Tenham uma boa noite e fiquem agora com a parte 10 da oneshot e encerrando a primeira temporada dela. Aguardem que a segunda temporada virá! Boa leitura e por favor, deixem seu feedback sobre minha oneshot que virou uma saga.
Parte 10
(Dias após
a batalha contra Nadine e Oliver...)
O ano está quase terminando e aparentemente sem
sinal de ataques. A Ilha dos Lobisomens vivia em plena harmonia. E todas as
criaturas também. O casal Neuer aguardava a chegada do seu segundo filho e
segundo Felicity, desta vez será uma menina. Certa vez Louise visitou seu amigo
Davy na Ilha e levou o sobrinho Joey para conhecer as outras crianças. As
gêmeas Cecília e Rebecca praticamente se encantaram com o menino loiro de olhos
bicolores. Minutos depois os pais das meninas perceberam que as gêmeas andavam meio
desunidas, pareciam disputar atenção do garoto vampiro. Joey tentava brincar
com as duas, embora sua atenção se prendia na gêmea Cece.
Se passaram mais dias após a batalha onde Davy
Jones foi seqüestrado. Neste período Louise andou reparando que Gerd chegava
tarde das caçadas e sempre se distanciava. Ela tentava ler a mente dele, mas
era impossível. Gerd se mostrava impassível e se esquivava ou por vezes mudava
o rumo de seus pensamentos.
Um dia resolveu visitar a casa de Anastacia
Rosely e lá encontrou Michael Palin, o lenhador que Ana ressuscitou e marido de
Alice. Palin estava sem camisa, revelando o torso nu e molhado de suor por
conta do esforço em cortar os troncos.
Por breves momentos ela teve pensamentos impuros em relação com o
lenhador. Tratou de afastar aquilo e pensar no marido.
-- Mr. Palin... – Chamou Louise, sorrindo.
-- Ah, frau Müller. – Palin parou de cortar a
lenha ao ver a bela Louise.
Ele correu até a bacia de água e se banhou um
pouco, pra afastar o cheiro de suor e vestiu a camisa.
-- Como você está, Mr. Palin?
-- Estou bem, frau Müller. – O lenhador estava
nervoso e ao mesmo tempo feliz e isso Louise percebeu em seus olhos
esverdeados. – Olha, a Alice foi passear e ainda não voltou. Quer dar uma
volta?
-- Eu aceito! – Dando seu braço para Palin e
seguindo caminhando na trilha. – E, por favor, pode me chamar de Louise ou de
Lulu.
-- Está bem, Louise. – Sorria o lenhador.
Os dois conversaram sobre muitas coisas e suas
vidas. Palin conta que antes de ser ressuscitado, ele foi membro de uma seita
chamada A Ordem, para caçadores de vampiros, pois desde seu noivado com Alice e
soube que ela desapareceu, ele se dedicou em matar os nosferatus em busca da
amada.
-- Falando em Alice, andei reparando que ela sai
todos os dias e demora. Ela diz que está recuperando o gosto da caçada. – Disse
Palin, desconfiado.
Louise também compartilhava disso porque Gerd
estava na mesma situação. Numa parte do caminho, os dois avistaram uma casa
abandonada e correram até lá.
-- O que pretende? – Perguntou Palin, rindo do
possível plano de Louise.
-- Só vamos ver os mortais se amando. – Disse a
vampirinha, ouvindo os gemidos e ansiosa. – E daremos um susto neles!
-- Mas o que devemos fazer?
-- Acho que devemos
gritar algo e eu mostro meus dentes a ele! – Disse ao deixar seus caninos
prontos.
-- E aí vemos eles correndo seminus pela
floresta? – Palin segurava o riso e acompanhava a vampira.
À medida que os dois se aproximavam, os gemidos
ficavam mais audíveis e se aproximaram da porta.
-- Pronta? – Perguntou o lenhador com a mão da
maçaneta.
-- Sim! – Em sua forma vampira.
De súbito os dois entraram e se horrorizaram com
que viram. Na verdade se decepcionaram em dobro. O casal não era de mortais e sim vampiros
e justamente Gerd Müller e Alice Stone, nus e deitados na cama.
-- Palin! Eu... – Alice tentou falar, mas devido
ao medo não conseguiu e ainda avistou sua amada pequena ali, com lágrimas nos
olhos. – Louise...
-- Eu não vou dizer
nada sobre isso, mas posso confirmar, acabou nosso casamento Alice! – Disse o
lenhador, sério e calmo.
-- Por que você quer me tirar tudo o que
tenho?! – Berrou Louise, chorando. – Eu pensei que fosse minha alma gêmea!
-- Ursinha... – Gerd se vestia, mas Louise se
enfureceu. – Precisamos conversar...
-- Cala a boca! – Mandou calmamente a vampira. –
Eu... vou embora!
Ela virou morcego e saiu voando e Gerd correu
atrás dela, deixando Palin e Alice sozinhos.
-- Michael... me perdoa... – Implorava Alice, já
vestida.
-- Desde quando está com ele? – Perguntou Palin,
calmo e escorrendo as lágrimas.
-- Michael, eu não pude evitar...
-- EU QUERO SABER DESDE QUANDO ESTÁ COM ELE? –
Berrou o lenhador.
-- Faz pouco tempo que voltamos a ficar juntos...
– Ela chorava e tentava abraçar o lenhador e este a negava. – Eu não pude
evitar.
-- A partir de
agora, você volta a ser noiva dele! – Ordenou Michael, já se preparando para
sair.
-- Eu não posso...ele pertence a Louise e eu
pertenço a você! – Disse Alice.
-- VOCÊ NUNCA ME PERTENCEU, ALICE!
Palin foi embora e Alice chorou, ajoelhada no
chão, por arruinar o casamento de sua amada Louise e perder o marido.
Louise chegou ao castelo, ainda chorou e subiu
as escadas, ignorando Odile e Franz que estavam aos beijos no salão.
-- O que houve com ela? – Indagou Odile,
preocupada com a amiga.
-- Eu não sei... – Franz temia que fosse alguma
ameaça, mas viu Gerd também entrando no hall e subindo as escadas. – Mas vou
descobrir.
O conde subiu as escadas e viu Gerd batendo
insistente na porta do quarto e finalmente entrar. Depois se ouve uma sucessão
de gritos e barulho de madeira se quebrando.
No quarto Louise chorava e soluçava na cama,
sufocando seus gritos no travesseiro e Gerd estava se aproximar e falar com a
amada.
-- LOUISE, OLHA PRA MIM! – Gritou o vampiro,
puxando a garota pelo braço.
-- Saia do meu
quarto, seu canalha! Eu te odeio! Eu odeio você mais do que tudo! – Ordenou a
vampira e se livrando da mão forte de Gerd. -- Você quer a Alice? Ótimo! Fique
com ela!!!! Eu não quero você mais na minha vida!
-- Louise... – Gerd outra vez tenta agradar a
garota, alisando os braços. – Me perdoe... Ursinha...
Mais enfurecida, Louise agarrou o pescoço do
vampiro sem se importar se era menor que ele, apenas sua força lhe contava. O
rosto dela estava bem diferente do angelical que estava acostumado, era mais
assustador, demoníaco. Os olhos mais rubros, a pupila bem dilatada e os caninos
mais pontudos.
-- Estou me segurando para não te matar aqui
mesmo! – Falou Louise, com uma voz que parecia de um monstro.
Louise arremessou Gerd fortemente na janela,
fazendo-o cair no jardim e causando impacto.
Ele se levanta cheio de dores no pescoço e viu a
vampira gritar.
-- Saia daqui, antes
que eu mude de idéia e mate você e sua puta!
Gerd pensou em voltar e tentar de novo, porém,
lembrou dos olhos de fúria de Louise e resolveu voltar para a cabana onde
estava com Alice. Encontrou a vampira alta, chorando na cama.
-- Somos dois monstros... – Ela falou sem olhar
para ele. – Não deveríamos ter ficado juntos.
-- Nós não temos uma máquina do tempo que
evitasse que você se tornasse minha noiva. – Disse Gerd, abraçando Alice.
-- Você nunca amou! – Exclamou a vampira.
-- Como você pode dizer uma coisa dessas?! Eu
nunca esqueci você.
-- Você falava o nome dela quando nos amávamos!
Quando fui morta você nem fez questão de me procurar. – Ela chorava no peito
dele. -- Que tipo de amante você é?!
-- Do tipo que guarda isso! – Ele mostra uma
correntinha que carregava no peito contendo um anel. -- Nunca deixei de pensar em você, Mein
Himmel amo você e amo minha ursinha mais do que tudo, vocês são minhas
pequenas, os amores da minha vida. Eu não vivo sem vocês.
Ainda sob as lágrimas da tristeza, acabaram
fazendo amor. Alice adormeceu no peito de Gerd e este pensava em Louise e
sentiu aquela dor no coração. Ele olhou para a palma da mão direita e viu ali a
marca que ele e Lulu deixaram naquela noite onde fizeram seu enlace matrimonial
no rio dos amantes sob o luar.
Neste momento, diante da lua, faço este juramento.
Pertencerás a mim e a mais ninguém. Serei tua vida, tua existência, tua razão
de viver e viverás por mim. Não seremos dois, mas um e único...
-- Ursinha... – Ele chorou e fechou os olhos,
deixando uma lágrima escorrer em seu rosto.
Louise não dormiu nem no período matutino e
vespertino. Ela se encontrava em estado de catatonia emocional. Quando
anoiteceu, ela saiu da cama, bebeu um pouco de vinho e pegou a mala. Abriu o
armário e dali pegou poucas roupas e uns pertences, como o chicote prateado,
seu espólio de guerra que ganhou na luta contra Nadine Angerer. Na gaveta, ela
pegou a caixa de jóias e encontrou ali uma caixinha preta e ali estava um
colar. O mesmo que ela ganhou de Gerd quando Alice desapareceu e ainda estava
ali a fotografia dele, quando ele era humano.
Ela deixou a caixa, a foto e retirou do dedo a
aliança e por fim escreveu num pergaminho com uma pena banhada na tinta.
Gerd
Se estiver lendo essa carta, é porque não estou mais no
castelo. Não adiantará me procurar pelos cantos ou na Ilha ou na casa de
Anastacia. Eu não estarei nem na cidade. Agora só peço: esqueça minha
existência. Esqueça tudo que vivemos. Esqueça tudo que sabe sobre mim. Volte
para Alice e a traga de volta para o castelo. Sejam felizes. O lenhador não se
importará, mas não faça ele de trouxa. Ele não merece isso. Agora me despeço.
Sentirei falta de todos. Do conde, da Odile, do Sepp, do doutor Cruyff, Oliver,
Felicity, Manuel, Davy, os caça vampiros... Menos de você!
Ela deixou a carta na cama arrumada e fechando a
mala, ela sai do castelo, mas é barrada por Oliver Kahn, o novo rastreador do
conde.
-- Frau Müller! – Ele a abordou. – Para onde vai?
-- Eu não sou a frau Müller. – Disse Lulu. – Me
chame de Louise ou fraulein McGold. Não sou mais casada com Gerhard. E se o
conde, Odile ou Sepp perguntar de mim, diga que sai da cidade.
