segunda-feira, 6 de maio de 2013

Love Sell Out (10º Capítulo)

Enfim, chegamos ao capitulo 10 da fanfic. Será uma dobradinha de POV's, terá Felicity e Pete narrando os fatos e no próximos teremos Nora e Keith. Boa leitura!


Capítulo 10-- That Glitering Girl - Parte 1

Felicity POV

Volta ao trabalho, amava retornar as atividades nos dias uteis, com exceção na sexta que já me deixa esgotada. Depois da noite de sábado não consegui parar de pensar em Pete, mesmo ter afirmado que aquele beijo era apenas para agradecer o que ele fez por mim. O que me deixava angustiada era o fato de ter prometido dar uma resposta para ele se eventualmente nos encontrarmos, independendo das circunstancias. Por isso que hoje fui para a Rolling Stone cheia de receio de se deparar com próprio Townshend na minha frente. Cheguei à redação e cumprimentei a todos. Fui para cafeteria e escolhi uma mesa de quatro lugares para esperar minhas colegas de trabalho, Nora, Marie Greyhound e Anastacia Rosely. Enquanto esperava, revi os fatos que desencadearam na semana passada, desde o momento que Dave Davies se revelava um possessivo até Ray Davies ser um furioso homem querendo matar Keith Moon. Acredito que depois dessa, Ray vai encher o saco de Nora para pedir desculpas do ocorrido e ela nem aí.
Já eram 08h30 e as meninas apareceram muito alegres e já se sentando à mesa onde estava esperando.
-- Felicity! Não acredito que não foi na festa da Marianne Faithfull. Estava demais! – Dizia Marie, já se sentando ao meu lado e Nora e Ana de frente para nós duas.
-- E como estava! – Agora é Ana que completa os elogios da festa, enquanto Marie fazia os pedidos.
-- Ah, deixa te contar uma coisa:  Advinha quem estava na festa? – Dizia Nora, ao se sentar na minha frente.
-- Ray e Dave?
-- Só vi o Ray e nem dei bola. Bem feito pra ele por quase matar meu querido Moonie. Além dele, vi seus dois pretendentes, ou melhor, ex-pretendentes, Keith Richards e Gordon Waller.
-- O que aquele idiota do Gordon queria comigo? Já basta por me trair com aquela modelo sueca esquelética...
-- Ele ainda te ama, a ponto de te ligar e o Richards com saudades de você. Mais engraçado nesta história é que o Gordon falou isso na frente da namorada e ela ficou muito furiosa.
Acabei dando risada desse fato, imagina uma coisa dessas. Gordon revelando na frente da atual namorada o meu amor. Meio tarde para isso, não acham, leitores?
Marie e Ana conseguiram trazer nossos pedidos de café da manhã e começamos a falar muito mais da festa. Nora ainda contando que quando chegou lá, encontrou o ex-marido de Marianne, John Dunbar. Depois um papo que ela ouviu entre Tony Hicks e Graham Nash falando sobre a excursão que fizeram em Oxford. Que eu soube, Os Hollies se apresentaram na Faculdade de Oxford. Apresentação agenciada por Sam Benson, o maior empresário da cidade e chefe de minha amiga, a estudante Rosie Donovan.  Inclusive, prometi um dia ligar para Rosie, perguntando quando ela viria para Londres, com Marianne Jones e sobre o relacionamento com Eric Clapton.
O café estava muito gostoso e a segunda-feira prometia mais surpresas naquele dia sem que eu imaginasse. Depois do papo, pagamos pelo café e no momento da saída, Richard Sullivan, nosso chefinho amado da Rolling Stone, trouxe meus amigos, Paul Williams, âncora do telejornal London News e Luke “Biff McFly” Stark, locutor da famosa rádio pirata Radio Caroline.
--E ai Fefe, vamos mais um dia tocar um pouco de rock anos 50? – Perguntou alegremente Luke. O apelido Biff McFly é o seu nome artístico para radio.
-- Sempre estou pronta, Luke, mas cadê minha guitarra Epiphone?
-- Bem aqui! –Respondeu Paul, que trazia seu enorme contra baixo clássico, usado pelos músicos dos anos 50. – Vê- se não esquece sua guitarra na minha casa. Da última vez, saiu correndo e a Melissa não teve tempo de devolver pra você.
-- Não irei esquecer-me desta vez. –Falei um pouco constrangida pelo fato de ter esquecido a minha guitarra, presente de meu pai, Robert McGold, na casa de Paul, no dia que o visitei e sua mulher, a atriz Melissa Campbell.
-- Vamos lá? Quero mandar ver!
Fomos ao estúdio que a imprensa possui  para caso de bandas fazerem uma entrevista e um show ao mesmo tempo. Tem tudo ali, desde cabos e amplificadores e uns instrumentos atuais e clássicos. Preparávamo-nos para uma pequena apresentação de começo de semana. O que não esperava era que “ele” estaria aqui, me vendo cantar.


