Hoje é um dia bom pra escrever e também uma (boa) notícia: depois de 2 ou 3 anos de hiatus, a minissérie White Demon chega ao fim hoje! Houve muitos percalços como ideias em conflito, tempo, preguiça te impedindo e tal. Mas hoje enquanto relia a minissérie, deu aquela vontade de escrever. O final vocês avaliam se foi bom ou não porque às vezes nem sempre acerto no encerramento. E sobre a continuação... Pensei melhor e não vai ter. Sorry! Mas vamos ficar com episódio final de White Demon. Tenham uma boa tarde e boa leitura!
Episódio 5 (FINAL): Acertos, saudades e lamentações
Felicity estava zangada. Se culpou por se entregar a Franz
no estúdio e por conta disso, estava mais do que decidida para sua partida.
Rumando para Barcelona. Nora observava a
amiga mais uma vez.
-- Você vai mesmo não é? – Indagou para ela.
Felicity não respondeu, continuava a guardar suas coisas nas
malas.
-- Felicity, minha tigresa. Me fala algo.
-- Eu sou uma puta! – Berrou a fotógrafa, indignada. – E das
piores! Me entreguei ao Franz ontem no estúdio...
-- E você gostou?
-- Sim e não! Sim porque... foi realmente bom... fazer sexo
com ele. E não porque peguei ódio dele! Eu não o quero mais na minha vida! E
desta vez é fim!
-- Fefe...
-- Nora, pra mim esse assunto morreu! Nada do que me disser,
até mesmo outra vez me convencer sobre o beijo da Odile nele, não quero mais
escutar. Depois de amanhã vou pegar o avião!
No dia seguinte Felicity ficou no hospital, cuidando de
Louise, que foi espancada por James Hunt. Ela digitava uma mensagem no celular para
Lily.
Mal posso esperar pra chegar a Barcelona.
Lily respondeu segundos depois.
E eu pra te ver e trabalhar com você. Alias, tem um jogador
holandês muito lindo. Ele é bem a sua cara. A menos que seu amor pelo líbero
alemão continue...
Fefe pensou em falar algo mas apenas foi objetiva.
Esquece o Franz. Ele não existe mais para mim. Quero
conhecer esse holandês, Lily.
-- Eu vou ficar bem, Fefe. – Garantiu Louise, deitada na
cama, falando devagar. – Alice está cuidando de mim.
-- Tudo bem. – Beijando a testa da prima. – Amanhã vou para
Barcelona. Estou de saída. Se eu não te ver amanhã no aeroporto, tudo bem.
Então até algum dia, prima.
-- Até algum dia!
Na saída do hospital, ela sentiu o braço sendo puxado. Era
Franz.
-- O que você quer?
-- Quero conversar com você. – Ele ofegava por conta do
nervosismo. – Sei que está brava comigo por causa do beijo mas não tenho nada
mais com Odile.
-- Desculpa, Franz... – Fefe resolveu então mentir. – Eu vou
para Barcelona reencontrar meu namorado!
Franz não sabia bem se estava com raiva, ciúme ou não
acreditava na afirmação dela.
-- Está mentindo. – Ele havia percebido. – Por que faz isso
comigo?
-- Porque eu te odeio, Franz Beckenbauer! – Ela o olhava,
completamente séria. – Não quero saber de você. Seja feliz com a Odile!
Ela embarcou no carro e rumou para o sul, deixando para trás
o jogador alemão. Não queria ter de mentir mas era o único jeito de afastá-lo
de sua vida.
Louise saiu do hospital sozinha dias depois e no meio do
caminho um carro parou diante dela. O motorista desembarcou. Era Hunt.
-- Entra no carro! – ordenou.
-- James... – Louise ia
explicar mas o piloto agarrou a moça e a colocou dentro do veículo.
Dirigiu até uma fábrica velha e arrastou a menina. Lá estava
Gerd, deitado no chão e cheio de marcas.
-- O que fez com ele? – Louise tentou ajudar Gerd mas foi
afastada.
-- Se você queria mesmo se livrar de mim, era só ter dito! –
Hunt socou de novo Louise e a puxou pelo cabelo. – Eu teria entendido... Mas
não... Seu propósito era sempre ele!
Neste momento Gerd se levantou com dificuldade e correu até
o loiro, socando e chutando ao mesmo tempo. James desferiu mais socos,
derrubando Gerd e sacou sua arma.
-- FICA LONGE DELA, CANALHA!
-- DESGRAÇADO! – Gerd não se importava se estava ferido,
apenas não queria que Louise fosse o alvo. – VOCÊ NÃO É O BASTANTE PRA ELA!
-- VOCÊ VAI MORRER, MÜLLER!
O gatilho foi apertado e já pronto pra disparar, ouviu-se um
estrondo. E depois James Hunt vomitou sangue e caiu ao chão. O casal se virou
para onde o tiro saiu. Veio do cano da .38 que James Page segurava.
-- Page! – Louise reconheceu o ex-parceiro de trapaças.
O médico se aproximou dos dois e ficou sentado no chão.
-- A polícia tá vindo. – avisou enquanto acendia um cigarro.
– Vocês podem ficar tranquilos. Eu vou assumir.
-- Mas Page...
-- Eu to bem...
Cinco minutos depois a polícia chegou, prendeu Page e
prestou socorro para os dois...
Dois anos depois...
Não se sabe mais o que aconteceu com Louise. Quando ela foi
socorrida pela segunda vez, saiu do hospital sem avisar e também foi embora sem
ao menos se despedir. Gerd e Alice, embora perdoados e voltando a ser um casal,
não eram mais os mesmos. Ele casou com a médica e tiveram Meredith, sua filha. Louise
se tornou uma incógnita. Uma personagem de suas cabeças.
Franz e Odile voltaram e a mesma admitiu esperar um filho de
James Hunt e principalmente sentia culpa pelo desaparecimento de Louise. O
filho nasceu e se chama Freddie. Ele nunca mais mencionou Felicity perto dela
ou dos filhos. Mas no treino, ele olhava para as arquibancadas, na esperança de
rever a fotógrafa com sua câmera, tirando fotos dele e dos jogadores,
capturando vários momentos e lances.
Já em Barcelona, Felicity se divertia como nunca. Sem
dúvidas morar na Catalunha foi a melhor decisão já tomada. E ainda mais
partilhando grandes momentos com Lily Campbell.Nenhuma delas mencionava Franz e
a vida na Alemanha. No fundo a galesa sentia falta dele e dos meninos. Mas
sabia que não podia. Deixou as coisas como estava. E viver sozinha era melhor
para evitar problemas.
Milão, Itália
O jogo da Intenazionale contra Juventus terminou empatado.
Não que o resultado importasse mas para
Giacinto Fachetti, o camisa 3 do time, ele queria agradar alguém. Ele enviava
uma mensagem no celular e tomou um banho. Se arrumou e seguiu para um
restaurante chique da cidade. Encontrou ela, a principessa. Se conheceram quando a mesma era uma visitante na
cidade e procurava emprego nas galerias de arte. Fachetti possuia bons
contatos e logo tratou de arranjar um trabalho para ela.
-- Você viu o jogo, principessa? – ele questionou, servindo
na taça da moça um vinho tinto.
-- Vi e adorei, meu amor.
– ela o beijou longamente.
O Demônio Branco deixou Munique para trás e tudo que há
nela, mas Milão era sua melhor escolha. E Louise McGold só desejava uma coisa:
desapegar!
FIM (???)

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