-- E se Gerd perguntar? O que digo?
-- Não diga nada ou invente algo! -- Respondeu e em seguida indo embora.
Louise cruzou na Ilha dos Lobisomens, na mansão
onde vive seu amigo Davy. Ele abre a porta e encontrou a amiga, em meio às
lágrimas.
-- Louise, o que aconteceu?
-- Davy! – Ela largou a mala e abraçou o amigo,
chorando. – Você tinha razão sobre Gerd! Ele não presta!
Neste momento Dianna Mackenzie desceu as escadas
e encontrou sua amiga chorando nos braços de Davy.
Ela bebeu um pouco de sangue de animais sem se
importar e começou a desabafar com os dois vampiros, contando toda a verdade
sobre sua relação com Gerd, como tudo começou e inclusive falou sobre as duas
noites brutais onde foi estuprada por ele. Davy ouvia tudo atentamente e se
enfureceu. Queria matar aquele vampiro, mas Louise pediu para não fazer nada.
-- E para onde vai? – Indagou Davy. – Vem viver
conosco! Tem espaço para todos.
-- É, Louise! – Insistiu Dianna, pegando a mão
macia da amiga. – Fica, por mim e Davy.
-- Eu adoraria muito, Dianna. – Ela recusou. –
Mas não posso. Gerd iria me levar à arrastada.
-- Que venha! Vai ser apenas suicídio! – Davy
estava determinado em matar o vampiro alemão caso ele tentar algo contra Lulu.
-- Eu vou embora! – Se despediu dos dois. –
Adeus, Davy, meu amigo! Adeus, Dianna!
Quando ela saiu da mansão, Dianna correu até
amiga e abraçou.
-- Eu queria poder ajudar a cuidar de você...
-- Não precisa, amada. – Afagando o rosto de
Dianna e depositando um beijo na boca, muito envolvente e apaixonado. – Você
tem o Davy que vale por dois. E suas filhas. Se eu ficar, vou sofrer. Adeus,
amadinha!
Ela voou para a longe e Dianna chorou.
-- Adeus, Louise! Eu... te amo!
Ela cruzou por fim na mansão de Anastacia e
encontrou Palin, regando as plantas.
-- Mr. Palin... – Chamou Louise.
-- Louise! – Ele sorriu e abraçou a garota. – Eu
sinto muito.
-- Tudo bem... Eu terminei tudo com Gerd. – Ela
exibia um sorriso amarelo. – Agora estou livre como um pássaro. E vou embora.
-- Espere! – Ele pegou um girassol e deu para
ela. – Quando você disse que adora girassóis, comecei a plantar aqui. Eles
lembram seu cabelo dourado como o sol.
Louise pegou a flor e se emocionou.
-- Obrigada, Mr. Palin.
Antes que Louise dar um passo, o lenhador agarrou
o braço da vampira e a puxou para um beijo, morno e calmo.
-- Eu... te amo. – Disse o lenhador, tocando a
boca macia de Louise.
Ela desapareceu como fumaça, deixando um lenhador
em lágrimas...
Felicity e Manuel conversavam na cama. Fazia
poucos minutos que se amaram quando ouviram batidas na porta. Manuel vestiu
rápido a camisa e Fefe um robe.
-- Calma, é a Louise! – Disse a profetisa.
Ele abre a porta e vê a prima da esposa,
chorando.
-- Felicity... – Ela abraça a prima.
-- Eu sei, prima! – Felicity afagou o cabelo
louro da prima. – Eu previ isso. Aquele vampiro não merece suas lágrimas e nem
Alice!
-- Vim para me despedir.
-- Mas pra quê? Vem morar comigo, com Manu e o
Joey. – Sugeriu Felicity. – E daqui uns meses vou dar a luz.
-- Você tem a Nora, que é sua amiga. – Respondeu.
-- Se o doutor Cruyff estivesse vivo... –
Comentou Fefe, deixando Manuel um pouco nervoso.
-- Mas ele está vivo, como um nosferatu e vive no
castelo. O conde o trouxe de volta!
-- Ah que bom!
-- Fefe, eu vou para Frankfurt. Se me perguntarem
onde estou...
-- Não direi nada e nem o Manuel! – Garantiu a
profetisa. – E se Gerd tentar algo contra isso, ele vai cometer o pior erro...
Após as despedidas, Louise virou uma morcega e
voou para longe.
Na casa de Anastacia, os caça vampiros estavam
tristes em relação à Palin e também por Louise. Na verdade eles se acostumaram
com a presença da vampirinha e inclusive a perdoaram por ela ter matado todos
eles.
-- Pobre Louise... – Lamentou Eric Idle, tirando
uma pétala de margarida. – Ela foi embora e nunca mais a veremos.
-- Vou sentir muita falta dela... – Comentou
Graham Chapman.
-- Todos nós vamos sentir falta dela. – Completou
Terry Gilliam.
Alice chorava no quarto e ouviu a conversa toda
entre o ex-marido e sua alma gêmea. Neste momento, Ana entra no quarto e a vê
chorando.
-- O que houve?
-- Você não deveria
ter me trazido de volta à vida. – Disse a vampira, ainda chorando.
-- Todos nós somos passíveis a cometer erros, somos
humanos e isso é normal. Mas Alice,você foi minha obra prima, você é meu
orgulho você é a única coisa que quero proteger e ajudar, não sou sua mestra,
sou sua amiga e o que você precisar eu estarei aqui. – Ana abraçou a vampira e
elas seguiram para a sala de estar.
Os caça vampiros se calaram quando viram a
criatura e sua mestra ali. Ana se retirou por breves momentos, deixando Alice
sozinha.
-- Eu sei que me odeiam... Por favor... eu peço
que...
-- O que? Perdão? – Indagou Eric Idle. -- És
uma meretriz sem coração!
-- Por sua culpa, Louise foi embora e nunca
mais vai voltar. – Esbravejou Terry Jones. -- Você não mereceu o que Palin fez
por você!
-- A mestra devia matá-la por traição! –
Exclamava John Cleese.
-- Ninguém gosta de meretrizes! – Terry Gilliam
que estava calado, resolveu gritar.
-- Pessoal, chega! – Defendeu Chapman. – Ela já
ouviu o bastante.
Antes que pudessem dizer, neste momento entra
Felicity.
-- Frau Neuer! – Todos exclamaram com a
presença da profetisa.
Ana e Nora viram Fefe esbofetear várias vezes
Alice e nenhum dos caça vampiros impedindo. Na verdade eles queriam ver a
vampira sofrer alguma maldição.
-- Isto é o que acontece com que destrói
casamentos como você, vadia, meretriz imunda! – Chutou Felicity na cabeça de
Alice.
Ana se intrometeu na frente dela.
-- Não irás encostar um dedo nela!
-- Vai proteger esta puta que destrói lares?
-- Protegerei quem estiver nesta casa! – Disse
Ana, amparando Alice.
Fefe não poupou esforços e acertou mais dois
tapas em Ana, fazendo-a cair no chão.
-- Espero que esteja satisfeita com sua
decisão, cientista, pois a partir de agora, não irá mais trazer os mortos de
volta a vida e tudo que tocar, vai se quebrar!
Ao sair da casa, a maldição de Fefe começou
quando Ana tocou Gilliam, a perna dele se quebra e seus amigos o socorrem.
Insatisfeita, Nora corre atrás da amiga.
-- Por que quer proteger aquela mimadinha?! Que
tanto queria seu mal?! – Berrava Nora, indignada.
-- Olha como fala da Louise!
-- Olha como eu falo?Ela te humilhava, ela
queria que você morresse!
A discussão entre as duas chegou a um ponto que
até mesmo Lyanna tentou intervir.
-- CHEGA! – Gritou Felicity, sentindo aos
poucos a mesma aura negra que atormentou um ano atrás. – SE CONTINUAR, EU VOU
AMALDIÇOÁ-LA, NORA!
-- Se fizer isso, vai voltar mil vezes pior! –
Avisou à feiticeira.
Segundos depois Nora percebeu que Felicity
estava diferente e de repente nuvens encobriam a lua e a profetisa abriu os
olhos, mais negros. Ali mesmo a feiticeira soube. A possessão diabólica voltou.
-- NORA, SE AFASTE LOGO DE FELICITY!
Antes que a escocesa fizesse algo, a galesa
maior agarrou a menina pelo pescoço, estrangulando a bruxinha.
-- VAMOS,
BRUXA! DIGA OUTRA VEZ QUE A MALDIÇÃO VAI VOLTAR CONTRA MIM! – Dizia Fefe,
sob a voz demoníaca.
Lyanna lançou um feitiço contra Fefe, mas foi
rebatido contra a velha, derrubando-a no chão. Ana gritou, fazendo com que Paul
e Uli agissem logo. O caçador agarrou Felicity, algo impossível, mesmo sendo
uma mulher, Paul não conseguia medir forças com ela. Manuel, o marido vampiro,
ajudou o caçador.
-- Padre! Faça logo a oração! – Berrou o vampiro!
Uli colocou um crucifixo de prata pequeno na
testa da mulher e começou a orar em latim.
-- In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti! Quaeso
eiecisset daemonium! Nisi hic digna factis recipimus hic adulescens nihil
nefas! Ne longe fias a me, Domine! (Peço que expulse o demônio! Salve esta jovem que não merece essa
maldição! Não me abandone agora, Senhor!)
Felicity emitiu um grito tão alto que todo
vilarejo ouviu, inclusive a Ilha dos Lobisomens inteira. Micky Dolenz sentiu um
aperto no peito e ouviu o grito desesperado da profetisa.
Ela desmaiou, sendo amparada por Manuel e levada
para a fazenda. Nora, que sofreu o estrangulamento, foi socorrida pela avó e
chorava.
-- Ela é capaz mesmo... de matar. – Lamentou Nora
pela amiga. – Mesmo eu sendo... amiga dela...
-- Querida, deve perdoar Felicity. – Dizia
Lyanna. – Não
era ela, Nora,era o espírito! Sua amiga não poderia fazer mal nenhum a você e
ela te ama mais do que tudo. Ela nasceu carregando esse fardo da
maldição, sofreu também dos maus tratos do pai, com a morte da mãe e do irmão
mais novo. Embora sendo delicada e sempre vendo bondade nas pessoas, ela
acreditou que a prima mudasse e mudou mesmo. Eu não a culpo por ter defendido
Louise e nem nada. E a possessão maligna dela é algo perigoso, ainda mais ela
que está esperando outro filho.
Depois disso, Lyanna repara que Nora estava um
pouco diferente. Ela parecia se preocupar com tudo ao seu redor, ao contrário
que antes preferia brincar com seus gatos e também ela ganhava mais formas
femininas. Decidiu manter isso.
Três dias
depois, no castelo, Franz comentava com Sepp, Oliver e Johan sobre o grito de
Felicity.
-- Onde está Louise? – Perguntou o conde. – E
Gerd?
-- Senhor, ela... foi embora. – Respondeu Oliver.
-- Mas como?
Neste momento Gerd surge, carregando a carta de
Louise e mostrando para Franz. Ele olha para o amigo, indignado.
