quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Brit Trailers: The Spy Who Loved Me

De novo sou eu!
Disse que vai ter dobradinha de trailers e o segundo está aqui. Chamado de The Spy Who Loved Me, veremos Felicity McGold (a "Isis" do CSI: München) como uma espiã britânica enviada para matar Franz Beckenbauer (o delegado badass-que-sofre-de-taquicardia e "Comendador") um terrorista alemão que vem tirando o sono do pessoal do MI-6. Minissérie de 5 capítulos. Confiram!




Brit Trailer 2: The Spy Who Loved Me


(É mostrado o majestoso prédio do MI-6, de todos os ângulos e o hino da Inglaterra toca ao fundo)

Recepcionista: Seja bem vinda a Inteligência, agente McGold!

Felicity: Obrigada!

(Na sala de reunião)

Sr. Townshend: Ele conhece todos nossos agentes e eliminou um por um.

Sr. Wright: Possui um vasto conhecimento de armas e habilidade de luta sem igual.

(Mostra Franz lutando e matando os agentes de todas as formas)

Sr. Daltrey: Isso sem falar...

(Rápido close para Franz sorrindo e viajando de avião)

Sr. Daltrey: Ele nunca é encontrado. O que vamos fazer?

(O diretor olha pra janela e responde, tocando ao fundo Live And Let Die)

Graham Bond: Já tenho a pessoa perfeita para deter Franz Beckenbauer.

Sr. Townshend: Quem?
(Mostra uma cena de Felicity bebendo no bar alemão e observando Franz numa mesa e ouve-se Bond respondendo)

Graham Bond: Minha melhor agente, Felicity Jane McGold, codinome Lady Phoenix.

Say live and let die
(Live and let die)
Live and let die
(Live and let die)

(Cena de Felicity lutando contra os inimigos, atirando e outra cena dela roubando arquivos, destrancando portas e usando disfarces.)


Espiões...

Felicity: Não costumo deixar rastros.

Graham Bond: É bom mesmo. Seria desastroso.

Nunca se enganam!

(Cena de Felicity usando uma pistola silenciadora contra um guarda)

Espiões...

Felicity: Acha possível o destino unir duas pessoas tão diferentes?

Franz servindo tomando um pouco de vinho: Talvez... Mas acredito...

(Cena do casal se amando romanticamente no quarto)

Franz: ...Que uma determinada pessoa possa entrar na sua vida, com um propósito.


Nunca amam!


(Toca ao fundo a versão instrumental de The World is Not Enough)

Franz: VOCÊ É UMA ESPIÃ?

Felicity chorando: Eu sou... Por favor, deixe-me explicar...

Franz segura a espiã pelo pescoço e mira o revolver na cabeça dela: NÃO QUERO! NADA DO QUE ME DIZER VAI SALVAR VOCÊ!

(Ouve-se mais tiros e gritos dos homens)

Felicity soca Franz e o rende: Se me ouvir, prometo que te tiro daqui com vida e nunca mais nos veremos!

(Cenas dos dois escapando do tiroteio e viajando de trem para Hamburgo e são encurralados pelos agentes do MI-6)


Sr. Townshend: Cumpriu com sua promessa, Lady Phoenix. Agora o mate!


The world is not enough
The world is not enough
Nowhere near enough
the world is not enough...


(Rápidos flashbacks de Felicity e Franz felizes e caminhando juntos pelas ruas e Munique, até apontar para as situações de perigo)

Felicity mirando a pistola para o terrorista: É assim que os britânicos se despedem, Herr Beckenbauer!

(Tem três tiros e tela preta, mostrando o título)







THE SPY WHO LOVED ME

By: Maya Amamiya


EM BREVE!



Brit Trailers: Love is A Laserquest

Olá pessoal!
Hoje vamos ter duas brit trailers de duas minisséries e a primeira delas será Love Is A Laserquest, escrito por Mariana Greyjoy e eu, Maya Amamiya. Vocês vão gostar!



Ele tinha tudo que um homem deseja

(Mostra George Harrison saindo com Mary Anne)


Sucesso...

(Mostra os Beatles tocando no Cavern Club)


Fama

(Cena da histeria das fãs. Um grupo perseguindo George)


Reconhecimento

(Outra cena com George sendo premiado de melhor guitarrista e aplausos)


E uma garota linda

(Close para o rosto de Mary Anne e depois mostrando o beijo dela com George)


Porém...

                             (Ouve-se um badalar do relógio)


Algo lhe falta!

(Ouve-se ao fundo a música “Love is A Laserquest”)


George: amo demais Mary Anne, mas desde que ela engravidou...

(Pequenos flashbacks do guitarrista sofrendo)


George: Não sinto mais nada por ela. O que faço, Nora?

(Close para Nora)

Nora: Quem sabe...


(Mostra cenas de George e Nora se amando escondidos)


Nora: Possa te ajudar.


Do you still feel younger than you thought
You would by now?
Or, darling, have you started feeling old yet?
Don't worry, I'm sure that you're still breaking hearts


Mas uma outra pessoa...

(cenas de pistas de Fórmula 1 com carros correndo em alta velocidade)


Mudará o rumo...


Cevert: Você deve ser Nora Smth?

Nora: Sim. E como sabe meu nome?

Cevert: Conheci sua prima, Angie. Eu sou François Cevert, colega do Jackie Stewart.


(Cena de François roubando um beijo de Nora e os dois se amando no Box)



Das mesmas autoras de Love Sell Out, Rush – No Limite da Paixão e Holiday Romance



(Efeito Fade in para o título na tela preta)



LOVE IS A LASERQUEST

BY: MARIANA GREYJOY E MAYA AMAMIYA

EM BREVE


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Close To You (Songfic What If - Grindhouse)

Olá pessoal!
Vamos hoje para uma songfic dentro da What If e o casal é Niki Lauda (que está de aniversário hoje) e Odile Greyhound. Sabemos que esses dois são par romântico em Rush e que tal dar um rumo definitivo a eles? E para finalizar feliz aniversário Mariana "Walrus Girl" Campos! Boa leitura!



