Olá pessoal!
Uma boa madrugada e ficam agora com segundo episódio de White Demon. Boa leitura!
Episódio 2: O toque do Demônio Branco
As mãos dela tão macias e delicadas. Tocavam seu
corpo que estremecia. Aquele toque é o bastante
para se render a ela. Depois sentiu a boca descendo beijos e pequenas mordidas
no peito nu. Desejava tudo aquilo... não queria acordar. Permitiu ao Demônio
Branco seus carinhos, seus toques mágicos de sedução.
O sonho não foi concluído,
pois seu celular despertou. Olhou para o relógio e percebeu o quanto estava
atrasado para o treino no Allianz. Tomou banho rapidamente e se vestiu, apenas
comendo uma maçã no meio do caminho.
Naquela manhã, Louise
acordou cedo e fez todas as tarefas domésticas enquanto seu namorado foi
novamente a scuderia para treinar. Fazia um mês que se instalou em Munique e
neste meio tempo conheceu pessoas novas e lugares novos. E novas
atividades. E também fazia um mês que
esperava uma vida dentro dela. Sim, constatou estar grávida de James e quando
contou ao namorado, se encheu de alegria. Contudo, havia um problema. Eles não
contaram aos amigos e isso incluía Gerd Müller e Alice Stone.
Apenas seu amigo de longa
data, Jimmy Page sabia disso. A amizade desses dois aconteceu na época em que Louise namorava
François Cevert, piloto da Tyrell Ford. Certa vez Louise foi consultar no
hospital de Londres e quando entrou, viu uma cena um tanto perturbadora. Seu
amigo e médico fazendo amor com uma das enfermeiras chamada Lori no
consultório. Apesar da situação constrangedora, Louise prometeu guardar
segredo, em troca ele faria algo para ajudar sua protetora.
Eis que surgiu uma oportunidade.
Page foi transferido a Munique, onde conheceu Alice Stone e adquiriu uma paixão
sem limites por ela. O único obstáculo era o namorado dela, o jogador alemão.
Nesta época Louise
terminara com Cevert por conta dos ciúmes doentio dele e conheceu James Hunt na
pista de Crystal Palace, onde disputava mais uma corrida de Fórmula 3. A pedido do amigo procurou
investigar sobre o piloto e descobriu que ele é amigo do namorado da médica
apaixonada. Desde então passou ajudá-lo
a conquistar a bela doutora ao passo que Louise teria de roubar o coração do
jogador. De inicio não achou ser um bom plano, porém ao conhecê-lo, seus planos
mudaram embora prometesse continuar prestando auxilio ao seu amigo Mago.
Não houve grandes
novidades naquele treinamento e Gerd pensou em ir embora mais cedo, ficar em
casa descansando e preparando o jantar para a amada. E havia mais uma coisa:
sua cabeça voltada para a belíssima Louise. Desde o jantar na casa do seu amigo
James e a pequena visita onde resultou num breve e amistoso encontro com ela,
Gerd não conseguia se livrar da imagem angelical. Para ele, Louise é um anjo.
Um belo anjo caído e que precisa ser cuidado.
Durante o caminho, cruzou
na casa de James e resolveu vê-la mais uma vez. Quando se aproximou da porta,
ouviu uns gemidos de dor. Constatou o som vindo da porta dos fundos. Resolveu
ir até lá e encontrou Louise, caída no chão, chorando e gemendo.
-- Oh meu deus, Louise! –
Gerd a socorreu e ao tocar suas mãos, viu manchas de sangue e principalmente
vindo das pernas dela.
-- Gerd, me ajuda! Por
favor... não... quero
morrer...—Implorava Louise, entre lágrimas e desespero.
Sabendo que não daria
tempo de alguma ambulância aparecer, carregou a menina nos braços e a colocou
dentro do carro, onde dirigiu para o hospital central. Pela primeira vez, Gerd
temia pela vida da jovem.
Chegando ao hospital, Gerd
carregou a menina ensangüentada mais uma vez e gritou por Alice.
-- ALICE! ALICE, ME AJUDE!
