Hoje estou de folga e aproveitei para escrever mais um capítulo da fic CSI e oficializando o chamado "Universo Expandido de Vampires"
Capítulo 7: O Pequeno jogo
O estudo em vermelho
Alana
chorava desesperada e sendo amparada pelos companheiros de banda. A polícia isolou o apartamento e levaram o
corpo para o IML. Alguns policiais do CSI vasculhavam o local, procurando cada
pedaço ou evidência que os ajudasse na identificação do assassino.
--
Conhece o cara? – indagou Uli, enquanto tirava fotos da sala coberta de sangue.
Paul
olhou em seu bloco de anotações. Havia interrogado Alana.
--
Mike Nesmith, guitarrista de estúdio. Solteiro, 28 anos e texano radicalizado.
Residia em Munique há dois anos e meio.
--
Espera! – Uli se lembrou de um detalhe. – Não era ele que namorava Alice, a
“Meredith Grey peituda”, como chama a Louise?
--
Ele mesmo!
Uli
mordeu a língua, evitando rir e voltou a fotografar o local do crime. Neste
momento, Alana passou mal, vomitando e desmaiando. Os paramédicos a levaram
para o hospital.
--
Paul! Venha aqui!
O
policial seguiu para o quarto.
--
Veja isto!
O
quarto totalmente barbarizado e a cama de casal contendo mais pedaços do
cadáver. E na parede algo escrito;
ROT!
--
“Vermelho”, em alemão. – comentou Breitner, intrigado.
O
assassinato de Mike Nesmith se torna mais uma peça a ser resolvida...
Três dias antes do
assassinato...
A cada clique que dava para avançar nas fotos do Instagram, Mike
sofria. Passados dois anos desde que seu namoro com Alice Stone acabou, não
conseguia mais se relacionar mais. Desligou o computador e resolveu desapegar…
pra valer. Chegando no pub KellerClub, não encontrou seus amigos, mas avistou
uma pessoa em especial: Alana Watson.
Havia tempos que o texano gostava dela, só não deu margem por causa do relacionamento com Alice.Relacionamento esse que não teve futuro. Naquele dia, Mike não procurou culpados
e deixou para lá.
Ele já ia embora quando uma mão delicada e pequena o tocou.
-- Eu te vi, Mike Nesmith. -- disse Alana, segurando um copo de martini.
-- Achei que ninguém ia me enxergar… --- disse, sem jeito. -- O que faz aqui?
-- Me divertindo. -- ela estava meio alta da bebida. -- O Phil viajou, está fora faz dois meses e meio,
a banda tá de férias e tô sozinha.
-- E suas amigas?
-- Ocupadas… -- ela se agarrou e riu do texano. -- Desculpa…
-- Quer ir pra casa? Eu ainda não bebi.
-- Sim.
No dia seguinte, Alana se acordou com a dor de cabeça imensa,
resultado da ressaca. Notou que não estava sozinha. Ao seu lado, Mike dormia de
barriga para cima, completamente nu. Ela… também sem roupa.
-- Oh nossa…
Imediatamente, correu para o banheiro e vomitou. Chorou um pouco. Seria possível que os sentimentos por Mike voltassem agora? Ela estava muito feliz com Phillip Lahm, o produtor
musical e seu namorado atual. Escovou os dentes e voltou para o quarto, se vestindo e acordando Mike.
-- Bom dia… -- disse, sonolento. -- Alana…
-- Sobre ontem… aconteceu e fica em segredo. -- ela suspirou e voltou a dizer. -- Mike, eu tenho
namorado.
-- Eu sei… Mas, não podemos?
Ficaram em silêncio. Se vestiu e beijou Alana.
-- Entendo perfeitamente.
Saiu do apartamento dela, um pouco desolado. Passou o resto da manhã, ouvindo Davy falando sobre encomendas, Peter assistindo um filme e Micky envolvido numa investigação do
FBI. Perto do meio dia, saiu um pouco de casa e se dirigiu para o Hospital Central. Ele queria ver Alice. Mandou mensagem para ela enquanto esperava no saguão e ao mesmo tempo a viu de longe, abraçando e beijando Gerd. Xingou o médico mentalmente de diversos palavrões.
Alice se aproximou dele.
-- O que você quer? --
perguntou com certa raiva.