Close To You__ Maya Amamiya


Aquele domingo estava ensolarado e perfeito. Ao menos na visão de Odile Greyhound. Acordara cedo, muito animada pelo dia e ansiosa em vê-lo. Seu namorado, Niki Lauda, irá correr no Grande Prêmio da Inglaterra. Embora sendo começo de temporada, poderia muito bem iniciar o ano com vitória e pontos a frente de seus rivais, entre eles James Hunt.
Preparou o café da manhã para ela e sua amiga e colega de quarto, Louise McGold, que dormia tranquilamente, depois da noite passada ter se divertido numa festa. Pegou rapidamente o jornal e viu Niki e outros pilotos na primeira página, atraindo os leitores para a competição.


Why do birds suddenly appear
Everytime you are near?
Just like me, they long to be
Close to you
Why do stars fall down from the sky
Everytime you walk by?
Just like me, they long to be,
Close to you

(Por que os pássaros aparecem de repente
Toda vez que você está perto?
Assim como eu, eles querem estar
Perto de você...
Por que as estrelas desabam do céu
Toda vez que você passa?
Assim como eu, elas querem estar
Perto de você)


Todas as equipes se encontravam ali no circuito de Silverstone, prontos para mais uma corrida desafiadora. Niki se encontrava muito concentrado. Assim como Odile acordara cedo mais para se reunir com a equipe da Ferrari. Após a última reunião em Maranello para renovação do contrato, sentiu que desta vez poderá ser campeão mundial. Outro fator benéfico foi Odile. No ano passado, onde corria ainda na Fórmula 3, conheceu a atriz através da amiga dela, Louise. O primeiro contato foi imediato a ele. E os novos encontros com ele, como foi em Pompéia num café da manhã em grupo e depois a festa de Lord Hesketh que trazia outros pilotos convidados, foi o bastante para se sentir apaixonado pela bela francesa.


On the day that you were born
The angels got together
And decided to create a dream come true
So they sprinkled moondust in your hair
And golden starlight in your eyes of blue
That is why all the girls in town
Follow you, all around
Just like me, they long to be
Close to you

(No dia em que você nasceu
Os anjos se reuniram
E decidiram tornar um sonho realidade
Então eles espalharam poeira da lua em seus cabelos
E luz dourada das estrelas em seus olhos azuis
É por isso que todas as garotas da cidade
Seguem você, por toda parte
Assim como eu, elas querem estar
Perto de você)


Odile e Louise chegaram por volta das nove horas da manhã, ainda com os preparativos da grande corrida. Os fãs de Fórmula 1 já começavam a ocupar os lugares nas arquibancadas.

-- Eu vou ver o Niki, já volto! – Disse Odile para sua amiga Louise.

-- Ok e não demora. A largada será as dez.

Ao sair dali, a atriz chega ao corredor dos boxes e entrou justamente o da scuderia italiana, Ferrari. Chegando ali estavam os mecânicos dando os últimos ajustes no carro e avistou também Niki, conversando com o chefe deles e Clay Regazzoni. Este último avisa seu colega da chegada da namorada.  O piloto austríaco sorriu e se aproximou da amada, roubando um beijo rápido.

-- Ma Belle, estou feliz em te ver. – Disse Niki, abraçando a amada.

-- Meu ratinho austríaco... – Sussurrou Odile e novamente beijando-o, desta vez mais quente que o anterior.

A saudade dos dois era tanta que Niki e Odile resolveram se afastar dali da garagem e foram para área de design do box, onde trancaram a porta e resolveram fazer amor ali no chão, matando a saudade de tantos dias longe um do outro.

-- Tem certeza que ninguém virá aqui? – Indagou Odile, com Niki beijando seu corpo.

-- Absoluta!

E continuaram assim até faltar quinze minutos para os pilotos se preparem na largada. Se vestiram e trocaram mais um beijo, selando outra vez seu amor um pelo outro. Cinco minutos depois Odile retornou para arquibancada ficando ao lado de Louise, torcendo para tudo der certo a Niki.


On the day that you were born
The angels got together
They decided to create a dream come true
So they sprinkled moondust in your hair
Of gold and starlight in your eyes of blue
That is why all the girls in town
Follow you, all around
Just like me, they long to be
Close to you

(No dia em que você nasceu
Os anjos se reuniram
E decidiram tornar um sonho realidade
Então eles espalharam poeira da lua em seus cabelos dourados
E luz das estrelas em seus olhos azuis
É por isso que todas as garotas da cidade
Seguem você, por toda parte
Assim como eu, elas querem estar
Perto de você)



Foi dada a grande largada. Niki conseguiu uma boa vantagem ultrapassando muitos concorrentes até alcançar uma posição favorável.  Aquelas voltas todas na pista deixavam Odile um pouco apreensiva. Não é difícil de ver que ela tenha medo de algum possível acidente que possa prejudicar Niki, até de modo fatal. Já vira muitos pilotos perderem a vida por isso.
Após quase uma hora de corrida, Niki consegue a tão desejada pole position. Agora faltavam apenas duas voltas para se sagrar campeão. O problema era dois pilotos atrás que viam em uma velocidade quase surpreendente e eram Jackie Stewart e Ronnie Peterson. Apesar do cansaço físico, não se deu por vencido. Iria até o fim com aquela competição como sempre faz. Poucos metros para a linha de chegada e Niki alcança a vitória. Odile e Louise vibraram junto com outros fãs e torcedores e até mesmo os funcionários da Ferrari.
Ao parar o carro perto do box, ele desembarca e indo até as arquibancadas grita o nome da amada.

-- ODILE!

Não foi preciso os pedidos de Niki, pois a amada saiu dali e foi de encontro com ele, abraçando de forma intensa.


Just like me, they long to be
Close to you
(Assim como eu, elas querem estar
Perto de você)


No pódio se encontravam Niki em primeiro lugar, com uma coroa de louros e um buque de flores, simbolizando sua vitória. Em segundo estava Ronnie Peterson e terceiro Jackie Stewart. Depois de cantarem o hino, veio a comemoração de champanhe e neste momento Lauda aproveita e puxa sua amada atriz para perto dele no pódio,  presenteando com uma caixa vermelha. Ao abrir, Odile vê um brilhante anel e Niki se ajoelha, perguntando.

