Tenham uma boa tarde e hoje trouxe de volta Sunrise. Mudei umas coisas. Hoje deveria ser uma fanfic fofa e bem romântica por ser dia dos namorados mas esta autora (mesmo eu tendo um namorado) infelizmente não tá no clima. Então vamos conferir o novo capítulo!
Capítulo 8: Satisfação
Uli estava chocado
com que ouviu de Marie. Ela propondo algo daquele tipo... Era demais pra ele.
Olhou pra janela e tentar encontrar uma resposta e possivelmente enganar sua
cabeça, dizendo para si mesmo que tudo é um engano. Mas não é...
-- Infelizmente
não posso aceitar isso! – Respondeu, suspirando depois. – Uma coisa é ter de
aceitar você e Irene, agora quer viver comigo... e com um jogador de rugby?
-- Uli, sabe que
eu te amo e muito. Nunca vou te abandonar mas...
-- Mas nada! – Ele
recusou carinho. – Escolha! Ele ou eu e escolha bem, kleine blume!
-- Uli eu te
escolhi! – Marie chorava e abraçava o namorado.
-- Não parece!
Você me vem com uma conversa, de que se apaixonou por um jogador de rugby e que
gostaria de viver comigo e com ele sob o mesmo teto! Você... se deitou com ele?
-- Uli...
-- Me responda!
-- Eu saí com ele
umas três vezes e quase fomos pra cama. – Admitiu por fim. – Mas não me
entreguei por sua causa. Por favor, me perdoa.
-- Te perdôo, mas
digo não sobre isso. – Disse Uli, decidido.
-- Mon amor, eu te
amo e vou amar vocês dois...
-- É ele ou eu!
Marie se calou e
chorou. Ela pensou em dizer algo, mas qualquer coisa que dissesse, faria Uli
pensar o contrário e o silêncio já se tornou sua resposta.
-- Acho melhor eu
ir embora... – Ele entrou no quarto e ficou arrumando sua mochila e mala,
guardando o necessário.
Na saída, Marie
tentou agarrar o namorado.
-- Uli, não vá,
por favor! Eu te amo....
-- Adeus, Marie!
Ele embarcou no
carro e pegando o smartphone, discou um número.
-- Alô, Rosie? Sou
eu... Escuta, você ainda mora com a Nami? Não? Me dá seu novo endereço. Longa
história...
Uli anotou tudo no
seu bloco de notas e seguiu rumo ao endereço dito.
Felicity esquentava
seu almoço no microondas. O trabalho na Rolling Stone estava bem agitado.
Quando olhou para a janela, ela se lembrou de algo, referente aos tempos de
solteira e principalmente, com Gerd...
FLASHBACK ON
Já fazia algumas semanas que ela e Gerd tiveram
sua noite de amor, na festa a fantasia com temática cinematográfica. Marie
naquele dia chegou no prédio, bastante animada.
-- Sereia! Minha amada sereia! – Marie chamava
Felicity de Sereia por conta da relação bissexual que elas mantiam. – Uli me
pediu em namoro e eu aceitei!
-- Oh mon cheri! – Ela beijava Marie e agarrou a
francesa, deixando-a erguida. – Sempre soube que vocês combinam.
Elas se beijavam até que Fefe parou no meio das
caricias, um pouco abalada.
-- Sereia...
-- Desculpa, mon cheri... Eu não estou legal.
-- Quer me contar?
-- Acredita que até hoje não esqueci aquele
jogador? Sei lá, cada vez que o vejo, sinto vontade de querer provar mais...
dele... me entende?
-- Está viciada num cara chamado Gerd Müller! –
Confirmou Marie, afagando os cabelos negros da galesa. – Não tenha vergonha,
invista nele, dê uma chance a ele. Sei que vai gostar e dizem que ele é um
tesão!
Elas riram disso e Fefe arquitetou um plano
perfeito...
-- Tem certeza, amor? – Lily receava que o plano
de sua amada daria errado.
-- Sim... tem tudo pra dar certo. E hoje você vai
ficar com seu amado Franny Lee!
Com a saída de Lily, a galesa preparou tudo. A
mesa, o jantar a luz de velas e uma música pra animar os dois. Como não sabia
direito o gosto musical de Gerd, arriscou em colocar uma do Barry White, pois
na época de namoro com Paul McCartney ela sempre ouvia.
