Espero que tenham compreendido no texto desabafo que postei no domingo passado. E hoje vamos ler a minha oneshot que é na verdade, prequel da fanfic de Maris Campos, Every Little Thing She Does Is Magic (que é a adaptação do livro/filme Harry Potter e o Cálice de Fogo). Pra conhecer essa fanfic dela, clicam aqui. E também uma cena pós crédito que vai deixar todos chocados. Boa leitura!
A Kind
of Magic__Maya Amamiya
Louise não
dormiu mais. As férias de verão, mesmo sendo as melhores, sentia que algo lhe
faltava. Pouco tempo antes, ela e seus amigos se meteram na maior das
encrencas: libertar Tilda Black. Ela sabia que a tia está bem, onde quer que
esteja, contudo, é uma foragida da justiça bruxa.
-- O que
está pensando? – perguntou Odile, abraçando sua amiga por trás. – Sente falta
daquele quarteto doido?
-- Também.
Tem alguma coisa me faltando.
Odile
entendeu e antes de dizer, Felicity, a prima de Louise, entrou no quarto.
-- Vamos,
garotas. O café está pronto. E não voltem a dormir.
Meia hora
depois o grupo de jovens, juntamente com Ned Smith e Robb McGold, seguiam com
suas mochilas para floresta.
-- Pai,
onde estamos indo? – Fefe estava quase impaciente.
-- Calma,
estamos chegando.
No caminho
avistaram outro senhor e um rapaz novo, com mochilas nas costas.
--
Malcolm!
-- Robert!
Você demorou!
-- Tive
que ajudar o Ned a cuidar das cabras e a turminha aqui atrás, alguns dormiram
demais.
Louise
reconheceu o outro. Seu tio.
-- Louise!
Que surpresa! Principalmente que seu pai liberou você nestas férias.
-- É muito
bom te ver também, tio.
Neste
momento, Louise sentiu um agarrão forte e um abraço carinhoso.
-- Oi
Louise!
--
Colin... me solta! Tá me esmagando.
-- Ah
desculpa...
Subindo o
pequeno morro das Highlands encontraram uma bota aparentemente velha. Todos se
reuniram em torno dela e a agarraram forte.
-- Todos
prontos? – Ned certificava que ninguém ficará pra trás.
-- Quero
ficar, pai. – pediu Nora.
--
Aparatar não. – reclamou Anastacia Rosely. – Sempre passo mal.
-- Firme
Anastacia! – encorajou Marie.
-- E
perder a Copa Mundial de Quadribol? – Robb estava empolgado. Mais do que os
jovens.
-- Nora,
vamos! – pediu Fefe.
De tanto
relutar, Nora cedeu e se segurou no solado da bota.
Num
instante um giro rápido transportou todos para uma espécie de outra dimensão e
os levando para o local da Copa Mundial. Os jovens sob as ordens dos mais
velhos, se soltaram, mas sofreram quedas leves. Robb, Ned, Malcolm e Colin
conseguiram aterrissar perfeitamente.
-- Isso
que eu chamo de viagem. – comentou Robb.
Chegando
ao campo, milhares de barracas eram montadas, aglomerados de pessoas eram
formadas e cada uma representava uma nação, certamente a seleção do país
participante da Copa Mundial de Quadribol. Enquanto caminhava, Louise enxergou
de longe a seleção alemã de quadribol. Ela sorriu, pois, naquele time estava
ele, Gerd Müller.
-- Vá na
frente, Odile. Te vejo depois. – disse, entregando a mochila para sua amiga.
-- Onde
você vai?
-- Desejar
boa sorte pro ursinho.
Louise
caminhou até a barraca da seleção e pegou parte da conversa do capitão do time,
Uwe Seeler, para o restante. Sepp Maier enxergou Louise e cutucou Gerd a
respeito, despertando atenção do líder, que se virou e se assustou com a
presença da menina.
-- Algum
problema, moça?
-- Eu...
quero falar com um dos jogadores.
-- Seeler,
eu conheço ela. – Gerd saiu de sua posição. – Posso conversar com a Louise? É
rápido.
-- Cinco
minutos e nada mais, Müller!
O jogador
abraçou Louise e se afastou um pouco da barraca.
-- Como
você está?
-- Com
saudades... de você. – Louise sorria e corava.
-- Parece
um pãozinho corado e saído do forno. – disse ele e em seguida acariciando a
bochecha de Louise, deu um beijo gostoso na boca.
