domingo, 23 de abril de 2017

White Demon Love Song (Episódio Final)

Olá pessoal!
Hoje é um dia bom pra escrever e também uma (boa) notícia: depois de 2 ou 3 anos de hiatus, a minissérie White Demon chega ao fim hoje! Houve muitos percalços como ideias em conflito, tempo, preguiça te impedindo e tal. Mas hoje enquanto relia a minissérie, deu aquela vontade de escrever. O final vocês avaliam se foi bom ou não porque às vezes nem sempre acerto no encerramento. E sobre a continuação... Pensei melhor e não vai ter. Sorry! Mas vamos ficar com episódio final de White Demon. Tenham uma boa tarde e boa leitura!



Episódio 5 (FINAL): Acertos, saudades e lamentações

Felicity estava zangada. Se culpou por se entregar a Franz no estúdio e por conta disso, estava mais do que decidida para sua partida. Rumando para Barcelona.  Nora observava a amiga mais uma vez.

-- Você vai mesmo não é? – Indagou para ela.

Felicity não respondeu, continuava a guardar suas coisas nas malas.
-- Felicity, minha tigresa. Me fala algo.

-- Eu sou uma puta! – Berrou a fotógrafa, indignada. – E das piores! Me entreguei ao Franz ontem no estúdio...

-- E você gostou?

-- Sim e não! Sim porque... foi realmente bom... fazer sexo com ele. E não porque peguei ódio dele! Eu não o quero mais na minha vida! E desta vez é fim!

-- Fefe...

-- Nora, pra mim esse assunto morreu! Nada do que me disser, até mesmo outra vez me convencer sobre o beijo da Odile nele, não quero mais escutar. Depois de amanhã vou pegar o avião!

No dia seguinte Felicity ficou no hospital, cuidando de Louise, que foi espancada por James Hunt. Ela digitava uma mensagem no celular para Lily.

Mal posso esperar pra chegar a Barcelona.

Lily respondeu segundos depois.

E eu pra te ver e trabalhar com você. Alias, tem um jogador holandês muito lindo. Ele é bem a sua cara. A menos que seu amor pelo líbero alemão continue...

Fefe pensou em falar algo mas apenas foi objetiva.

Esquece o Franz. Ele não existe mais para mim. Quero conhecer esse holandês, Lily.

-- Eu vou ficar bem, Fefe. – Garantiu Louise, deitada na cama, falando devagar. – Alice está cuidando de mim.

-- Tudo bem. – Beijando a testa da prima. – Amanhã vou para Barcelona. Estou de saída. Se eu não te ver amanhã no aeroporto, tudo bem. Então até algum dia, prima.

-- Até algum dia!

Na saída do hospital, ela sentiu o braço sendo puxado. Era Franz.

-- O que você quer?

-- Quero conversar com você. – Ele ofegava por conta do nervosismo. – Sei que está brava comigo por causa do beijo mas não tenho nada mais com Odile.

-- Desculpa, Franz... – Fefe resolveu então mentir. – Eu vou para Barcelona reencontrar meu namorado!
Franz não sabia bem se estava com raiva, ciúme ou não acreditava na afirmação dela.

-- Está mentindo. – Ele havia percebido. – Por que faz isso comigo?

-- Porque eu te odeio, Franz Beckenbauer! – Ela o olhava, completamente séria. – Não quero saber de você. Seja feliz com a Odile!

Ela embarcou no carro e rumou para o sul, deixando para trás o jogador alemão. Não queria ter de mentir mas era o único jeito de afastá-lo de sua vida.

Louise saiu do hospital sozinha dias depois e no meio do caminho um carro parou diante dela. O motorista desembarcou. Era Hunt.

-- Entra no carro! – ordenou.

-- James...  – Louise ia explicar mas o piloto agarrou a moça e a colocou dentro do veículo.

Dirigiu até uma fábrica velha e arrastou a menina. Lá estava Gerd, deitado no chão e cheio de marcas.

-- O que fez com ele? – Louise tentou ajudar Gerd mas foi afastada.

-- Se você queria mesmo se livrar de mim, era só ter dito! – Hunt socou de novo Louise e a puxou pelo cabelo. – Eu teria entendido... Mas não... Seu propósito era sempre ele!

Neste momento Gerd se levantou com dificuldade e correu até o loiro, socando e chutando ao mesmo tempo. James desferiu mais socos, derrubando Gerd e sacou sua arma.

-- FICA LONGE DELA, CANALHA!

-- DESGRAÇADO! – Gerd não se importava se estava ferido, apenas não queria que Louise fosse o alvo. – VOCÊ NÃO É O BASTANTE PRA ELA!

-- VOCÊ VAI MORRER, MÜLLER!

O gatilho foi apertado e já pronto pra disparar, ouviu-se um estrondo. E depois James Hunt vomitou sangue e caiu ao chão. O casal se virou para onde o tiro saiu. Veio do cano da .38 que James Page segurava.

-- Page! – Louise reconheceu o ex-parceiro de trapaças.

O médico se aproximou dos dois e ficou sentado no chão.

-- A polícia tá vindo. – avisou enquanto acendia um cigarro. – Vocês podem ficar tranquilos. Eu vou assumir.

-- Mas Page...

-- Eu to bem...

Cinco minutos depois a polícia chegou, prendeu Page e prestou socorro para os dois...


Dois anos depois...

Não se sabe mais o que aconteceu com Louise. Quando ela foi socorrida pela segunda vez, saiu do hospital sem avisar e também foi embora sem ao menos se despedir. Gerd e Alice, embora perdoados e voltando a ser um casal, não eram mais os mesmos. Ele casou com a médica e tiveram Meredith, sua filha. Louise se tornou uma incógnita. Uma personagem de suas cabeças.

Franz e Odile voltaram e a mesma admitiu esperar um filho de James Hunt e principalmente sentia culpa pelo desaparecimento de Louise. O filho nasceu e se chama Freddie. Ele nunca mais mencionou Felicity perto dela ou dos filhos. Mas no treino, ele olhava para as arquibancadas, na esperança de rever a fotógrafa com sua câmera, tirando fotos dele e dos jogadores, capturando vários momentos e lances.

Já em Barcelona, Felicity se divertia como nunca. Sem dúvidas morar na Catalunha foi a melhor decisão já tomada. E ainda mais partilhando grandes momentos com Lily Campbell.Nenhuma delas mencionava Franz e a vida na Alemanha. No fundo a galesa sentia falta dele e dos meninos. Mas sabia que não podia. Deixou as coisas como estava. E viver sozinha era melhor para evitar problemas.

Milão, Itália

O jogo da Intenazionale contra Juventus terminou empatado. Não que o  resultado importasse mas para Giacinto Fachetti, o camisa 3 do time, ele queria agradar alguém. Ele enviava uma mensagem no celular e tomou um banho. Se arrumou e seguiu para um restaurante chique da cidade. Encontrou ela, a principessa. Se conheceram quando a mesma era uma visitante na cidade e procurava emprego nas galerias de arte. Fachetti possuia bons contatos e logo tratou de arranjar um trabalho para ela.

-- Você viu o jogo, principessa? – ele questionou, servindo na taça da moça um vinho tinto.

-- Vi e adorei, meu amor.  – ela o beijou longamente.

O Demônio Branco deixou Munique para trás e tudo que há nela, mas Milão era sua melhor escolha. E Louise McGold só desejava uma coisa: desapegar!




FIM (???)

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