-- Vamos conversar no escritório!
Ao entrar no local, Gerd desabafou com o conde,
sobre sua traição, as noites com Alice e o fato de Louise e o lenhador terem
descoberto tudo. Franz mordia o punho
para não exclamar alguma palavra ou frase de baixo calão, evitando que os
outros, principalmente Odile, de ouvir.
-- Seu canalha! – Esbravejou Franz. – Sabe que
odeio indecisões! Terá que se decidir entre as duas. Mas vou logo avisando:
estou autorizando que Alice fique aqui no castelo e que você cuide dela e do
bebê que ela espera. Mas não irá ver Louise nunca mais! Mesmo que você sinta
algo por ela e por ventura, o corresponde, nunca mais vão se ver e ficar
juntos!
Por breves segundos, Gerd tremeu. O ultimato de
Franz era forte.
-- Não me peça para escolher, Franz. – Implorava
Gerd. – Não agora.
-- Deve escolher sim! – Exigiu o conde. – Alice
está grávida de um filho seu e Louise não está mais aqui. Prefere procurar sua
amada ou cuidar de sua ex-noiva que espera um filho seu?
-- Eu não posso escolher, Franz. Por isso... –
Mostrou a palma da mão direita, que continha um corte. Era o símbolo do pacto
de sangue e amor que ele e Lulu haviam feito na noite em que se casaram no rio.
– Fizemos um pacto juntos. Minha vida pertence à Louise e a vida dela me
pertence.
-- Esqueça esse pacto! Faça sua escolha
sabiamente, pois uma vez escolhida, não poderá voltar atrás.
Gerd engoliu em seco e respirando fundo,
respondeu firmemente.
-- Pois bem, eu escolho Louise. Vou honrar nosso
casamento e nosso pacto juntos. Mas também quero cuidar da Alice e do bebê.
Franz não se comoveu e sequer sorriu.
-- Está bem. Já parou pra pensar que Louise não
vai aceitar? – Indagou o vampiro mor. – Quero dizer, e se ela afirmar que não
te ama mais? Vai se rastejar por ela? Se rebaixar por ela? Se humilhar por ela?
E quando finalmente se der por vencido, aí sim vai voltar para Alice?
-- É um risco muito grande... – Comentou. – Mas
não vou desistir dela! Vou cuidar da Alice, mas vou lutar por ela, minha
ursinha! É ela que eu amo. Se não fosse por ela, eu não estaria vivo nesta
condição. Se não fosse por ela, eu não seria forte. Eu a amo desde que era
humano, naquele dia que ela apareceu no castelo. Eu não me importei se ela era
mimada, cruel ou malcriada. Eu a amava e ainda amo.
Alice ouviu toda conversa na porta e chorava e ao
mesmo tempo sorria.
-- O que houve, Alice? – Odile havia visto a
vampira por ali.
-- Me desculpe... – Disse limpando os olhos. –
Estou sofrendo também.
Odile chorou e Alice a amparou, levando-a pro
quarto.
-- O que deu na Louise? Ela foi embora sem mais
nem menos... Ela prometeu não me deixar e sempre me proteger... Você sabe,
Alice?
-- Eu não sei... – Respondeu a vampira, revirando
os olhos.
Ela não quis contar a verdade que por culpa dela,
Louise partiu e ainda por cima esperava um filho de Gerd.
-- Será que ela volta?
-- Acho que sim. – Respondeu, otimista. – Ela faz
muita falta aqui. Principalmente pro Gerd.
Minutos depois da conversa no escritório o conde
retornou para o quarto onde Odile se encontrava deitada.
-- Raposinha! – Ele se juntou a ela ali e a
beijou.
-- Precisamos conversar. – Ela se sentou na cama
e pegou a mão dele. – Eu sei que Louise se separou do Gerd. Provavelmente ele
vai voltar para Alice por causa do bebê que ela espera. Se ela voltar...
você... vai querer ela de volta?
-- O que? – Os olhos azuis de cobalto do conde
ficaram enormes por espanto. – Como assim?
-- Isso mesmo que ouviu. Você vai voltar para
ela?
-- Não! – Respondeu. – É verdade que em algum
ponto eu amei Louise... mas no momento que você surgiu e entrou na minha vida
eu passei a te amar, Meine Liebe. Se quero Louise de volta, só se for pra ela
morar no castelo e nada mais.
Mesmo com a resposta convicta, Odile ainda estava
insegura. O conde leu a mente dela e resolve tentar algo. Ele levantou um pouco
a camisola dela e deitando por cima, ele a beijou e com uma mão desceu até o
meio das pernas da humana e a tocou na intimidade dela, quente e úmida.
-- Ahhh... Franz... – Ela mal conseguia gemer por
conta dos beijos do conde.
Depois ele beijou o pescoço dela e ficou entre as
pernas dela, iniciando ali um sexo oral, fazendo com que a amada se deliciasse.
Na Ilha dos Lobisomens, mais propensamente na
mansão de Micky Dolenz, um dos lobos residentes, o italiano Marco Verratti,
estava em seu quarto e pegando sua bola de cristal, imediatamente ganhou brilho
e aparece um rosto.
-- Signore Hunt! – Disse o lobo. – Fechou-se três
dias desde que a Frau Müller foi embora. Ela partiu para Frankfurt.
-- Excelente, Verratti! – Disse James Hunt, um
dos servos leais ao Barão Niki Lauda. – Agora vou assumir daqui por diante.
Muito em breve ela será “Senhora Suzie Hunt”.
Guardando a bola de cristal, Verratti volta para
a cama. Ele mal podia esperar para tomar aquele lugar, destronar Bobby Moore e
colocar o bando espanhol do Conde Benitez no poder.
Frankfurt
Louise chegou na cidade alemã um tanto cansada.
Agora o próximo passo era encontrar um lugar para ficar e depois de um tempo
iria embarcar num navio para a Inglaterra.
Ela encontrou um albergue onde abrigava lobos,
vampiros, magos e até mesmo humanos. Ela foi bem recebida pelo dono da pensão,
um tipo loiro, olhos azuis e gordo, mas com ar engraçado.
-- O que tem para me oferecer e permitir que viva
aqui? – Indagou o dono, um vampiro.
Louise pegou sua caixa de jóias e dali pegou dois
anéis e uma correntinha de ouro que ela ganhou de Gerd. Na verdade ela
procurava se desfazer das bijuterias e até mesmo presentes do ex-marido.
-- Meu nome é Barry Thompson e sou o dono. – Se
apresentou.
Ele a levou para o quarto de hóspedes que estava
ali um caixão cinza e enorme e uma cama de casal.
-- Faça daqui o seu quarto. Não são lá aquelas
coisas, mas sempre deixamos confortáveis nossos clientes. Tenha uma boa noite.
Ela guardou seus pertences e novamente olha para
a caixa de jóias e encontrou ali um anel dourado com pedrinhas de diamante
azul, da mesma cor dos seus olhos. Aquela jóia era o presente de Gerd para ela,
em comemoração de 1 mês de casamento...
FLASHBACK ON
Ela tomava chá na sala e olhava para a janela onde a lua
brilhava para todo o castelo. Louise amava as noites de luar. Sem saber, seu
marido surge por trás, pousando as mãos na cintura dela.
-- É uma linda noite, não é, ursinha? – Ele disse enquanto
passava a língua no pescoço alvo da amada.
Louise deixou a xícara na mesa e se virou para beijar Gerd,
de modo provocante. Ela sabia que o marido queria. Ela o conduzia para as
escadas em direção ao quarto, mas se deteve.
-- Não quer ir para o quarto, ursinho?
-- Vem comigo! – Ele a puxava para outro lugar.
Entraram na biblioteca e ali mesmo recomeçaram os beijos e
carinhos ardentes. Louise ajudava Gerd a se livrar da calça e ele retirava a
roupa de baixo da esposa, deixando-a ainda em seus braços.
Ainda aos beijos, ele começou as estocadas, um pouco lentas e
aos poucos aumentava a velocidade. Louise se segurava no corpo dele e ao mesmo
tempo arranhava as costas dele e gemia alto. Com uma das mãos, fechou a boca
dela.
-- Não grita, ursinha! – Pediu em voz baixa. – O conde... vai
nos descobrir!
Mesmo abafando os gritos, Gerd era outro que gemia de prazer
no ouvido da amada, excitando mais ainda.
Quando enfim atingiram o orgasmo, o casal de vampiros se
deitou no chão.
Recuperaram o fôlego minutos depois do ato e ele pegou do
bolso da calça um anel de ouro e colocou no dedo anelar dela.
-- Feliz aniversário de casamento. Fechamos 1 mês juntos. –
Disse o vampiro arrancando mais beijos da amada.
-- Oh Gerhard! Meu ursinho! – Ela o abraçou bem forte. – Obrigada!
FLASHBACK OFF
Apesar da lembrança, ela se entristece e uma
lágrima cai de seu rosto.
-- Por que ainda me lembro de você? – Lamentou a
vampirinha.
A imagem de Gerd e Alice, deitados na cama, sem
roupa e se amando, machucou seu coração. Sem ela saber outra pessoa entra no
quarto dela. Ela sente a presença dele e joga um dos seus dardos de madeira
contra a pessoa.
-- Quem é você?
-- Calma, linda vampira. – Surgia o rapaz, na
verdade um vampiro elegante, de olhos gentis e aparência nobre. – Eu sou Roman
Polanski. Um dos hóspedes da mansão do Barry.
-- Como você é linda. – Outra pessoa aparece na
frente de Louise, abraçando Roman. – E eu sou Sharon Tate. Meu namorado deve
ter assustado você, não é, florzinha? E qual é seu nome?
-- Louise... McGold.
-- Está tudo bem, Miss McGold? – Roman se
preocupou com Louise.
-- Errr... tudo bem. – Ela se recompôs e
disfarçou o mal estar com aqueles dois.
-- De onde você é, criaturinha linda? – Perguntou
Roman, alisando os braços dela.
-- Munique. – Respondeu Lulu, um pouco triste.
-- Você não parece estar bem. – Sharon notou o
semblante de Louise e afagou o rosto dela. – Quer contar para nós?
Louise percebeu que o casal de vampiros possui
simpatia e adoração. Contou para eles sua história, a separação de Gerd por
conta da traição, sobre Alice e outros assuntos. Sharon teve um pouco de ciúme,
contudo, planejava em seu íntimo fazer com que a vampira loira de olhos azuis
esqueça definitivamente Alice.
-- Oh Louise... – Pegando uma bandeja contendo
pétalas brancas. – Experimente essas pétalas de lótus. São doces e te fará bem.
A vampira não queria aceitar, porém, a delicadeza
de Sharon e a preocupação de Roman a fizeram mudar de idéia e experimentou as
pétalas... Sentindo seu corpo flutuar e as imagens da traição sumir. Não só
isso. Tudo sumia...
Louise praticamente se permitiu ali. As mãos de
Roman e Sharon lhe tiravam as roupas e a tocavam de diversas formas,
estimulando os sentidos da vampira.
-- Esqueça suas inibições... – Dizia Roman,
beijando a loira.
