terça-feira, 24 de novembro de 2015

We Belong Together (Oneshot What If Grindhouse - Parte 10 - Final)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e fiquem agora com a parte 10 da oneshot e encerrando a primeira temporada dela. Aguardem que a segunda temporada virá! Boa leitura e por favor, deixem seu feedback sobre minha oneshot que virou uma saga.



Parte 10

(Dias após a batalha contra Nadine e Oliver...)

O ano está quase terminando e aparentemente sem sinal de ataques. A Ilha dos Lobisomens vivia em plena harmonia. E todas as criaturas também. O casal Neuer aguardava a chegada do seu segundo filho e segundo Felicity, desta vez será uma menina. Certa vez Louise visitou seu amigo Davy na Ilha e levou o sobrinho Joey para conhecer as outras crianças. As gêmeas Cecília e Rebecca praticamente se encantaram com o menino loiro de olhos bicolores. Minutos depois os pais das meninas perceberam que as gêmeas andavam meio desunidas, pareciam disputar atenção do garoto vampiro. Joey tentava brincar com as duas, embora sua atenção se prendia na gêmea Cece.

Se passaram mais dias após a batalha onde Davy Jones foi seqüestrado. Neste período Louise andou reparando que Gerd chegava tarde das caçadas e sempre se distanciava. Ela tentava ler a mente dele, mas era impossível. Gerd se mostrava impassível e se esquivava ou por vezes mudava o rumo de seus pensamentos.

Um dia resolveu visitar a casa de Anastacia Rosely e lá encontrou Michael Palin, o lenhador que Ana ressuscitou e marido de Alice. Palin estava sem camisa, revelando o torso nu e molhado de suor por conta do esforço em cortar os troncos.  Por breves momentos ela teve pensamentos impuros em relação com o lenhador. Tratou de afastar aquilo e pensar no marido.

-- Mr. Palin... – Chamou Louise, sorrindo.

-- Ah, frau Müller. – Palin parou de cortar a lenha ao ver a bela Louise.

Ele correu até a bacia de água e se banhou um pouco, pra afastar o cheiro de suor e vestiu a camisa.

-- Como você está, Mr. Palin?

-- Estou bem, frau Müller. – O lenhador estava nervoso e ao mesmo tempo feliz e isso Louise percebeu em seus olhos esverdeados. – Olha, a Alice foi passear e ainda não voltou. Quer dar uma volta?

-- Eu aceito! – Dando seu braço para Palin e seguindo caminhando na trilha. – E, por favor, pode me chamar de Louise ou de Lulu.

-- Está bem, Louise. – Sorria o lenhador.

Os dois conversaram sobre muitas coisas e suas vidas. Palin conta que antes de ser ressuscitado, ele foi membro de uma seita chamada A Ordem, para caçadores de vampiros, pois desde seu noivado com Alice e soube que ela desapareceu, ele se dedicou em matar os nosferatus em busca da amada.
                       
-- Falando em Alice, andei reparando que ela sai todos os dias e demora. Ela diz que está recuperando o gosto da caçada. – Disse Palin, desconfiado.

Louise também compartilhava disso porque Gerd estava na mesma situação. Numa parte do caminho, os dois avistaram uma casa abandonada e correram até lá.

-- O que pretende? – Perguntou Palin, rindo do possível plano de Louise.

-- Só vamos ver os mortais se amando. – Disse a vampirinha, ouvindo os gemidos e ansiosa. – E daremos um susto neles!

-- Mas o que devemos fazer?

-- Acho que devemos gritar algo e eu mostro meus dentes a ele! – Disse ao deixar seus caninos prontos.

-- E aí vemos eles correndo seminus pela floresta? – Palin segurava o riso e acompanhava a vampira.

À medida que os dois se aproximavam, os gemidos ficavam mais audíveis e se aproximaram da porta.

-- Pronta? – Perguntou o lenhador com a mão da maçaneta.

-- Sim! – Em sua forma vampira.

De súbito os dois entraram e se horrorizaram com que viram. Na verdade se decepcionaram em dobro. O casal não era de mortais e sim vampiros e justamente Gerd Müller e Alice Stone, nus e deitados na cama.

-- Palin! Eu... – Alice tentou falar, mas devido ao medo não conseguiu e ainda avistou sua amada pequena ali, com lágrimas nos olhos. – Louise...

-- Eu não vou dizer nada sobre isso, mas posso confirmar, acabou nosso casamento Alice! – Disse o lenhador, sério e calmo.

-- Por que você quer me tirar tudo o que tenho?! – Berrou Louise, chorando. – Eu pensei que fosse minha alma gêmea!

-- Ursinha... – Gerd se vestia, mas Louise se enfureceu. – Precisamos conversar...

-- Cala a boca! – Mandou calmamente a vampira. – Eu... vou embora!

Ela virou morcego e saiu voando e Gerd correu atrás dela, deixando Palin e Alice sozinhos.

-- Michael... me perdoa... – Implorava Alice, já vestida.

-- Desde quando está com ele? – Perguntou Palin, calmo e escorrendo as lágrimas.

-- Michael, eu não pude evitar...

-- EU QUERO SABER DESDE QUANDO ESTÁ COM ELE? – Berrou o lenhador.

-- Faz pouco tempo que voltamos a ficar juntos... – Ela chorava e tentava abraçar o lenhador e este a negava. – Eu não pude evitar.

-- A partir de agora, você volta a ser noiva dele! – Ordenou Michael, já se preparando para sair.

-- Eu não posso...ele pertence a Louise e eu pertenço a você! – Disse Alice.

-- VOCÊ NUNCA ME PERTENCEU, ALICE!

Palin foi embora e Alice chorou, ajoelhada no chão, por arruinar o casamento de sua amada Louise e perder o marido.

Louise chegou ao castelo, ainda chorou e subiu as escadas, ignorando Odile e Franz que estavam aos beijos no salão.

-- O que houve com ela? – Indagou Odile, preocupada com a amiga.

-- Eu não sei... – Franz temia que fosse alguma ameaça, mas viu Gerd também entrando no hall e subindo as escadas. – Mas vou descobrir.

O conde subiu as escadas e viu Gerd batendo insistente na porta do quarto e finalmente entrar. Depois se ouve uma sucessão de gritos e barulho de madeira se quebrando.

No quarto Louise chorava e soluçava na cama, sufocando seus gritos no travesseiro e Gerd estava se aproximar e falar com a amada.

-- LOUISE, OLHA PRA MIM! – Gritou o vampiro, puxando a garota pelo braço.

-- Saia do meu quarto, seu canalha! Eu te odeio! Eu odeio você mais do que tudo! – Ordenou a vampira e se livrando da mão forte de Gerd. -- Você quer a Alice? Ótimo! Fique com ela!!!! Eu não quero você mais na minha vida!

-- Louise... – Gerd outra vez tenta agradar a garota, alisando os braços. – Me perdoe... Ursinha...

Mais enfurecida, Louise agarrou o pescoço do vampiro sem se importar se era menor que ele, apenas sua força lhe contava. O rosto dela estava bem diferente do angelical que estava acostumado, era mais assustador, demoníaco. Os olhos mais rubros, a pupila bem dilatada e os caninos mais pontudos.

-- Estou me segurando para não te matar aqui mesmo! – Falou Louise, com uma voz que parecia de um monstro.

Louise arremessou Gerd fortemente na janela, fazendo-o cair no jardim e causando impacto.
Ele se levanta cheio de dores no pescoço e viu a vampira gritar.

-- Saia daqui, antes que eu mude de idéia e mate você e sua puta!

Gerd pensou em voltar e tentar de novo, porém, lembrou dos olhos de fúria de Louise e resolveu voltar para a cabana onde estava com Alice. Encontrou a vampira alta, chorando na cama.

-- Somos dois monstros... – Ela falou sem olhar para ele. – Não deveríamos ter ficado juntos.

-- Nós não temos uma máquina do tempo que evitasse que você se tornasse minha noiva. – Disse Gerd, abraçando Alice.

-- Você nunca amou! – Exclamou a vampira.

-- Como você pode dizer uma coisa dessas?! Eu nunca esqueci você.

-- Você falava o nome dela quando nos amávamos! Quando fui morta você nem fez questão de me procurar. – Ela chorava no peito dele.  -- Que tipo de amante você é?!

-- Do tipo que guarda isso! – Ele mostra uma correntinha que carregava no peito contendo um anel.  -- Nunca deixei de pensar em você, Mein Himmel amo você e amo minha ursinha mais do que tudo, vocês são minhas pequenas, os amores da minha vida. Eu não vivo sem vocês.

Ainda sob as lágrimas da tristeza, acabaram fazendo amor. Alice adormeceu no peito de Gerd e este pensava em Louise e sentiu aquela dor no coração. Ele olhou para a palma da mão direita e viu ali a marca que ele e Lulu deixaram naquela noite onde fizeram seu enlace matrimonial no rio dos amantes sob o luar.

Neste momento, diante da lua, faço este juramento. Pertencerás a mim e a mais ninguém. Serei tua vida, tua existência, tua razão de viver e viverás por mim. Não seremos dois, mas um e único...

-- Ursinha... – Ele chorou e fechou os olhos, deixando uma lágrima escorrer em seu rosto.

Louise não dormiu nem no período matutino e vespertino. Ela se encontrava em estado de catatonia emocional. Quando anoiteceu, ela saiu da cama, bebeu um pouco de vinho e pegou a mala. Abriu o armário e dali pegou poucas roupas e uns pertences, como o chicote prateado, seu espólio de guerra que ganhou na luta contra Nadine Angerer. Na gaveta, ela pegou a caixa de jóias e encontrou ali uma caixinha preta e ali estava um colar. O mesmo que ela ganhou de Gerd quando Alice desapareceu e ainda estava ali a fotografia dele, quando ele era humano.

Ela deixou a caixa, a foto e retirou do dedo a aliança e por fim escreveu num pergaminho com uma pena banhada na tinta.

Gerd

Se estiver lendo essa carta, é porque não estou mais no castelo. Não adiantará me procurar pelos cantos ou na Ilha ou na casa de Anastacia. Eu não estarei nem na cidade. Agora só peço: esqueça minha existência. Esqueça tudo que vivemos. Esqueça tudo que sabe sobre mim. Volte para Alice e a traga de volta para o castelo. Sejam felizes. O lenhador não se importará, mas não faça ele de trouxa. Ele não merece isso. Agora me despeço. Sentirei falta de todos. Do conde, da Odile, do Sepp, do doutor Cruyff, Oliver, Felicity, Manuel, Davy, os caça vampiros... Menos de você!

Ela deixou a carta na cama arrumada e fechando a mala, ela sai do castelo, mas é barrada por Oliver Kahn, o novo rastreador do conde.

-- Frau Müller! – Ele a abordou. – Para onde vai?

