consegui amar Gerd a ponto de perdê-lo pra você,
escondi meu filho do Christopher, não protegi Jim, meus filhos foram
despachados para os pais e Franz me odeia demais. Ontem.... Odile e eu... nos
amamos.... eu cometi mais um erro amanhã vou viver como uma mortal.
-- Acho que não deves
fazer isso. Se queres Gerd, saio da vida de vocês. Não renegue teus dons por
causa de mim e também nunca criarei um filho meu, só o vi no parto e queria
encontrá-lo para saber como ele anda,mas não posso desapontar meu senhor. Se o
deseja tanto, eu me afasto por você, Louise.
--Isto é uma escolha
minha! Você e ele se merecem! Sou eu e
mais ninguém! – Ela se levantava da cama e caminhou até a porta. --Nada do que
me disser vai me fazer mudar. Amanhã todos do Olimpo saberão.
-- Não nego que o amo. Mas
não nego que também possuo sentimentos por você,Louise. – Afagando o rostinho
da deusa loira mas sendo negada.
--A última deusa que amei,
o amante dela queria me matar.
-- Franz e Odile tem medo
de se perderem, por isso são daquela maneira. Mas meu senhor nunca tentará te
matar, deixe-me amá-la esta noite só hoje e jamais lhe pedirei algo.
-- Me deixa, Alice! –
Empurrando a deusa dos partos. – Eu lhe devo por me ajudar com Christopher mas
não quero você! Eu disse que gosto de você mas não passará disso!
Alice a abraçou e a beijou
longamente. Louise não fez nada, apenas permitiu o ato. Na verdade a deusa não
queria mas acabou cedendo. Comparado a entrega total com Odile, ela não se
mexeu e as lágrimas brotavam mais em seus olhos.
-- Por que está chorando? Por
favor... – Alice lambeu os lábios da deusa. – Deixe-me fazer você feliz...
Tirando a túnica de
Louise, a deusa dos partos fez sexo oral na jovem, excitando-a mais e pela
primeira vez sentindo um prazer indescritível...
Ela seguiu para o quarto,
se trancando e pensando no que houve. Quando amanheceu, os deuses cochichavam a
respeito. Na verdade alguns ouviram a conversa entre Alice e Louise e passaram
a falar, até chegar aos ouvidos de Roger, que não acreditou no primeiro
momento. A pequena deusa pediu para Michael transmitir a mensagem para o rei
dos deuses solicitando uma reunião com todos no hall de entrada. E realmente
aconteceu. Compareceram todos, inclusive Pete e Felicity do reino dos mares e
oceanos, John e Ana do Tártaro.
Louise segurava seu cetro
de outro quando foi barrada por Gerd.
-- Saia do meu caminho! Eu
quero falar com Roger! – Ordenou a deusa.
-- Nós precisamos
conversar. – Gerd estava devidamente preocupado com Louise.
-- Conversar sobre o que?
O fato de ter sido canalha comigo? Me traído com Alice? Gerado uma filha? Me
fazer sofrer? Você é um idiota!
Mal terminou de falar e
Lulu desferiu um tapa na cara do arqueiro.
-- O que vai fazer desta
vez, covarde? Me desafiar pra uma luta? Há há há! Logo você que quase perdeu
uma luta contra um dos titãs... Se não fosse por mim, já estaria morto.
Ofendido, ele agarra
Louise pelo pescoço.
-- Está muito confiante,
deusa lunática! Posso muito bem vencer você numa luta!
-- Por que não conversamos
sobre isso com Roger? – Ela sorria, bem sarcástica. – E aí veremos!
E na reunião todos viram a
pequena deusa chegando ao lado do deus arqueiro.
-- O que foi desta vez,
pequena deusa?
-- Quero fazer um pedido,
Grande Roger! – Ela se ajoelhou, segurando seu cetro. – Eu quero renunciar meu
cargo de deusa da guerra!
A notícia pegou o Olímpo
inteiro de surpresa. Franz vibrava de alegria.