Porém... naquela noite, tudo deu errado. Gerd não
compareceu. Felicity se entristeceu mas não se abalou no dia seguinte.
-- Sepp me contou que viu ele com a Irene... –
Comentou Nora, massageando os ombros de Fefe.
-- Maldita seja ela... – Resmungou Fefe. – Eu
juro que estou suportando ela por causa da Marie. Se não fosse por isso eu
mesma teria acabado com a raça dela!
-- Relaxa, amor! – Beijando a galesa maior. –
Esqueça isso, vamos sair hoje a noite? Quero ir naquele clube de jazz.
-- Você nunca foi de gostar de jazz. Por que
agora?
-- Estou expandindo os ares, meu amor.
Fefe pensou em recusar porém Nora foi mais
insistente e cedeu. Mesmo num lugar aconchegante, a galesa não estava bem.
-- Nora, eu não estou bem, melhor ir embora. –
Anunciou Fefe.
A amiga compreendeu e como estava acompanhada de
Sepp, acabou permitindo e Fefe pegou o carro e seguiu para o estúdio
fotográfico. Poderia muito bem ficar no apartamento. Ela optou em ficar no
estúdio e deixar o apartamento para Lily e seu amado jogador Francis Lee.
Naquela noite ela tentou dormir no sofá confortável quando ouviu batidas na
porta. Achando se tratar de Nora ou Lily, ela abriu e deu de cara com ele.
-- V-você? – Fefe não acreditava que o jogador
estivesse ali no meio da noite. – Como soube que eu estava aqui?
-- Me disseram que você estaria no novo Jazz Club
--- Ele respondia e entrava sem a permissão da dona e ainda trancou a porta. --
E como não te encontrei, pedi o seu endereço a namorada do Sepp.
-- Droga, Nora... – Fefe reclamou um pouco e em
seguida olhou para ele, séria. – Agora saia do meu estúdio! Estou cansada e
quero acordar focada!
--Bem... Eu entendo você perfeitamente... – Gerd
tirava a camisa, seguidamente os sapatos, a calça e ficando de cueca boxer
preta. – E sei o quanto está decepcionada comigo.
-- Peraí... eu... – Fefe não conseguia falar por
prestar atenção da beleza germânica que ele emana e principalmente... das
pernas dele.
-- E eu tenho.... A... solução! – Mal terminou de
falar e Gerd se livrou da peça íntima, chocando Fefe.
Ela olhava pro jogador com mistura de
incredulidade e um pouco de receio e excitação. E aquela mistura de sentimentos
foram o bastante para causar a explosão. A química entre eles. Fefe jogou Gerd no sofá e ali mesmo se entregaram de
modo selvagem o que ambos já fizeram, no carro semanas atrás...
FLASHBACK OFF
Seus pensamentos
foram interrompidos com a chegada súbita de Marie, chorando.
-- Fefe... – Elas
se abraçaram. – Uli me deixou!
-- Mas por quê?
-- Eu... Eu....
-- Marie, você não
o traiu?
Elas trocaram
aquele olhar de dúvida e a francesa contou toda a verdade, deixando a galesa
nervosa e irritada por dentro.
-- Olha... dê um
tempo no Uli. Sei que vocês se amam mas pra ele foi um choque. Onde já se viu,
viver com dois caras? É normal que ele se sinta assim. Porém, como ele te ama,
vai pensar sobre o assunto com mais calma e sugiro que não o procure por
enquanto!
-- Não o procurar?
Mas Fefe...
-- Se for atrás
dele vai ser pior e aí sim não voltam. E você também reflita sobre o assunto! –
Disse por fim no intuito de encerrar o assunto.
Marie outra vez
chora e Felicity se dando conta do que fez, pediu desculpas e consolou a amiga.
Marianne comprava
mais flores para Anastacia e quando viu as rosas vermelhas, lembrou-se de
Rosie. Os cabelos vermelhos caindo nos ombros dela como cascata e os olhos
verdes tão brilhantes como a esmeralda. No mesmo instante que saia da
floricultura, avistou a amada ruiva... acompanhada de Olivia Jones.
-- Minha irmã e a
Rosie... – Ela não acreditava no que via e ainda sua irmã beijava Rosie e as
duas se entendiam perfeitamente.
Quando chegou ao
apartamento, Mari guardou as flores no vaso com água e em seguida Olivia
apareceu, feliz.