-- Só falar com você. --
respondeu calmamente. -- Então… acabou mesmo entre nós?
-- Sim.
A vontade de chorar era
maior e Mike segurou.
-- Só queria ter certeza que ele é o cara pra você! E sua felicidade.
Alice suavizou. No fundo não esperava isso. E tampouco magoar Mike. Aquela traição na sala de exame foi um golpe baixo, para ele e para noiva de Gerd, Uschi.
-- Talvez… -- ela disse.
-- “Talvez”? -- Mike não aceitou, mas manteve o tom de voz. -- Você me deixou por ele, transou com ele na sala de exame enquanto namoramos e ele com sua noiva e me diz que é “talvez”? Um “talvez” não é certeza. Pense bem nisso.
-- E você? Tem certeza que Alana é a garota pra você?
-- Tenho e vou até o fim!
-- Tente entender. Estou gostando dele.
-- Gostar é uma coisa. Transar é outra e isso está durando há dois anos. Mas quem sou eu pra
julgar? Não quero desejar seu mal. Só quero que seja feliz e se é com ele, não seja “talvez”. Seja pra valer.
Mike finalizou e foi embora, aliviado e um pouco estranho por sua atitude. Desta vez ele tinha
certeza de suas decisões. E sobre Alana, ele iria conquistar sua baixista.
No mesmo dia no hospital, Louise compareceu para a retirada dos pontos e ninguém menos do que Alice foi fazer tal procedimento, que resultou em machucar a garota.
-- PORRA! -- ela saltou da cama. -- QUAL É A SUA? QUER ME MATAR?
-- Me desculpa… estou distraída e…
Alice viu a consequência de seu erro: sangramento e abertura dos pontos. Odile chamou a enfermeira e Louise foi encaminhada para outra sala. Gerd viu tudo e chamou atenção de Alice.
-- O que você fez?
Alice chorou e abraçou o doutor. Pela primeira vez, notou uma frieza nele. O abraço não era mais o mesmo de dois anos.
-- Me distraí. Não era minha intenção.
-- Não? E por que os pontos da Louise se abriram? Ela levou um tiro no peito por minha causa!
Operamos ela! Fica longe dela, Alice! Antes que Louise chegue a um ponto que não vou deter!
Por causa da reclamação da assistente do doutor, Alice ficou afastada dos blocos cirúrgicos até a segunda ordem. Joanna refez os pontos e o curativo nela.
Belle almoçou com Alice e elas conversaram.
-- Mike veio me ver.
-- E como foi?
-- Ele não brigou comigo. Mas disse algo que mexeu comigo.
-- Uma declaração de amor?
-- Ele desapegou de mim. -- Alice ainda tomava um pouco de água e voltou a falar. -- Queria ter certeza que o Gerd é o cara para mim e eu disse que talvez.
-- Vamos ser francas: Gerd é mesmo o cara pra você? -- indagou Belle.
-- Por que?
-- Primeiro: o começo do relacionamento de vocês é tão Derek e Meredith e ele ainda era noivo e você com Mike. E segundo, desde que a assistente dele, a filhotinha de cruz credo com cara de anjo começou a pegar no seu pé, veio uma maré de azar danada. A relação de vocês não tá indo pra frente, não pensam no futuro.
-- E o que eu faço?
-- Você decide. Ou você deixa o McDreamy seguir sua vida ou
reconquiste ele de vez e não deixe aquela.... coisa nanica estragar seu namoro,
como estragou o meu com Charlton.
Dito isso, Alice saiu de perto da amiga e foi para o banheiro,
lavar o rosto e se acalmar.
Louise ficou sob observação por conta da abertura dos pontos de
forma abrupta. Naquela solidão, refletiu sobre suas atitudes com relação a
Alice. Em seu terceiro ano na polícia e sabendo do namoro dela com seu chefe,
havia se manifestado e tentado de tudo para separar ela e Gerd. E agora ela
salvou seu amor de um atentado e foi salva por ele e a namorada e ela falhou em
tirar seus pontos. Desobedecendo as ordens médicas, saiu da cama e caminhou
procurando Alice. A encontrou saindo do banheiro.
-- Alice.
Ela escutou e correu até a paciente.
-- Louise, não era pra sair da cama! – Alice conduziu Louise para
o quarto. – Se acontece algo com você, o doutor Müller come meu fígado!