-- Está vendo, Niki? –
Dizia Franz, exultante. – Se Louise deixar de ser deusa da guerra, sou eu que
vou ocupar e aí vai forjar armas para mim.
-- Aham... – Niki não
estava nenhum pouco alegre. No fundo ele preferia criar armas para Louise do
que para Franz.
-- Grande Roger! – Bradou
Gerd. – Eu desafiei Louise numa luta na arena. Se ela vencer, conceda o pedido.
Se não vencer, ela continua sendo deusa.
Roger pensou um pouco e no
fim respondeu.
-- Está bem! Eu concordo.
– E olhando para os deuses. – Todos para a arena!
Minutos depois todos os
deuses ficaram nas arquibancadas. Roger e Marie nas primeiras filas. Gerd e Louise
se apresentaram trajando suas armaduras e armas. John devolveu o escudo para
Louise. Gerd estava armado com a espada de Franz e seu arco e flecha.
-- Lembre-se, Louise! –
Avisou o rei dos deuses. – Se ganhar essa luta, será concedido seu pedido de
deixar a imortalidade. Mas se perder, continua sendo deusa.
-- Não faz isso! – Gritava
Odile. – Você é uma grande guerreira, venceu uma grande batalha, pequena deusa,
você não precisa provar que é mais forte que o Gerd, não precisa se rebaixar. Você é a mais poderosa daqui, não precisa
provar a ninguém isso e se quer destronar alguém faça isso com Daltrey, assim
poderemos ter nossos filhos e nossos mortais amados.
-- Não me dirija a
palavra, Odile. – Pediu Louise. – É capaz de Franz me matar antes mesmo de golpear
Gerd.
Os dois se encararam por
uns instantes e Mickey ficou no meio.
-- Prontos?
Ambos acenaram com a
cabeça.
-- Lutem!
Gerd disparou raios de
energia concentrada contra Louise. Ela se defendeu com o escudo usado na luta
contra Franz e depois revidou os ataques, socando e chutando o deus arqueiro.
Ela retirou o arco e a flecha dele, inclusive usando contra ele.
-- Vamos relembrar o dia
que me ensinou a atirar, Gerd! – Acertando uma das flechas de prata na perna do
deus.
Alice chorava ao lado de
Belle, temendo a morte iminente dos dois deuses amados. Odile também chorava e
seu coração quase saltava pela boca. Cansada de evasivas, Louise passa a atacar
o deus com o poder de seu cetro, deixando-o rendido ao chão cheio de dores por
conta do choque energético.
-- Agora sabe como me
senti quando me traiu e me trocou por Alice? Vai sofrer mais ainda!
-- PARE, POR FAVOR! –
Alice se intrometeu na arena. – NÃO MATE GERD. MATE A MIM, LOUISE! SOU EU A
CULPADA!
-- Saia daí, Alice! –
Mandou Roger. – Isto é uma luta de Mil Dias!
Louise armou-se com o arco
e flecha, mirando em Alice sem pestanejar.
-- Se é assim que
deseja... – Louise olhou para Alice e por breves momentos sentiu uma dor no
peito. -- Perdoe-me por tal atitude, sei que você não teve culpa em amar o
Gerd, ninguém manda nos assuntos do coração.Mas preciso fazer isso...
Segundos depois a flecha
atinge a deusa no peito, para o horror de todos e do deus arqueiro.
-- NÃO! – Belle gritou e
desmaiou nos braços do irmão, Arthur.
Gerd se levantou e abraçou
o corpo de Alice, retirando a flecha no corpo dela.
-- Alice... Me perdoe...
-- Peça perdão... para
Louise... – Ela ofegava e tremia as mãos. – Nós causamos isso.
Mickey carregou Alice nos
braços.
-- Nós vamos cuidar de
você. – Em seguida olhando para Gerd. – Retome a luta.
-- Não... por favor... meu
senhor... perdoe... Louise... – Pedia Alice.
No mundo dos humanos,
várias mães tiveram péssimos partos, resultando na morte de seus bebês e outras
sofrendo dores para dar a luz seus filhos, tudo isso enquanto Alice está
desacordada.