Os médicos e enfermeiras
tentaram de tudo para ajudar, mesmo sob protestos do jogador que exigia a
presença de sua namorada médica.
No corredor de
cardiologia, Alice caminhava até um quarto vazio. Ao entrar, estava ele, seu
amado Page, com uma cara mais séria que na noite anterior.
-- Já decidiu sobre minha
proposta? – Perguntava Page, ainda olhando para a janela.
-- Jim me dê mais alguns
dias... Não é fácil terminar um relacionamento que vem durando três anos.
-- Então por que me
escolheu? – Perguntou ao se virar e encarar Alice.
-- Porquê você é o único
que trouxe minha vida um novo propósito. Uma aventura. Só você me dá isso.
Por mais impaciência
estivesse sentindo naquele momento, Jimmy ignorou isso e abraçou a amada, mas
não conseguiu beijá-la. Uma enfermeira entrou no quarto, nervosa procurando
pela doutora.
-- Dra. Alice, venha
comigo para a enfermaria. Seu namorado trouxe uma moça loira e sangrando
demais! Venha!
-- Oh meu deus, deve ser
a... LOUISE! – Disse a médica, correndo para a enfermaria. No quarto, Jimmy
sorria outra vez. Mais uma parte do plano é concluído.
Entrando no quarto, Alice
se depara com Louise chorando mais ainda e demonstrando raiva, ao mesmo tempo
que um dos doutores, o obstetra Udo Jurgens explicava a Gerd algumas coisas.
-- Dr. Jurgens, eu posso
assumir daqui. – Disse Alice.
-- Onde você estava? Bem,
não importa. Está resolvido em partes. –
Respondeu friamente o médico e em seguida se retirou.
Alice se encontrava em
estado de choque e comoção. E Louise é tomada por uma tristeza misturado com
raiva pelo modo como chorava e gritava.
-- Ela estava grávida do
James e sofreu aborto espontâneo. – Comentou Gerd, um pouco sério.
-- Oh nossa...
-- Onde você estava?
Gritei para esse hospital inteiro te procurar e nada.
-- Eu cuidava de um
paciente terminal. Me desculpa.
Não havia o que se
desculpar naquele instante. Gerd avisa que ligara para Hunt avisando sobre o
ocorrido. Meia hora depois James aparece, também com lágrimas nos olhos,
abalado com a noticia da perda do bebê. Gerd foi embora, arrasado. Alice ficou por conta do plantão. Precisava
se recuperar e acima de tudo se redimir por não ajudar um paciente.
Foi até o hall de entrada
e presenciou outro socorro. A ambulância trazia uma moça de cabelos negros e
pele branca, deitada numa maca e desmaiada. Correu até eles para ajudar.
-- O que aconteceu? –
Perguntava Alice, enquanto usava o estetoscópio para ouvir o coração da vitima.
-- Ela foi atropelada. Tem
algumas escoriações no rosto e uns arranhões no braço. – Respondeu um dos enfermeiros.
No quarto a médica junto
com a enfermeira chamada Emma cuidava dos ferimentos da jovem, enquanto esta
acordava aos poucos.
-- Onde... onde estou?
-- Hospital Central de
Munique. E qual é o seu nome? – Perguntava a enfermeira Emma.
-- Sou Felicity McGold.
Ao ouvir o sobrenome,
imediatamente Alice se lembrou de Louise e resolveu indagar mais.
-- Perdoe minha
curiosidade mas, você é irmã de Louise McGold?
-- Sou prima dela. Estava
vindo pra cá quando um carro freou e me atingiu. Não pude ver quem era o cara.
Queria soca-lo.
-- Entendo. – Dizia Alice.
– Se quiser, ela está no quarto ao lado com James Hunt. Ela perdeu o bebê.
-- Que pena... – Comentou
a jovem, um pouco friamente.
Depois dos cuidados, a
médica ordena Felicity a permanecer mais uma hora no hospital e depois chamaria
um taxi para levá-la pra casa. Ao sair do quarto, vê alguém sentado no banco de
espera. Se aproximou do individuo e reconheceu ser Franz Beckenbauer, amigo de
Gerd.
