quarta-feira, 21 de agosto de 2013

The Air That I Breathe (4º Capítulo)

Boa leitura!

Capítulo 4: I’m Alive
Tony POV
O fim de semana passou muito rápido.  Passei estudando, compondo e ajeitando minha guitarra. Nossa banda estava inscrita, tudo combinado. Iriamos arrasar na apresentação, impressionar os jurados e finalmente, conseguir lançar o primeiro disco.  Embora tudo aquilo fosse o suficiente para nos animar,  para mim, o que me animava realmente era Jennifer. Conversei com ela por telefone e pelo MSN. Ela não estava feliz totalmente. O irmão dela ainda estava hospitalizado, não havia possibilidade dele ganhar alta, o que é muito preocupante. E ela me disse que na semana que vem vai começar a faltar um pouco às aulas e nem vai comparecer mais aos ensaios na casa da avó do Bern por causa disso. Como todo bom amigo compreendi a situação e prometi também ficar perto dela caso fosse necessário.
Na segunda-feira tivemos mais aquelas aulas que davam dor de cabeça, química e física. Jennifer veio junto com seu primo Terry e não ficou para aula de física.
No intervalo Terry conversou conosco e deu dicas de musica e como devemos impressionar os jurados. Todos nós gostamos muito do Terry... com exceção de uma pessoa: Graham Nash.  Também não era pra menos, ele teme que Terry seja tão bom guitarrista a ponto de substitui-lo.  Falei para Graham se acalmar que isso não vai acontecer, mas ele ficou quieto de repente e seguiu afinando a guitarra.  Percebi que Allan faltara o dia e perguntei para Holly o que tinha acontecido.
-- Sei lá, Tony. Allan anda muito estranho desde sexta-feira passada, no ensaio. Ele passou o fim de semana em casa, justo ele que gosta de sair com os amigos. Ele tá relativamente estranho.
-- Meu deus, isso é sério. Graham, sabe o que aconteceu com Allan?
-- Não. Eu liguei pra ele no sábado marcando uma pizzaria com a galera e ele me mandou pro inferno e desligou na minha cara.
-- Sério? Mas, o que aconteceu?
-- Não sei, gente. Juro que não sei!
Todos se entreolharam naquele instante e retornamos as aulas. Segundas-feiras não tinha ensaio, era nossa folga para colocar nossos estudos em dia. Na terça-feira, mais um dia transcorreu legal. Jennifer e eu ficamos em dupla para um trabalho de Literatura, uma matéria que não curtia porém, ela amava mais. O celular dela toca e por sorte a professora não estava e ela pôde atender. Segui fazendo o trabalho e depois que ela desligou o telefone, começou a chorar e se desesperar.
-- Jennifer, o que houve?—Perguntei e passando a mão nos seus cabelos.
-- Tony... meu irmão...
-- O que houve com ele?
-- Ele morreu!

Graham POV
Pela primeira vez a sala inteira se mobilizou com aquela noticia. Jennifer recebendo a noticia da morte do irmão daquele jeito em plena aula. A professora também ficou sabendo disso e dispensou Jenny da aula. Tony avisa a banda que não teremos ensaios por algum tempo, mas que ainda vamos participar do concurso. Ele acompanhou Jenny no trajeto de casa.
Na saída Bobby se questiona sobre isso.
-- O que vai acontecer? Quando voltaremos a ensaiar, Graham?
-- Não sei, Bobby. Depois do enterro do irmão da Jenny, vamos saber.
-- E temos de avisar o Allan sobre isso. Vai que ele invente de ir pra garagem hoje.
Fui pra casa com Anne ao meu lado. Desde sexta passada me sentia mal pelo que fiz. Trai a garota que amo com Suzanne. Sim, eu a beijei.