-- Eu não sou a frau Müller. – Disse Lulu. – Me chame de Louise ou fraulein McGold. Não sou mais casada com Gerhard. E se o conde, Odile ou Sepp perguntar de mim, diga que sai da cidade.

-- E se Gerd perguntar? O que digo?

-- Não diga nada ou invente algo!  -- Respondeu e em seguida indo embora.

Louise cruzou na Ilha dos Lobisomens, na mansão onde vive seu amigo Davy. Ele abre a porta e encontrou a amiga, em meio às lágrimas.

-- Louise, o que aconteceu?

-- Davy! – Ela largou a mala e abraçou o amigo, chorando. – Você tinha razão sobre Gerd! Ele não presta!

Neste momento Dianna Mackenzie desceu as escadas e encontrou sua amiga chorando nos braços de Davy.

Ela bebeu um pouco de sangue de animais sem se importar e começou a desabafar com os dois vampiros, contando toda a verdade sobre sua relação com Gerd, como tudo começou e inclusive falou sobre as duas noites brutais onde foi estuprada por ele. Davy ouvia tudo atentamente e se enfureceu. Queria matar aquele vampiro, mas Louise pediu para não fazer nada.

-- E para onde vai? – Indagou Davy. – Vem viver conosco! Tem espaço para todos.

-- É, Louise! – Insistiu Dianna, pegando a mão macia da amiga. – Fica, por mim e Davy.
-- Eu adoraria muito, Dianna. – Ela recusou. – Mas não posso. Gerd iria me levar à arrastada.

-- Que venha! Vai ser apenas suicídio! – Davy estava determinado em matar o vampiro alemão caso ele tentar algo contra Lulu.

-- Eu vou embora! – Se despediu dos dois. – Adeus, Davy, meu amigo! Adeus, Dianna!

Quando ela saiu da mansão, Dianna correu até amiga e abraçou.

-- Eu queria poder ajudar a cuidar de você...

-- Não precisa, amada. – Afagando o rosto de Dianna e depositando um beijo na boca, muito envolvente e apaixonado. – Você tem o Davy que vale por dois. E suas filhas. Se eu ficar, vou sofrer. Adeus, amadinha!

Ela voou para a longe e Dianna chorou.

-- Adeus, Louise! Eu... te amo!

Ela cruzou por fim na mansão de Anastacia e encontrou Palin, regando as plantas.

-- Mr. Palin... – Chamou Louise.

-- Louise! – Ele sorriu e abraçou a garota. – Eu sinto muito.

-- Tudo bem... Eu terminei tudo com Gerd. – Ela exibia um sorriso amarelo. – Agora estou livre como um pássaro. E vou embora.

-- Espere! – Ele pegou um girassol e deu para ela. – Quando você disse que adora girassóis, comecei a plantar aqui. Eles lembram seu cabelo dourado como o sol.

Louise pegou a flor e se emocionou.

-- Obrigada, Mr. Palin.

Antes que Louise dar um passo, o lenhador agarrou o braço da vampira e a puxou para um beijo, morno e calmo.

-- Eu... te amo. – Disse o lenhador, tocando a boca macia de Louise.

Ela desapareceu como fumaça, deixando um lenhador em lágrimas...

Felicity e Manuel conversavam na cama. Fazia poucos minutos que se amaram quando ouviram batidas na porta. Manuel vestiu rápido a camisa e Fefe um robe.

-- Calma, é a Louise! – Disse a profetisa.
Ele abre a porta e vê a prima da esposa, chorando.

-- Felicity... – Ela abraça a prima.

-- Eu sei, prima! – Felicity afagou o cabelo louro da prima. – Eu previ isso. Aquele vampiro não merece suas lágrimas e nem Alice!

-- Vim para me despedir.

-- Mas pra quê? Vem morar comigo, com Manu e o Joey. – Sugeriu Felicity. – E daqui uns meses vou dar a luz.

-- Você tem a Nora, que é sua amiga. – Respondeu.

-- Se o doutor Cruyff estivesse vivo... – Comentou Fefe, deixando Manuel um pouco nervoso.

-- Mas ele está vivo, como um nosferatu e vive no castelo. O conde o trouxe de volta!

-- Ah que bom!

-- Fefe, eu vou para Frankfurt. Se me perguntarem onde estou...

-- Não direi nada e nem o Manuel! – Garantiu a profetisa. – E se Gerd tentar algo contra isso, ele vai cometer o pior erro...

Após as despedidas, Louise virou uma morcega e voou para longe.

Na casa de Anastacia, os caça vampiros estavam tristes em relação à Palin e também por Louise. Na verdade eles se acostumaram com a presença da vampirinha e inclusive a perdoaram por ela ter matado todos eles.

-- Pobre Louise... – Lamentou Eric Idle, tirando uma pétala de margarida. – Ela foi embora e nunca mais a veremos.

-- Vou sentir muita falta dela... – Comentou Graham Chapman.

-- Todos nós vamos sentir falta dela. – Completou Terry Gilliam.

Alice chorava no quarto e ouviu a conversa toda entre o ex-marido e sua alma gêmea. Neste momento, Ana entra no quarto e a vê chorando.

-- O que houve?

-- Você não deveria ter me trazido de volta à vida. – Disse a vampira, ainda chorando.


-- Todos nós somos passíveis a cometer erros, somos humanos e isso é normal. Mas Alice,você foi minha obra prima, você é meu orgulho você é a única coisa que quero proteger e ajudar, não sou sua mestra, sou sua amiga e o que você precisar eu estarei aqui. – Ana abraçou a vampira e elas seguiram para a sala de estar.

Os caça vampiros se calaram quando viram a criatura e sua mestra ali. Ana se retirou por breves momentos, deixando Alice sozinha.

-- Eu sei que me odeiam... Por favor... eu peço que...

-- O que? Perdão? – Indagou Eric Idle. -- És uma meretriz sem coração!

-- Por sua culpa, Louise foi embora e nunca mais vai voltar. – Esbravejou Terry Jones. -- Você não mereceu o que Palin fez por você!

-- A mestra devia matá-la por traição! – Exclamava John Cleese.

-- Ninguém gosta de meretrizes! – Terry Gilliam que estava calado, resolveu gritar.

-- Pessoal, chega! – Defendeu Chapman. – Ela já ouviu o bastante.

Antes que pudessem dizer, neste momento entra Felicity.

-- Frau Neuer! – Todos exclamaram com a presença da profetisa.

Ana e Nora viram Fefe esbofetear várias vezes Alice e nenhum dos caça vampiros impedindo. Na verdade eles queriam ver a vampira sofrer alguma maldição.

-- Isto é o que acontece com que destrói casamentos como você, vadia, meretriz imunda! – Chutou Felicity na cabeça de Alice.

Ana se intrometeu na frente dela.

-- Não irás encostar um dedo nela!

-- Vai proteger esta puta que destrói lares?

-- Protegerei quem estiver nesta casa! – Disse Ana, amparando Alice.

Fefe não poupou esforços e acertou mais dois tapas em Ana, fazendo-a cair no chão.

-- Espero que esteja satisfeita com sua decisão, cientista, pois a partir de agora, não irá mais trazer os mortos de volta a vida e tudo que tocar, vai se quebrar!

Ao sair da casa, a maldição de Fefe começou quando Ana tocou Gilliam, a perna dele se quebra e seus amigos o socorrem. Insatisfeita, Nora corre atrás da amiga.

-- Por que quer proteger aquela mimadinha?! Que tanto queria seu mal?! – Berrava Nora, indignada.

-- Olha como fala da Louise!

-- Olha como eu falo?Ela te humilhava, ela queria que você morresse!

A discussão entre as duas chegou a um ponto que até mesmo Lyanna tentou intervir.

-- CHEGA! – Gritou Felicity, sentindo aos poucos a mesma aura negra que atormentou um ano atrás. – SE CONTINUAR, EU VOU AMALDIÇOÁ-LA, NORA!

-- Se fizer isso, vai voltar mil vezes pior! – Avisou à feiticeira.

Segundos depois Nora percebeu que Felicity estava diferente e de repente nuvens encobriam a lua e a profetisa abriu os olhos, mais negros. Ali mesmo a feiticeira soube. A possessão diabólica voltou.

-- NORA, SE AFASTE LOGO DE FELICITY!

Antes que a escocesa fizesse algo, a galesa maior agarrou a menina pelo pescoço, estrangulando a bruxinha.

-- VAMOS, BRUXA! DIGA OUTRA VEZ QUE A MALDIÇÃO VAI VOLTAR CONTRA MIM! – Dizia Fefe, sob a voz demoníaca.

Lyanna lançou um feitiço contra Fefe, mas foi rebatido contra a velha, derrubando-a no chão. Ana gritou, fazendo com que Paul e Uli agissem logo. O caçador agarrou Felicity, algo impossível, mesmo sendo uma mulher, Paul não conseguia medir forças com ela. Manuel, o marido vampiro, ajudou o caçador.

-- Padre! Faça logo a oração! – Berrou o vampiro!

Uli colocou um crucifixo de prata pequeno na testa da mulher e começou a orar em latim.

-- In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti! Quaeso eiecisset daemonium! Nisi hic digna factis recipimus hic adulescens nihil nefas! Ne longe fias a me, Domine! (Peço que expulse o demônio! Salve esta jovem que não merece essa maldição! Não me abandone agora, Senhor!)

Felicity emitiu um grito tão alto que todo vilarejo ouviu, inclusive a Ilha dos Lobisomens inteira. Micky Dolenz sentiu um aperto no peito e ouviu o grito desesperado da profetisa. 

Ela desmaiou, sendo amparada por Manuel e levada para a fazenda. Nora, que sofreu o estrangulamento, foi socorrida pela avó e chorava.

-- Ela é capaz mesmo... de matar. – Lamentou Nora pela amiga. – Mesmo eu sendo... amiga dela...

-- Querida, deve perdoar Felicity. – Dizia Lyanna. – Não era ela, Nora,era o espírito! Sua amiga não poderia fazer mal nenhum a você e ela te ama mais do que tudo. Ela nasceu carregando esse fardo da maldição, sofreu também dos maus tratos do pai, com a morte da mãe e do irmão mais novo. Embora sendo delicada e sempre vendo bondade nas pessoas, ela acreditou que a prima mudasse e mudou mesmo. Eu não a culpo por ter defendido Louise e nem nada. E a possessão maligna dela é algo perigoso, ainda mais ela que está esperando outro filho.

Depois disso, Lyanna repara que Nora estava um pouco diferente. Ela parecia se preocupar com tudo ao seu redor, ao contrário que antes preferia brincar com seus gatos e também ela ganhava mais formas femininas. Decidiu manter isso.

 Três dias depois, no castelo, Franz comentava com Sepp, Oliver e Johan sobre o grito de Felicity.

-- Onde está Louise? – Perguntou o conde. – E Gerd?

-- Senhor, ela... foi embora. – Respondeu Oliver.

-- Mas como?

Neste momento Gerd surge, carregando a carta de Louise e mostrando para Franz. Ele olha para o amigo, indignado.