Ela voltou para o quarto, examinou a paciente. Tudo tranquilo.
-- Quero falar com você. – Louise suspirou. – Quero pedir perdão
por tudo que andei fazendo contra você. Falei muito mal de você e conspirei
contra você.
Alice se surpreendeu. Louise se arrependendo. O que teria levado
ela a decidir? Por um momento lembrou de James, embora ela não mostrou mais
interesse nele.
-- Aceito seu perdão. Mas quero que me responda algo. Ou melhor
duas perguntas. A primeira é por que está sendo assim, tão legal comigo?
-- Porque cansei de brigar e vi que não há chance pra mim e o
doutor. Reneguei uma cambada de cara legal e maravilhoso por causa de um amor platônico.
Então, tenho que dar chance a eles. E falei com Charlton e pedi pra ele dar uma
chance pra Belle. Eles vão conversar hoje.
-- Ah que bom. – Alice sorriu e notou que Louise gostou. – A segunda
pergunta... É pessoal. Você e meu irmão... vão sair?
-- Não. Como eu disse, vou dar uma chance aos outros caras. E isso
não inclui seu irmão. Ele foi bom de papo no aplicativo, porém eu vi como ele é
aqui. Se eu sair com um cara, que não seja um galinha.
Alice riu e não deixou de concordar.
-- Se eu não fosse irmã dele, também não sairia com ele. Mas,
tenho minhas dúvidas quanto ao doutor.
Louise mudou a expressão. Ela entendia.
-- Não tenha. Estou largando fora.
Alice segurou a mão de Louise. A mesma tocou também e gostou mais.
-- Macia...
Mal terminando de falar e ela puxou a médica para um surpreendente
beijo. Forte e envolvente. A médica parou um pouco para respirar e cuidar se o
corte não se abriu de novo.
-- Cuidado... – Alice sorria mais. Havia gostado demais e
verificou o curativo. – Seus pontos são recentes e não estão firmes o bastante.
-- Desculpa...
Ficaram um pouco em silêncio e voltaram se beijar, com mais calma
e gostoso.
-- Ficaria o tempo todo assim. – Louise mal conseguia dizer por
conta da língua de Alice entrando em sua boca.
-- Eu também. Mas não pode se levantar.
-- Mais beijos?
Continuaram mais um tempo. Louise deitada e Alice ainda a beijando
e tendo cuidado pra não ter movimentos pra abrir.
-- Sei o beijo francês. – Alice estava louca pra mostrar.
-- Sei o beijo viking. – Louise tocava o rosto da médica.
-- Como é?
Teria acontecido outro beijo se não fosse a entrada de uma
enfermeira. Elas pararam.
-- O doutor pediu para trazer Louise para os exames.
-- Ok. – e em seguida olhando para a loira. – Depois continuamos.
-- Tá bem.
Alice e a enfermeira empurram a cama com Louise deitada em direção
a sala de exames, onde Gerd e mais dois médicos residentes a esperavam.
-- Como você está? – perguntou o doutor.
-- Bem melhor. – Louise respondeu e sorriu para Alice.
----- C-----S-----I-----
Eram sete da noite e Mike tinha tudo planejado. Iria ao
apartamento de Alana e se declarar pra ela. E como ela chega oito horas,
aproveitou esse tempo para comprar um presente pra ela: flores, um caderno de
partituras e uma correntinha. Ele seguiu para o apartamento dela e quando ia
tocar a campainha, alguém tocou seu ombro.
-- Com licença, senhor...
-- O que é?
Mike recebeu um golpe na cabeça que o derrubou. O desconhecido
abriu a fechadura com um grampo e arrastou o corpo do guitarrista para dentro,
com os pertences. Ninguém ali naquele andar ouviu ou viu algo. Em seguida ele
fechou a porta.
Uma hora e meia depois, ele sai do apartamento, com uma sacola
azul. Dentro dela estava sua capa de plástico ensanguentada e um machadinho.
Estava apresentável da melhor forma possível sem despertar suspeitas e saiu do
prédio.
Alana desembarcou do carro, cumprimentou o vigia do prédio e subiu
as escadas. Ao abrir a porta e acender a luz, se deparou com o cenário digno de
filmes de terror e suspense e muito pior ao enxergar o corpo mutilado de Mike
Nesmith. Ela gritou repetidas vezes e os vizinhos saíram dos apartamentos e
viram a cena horrenda. Uns chamaram a emergência e outros a polícia.