Pete POV

Um beijo. Um único beijo foi o suficiente para perceber o quanto gostava dela. Eu sei que é meio cedo, mas sabia que era dela que tinha uma pequena sintonia. Percebi isso quando foi nos fotografar para nosso disco. Felicity McGold é meu anjo. Naquele dia da festa, não suportei que aquele engomadinho do Gordon Waller e Keith Richards gostassem dela.  E quando fui no apartamento dela, senti aquele beijo, com gosto de mel e vinho. Desse jeito pareço tão poético quanto os Beatles em 63.  Aquela manhã todos nós acordamos cedo. Roger outra vez ajeitava seu cabelo, John fumava e suspirava por Anastacia e Keith procurava uma roupa boa para vestir pois ele iria visitar Nora na Rolling Stone.
Para quebrar aquele silencio, Roger perguntou.
-- Por que saiu da festa, Pete?
-- Não é da sua conta! Me deixa quieto, Ok?
-- Ora, não era você que chorou para minha boneca lhe dar o endereço da fotógrafa?
-- O que? Pete pediu pra Nora lhe dar o endereço da amiga dela? Há há essa é boa! – Roger riu quando Keith revelou isso. Fiquei mais furioso com isso.
-- O que está havendo aqui? – Chegou Kit Lambert.
-- Nada não, Kit. É só o Pete em suas crises por falta de sexo hahahaha! – Quem disse essa bobagem foi Keith, unicamente para me provocar e todos, inclusive John que até então só pensava na Ana, gargalhou com essa palhaçada.
-- Parem, pessoal. Vamos pro carro, temos que ir para Rolling  Stone saber da revista e Pete... – O olhar de Kit foi direcionado para mim na próxima frase. —Arranje outra garota para satisfazê-lo, pois Deus que me perdoe aquela Jenna não dava conta!
Quando entramos no carro, mais risos por minha causa. Primeiro foi da festa, depois meu termino do namoro dom Jenna Davies e o sexo entre nós ter sido naufragado por diversas vezes e por fim Roger mencionou um dos meus momentos de sonambulismo, em que falava que iria matar ele, mas nesta última, dizia ele e o próprio John que eu gemia e falava o nome da Felicity. Nem eu acreditava que eu mesmo dizia no meu sonambulismo. Caso for verdade, vou me enterrar num buraco para ninguém me achar.
Enfim, estamos no prédio da revista Rolling Stone. Entramos e fomos recebidos pelas garotas Nora, Marie e Ana. Reparei que Felicity não estava entre elas. Perguntei para Marie, abraçada ao Roger, se a amiga dela viria.
-- Ela já chegou faz tempo, Pete. Felicity está tocando neste momento no estúdio com a banda dela.
-- Banda?—Perguntei. Nunca ouvi falar de Felicity com uma banda.—Que banda é essa?
-- É uma banda que toca só músicas dos anos 50, formada por ela na guitarra, o jornalista Paul Williams no contra baixo e o locutor Biff Mcfly na bateria. Vamos ver eles cantarem Buddy Holly. – Falava Anastacia, de tão animada por saber que John estava ali com ela.
Entramos no estúdio cheio de jornalistas e fotográfos. Encontrei personalidades como Maureen Cleave, a repórter que entrevistou John Lennon no dia que ele afirmou que os Beatles são mais populares do que Jesus e o nosso amigo Alan Algridge, ilustrador do nosso segundo disco, A Quick One.
A banda havia terminado de tocar Summertime Blues e quem cantava era Paul Williams. Ao que parece, Felicity vai falar algo.
-- Agora, próxima música, é uma das minhas favoritas do Buddy Holly e...
Notei a falha pequena na voz dela quando olhou para mim. Estava entre a surpresa e a felicidade.
-- ... E quero dedicar a um cara que conheci no meu trabalho. Ele salvou minha vida e se pudesse... diria que aceito sair a qualquer dia com ele!
Percebi então o que ela quis dizer. Ela aceita sair comigo.  Ela cantou True Love Ways.
Just you know why
why you and I
will by and by
know true love ways

Sometimes we'll sigh
sometimes we'll cry
and we'll know why
just you and I
know true love ways

Throughout the days
our true love ways
will bring us joys to share
with those who really care

Sometimes we'll sigh
sometimes we'll cry
and we'll know why
just you and I
know true love ways

Ela canta e toca guitarra maravilhosamente bem, pensei comigo mesmo. Todos aplaudiram por aquela música ser interpretada tão bem na bela voz de Felicity. Nora havia filmado a banda cantando a música. Naquele instante, confirmei mais o que realmente sinto pela fotógrafa Felicity McGold é amor. Um amor mais puro e digno, não aquele amor de aparências como tive com Jenna e por conveniência como aconteceu com Karen Astley, minha primeira namorada.  Felicity é minha garota brilhante. Voltamos para casa e imediatamente, peguei aquela música que John e eu escrevemos para Anastacia e não terminamos. Era Glitering Girl. Comecei a escrever feito louco mas de alegria.
Said the rules mama preaches
Go down when they break
The themes mama teaches
You just gotta shake
But she wasn't a fool
That slender love figure
She followed her rules
And made money bigger
She wasn't a fool
That shining young woman
She followed her rules
She's crying for no man
(…)

-- Pelo visto bateu inspiração, hein?—Espantou John Entwistle, ao me ver escrevendo no caderno.
-- Essa garota brilhante me inspira.
E como me inspira a escrever as músicas!

Continua...



Nenhum comentário:

Postar um comentário