-- Como você está,
irmãzinha? – Abraçando Mari.
-- Um pouco bem...
– Ela se afastou da irmã. – Quando você chegou?
-- Faz poucos
dias. Por conta de uma apresentação da orquestra.
– São pra ela, não
é? A russa.
-- Sim...
Olivia suspirou
pesadamente e balançou a cabeça.
-- O que você viu
naquela mulher? Ela é perturbada e vai te levar a ruína, Marianne.
-- Ei! Não fale
assim da Ana. Eu a amo muito!
-- Ama mais que a
Rosie? – A pergunta de Olivia pegou Mari de surpresa. – Pelo seu silêncio,
parece que sim. Eu me recuso a acreditar que você fez isso com ela. Rosie
dedicou tudo pra você e o que faz? Esconde dela sobre essa russa e ainda transa
com ela na sala, fazendo com que Rosie veja.
-- Eu...
-- Marianne, não
negue! Ela me contou tudo. Por isso ela te deixou! E sem falar que você só
falava na Ana pra lá e pra cá. Eu juro que se eu encontrar essa princesa russa,
eu mato ela!
-- Olivia, eu não
vou permitir! – Marianne não queria que nada acontecesse com Ana.
-- Tudo bem. Fica
com ela. Não vale mais a pena discutir com você sobre isso. Mas aviso de uma
coisa. Eu e Rosie estamos finalmente juntas.
A notícia soou
como um soco em Marianne. O que ela viu de manhã, era verdade. E ainda por
cima, sua irmã confirmava tudo.
-- O que? Vocês...
-- Sim! – Ela
pegava a bolsa e caminhou até a porta. – Estamos juntas há três dias. Pouco
tempo mas sinto que estamos nos entendendo.
-- Sai daqui,
Olie! – Ordenou Marianne. – SAI DAQUI!
-- Agora quer me
expulsar? Porque sua ruiva me quer? Você mesma provocou isso Marianne Veronica
Jones! Você a magoou e agradeça a Anastacia por isso!
Olivia foi embora,
deixando Marianne chorando. Uma hora depois Ana chegou em casa encontrando a
amada naquele estado emocional.
-- Amor... –
Correu para consolar. – O que houve?
-- Ana, minha
irmã... ela e Rosie...
-- O que têm
elas? -- Indagava Ana, tentando consolar
Marianne.
Não obteve
respostas. Elas jantaram calmamente e inclusive Paul participou, mas nada foi
como antes. Para deixar as duas mais a vontade ele se retirou.
-- Eu vou visitar
Louise e depois vou pro meu apartamento. – Beijou rápido a escritora. – Me
avise de qualquer coisa.
A noite foi
desastrosa. Ana fazia sexo oral do jeito mais gostoso e natural e beijava o
corpo delicado dela. Marianne se encontrava numa catatonia única. Na mente se
recusava acreditar que Rosie estivesse com Olivia. Podia perder a ruiva para
Nami, a japonesa fofa que conquistou a liverpooliana. Mas para sua irmã mais
velha... era inadmissível.
-- O que houve,
pequena? Estou fazendo algo de errado?
-- Não... é que...
-- Sua irmã Olivia
e a Rosie estão juntas não é? – Ana suspeitava disso e viu que a amante
confirmou. – Você ainda ama a Rosie?
-- Eu a amo mais
do que tudo. – Marianne não queria admitir, contudo, preferiu falar.
-- Então, por que
disse pra ela no estúdio que me escolheu? Era pra irritá-la? – Exigiu Ana. –
Porque agora sou eu que quero sua escolha. É ela ou eu!
-- De novo não...
Ana saiu da cama e
vestiu um robe.
-- Vamos Marianne,
eu quero uma resposta! Eu te dou amor, carinho e ainda sou tachada de maluca
esquizofrênica pela sua família. Eu estou cansada disso, além disso, eu vi você
dizendo que me escolheu na frente dela. E agora me fala que ainda a ama?!
-- Ana eu amo
você, mas a Rosie... Como você disse no seu outro livro ela é minha alma gêmea!
– Mari abraçava Ana e era negada.
-- Quer saber?
Acabou, Marianne! – Avisou Ana, irritada. --
Se você quer ficar com ela você fica, porque pra mim já deu. Estou
cansada de ser a culpada por todos os problemas. Não posso ficar com meu marido
porque ele queria uma menina de dezessete anos, não posso ficar com meu novo
namorado porque a menina de dezessete anos que era amante do meu ex- marido é a
ex do meu namorado, não posso ter minha namorada porque ela deseja a ex dela,
não posso nem ficar com o meu filho porque meu ex quis guarda compartilhada.