-- Odile Greyhound, ma belle, quer casar comigo?

Ao fundo Odile ouviu sua música favorita, Close To You, dos Carpenters e deduziu que seu ratinho austríaco foi bem esperto em impressioná-la em pelo grande prêmio.

-- Eu aceito, Niki Lauda. Quero você perto de mim! – Respondeu e depois o beijando cheio de desejo e amor, emocionando todos ali presentes e recebendo os aplausos de toda equipe Ferrari e dos colegas pilotos.

Sem sombra de duvida foi um grande dia para o piloto Niki Lauda.


Woo... close to you...
(Aah... Perto de você...)



FIM




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A White Demon Love Song (Episódio 2)

Olá pessoal!
Uma boa madrugada e ficam agora com segundo episódio de White Demon. Boa leitura!



Episódio 2: O toque do Demônio Branco


As mãos dela tão macias e delicadas. Tocavam seu corpo que estremecia. Aquele toque  é o bastante para se render a ela. Depois sentiu a boca descendo beijos e pequenas mordidas no peito nu. Desejava tudo aquilo... não queria acordar. Permitiu ao Demônio Branco seus carinhos, seus toques mágicos de sedução.

O sonho não foi concluído, pois seu celular despertou. Olhou para o relógio e percebeu o quanto estava atrasado para o treino no Allianz. Tomou banho rapidamente e se vestiu, apenas comendo uma maçã no meio do caminho.

Naquela manhã, Louise acordou cedo e fez todas as tarefas domésticas enquanto seu namorado foi novamente a scuderia para treinar. Fazia um mês que se instalou em Munique e neste meio tempo conheceu pessoas novas e lugares novos. E novas atividades.  E também fazia um mês que esperava uma vida dentro dela. Sim, constatou estar grávida de James e quando contou ao namorado, se encheu de alegria. Contudo, havia um problema. Eles não contaram aos amigos e isso incluía Gerd Müller e Alice Stone.

Apenas seu amigo de longa data, Jimmy Page sabia disso. A amizade desses dois aconteceu na época em que Louise namorava François Cevert, piloto da Tyrell Ford. Certa vez Louise foi consultar no hospital de Londres e quando entrou, viu uma cena um tanto perturbadora. Seu amigo e médico fazendo amor com uma das enfermeiras chamada Lori no consultório. Apesar da situação constrangedora, Louise prometeu guardar segredo, em troca ele faria algo para ajudar sua protetora.

Eis que surgiu uma oportunidade. Page foi transferido a Munique, onde conheceu Alice Stone e adquiriu uma paixão sem limites por ela. O único obstáculo era o namorado dela, o jogador alemão.

Nesta época Louise terminara com Cevert por conta dos ciúmes doentio dele e conheceu James Hunt na pista de Crystal Palace, onde disputava mais uma corrida de Fórmula 3. A pedido do amigo procurou investigar sobre o piloto e descobriu que ele é amigo do namorado da médica apaixonada.  Desde então passou ajudá-lo a conquistar a bela doutora ao passo que Louise teria de roubar o coração do jogador. De inicio não achou ser um bom plano, porém ao conhecê-lo, seus planos mudaram embora prometesse continuar prestando auxilio ao seu amigo Mago.

Não houve grandes novidades naquele treinamento e Gerd pensou em ir embora mais cedo, ficar em casa descansando e preparando o jantar para a amada. E havia mais uma coisa: sua cabeça voltada para a belíssima Louise. Desde o jantar na casa do seu amigo James e a pequena visita onde resultou num breve e amistoso encontro com ela, Gerd não conseguia se livrar da imagem angelical. Para ele, Louise é um anjo. Um belo anjo caído e que precisa ser cuidado.

Durante o caminho, cruzou na casa de James e resolveu vê-la mais uma vez. Quando se aproximou da porta, ouviu uns gemidos de dor. Constatou o som vindo da porta dos fundos. Resolveu ir até lá e encontrou Louise, caída no chão, chorando e gemendo.

-- Oh meu deus, Louise! – Gerd a socorreu e ao tocar suas mãos, viu manchas de sangue e principalmente vindo das pernas dela.

-- Gerd, me ajuda! Por favor... não... quero  morrer...—Implorava Louise, entre lágrimas e desespero.

Sabendo que não daria tempo de alguma ambulância aparecer, carregou a menina nos braços e a colocou dentro do carro, onde dirigiu para o hospital central. Pela primeira vez, Gerd temia pela vida da jovem.

Chegando ao hospital, Gerd carregou a menina ensangüentada mais uma vez e gritou por Alice.

-- ALICE! ALICE, ME AJUDE!

Os médicos e enfermeiras tentaram de tudo para ajudar, mesmo sob protestos do jogador que exigia a presença de sua namorada médica.

No corredor de cardiologia, Alice caminhava até um quarto vazio. Ao entrar, estava ele, seu amado Page, com uma cara mais séria que na noite anterior.
-- Já decidiu sobre minha proposta? – Perguntava Page, ainda olhando para a janela.

-- Jim me dê mais alguns dias... Não é fácil terminar um relacionamento que vem durando três anos.

-- Então por que me escolheu? – Perguntou ao se virar e encarar Alice.

-- Porquê você é o único que trouxe minha vida um novo propósito. Uma aventura. Só você me dá isso.

Por mais impaciência estivesse sentindo naquele momento, Jimmy ignorou isso e abraçou a amada, mas não conseguiu beijá-la. Uma enfermeira entrou no quarto, nervosa procurando pela doutora.

-- Dra. Alice, venha comigo para a enfermaria. Seu namorado trouxe uma moça loira e sangrando demais! Venha!

-- Oh meu deus, deve ser a... LOUISE! – Disse a médica, correndo para a enfermaria. No quarto, Jimmy sorria outra vez. Mais uma parte do plano é concluído.

Entrando no quarto, Alice se depara com Louise chorando mais ainda e demonstrando raiva, ao mesmo tempo que um dos doutores, o obstetra Udo Jurgens explicava a Gerd algumas coisas.

-- Dr. Jurgens, eu posso assumir daqui. – Disse Alice.