-- Esqueça aqueles que a fizeram sofrer...
esqueça a desilusão... – Sharon apalpava os seios de Louise e sussurrava no
ouvido dela. – Esqueça Gerd Müller, esqueça Alice Stone...
No último gemido ela desmaia...
Em Munique, Gerd tentava dormir. Algo impossível.
Ele ouvia vozes, sussurros, palavras. Na verdade ele ouvia a voz de Louise e de
um casal, dizendo para ela se esquecer de tudo. Quando acordou, não estava em
sua cama e sim no chão. Ele via Louise, gemendo, feliz e sendo acariciada por
dois vampiros, um homem e uma mulher.
-- Ursinha!
Foi à última palavra antes de apagar por
completo. Alice entrou no quarto e tentou acordar o amado.
-- Gerd! – Sacudindo o corpo dele. – Gerd,
acorde!
Nenhuma resposta e notou também que praticamente
ele não respirava e nem se mexia. Em pânico, ela chamou o doutor Johan no
quarto. Ele examinou o vampiro. Nada constatado. Examinou de novo. Nenhum
resultado.
-- Aparentemente ele está bem. – Respondeu Johan,
um pouco abismado. – Está vivo e saudável.
-- Mas ele não acorda! – Berrava Alice.
Gerd acorda com um pouco de dor na cabeça.
-- Doutor Cruyff, Alice... – Ele se levantava. –
O que aconteceu?
-- Você dormiu e não acordava, meu senhor. – Ela
o beijou rapidamente.
-- Sinto como se tivesse comido algo diferente...
-- Diferente? – Inquiriu Johan.
Antes de responder, Gerd sentiu um gosto estranho
na boca e ainda tossiu, colocando pra fora uma pétala branca de lótus. Johan vê
isso e pega.
-- Uma pétala? – Olhou para o pedaço de flor. – E
de... lótus?
-- O que significa isso?
-- Eu ainda não sei... Mas vou ao fundo disso.
Felicity dormia sob o coma sofrido da possessão
diabólica e Manuel cuidava da esposa todos os dias. Inclusive ele trouxe seu
caixão para a fazenda, assim ele não precisaria mais ir ao castelo e dormir no
período diurno. Ao mesmo tempo ele cuidava do filho, Joey, que em poucos meses
adquiriu tamanho e aparência de um menino de cinco anos. Está na hora de
ensinar o básico da vida vampira.
-- Filho – Chamou o menino. -- Hoje você vai
aprender como caçar e já sei até quem você pode se alimentar.
Manuel sabia bem de quem se referia. Antes de saírem, ouviram Fefe
acordando, com dor de cabeça.
-- O que vocês vão... fazer?
-- Vou ensinar o Joey a caçar, fique tranqüila daqui a pouco vamos
estar de volta. – Disse Manuel, beijando a bochecha da esposa e o filho também.
Ela adormeceu novamente e os dois vampiros voaram em direção ao centro
da cidade. Pousaram numa árvore próxima a casa de Johan e Annie Neeskens, o
casal que é amigo do doutor Cruyff. Eles avistaram o casal ninando Armand, o
bebezinho e depois colocando no berço. Minutos depois foram para os aposentos.
Rapidamente, Manuel e Joey ficaram na porta e o pai abriu-a com
cuidado. Eles subiram as escadas e prestes a entrar no quarto de Armand, Manu
avistou Neeskens entrando no quarto de casal e o atacou, mordendo a jugular do
holandês, abafando os gritos dele. Annie saiu do quarto e viu o corpo inerte do
marido.
-- Johan! – Ela exclamou, horrorizada. Viu os dois vampiros ali na
porta e correu para salvar o filho, mas tarde demais. O rastreador fez o mesmo
com a esposa de Neeskens.
Eles entraram no quarto do filho deles e pegaram o pequeno, que
começou a chorar.
-- Está pronto, meu filho? – Perguntou Manuel, mostrando o bebê para
Joey.
O menino mostrou suas presas e os olhos bicolores ficaram vermelhos.
Contudo, Joey estava tenso. O pai dele aplicou um pouco a fascinação, motivando
o garotinho e depois vendo Joey mordendo Armand, sugando um pouco de sangue.
Ele poderia sugar mais se não fosse à intervenção de Oliver Kahn.
-- O conde avisou que não era para matar os holandeses!
Na porta de entrada, Franz e Sepp adentraram a casa dos Neeskens e o
conde tira o bebezinho dos braços do rastreador.
-- Oliver, Sepp, levem o casal Neeskens para o castelo! – Ordenou o
conde e em seguida mirando pai e filho vampiros. – E vocês dois venham comigo!
Mal entraram no castelo e Johan Cruyff partiu com toda força para cima
de Manuel, socando e chutando o vampiro maior.
-- EU PEDI! EU IMPLOREI QUE NÃO FIZESSE ESSA ATROCIDADE COM MEU AMIGO,
MAS VOCÊ NÃO SE CONTEVE NÃO É, NEUER?! – Gritou o médico, indignado. – SEU
MALDITO DESGRAÇADO EU VOU TE MATAR!
-- Parem! – Ordenou Franz, ainda segurando o bebê e notando que este
sofria com as transformações e segundos depois, Armand vira um pequeno
morceguinho.
Joey sorri e também se transforma em morcego, brincando com seu novo
amiguinho, deixando os vampiros adultos um tanto confusos. Neste momento, Oliver e Sepp anunciam.
-- Senhor, deixamos os Neeskens dormindo. Eles beberam sangue e logo
vão ser...
-- Tudo bem!
Aquilo estava difícil de terminar.
Louise acordou em outra cama, mais confortável que a anterior e ainda
usando camisola de seda e bem cheirosa. Ao seu lado estava um enorme homem
loiro, com feições sérias e dormia meio distante da vampira. De repente o mesmo
homem a puxou para perto dele e sussurrando.
-- Oh, Suzie...
A vampirinha se espantou e empurrou o ser, quase caindo da cama. Ele
se acorda e vê a loira se levantando e vestindo um robe.
-- Suzie, não fuja. Eu te amo tanto! – Ele disse.
-- Eu não sou Suzie. Meu nome é Louise McGold. – Ela olhava para o
homem a sua frente, nu. – E onde estou? O que faço aqui?
-- Isso é segredo, pequena. – Ele passava o dedo nos lábios da
vampira, excitando-a mais. – Por hora, serás minha antes do ratinho te ver.
Trocaram um beijo quente e à medida que crescia, acabaram deitando na
cama e retirou o robe dela, deixando-a nua. Na porta, Roman e Sharon se
deliciavam com que viam. Seu mestre amando de forma romântica e prazerosa a
vampira que eles também amavam. Sharon não nega que sentiu atração avassaladora
por Louise e Roman estava fascinado com a beleza exótica da nosferatu.
Minutos depois um dos criados anuncia a chegada do barão Lauda,
fazendo com que o casal de vampiros interrompa o ato carnal de Hunt. Roman entra
no quarto e quase fica em ereção ao ver Hunt penetrando rápido Louise e
atingindo um orgasmo incrível.
-- Sr... Hunt? – Chamou Roman.
-- O que é, Polanski?
-- O barão... quer dizer... o rato, ele está aqui na mansão!
O casal se vestiu rápido e enquanto isso, Louise se lembrou de algo que
sua amiga Odile havia dito sobre o antigo noivo.
-- ... ele era um
pouco alto, seu cabelo castanho quase escuro era repartido para o lado,de forma
que o deixava um pouco ingênuo e sério ao mesmo tempo,era cortes na hora certa
mas tinha algo de mal dentro de si. –
Dizia Odile enquanto bebia um pouco de chá. -- Seu nome era Andreas Nikolaus
Lauda. Ele odiava que o chamassem pelo primeiro nome e sempre preferiria que o
chamem de Niki.
A sala de jantar estava muito bem preparada para o banquete e James e
Louise surgiram para cumprimentar o visitante.
É ele o barão, pensou Louise,
conhecendo o homem a sua frente, justamente igual às descrições de Odile.
-- Louise McGold, é uma honra conhecer você. – Beijou a mão dela. – Eu
sou Barão Andreas Nikolaus Lauda.
Ela sentou-se junto ao acompanhante loiro.
-- Permita-me apresentar. Este rapaz que a agradou é o James Simon
Wallis Hunt. – Depois apontando para outros que estão na mesa. – O italiano é
Clay Regazzoni, Jackie Stewart, François Cevert e Brigitte Von Hammersmark.
As pessoas saudaram Louise e foram educados com ela.
-- Fraulein McGold, eu preciso de sua ajuda. – Disse ao terminar de
beber. – Sei que você era moradora do castelo Beckenbauer em Munique ou estou
errado?
-- Está certíssimo! – Confirmou Louise, olhando de forma sarcástica. –
Barão Andreas!
Ao dizer isso, o barão se enfurece e com as mãos ele vira a mesa.
-- Não sabe com quem está lidando, vampira malcriada! Eu ordeno que me
ajude a recuperar minha noiva das mãos daquele... conde!
-- Odile nunca mais será sua, ela pertence ao Franz agora! – Exclamou
Louise, convicta. -- Ele devotou a sua vida a ela, esqueça, Barão!
O barão não desistia e novamente tentou ser amável e educado com a
vampira.
-- Mais uma vez eu lhe peço, ajude-me a recuperar minha noiva, amo
Odile mais do que tudo neste mundo! – Ele mostra um relicário contendo a foto
da amada e dele em Viena. -- Ela é minha razão de viver e existir, você não
entende?
-- Ela é amada agora pelo conde. – Disse sem se comover. – Não há o
que ser feito.
Niki praticamente bufava e espumava de raiva suprema com a recusa de
Louise e depois gritou para todo o castelo ecoar e fazendo os copos de vidro
estilhaçarem.
-- PRENDAM ESTA VAMPIRA NO CALABOUÇO E APLIQUEM O AÇOITE NELA! –
Ordenou Niki.
Clay e Cevert levaram Louise para a prisão, onde ficou com os pulsos
acorrentados e de pé. Antes de começar as chicotadas, Clay começou a socar
Louise e depois Cevert chutando a vampira. Louise sangrava pouco e ria dos
adversários.
-- Vampiros fracos! – Rindo dos dois e cuspindo na cara de cada um. –
Vou me vingar de cada um de vocês! Da pior maneira!
Enfurecido, Clay chutou o ventre de Louise, fazendo-a vomitar
sangue...
No castelo Beckenbauer, Gerd caminhava na cozinha muito devagar. Ele
se queixava de dores no corpo e de repente expeliu sangue pela boca. Sepp neste
momento surgiu para procurar comida e se horroriza com o amigo naquele estado.
Rapidamente o socorreu.
-- Gerd, o que aconteceu?
-- Ur... ursinha... – Gemendo de dor. – Ela... eu...não...sei...estou
com dor,parece que alguém está me espancando.
-- Eu vou te levar pro quarto dos médicos.
Cruyff e Neeskens examinaram o vampiro rastreador e viram algo que os
deixou espantados. O corpo dele cheio de marcas roxas de socos e pontapés e as
costas estavam piores. Marcadas com açoite e sangrando.
-- Esteve lutando ou treinando, herr Müller? – Questionou Neeskens,
limpando o ferimento.