Flashback ON
-- Adorei a canção de hoje, Graham. Foi ideia sua?—Perguntou Suzanne, enquanto guardava seus livros.
-- Foi do Allan e acredito que o Tony teve participação.
-- Foi bem legal.
A conversa rolou bem... até o momento que ela deixa cair o seu casaco e eu fui pegar no exato momento que ela também se agacha para pegar e sem querer nossos lábios se encontraram e rolou  aquele beijo. Um beijo que confesso, foi muito bom. Depois que paramos,  juramos  esquecer aquilo e voltarmos a ser amigos, escondendo de todos e principalmente, de Anne.
Flashback OFF
Essa traição me corrói muito. Tenho vontade de contar a verdade para Anne, muito mesmo. O que me impede é o fato que Anne confia quase cegamente em mim e essa revelação só iria levar a ruína toda nossa confiança. Eu precisava conversar disso com alguém e esse deve ser meu melhor amigo, Allan.

Allan POV
Faltei duas aulas, alegando para meus pais que estava com dor de barriga e diarreia. Na terça de tarde recebi a ligação de aviso do Bern Calvern, dizendo que não haverá ensaios, pois estamos de luto.
-- Mas quem morreu, Bernie?
-- O irmão da Jenny Eccles. Ela recebeu a noticia na aula de literatura. Tony vai nos dizer via MSN quando vai ser o enterro para poder ir.
-- Ok. Eu irei neste enterro. Nos falamos no MSN, até depois, cara.
-- Até depois, Allan.
Mal terminei a ligação do Bern, recebi mais uma chamada e era do Graham Nash.
-- Alô?
-- Sou eu. Allan, podemos conversar?
Juro que não estava afim de conversar com ele, contudo, eu o mandei pra longe da última vez que nos falamos, era hora de pedir desculpas.
-- Certo. Fale.
-- Cara, estou numa encrenca.
-- O que houve?
No momento que Graham ia falar, minha mãe abre a porta do meu quarto.
-- Allan, sua amiga Carrie Anne está aqui.
-- TÁ!
-- Allan?
-- Graham, vou desligar. Tenho visitas. Falo com você no MSN, tchau!
Nem deu tempo de ouvir a tal encrenca e nem da sua despedida. Recebi Anne na sala e conversamos. Ela parecia triste e não era por causa da Jenny. Era por causa do Graham.
-- Graham anda muito distante comigo. Não consegue compor, anda de cabeça baixa... Sabe o que ele tem, Allan?
-- Não sei.—Menti. Eu sabia sim.—Olha, vamos esquecer isso, é passageiro o que Graham deve ter. Ouça essa canção. Eu mesmo escrevi.
-- Que legal. Como se chama?
-- I’m Alive.
Peguei o violão e comecei o ritmo e a cantar.
Did you ever see a man with no heart
Baby, that was me
Just a lonely, lonely man with no heart
'Til you set me free
Now I can breathe
I can see
I can touch
I can feel
I can taste all the sugar sweetness in your kiss
You give me all the things I've ever missed
I've never felt like this
I'm alive, I'm alive, I'm alive
I used to think I was living
Baby, I was wrong
No I never knew a thing about living
'Til you came along
Now I can breathe
I can see
I can touch
I can feel
I can taste all the sugar sweetness in your kiss
You give me all the things I've ever missed
I've never felt like this
I'm alive, I'm alive, I'm alive
Now I can breathe
I can see
I can touch
I can feel
I can taste all the sugar sweetness in your kiss
You give me all the love I've ever missed
I've never felt like this
I'm alive, I'm alive, I'm alive, I'm alive, I'm alive
-- É demais, Allan. Quando os rapazes saírem do luto, mostra pra eles.
-- Sabe, Anne, eu escrevi neste fim de semana que estive sofrendo por uma garota que não pode ser minha.
-- Puxa vida, e quem é ela?
-- Você!
Nem mal terminei de falar e dei um beijo rápido em Anne. Ela ficou bastante surpresa.
-- Allan...
-- Me desculpe. Anne, eu te amo mas... você e o Graham estão juntos e ...
-- Fica tranquilo. Eu não vou contar isso pro Graham mas me promete que depois disso vamos ser amigos ainda.
-- Tudo bem.
Depois que Anne foi embora, senti que deveria voltar com a banda e largar essa depressão. E impedir que essa canalhice do Graham prolongue antes que alguém se machuque.


Continua...


Nenhum comentário:

Postar um comentário