Alguém aqui já se perguntou o quanto eu não to bem?
-- E você já se
perguntou como a Rosie se sentiu quando nos viu juntas e nuas na nossa casa? –
Rugiu Mari. – Ela se sentiu traída e eu te escolhi!
-- Você não contou
a ela e eu sou a culpada? – Ironizou a escritora e por fim abriu a porta. --
Pegue suas coisas e vá ficar com ela, fique com ela e seja feliz, é só isso que
desejo pra vocês duas cuide e ame aquela ruiva!
Marianne pegou a
bolsa preta e guardou umas roupas. Ela saiu do apartamento e pegou um táxi,
seguindo para o apartamento atual de Rosie. Chegando lá, ela tocou a campainha
e a porta se abriu, revelando um rapaz loiro, alto e usando uma camisa de time
e uma bermuda.
-- Boa noite,
fraulein! – Saudou.
-- A Rosie está?
Sou a Marianne. – Se apresentou a jovem roteirista. Ela deduziu que o homem era
o novo namorado de Rosie.
-- Eu sou Uli
Hoeness. Melhor amigo da Rosie. Entra! – Ele permitiu a entrada da jovem e
chamou à ruiva, que estava no quarto.
Neste momento,
Olive surgiu na sala e deu de cara com a irmã.
-- O que está
fazendo aqui? – Se espantou.
-- Preciso de um
lugar pra ficar.
-- Olha, você pode
ficar com sua... – Olive não conseguiu terminar por conta da presença de Rosie.
Mari tremeu um pouco.
-- Por favor,
amanhã irei procurar um hotel mas preciso ficar só hoje.
-- Está bem,
Marianne. Pode ficar. – Rosie permite e Uli leva a bolsa dela para o quarto.
No corredor, os
dois quartos tiveram suas portas abertas. Eram as moradoras Fiona Rivers e Holly
Grey, que se acordaram. Olivia ficou conversando com as duas explicando a
situação. Uli voltou para o quarto onde estava dormindo com Fiona.
-- Obrigada,
Rosie. – Agradeceu Marianne. – Prometo não fazer nada pra... atrapalhar você e
a minha irmã.
-- Está tudo bem.
Se quiser pode ficar quanto tempo quiser... Mas por que veio aqui?
-- Ana... Me
expulsou.
-- Agora ela vê
que você não é importante? – Ironizou a ruiva. – Que pena, logo eu que deixei
vocês livres pra serem felizes...
-- Rosie, eu peço
perdão por ter mentido pra você. De verdade. Você sempre é honesta, nunca
escondeu nada. Mesmo quando não queria me contar da agressão sofrida por
Lennon, você quis compartilhar isso comigo e me sinto tão honrada em saber que
sou considerada importante pra você.
-- Correção: você
ERA importante pra mim, Marianne. – Disse Rosie, terminando de arrumar a cama
para ela.
-- Talvez eu seja
o problema de tudo, amanhã mesmo estarei longe de vocês duas pra trazer paz e
sossego.
-- Mas quem disse
que você vai embora? Negativo! Amanhã mesmo eu vou te levar pra sua casa que é
de direito e farei a força aquela russa
te aceitar! Boa noite, Marianne. – Antes
de sair, Rosie beijou de selinho a ex. – Aceito seu perdão.
Ao sair do quarto,
Rosie voltou para o seu, dividindo com Olive e as duas assistiam um filme de
terror juntas. Na verdade a ruiva não conseguia parar de pensar na ex-amada e
teve pena dela. Ela relembrou o dia que Marianne se tornou sua alma gêmea...
FLASHBACK ON
Marianne havia chegado a Munique naquela tarde,
para trabalhar de roteirista de novelas numa emissora de TV local. Num dia onde
estava ajudando a selecionar os atores, ela aproveitou para visitar todo o
estúdio e lá encontrou uma bela ruiva de olhos verdes como duas esmeraldas,
conversando um sujeito meio gordo, quarentão e com pouco cabelo e usava óculos
estilo anos 70.
Sem querer trombou com a ruiva, que caminhava bem
apressada.