-----V-----A-----M-----P-----I-----R-----E-----S----
Enquanto isso no castelo ao norte de Munique, os vampiros que ali
residiam e descansavam em paz em seus caixões foram despertados involuntariamente
por um grupo de estudantes da faculdade de Munique. Mataram o professor
responsável e todos os alunos, menos um.
Jack chorava demais diante das criaturas.
-- Eu imploro, não me matem. Eu sou asmático e diabético para meu
sangue ser apropriado pra vocês.
-- Quieto, humano! – o conde estava furioso e mostrava as presas. –
O que está fazendo aqui? No meu castelo?
-- Pesquisar sobre o castelo....
Nenhum dos vampiros acreditou. O conde aplicou a fascinação, uma
técnica hipnótica dos vampiros, que deixa a vítima totalmente à mercê de quem
aplica.
-- Diga seu nome.
-- Jack Hammersmith.
-- O que você é?
-- Estudante de História e Arqueologia da Universidade de Munique.
Estou no terceiro semestre.
Os vampiros gostaram.
-- Por que vieram ao meu castelo?
-- Pesquisar sobre o castelo e a lenda sobre vampiros na Alemanha
e partes da Europa. E sobre indício deles na Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Eu pretendia escrever um livro sobre o assunto.
Houve um silêncio e depois o conde pediu ao médico holandês que
verificasse o humano.
-- Ele tem problemas respiratórios a ponto de precisar de uma
bombinha especial para o pulmão. E sofre de hipoglicemia.
-- Traduza, por favor, doutor. – pediu o vampiro ruivo.
-- Ele não pode ficar por muito tempo sem açúcar no sangue ou ele
terá ataques desmaio e suor excessivo, chegando a ponto de morrer.
Em seguida o conde olhou para o humano, pegou o bloco dele com
anotações.
-- Diga-me, Jack. Em que mês estamos?
-- Setembro.
-- E o ano?
-- 2014... Não. É 2013. Digo... é.... 2014.
-- 2014?—os vampiros gritaram juntos.
-- Silêncio! – mandou o conde. – Habitante do futuro, a partir de
hoje será nosso servo leal e nos reportará tudo que acontece neste mundo
futurístico, até o momento que o libertar.
-- Sim, senhor. Como posso começar?
-- Primeiro nos consiga roupas deste século e segundo sangue. Seja
humano ou animal, nos consiga para amanhã.
-- Tá bem!
Depois disso, Jack foi liberado e foi para casa.
-- E o que faremos com os corpos, Franz?
-- Jogue todos no rio.
Começa ali o despertar dos vampiros liderados pelo conde Franz.
-----C-----S-----I-----
Rosie digitava mais um relatório no notebook e assistia dois
vídeos: o primeiro das câmeras de monitoração do estádio Olímpico e outro da
vigilância do prédio onde Alana Watson morava depois do assassinato de Mike
Nesmith. Ela reparou em algo nos vídeos. Um dos assassinos de Helmut Schon
usava um colete jeans e blusa manga longa e tênis surrado. A mesma pessoa aparece
também no segundo vídeo, entrando no prédio, golpeando Mike, arrombando o
apartamento de Alana e em seguida entrando nele levando a vítima e só saiu uma
hora e meia depois. Ela marcou essa
pessoa em formato de imagem cortada e imprimiu a foto do sujeito. Rosie guardou
na pasta. Ela ouviu o chuveiro sendo desligado e em seguida Uli Hoeness saia só
de toalha.
-- Eu terminei de tomar banho e você não veio ficar comigo.
-- Vai me perdoar por isso. – Rosie o seguiu até o box, só de
calcinha e blusa. – Acho que encontrei um suspeito.
-- Certo... – Uli largou a toalha, revelando sua nudez e puxou
Rosie para o chuveiro, beijando. – Me conta depois.
A noite será longa para eles e Rosie só iria ver seu celular com a
mensagem de Marianne Jones contendo essa mensagem:
Me ajuda. Preciso de você. Sei que não nos falamos há anos, mas agora
estou em perigo e não consigo confiar em ninguém, exceto você. Me encontre
amanhã na Schon Industries às 10h30 no hall de entrada.
Continua...
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