-- Alice, como está a paciente aí?
-- Ela está se recuperando
aos poucos. Peraí, foi você que atropelou a Felicity?
-- Sim. – Admitiu o
libero. – Me distrai e acabei acertando ela. Não foi por maldade.
-- Tenha calma, vou falar
com ela e sugiro que não fale e nem se aproxime dela, pode piorar sua situação.
Franz acabou aceitando
isso e foi embora. A culpa por causar esse acidente e ainda mais ferir uma moça
tão bonita como aquela, foi um golpe muito forte em seu coração. Rezou para
nada mais acontecer de ruim para ela e assim que se recuperasse totalmente,
iria falar com a jovem.
MAIS ALGUMAS SEMANAS DEPOIS...
A temporada de jogos da
Bundesliga e Liga dos Campeões haviam terminado e só retornarão no fim de
agosto. Neste tempo Gerd e Alice viajaram e aproveitaram o tempo sozinhos, para
recuperar a energia e namorar. Quanto a James Hunt e Louise a relação deles não
era mais a mesma desde o aborto da namorada. Contudo, Hunt procurava ser o
melhor namorado para sua amada. Louise não estava nada satisfeita com aquela
vida de dona de casa. Queria sair, se aventurar e principalmente voltar a atuar.
Jurara que seu relacionamento com James pudesse melhorar algo nela.
Porém, viu o pior. O
piloto praticamente a mantém presa em casa e raramente sai. Numa visita de
sábado à tarde, Alice e Louise resolveram sair juntas ao shopping e depois de
muitos assuntos, a menina resolve desabafar.
-- Eu não me sinto bem.
Desde que perdi meu bebê, Hunt tem sido menos carinhoso e ainda me mantém presa
em casa. Não
agüento mais isso.
-- Já falou pra ele sobre
isso?
-- Não adianta. Ele ignora
isso. Acha que é melhor pra mim.
Por um momento Alice
sentiu pena de Louise e medo de Hunt. Medo do que pode fazer em relação à
namorada, chegando a ponto de enlouquecer. Como modo de aproximação dos dois,
resolveu promover um almoço em casa.
O sábado chegou e os
casais se entrosaram numa conversa amistosa. James não demonstrava algum
sentimento de luto ou angustia depois da perda do filho. Alice deduziu que ele
esteja sendo forte o suficiente para não mostrar aos outros, o que considera seu lado fraco.
Após o almoço, Hunt recebe
uma ligação da MacLaren e Alice foi arrumar as coisas. Louise aproveitou disso
para ir ao banheiro, chorar um pouco. Não sabia bem o que sentia. Chorava por
frustração amorosa, chorava pela perda do filho, chorava por ele. Apesar da
regra de se manter fria diante da sedução, não conseguiu manter a palavra para
Jimmy.
-- É melhor parar aqui
mesmo, Demônio Branco. – Comentou para si ao secar o rosto inchado de tanto
chorar.
Quando saiu do banheiro,
trombou com Gerd na saída do quarto de casal.
-- Está tudo bem? –
Perguntou o jogador, mirando nos olhos vermelhos de Louise.
-- Não, mas estou...
tentando ficar bem... – Não conseguia mais falar com o sentimento de tristeza
tomando conta dela.
Vendo que a menina iria
derramar mais lágrimas, Gerd puxou a para perto de si, consolando e dando o
devido carinho.
-- Tudo... errado... –
Dizia ela.
Mesmo sem entender o que
se passava em sua mente, Gerd desejava ela mais que tudo. Como última
alternativa encostou de leve sua boca perto dela por poucos segundos. Louise
queria muito aquele momento. Entretanto sabia do medo dele. Com uma das mãos tocou o rosto dele e a outra
estava no ombro dele.
-- Abra... sua boca...
para mim... – Sussurrava de modo doce a menina que recebeu com paixão o beijo
mais excitante de sua vida. E possivelmente da vida dele.
Por breves momentos
trocaram mais beijos porém tiverem de parar ao ouvir alguém subir as
escadas. Era James ainda no celular e em
seguida falando.