-- Vamos conversar no escritório!

Ao entrar no local, Gerd desabafou com o conde, sobre sua traição, as noites com Alice e o fato de Louise e o lenhador terem descoberto tudo.  Franz mordia o punho para não exclamar alguma palavra ou frase de baixo calão, evitando que os outros, principalmente Odile, de ouvir.

-- Seu canalha! – Esbravejou Franz. – Sabe que odeio indecisões! Terá que se decidir entre as duas. Mas vou logo avisando: estou autorizando que Alice fique aqui no castelo e que você cuide dela e do bebê que ela espera. Mas não irá ver Louise nunca mais! Mesmo que você sinta algo por ela e por ventura, o corresponde, nunca mais vão se ver e ficar juntos!

Por breves segundos, Gerd tremeu. O ultimato de Franz era forte.

-- Não me peça para escolher, Franz. – Implorava Gerd. – Não agora.

-- Deve escolher sim! – Exigiu o conde. – Alice está grávida de um filho seu e Louise não está mais aqui. Prefere procurar sua amada ou cuidar de sua ex-noiva que espera um filho seu?

-- Eu não posso escolher, Franz. Por isso... – Mostrou a palma da mão direita, que continha um corte. Era o símbolo do pacto de sangue e amor que ele e Lulu haviam feito na noite em que se casaram no rio. – Fizemos um pacto juntos. Minha vida pertence à Louise e a vida dela me pertence.

-- Esqueça esse pacto! Faça sua escolha sabiamente, pois uma vez escolhida, não poderá voltar atrás.

Gerd engoliu em seco e respirando fundo, respondeu firmemente.

-- Pois bem, eu escolho Louise. Vou honrar nosso casamento e nosso pacto juntos. Mas também quero cuidar da Alice e do bebê.

Franz não se comoveu e sequer sorriu.

-- Está bem. Já parou pra pensar que Louise não vai aceitar? – Indagou o vampiro mor. – Quero dizer, e se ela afirmar que não te ama mais? Vai se rastejar por ela? Se rebaixar por ela? Se humilhar por ela? E quando finalmente se der por vencido, aí sim vai voltar para Alice?

-- É um risco muito grande... – Comentou. – Mas não vou desistir dela! Vou cuidar da Alice, mas vou lutar por ela, minha ursinha! É ela que eu amo. Se não fosse por ela, eu não estaria vivo nesta condição. Se não fosse por ela, eu não seria forte. Eu a amo desde que era humano, naquele dia que ela apareceu no castelo. Eu não me importei se ela era mimada, cruel ou malcriada. Eu a amava e ainda amo.

Alice ouviu toda conversa na porta e chorava e ao mesmo tempo sorria.

-- O que houve, Alice? – Odile havia visto a vampira por ali.

-- Me desculpe... – Disse limpando os olhos. – Estou sofrendo também.

Odile chorou e Alice a amparou, levando-a pro quarto.

-- O que deu na Louise? Ela foi embora sem mais nem menos... Ela prometeu não me deixar e sempre me proteger... Você sabe, Alice?

-- Eu não sei... – Respondeu a vampira, revirando os olhos.

Ela não quis contar a verdade que por culpa dela, Louise partiu e ainda por cima esperava um filho de Gerd.

-- Será que ela volta?
-- Acho que sim. – Respondeu, otimista. – Ela faz muita falta aqui. Principalmente pro Gerd.

Minutos depois da conversa no escritório o conde retornou para o quarto onde Odile se encontrava deitada.

-- Raposinha! – Ele se juntou a ela ali e a beijou.

-- Precisamos conversar. – Ela se sentou na cama e pegou a mão dele. – Eu sei que Louise se separou do Gerd. Provavelmente ele vai voltar para Alice por causa do bebê que ela espera. Se ela voltar... você... vai querer ela de volta?

-- O que? – Os olhos azuis de cobalto do conde ficaram enormes por espanto. – Como assim?

-- Isso mesmo que ouviu. Você vai voltar para ela?

-- Não! – Respondeu. – É verdade que em algum ponto eu amei Louise... mas no momento que você surgiu e entrou na minha vida eu passei a te amar, Meine Liebe. Se quero Louise de volta, só se for pra ela morar no castelo e nada mais.

Mesmo com a resposta convicta, Odile ainda estava insegura. O conde leu a mente dela e resolve tentar algo. Ele levantou um pouco a camisola dela e deitando por cima, ele a beijou e com uma mão desceu até o meio das pernas da humana e a tocou na intimidade dela, quente e úmida.

-- Ahhh... Franz... – Ela mal conseguia gemer por conta dos beijos do conde.

Depois ele beijou o pescoço dela e ficou entre as pernas dela, iniciando ali um sexo oral, fazendo com que a amada se deliciasse.

Na Ilha dos Lobisomens, mais propensamente na mansão de Micky Dolenz, um dos lobos residentes, o italiano Marco Verratti, estava em seu quarto e pegando sua bola de cristal, imediatamente ganhou brilho e aparece um rosto.

-- Signore Hunt! – Disse o lobo. – Fechou-se três dias desde que a Frau Müller foi embora. Ela partiu para Frankfurt.

-- Excelente, Verratti! – Disse James Hunt, um dos servos leais ao Barão Niki Lauda. – Agora vou assumir daqui por diante. Muito em breve ela será “Senhora Suzie Hunt”.

Guardando a bola de cristal, Verratti volta para a cama. Ele mal podia esperar para tomar aquele lugar, destronar Bobby Moore e colocar o bando espanhol do Conde Benitez no poder.

Frankfurt

Louise chegou na cidade alemã um tanto cansada. Agora o próximo passo era encontrar um lugar para ficar e depois de um tempo iria embarcar num navio para a Inglaterra.

Ela encontrou um albergue onde abrigava lobos, vampiros, magos e até mesmo humanos. Ela foi bem recebida pelo dono da pensão, um tipo loiro, olhos azuis e gordo, mas com ar engraçado.

-- O que tem para me oferecer e permitir que viva aqui? – Indagou o dono, um vampiro.

Louise pegou sua caixa de jóias e dali pegou dois anéis e uma correntinha de ouro que ela ganhou de Gerd. Na verdade ela procurava se desfazer das bijuterias e até mesmo presentes do ex-marido.

-- Meu nome é Barry Thompson e sou o dono. – Se apresentou. 

Ele a levou para o quarto de hóspedes que estava ali um caixão cinza e enorme e uma cama de casal.

-- Faça daqui o seu quarto. Não são lá aquelas coisas, mas sempre deixamos confortáveis nossos clientes. Tenha uma boa noite.

Ela guardou seus pertences e novamente olha para a caixa de jóias e encontrou ali um anel dourado com pedrinhas de diamante azul, da mesma cor dos seus olhos. Aquela jóia era o presente de Gerd para ela, em comemoração de 1 mês de casamento...

FLASHBACK ON

Ela tomava chá na sala e olhava para a janela onde a lua brilhava para todo o castelo. Louise amava as noites de luar. Sem saber, seu marido surge por trás, pousando as mãos na cintura dela.

-- É uma linda noite, não é, ursinha? – Ele disse enquanto passava a língua no pescoço alvo da amada.

Louise deixou a xícara na mesa e se virou para beijar Gerd, de modo provocante. Ela sabia que o marido queria. Ela o conduzia para as escadas em direção ao quarto, mas se deteve.

-- Não quer ir para o quarto, ursinho?

-- Vem comigo! – Ele a puxava para outro lugar.

Entraram na biblioteca e ali mesmo recomeçaram os beijos e carinhos ardentes. Louise ajudava Gerd a se livrar da calça e ele retirava a roupa de baixo da esposa, deixando-a ainda em seus braços.

Ainda aos beijos, ele começou as estocadas, um pouco lentas e aos poucos aumentava a velocidade. Louise se segurava no corpo dele e ao mesmo tempo arranhava as costas dele e gemia alto. Com uma das mãos, fechou a boca dela.

-- Não grita, ursinha! – Pediu em voz baixa. – O conde... vai nos descobrir!

Mesmo abafando os gritos, Gerd era outro que gemia de prazer no ouvido da amada, excitando mais ainda.
Quando enfim atingiram o orgasmo, o casal de vampiros se deitou no chão.

Recuperaram o fôlego minutos depois do ato e ele pegou do bolso da calça um anel de ouro e colocou no dedo anelar dela.

-- Feliz aniversário de casamento. Fechamos 1 mês juntos. – Disse o vampiro arrancando mais beijos da amada.

-- Oh Gerhard! Meu ursinho! – Ela o abraçou  bem forte. – Obrigada!

FLASHBACK OFF

Apesar da lembrança, ela se entristece e uma lágrima cai de seu rosto.

-- Por que ainda me lembro de você? – Lamentou a vampirinha.

A imagem de Gerd e Alice, deitados na cama, sem roupa e se amando, machucou seu coração. Sem ela saber outra pessoa entra no quarto dela. Ela sente a presença dele e joga um dos seus dardos de madeira contra a pessoa.

-- Quem é você?

-- Calma, linda vampira. – Surgia o rapaz, na verdade um vampiro elegante, de olhos gentis e aparência nobre. – Eu sou Roman Polanski. Um dos hóspedes da mansão do Barry.

-- Como você é linda. – Outra pessoa aparece na frente de Louise, abraçando Roman. – E eu sou Sharon Tate. Meu namorado deve ter assustado você, não é, florzinha? E qual é seu nome?

-- Louise... McGold.

-- Está tudo bem, Miss McGold? – Roman se preocupou com Louise.

-- Errr... tudo bem. – Ela se recompôs e disfarçou o mal estar com aqueles dois.

-- De onde você é, criaturinha linda? – Perguntou Roman, alisando os braços dela.

-- Munique. – Respondeu Lulu, um pouco triste.

-- Você não parece estar bem. – Sharon notou o semblante de Louise e afagou o rosto dela. – Quer contar para nós?

Louise percebeu que o casal de vampiros possui simpatia e adoração. Contou para eles sua história, a separação de Gerd por conta da traição, sobre Alice e outros assuntos. Sharon teve um pouco de ciúme, contudo, planejava em seu íntimo fazer com que a vampira loira de olhos azuis esqueça definitivamente Alice.

-- Oh Louise... – Pegando uma bandeja contendo pétalas brancas. – Experimente essas pétalas de lótus. São doces e te fará bem.

A vampira não queria aceitar, porém, a delicadeza de Sharon e a preocupação de Roman a fizeram mudar de idéia e experimentou as pétalas... Sentindo seu corpo flutuar e as imagens da traição sumir. Não só isso. Tudo sumia...

Louise praticamente se permitiu ali. As mãos de Roman e Sharon lhe tiravam as roupas e a tocavam de diversas formas, estimulando os sentidos da vampira.

-- Esqueça suas inibições... – Dizia Roman, beijando a loira.