-- Onde você estava? Bem, não importa. Está resolvido em partes.  – Respondeu friamente o médico e em seguida se retirou.

Alice se encontrava em estado de choque e comoção. E Louise é tomada por uma tristeza misturado com raiva pelo modo como chorava e gritava.

-- Ela estava grávida do James e sofreu aborto espontâneo. – Comentou Gerd, um pouco sério.

-- Oh nossa...

-- Onde você estava? Gritei para esse hospital inteiro te procurar e nada.

-- Eu cuidava de um paciente terminal. Me desculpa.

Não havia o que se desculpar naquele instante. Gerd avisa que ligara para Hunt avisando sobre o ocorrido. Meia hora depois James aparece, também com lágrimas nos olhos, abalado com a noticia da perda do bebê. Gerd foi embora, arrasado.  Alice ficou por conta do plantão. Precisava se recuperar e acima de tudo se redimir por não ajudar um paciente.

Foi até o hall de entrada e presenciou outro socorro. A ambulância trazia uma moça de cabelos negros e pele branca, deitada numa maca e desmaiada. Correu até eles para ajudar.

-- O que aconteceu? – Perguntava Alice, enquanto usava o estetoscópio para ouvir o coração da vitima.

-- Ela foi atropelada. Tem algumas escoriações no rosto e uns arranhões no braço.  – Respondeu um dos enfermeiros.

No quarto a médica junto com a enfermeira chamada Emma cuidava dos ferimentos da jovem, enquanto esta acordava aos poucos.

-- Onde... onde estou?

-- Hospital Central de Munique. E qual é o seu nome? – Perguntava a enfermeira Emma.

-- Sou Felicity McGold.

Ao ouvir o sobrenome, imediatamente Alice se lembrou de Louise e resolveu indagar mais.

-- Perdoe minha curiosidade mas, você é irmã de Louise McGold?

-- Sou prima dela. Estava vindo pra cá quando um carro freou e me atingiu. Não pude ver quem era o cara. Queria soca-lo.

-- Entendo. – Dizia Alice. – Se quiser, ela está no quarto ao lado com James Hunt. Ela perdeu o bebê.

-- Que pena... – Comentou a jovem, um pouco friamente.

Depois dos cuidados, a médica ordena Felicity a permanecer mais uma hora no hospital e depois chamaria um taxi para levá-la pra casa. Ao sair do quarto, vê alguém sentado no banco de espera. Se aproximou do individuo e reconheceu ser Franz Beckenbauer, amigo de Gerd.

 -- Alice, como está a paciente aí?

-- Ela está se recuperando aos poucos. Peraí, foi você que atropelou a Felicity?

-- Sim. – Admitiu o libero. – Me distrai e acabei acertando ela. Não foi por maldade.

-- Tenha calma, vou falar com ela e sugiro que não fale e nem se aproxime dela, pode piorar sua situação.

Franz acabou aceitando isso e foi embora. A culpa por causar esse acidente e ainda mais ferir uma moça tão bonita como aquela, foi um golpe muito forte em seu coração. Rezou para nada mais acontecer de ruim para ela e assim que se recuperasse totalmente, iria falar com a jovem.


MAIS ALGUMAS SEMANAS DEPOIS...

A temporada de jogos da Bundesliga e Liga dos Campeões haviam terminado e só retornarão no fim de agosto. Neste tempo Gerd e Alice viajaram e aproveitaram o tempo sozinhos, para recuperar a energia e namorar. Quanto a James Hunt e Louise a relação deles não era mais a mesma desde o aborto da namorada. Contudo, Hunt procurava ser o melhor namorado para sua amada. Louise não estava nada satisfeita com aquela vida de dona de casa. Queria sair, se aventurar e principalmente voltar a atuar. Jurara que seu relacionamento com James pudesse melhorar algo nela.

Porém, viu o pior. O piloto praticamente a mantém presa em casa e raramente sai. Numa visita de sábado à tarde, Alice e Louise resolveram sair juntas ao shopping e depois de muitos assuntos, a menina resolve desabafar.

-- Eu não me sinto bem. Desde que perdi meu bebê, Hunt tem sido menos carinhoso e ainda me mantém presa em casa. Não agüento mais isso.

-- Já falou pra ele sobre isso?

-- Não adianta. Ele ignora isso. Acha que é melhor pra mim.

Por um momento Alice sentiu pena de Louise e medo de Hunt. Medo do que pode fazer em relação à namorada, chegando a ponto de enlouquecer. Como modo de aproximação dos dois, resolveu promover um almoço em casa.
O sábado chegou e os casais se entrosaram numa conversa amistosa. James não demonstrava algum sentimento de luto ou angustia depois da perda do filho. Alice deduziu que ele esteja sendo forte o suficiente para não mostrar aos outros,  o que considera seu lado fraco.

Após o almoço, Hunt recebe uma ligação da MacLaren e Alice foi arrumar as coisas. Louise aproveitou disso para ir ao banheiro, chorar um pouco. Não sabia bem o que sentia. Chorava por frustração amorosa, chorava pela perda do filho, chorava por ele. Apesar da regra de se manter fria diante da sedução, não conseguiu manter a palavra para Jimmy.

-- É melhor parar aqui mesmo, Demônio Branco. – Comentou para si ao secar o rosto inchado de tanto chorar.

Quando saiu do banheiro, trombou com Gerd na saída do quarto de casal.

-- Está tudo bem? – Perguntou o jogador, mirando nos olhos vermelhos de Louise.

-- Não, mas estou... tentando ficar bem... – Não conseguia mais falar com o sentimento de tristeza tomando conta dela.

Vendo que a menina iria derramar mais lágrimas, Gerd puxou a para perto de si, consolando e dando o devido carinho.

-- Tudo... errado... – Dizia ela.

Mesmo sem entender o que se passava em sua mente, Gerd desejava ela mais que tudo. Como última alternativa encostou de leve sua boca perto dela por poucos segundos. Louise queria muito aquele momento. Entretanto sabia do medo dele.  Com uma das mãos tocou o rosto dele e a outra estava no ombro dele.

-- Abra... sua boca... para mim... – Sussurrava de modo doce a menina que recebeu com paixão o beijo mais excitante de sua vida. E possivelmente da vida dele.