-- Não... – Ele respondeu. – Acordei... com dores... AAAAAHHHH!
Gerd gritou com a dor infligida na mão, onde possui a marca na palma,
o símbolo de seu pacto de sangue.
-- POR FAVOR.... PARE! – Pediu o vampiro, sentindo como se uma espada
atravessasse a mão.
Em Viena, Niki cravou a espada na palma da mão direita de Louise,
justamente onde o pacto de sangue foi feito.
-- PARE!!! AAAAHHHHH!
Niki retirou a espada e olhou para as costas de Louise, arranhadas
pelo açoite de Barry Sheene, o carrasco.
-- Você concorda em me ajudar a encontrar Odile? – Perguntou o barão.
-- Prefiro... morrer.
-- Neste caso... – Indicando para Sheene se preparar com outro açoite.
– Vai sangrar até a morte!
-- Espere! – Hunt impediu isso e puxou Niki para longe de todos e
conversou. -- Ratinho, quero lhe propor algo, em vez de matar estar jovem, deixe-a
ser minha esposa e assim conseguirei algo sobre sua francesa.
Niki entendeu o plano e resolveu acatar isso. A prisioneira foi
desacorrentada e os ferimentos cuidados por Roman e Sharon. Porém, quando ia se
levantar, Roman segurava os braços de Louise e Sharon às pernas dela.
-- Me deixem sair daqui! – Se retorcia e gritava.
-- Sinto muito, Louise. – Sharon sorria maleficamente. – Mas agora vai
se esquecer em definitivo tudo.
Sem saber o que fazer, Hunt aparece, colocando um colar de ouro, com
pingente de coração, com tonalidade branca e agora ganhando a cor púrpura.
Louise adormeceu tranquilamente.
Gerd caminhou devagar até o quarto de Louise, deitou na cama e
adormeceu, derramando uma lágrima. Alice acaricia o rosto dele e ouve alguns
lamentos.
-- Louise... Fica comigo... me escolha... me perdoa... me ame....
Alice sabia que Gerd amava Louise, mas não a esse ponto. Ela
compreendeu os sentimentos dele e então se retirou do quarto, caminhando até a
ala vazia e entrando no quarto onde ela e Louise se amaram várias vezes. Deitou
na cama e ainda aspirou ao travesseiro. Ele continha o cheiro de sua amada
vampira loira.
-- Louise... minha pequena... – Ela chorou e relembrou outra de suas
noites intensas com a menina.
FLASHBACK ON
Bastava os maridos
caçarem e as duas vampiras se entregavam ao prazer. Alice deixava Lulu entre
suas pernas, sentindo aquele contato dos lábios juvenis dela.
-- Louise... Você...
aaaahhhh!
Alice atingiu o
orgasmo e Louise ofegava. Em seguida as duas ficaram nuas, uma diante da outra,
contemplando sua nudez. Sob a luz do luar, Louise sentou no colo de Alice,
ainda trocando mais beijos. Ali mesmo elas tiveram maior identificação em seus
corpos, devido ao perfeito encaixe. Sim, foram feitas uma para a outra.
-- Nunca pensei que
iria dizer isso, mas te amo tanto Alice e que toda alegria que você me traz é
tão grande que mal cabe no meu peito
-- Pequena, nesses
últimos dias você tem sido minha maior alegria! Amo-te mais que o meu senhor!
Terminado o ato de
amor, elas voltaram cada uma para seu quarto. Louise deitou em sua cama,
ouvindo os ruídos amorosos da amada com Gerd. Apesar do leve ciúme, Lulu se
conformou ali com seu destino. Franz adentrou o quarto, tirando a roupa e
deitando ao lado da noiva.
-- Meu conde... –
Ela o puxou para perto dela o beijou bem forte. – Serás meu esta noite!
No outro quarto,
Alice agora ouvia os gritos de Louise.
-- Ahhh... Franz...
ahhhhh... meu conde.... aaaaaahhh!
Minha pequena, ela dizia em
pensamentos, imaginando sua pequena loira sendo amada por um homem como o
conde... ou talvez... por Gerd.
FLASHBACK OFF
Ela se retirou do quarto e seguiu caminhando para fora do castelo.
Johan Cruyff ajudava seu amigo Neeskens, Annie e o pequeno Armand a se
adaptarem a vida vampiresca quando avistou Alice saindo do castelo.
-- Para onde ela foi? – Questionou Annie.
Cruyff leu a mente de Alice, mas pouco viu. Ele a seguiu até o rio dos
amantes.
-- Isso não é bom. Não é nada bom... – Comentou para si mesmo.
Alice subiu até a ponte e olhou para o rio cristalino. Lembrou dos
olhos azuis cristalinos de Louise, como o rio.
-- Dizem que aquele que se banha no rio com seu amado ficarão juntos
pro resto de suas vidas. Eu nunca fiz isso, mas quero que minha vida se encerre
cheia de amor e que isso me conforte. – Ela encerrou, sorrindo e deixando uma
lágrima cair no rosto.
O próximo passo de Alice foi o salto. Ela pulou da ponte e o vampiro
holandês correu o mais rápido que pode e agarrou a tempo a vampira, levando-a
para outra margem.
-- O que deu em você? Por que fez isso? – Questiona o médico,
abraçando Alice que chorava.
-- Eu sou a culpada por tudo. Por minha causa, Louise foi embora, ela
se separou do Gerd, Palin e seus amigos me odeiam e até mesmo Felicity. Nem
imagino o que ela poderia ter feito se me amaldiçoasse.
-- Mas por que você quer tirar sua vida?O que aconteceu, tinha de
acontecer. – O médico abraçava Alice e a confortava. --Não se culpe por tudo, você
não tem que carregar toda essa culpa! Tens de se preocupar com outra coisa.
Tocou o ventre da vampira e ali mesmo brotava uma vida. Ele viu
claramente que é uma linda menina.
-- Tem uma vida aqui e ela espera que você esteja bem e saudável... e
eu também. – Ambos trocaram um olhar intenso. – Eu vou cuidar de você.
Alice desmaia e o médico vampiro a levou para a casa de Anastacia,
onde foi recebido por todos e os caça vampiros ficaram mais chocados. O médico
contou da tentativa de suicídio, deixando os Pythons temerosos e com pena de
Alice. Definitivamente eles se sentiram culpados por expor a vampira na suprema
humilhação e ainda apanhar da prima de Felicity. Ela acorda em seu antigo
quarto e sendo muito bem cuidada por Cruyff.
-- Eu sei que você ama Felicity. – Disse Alice, um pouco sonolenta.
Cruyff ia perguntar como ela soube, mas lembrou-se que os vampiros
podem ler as mentes de todos. Ele não negou.
-- Por mais que tente me conformar... ainda amo aquela mulher, a
profetisa. Eu sinto que ela precisa de mim, mas o marido dela me odeia e acho
compreensível. – Resignou-se o médico.
-- As vezes acho que o Manuel vai se autodestruir qualquer dia desses...
– A vampira temia que o fazendeiro possa cometer uma loucura.
-- Ele a ama demais. Não posso
culpar ele. Eu sim por amar a mulher errada.
-- Não devemos nos culpar por quem amamos, devemos evitar expor isso.
– Ela afagava o rosto do holandês, que sorria para ela.
-- Tem razão. Ao menos... –
Cruyff tirou a camisa, revelando o torso nu, deixando Alice impressionada. -- Me
deixe te amar, Alice.
-- Sou tua... Doutor.
Alice retirava a
camisola, mostrando sua nudez para Johan. Ele se livrou das calças e se deitou
por cima da mulher, beijando o pescoço, os seios e sussurrando palavras suaves
e poéticas.
As primeiras
estocadas foram lentas, para os dois apreciarem o prazer juntos e a troca de
beijos.
-- Alice... – Ele
suspirava. – Você é perfeita...
-- Johan... – Ela
adorava olhar naqueles olhos azuis. – Tão encantador.... aahhhh... ahhh....
Mais tarde ele
aumentou a velocidade dos movimentos e no último ato atingiram o orgasmo
juntos.
-- Nunca pensei que nutriria esse sentimento de paixão por outra
mulher ao não ser pela profetisa eu realmente quero cuidar de você, Alice. –
Abraçando a amada.
-- Doutor,você é encantador e maravilhoso, sinto que devemos
compartilharmos nossas vidas a partir de agora.
Alice adormeceu nos braços de Cruyff e este pensava em tudo que lhe
aconteceu. Não podia culpar Gerd pela traição. Até porque o vampiro sofria por
isso e pelo abandono. Sim, o holandês reconhecia que o alemão é verdadeiramente
apaixonado por Louise. Em tão pouco tempo ele percebeu o elo que há neles, seja
a parceria de sempre estarem juntos para tudo, seja quando os dois ficavam se
amando em diversas partes do castelo, correndo risco de serem pegos.
Ele se vestiu e saiu do quarto, encontrando Ana e Paul conversando.
Cruyff viu o braço enfaixado segurado no pescoço. Resolveu curar.
-- Permita-me... – Tocou o braço de Breitner e em seguida conseguiu
curar, surpreendendo o caçador.
Ele fez o mesmo na perna de Terry Gillian e em seguida voltou para o
quarto de Alice, deitando ao lado dela e adormecendo.
Em outra parte da floresta, Manuel fazia amor com o mago Peter Tork.
Os dois se descobriram apaixonados de modo estranho, desde o dia que houve o
seqüestro das mulheres por Ronnie Peterson. Erin, a esposa de Peter sabia que o
marido tinha gostos peculiares e Felicity previu que o marido iria conhecer um
rapaz adorável e iria amá-lo, igual como ele a ama e por isso nunca se opôs a
isso.
-- Tem certeza que sua esposa sabe... sobre nós? – Manu beijava o
corpo de Peter.
-- Sim, ela sabe. E nos aceita. Isso não vai mudar, vampiro. Eu te amo
e sei que ama a Felicity. Assim como eu amo minha Erin.
Eles voltaram a se amar mais ainda e terminado seu ato, cada um voltou
para sua casa, amando suas respectivas esposas.
Em algum lugar da montanha amaldiçoada, vivem os íncubos e as súcubos,
vampiros que atacam suas vítimas por meio dos sonhos eróticos. Porém, o lugar
serviu para receber outro grupo de vampiros, vindos de Madri, na Espanha. São
os vampiros do conde Rafael Benítez, que vieram a Munique depois da mensagem
enviada por um dos seus, Marco Verratti e para cumprir a missão dada pelo barão
Lauda: de capturar Felicity McGold, viva ou morta.
Fazia uma semana que Holly Charlton foi admitida na Ilha dos
Lobisomens e vive tranqüila na mansão do líder Bobby Moore. Todos os lobos e
outros moradores simpatizaram com a jovem feiticeira. Cansada da vida de casada
com um homem que ela não julga amar e por questões arranjadas, ela saiu de sua
casa e fugiu para a Ilha onde vivem as criaturas. Outro motivo de Holly
deserdar de seu lar era um sentimento de vingança e orgulho. Ali na Ilha, ela
pôs em prática suas habilidades de magia, seja de defesa ou ataques precisos.