-- Esqueça aqueles que a fizeram sofrer... esqueça a desilusão... – Sharon apalpava os seios de Louise e sussurrava no ouvido dela. – Esqueça Gerd Müller, esqueça Alice Stone...

No último gemido ela desmaia...

Em Munique, Gerd tentava dormir. Algo impossível. Ele ouvia vozes, sussurros, palavras. Na verdade ele ouvia a voz de Louise e de um casal, dizendo para ela se esquecer de tudo. Quando acordou, não estava em sua cama e sim no chão. Ele via Louise, gemendo, feliz e sendo acariciada por dois vampiros, um homem e uma mulher.

-- Ursinha!

Foi à última palavra antes de apagar por completo. Alice entrou no quarto e tentou acordar o amado.

-- Gerd! – Sacudindo o corpo dele. – Gerd, acorde!

Nenhuma resposta e notou também que praticamente ele não respirava e nem se mexia. Em pânico, ela chamou o doutor Johan no quarto. Ele examinou o vampiro. Nada constatado. Examinou de novo. Nenhum resultado.
-- Aparentemente ele está bem. – Respondeu Johan, um pouco abismado. – Está vivo e saudável.

-- Mas ele não acorda! – Berrava Alice.

Gerd acorda com um pouco de dor na cabeça.

-- Doutor Cruyff, Alice... – Ele se levantava. – O que aconteceu?

-- Você dormiu e não acordava, meu senhor. – Ela o beijou rapidamente.

-- Sinto como se tivesse comido algo diferente...

-- Diferente? – Inquiriu Johan.

Antes de responder, Gerd sentiu um gosto estranho na boca e ainda tossiu, colocando pra fora uma pétala branca de lótus. Johan vê isso e pega.

-- Uma pétala? – Olhou para o pedaço de flor. – E de... lótus?

-- O que significa isso?

-- Eu ainda não sei... Mas vou ao fundo disso.

Felicity dormia sob o coma sofrido da possessão diabólica e Manuel cuidava da esposa todos os dias. Inclusive ele trouxe seu caixão para a fazenda, assim ele não precisaria mais ir ao castelo e dormir no período diurno. Ao mesmo tempo ele cuidava do filho, Joey, que em poucos meses adquiriu tamanho e aparência de um menino de cinco anos. Está na hora de ensinar o básico da vida vampira.

-- Filho – Chamou o menino. -- Hoje você vai aprender como caçar e já sei até quem você pode se alimentar.

Manuel sabia bem de quem se referia. Antes de saírem, ouviram Fefe acordando, com dor de cabeça.

-- O que vocês vão... fazer?

-- Vou ensinar o Joey a caçar, fique tranqüila daqui a pouco vamos estar de volta. – Disse Manuel, beijando a bochecha da esposa e o filho também.

Ela adormeceu novamente e os dois vampiros voaram em direção ao centro da cidade. Pousaram numa árvore próxima a casa de Johan e Annie Neeskens, o casal que é amigo do doutor Cruyff. Eles avistaram o casal ninando Armand, o bebezinho e depois colocando no berço. Minutos depois foram para os aposentos.

Rapidamente, Manuel e Joey ficaram na porta e o pai abriu-a com cuidado. Eles subiram as escadas e prestes a entrar no quarto de Armand, Manu avistou Neeskens entrando no quarto de casal e o atacou, mordendo a jugular do holandês, abafando os gritos dele. Annie saiu do quarto e viu o corpo inerte do marido.

-- Johan! – Ela exclamou, horrorizada. Viu os dois vampiros ali na porta e correu para salvar o filho, mas tarde demais. O rastreador fez o mesmo com a esposa de Neeskens.

Eles entraram no quarto do filho deles e pegaram o pequeno, que começou a chorar.

-- Está pronto, meu filho? – Perguntou Manuel, mostrando o bebê para Joey.

O menino mostrou suas presas e os olhos bicolores ficaram vermelhos. Contudo, Joey estava tenso. O pai dele aplicou um pouco a fascinação, motivando o garotinho e depois vendo Joey mordendo Armand, sugando um pouco de sangue. Ele poderia sugar mais se não fosse à intervenção de Oliver Kahn.

-- O conde avisou que não era para matar os holandeses!

Na porta de entrada, Franz e Sepp adentraram a casa dos Neeskens e o conde tira o bebezinho dos braços do rastreador.

-- Oliver, Sepp, levem o casal Neeskens para o castelo! – Ordenou o conde e em seguida mirando pai e filho vampiros. – E vocês dois venham comigo!

Mal entraram no castelo e Johan Cruyff partiu com toda força para cima de Manuel, socando e chutando o vampiro maior.

-- EU PEDI! EU IMPLOREI QUE NÃO FIZESSE ESSA ATROCIDADE COM MEU AMIGO, MAS VOCÊ NÃO SE CONTEVE NÃO É, NEUER?! – Gritou o médico, indignado. – SEU MALDITO DESGRAÇADO EU VOU TE MATAR!

-- Parem! – Ordenou Franz, ainda segurando o bebê e notando que este sofria com as transformações e segundos depois, Armand vira um pequeno morceguinho.

Joey sorri e também se transforma em morcego, brincando com seu novo amiguinho, deixando os vampiros adultos um tanto confusos.  Neste momento, Oliver e Sepp anunciam.

-- Senhor, deixamos os Neeskens dormindo. Eles beberam sangue e logo vão ser...

-- Tudo bem!

Aquilo estava difícil de terminar.

Louise acordou em outra cama, mais confortável que a anterior e ainda usando camisola de seda e bem cheirosa. Ao seu lado estava um enorme homem loiro, com feições sérias e dormia meio distante da vampira. De repente o mesmo homem a puxou para perto dele e sussurrando.

-- Oh, Suzie...

A vampirinha se espantou e empurrou o ser, quase caindo da cama. Ele se acorda e vê a loira se levantando e vestindo um robe.

-- Suzie, não fuja. Eu te amo tanto! – Ele disse.

-- Eu não sou Suzie. Meu nome é Louise McGold. – Ela olhava para o homem a sua frente, nu. – E onde estou? O que faço aqui?

-- Isso é segredo, pequena. – Ele passava o dedo nos lábios da vampira, excitando-a mais. – Por hora, serás minha antes do ratinho te ver.

Trocaram um beijo quente e à medida que crescia, acabaram deitando na cama e retirou o robe dela, deixando-a nua. Na porta, Roman e Sharon se deliciavam com que viam. Seu mestre amando de forma romântica e prazerosa a vampira que eles também amavam. Sharon não nega que sentiu atração avassaladora por Louise e Roman estava fascinado com a beleza exótica da nosferatu.

Minutos depois um dos criados anuncia a chegada do barão Lauda, fazendo com que o casal de vampiros interrompa o ato carnal de Hunt. Roman entra no quarto e quase fica em ereção ao ver Hunt penetrando rápido Louise e atingindo um orgasmo incrível.

-- Sr... Hunt? – Chamou Roman.

-- O que é, Polanski?

-- O barão... quer dizer... o rato, ele está aqui na mansão!

O casal se vestiu rápido e enquanto isso, Louise se lembrou de algo que sua amiga Odile havia dito sobre o antigo noivo.

-- ... ele era um pouco alto, seu cabelo castanho quase escuro era repartido para o lado,de forma que o deixava um pouco ingênuo e sério ao mesmo tempo,era cortes na hora certa mas tinha algo de mal dentro de si.  – Dizia Odile enquanto bebia um pouco de chá. -- Seu nome era Andreas Nikolaus Lauda. Ele odiava que o chamassem pelo primeiro nome e sempre preferiria que o chamem de Niki.

A sala de jantar estava muito bem preparada para o banquete e James e Louise surgiram para cumprimentar o visitante.

É ele o barão, pensou Louise, conhecendo o homem a sua frente, justamente igual às descrições de Odile.

-- Louise McGold, é uma honra conhecer você. – Beijou a mão dela. – Eu sou Barão Andreas Nikolaus Lauda.

Ela sentou-se junto ao acompanhante loiro.

-- Permita-me apresentar. Este rapaz que a agradou é o James Simon Wallis Hunt. – Depois apontando para outros que estão na mesa. – O italiano é Clay Regazzoni, Jackie Stewart, François Cevert e Brigitte Von Hammersmark.

As pessoas saudaram Louise e foram educados com ela.

-- Fraulein McGold, eu preciso de sua ajuda. – Disse ao terminar de beber. – Sei que você era moradora do castelo Beckenbauer em Munique ou estou errado?

-- Está certíssimo! – Confirmou Louise, olhando de forma sarcástica. – Barão Andreas!

Ao dizer isso, o barão se enfurece e com as mãos ele vira a mesa.

-- Não sabe com quem está lidando, vampira malcriada! Eu ordeno que me ajude a recuperar minha noiva das mãos daquele... conde!

-- Odile nunca mais será sua, ela pertence ao Franz agora! – Exclamou Louise, convicta. -- Ele devotou a sua vida a ela, esqueça, Barão!

O barão não desistia e novamente tentou ser amável e educado com a vampira.

-- Mais uma vez eu lhe peço, ajude-me a recuperar minha noiva, amo Odile mais do que tudo neste mundo! – Ele mostra um relicário contendo a foto da amada e dele em Viena. -- Ela é minha razão de viver e existir, você não entende?

-- Ela é amada agora pelo conde. – Disse sem se comover. – Não há o que ser feito.

Niki praticamente bufava e espumava de raiva suprema com a recusa de Louise e depois gritou para todo o castelo ecoar e fazendo os copos de vidro estilhaçarem.

-- PRENDAM ESTA VAMPIRA NO CALABOUÇO E APLIQUEM O AÇOITE NELA! – Ordenou Niki.

Clay e Cevert levaram Louise para a prisão, onde ficou com os pulsos acorrentados e de pé. Antes de começar as chicotadas, Clay começou a socar Louise e depois Cevert chutando a vampira. Louise sangrava pouco e ria dos adversários.

-- Vampiros fracos! – Rindo dos dois e cuspindo na cara de cada um. – Vou me vingar de cada um de vocês! Da pior maneira!

Enfurecido, Clay chutou o ventre de Louise, fazendo-a vomitar sangue...

No castelo Beckenbauer, Gerd caminhava na cozinha muito devagar. Ele se queixava de dores no corpo e de repente expeliu sangue pela boca. Sepp neste momento surgiu para procurar comida e se horroriza com o amigo naquele estado. Rapidamente o socorreu.

-- Gerd, o que aconteceu?

-- Ur... ursinha... – Gemendo de dor. – Ela... eu...não...sei...estou com dor,parece que alguém está me espancando.

-- Eu vou te levar pro quarto dos médicos.

Cruyff e Neeskens examinaram o vampiro rastreador e viram algo que os deixou espantados. O corpo dele cheio de marcas roxas de socos e pontapés e as costas estavam piores. Marcadas com açoite e sangrando.