Por breves momentos trocaram mais beijos porém tiverem de parar ao ouvir alguém subir as escadas.  Era James ainda no celular e em seguida falando.

-- Suzie, saia do banheiro agora e vamos pra casa!

Se olharam mais uma vez. Sinal claro do “erro” deles ser esquecido. Louise desceu as escadas e foi embora com Hunt. Gerd ficou na sala com Alice, pensando em como manter perto a bela garota angelical em seu coração.

White demon, widen your heart scope
White demon, who let your friend go?
White demon, widen your heart scope
White demon, who let your friend... go?


É possível resistir àquela tentação? , perguntou Gerd mentalmente. E por conta disso, não conseguia se concentrar em Alice nos momentos íntimos, preferindo dormir ou ler um livro. A verdade é que o toque do demônio branco o tirou de sua rota.
Virou rotina para Gerd. Todo o dia cruzava de carro e ficava vendo Louise cuidando do jardim da casa de James ou às vezes quando a garota saía para o mercado ou farmácia.

Semanas se passaram e Jackie Stewart, também piloto de Fórmula 1 da scuderia Tyrell Ford, promove uma grande festa de aniversário em sua casa, convidando colegas e amigos mais próximos.

James Hunt e Louise também foram convidados.

-- James! – Jackie o abraçou e beijou a mão de Louise. – Que bom ver você e sua bela garota!

-- Agradeço os elogios, Jackie. E a festa está boa.

-- Que nada, só está começando. – Disse o piloto, trazendo dois copos de Martini e oferecendo aos dois.

Mais e mais convidados apareciam. Até mesmo os jogadores de futebol alemão marcaram presença. Angie Smith, noiva de Jackie, convidou sua prima, a jornalista Nora e com ela trouxe seu namorado, o goleiro Sepp Maier. Junto deles, vieram Paul Breitner e sua namorada russa Anastacia, Uli Hoeness e Marie e por fim Franz Beckenbauer. Gerd e Alice compareceram e deram as devidas felicitações ao aniversariante.

Apesar de conversar com muitas pessoas, Franz tentava procurar a menina que atropelou semanas atrás. Antes da festa, resolveu visitá-la no apartamento onde vive com Nora. No começo ela queria mesmo acertar um soco na cara dele, depois de alguns minutos de persuasão,  Franz vence a resistência dela e passaram a conversar e sair para vários lugares. E hoje na festa de Jackie Stewart ela não estava.

-- O que houve com a Felicity? – Perguntou Franz ao pegar uma bebida.

-- Você sabe, ela nunca foi de festas. Preferiu ficar em casa.

-- É uma pena... – Lamentou-se e saiu caminhando entre os convidados.

Na piscina, Louise transmitia sua atenção aos amigos de Hunt e quando foi pegar mais um Martini, trombou em François Cevert, colega de Jackie e ex-namorado.

-- Olá, vadia. Lembra de mim? – François a olhava com certa raiva e ironia ao mesmo tempo.

-- Claro que lembro. O francês mais safado e ciumento da Tyrell Ford. Ainda não superou me perder, Cevert? – Louise também estava irônica. Queria devolver aquele desaforo para o ex-namorado.

-- Acha que vai fazer o Hunt de otário? E percebi também que está de olho no amigo dele.

-- Ele tem vários amigos, me especifica.

-- O alemão esquisito. Müller. Ele tem namorada, sabia? Vai arranjar outro idiota, sua manipuladora! – Disse e em seguida foi embora, deixando Louise transtornada. Se não fosse a festa de Jackie, com certeza teria dado um soco ou tapa na cara do francês.
Como James se encontrava bêbado, insano e ocupado com os amigos, resolveu ir embora sem avisar o aniversariante.

Gerd estava perdido. Alice se distanciou dele e resolveu caminhar pelo jardim. Avistou Jackie e Angie tentando fazer amor na garagem, mas saindo dali por medo dos olhares curiosos.
Alice procurou por vários cantos da casa seu amante. Recebera poucos minutos atrás que ele estava ali junto com os convidados.  Ao cruzar no banheiro, sentiu pegarem em seu braço e a arrastá-la para dentro. Quase gritou por socorro se não fosse Jimmy Page, abafando o grito.

-- Me desculpa... – Sussurrou Page. --- Aqui não irão nos encontrar.

Não era preciso dizer mais nada. O casal proibido de médicos se entregou aos prazeres amorosos ali mesmo num dos banheiros.

 Era a terceira mensagem que Gerd enviava para o celular de Alice e não obteve resposta.  Seguiu procurando a noiva por toda a casa e por fim avistou Louise, mais uma vez chorando. Correu até o jardim e a alcançou.

-- Louise... – Não tinha palavras para mais uma vez consolar a menina.

-- Só quero ir embora, Gerd. Cada vez mais pego raiva do Hunt... cada...vez mais...—Resmungava Louise e socava o muro, demonstrando o sentimento falado.

Ela parou com os socos quando o alemão segurou as mãos dela, massageando-as e em seguida beijando-as. Lembrou-se dos antigos namorados. Nenhum foi tão atencioso quanto Gerd.  Se perguntava como Alice pudera escolher Page e não preferir o jogador alemão. Ela lutava para não deixar a tentação tomar conta. Algo que não adiantou.
Sem se importar se os convidados ou Cevert ou Hunt pudessem ver, puxou Gerd para perto e o beijou loucamente. E foi aceita. E ele abraçava mais, sentindo o corpo frágil da menina. Quando se separaram, entraram novamente na casa de Jackie, onde os convidados dançavam, bebiam e cantavam. Hunt se encontrava completamente bêbado e rodeado de mulheres. Louise e Gerd ignoraram isso e subiram até os quartos. Certificaram se haviam casais ali. Num dos quartos, acabaram vendo Sepp e Nora dormindo entre os cobertores. No outro quarto Uli praticamente executava os movimentos amorosos com Marie.

-- É melhor parar por aqui. – Disse Louise, tristemente e descendo as escadas.

Saiu da casa de Jackie e seguiu caminhando na calçada. Gerd novamente a segue.