-- Suzie, saia do banheiro
agora e vamos pra casa!
Se olharam mais uma vez.
Sinal claro do “erro” deles ser esquecido. Louise desceu as escadas e foi
embora com Hunt. Gerd ficou na sala com Alice, pensando em como manter perto a
bela garota angelical em seu coração.
White
demon, widen your heart scope
White demon, who let your friend go?
White demon, widen your heart scope
White demon, who let your friend... go?
É possível
resistir àquela tentação? , perguntou Gerd mentalmente. E por conta disso, não
conseguia se concentrar em Alice nos momentos íntimos, preferindo dormir ou ler
um livro. A verdade é que o toque do demônio branco o tirou de sua rota.
Virou rotina para Gerd. Todo o dia cruzava de carro e ficava vendo
Louise cuidando do jardim da casa de James ou às vezes quando a garota saía
para o mercado ou farmácia.
Semanas se passaram e Jackie Stewart, também piloto de Fórmula 1
da scuderia Tyrell Ford, promove uma grande festa de aniversário em sua casa,
convidando colegas e amigos mais próximos.
James Hunt e Louise também foram convidados.
-- James! – Jackie o abraçou e beijou a mão de Louise. – Que bom
ver você e sua bela garota!
-- Agradeço os elogios, Jackie. E a festa está boa.
-- Que nada, só está começando. – Disse o piloto, trazendo dois
copos de Martini e oferecendo aos dois.
Mais e mais convidados apareciam. Até mesmo os jogadores de
futebol alemão marcaram presença. Angie Smith, noiva de Jackie, convidou sua
prima, a jornalista Nora e com ela trouxe seu namorado, o goleiro Sepp Maier.
Junto deles, vieram Paul Breitner e sua namorada russa Anastacia, Uli Hoeness e
Marie e por fim Franz Beckenbauer. Gerd e Alice compareceram e deram as devidas
felicitações ao aniversariante.
Apesar de conversar com muitas pessoas, Franz tentava procurar a
menina que atropelou semanas atrás. Antes da festa, resolveu visitá-la no
apartamento onde vive com Nora. No começo ela queria mesmo acertar um soco na
cara dele, depois de alguns minutos de persuasão, Franz vence a resistência dela e passaram a
conversar e sair para vários lugares. E hoje na festa de Jackie Stewart ela não
estava.
-- O que houve com a Felicity? – Perguntou Franz ao pegar uma
bebida.
-- Você sabe, ela nunca foi de festas. Preferiu ficar em casa.
-- É uma pena... – Lamentou-se e saiu caminhando entre os
convidados.
Na piscina, Louise transmitia sua atenção aos amigos de Hunt e
quando foi pegar mais um Martini, trombou em François Cevert,
colega de Jackie e ex-namorado.
-- Olá, vadia. Lembra de mim? – François a olhava com certa raiva
e ironia ao mesmo tempo.
-- Claro que lembro. O francês mais safado e ciumento da Tyrell
Ford. Ainda não superou me perder, Cevert? – Louise também estava irônica.
Queria devolver aquele desaforo para o ex-namorado.
-- Acha que vai fazer o Hunt de otário? E percebi também que está
de olho no amigo dele.
-- Ele tem vários amigos, me especifica.
-- O alemão esquisito. Müller. Ele tem namorada, sabia? Vai
arranjar outro idiota, sua manipuladora! – Disse e em seguida foi embora,
deixando Louise transtornada. Se não fosse a festa de Jackie, com certeza teria
dado um soco ou tapa na cara do francês.
Como James se encontrava bêbado, insano e ocupado com os amigos,
resolveu ir embora sem avisar o aniversariante.
Gerd estava perdido. Alice se distanciou dele e resolveu caminhar
pelo jardim. Avistou Jackie e Angie tentando fazer amor na garagem, mas saindo
dali por medo dos olhares curiosos.
Alice procurou por vários cantos da casa seu amante. Recebera
poucos minutos atrás que ele estava ali junto com os convidados. Ao cruzar no banheiro, sentiu pegarem em seu
braço e a arrastá-la para dentro. Quase gritou por socorro se não fosse Jimmy
Page, abafando o grito.