-- Esteve lutando ou treinando, herr Müller? – Questionou Neeskens, limpando o ferimento.

-- Não... – Ele respondeu. – Acordei... com dores... AAAAAHHHH!

Gerd gritou com a dor infligida na mão, onde possui a marca na palma, o símbolo de seu pacto de sangue.

-- POR FAVOR.... PARE! – Pediu o vampiro, sentindo como se uma espada atravessasse a mão.

Em Viena, Niki cravou a espada na palma da mão direita de Louise, justamente onde o pacto de sangue foi feito.

-- PARE!!! AAAAHHHHH!

Niki retirou a espada e olhou para as costas de Louise, arranhadas pelo açoite de Barry Sheene, o carrasco. 

-- Você concorda em me ajudar a encontrar Odile? – Perguntou o barão.

-- Prefiro... morrer.

-- Neste caso... – Indicando para Sheene se preparar com outro açoite. – Vai sangrar até a morte!

-- Espere! – Hunt impediu isso e puxou Niki para longe de todos e conversou. -- Ratinho, quero lhe propor algo, em vez de matar estar jovem, deixe-a ser minha esposa e assim conseguirei algo sobre sua francesa.

Niki entendeu o plano e resolveu acatar isso. A prisioneira foi desacorrentada e os ferimentos cuidados por Roman e Sharon. Porém, quando ia se levantar, Roman segurava os braços de Louise e Sharon às pernas dela. 

-- Me deixem sair daqui! – Se retorcia e gritava.

-- Sinto muito, Louise. – Sharon sorria maleficamente. – Mas agora vai se esquecer em definitivo tudo.

Sem saber o que fazer, Hunt aparece, colocando um colar de ouro, com pingente de coração, com tonalidade branca e agora ganhando a cor púrpura. Louise adormeceu tranquilamente.

Gerd caminhou devagar até o quarto de Louise, deitou na cama e adormeceu, derramando uma lágrima. Alice acaricia o rosto dele e ouve alguns lamentos.

-- Louise... Fica comigo... me escolha... me perdoa... me ame....

Alice sabia que Gerd amava Louise, mas não a esse ponto. Ela compreendeu os sentimentos dele e então se retirou do quarto, caminhando até a ala vazia e entrando no quarto onde ela e Louise se amaram várias vezes. Deitou na cama e ainda aspirou ao travesseiro. Ele continha o cheiro de sua amada vampira loira.

-- Louise... minha pequena... – Ela chorou e relembrou outra de suas noites intensas com a menina.

FLASHBACK ON

Bastava os maridos caçarem e as duas vampiras se entregavam ao prazer. Alice deixava Lulu entre suas pernas, sentindo aquele contato dos lábios juvenis dela.

-- Louise... Você... aaaahhhh!

Alice atingiu o orgasmo e Louise ofegava. Em seguida as duas ficaram nuas, uma diante da outra, contemplando sua nudez. Sob a luz do luar, Louise sentou no colo de Alice, ainda trocando mais beijos. Ali mesmo elas tiveram maior identificação em seus corpos, devido ao perfeito encaixe. Sim, foram feitas uma para a outra.

-- Nunca pensei que iria dizer isso, mas te amo tanto Alice e que toda alegria que você me traz é tão grande que mal cabe no meu peito

-- Pequena, nesses últimos dias você tem sido minha maior alegria! Amo-te mais que o meu senhor!
Terminado o ato de amor, elas voltaram cada uma para seu quarto. Louise deitou em sua cama, ouvindo os ruídos amorosos da amada com Gerd. Apesar do leve ciúme, Lulu se conformou ali com seu destino. Franz adentrou o quarto, tirando a roupa e deitando ao lado da noiva.

-- Meu conde... – Ela o puxou para perto dela o beijou bem forte. – Serás meu esta noite!

No outro quarto, Alice agora ouvia os gritos de Louise.

-- Ahhh... Franz... ahhhhh... meu conde.... aaaaaahhh!

Minha pequena, ela dizia em pensamentos, imaginando sua pequena loira sendo amada por um homem como o conde... ou talvez... por Gerd.

FLASHBACK OFF

Ela se retirou do quarto e seguiu caminhando para fora do castelo. Johan Cruyff ajudava seu amigo Neeskens, Annie e o pequeno Armand a se adaptarem a vida vampiresca quando avistou Alice saindo do castelo.

-- Para onde ela foi? – Questionou Annie.

Cruyff leu a mente de Alice, mas pouco viu. Ele a seguiu até o rio dos amantes.

-- Isso não é bom. Não é nada bom... – Comentou para si mesmo.

Alice subiu até a ponte e olhou para o rio cristalino. Lembrou dos olhos azuis cristalinos de Louise, como o rio.

-- Dizem que aquele que se banha no rio com seu amado ficarão juntos pro resto de suas vidas. Eu nunca fiz isso, mas quero que minha vida se encerre cheia de amor e que isso me conforte. – Ela encerrou, sorrindo e deixando uma lágrima cair no rosto.

O próximo passo de Alice foi o salto. Ela pulou da ponte e o vampiro holandês correu o mais rápido que pode e agarrou a tempo a vampira, levando-a para outra margem.

-- O que deu em você? Por que fez isso? – Questiona o médico, abraçando Alice que chorava.

-- Eu sou a culpada por tudo. Por minha causa, Louise foi embora, ela se separou do Gerd, Palin e seus amigos me odeiam e até mesmo Felicity. Nem imagino o que ela poderia ter feito se me amaldiçoasse.

-- Mas por que você quer tirar sua vida?O que aconteceu, tinha de acontecer. – O médico abraçava Alice e a confortava. --Não se culpe por tudo, você não tem que carregar toda essa culpa! Tens de se preocupar com outra coisa.

Tocou o ventre da vampira e ali mesmo brotava uma vida. Ele viu claramente que é uma linda menina.

-- Tem uma vida aqui e ela espera que você esteja bem e saudável... e eu também. – Ambos trocaram um olhar intenso. – Eu vou cuidar de você.

Alice desmaia e o médico vampiro a levou para a casa de Anastacia, onde foi recebido por todos e os caça vampiros ficaram mais chocados. O médico contou da tentativa de suicídio, deixando os Pythons temerosos e com pena de Alice. Definitivamente eles se sentiram culpados por expor a vampira na suprema humilhação e ainda apanhar da prima de Felicity. Ela acorda em seu antigo quarto e sendo muito bem cuidada por Cruyff.

-- Eu sei que você ama Felicity. – Disse Alice, um pouco sonolenta.

Cruyff ia perguntar como ela soube, mas lembrou-se que os vampiros podem ler as mentes de todos. Ele não negou.

-- Por mais que tente me conformar... ainda amo aquela mulher, a profetisa. Eu sinto que ela precisa de mim, mas o marido dela me odeia e acho compreensível. – Resignou-se o médico.

-- As vezes acho que o Manuel vai se autodestruir qualquer dia desses... – A vampira temia que o fazendeiro possa cometer uma loucura.

 -- Ele a ama demais. Não posso culpar ele. Eu sim por amar a mulher errada.

-- Não devemos nos culpar por quem amamos, devemos evitar expor isso. – Ela afagava o rosto do holandês, que sorria para ela.

-- Tem razão. Ao menos...  – Cruyff tirou a camisa, revelando o torso nu, deixando Alice impressionada. -- Me deixe te amar, Alice.

-- Sou tua... Doutor.

Alice retirava a camisola, mostrando sua nudez para Johan. Ele se livrou das calças e se deitou por cima da mulher, beijando o pescoço, os seios e sussurrando palavras suaves e poéticas.

As primeiras estocadas foram lentas, para os dois apreciarem o prazer juntos e a troca de beijos.

-- Alice... – Ele suspirava. – Você é perfeita...
-- Johan... – Ela adorava olhar naqueles olhos azuis. – Tão encantador.... aahhhh... ahhh....

Mais tarde ele aumentou a velocidade dos movimentos e no último ato atingiram o orgasmo juntos.  

-- Nunca pensei que nutriria esse sentimento de paixão por outra mulher ao não ser pela profetisa eu realmente quero cuidar de você, Alice. – Abraçando a amada.

-- Doutor,você é encantador e maravilhoso, sinto que devemos compartilharmos nossas vidas a partir de agora.

Alice adormeceu nos braços de Cruyff e este pensava em tudo que lhe aconteceu. Não podia culpar Gerd pela traição. Até porque o vampiro sofria por isso e pelo abandono. Sim, o holandês reconhecia que o alemão é verdadeiramente apaixonado por Louise. Em tão pouco tempo ele percebeu o elo que há neles, seja a parceria de sempre estarem juntos para tudo, seja quando os dois ficavam se amando em diversas partes do castelo, correndo risco de serem pegos.

Ele se vestiu e saiu do quarto, encontrando Ana e Paul conversando. Cruyff viu o braço enfaixado segurado no pescoço. Resolveu curar.

-- Permita-me... – Tocou o braço de Breitner e em seguida conseguiu curar, surpreendendo o caçador.

Ele fez o mesmo na perna de Terry Gillian e em seguida voltou para o quarto de Alice, deitando ao lado dela e adormecendo.

Em outra parte da floresta, Manuel fazia amor com o mago Peter Tork. Os dois se descobriram apaixonados de modo estranho, desde o dia que houve o seqüestro das mulheres por Ronnie Peterson. Erin, a esposa de Peter sabia que o marido tinha gostos peculiares e Felicity previu que o marido iria conhecer um rapaz adorável e iria amá-lo, igual como ele a ama e por isso nunca se opôs a isso.

-- Tem certeza que sua esposa sabe... sobre nós? – Manu beijava o corpo de Peter.

-- Sim, ela sabe. E nos aceita. Isso não vai mudar, vampiro. Eu te amo e sei que ama a Felicity. Assim como eu amo minha Erin.

Eles voltaram a se amar mais ainda e terminado seu ato, cada um voltou para sua casa, amando suas respectivas esposas.

Em algum lugar da montanha amaldiçoada, vivem os íncubos e as súcubos, vampiros que atacam suas vítimas por meio dos sonhos eróticos. Porém, o lugar serviu para receber outro grupo de vampiros, vindos de Madri, na Espanha. São os vampiros do conde Rafael Benítez, que vieram a Munique depois da mensagem enviada por um dos seus, Marco Verratti e para cumprir a missão dada pelo barão Lauda: de capturar Felicity McGold, viva ou morta.  

Fazia uma semana que Holly Charlton foi admitida na Ilha dos Lobisomens e vive tranqüila na mansão do líder Bobby Moore. Todos os lobos e outros moradores simpatizaram com a jovem feiticeira. Cansada da vida de casada com um homem que ela não julga amar e por questões arranjadas, ela saiu de sua casa e fugiu para a Ilha onde vivem as criaturas. Outro motivo de Holly deserdar de seu lar era um sentimento de vingança e orgulho. Ali na Ilha, ela pôs em prática suas habilidades de magia, seja de defesa ou ataques precisos.