-- Por que? Você sabe o que estamos sentindo... o que eu sinto por você...

-- E quanto a Alice? Por mais que odeie o Hunt, ele não merece e nem a Alice.

Certo modo, ela estava certa. Porém o lado emocional deles berrava por aquela aventura. E ambos se desejavam demais. Novamente o jogador pega a mão da jovem e a leva para o carro, onde abriu a porta para ela e embarcou. Gerd também entrou no veiculo e fechou a porta e a janelas, deixando apenas o ar condicionado ligado. Mirou os olhos azuis dela e tocou timidamente a perna esquerda, subindo a barra da saia azul que ela usava.

Louise nota a pequena parcela de medo e timidez por parte de Gerd e resolveu tranqüilizá-lo com beijos no pescoço dele e mordidas levas na orelha, deixando-o excitado e pronto. Poucos minutos depois se amaram ali no carro dele, de modo desesperado e intenso. Certos de que aquela noite seria a primeira de muitas outras. Do lado de fora, poucos metros dali, alguém fotografa o casal no carro e inclusive filmava o que se passa ali.

-- Vamos ver se vai fazer o Hunt de corno, sua manipuladora! – Disse Cevert, sorrindo de modo maléfico. Iria acabar com a raça de Louise.

No apartamento, Felicity preparava mais um sanduíche natural. Embora sendo duas horas da madrugada, ela tinha insônia e fome. Na companhia de Godard, o gato de Nora, ficou assistindo mais um filme na televisão quando a campainha apitou. Viu no olho mágico e se surpreendeu quem era. Abriu a porta e cumprimentou.

-- Boa noite, Franz. – A fotografa vestia apenas um shorts e um moletom cinza.

-- Boa noite, bela dama. Há espaço para um solitário jogador?

Ela sorriu e permitiu a entrada dele. Felicity sentiu que sua noite será melhor em tão boa companhia, além do bichinho de estimação da amiga.


Continua...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A White Demon Love Song (Episódio 1)

Olá pessoal!
Hoje vou apresentar nova minisérie da What If e mostrará um triângulo (perigoso) amoroso formado por James Hunt, Louise McGold e Gerd Müller. E o primeiro episódio mostra algumas surpresas daí. Boa leitura!



White Demon Love Song (minisérie)__Maya Amamiya


Episódio 1: A namorada do meu amigo


Ele refletia naquele quarto tudo aquilo. Seu amigo morreu por conta de uma obsessão e ele saiu ferido. Contudo, restou saber se ela estava viva.  Sentiu-se culpado em dobro. Primeiro por trair Alice e depois por não conseguir proteger quem ama.  Aquela garota com rosto de anjo, alma de demônio. O demônio branco, como ele a denominava.


CINCO MESES ANTES...

James conseguira mais uma vez ultrapassar os limites da velocidade. O público ia a delírio com suas arriscadas manobras na Fórmula 1. Antes correndo pelas divisões de base, agora um consagrado piloto profissional, superando grandes nomes da atualidade como Jackie Stewart e François Cevert.
Agora James Simon Wallis Hunt, piloto da scuderia MacLaren, sobe ao pódio mais uma vez.

Após as comemorações, seu assessor, Lord Alexander Hesketh, o convida para beber um pouco de champanhe.

-- Parabéns, Superstar! Mais uma vitória obtida! – Dizia Hesketh.

James bebia e era recepcionado pela equipe e por belas mulheres. Ele olhava fixamente para uma jovem de cabelos claros e olhos azuis que se encontrava na arquibancada. Ele ansiava em ter aquela menina em seus braços.

-- Com certeza! Ei, preciso avisar o Gerd sobre a novidade! – Ele deu a taça de champanhe para um dos engenheiros e pegou seu celular e procurou na lista de contatos seu amigo.

O narrador deu o último aviso. Era fim de jogo naquela tarde no Allianz Arena. O placar registrava algo inesperado. O time Bayern de Munique vencia seu principal adversário, Borussia Dortmund por 7 x 1.  No vestiário todos comemoravam aos gritos acalorados. Mais tarde eles resolveram sair para uma festa longe do estádio.

Antes de partirem ao clube, Gerd Müller e seus amigos, Franz Beckenbauer e Sepp Maier resolvem cruzar na casa dele.

-- Vê-se não demora, Cinderella! – Falou Sepp, sempre bem humorado e zombando do amigo atacante, que tinha fama de demorar nos banhos.

-- Engraçadinho! – Falou Gerd, enquanto escolhia uma roupa apropriada e depois entrava no banheiro.

Alguns minutos no banho, ouviu batidas na porta. Era Franz.

-- Aquele seu amigo piloto inglês ligou. Te convidando para um jantar na casa dele.

-- E ele falou o motivo?

-- Para apresentar a nova namorada.

Em seguida fechou o chuveiro e pensou por uns instantes. James nunca foi de namorar sério e agora desejava apresentar a garota para os amigos. A última namorada, Suzie, só a conheceu num dia de Grande Prêmio e Hunt não havia avisado. Por que agora?

Mais tarde saiu do quarto arrumado.

-- Bateu o recorde de ficar menos tempo no banho.

-- Ok, vamos indo.

Gerd dirigia e Franz resolveu fazer uma pergunta, referente à ligação do amigo dele.

-- Vai aceitar o convite?

-- Ele é meu amigo. Por que não? Já sei mesmo como vai terminar.

Dias depois, Gerd e sua namorada, Alice, chegaram à luxuosa casa de James. Ao adentrar a sala, o piloto já pegava uma garrafa de vinho.

-- Bem vindos novamente a minha casa! – Dizia James trazendo duas taças, oferecendo-as para o casal e servindo o vinho.

-- E onde está a sortuda da vez? Queremos conhecê-la. – Alice demonstrava bastante curiosidade. Ela fora amiga das antigas namoradas de Hunt.

-- Calma. Ela está tomando banho e se arrumando. Vocês mulheres, sempre demorando.

O trio conversava de forma animada, até ouvir passos de alguém descendo as escadas. Gerd foi o primeiro a ver a jovem. Por breves segundos esqueceu-se de tudo ao seu redor, apenas para atentar-se aos detalhes de sua radiante beleza. Em seus pensamentos se perguntou como alguém como Hunt conseguiu ter aquela garota em seus braços. Tentou focar em Alice o tempo todo, mas aquele anjo abraçado ao piloto não permitia.