-- Ai me desculpa! – A jovem de cabelo vermelho
deixou cair as folhas do roteiro de Mari. – Foi sem querer.
-- Ah tudo bem. – Ela olhou para aquele par de
olhos e se encantou. – Puxa... você tem olhos tão brilhantes....
-- Obrigada. – A ruiva corou e olhava para as
orbes azuladas de Marianne. – Você também tem olhos brilhantes...
-- Talvez porque eu te vi... Eu sou Marianne.
-- Meu nome é Roselyn. O pessoal me chama de
Rosie.
Foi o inicio de uma amizade, que se transformava
em amor. Em pouco tempo as duas amigas, tão unidas, se descobriam apaixonadas e
tudo terminou na cama. Marianne é bissexual assumida e Rosie não gostava de
rótulos. Ela na verdade, não se importava se era homem ou mulher, simplesmente
quer amar, independendo do sexo.
No entanto, Rosie notava que Marianne andava
distante e por vezes negava carinho. Tentou mudar umas coisas como comprar
brinquedos para seus atos sexuais, sair mais vezes com ela para outros lugares
e inclusive a levava para outras cidades. Numa última tentativa, ela comprou
presentes para Marianne, como os livros da série Os Modernos Vampiros da
Cidade, DVDs das últimas temporadas de Hannibal e a camiseta do time alemão
Borussia Dortmund autografada pelo jogador Marco Reus.
Depois da correria ela chegou ao apartamento
completamente feliz...
Ao abrir a porta e acender a luz, a felicidade se
foi por ver algo que seus olhos não queriam ver. Por mágica, ouviu o badalar do
relógio e de repente ela deixa os presentes cair no chão.
-- Não... Rosie! – Marianne pegou o robe no chão.
– Por favor... não é o que está pensando.
-- Quem é ela? – Questionou a outra, saindo de
cima de Marianne.
-- Não me venha com essa de quem é ela. – Se
enfureceu Rosie. – Eu sou a namorada dela.
A revelação chocou todas e Rosie olhava com ódio
para a outra, um tipo de cabelo claro e olhos castanhos.
-- Me desculpa, Rosie.
-- Qual é seu nome? – Perguntou a ruiva para a
intrusa.
-- O nome dela é Ana... – Marianne tentou
responder, mas Rosie xingou.
-- EU FALEI COM ELA E NÃO COM VOCÊ, MARIANNE! –
Voltando sua atenção para Ana. – Qual é seu nome?
-- Anastacia Rosely. – Ana estendeu a mão e Rosie
não cumprimentou. – Sou escritora, jornalista e amante da sua namorada.
A ruiva se enervou ali porém se conteve.
Calmamente disse.
-- Então, dona vagabunda, você tem cinco segundos
para sair daqui.
-- Do que me chamou?
-- 1... 2... 3... – Rosie contou os segundos.
-- Espera, Ana... – Pedia Marianne.
-- 4...
-- Mas ela não vai fazer isso? --- Ana tentava
juntar as roupas, mas era impossível.
-- 5! – Rosie partiu com tudo pra cima de Anastacia
e empurrou Marianne pra longe.
A ruiva espancava, chutava e pisava em Ana. Houve
momento que Rosie mordeu a mão de Ana, arrancando sangue e puxando a russa
pelos cabelos, abriu a porta e a empurrou pra rua, fechando a porta.
-- Por favor... – Pedia Marianne. – Me perdoa.
Rosie pegava as roupas de Ana, rasgou a blusa e
jogou pela janela.
-- SAIA DAQUI, VADIA! VAGABUNDA! ESCREVA ISSO NO
PRÓXIMO LIVRO! VACA!
Ana se indignou e mostrou o dedo médio. Os
vizinhos tudo olhavam para a mulher nua que se vestia e ia embora.
Daquele dia em diante se tornou um inferno. Rosie
se vingava enviando pelo correio livros de Ana com marca página e escrito com
frases obscenas.
FLASHBACK OFF
No outro dia todos
tomaram café calmamente e quando Mari se preparava para ir embora, Rosie se
ofereceu para dar carona, o que desagradou Olivia.
-- A Ana...
-- Não me
interessa se a Stalin não vai te aceitar. Ela é obrigada a aceitar!
Elas chegaram ao
apartamento de Ana, que abriu a porta e as duas entraram de supetão.
-- O que estão
fazendo aqui? – Perguntou Ana.