Meio distante da mansão, Holly desenhou um pentagrama e iniciou uma reza de palavras em latim, iluminando o lugar. Ela conseguiu criar uma poderosa barreira de energia, sua defesa em forma de muralha cristalina.

-- Muralha de Cristal! – Ela gritou, criando sua barreira.

A criação foi perfeita em todos os sentidos.

-- Da próxima vez que nos encontrarmos, eu vou mostrar todo meu poder e se arrependerá de roubar o amor da minha vida, Eleonora!

Holly estava decidida a duelar contra Nora e acabar com ela, nem que para isso sacrifique sua vida na batalha. Apostava todas as suas fichas para vencer a escocesa e provar que a bruxinha não passava de um mero bibelô que os pais inventaram. Além disso, a família de Holly, os Greys, é descendente do famoso Nicolas Flamel, o criador da Pedra Filosofal, artefato místico muito poderoso.

Os lobos da alcatéia observavam o árduo treinamento solo de Holly e o próprio George Harrison reconhecia que a moça pode muito bem superar sua amiga, Nora.

-- Ela treina todos os dias desde que veio aqui. – Justificava Rosie.

-- Pelo que eu sei, ela quer vingança e é coisa pessoal. – Dizia Mary Anne, a loba.

Nora caminhava para uma parte da floresta levando seus gatos de estimação e um guaxinim e carregava um cesto de flores, como parte de uma oferenda. Quando deu mais um passo, ouviu um estrondo e correu até lá. Ela avistou rochas flutuantes formando um circulo em torno da pessoa. Tentou avistar quem era, mas estava impossível devido às pedras no caminho. Usando um feitiço de defesa ela caminhou ali perto, despertando a atenção da pessoa e uma das rochas foi arremessada contra Nora, que de desvia a tempo.

-- Eu estava esperando por você, Eleonora! – Bradou a voz, feminina e finalmente Nora reconheceu quem era.

-- Holly! – Surpreendeu-se a bruxinha escocesa. – O que está fazendo?
-- Essa sua ingenuidade... Nem parece uma bruxa! – Berrou Holly, com os olhos faiscando de ódio. – Eu me segurei até um certo ponto meu ressentimento em perder o Sepp pra você mas agora basta! Eu quero saber mesmo se é mesmo poderosa como dizem e se for, lute comigo!

-- Como queira! – Nora estava disposta a lutar, e provar que não era fraca.

Os lobos temerosos, se afastaram do lugar mas assistiam.

Nora cria um feitiço onde uma miragem de lobo furioso surgiu diante de Holly, mostrando os dentes e correndo para atacar. O lobo colide em algo invisível e tenta mais uma ofensiva inútil.

-- O que há ali? – Disse Nora, sem saber do que se tratava.

Nora pega uma de suas rosas e as faz criar vida. Um dos espinhos é arremessado contra Holly, mas não a atinge. Na verdade nada a penetra ali.

-- O que houve, “Sassenach”? Não sabe o que está havendo? – Debochava Holly. – Nada do que fizer não vai me atingir hahahaha!

-- Ainda acabarei com você! – Nora coloca mais duas flores e uma planta e dá-lhes a vida. – Acabem com ela!

Ainda nisso, Nora põe a mão no chão e reza, invocando algumas raízes. Os galhos das árvores e as plantas outra vez tentam quebrar a barreira invisível.

Holly se senta em posição de lótus, fecha os olhos e começa a falar.

-- Forças do além, forças cósmicas, peço-lhe seu auxilio. Eu invoco por seu poder!

A feiticeira escocesa viu na testa de Holly surgir um... terceiro olho que mirava em Nora. Harrison suava frio e pela primeira vez sentiu um medo tomar-lhe conta. Os lobos estavam mais recuados.

-- Por que nada a atinge? – Nora não tinha mais recursos.

-- Hahahaha e ainda se intitula uma bruxa poderosa? Ouvi dizer que é uma necromante... mas parecem que os boatos estavam errados. – Holly saiu de sua posição de lótus e abrindo os olhos. – Quer saber o que acontece com aqueles que tentam me atacar?

Ela ergueu as duas mãos e as colidiu, provocando uma onda energética e evaporando todas as criaturas que Nora criou na base do feitiço e derrubou a feiticeira. Os lobos foram protegidos pela barreira de Harrison.

Rapidamente Holly desenhou um pentagrama e transformou uma pequena árvore numa estátua e esta agarrou bem forte Nora, deixando-a de frente pra adversária.

-- Isto... – Desferindo um tapa bem forte na cara da escocesa. – É por tirar o Josef de mim.

-- Não tenho culpa se seu noivado com Sepp tenha acabado. Ele é meu marido agora! – Nora tentava se libertar, algo impossível.

-- ELE NUNCA SERÁ SEU MARIDO ENQUANTO EU VIVER! – Holly se enervava mais e golpeou mais Nora. – VAI SOFRER TANTO QUANTO EU SOFRI! E AINDA VOU TIRA-LO DE VOCÊ, SUA FARSANTE!

Ali mesmo a alquimista percebeu que Nora libertava seu espírito necromante e sua pele ficava azul. Ela desenhou um pentagrama de impedimento.

-- Pode libertar o quanto quiser esse espírito, mas nunca... – Abrindo o terceiro olho. – Poderá me vencer!

Os olhos de Holly ficaram negros e Nora viu ali atrás dela se manifestar um pássaro gigante de cauda enorme.

-- Neste momento, o Benu vai te transformar em poeira estelar! – Colocando a mão no pescoço de Nora, ela gritou. – EXTINÇÃO ESTEL...

Ela nem terminou de falar o golpe mágico e ouviu outro grito e de mulher.

-- NÃOOOOOO! MANUEL!

-- Felicity! – Nora voltava ao normal e Holly a libertou. – Minha amiga!

-- Você é amiga da profetisa?

-- Há muito mais tempo que você! – Ela respondeu, seguindo com os outros até onde foi o grito.

Holly a seguiu e todos ficaram penalizados com que viram. Felicity chorava compulsivamente e deitada no corpo de Manuel Neuer. O vampiro estava oficialmente morto com uma estaca perfurando seu coração.

-- Não.... NÃO!!!!! --- Gritava Fefe, com os olhos banhados em lágrimas.

Os lobos da mansão de Micky Dolenz e os moradores da mansão de Anastacia Rosely se juntaram ali. Perto do corpo estava outro e de uma mulher morena, traços hispânicos e de olhos enormes azuis. Ela estava morta também, com os braços arrancados e o rosto deformado. Havia ali uma espada média de prata no coração dela.
-- MALDITO BARÃO LAUDA!!!!! – Felicity berrava a todo pulmão, olhando para o céu estrelado. – MATOU MEU MARIDO!!! MATOU O MANUEL!!!! NÃO!!!

Gerd, Johan, o conde, Alice e Oliver saíram do castelo e viram toda a cena. Johan compadeceu-se ali. Nunca vira Felicity sofrer daquele jeito. Peter Tork, o mago, sofria demais ali e chorou pela primeira vez pela morte do amante vampiro.

Ana se aproximou dela e Fefe pediu.

-- Ana, pelo amor de Deus, traga o Manuel de volta! Eu imploro!

Sem pestanejar, Ana ordenou que Paul trouxesse junto com Chris um corpo recém sepultado e depois para Eric Idle e Graham Chapman carregarem o corpo de Manuel e levassem para a casa dela. Chegando lá, Ana pega o livro “Necromicon”, o livro da morte, e ali invocou a entidade.

-- O que deseja, Anastacia? – Perguntou a entidade, na forma masculina.

-- Me ajude a ressuscitar um nofesratu. Ele acabou de morrer. O que devo fazer?

A entidade olha com pena para Ana e responde.

-- Eu sinto muito, Anastacia. Mas não há nada a ser feito.

-- Mas como? Tem que haver.

-- E há. Você foi amaldiçoada e com esse bloqueio, não poderei te ajudar.

-- Felicity? – Indagou. – Devo pedir a ela que retire?

-- Exatamente. – Confirmou a Morte. – Se ela concordar em retirar a maldição de você, aí sim poderei ajudar a reviver o vampiro.

Depois que o espírito some, Ana correu até a varanda encontrando Fefe sendo amparada por Nora e Micky.

-- Felicity, preciso que me ajude. – Ela dizia, olhando para as orbes obsidianas da profetisa. – Deve retirar a maldição de mim. Caso contrário, não vou conseguir reviver seu marido.

-- Amor, faça isso! – Pedia Nora. – Perdoe a Ana. Ela protegeu Alice naquele dia. Retire a maldição.

Antes que Fefe pudesse fazer algo, a mulher fecha os olhos subitamente.

-- Nora, cuidado! – Alertou Holly. – Sua amiga vai ser...

Neste momento, Fefe acorda, com os olhos azuis e encarando cada ser presente ali e se levanta.

-- Você acha que engana todos com sua complacência, cientista? – Fefe falava com uma voz bem diferente, igual de uma meretriz maldosa. – Eu não vou deixar que este corpo retire a maldição, pois você mereceu esse castigo, por trazer a vida para a vampira ali!

Ela apontou para Alice e depois caminhou até a vampira grávida.

-- Ora, meus parabéns! Pena que este filho não é do lenhador trouxa que você enganou e tampouco do lobo que amou no passado. Mas sim daquele homem! --- Direcionando seu olhar para Gerd. – Marido adúltero, diz que ama sua esposa e acabou preferindo se refestelar com a antiga noiva. Mentiroso! Nunca resistiu aos prazeres carnais e sabes que sua antiga noiva quase se suicidou por amor?

Aquilo chocou todos principalmente Gerd, Nez e Palin.

-- E você, vagabunda... – Cuspindo no rosto de Alice. – Se deitava com a garota, a amada do seu senhor. Dizia que era sua alma gêmea, mas destruiu o casamento dela.

Alice chorava demais e neste momento Fefe (na forma da prostituta Betty Blaze), olhava para o conde.

-- Sentias desejo pelo corpo que habito, pela noiva de seu melhor amigo e agora roubas a noiva do pobre rato austríaco que nada tinha haver contigo!

Franz não negava que no passado teve desejos por Felicity, depois por Louise e por fim por Odile.  Agora a mulher caminhou até Johan e o fez se sentar na cadeira. Ela sentou em seu colo, olhando para as orbes azuladas do médico holandês.

-- Sei que sentes desejos por este corpo... Queres possuir ela mais do que sua própria vida. – Pegando a mão do doutor e a deixando no seio de Felicity. -- Tentou várias vezes deitar-se com outras, mas nunca consegui.

-- Não... --- Cruyff tentava negar. A verdade era que ele se deitou com muitas mulheres desde que chegou a Munique, inclusive com suas pacientes femininas e com as esposas de nobres.

Felicity possuída sorria maléfica e ainda lambeu os lábios do holandês e sussurrou no ouvido.