-- Pessoal, esta é Louise McGold, minha namorada! – Apresentava Hunt, muito orgulhoso e sorrindo.

Louise sorria para eles e foi retribuída.

-- Meu amor, quero que conheça Alice Stone, uma jovem médica.

A namorada de Hunt se aproximou do casal cumprimentando-os educadamente.

-- Prazer em te conhecer, Alice. – Dizia Louise, ainda sorrindo.

-- Obrigada e este é meu noivo, Gerd Müller.

Aquele momento serviu para os olhos do jogador se fixar nos belos olhos de Louise, que para ele eram diamantes azulados, tão raros de se encontrar.  Ele tocou a mão dela leve.

-- Como vai, Louise?

-- Estou bem, herr Müller.

O jantar transcorre alegre para ambos os casais. Alice e Louise se entendiam bem, para a surpresa dos dois amigos esportistas. Após uma hora de conversa, Gerd pede licença para ir ao banheiro. Ao tirar o relógio, olhou-se no espelho tentando se acalmar. Ainda não acreditava no que via. Aquela garota de olhos de diamante azul praticamente o desarmou ali. Nestas horas rezou para Alice não desconfiar de nada e saiu dali, esquecendo do objeto na pia do banheiro.

No dia seguinte, foi treinar no estádio Allianz Arena e no término deu por falta.

-- Droga! – Resmungou Müller, na saída.

-- Esqueceu algo? – Sepp saiu logo atrás, tentando ajudar o amigo.

-- Meu relógio na casa do James. Vou pegar agora.

Antes de dar a partida no carro, Gerd envia uma mensagem para Hunt, avisando sobre o objeto esquecido em sua casa e o mesmo diz não haver problema em aparecer na sua casa e avisa sobre Louise estar por lá. Sentiu outra vez aquela falta de ar. Só de lembrar que a veria novamente seu coração disparava.

Minutos depois chegou à casa de James Hunt e tocou a campainha. Louise abriu a porta, deixando o jogador mais surpreso. Ele por sua vez disfarça sua reação.

-- Olá, Louise. Desculpa por estar aqui, mas esqueci ontem meu relógio no banheiro. – Justificou Gerd.

-- Ah sim. James encontrou seu relógio e guardou no quarto. Entre, fica a vontade e espere na sala.

Enquanto a namorada de James subia até o quarto dele, Gerd sentou no sofá, pensando na moça. Os devaneios foram interrompidos com a chegada dela, entregando o relógio a ele.

-- Muito obrigado. Agradeço muito a vocês por guardarem.

Quando pensou em se despedir, Louise vem com um convite.

-- Quer ficar aqui um pouco? James foi resolver uns negócios referentes a próxima corrida e ele vem só as oito da noite. E também não quero ficar sozinha.

Aquele convite soou um pouco inocente para ele. Contudo, tinha de compreender sua resposta. Uma garota sozinha numa casa seria perigoso... Aceitou permanecer por algumas horas, até Alice ser liberada no hospital central.
Ficaram conversando sobre suas vidas, planos e o futuro. Louise aproveitou para mostrar a Gerd seu talento para música ao tocar o piano da casa.
Tocou algumas notas com ela, o que tornou tudo mais alegre para ambos. Pela primeira vez teve boas sensações com ela. Algo não sentido antes por nenhuma outra garota, nem mesmo por sua noiva. A simpatia e delicadeza de Louise eram o bastante para deixá-lo naquele estado. E Müller não se importou com isso. Apenas permitiu a alegria dela lhe contagiar.

No hospital central, faltava poucos minutos para encerrar aquela jornada de trabalho. E Alice aproveitou esse pouco tempo para ficar ao lado dele. Fizeram amor num dos vestiários vazios dos médicos e depois foram se recompondo.

-- Ainda não me deu sua resposta, amor. – Dizia seu colega de cabelos negros e um olhar quase oriental  e a procedência é britânica.

-- Não é o momento certo, Jimmy. Por favor, espere mais um pouco. – Dizia a médica, abotoando a blusa.

-- Vai haver um momento que não vou esperar mais! Ou larga aquele chucrute ou vou embora e nunca mais irá me ver!

Jimmy foi embora, deixando uma certa Alice Stone um tanto assustada. Embora ele tenha dito sobre sair de sua vida, temi também dele falar algo para Gerd. E isso seria catastrófico. Telefonou para o noivo vir buscá-la logo.

À noite foram deitar e cada um possuía nas mentes idéias totalmente diferente. A doutora ama seu jogador, porém preferia mais os toques do amante chamado James Page. Quanto a Gerd... A menina com cara de anjo não saía de sua memória. Abraçou a noiva e a beijou. Ao ver o rosto dela, acabou vendo Louise. O desejo tomou conta dele e encerraram com uma deliciosa noite de amor.
De madrugada, Jimmy bebia um pouco de uísque e assistia um pouco de televisão em seu apartamento. Pegou o celular e discou um número.
Na casa de James Hunt, Louise se acordou e caminhou até a sacada do quarto, para observar a linda noite de lua cheia. Pegou seu celular e poucos segundos depois vibrou. A chamada de um número que só ela sabia de quem era.

-- Alô?

-- Sou eu. Só pra avisar, aos poucos estou ganhando a doutora.

-- Isso é bom. Agora o noivo dela... ele é muito parado, mas tem um jeito bem atraente.  Obrigada pela novidade. Agora boa noite, Mago!

-- Boa noite, Demônio Branco!

Desligando o telefone, a menina outra vez olha para a lua e sorri. Seu amigo conseguiu conquistar por completo Alice. Agora só restava ganhar aos poucos o coração do jogador. E Louise sente que falta pouco para isso acontecer...


Continua...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Love You 'Till The End (Songfic)

Olá pessoas!
Desejo uma boa noite e hoje teremos uma songfic de um dos casais oficiais (to fugindo um pouco das What If) da Grindhouse, Gerd Müller e Alice Stone. Eu sei que vocês estão acostumados com Stonesmith e McGüller mas hoje veio diferente. É um pouco baseada no filme PS Eu Te Amo. Boa leitura!