-- A
responsabilidade é sua. Estou deixando a Marianne com você, já que ela te
escolheu.
Paul Breitner
apareceu e viu o que estava acontecendo.
-- Paul, leve o
Edgar para passear.
-- É, Paul,
obedeça sua czarina! – Zombava Rosie.
Paul fez o que Ana
pediu e saiu com o menino, mas sem antes de lançar um olhar reprovador contra a
ruiva. Depois disso, Rosie se preparava para ir embora quando Ana a deteve.
-- Espere!
-- Espere uma ova!
– Berrou Rosie. – Já disse. Marianne te escolheu e...
-- Eu cansei
disso. – Reclamou Ana. – Ela sempre pensa em você. Ela disse aquilo para te
provocar!
-- Desculpa mas
não acredito em você. E nem adianta manda-lá embora porque ela vai ficar aqui
sim! Quer você queira ou não! Ela escolheu você, então cuide você do problema!
Rosie se foi,
deixando as duas sozinhas.
-- Acho que
entendeu não é? – Inquiriu Marianne, sendo abraçada por Ana.
-- Vou te dar uma
chance, amor. –Prometeu Anastacia.
Mais uma vez elas
tentam retomar a paixão de antigamente...
Naquela manhã,
Odile e Louise visitaram o centro de treinamento do Bayern de Munique. Na
realidade a loira compareceu contra a vontade dela, pois temia se encontrar com
Gerd e gerar outra briga e desta vez pelo dano causado.
-- Lulu, eu vou
ver como está o Franz! – Odile pegava da bolsa uns remédios. – Ele está se
recuperando da lesão do último jogo.
-- Ok! –
Concordava Lulu, ficando perto do gol numa distância boa e sem perigo de ser
atingida.
Louise conversava
com Davy Jones, seu amigo de infância e também um amante ardente. Dias atrás
ela conseguiu uma proeza: juntar novamente seu amigo e sua McCutie amada Dianna
Mackenzie num delicioso ménage a tróis. E agora ela trocava mensagens com ele.
Ainda não acredito que destruiu o carro
do McBastard.
Só você mesma não é, Lulu?
Louise ria da
mensagem e respondeu para Davy.
Ele mereceu depois da ameaça de que
estaria marcada.
Como queria aquela estátua de Davi...
Mas esquece isso e vamos falar de você
e da Di. Estão trepando muito?
Segundos depois
Davy respondeu para a amiga.
Como dois loucos. Ao mesmo tempo
estamos com saudades de você, McLovely.
Alias, quando vou te ver?
Lulu parou para
observar o treinamento dos bávaros e cuidava para não ser vista por Gerd.
Avistou a amiga beijando Franz que estava sentado nos bancos dos reservas. Ela
voltou para a mensagem.
Quando vocês estão disponíveis? Estou
louca para ficar entre você dois, beijando Di e te dando carinho, McCutie.
A saudade por Davy
excitava Louise e no mesmo instante recebeu mais uma mensagem.
Lulu, só costumo dizer isso a Di, mas
não vejo a hora de possuir você e tê-la dentro de mim!
Neste momento no
gramado, Gerd começou a praticar algumas jogadas e quando se virou para o outro
lado do campo, enxergou a alma gêmea de Alice, digitando algo no celular e
perto da goleira. Imediatamente teve uma idéia. Pegou a bola e a deixou no
chão. Deu alguns passos para trás e com as mãos em forma de “L”, fez um sinal
de uma câmera, mirando em Louise.
-- Jetzt wissen Sie, dass ich sehr böse,
dummes Mädchen! (Agora
saberá que sou bem malvado, garota estúpida!)
Antes de chutar,
ele olhou para seus colegas e ninguém dava importância em suas ações. Depois
ele correu e chutou a bola, acertando a cabeça de Louise. A garota desmaia e
cai no gramado, derrubando o celular com uma mensagem incompleta.
No apartamento,
Davy ficou preocupado com a última mensagem de Louise.
Venha me ver amanhã as
hausnksmkmsknjunsj mmakjijnjsnjnjsnikm,lo0987
-- Epa! Será vírus? – Se preocupou o vocalista dos Monkees.
No gramado, Odile viu sua amiga cair desfalecida no campo e
gritou.
-- LOUISE! – Ela correu até o corpo da amiga desacordada. –
SOCORRO, ME AJUDEM! MINHA AMIGA...
