Oi pessoal! Fique 1 mês sem postar nada no Invasão Britânica, mas prometo que isso vai mudar. Deixarei postagens nem que seja umas 3 vezes por mês, para não ficar jogado as traças hehehe. Bem, estou aqui para mostrar outra fic de banda que escrevi, além do The Who. Essa se chama "Laços do Blues" e é focado em mais uma vez na minha adorável personagem Rosie Donovan e quem será nosso galã?
Tcham, Tcham, Tcham!
Senhoras e Senhores, eu apresento Eric Clapton, guitarrista (na época) do power trio chamado Cream. A fic se passa em 1966, o ano em que o Cream lançou seu primeiro disco. Muito romance, blues, rock e comédia vai rolar nos próximos capitulos, que por sinal, os títulos dos capitulos serão baseados nas músicas (ou não) do Cream, da carreira solo do Clapton e de outros grupos no qual fez parte.
Agora com vocês, o primeiro capitulo da fic e em seguida o segundo. O terceiro pode sair no feriado. Até a próxima postagem!
Laços do Blues__ Maya Amamiya
Capitulo 1: Sunshine Of Your Love
O que se pode fazer quando se forma no ensino básico e depois sua vida toma novos rumos num lugar como a faculdade de Oxford? Ou quando você deixa sua família e amigos em Mersey e passa a conviver num universo totalmente paralelo do seu espaço? Ou quando abandona aquele estilo ingênuo musical e adota um mais selvagem, puro e audível? Todas essas respostas eu consegui mesmo em Oxforshire.
Passei a morar com um grupo de estudantes num conjunto de apartamentos próximo a faculdade. Meus novos companheiros são simplesmente umas figuras e tanto. E também para não ficar só nos estudos, passei a ser uma pessoa mais participativa. Colaborava com o jornal da faculdade, ajudava na biblioteca e contribuía nas áreas culturais. O melhor de tudo isso foi que consegui um emprego fixo: o de Relações Públicas nas produções musicais. Eu era a secretária, assistente pessoal e cozinheira nas horas vagas do produtor *Sam Benson. Ele é meio parecido com Shel Talmy em questões de ser o manda-chuva do pedaço, mas o que ele faz pelas bandas e cantores locais são dignos de nota. Até bandas de fora vieram agendar shows em algum canto de Oxfordshire e ele conseguia sem maiores problemas. Foi aí que conheci uma pessoa que despertou meu coração de modo estranho. Acordou aquele sentimento que antes era pertencido a John Lennon.
Era primavera de 1966 e o Sr. Benson estava procurando desesperadamente um clube disponível para uma banda se apresentar. Estava ajeitando os papéis quando o produtor de quarenta anos me chamou na sala dele.
–- Rosie preciso de sua ajuda. —Disse com uma voz nervosa.
–- O que posso fazer pelo senhor?
–- Conhece algum lugar onde posso encaixar uma banda?
E agora? Como dizer para o chefe que não conhecia outro ponto de encontro que não fosse esses mais conhecidos da cidade? Então acabei por falar...
–- Pode fazer a tal banda se apresentar na faculdade onde estudo. Lá tem um palco razoavelmente grande para um bom público e tem os equipamentos necessários.
O Sr. Benson pensou um pouco, girou a caneta no papel e depois me olhou.
–- É uma boa idéia, Rosie. Agora torça para eles aceitarem.
–- Pode deixar e Sr. Benson quem é essa banda?
–- Na verdade é um trio bem entrosado com blues e rock chamado Cream. Deve ter ouvido falar deles não?
–- Acho que sim. Não me recordo bem. O senhor vai falar com eles?
–- Sim, Rosie. Por isso prepare seu bom chá de maçã, pois os rapazes vão chegar a qualquer momento.
Corri para cozinha, apressando meu preparo do chá. Não deu dez minutos e ouvi um carro estacionando em frente ao prédio da produção. Saíram de lá quatro caras. O que dirigia deve ser o empresário e os outros três o grupo Cream. Entrei em pânico por causa do chá. Mas relaxei e fiz o chá como sempre faço.
–- Rosie traga o chá para mim e ofereça aos garotos. —Gritou Benson mesmo de longe.
Será que ele não sabe que não se devem chamar de garotos os integrantes de uma banda? Poxa, eles não são uma cópia dos Beatles e nem são mais adolescentes. São homens crescidos.
Apareci na sala com a bandeja de xícaras de chás para todos. Primeiro ao meu patrão que agradeceu discretamente. Segundo para o empresário esquisito e os outros para o grupo. Quando entreguei para Ginger Baker, o coitado queimou os dedos, mas disse que não era nada. Pensei que estaria lascada por causa disso. Tentei me manter calma e continuei a servir os demais. Jack Bruce me deu uma piscadela e disse em tom sussurrado que eu era a secretária mais linda que já viu. Minha vontade era de chamá-lo de tarado, contudo, em respeito do Sr. Benson que foi tão bom para mim e considerando um pai, segurei minha ira e agradeci friamente. Temi que o próximo integrante fosse igual a Bruce. Entreguei a xícara e sem querer toquei (de leve) a mão de Eric Clapton (nessa hora não sabia o nome dele e nem dos outros dois) e esse me encarou nos olhos.
–- Vai ser ótimo... tomar chá. – Falou com um pequeno gaguejo na voz. Foi o suficiente para meu olhar corresponder o dele.
–- O...o...otimo.—Agora minha vez de gaguejar. Não sabia o que tinha me acontecido.
Talvez fosse meu nervosismo que me impediu de falar mais naquela só sei que depois daquilo, não parei de pensar no guitarrista amável. Nem conseguia estudar e ouvir minhas colegas de quarto falando. Aquele homem de alguma forma balançou minha alma.
Continua...
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