O céu começou a escurecer
e os deuses temeram mais coisas horríveis.
Louise e Gerd se encaravam
furiosos.
-- Eu quero odiar você,
Louise! – Disse o arqueiro. – Odiar por tentar matar Alice.
Louise não disse nada e
partiu com tudo contra Gerd. A espada e o cetro se colidiram, saltando faíscas.
Louise colocou mais força ali, fazendo com que Gerd enfraqueça e seja golpeado
pelo cetro. Contudo algo aconteceu. Ela ouviu as orações de Jim e Chris por
ela. Não eram orações com pedidos para serem bons no combate ou na diplomacia.
Eram por ela.
-- Oh minha pequena deusa, mãe de meu herdeiro e
rainha do meu ser, que você fique bem nesses dias difíceis. Que você continue
nos visitar pois Tommy sente sua falta e que lute comigo, pois por todo o reino
dizem que és a mais forte entre todos os guerreiros. – Rezava Chris.
-- Minha vida, meu amor, minha única rainha. Minha alma anseia pela
tua.Tento ser forte, tento não mostrar mas sinto sua falta. Sinto falta de seu
carinho, de seu toque, minha razão de viver.Nosso menino cresce a cada dia e a
cada dia se parece mais com você.Estou preparando ele para ser um grande líder.
Rezo para seja forte e ganhe muitas batalhas, rezo que continue sempre me
guiando, rezo para seja a rainha do Olimpo e me deixe viver com você. –
Desta vez era Jim.
Louise se emocionou com a
orações e sentiu-se culpada pelo seu ódio. No entanto, esse pensamento veio
muito tarde pois ao baixar a guarda, Gerd acertou Louise com um golpe
energético no corpo dela, derrubando a pequena deusa. Louise cuspia sangue e
ficou cheia de ferimentos, decretando sua primeira e única derrota. Gerd não
conseguia acreditar no que fez. Havia derrotado mesmo Louise. Ele correu para
ajudar.
-- Louise... eu... não
queria...
--- Me perdoe, Gerd, por
te odiar e te ofender. – Ela mal conseguia respirar e sangrava até no nariz. –
Me perdoe por tudo.
-- Eu peço um perdão por
duas pessoas, por mim e por Alice. Por tudo o que nós fizemos você passar. –
Ele chorava e colocou Louise em seu colo.
-- Você...
-- Shhhh! – Colocando o
dedo nos lábios macios dela. – Vão cuidar de você.
A pequena deusa permaneceu
na câmara ao lado de Alice, se recuperando. Gerd cuidou das duas.
-- É um belo dia para
salvar vidas... – Ele comentou para si mesmo, feliz por estar cuidando delas.
Quando amanheceu, Lulu foi
a única que acordou, desta vez ela estava mais recuperada e mais forte. Olhou
para Alice e afagou o rosto dela, acordando a deusa dos partos.
-- Você... Eu...
Lulu a silenciou com um
beijo ardente na boca.
-- Você me completa,
Alice. Sou eu que peço perdão pelo meu ódio e ressentimento.
-- Louise...
-- Eu quero ser digna de
você, Alice. Digna desse amor que sentes por mim.
-- Você é digna, Louise.
Só precisa ver isso.
-- E quanto a Belle?
-- Eu amo Belle mais do
que tudo... Mas você e seu cabelo dourado, sua boca vermelha, sua pele branca....
Tudo em você me atrai. Na verdade... eu amo você em todos os sentidos. Eu
queria ser digna desse amor por ti.
Louise beijou mais ardente
Alice e por fim se deitou na cama especial de recuperação.
-- Quer que eu te prove? –
Ela tirou a túnica e se deitou. – Sente no meu rosto, minha lua. Quero sentir
você.
-- Tem certeza? – Alice se
juntava a ela na nudez. – Alguém pode nos ver.
-- Ninguém vai nos ver e
Gerd está ocupado.
A deusa obedeceu e para
surpresa dela, sentiu o prazer imenso no sexo oral que Louise fazia nela, um
jeito bem diferente e mais luxurioso. Perto de atingir o ápice, Gerd retornou
para a câmara e se chocou com a cena erótica vista.