Meio distante da mansão, Holly desenhou um pentagrama e iniciou uma
reza de palavras em latim, iluminando o lugar. Ela conseguiu criar uma poderosa
barreira de energia, sua defesa em forma de muralha cristalina.
-- Muralha de Cristal! – Ela gritou, criando sua barreira.
A criação foi perfeita em todos os sentidos.
-- Da próxima vez que nos encontrarmos, eu vou mostrar todo meu poder
e se arrependerá de roubar o amor da minha vida, Eleonora!
Holly estava decidida a duelar contra Nora e acabar com ela, nem que
para isso sacrifique sua vida na batalha. Apostava todas as suas fichas para
vencer a escocesa e provar que a bruxinha não passava de um mero bibelô que os
pais inventaram. Além disso, a família de Holly, os Greys, é descendente do
famoso Nicolas Flamel, o criador da Pedra Filosofal, artefato místico muito
poderoso.
Os lobos da alcatéia observavam o árduo treinamento solo de Holly e o
próprio George Harrison reconhecia que a moça pode muito bem superar sua amiga,
Nora.
-- Ela treina todos os dias desde que veio aqui. – Justificava Rosie.
-- Pelo que eu sei, ela quer vingança e é coisa pessoal. – Dizia Mary
Anne, a loba.
Nora caminhava para uma parte da floresta levando seus gatos de
estimação e um guaxinim e carregava um cesto de flores, como parte de uma
oferenda. Quando deu mais um passo, ouviu um estrondo e correu até lá. Ela
avistou rochas flutuantes formando um circulo em torno da pessoa. Tentou
avistar quem era, mas estava impossível devido às pedras no caminho. Usando um
feitiço de defesa ela caminhou ali perto, despertando a atenção da pessoa e uma
das rochas foi arremessada contra Nora, que de desvia a tempo.
-- Eu estava esperando por você, Eleonora! – Bradou a voz, feminina e
finalmente Nora reconheceu quem era.
-- Holly! – Surpreendeu-se a bruxinha escocesa. – O que está fazendo?
-- Essa sua ingenuidade... Nem parece uma bruxa! – Berrou Holly, com
os olhos faiscando de ódio. – Eu me segurei até um certo ponto meu
ressentimento em perder o Sepp pra você mas agora basta! Eu quero saber mesmo
se é mesmo poderosa como dizem e se for, lute comigo!
-- Como queira! – Nora estava disposta a lutar, e provar que não era
fraca.
Os lobos temerosos, se afastaram do lugar mas assistiam.
Nora cria um feitiço onde uma miragem de lobo furioso surgiu diante de
Holly, mostrando os dentes e correndo para atacar. O lobo colide em algo
invisível e tenta mais uma ofensiva inútil.
-- O que há ali? – Disse Nora, sem saber do que se tratava.
Nora pega uma de suas rosas e as faz criar vida. Um dos espinhos é
arremessado contra Holly, mas não a atinge. Na verdade nada a penetra ali.
-- O que houve, “Sassenach”? Não sabe o que está havendo? – Debochava
Holly. – Nada do que fizer não vai me atingir hahahaha!
-- Ainda acabarei com você! – Nora coloca mais duas flores e uma
planta e dá-lhes a vida. – Acabem com ela!
Ainda nisso, Nora põe a mão no chão e reza, invocando algumas raízes.
Os galhos das árvores e as plantas outra vez tentam quebrar a barreira
invisível.
Holly se senta em posição de lótus, fecha os olhos e começa a falar.
-- Forças do além,
forças cósmicas, peço-lhe seu auxilio. Eu invoco por seu poder!
A feiticeira escocesa viu na testa de Holly surgir um... terceiro olho
que mirava em Nora.
Harrison suava frio e pela primeira vez sentiu um medo
tomar-lhe conta. Os lobos estavam mais recuados.
-- Por que nada a atinge? – Nora não tinha mais recursos.
-- Hahahaha e ainda se intitula uma bruxa poderosa? Ouvi dizer que é
uma necromante... mas parecem que os boatos estavam errados. – Holly saiu de
sua posição de lótus e abrindo os olhos. – Quer saber o que acontece com
aqueles que tentam me atacar?
Ela ergueu as duas mãos e as colidiu, provocando uma onda energética e
evaporando todas as criaturas que Nora criou na base do feitiço e derrubou a
feiticeira. Os lobos foram protegidos pela barreira de Harrison.
Rapidamente Holly desenhou um pentagrama e transformou uma pequena
árvore numa estátua e esta agarrou bem forte Nora, deixando-a de frente pra
adversária.
-- Isto... – Desferindo um tapa bem forte na cara da escocesa. – É por
tirar o Josef de mim.
-- Não tenho culpa se seu noivado com Sepp tenha acabado. Ele é meu
marido agora! – Nora tentava se libertar, algo impossível.
-- ELE NUNCA SERÁ SEU MARIDO ENQUANTO EU VIVER! – Holly se enervava
mais e golpeou mais Nora. – VAI SOFRER TANTO QUANTO EU SOFRI! E AINDA VOU
TIRA-LO DE VOCÊ, SUA FARSANTE!
Ali mesmo a alquimista percebeu que Nora libertava seu espírito
necromante e sua pele ficava azul. Ela desenhou um pentagrama de impedimento.
-- Pode libertar o quanto quiser esse espírito, mas nunca... – Abrindo
o terceiro olho. – Poderá me vencer!
Os olhos de Holly ficaram negros e Nora viu ali atrás dela se
manifestar um pássaro gigante de cauda enorme.
-- Neste momento, o Benu vai te transformar em poeira estelar! –
Colocando a mão no pescoço de Nora, ela gritou. – EXTINÇÃO ESTEL...
Ela nem terminou de falar o golpe mágico e ouviu outro grito e de
mulher.
-- NÃOOOOOO! MANUEL!
-- Felicity! – Nora voltava ao normal e Holly a libertou. – Minha
amiga!
-- Você é amiga da profetisa?
-- Há muito mais tempo que você! – Ela respondeu, seguindo com os
outros até onde foi o grito.
Holly a seguiu e todos ficaram penalizados com que viram. Felicity
chorava compulsivamente e deitada no corpo de Manuel Neuer. O vampiro estava
oficialmente morto com uma estaca perfurando seu coração.
-- Não.... NÃO!!!!! --- Gritava Fefe, com os olhos banhados em
lágrimas.
Os lobos da mansão de Micky Dolenz e os moradores da mansão de
Anastacia Rosely se juntaram ali. Perto do corpo estava outro e de uma mulher
morena, traços hispânicos e de olhos enormes azuis. Ela estava morta também,
com os braços arrancados e o rosto deformado. Havia ali uma espada média de
prata no coração dela.
-- MALDITO BARÃO LAUDA!!!!! – Felicity berrava a todo pulmão, olhando
para o céu estrelado. – MATOU MEU MARIDO!!! MATOU O MANUEL!!!! NÃO!!!
Gerd, Johan, o conde, Alice e Oliver saíram do castelo e viram toda a
cena. Johan compadeceu-se ali. Nunca vira Felicity sofrer daquele jeito. Peter
Tork, o mago, sofria demais ali e chorou pela primeira vez pela morte do amante
vampiro.
Ana se aproximou dela e Fefe pediu.
-- Ana, pelo amor de Deus, traga o Manuel de volta! Eu imploro!
Sem pestanejar, Ana ordenou que Paul trouxesse junto com Chris um
corpo recém sepultado e depois para Eric Idle e Graham Chapman carregarem o
corpo de Manuel e levassem para a casa dela. Chegando lá, Ana pega o livro
“Necromicon”, o livro da morte, e ali invocou a entidade.
-- O que deseja, Anastacia? – Perguntou a entidade, na forma
masculina.
-- Me ajude a ressuscitar um nofesratu. Ele acabou de morrer. O que
devo fazer?
A entidade olha com pena para Ana e responde.
-- Eu sinto muito, Anastacia. Mas não há nada a ser feito.
-- Mas como? Tem que haver.
-- E há. Você foi amaldiçoada e com esse bloqueio, não poderei te
ajudar.
-- Felicity? – Indagou. – Devo pedir a ela que retire?
-- Exatamente. – Confirmou a Morte. – Se ela concordar em retirar a
maldição de você, aí sim poderei ajudar a reviver o vampiro.
Depois que o espírito some, Ana correu até a varanda encontrando Fefe
sendo amparada por Nora e Micky.
-- Felicity, preciso que me ajude. – Ela dizia, olhando para as orbes
obsidianas da profetisa. – Deve retirar a maldição de mim. Caso contrário, não
vou conseguir reviver seu marido.
-- Amor, faça isso! – Pedia Nora. – Perdoe a Ana. Ela protegeu Alice
naquele dia. Retire a maldição.
Antes que Fefe pudesse fazer algo, a mulher fecha os olhos
subitamente.
-- Nora, cuidado! – Alertou Holly. – Sua amiga vai ser...
Neste momento, Fefe acorda, com os olhos azuis e encarando cada ser
presente ali e se levanta.
-- Você acha que engana todos com sua complacência, cientista? – Fefe
falava com uma voz bem diferente, igual de uma meretriz maldosa. – Eu não vou
deixar que este corpo retire a maldição, pois você mereceu esse castigo, por
trazer a vida para a vampira ali!
Ela apontou para Alice e depois caminhou até a vampira grávida.
-- Ora, meus parabéns! Pena que este filho não é do lenhador trouxa
que você enganou e tampouco do lobo que amou no passado. Mas sim daquele homem!
--- Direcionando seu olhar para Gerd. – Marido adúltero, diz que ama sua esposa
e acabou preferindo se refestelar com a antiga noiva. Mentiroso! Nunca resistiu
aos prazeres carnais e sabes que sua antiga noiva quase se suicidou por amor?
Aquilo chocou todos principalmente Gerd, Nez e Palin.
-- E você, vagabunda... – Cuspindo no rosto de Alice. – Se deitava com
a garota, a amada do seu senhor. Dizia que era sua alma gêmea, mas destruiu o
casamento dela.
Alice chorava demais e neste momento Fefe (na forma da prostituta
Betty Blaze), olhava para o conde.
-- Sentias desejo pelo corpo que habito, pela noiva de seu melhor
amigo e agora roubas a noiva do pobre rato austríaco que nada tinha haver
contigo!
Franz não negava que no passado teve desejos por Felicity, depois por
Louise e por fim por Odile. Agora a
mulher caminhou até Johan e o fez se sentar na cadeira. Ela sentou em seu colo,
olhando para as orbes azuladas do médico holandês.
-- Sei que sentes desejos por este corpo... Queres possuir ela mais do
que sua própria vida. – Pegando a mão do doutor e a deixando no seio de
Felicity. -- Tentou várias vezes deitar-se com outras, mas nunca consegui.
-- Não... --- Cruyff tentava negar. A verdade era que ele se deitou
com muitas mulheres desde que chegou a Munique, inclusive com suas pacientes
femininas e com as esposas de nobres.
Felicity possuída sorria maléfica e ainda lambeu os lábios do holandês
e sussurrou no ouvido.
-- Sei que se deitou com a menina de olhos azuis, e agora estás
dividido. – Olhando para Alice e depois para o médico, rasgando a camisa dele.
