As negociações
com o povo de Halkan para obter os cristais de dilítio foi muito trabalhoso e
no final o povo cedeu os cristais. No entanto, uma tormenta cósmica mudou a
situação. Quando o capitão da nave USS Dragonia, Brandon McGold, solicitou que
transportasse ele, seu imediato, Jonathan McGold, a especialista em
comunicações e irmã de Bran, Felicity McGold, alguma coisa deu errado. O trio
de irmãos chegou na nave, completamente diferente. Aquela não era USS Dragonia
e sim ISS Dragonia.
O comportamento
de todos lembra o regime militar alemão na Segunda Guerra Mundial e onde todos
fazem qualquer coisa para se tornarem capitães da nave ou obter outro tipo de
promoção, nem que seja na base do assassinato.
Felizmente, Bran
planejou como voltar para sua realidade, utilizando a fenda aberta na dobra
espacial e pedir que Louise e Mickey, os dois irmãos mestiços vulcanos, os
teletransportassem de volta e levar suas “cópias” para o lugar de origem.
Uma aventura no universo espelhado poderia
enlouquecer qualquer um…
O casamento
passou. Mas com ele, Ana sabia que mais mudanças viriam acompanhá-la. E tudo
começa quando enjôos constantes se tornam parte de sua rotina, seguidos com
tonturas e a ausência da menstruação. Ana sabia bem os sinais, mas preferiu
pensar que não fosse nada.
Um dia, quando
Paul a levou para uma caminhada, ela se queixa de mal-estar e ele a leva de
volta para casa. Já na casa deles, Michael McGold está passando uns dias com
casal enquanto planeja seu próprio turismo.
– DOUTOR! – Paul
chutou a porta e carregou Ana até o sofá. – Dá para ajudar?
Antes que fizesse
algo, Ana vomitou nos pés de Paul, enjoando o marido e o amigo dela. Mickey a
socorreu e a deitou no sofá, examinando seu corpo. Tocou o ventre dela e logo
descobriu.
– Mas isso é
fácil. Você tá grávida. – Confirmou o psiquiatra.
– O quê? – Ana
estava chocada. – Não… não pode ser.
– Grávida? – Paul
já esboçava um sorriso.
– Não sei qual é
a surpresa, mona. Isto é o sinal dos três. Você, ele e o bebê.
O casal se abraça
forte e se beija. Ana, por sua vez, não planejava ter mais filhos depois do
parto complicado dos gêmeos de seu ex-marido e do terceiro menino, vindo do
jogador italiano Giorgio Chinaglia. Mas com Paul, tudo pode ser diferente.
Paul Breitner
saltou da cama apressado, lembrando de algo a ser resolvido. Mas não era isso e
sim a causa era um pesadelo aparentemente estranho. Ele tinha chegado na casa
de Anastacia Rosely e foi apresentado para família dela e também aos McGolds e
na vez de um deles, houve uma mudança drástica do cenário. Todos sumiram e só
restaram ele e o jovem McGold à sua frente. Não era um duelo e mesmo se fosse,
não era justo, pois Paul não tinha arma alguma para se defender e tudo que
presenciou foi um tiro de escopeta em sua direção que o fez acordar.
– Paul! – Ana o
segurava. – Calma. O que foi?
– Sonhei que
alguém ia me matar.
– E você lembra
quem era?
Paul lembrava do
rosto, mas o nome dele não. Aquele sonho o intrigou e o fez entrar em alerta.
Poucos dias depois se acalmou apenas observando sua amada escrever outro livro
na mesa da sala.
– Amanhã vamos
conhecer minha família.
Quando enfim
chegou o derradeiro dia da apresentação, ele ficou nervoso e contou toda a
verdade. Ana o tranquiliza, dizendo que ninguém faria tal coisa. Os Romanovs e os
McGolds por parte do finado Anthony foram receptivos e na hora do almoço, quando
todos já estavam juntos, Michael chegou atrasado.
– Cheguei mommy!
– Mickey trazia sacolas de presentes e estava muito animado. – A mona da Louise
chegou?
– Não, mas a Ana
chegou e com novo namorado.
A cena a seguir
lembra bastante quando dois inimigos se reencontram depois de muito tempo ao
som de uma música de suspense, seguido de um riff de guitarra conhecido.
Mickey estendeu a
mão para ele.
– Prazer em te
conhecer.
Paul se afasta e
o observa em pânico. Naquele instante sua mente se desligou rapidamente para
processar o jeito de Michael. Se Louise McGold já era uma garota meio
maluquinha, o irmão certamente demonstra esse dom. Se Mickey chegou em casa com
toda aquela jovialidade para alguém que é psiquiatra e pintor, não representa
ameaça. A menos que ele soubesse disfarçar muito bem, enganando até James Bond
se existisse. Então…
– Desculpe… –
Breitner deu um risinho nervoso. – Fiquei com medo que você me desse um tiro.
– Ah relaxa,
cara. Sou pacifista fanático. – Respondeu tranquilamente.
Eles apertaram as mãos devidamente e se
apresentaram. Sem saber que no futuro, não muito distante, seus destinos
estariam entrelaçados de alguma maneira, mas isso é outra situação.