-- Ahhhhh... Louise...
Ahhhhh... eu.... não... vou... agüentar... – Gemia Alice, finalmente atingindo
o orgasmo.
Quando se recuperaram, as
duas quase caíram da cama especial ao verem Gerd parado ali, meio chocado.
-- Gerd! – Exclamaram as
duas.
-- Errr... bem... – Ele
não sabia bem o que dizer.
Louise se vestia e limpava
a boca, sorridente.
-- Você vai me matar?
-- Não! – Respondeu o deus
arqueiro.
-- Então... – Ela beijou o
arqueiro, deixando um gosto especial. – Pode se divertir!
Não teve jeito. Alice e
Gerd passaram o dia todo se amando trancados na câmara. Enquanto isso a pequena
deusa procurou Odile nos jardins. Esta por sua vez criava mais coroas de
flores.
-- Odile... quero falar
com você!
A deusa amorosa não ligava
para as palavras da amiga.
-- Me perdoa por ter sido
grosseira com você. Estava tão cheia de ódio de tudo e de todos e não enxergava
e nem via o quanto você é carinhosa comigo... Existe alguma coisa pra provar
pra você que eu te quero na minha vida? Seja como amiga e como amante? Aliás, você
é a amante mais quente que tive a honra de estar na cama.
-- Estava magoada com
você! Poxa, não achei que você ia se
rebaixar de tal forma. – Repreendeu Odile. -- Somos mulheres poderosas e livres.
Somos deusas.
-- Sim mas fui teimosa...
Me perdoa Odile....
-- Mas eu te perdôo,
pequena. – Beijando Louise e segurando o rosto dela. -- Quer ser minha?
Antes de responder, Franz
surgiu no jardim, armado.
-- Antes que roube a mein
liebe, vai ter que me enfrentar!
-- Odile, eu vou conversar
com Franz.
Com a retirada de Odile,
os dois deuses da guerra se encaravam, prontos para um eventual ataque.
-- Eu sei que não nos
damos bem. Eu te odeio e você me odeia. Contudo, pensei melhor e quero entrar
num acordo vantajoso envolvendo a Odile.
-- E qual seria?
Ela estufou o peito e
começa a falar.
-- Na parte da manhã e da
tarde posso amar Odile. E a noite ela é toda sua.
Franz sorriu mas pensou um
pouco.
-- E se eu quiser levá-la
para passear de manhã?
-- Não tem problema. –
Respondeu Louise. – E se ela quiser me amar a noite?
-- Eu permito. – Ele se
levanta e estende a mão. – Estamos acertados?
-- Sim.
Apertaram as mãos porém
Franz puxou sua irmã para perto e colocou um punhal perto da garganta da deusa.
-- Se você magoar ela, eu
te mato e diferente de Gerd não tenho piedade.
--- Se você mágoa - lá, eu
matarei você. – Disse Louise, também armada com uma espada pequena e deixando
encostada no peito do deus.
Depois disso ele
desapareceu, deixando a irmã sozinha e ao mesmo tempo ouviu-se um grito. Era
Odile. Lulu correu até o quarto dela e viu uma cena engraçada. Odile armada com
um chicote, expulsando George Best, um guerreiro e amante da deusa, que estava
fazendo amor com Rosie, a deusa da caça, na cama.
Odile soltou seus gatos selvagens
para atacar Best, mas em vez da ofensiva, os bichos simplesmente brincavam com
o mortal.
-- SAIAM DAQUI! – Ordenou
Odile. – FORA!
Com a expulsão dos dois,
Lulu acalmou sua amiga.
-- Relaxa, minha paixão.
Eles já foram. – Louise afagava o rosto da amiga.
-- Eu não vou me
rebaixar... Mas que Best vai ser castigado, isso eu prometo.
Louise riu disso e voltou
sua atenção para a deusa...