-- Mas acho que sabemos quem você prefere, doutor. Deite-se comigo e gere um
filho!
-- NÃO! – Gritou Johan, jogando Felicity no chão.
Neste momento Micky Dolenz e Gerd tentaram segurar a mulher.
-- Fefe, fale comigo! Sou eu, Micky! – O lobo conversava com a
profetisa, na esperança de salva-lá.
Holly outra vez sente que a mulher sofrerá outra possessão.
-- SAIAM DE PERTO DELA! OUTRA ALMA MALIGNA VAI SE APOSSAR!
Tarde demais, pois Fefe abriu os olhos e era outra cor. Eram verdes
escuros e olhava com fúria para os dois homens e os agarrou pelo pescoço,
jogando-os longe.
-- Micky! – Davy, Peter e Mike correram para ajudar o lobo.
Ali mesmo, Renée protegia os filhos de sua prima, Joey e Karin. Esta
última, um bebezinho que nasceu poucos dias.
-- NENHUM HOMEM PODERÁ ME VENCER! – Berrou Fefe, agora com a voz grave
como um trovão retumbante.
Paul Breitner abraçou Fefe por trás, mas foi derrubado pela profetisa,
que adquiriu uma força descomunal. Gerd temeu ali e se lembrou de Bjorn Borg.
Praticamente a prima de Louise se tornou tão forte quanto ele.
-- Você! – Apontando para o vampiro alemão. – Eu sei que desonrou
tudo. Dizia que amava a moça alta de olhos azuis e cabelo negro, mas na
verdade, era a outra. A loira. Por sua causa, ela foi embora, deixando um vazio
nos corações de todas as pessoas!
Num toque de mágica, Fefe trouxe duas espadas de esgrima e deu uma
para Gerd.
-- Vamos lutar, nosferatu! – Desafiando Gerd. – Quero ver se a vampira
loira te ensinou a lutar direito!
Paul também se preparava para lutar, mas antes percebeu meio tarde que
foi criado uma espécie de bloqueio que impedia dos outros se aproximarem, quase
formando um tipo de arena, onde aqueles que estavam dentro do bloqueio
assistissem.
Felicity ficou em posição de combate, em cada mão segurando uma espada
de esgrima e depois partiu com tudo atacando os dois adversários de uma só vez.
Os movimentos da mulher eram especulares, nem parecia que Fefe é uma profetisa
com ar delicado e incapaz de ferir uma mosca. Agora, a mulher era possuída pelo
espírito de um assassino chamado Tony Winstone, um espadachim inglês.
Rapidamente o caçador acertou de raspão um golpe de espada na mulher, fazendo-a
sangrar e depois ela empurrou Paul para longe e ficando cara a cara com Gerd.
Gerd golpeava com a espada, contudo, Felicity se desviava com
facilidade e esta atacava mais Gerd, inclusive perfurando o corpo do vampiro de
diversas formas. Mesmo sangrando, o vampiro deixou a arma e usou somente as
mãos.
-- Então, quer com as mãos nuas? Muito bem! – Fefe com sua voz grave,
largou a espada e iniciou uma série de socos, pontapés e chutes.
O vampiro não conseguia seguir os movimentos tão ágeis de Felicity e
acabou sofrendo bem mais os ataques da mulher e inclusive foi erguido pela
incrível força descomunal dela.
-- Meu deus! – Exclamou Nora, vendo o vampiro sendo jogado no chão com
extrema violência. – Como a Fefe fez isso?
-- Sua burra! É claro que não é a Fefe que faz isso! – Respondeu
Holly, impaciente. – É o espírito!
-- Ei! Quem é você pra falar assim comigo?
-- Meninas, parem! – Alice ficou no meio delas, impedindo alguma
ofensiva. – Parem de brigar e... olhem!
Fefe arrastava Gerd pelo calcanhar e depois desferia chutes e se
afastando. O vampiro empurrou Felicity e agora retomou a vantagem. Socando e
chutando a profetisa. Ela, no entanto se levantava como se nada tivesse
sofrido, apenas um filete de sangue escorreu no canto da boca e sorria.
-- Já acabou, Gerhard?
Num curto espaço de tempo, Fefe aplicou um golpe nas costas do
vampiro, deixando fraco e depois o estrangulou com uma chave de pescoço,
sufocando o rastreador. Gerd começa
enfraquecer e aos poucos desacordando.
-- Vá para o inferno, nosferatu e peça desculpas para sua amada
Louise!
Alice saiu do bloqueio e imobilizou Fefe, jogando-a para uma distância
considerável.
-- Pare! – Os olhos de Alice brilharam, deixando a profetisa
paralisada.
-- NÃO... ME DEIXE.... MALDITO GERHARD! SERAS AMALDIÇOADO COM FEBRE E
DOR POR TODA ETERNIDADE ASSIM QUE ENTRARES PELO CASTELO... – Berrou a mulher
desviando o olhar, mas caindo no chão.
Aparentemente Fefe não se mexia. Paul e Uli tentaram ajudá-la e Alice
socorria Gerd.
-- Acho que ela não representará ameaça. – Disse Uli a Paul, sem saber
que Fefe havia despertado e os olhos dela estavam com cor de mel e
esbugalhados.
-- Hehehehehe... – Ela ria dos dois e escapou das mãos deles. – Nunca
vão me pegar....
Felicity correu para dentro de casa, sendo seguida pelos outros. Paul
e Uli não a acharam. Quando saíram da mansão de Ana, encontraram a profetisa,
carregando o amuleto divino do padre, o livro Necromicon de Ana, o anel de
noivado de Nora e por fim arrancou a correntinha com anel, que Gerd carregava
como lembrança de Alice.
-- Me devolve isso! – Exigiu o vampiro.
-- Manter algo da meretriz de olhos azuis não fará seu amor por ela
renascer. – Ria a mulher possuída. – E também nunca mais irá ter sua mulher, a
bela loira! Hehehehe
-- Paul! Ela está com o meu amuleto! – Avisou Uli.
-- Ela tirou meu anel do dedo. – Dizia Nora.
-- Um anel do amor, uma proteção de Deus e o livro da morte! – Ela ria
demais e corria para todos os lados.
-- DEVOLVA MEU LIVRO, FELICITY! – Ana gritou, mas não assustou a
profetisa.
-- Ora ora doutora, não sabia que tevês de deitar com a própria morte
para conseguir tais dons... – Em seguida olhando para Nora. --Já você, menina
dos gatos, todos sabem que não tem a bondade em seu peito e sim a rancor, medo
e a morte ao seu lado e quando perdeis a profetisa, libertarás aquilo que
guarda em seu peito.
Nora tentava disfarçar e Sepp a consolava. Todos estavam em pânico por
conta do perigo que Fefe representava ao estar sob a possessão diabólica.
-- E você, padre de araque! – Apontando para Uli, com o sorriso
maléfico. -- O pecador, boêmio, só porque juras que Deus apareceu pra você não
significa que é um de seu rebanho. Aquela que se deitou com as trevas e com os
lobos está para surgir em sua vida, mostrará os pecados da carne novamente e
Deus não terá piedade de você! Sua alma queimará no inferno!
Novamente a profetisa corre para fora da casa e olhando para os
objetos, não lhe representou nada.
-- São coisas tão fúteis que vocês guardam... Por que não guardam os
poderes de governar os mares? Por que
vocês todos não guardam tesouros, não guardam mais preciosidades? A família de
ingleses, os Townshends, desejam mais que tudo dominar o mar e guardar seu
tesouro ali!
Neste momento Holly concentrava seu poder, surpreendendo Nora.
-- Está na hora de fazer essa profetisa falastrona se aquietar! – E
erguendo a mão direta, direcionou seu poder. – Revolução Estelar!
Feixes de luzes, semelhantes a meteoros menores atingiram
Felicity e se formou em torno dela,
atacando a mulher, que por fim caiu ao chão. Franz e Sepp carregaram Fefe para
a floresta, junto com Nora, Lyanna e Holly. O padre e o caçador também foram.
-- Temos de exorcizar essa mulher! – Disse Uli, pegando o terço de
madeira.
-- Exorcismo não vai adiantar. – Avisou Lyanna e depois olhando para
Nora. – Faça sua parte. Salve sua amiga.
Nora cantava uma música escocesa muito conhecida, como forma de
acalmar Felicity, que se encontrava um pouco agitada.
Sing me a song of a lass that is gone
Say could that lass be I?
Merry of soul she sailed on a day
Over the sea to skye
Say could that lass be I?
Merry of soul she sailed on a day
Over the sea to skye
Enquanto cantava, uma aura energética envolveu Felicity e Nora
extirpava os três espíritos do corpo de sua amiga e os selava dentro de seu
próprio corpo. Porém um deles, o da prostituta chamada Betty não conseguiu.
Simplesmente escapou e foi-se para a montanha amaldiçoada. Holly observava tudo
e percebeu o poder imenso de Nora, porém não o bastante para selar o terceiro
espírito maligno, correndo risco de voltar a atormentar.
-- Mesmo com esse poder, ela mal consegue controlar... – Comentou
Holly, sem expressão para Lyanna.
-- Você subestima demais a Nora, alquimista. – Respondeu a velha. – Se
continuar assim, quem vai desaparecer será você.
-- E você devia se calar, velha! Deve se preocupar com sua amada netinha.
Será mesmo que ela vai agüentar com duas almas ali dentro do corpo? E quem
garante dela se controlar e não acabar matando alguém? Ela é uma ameaça para
Felicity e para o Sepp.
-- Não! – Gritou Nora. -- Não posso mais selar almas dentro de mim! A
deusa já nasceu comigo, alquimista invejosa!A necromante foi aprisionada porque
salvei minha amiga da morte na infância!
-- Meça suas palavras, bruxa! Você mal consegue controlar, ao
contrário de mim. Tenho isso em mim e, além disso, você se tornou uma ameaça para
sua amiga e seu amado!
Holly olhou para Fefe, que dormia nos braços de Sepp e depois
continuou a falar.
-- Dá próxima vez que nos encontrarmos, farei você desaparecer...
Melhor: vou mandá-la para outra dimensão!
A alquimista desapareceu com uma aura cósmica, deixando Nora e Lyanna
indignadas.
-- Alquimista convencida... Ao menos senti que ela temeu mesmo seu
poder. Agora descanse com seu gato ruivo.
-- Eu tenho medo, vovó! – Nora temia perder Fefe e Sepp em outros
momentos. – Quando Fefe acordar e ver que Manuel.... está morto... ela vai se
deprimir demais.
E foi realmente isso. No outro dia, Felicity acordou. Nora, Ana e
todos contaram para ela os fatos e principalmente da morte do marido. A
cientista não conseguiu reviver o nosferatu e a noite Manuel foi queimado. Felicity retornou para a fazenda, cuidando da
bebê e do seu filho, chorando pela morte do pai. Ao mesmo tempo ela se
entregava a depressão. Outra pessoa que sofria junto era Peter. Ele voltou para
a mansão, chorando e se trancando no quarto, sozinho. Nem mesmo Erin conseguia
aliviar a tristeza de seu marido e entendia perfeitamente o quanto o vampiro
alemão se tornou o grande amor da vida dele.