--
Ursinho...
Era
inegável o que sentiam um pelo outro, depois de tantos meses se convivendo em
Hogwarts e as rivalidades no Quadribol.
-- Eu
tenho que ir. – Ela beijou mais uma vez o jogador. – Vou torcer por você.
-- Eu te
amo.
-- Eu sei.
Ela se
despede do amado e ele retorna para a equipe. No final da tarde, todos seguiram
para o estádio e pegando seus lugares. A família de Louise e seus amigos
seguiam até o topo. E no meio do caminho encontrou Davy Jones, juntamente com
Micky Dolenz, Mike Nesmith e Peter Tork, ao lado das garotas Dianna Mackenzie,
Erin Hudson, Emma Carlisle e Alice Stone. A última abraçou forte Louise.
-- Meu
solzinho!
-- Minha
luazinha!
-- No
encontramos novamente! – Emma estava animada e conversava com Felicity.
-- Achei
que você ficaria no camarote junto com seus pais e o ministro Utamaro, Dianna.
– comentou Louise.
-- Pedi
permissão para ficar junto das minhas amigas. – Dianna sorria.
Alice e
Louise se afastaram um pouco para conversarem mais à vontade.
-- Então?
-- Ele me
ama. – disse Louise com os olhos azuis cintilando.
-- Eu
sabia. Finalmente admitiu.
E no mesmo
instante o time alemão de quadribol se apresentou no estádio.
-- SÃO
ELES! – disse um torcedor.
A mannschaft,
como é chamada o time, exibiram nos céus a imagem estrelada de um imigrante
germânico, usando roupas de pele de animal e um capacete, lembrando seus
antepassados, os vikings e se transformando no alemão moderno: usando chapéu e
a típica roupa de festas, o lederhosen e alegremente dançando a tirolesa.
-- Os
russos estão chegando! – Ana avistou o time eslavo percorrendo por todo
estádio.
Joanna
Martin, colega de Louise, estava junto com a turma e avistou o apanhador russo
no qual admira.
-- Jo? –
Louise cutucou a amiga. – Quem é o cara?
-- Ele é o
melhor apanhador do mundo. Igor!
Quando os
times ficaram cara a cara, o ministro Utamaro anunciou por via de magia,
transformando sua voz num alto falante, as apresentações.
-- Boa
noite! Como ministro da magia, é com imenso prazer que dou as boas vindas a
cada um de vocês, para Quadringentésima Vigésima Segunda Copa Mundial de
Quadribol. A partida vai... Começar!
E ao
terminar o anúncio, disparou o pomo, dando início a partida...
Três
horas depois...
Louise
acordou nos escombros de barracas derrubadas. Se levantou com dificuldade. A
única coisa que lembrava era da vitória dos russos, seguidamente de uma
comemoração rápida e por fim um súbito ataque, provocando pânico aos
participantes. Seu tio orientou aos jovens mais velhos que conduzissem os mais
novos até a chave do portal. Louise havia se perdido e tropeçou numa pedra.
Quando ia
se erguer, um suporte de barraca caiu, juntamente com os tecidos, encobrindo a
menina. O que parecia ser um acidente, se tornou sua salvação.
Perto do
local onde Louise escapou da morte, um homem anda chutando as caixas e parte
das madeiras queimadas. Olhou para o céu e erguendo sua varinha, conjurou uma
magia:
--
MORSMORDRE!
Um raio
verde explodiu e desenhou a imagem de uma caveira, abrindo a boca e saindo uma
cobra. Ao se virar, o desconhecido enxergou Louise. A mesma também o contemplou
e nervosa, saiu correndo. O indivíduo a seguiu e só parou quando os gritos dos
jovens ecoaram, chamando pela garota. Ele foge.
-- Louise!
Cadê você?
Era Odile.
Antes de qualquer reação, sua amiga francesa, juntamente com Davy Jones e Peter
Tork a encontraram.
-- Você
está bem, Louise? – Davy a abraçava e tinha um machucado no rosto.
-- Sim...
Eu...
Ela aponta
para o céu com a caveira e a cobra na boca. Imediatamente a cicatriz de raio na
testa de Davy doeu.
-- Vamos
sair daqui! – bradou Odile.
Pobres
adolescentes! Nem deram um passo e um grito conjurado foi emitido, seguidamente
de ataques bruxos.