-- Meu deus o que aconteceu? – Sepp saia do vestiário
devidamente pronto pro treino e avistou a aglomeração em torno da trave.
--- MON DIEU NÃO MORRA! ME AJUDEM!
Franz e mais dois jogadores levaram Lulu para a enfermaria. O
médico da equipe cuidou da menina e enquanto isso Franz consolava a amada. Lulu
acorda aos poucos, mas geme de dor.
-- Aiii minha cabeça... ai meu pescoço!
-- Tenha calma, fraulein. – Acalmou o médico. – Levou uma
bola na cabeça. O chute foi realmente forte e atingiu você. Chamarei a
ambulância.
-- Odile... ai! Anotaram a placa do caminhão?
-- Seria melhor dizendo um “panzer” te atacou? – Brincou Uli.
-- Só se o “panzer” se chama Gerd Müller! – Respondeu Mario
Gotze, um dos jovens jogadores.
Neste momento os olhares fixaram no atacante e este ficou
nervoso e suava frio com tanta gente o encarando enquanto Gotze narrava o que
viu.
-- Eu o vi chutando a bola em direção a garota e acertando-a
em cheio a cabeça dela.
Enfurecida, Odile empurrou o jogador.
-- POR QUE FEZ ISSO COM ELA? ME DIZ!
Neste momento Franz e Sepp o afastaram da multidão.
-- Gerd diga que não fez isso, por favor. – Implorava Sepp,
se recusando acreditar que seu amigo tenha cometido.
-- GERD, FALE LOGO! DIZ QUE NÃO FEZ! – Exigiu Franz.
-- Eu estava treinando um passe e não vi que Louise estava
lá...
Gerd omitiu grande parte do relato e Franz mesmo não
acreditando, acabou cedendo para não prejudicar mais.
-- Eu vou falar para Felicity sobre isso mas não direi que
foi você. – Avisou o líbero, zangado. – Embora eu queria muito ver a Fefe
arrebentar essa sua cara de pau!
Odile acompanhou Louise na ambulância e ligou para Alice,
pois sabia o quanto ela é importante para sua melhor amiga. O treino foi
cancelado por conta do acidente e todos voltaram para a casa mais cedo. Uli
aproveitou para fazer compras e levou tudo para o apartamento. Chegando lá
encontrou apenas Fiona.
-- Oi. Voltou cedo pra casa. – Disse o jogador, deixando as
compras na mesa da cozinha.
-- Rosie foi cobrir metade do meu trabalho. Eu disse pra ela
não fazer isso. E sabe por quê? Porque é o lançamento do livro da Anastacia Rosely.
-- Ai meu deus...
Uli sabia de toda história e receava no que Rosie pretendia
fazer.
-- Cada vez mais essa ruiva de Liverpool me faz arrancar os
cabelos.
-- Fazer o quê? – Fiona subia as escadas e depois seguiu
falando. – E por que voltou cedo?
-- Problemas no treinamento. Longa história...
Depois de guardar os alimentos, Uli subiu para o quarto de
Fiona, encontrando-a digitando no notebook. Sentou-se perto dela na cama.
-- Fiona...
-- Uli...
Por mais que negassem, realmente nasceu um sentimento entre
eles. Desde que passou a morar com as três, Uli se sentiu nas nuvens. No ínicio
ele dormia no quarto de cada uma. Rosie era quente, Holly era suave e Fiona uma
perdição. E foi com a última que descobriu o real sentido do pecado...
Rosie poderia muito bem recusar. No entanto, ao saber que era
do livro de Anastacia, ela sorriu de forma maléfica. Queria humilhar mais a
escritora de forma psicológica. Ela via
Ana conversar com Sam Benson e a organização do lançamento na livraria mais
conhecida de Munique. Quando a escritora ficou nas estandes, Rosie se aproximou
dela.
-- Escreveu sobre o flagra no seu livro? – Perguntou em tom
de malicia. – Muitas mulheres vão adorar. Ou não. Marianne com certeza vai
gostar, porque ela te inspirou não é?
-- Não tem mais o que fazer?
-- Já fiz tudo, czarina. – Segurando o pulso de Ana. – O que
não fiz era socar bastante essa sua cara de sonsa. Onde já se viu? Roubar a
namorada de outras. E ainda naquele dia diz que é... amante dela. Não sei se
nas outras relações você fez com elas e aceitaram, mas eu não!