Enquanto isso na Itália, Marie caminhava com seu marido Pirlo até uma
colina onde dava para ver a lua cheia em seu esplendor.
-- O que quer me contar, mon amour?
-- Existe um segredo no qual não compartilhei com você, La mia
esistenza! – Ele confessou enquanto retirava o casaco e as botas. – Marie, eu
sou... um lobisomem!
A francesa arregalou os olhos e ficara sem ação diante disso. Pirlo
entendeu bem isso e então prosseguiu com o resto. Diante dela, ele se
transformou num lobo de pelagem castanho claro e olhos negros. Marie quase
gritou, contudo, o lobo se aproximou dela e lambeu suas mãos, indicando
carinho. Ela se acalmou e minutos depois Pirlo retorna a forma humana.
-- Não me importa se você é um lobo... – Ela disse, abraçando o amado.
– Eu te amo mesmo assim. Mon amour!
Eles se amaram ali mesmo na colina sob o luar.
Dias depois ela percebeu os sinais e acabou anunciando para o marido e
a sogra.
-- Sim! – Abraçando Pirlo. – Nosso primeiro filho, mon amour!
-- La mia esistenza, esta é a melhor notícia que poderia me dar! –
Pirlo beijava a esposa e Theresa exclamava de alegria por saber que será avó.
Pete Townshend chegara a Munique naquela madrugada e caminhou até um
rio da floresta. Ele abriu o livro e começou a proferir palavras em latim e a
água borbulhava e aos poucos se via alguns tentáculos emergindo.
-- Finalmente, tenho você... – Ele disse, exultante.
A personificação do mal vai despertar...
Vários dias se passaram e naquela manhã Felicity recebeu a visita de
Emma Carlisle. A loba sabia o quanto era amada por Micky até hoje e devido aos
últimos acontecimentos, se ofereceu para cuidar de Karin. A profetisa não negou
isso e entregou a bebezinha nos braços da loba.
-- Eu vou voltar, meu docinho. – Disse Fefe, beijando a testa da
menina. – Se é vou voltar.
-- Vai voltar, Felicity! – Disse Emma, esperançosa. – Por favor, não sofra
mais.
Quando Emma foi embora, ela retornou para dentro da fazenda, sentada
na cadeira de balanço, chorando.
Nora se preparava para sair e avisou a avó.
-- Irei visitar a Felicity!
-- Cuide dela, Nora. – Lembrou Lyanna. – Ela precisa muito de você.
Caminhou por vários minutos até chegar a fazenda e ao abrir a porta
ouviu o choro dela. Se aproximou e seu coração desmanchou. Nora viu Felicity
chorando e a aparência dela parecia ter envelhecido um pouco e o cabelo, antes
negro como a noite, ganhou tons grisalhos. Ela ajoelhou diante dela e pousou a
cabeça no seu colo.
-- Por favor, não chore, Felicity. Isso me machuca demais.
-- Acabou, Nora. – Dizia Fefe. – Eu perdi tudo. Meus pais, meu irmão
Bran, Manuel... O que me resta são meus filhos, minha continuação e do Manu.
-- Você sempre terá a mim. Jamais te abandonarei.
-- Mas você vai partir com Sepp. – Ela saiu da cadeira e olhou para
janela. – Eu vou viver sozinha...
-- Escuta Fefe, por mais que eu esteja casada com Sepp e o ame mais do
que tudo, você é a minha razão de viver e existir. – Ela levantou o rosto da
amiga com a mão suavemente. -- Desde que nasci estou aqui para proteger e
cuidar de você. Nossos destinos foram traçados muito antes de sermos concebidas,
nós pertencemos mais do que o sol pertence à lua, minha alma é uma extensão da
sua alma.
A declaração pegou Felicity de surpresa. Nunca ouvira algo assim antes
pelos rapazes que a cortejaram e vindo de Nora, ela realmente gostou. E ali
mesmo o amor delas começava.
-- Eu nunca vou te abandonar. – Disse a bruxinha, entrelaçando sua mão
na de Felicity, tornando um encaixe perfeito.
Depois ela puxou Fefe para um beijo cálido e inocente. Ainda chorando
e se separando da boca macia da escocesa, Felicity fala.
-- Não me abandone jamais, Nora. Seja minha garota para sempre.
A mais velha se sentou na cadeira de balanço e trouxe a menor para
perto dela, fazendo-a sentar em seu colo e trocando mais beijos, muito mais
quentes e ousados.
-- Fefe... – Nora ofegava um pouco. – É a minha primeira vez com uma
garota,
-- É a minha também... – Respondeu Felicity, retirando os sapatos e
por fim a roupa íntima. – Me ame, meu
amor.
Nora não negou isso e saiu do colo dela, ajoelhou diante da mulher e
subiu a saia. Ela mergulhou ali entre as pernas de Felicity e iniciou um
gostoso sexo oral, fazendo a profetisa gemer alto.
-- Nora! Ahh... pare!
-- O que foi, meu amor? Eu te machuquei?
-- Não... é que...—Fefe se envergonhou mas continuou a dizer. – Melhor
continuar na cama.
E elas fizeram. Ambas ficaram nuas e contemplando o corpo da outra.
-- Nora... seu corpo é lindo, maravilhoso. – Elogiou Fefe.
-- Obrigada... – Ela sorriu e retribuía. – Você tem seios
maravilhosos...
Entre palavras de amor, se entregaram ao mais profundo dos prazeres.
Desfrutaram da companhia uma da outra. Se amaram romanticamente e quando
terminaram o ato físico, Nora deitou a cabeça no peito da amiga.
-- A partir de agora eu vou te proteger minha amiga.
Conversaram sobre muitas coisas, incluindo o casamento da amiga com
Sepp e o reencontro nada agradável com Holly, no qual resultou numa luta onde
nenhum dos lados ganhou. Por fim Nora indagou à amiga.
-- Você conseguiu retirar a maldição de Ana?
-- Não consegui naquele dia. – Ela justificou. – O espírito me
impediu. Ela não vai me perdoar depois do que fiz e nem Alice.
-- Amor, eu conversei com Ana. Ela está disposta a perdoar você e sabe
que estava assustada com tudo. E Alice entende perfeitamente.
-- Sendo assim... Tudo bem. – Decidiu Felicity. – Esta noite eu vou
retirar a maldição na Ana e no Gerd. Mas dele... vai ser um pouco difícil. E
precisarei de sua ajuda.
-- Estarei sempre ao seu lado, minha tigresa.
Elas continuaram se amando desta vez com mais agressividade e paixão.
E graças a isso, Felicity recuperou a juventude perdida. Quando anoiteceu, Nora
amou seu marido, com muito mais paixão. Antes de sair de casa, Felicity sofre
uma visão. Era de sua prima Louise. Na mente da vampirinha, não existia nada.
Apenas um vazio e ao lado desta, um homem alto e loiro, afastando-a de tudo...
Chegando a casa de Ana, ela encontra o filho, brincando com um dos
Pythons.
-- Mamãe! – O pequeno abraçava a mãe. – Como você está?
-- Um pouco melhor, meu menino.
Ela deu carinho e atenção para o pequeno vampiro e notou mesmo o quanto
ele se parece bastante com Manuel. Neste momento, Alice aparece, carregando um
cesto contendo ervas e avistou Fefe.
-- Felicity... – Alice temia que outra vez a profetisa a atacasse,
independendo se estava possuída ou não.
-- Antes que diga algo, quero pedir perdão... por tudo que causei e
disse a seu respeito... E principalmente por bater em você. – Fefe abraçou
Alice por breves momentos e depois se separou.
-- Talvez... Eu merecesse... – Dizia Alice, em tom de lamento. – Eu
não queria de modo algum arruinar Louise. Eu... não resisti.
-- Somos alvos do pecado, Alice. Eu mesma cometi um enquanto meu
marido era vivo. Beijei o doutor Cruyff e não nego que realmente gostei e
senti... desejos proibidos por ele. E sei também que se deitou com ele.
Alice notou uma parcela de ciúme na voz de Felicity e suspeitou que a
profetisa esteja amando aos poucos o médico holandês.
-- Eu aceito seu perdão, Felicity. – Respondeu Alice, sorrindo. – Se
me permite, tenho de cuidar do Gerd e da minha filha.
A galesa de olhos castanhos também sabia disso. E naquela noite ela
iria resolver tudo. Neste momento Anastacia desce as escadas e encontra a amiga
de Nora.
-- Felicity! – Abraçando a mulher.
-- Eu preciso falar com você.
Elas subiram para o quarto e Fefe trancou a porta.
-- Eu quero... pedir perdão. – Neste momento ela chora. – Por agredir
você seja de forma física ou verbal. E por amaldiçoá-la. Naquele dia... eu ia
retirar mas não consegui! Agora... Vou me redimir desta maneira...
Felicity puxou Anastacia para perto de si e a beijou longamente e de
modo tão profundo e intenso, provocando um prazer inimaginável na cientista.
Quando pararam, Felicity, com os lábios molhados, se recuperava.
-- Está livre da maldição. Agora devo me retirar...
-- Espere! – Ela prensou a profetisa na parede. – Seria pedir demais... um outro beijo seu?
Fefe não negou isso e ganhou muito mais...
Na cidade de Frankfurt, James Hunt chegava de mais um de seus passeios
noturnos. Ele subiu as escadas, foi se até o quarto do filho, Freddie, seu
filhinho recém nascido e deu um pouco de carinho sem acordar a criança. Depois
de deixar o bebê no berço, ele entrou para o seu quarto, encontrando sua
esposa, olhando para a janela, suspirando.
-- O que a aflige, minha adorada “Suzie”?– Ele abraçava a esposa por
trás.
-- Ainda não entendo, meu
marido. – Responde a mulher, no qual é chamada de Suzie, mas na verdade é
Louise McGold. – Por que ainda me lembro do homem que parece um urso? Parece
que vive na minha mente.
-- Não se preocupe, Suzie. Esse homem... – Hunt não conseguia esconder
o ódio extremo por Gerd. – Ele foi seu algoz. Manteve você como prisioneira, a
transformou em vampira e ainda fez de você a escrava dele e da esposa.
Hunt enganou muito bem Louise e ainda assegurou que sua “Suzie” não
vai mais se lembrar do marido adúltero.
FIM DA
TEMPORADA 1
CENAS
DA NOVA TEMPORADA (Ao som de Moonage Daydream – David Bowie)
Conde Benítez: Temos de cumprir com nossa missão. (Cena de Felicity
sendo atacada por Casillas e sendo salva por um lobo enorme)
****
Hunt: Ela nunca será sua, Sr. Müller!
(Cenas de Gerd sendo açoitado) Louise é agora minha esposa!
****
Gerd: Me escolha, ursinha! (Gerd puxando o braço de Louise e esta não
reagindo)
Louise: Eu não quero ficar com você, eu não escolhi você e não amo
você mais!
****
Davy: VOCÊ NOS TRAIU!
Verratti: Sim, mas com propósito e muito em
breve (cenas rápidas dos personagens e vários momentos) Vocês serão
massacrados!
Continua...
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