--
Estupore!
Os jovens
se abaixaram, evitando o ataque e em seguida o tio de Louise interveio por
eles.
-- Parem!
É a minha sobrinha! Louise, Odile, Peter, Davy... Estão todos bem?
Robb
certificava que o quarteto estivesse bem e um dos conjuradores da magia
estuporante, aponta a varinha para os quatro.
-- Quem
conjurou isso? – apontava, nervoso.
-- Que é
isso, Howard?
-- Não
mintam para mim! Foram pegos na cena do crime!
-- Mas que
crime? – questionava Louise.
-- A marca
negra, Louise. – disse Odile, baixinho.
-- Howard
Hudson, eu posso garantir que esses jovens não foram os responsáveis do ataque
na Copa de Quadribol. E nem teriam como conjurar a marca negra. – dizia Robb.
-- Quem
eram aquelas pessoas encapuzadas? – questionou Louise, ofegante.
--
Comensais da morte. – respondeu o tio. – Assim são chamados os seguidores de
Você-Sabe-Quem.
Lulu
pensou em contar para o tio sobre a figura sinistra que a perseguiu. Optou em
se calar. No dia seguinte, Louise não fez absolutamente nada na fazenda. A
família Smith respeitou isso. Afinal, a menina ficou sozinha no meio da
destruição e se não fosse seus amigos a encontrarem, quem sabe o destino fosse
pior.
-- Louise.
– chamou Catelyn, a mãe de Nora. – Tem visita pra você.
Quando
chegou na sala, encontrou Gerd, já arrumado.
-- Me
contaram o que aconteceu. – ele a abraçou forte. – Oh ursinha! Eu queria ter te
protegido...
-- Sei disso.
– disse, resignada. – Mas você estava comemorando e eu não queria perturbar
você.
-- Você
nunca me perturba. Exceto no quadribol.
Eles
riram. Desfrutaram de um dia lindo juntos e Louise se acalmou um pouco mais.
Gerd se despediu dela. Ambos prometeram ser discretos e quando chegar a hora,
finalmente se assumir para os pais.
Antes do
embarque na estação King’s Cross, ela ainda estava pensando nos eventos daquele
dia, ao mesmo tempo que carregava uma edição do Profeta Diário, relatando o ocorrido.
Neste momento Odile se sentou ao seu lado no banco da estação. Faltava meia
hora para o embarque.
-- Sabe
quem iria se interessar por isso? – disse Odile.
-- Quem?
-- Tilda
Black. Mande uma carta para ela.
Louise
escreveu a missiva e colocando no bico de Andrômeda, a corujinha levantou voo e
Louise embarcou no trem. No entanto, numa parte da edição do jornal, leu sobre o
Torneio Tribruxo. Seus olhos brilharam. Louise sabia que o torneio era para
maiores de 17 anos.
-- Quem
sabe um dia...
A jovem
tinha muitos sonhos... Mas não fazia ideia que mais um ano seria marcante para
ela...
*Cena Pós
Créditos da Marvel*
Na calada da noite, quando todos os alunos e
funcionários da escola dormiam, o silêncio era absoluto... Exceto pelos passos
leves de uma aluna da Sonserina. A jovem bruxa abriu a porta de leve, sem
causar ruídos e seguiu rumo para o salão principal, onde se encontra o Cálice
de Fogo.
Nele, ela viu uma circunferência branca
desenhada abaixo do suporte do Cálice. Era a Linha Etária. Um contrafeitiço que
o diretor Rafelson criou para evitar inscrições de bruxos menores de idade que
tentassem burlar isso de todas as formas. Ela só tinha 16 anos. Ela ultrapassou
a linha e chegando perto do Cálice e na ponta dos pés, ela jogou o pedaço de
papel com um nome escrito nele dentro do artefato mágico sob as chamas
azuladas.
Imediatamente se afastou do círculo e saiu do
salão. Caminhou até a janela, onde uma figura enorme apontava a varinha para ela.
-- Muito bem. O lorde das trevas está muito
agradecido por fazer sua parte.
Os olhos verdes de Rosie Donovan estavam opacos.
Estava claro que a garota agiu sob a maldição Império.
-- Vá para seu quarto e esqueça tudo que
aconteceu. – ordenou a figura.
Ela obedeceu.
Agora só resta saber o que acontecerá
depois...
FIM... Por
enquanto.