-- Sei que se deitou com a menina de olhos azuis, e agora estás dividido. – Olhando para Alice e depois para o médico, rasgando a camisa dele. -- Mas acho que sabemos quem você prefere, doutor. Deite-se comigo e gere um filho!

-- NÃO! – Gritou Johan, jogando Felicity no chão.

Neste momento Micky Dolenz e Gerd tentaram segurar a mulher.

-- Fefe, fale comigo! Sou eu, Micky! – O lobo conversava com a profetisa, na esperança de salva-lá. 

Holly outra vez sente que a mulher sofrerá outra possessão.

-- SAIAM DE PERTO DELA! OUTRA ALMA MALIGNA VAI SE APOSSAR!

Tarde demais, pois Fefe abriu os olhos e era outra cor. Eram verdes escuros e olhava com fúria para os dois homens e os agarrou pelo pescoço, jogando-os longe.

-- Micky! – Davy, Peter e Mike correram para ajudar o lobo.

Ali mesmo, Renée protegia os filhos de sua prima, Joey e Karin. Esta última, um bebezinho que nasceu poucos dias.

-- NENHUM HOMEM PODERÁ ME VENCER! – Berrou Fefe, agora com a voz grave como um trovão retumbante.

Paul Breitner abraçou Fefe por trás, mas foi derrubado pela profetisa, que adquiriu uma força descomunal. Gerd temeu ali e se lembrou de Bjorn Borg. Praticamente a prima de Louise se tornou tão forte quanto ele.

-- Você! – Apontando para o vampiro alemão. – Eu sei que desonrou tudo. Dizia que amava a moça alta de olhos azuis e cabelo negro, mas na verdade, era a outra. A loira. Por sua causa, ela foi embora, deixando um vazio nos corações de todas as pessoas!

Num toque de mágica, Fefe trouxe duas espadas de esgrima e deu uma para Gerd.

-- Vamos lutar, nosferatu! – Desafiando Gerd. – Quero ver se a vampira loira te ensinou a lutar direito!

Paul também se preparava para lutar, mas antes percebeu meio tarde que foi criado uma espécie de bloqueio que impedia dos outros se aproximarem, quase formando um tipo de arena, onde aqueles que estavam dentro do bloqueio assistissem.

Felicity ficou em posição de combate, em cada mão segurando uma espada de esgrima e depois partiu com tudo atacando os dois adversários de uma só vez. Os movimentos da mulher eram especulares, nem parecia que Fefe é uma profetisa com ar delicado e incapaz de ferir uma mosca. Agora, a mulher era possuída pelo espírito de um assassino chamado Tony Winstone, um espadachim inglês. Rapidamente o caçador acertou de raspão um golpe de espada na mulher, fazendo-a sangrar e depois ela empurrou Paul para longe e ficando cara a cara com Gerd.

Gerd golpeava com a espada, contudo, Felicity se desviava com facilidade e esta atacava mais Gerd, inclusive perfurando o corpo do vampiro de diversas formas. Mesmo sangrando, o vampiro deixou a arma e usou somente as mãos.

-- Então, quer com as mãos nuas? Muito bem! – Fefe com sua voz grave, largou a espada e iniciou uma série de socos, pontapés e chutes.

O vampiro não conseguia seguir os movimentos tão ágeis de Felicity e acabou sofrendo bem mais os ataques da mulher e inclusive foi erguido pela incrível força descomunal dela.

-- Meu deus! – Exclamou Nora, vendo o vampiro sendo jogado no chão com extrema violência. – Como a Fefe fez isso?

-- Sua burra! É claro que não é a Fefe que faz isso! – Respondeu Holly, impaciente. – É o espírito!

-- Ei! Quem é você pra falar assim comigo?

-- Meninas, parem! – Alice ficou no meio delas, impedindo alguma ofensiva. – Parem de brigar e... olhem!

Fefe arrastava Gerd pelo calcanhar e depois desferia chutes e se afastando. O vampiro empurrou Felicity e agora retomou a vantagem. Socando e chutando a profetisa. Ela, no entanto se levantava como se nada tivesse sofrido, apenas um filete de sangue escorreu no canto da boca e sorria.

-- Já acabou, Gerhard?

Num curto espaço de tempo, Fefe aplicou um golpe nas costas do vampiro, deixando fraco e depois o estrangulou com uma chave de pescoço, sufocando o rastreador.  Gerd começa enfraquecer e aos poucos desacordando.

-- Vá para o inferno, nosferatu e peça desculpas para sua amada Louise!

Alice saiu do bloqueio e imobilizou Fefe, jogando-a para uma distância considerável.

-- Pare! – Os olhos de Alice brilharam, deixando a profetisa paralisada.

-- NÃO... ME DEIXE.... MALDITO GERHARD! SERAS AMALDIÇOADO COM FEBRE E DOR POR TODA ETERNIDADE ASSIM QUE ENTRARES PELO CASTELO... – Berrou a mulher desviando o olhar, mas caindo no chão.

Aparentemente Fefe não se mexia. Paul e Uli tentaram ajudá-la e Alice socorria Gerd.

-- Acho que ela não representará ameaça. – Disse Uli a Paul, sem saber que Fefe havia despertado e os olhos dela estavam com cor de mel e esbugalhados.
-- Hehehehehe... – Ela ria dos dois e escapou das mãos deles. – Nunca vão me pegar....

Felicity correu para dentro de casa, sendo seguida pelos outros. Paul e Uli não a acharam. Quando saíram da mansão de Ana, encontraram a profetisa, carregando o amuleto divino do padre, o livro Necromicon de Ana, o anel de noivado de Nora e por fim arrancou a correntinha com anel, que Gerd carregava como lembrança de Alice.

-- Me devolve isso! – Exigiu o vampiro.

-- Manter algo da meretriz de olhos azuis não fará seu amor por ela renascer. – Ria a mulher possuída. – E também nunca mais irá ter sua mulher, a bela loira! Hehehehe

-- Paul! Ela está com o meu amuleto! – Avisou Uli.

-- Ela tirou meu anel do dedo. – Dizia Nora.

-- Um anel do amor, uma proteção de Deus e o livro da morte! – Ela ria demais e corria para todos os lados.

-- DEVOLVA MEU LIVRO, FELICITY! – Ana gritou, mas não assustou a profetisa.

-- Ora ora doutora, não sabia que tevês de deitar com a própria morte para conseguir tais dons... – Em seguida olhando para Nora. --Já você, menina dos gatos, todos sabem que não tem a bondade em seu peito e sim a rancor, medo e a morte ao seu lado e quando perdeis a profetisa, libertarás aquilo que guarda em seu peito.

Nora tentava disfarçar e Sepp a consolava. Todos estavam em pânico por conta do perigo que Fefe representava ao estar sob a possessão diabólica.

-- E você, padre de araque! – Apontando para Uli, com o sorriso maléfico. -- O pecador, boêmio, só porque juras que Deus apareceu pra você não significa que é um de seu rebanho. Aquela que se deitou com as trevas e com os lobos está para surgir em sua vida, mostrará os pecados da carne novamente e Deus não terá piedade de você! Sua alma queimará no inferno!

Novamente a profetisa corre para fora da casa e olhando para os objetos, não lhe representou nada.

-- São coisas tão fúteis que vocês guardam... Por que não guardam os poderes de governar os mares?  Por que vocês todos não guardam tesouros, não guardam mais preciosidades? A família de ingleses, os Townshends, desejam mais que tudo dominar o mar e guardar seu tesouro ali!

Neste momento Holly concentrava seu poder, surpreendendo Nora.

-- Está na hora de fazer essa profetisa falastrona se aquietar! – E erguendo a mão direta, direcionou seu poder. – Revolução Estelar!

Feixes de luzes, semelhantes a meteoros menores atingiram Felicity  e se formou em torno dela, atacando a mulher, que por fim caiu ao chão. Franz e Sepp carregaram Fefe para a floresta, junto com Nora, Lyanna e Holly. O padre e o caçador também foram.

-- Temos de exorcizar essa mulher! – Disse Uli, pegando o terço de madeira.

-- Exorcismo não vai adiantar. – Avisou Lyanna e depois olhando para Nora. – Faça sua parte. Salve sua amiga.

Nora cantava uma música escocesa muito conhecida, como forma de acalmar Felicity, que se encontrava um pouco agitada.

Sing me a song of a lass that is gone
Say could that lass be I?
Merry of soul she sailed on a day
Over the sea to skye

Enquanto cantava, uma aura energética envolveu Felicity e Nora extirpava os três espíritos do corpo de sua amiga e os selava dentro de seu próprio corpo. Porém um deles, o da prostituta chamada Betty não conseguiu. Simplesmente escapou e foi-se para a montanha amaldiçoada. Holly observava tudo e percebeu o poder imenso de Nora, porém não o bastante para selar o terceiro espírito maligno, correndo risco de voltar a atormentar.

-- Mesmo com esse poder, ela mal consegue controlar... – Comentou Holly, sem expressão para Lyanna.

-- Você subestima demais a Nora, alquimista. – Respondeu a velha. – Se continuar assim, quem vai desaparecer será você.

-- E você devia se calar, velha! Deve se preocupar com sua amada netinha. Será mesmo que ela vai agüentar com duas almas ali dentro do corpo? E quem garante dela se controlar e não acabar matando alguém? Ela é uma ameaça para Felicity e para o Sepp.

-- Não! – Gritou Nora. -- Não posso mais selar almas dentro de mim! A deusa já nasceu comigo, alquimista invejosa!A necromante foi aprisionada porque salvei minha amiga da morte na infância!

-- Meça suas palavras, bruxa! Você mal consegue controlar, ao contrário de mim. Tenho isso em mim e, além disso, você se tornou uma ameaça para sua amiga e seu amado!

Holly olhou para Fefe, que dormia nos braços de Sepp e depois continuou a falar.

-- Dá próxima vez que nos encontrarmos, farei você desaparecer... Melhor: vou mandá-la para outra dimensão!

A alquimista desapareceu com uma aura cósmica, deixando Nora e Lyanna indignadas.

-- Alquimista convencida... Ao menos senti que ela temeu mesmo seu poder. Agora descanse com seu gato ruivo.

-- Eu tenho medo, vovó! – Nora temia perder Fefe e Sepp em outros momentos. – Quando Fefe acordar e ver que Manuel.... está morto... ela vai se deprimir demais.

E foi realmente isso. No outro dia, Felicity acordou. Nora, Ana e todos contaram para ela os fatos e principalmente da morte do marido. A cientista não conseguiu reviver o nosferatu e a noite Manuel foi queimado.  Felicity retornou para a fazenda, cuidando da bebê e do seu filho, chorando pela morte do pai. Ao mesmo tempo ela se entregava a depressão. Outra pessoa que sofria junto era Peter. Ele voltou para a mansão, chorando e se trancando no quarto, sozinho. Nem mesmo Erin conseguia aliviar a tristeza de seu marido e entendia perfeitamente o quanto o vampiro alemão se tornou o grande amor da vida dele.