-- Me desculpa... – Sussurrou Page. --- Aqui não irão nos
encontrar.
Não era preciso dizer mais nada. O casal proibido de médicos se
entregou aos prazeres amorosos ali mesmo num dos banheiros.
Era a terceira mensagem que
Gerd enviava para o celular de Alice e não obteve resposta. Seguiu procurando a noiva por toda a casa e
por fim avistou Louise, mais uma vez chorando. Correu até o jardim e a
alcançou.
-- Louise... – Não tinha palavras para mais uma vez consolar a
menina.
-- Só quero ir embora, Gerd. Cada vez mais pego raiva do Hunt...
cada...vez mais...—Resmungava Louise e socava o muro, demonstrando o sentimento
falado.
Ela parou com os socos quando o alemão segurou as mãos dela,
massageando-as e em seguida beijando-as. Lembrou-se dos antigos namorados.
Nenhum foi tão atencioso quanto Gerd. Se
perguntava como Alice pudera escolher Page e não preferir o jogador alemão. Ela
lutava para não deixar a tentação tomar conta. Algo que não adiantou.
Sem se importar se os convidados ou Cevert ou Hunt pudessem ver,
puxou Gerd para perto e o beijou loucamente. E foi aceita. E ele abraçava mais,
sentindo o corpo frágil da menina. Quando se separaram, entraram novamente na
casa de Jackie, onde os convidados dançavam, bebiam e cantavam. Hunt se
encontrava completamente bêbado e rodeado de mulheres. Louise e Gerd ignoraram
isso e subiram até os quartos. Certificaram se haviam casais ali. Num dos
quartos, acabaram vendo Sepp e Nora dormindo entre os cobertores. No outro
quarto Uli praticamente executava os movimentos amorosos com Marie.
-- É melhor parar por aqui. – Disse Louise, tristemente e descendo
as escadas.
Saiu da casa de Jackie e seguiu caminhando na calçada. Gerd
novamente a segue.
-- Por que? Você sabe o que estamos sentindo... o que eu sinto por
você...
-- E quanto a Alice? Por mais que odeie o Hunt, ele não merece e
nem a Alice.
Certo modo, ela estava certa. Porém o lado emocional deles berrava
por aquela aventura. E ambos se desejavam demais. Novamente o jogador pega a
mão da jovem e a leva para o carro, onde abriu a porta para ela e embarcou.
Gerd também entrou no veiculo e fechou a porta e a janelas, deixando apenas o
ar condicionado ligado. Mirou os olhos azuis dela e tocou timidamente a perna
esquerda, subindo a barra da saia azul que ela usava.
Louise nota a pequena parcela de medo e timidez por parte de Gerd
e resolveu tranqüilizá-lo com beijos no pescoço dele e mordidas levas na
orelha, deixando-o excitado e pronto. Poucos minutos depois se amaram ali no
carro dele, de modo desesperado e intenso. Certos de que aquela noite seria a
primeira de muitas outras. Do lado de fora, poucos metros dali, alguém
fotografa o casal no carro e inclusive filmava o que se passa ali.
-- Vamos ver se vai fazer o Hunt de corno, sua manipuladora! –
Disse Cevert, sorrindo de modo maléfico. Iria acabar com a raça de Louise.
No apartamento, Felicity preparava mais um sanduíche natural.
Embora sendo duas horas da madrugada, ela tinha insônia e fome. Na companhia de
Godard, o gato de Nora, ficou assistindo mais um filme na televisão quando a
campainha apitou. Viu no olho mágico e se surpreendeu quem era. Abriu a porta e
cumprimentou.
-- Boa noite, Franz. – A fotografa vestia apenas um shorts e um
moletom cinza.
-- Boa noite, bela dama. Há espaço para um solitário jogador?
Ela sorriu e permitiu a entrada dele. Felicity sentiu que sua
noite será melhor em tão boa companhia, além do bichinho de estimação da amiga.
Continua...