Love You ‘Till The End__ Maya Amamiya


Ele não preveria aquilo tudo. O que seria apenas uma ida ao mercado para comprar um sorvete para ambos, se tornou a passagem sem volta para ela. E agora estava ali, uma caixa, o retrato dela, o padre recitando um sermão, os amigos mais próximos e a família dela. Viu a amiga dela, Alice, uma médica competente ali entre os convidados. Ainda lembra-se da conversa com a doutora sobre Louise.

-- Ela me pediu para não dizer nada sobre isso. Alguns dias atrás ela  veio até o hospital, me procurando e dizendo que sentia fortes dores de cabeça. Fizemos os exames por dias e o resultado foi devastador...

O resto ele sabia. Quando encontrou os exames na gaveta, constatou a doença dela. Contudo, acreditava numa cura. Um tratamento.


just want to see you
When you're all alone
I just want to catch you, if I can

I just want to be there
When the morning light explodes
On your face it radiates
I can not escape

(Eu só quero ver você
Quando você estiver sozinho
Eu só quero te pegar, se eu puder

Eu só quero estar lá
Quando a luz da manhã explodir
No seu rosto se irradia
Eu não posso escapar)


Não adiantou. O sorriso nunca mais veria. As piadas que ela sempre contava nunca mais ouviria. Tudo sobre Louise iria evaporar. Dias após o enterro, Gerd não encontrou soluções. Para ele, Louise era um motivo a mais para seguir sua vida. E sem ela, se sentia perdido numa floresta. Seus amigos Franz e Sepp tentaram animá-lo de outras formas. Nada.


I just want to tell you nothing
You don't want to hear
All I want is for you to say

Why don't you just take me
Where I've never been before?
I know you want to hear me
Catch my breath

(Eu só quero te dizer nada
Você não quer ouvir
Tudo que eu quero é que você quer dizer

Por que você não me leva
Onde eu nunca estive antes?
Eu sei que você quer me ouvir
Recuperar o fôlego)


Dias e dias de tormento. E por vezes delirante para Gerd. Mesmo morta, Louise vivia em sua mente e por isso falava sozinho, achando que a esposa poderia lhe responder.  E isso ultrapassou os limites da loucura e de sua saúde, resultando uma queda de pressão. Tudo nublou sua visão. Só ouvia vozes desesperadas. Uma delas parecia ser de Franz. Acordou num quarto branco. A cama era branca e tinha uma televisão ligada e ao seu lado estava a médica que o salvou.

-- Ainda bem que foi só a pressão que caiu. – Comentava Alice enquanto lia a prancheta com os dados de Gerd sobre a saúde dele. – Não foi encontrado substância. Esta tudo bem.

-- Se acha que ficar sozinho está tudo bem, para mim não!

Alice sentia que ele queria falar algo e então pegou uma cadeira e sentou- se perto dele para ouvir.

-- Se quiser desabafar, conte comigo.

Aos poucos sentiu-se seguro e começou a falar o quanto a falta de Louise em sua vida causava um vazio. Como um buraco em sua alma foi aberta. A doutora compreendeu tudo. No passado, seu namorado, Mike, morreu em um acidente de carro. Ao chegar ao hospital, não houve tempo para Alice e os outros médicos agirem. Para ela, também poderia ter acabado, mas preferiu seguir em frente, por Nez e seus pacientes. E agora por ele.



I just want to be there
When we're caught in the rain
I just want to see you laugh, not cry

I just want to feel you
When the night puts on its cloak
I'm lost for words, don't tell me
Cause all I can say

(Eu só quero estar lá
Quando estivermos presos na chuva
Eu só quero ver você rir, não chorar

Eu só quero sentir você
Quando a noite coloca em sua capa
Estou sem palavras, não me diga
Porque tudo o que eu posso dizer)


Era inegável que a sensação de ter a doutora por perto lhe fazia bem.  Continuaram a conversar a noite toda naquele quarto e quando Alice sentiu os efeitos da fadiga, deitou na outra cama hospitalar,  ainda trocando palavras de conforto e motivação, até o paciente dormir. E isso se repetiu por dias até Gerd resolver convidá-la para sair com ele.

-- Acredita em sinais, Alice? – Perguntou Gerd, encarando os lindos olhos azuis da médica.

-- Um pouco. Desde que Mike morreu, ando cética com certas coisas. Acha que Louise queira te ajudar?

-- Talvez...

-- Pode ser... – Em seguida, ela pegou o celular e selecionando na área de música,  escolheu uma para tocar.  O jogador imediatamente reconheceu aquele som pelos seus acordes.

-- Essa música... era a favorita de Louise.

-- Que coincidência! Nez adorava cantar para mim.

Ainda admirando a linda noite de estrelas e ouvindo música,  avistaram uma estrela cadente. Gerd sabia que Louise sempre dizia dos pedidos realizados quando se via uma destas estrelas e Alice aproveitou para fazer seu pedido. Novamente se olharam desta vez com intensidade e trocaram um beijo. Não basta palavras a serem expressadas, apenas os gestos e o olhar lhe davam os sinais. Gerd quer proteger Alice e a medica quer cuidar dele, impedir que a desilusão não o afunde desta vez. Seriam dois contra tudo!



I love you 'till the end
(Eu te amo até o fim)



Enquanto o casal recém formado trocava juras de amor,  longe dali, outro casal olhava para eles e um diferencial: as pessoas que ali cruzavam, não os via e nem sentia-os fisicamente. O rapaz alto, cabelos pretos e usando uma touca verde sorria e segurava a mão de sua parceira, a garota de olhos azulados como jóias brilhantes, loira e que usava uma blusa cinza, uma calça jeans e tênis AllStar.

-- Acha que ele é uma boa escolha? – Perguntou Mike.

-- Gerd é um bom homem. Ele merece alguém como a Alice. Tão cuidadosa... Aceite isso, Nez. – Dizia Louise abraçando o amigo.

Mike não respondeu mais. Já bastavam os poucos e convincentes argumentos de Louise para fazê-lo concordar.





FIM