Enquanto isso na Itália, Marie caminhava com seu marido Pirlo até uma colina onde dava para ver a lua cheia em seu esplendor.

-- O que quer me contar, mon amour?

-- Existe um segredo no qual não compartilhei com você, La mia esistenza! – Ele confessou enquanto retirava o casaco e as botas. – Marie, eu sou... um lobisomem!

A francesa arregalou os olhos e ficara sem ação diante disso. Pirlo entendeu bem isso e então prosseguiu com o resto. Diante dela, ele se transformou num lobo de pelagem castanho claro e olhos negros. Marie quase gritou, contudo, o lobo se aproximou dela e lambeu suas mãos, indicando carinho. Ela se acalmou e minutos depois Pirlo retorna a forma humana.

-- Não me importa se você é um lobo... – Ela disse, abraçando o amado. – Eu te amo mesmo assim. Mon amour!

Eles se amaram ali mesmo na colina sob o luar.

Dias depois ela percebeu os sinais e acabou anunciando para o marido e a sogra.

-- Sim! – Abraçando Pirlo. – Nosso primeiro filho, mon amour!

-- La mia esistenza, esta é a melhor notícia que poderia me dar! – Pirlo beijava a esposa e Theresa exclamava de alegria por saber que será avó.

Pete Townshend chegara a Munique naquela madrugada e caminhou até um rio da floresta. Ele abriu o livro e começou a proferir palavras em latim e a água borbulhava e aos poucos se via alguns tentáculos emergindo.

-- Finalmente, tenho você... – Ele disse, exultante.

A personificação do mal vai despertar...

Vários dias se passaram e naquela manhã Felicity recebeu a visita de Emma Carlisle. A loba sabia o quanto era amada por Micky até hoje e devido aos últimos acontecimentos, se ofereceu para cuidar de Karin. A profetisa não negou isso e entregou a bebezinha nos braços da loba.

-- Eu vou voltar, meu docinho. – Disse Fefe, beijando a testa da menina. – Se é vou voltar.

-- Vai voltar, Felicity! – Disse Emma, esperançosa. – Por favor, não sofra mais.

Quando Emma foi embora, ela retornou para dentro da fazenda, sentada na cadeira de balanço, chorando.

Nora se preparava para sair e avisou a avó.

-- Irei visitar a Felicity!

-- Cuide dela, Nora. – Lembrou Lyanna. – Ela precisa muito de você.

Caminhou por vários minutos até chegar a fazenda e ao abrir a porta ouviu o choro dela. Se aproximou e seu coração desmanchou. Nora viu Felicity chorando e a aparência dela parecia ter envelhecido um pouco e o cabelo, antes negro como a noite, ganhou tons grisalhos. Ela ajoelhou diante dela e pousou a cabeça no seu colo.

-- Por favor, não chore, Felicity. Isso me machuca demais.

-- Acabou, Nora. – Dizia Fefe. – Eu perdi tudo. Meus pais, meu irmão Bran, Manuel... O que me resta são meus filhos, minha continuação e do Manu.

-- Você sempre terá a mim. Jamais te abandonarei.

-- Mas você vai partir com Sepp. – Ela saiu da cadeira e olhou para janela. – Eu vou viver sozinha...

-- Escuta Fefe, por mais que eu esteja casada com Sepp e o ame mais do que tudo, você é a minha razão de viver e existir. – Ela levantou o rosto da amiga com a mão suavemente. -- Desde que nasci estou aqui para proteger e cuidar de você. Nossos destinos foram traçados muito antes de sermos concebidas, nós pertencemos mais do que o sol pertence à lua, minha alma é uma extensão da sua alma.

A declaração pegou Felicity de surpresa. Nunca ouvira algo assim antes pelos rapazes que a cortejaram e vindo de Nora, ela realmente gostou. E ali mesmo o amor delas começava.

-- Eu nunca vou te abandonar. – Disse a bruxinha, entrelaçando sua mão na de Felicity, tornando um encaixe perfeito.

Depois ela puxou Fefe para um beijo cálido e inocente. Ainda chorando e se separando da boca macia da escocesa, Felicity fala.

-- Não me abandone jamais, Nora. Seja minha garota para sempre.

A mais velha se sentou na cadeira de balanço e trouxe a menor para perto dela, fazendo-a sentar em seu colo e trocando mais beijos, muito mais quentes e ousados.

-- Fefe... – Nora ofegava um pouco. – É a minha primeira vez com uma garota,

-- É a minha também... – Respondeu Felicity, retirando os sapatos e por fim a roupa íntima.  – Me ame, meu amor.

Nora não negou isso e saiu do colo dela, ajoelhou diante da mulher e subiu a saia. Ela mergulhou ali entre as pernas de Felicity e iniciou um gostoso sexo oral, fazendo a profetisa gemer alto.

-- Nora! Ahh... pare!

-- O que foi, meu amor? Eu te machuquei?

-- Não... é que...—Fefe se envergonhou mas continuou a dizer. – Melhor continuar na cama.

E elas fizeram. Ambas ficaram nuas e contemplando o corpo da outra.

-- Nora... seu corpo é lindo, maravilhoso. – Elogiou Fefe.

-- Obrigada... – Ela sorriu e retribuía. – Você tem seios maravilhosos...

Entre palavras de amor, se entregaram ao mais profundo dos prazeres. Desfrutaram da companhia uma da outra. Se amaram romanticamente e quando terminaram o ato físico, Nora deitou a cabeça no peito da amiga.

-- A partir de agora eu vou te proteger minha amiga.

Conversaram sobre muitas coisas, incluindo o casamento da amiga com Sepp e o reencontro nada agradável com Holly, no qual resultou numa luta onde nenhum dos lados ganhou. Por fim Nora indagou à amiga.

-- Você conseguiu retirar a maldição de Ana?

-- Não consegui naquele dia. – Ela justificou. – O espírito me impediu. Ela não vai me perdoar depois do que fiz e nem Alice.

-- Amor, eu conversei com Ana. Ela está disposta a perdoar você e sabe que estava assustada com tudo. E Alice entende perfeitamente.

-- Sendo assim... Tudo bem. – Decidiu Felicity. – Esta noite eu vou retirar a maldição na Ana e no Gerd. Mas dele... vai ser um pouco difícil. E precisarei de sua ajuda.

-- Estarei sempre ao seu lado, minha tigresa.

Elas continuaram se amando desta vez com mais agressividade e paixão. E graças a isso, Felicity recuperou a juventude perdida. Quando anoiteceu, Nora amou seu marido, com muito mais paixão. Antes de sair de casa, Felicity sofre uma visão. Era de sua prima Louise. Na mente da vampirinha, não existia nada. Apenas um vazio e ao lado desta, um homem alto e loiro, afastando-a de tudo...

Chegando a casa de Ana, ela encontra o filho, brincando com um dos Pythons.

-- Mamãe! – O pequeno abraçava a mãe. – Como você está?

-- Um pouco melhor, meu menino.

Ela deu carinho e atenção para o pequeno vampiro e notou mesmo o quanto ele se parece bastante com Manuel. Neste momento, Alice aparece, carregando um cesto contendo ervas e avistou Fefe.

-- Felicity... – Alice temia que outra vez a profetisa a atacasse, independendo se estava possuída ou não.

-- Antes que diga algo, quero pedir perdão... por tudo que causei e disse a seu respeito... E principalmente por bater em você. – Fefe abraçou Alice por breves momentos e depois se separou.

-- Talvez... Eu merecesse... – Dizia Alice, em tom de lamento. – Eu não queria de modo algum arruinar Louise. Eu... não resisti.

-- Somos alvos do pecado, Alice. Eu mesma cometi um enquanto meu marido era vivo. Beijei o doutor Cruyff e não nego que realmente gostei e senti... desejos proibidos por ele. E sei também que se deitou com ele.

Alice notou uma parcela de ciúme na voz de Felicity e suspeitou que a profetisa esteja amando aos poucos o médico holandês.

-- Eu aceito seu perdão, Felicity. – Respondeu Alice, sorrindo. – Se me permite, tenho de cuidar do Gerd e da minha filha.

A galesa de olhos castanhos também sabia disso. E naquela noite ela iria resolver tudo. Neste momento Anastacia desce as escadas e encontra a amiga de Nora.

-- Felicity! – Abraçando a mulher.

-- Eu preciso falar com você.

Elas subiram para o quarto e Fefe trancou a porta.

-- Eu quero... pedir perdão. – Neste momento ela chora. – Por agredir você seja de forma física ou verbal. E por amaldiçoá-la. Naquele dia... eu ia retirar mas não consegui! Agora... Vou me redimir desta maneira...

Felicity puxou Anastacia para perto de si e a beijou longamente e de modo tão profundo e intenso, provocando um prazer inimaginável na cientista. Quando pararam, Felicity, com os lábios molhados, se recuperava.

-- Está livre da maldição. Agora devo me retirar...

-- Espere! – Ela prensou a profetisa na parede.  – Seria pedir demais... um outro beijo seu?

Fefe não negou isso e ganhou muito mais...

Na cidade de Frankfurt, James Hunt chegava de mais um de seus passeios noturnos. Ele subiu as escadas, foi se até o quarto do filho, Freddie, seu filhinho recém nascido e deu um pouco de carinho sem acordar a criança. Depois de deixar o bebê no berço, ele entrou para o seu quarto, encontrando sua esposa, olhando para a janela, suspirando.

-- O que a aflige, minha adorada “Suzie”?– Ele abraçava a esposa por trás.

 -- Ainda não entendo, meu marido. – Responde a mulher, no qual é chamada de Suzie, mas na verdade é Louise McGold. – Por que ainda me lembro do homem que parece um urso? Parece que vive na minha mente.

-- Não se preocupe, Suzie. Esse homem... – Hunt não conseguia esconder o ódio extremo por Gerd. – Ele foi seu algoz. Manteve você como prisioneira, a transformou em vampira e ainda fez de você a escrava dele e da esposa.

Hunt enganou muito bem Louise e ainda assegurou que sua “Suzie” não vai mais se lembrar do marido adúltero.


FIM DA TEMPORADA 1


CENAS DA NOVA TEMPORADA (Ao som de Moonage Daydream – David Bowie)

Conde Benítez: Temos de cumprir com nossa missão. (Cena de Felicity sendo atacada por Casillas e sendo salva por um lobo enorme)

****

Hunt: Ela nunca será sua, Sr. Müller!  (Cenas de Gerd sendo açoitado) Louise é agora minha esposa!

****

Gerd: Me escolha, ursinha! (Gerd puxando o braço de Louise e esta não reagindo)

Louise: Eu não quero ficar com você, eu não escolhi você e não amo você mais!

****


Davy: VOCÊ NOS TRAIU!

Verratti: Sim, mas com propósito e muito em breve (cenas rápidas dos personagens e vários momentos) Vocês serão massacrados!



Continua...

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