Ao cair da noite, Jim
colocou seu filho dormindo no berço. Desde que voltou a vida e descobriu que
Edgar é seu filho com a pequena deusa, não se teve mais notícias e tampouco ela
respondia suas orações. Aos poucos ele se resignava ter perdido a proteção
eterna dela. Ele seguiu para a cama e se surpreendeu. Louise o esperava, usando
a pele de tigre que ganhou de Chris e bebendo vinho.
-- Estava esperando por
você, meu rei. – Ela disse, numa voz suave e deixando o copo de vinho no chão.
-- Minha deusa...
-- Me perdoe, espartano...
– Louise retirou a pele de tigre, ficando nua diante do rei.
-- Não precisa pedir perdão...
– Ele retira a túnica, se juntando a ela. – Só de ver você novamente já vale
muito.
Trocaram um beijo forte e apaixonado, cheio de
suspiros e gemidos. Contudo, tinham de ser silenciosos ou acabariam acordando
Edgar.
-- Minha deusa, precisamos evitar os gritos... –
Advertiu Jim.
-- Não tem problema... --- Ela se abaixou diante
dele. – Vamos nos amar mesmo assim.
Ela iniciou o sexo oral, sugando o membro grande e
rígido do rei de Esparta. Jim gemia baixinho e as vezes procurava fazer Louise
chupar mais.
-- Ahhh.. minha pequena deusa....—Ele quase
suspirou alto. – Pare... se não eu...
Louise parou e pediu que Jim se deitasse. Ela
sentou no rosto dele, fazendo com que retribua o prazer. A pequena deusa também
respirava fundo e gemia, com o contato da boca sedenta de Jim e as mãos dele
lhe tocarem o corpo todo.
Terminado o sexo oral, ela ficou de costas para ele
mas sentada em seu membro, começando os movimentos vagarosos.
-- James... oooohhhh.. James...
Foram assim por alguns minutos e depois ela se
virou, começando a cavalgar nele.
-- Louise... minha deusa... meu amor... ahhhhhhh...
minha rainha.... eu sou... seu...--- James estava completamente rendido ao amor
por Louise.
Enquanto ela cavalgava rápido nele, James apertava
os seios dela e a cintura, incitando mais prazer. Por fim, ele a deitou deitada
de lado, para mais penetrações por trás.
-- James... ahhhhh... estou... chegando...
lá....—Avisou Louise, adorando aquela colisão corporal sensual.
-- Vamos.... juntos.... oooooh....
Mais algumas estocadas fortes e rápidas, os dois
atingem o orgasmo... e a cama quebrando.
De repente, o bebê chora e
Louise se levantou rápido para acalmar Edgar, que não demorou muito para
dormir. Na verdade ela amamentou o bebezinho e Jim a observou, apaixonado.
-- Prometo visitar vocês
dois sempre, mas quando não vier saiba que escuto suas orações. – Ela avisou
enquanto permanecia amamentando Edgar. -- Elas me deixam forte, elas me deixam
poderosa e me fazem proteger vocês.
Após isso ela deixa o
filho dormindo no berço e retorna para os braços fortes do espartano. Poucos
minutos antes do amanhecer, Louise amamentou de novo o filho e se despediu de
Jim. De volta ao Olimpo e sob a alvorada, ela encontrou um dos deuses menores,
Arthur, deus do comércio e irmão de Belle.
-- Arthur? O que faz aqui?
– Questionou a deusa.
-- Estava apreciando a
alvorada nos primeiros raios da manhã, são como os seus cabelos. – Respondeu o
deus, charmoso e comendo um uva madura de Keith Moon, o deus do vinho e da
alegria..
Louise se retirou e ficou
na sala do café da manhã, esperando por Odile.
-- Visitou seu rei
espartano?
-- Sim. – Ela sorria. –
Edgar é muito parecido com James e comigo.
-- É sim, minha pequena. –
Odile depositou um beijo e em seguida continuou a falar. –Eu quero te convidar
para uma viagem.
-- Viagem? Para onde? –
Indagou Louise.
-- Roma. Ouvi dizer que lá
existe o paraíso.
Louise sempre foi a favor
em viagens e jornadas. Porém, aquela viagem a Roma seria diferente...
FIM...
Por enquanto...