Rosie largou o pulso de Ana e saiu. O lançamento naquele dia
foi realizado a noite. O plano era simples. Ela simplesmente alterou as senhas
e distribuiu aos fãs. E na hora da fila, gerou transtornos.
-- Ei, é a minha vez! – Disse um dos fãs.
-- Estou na fila há duas horas, sou eu o próximo.
Os donos da livraria tentaram acalmar os clientes e Ana
autografa os livros o quanto pode. Ao longe Rosie ria do plano ter dado certo.
Não durou uma hora e no fim os fãs ávidos de leitura foram embora, frustrados.
-- Eu não sei o que deu de errado, Ana. – Justificada Benson.
– Rosie e as garotas fizeram tudo certo.
-- Está tudo bem, erros acontecem. – Disse a escritora e em
seguida olhando para Rosie.
Ana se despediu dos amigos e de Paul. Antes de sair, ela
entrou na livraria pra verificar se esqueceu de algo. Na verdade foi tirar
satisfação com Rosie.
-- O que você fez?
-- Nada! – Respondeu a ruiva, friamente. – Eu fiz meu papel e
só. Tinha de organizar tudo e pronto. Agora se deu errado, é porque deu.
Rosie deu de ombros e ainda ouviu Ana berrar.
-- Eu sei que foi você!
-- Já ouviu falar em “erro da gráfica” ou “de comunicação”?
Por isso mesmo que o Império Russo afundou. Má administração.
Ela se retirou, deixando a russa enfurecida. A noite ela não
recebeu Olivia no apartamento. Ela havia
deixado uma mensagem que ficaria no hotel por conta da turnê. Por breves
momentos pensou sobre sua atitude. Ana não merecia isso. E nem Marianne. No
entanto ao lembrar da cena do flagra... Reconsiderou.
No dia seguinte Ana recebe uma visita inusitada.
-- Olivia. – Ana se surpreendeu ali na porta por ver quem
era.
-- Eu vim falar com a Mari. – Disse a irmã mais velha,
entrando na casa e logo de cara ouvindo Buffalo Springfield. – Não sabia que curtia esse tipo de música.
Ana não sabia o que dizer. Segundo Marianne, Olivia era muito
séria e nunca foi de amizades. Mas ali, ela se revelava, principalmente quando
esta olhava os discos de blues.
-- Papai tem uma coleção. Costumava ouvir muito até despertar
meu gosto pelo clarinete.
-- Eu ouço desde sempre... Não sei bem dizer.
-- Do que você mais gosta? – Olive se mostrava interessada.
-- Um pouco de música clássica. Strauss, Bach, Wagner são meus
favoritos outra coisa que gosto muito é de Jazz.
---Eu também...
Era inegável que Olive se sentia atraída por Ana e mudou seus
conceitos. Na verdade esqueceu de Rosie naquele instante e a beijou.
--Não podemos fazer isso...eu já causei tantos problemas a
você e sua irmã... vá embora e não quero tbm prejudicar mais a Rosie. – Pediu
Ana se afastando de Olive.
-- Ana...sei que me odeia, e que eu...também te odeio mas
vindo aqui eu não te vejo como uma pessoa má você com seus gatos,seus ótimos
discos e esse seu bom gosto me fazem pensar enquanto eu sou ruim me fazem
pensar o quão eu sempre te desejei secretamente.
Elas trocam mais um beijo até a porta se abrir. Era
Christopher, o irmão dela.
-- Mil desculpas, meninas. Eu vou ficar no quarto.
Mal sabiam elas, que enquanto trocavam carinhos íntimos,
Chris filmou tudo do na câmera espiã. Ele sabia de toda história e pretendia
expulsar Marianne da casa e fazê-la voltar para Rosie. Na verdade Chris meio
que se distanciou de Ana ao saber do que aconteceu e principalmente quando,
anos atrás, Lulu contou do estupro sofrido nas mãos dela. Terminado a filmagem,
ele envia o arquivo de vídeo anexado para os emails de Marianne e Rosie.
-- Sinto muito, Marianne. Mas depois disso, melhor repensar
se você fez uma boa escolha e me perdoe, maninha.
Ele clicou para enviar...
Passaram-se vários dias até que finalmente Louise se
recupera. Mas antes disso, a garota ficou bastante impossibilitada pra quase
tudo, a ponto de não conseguir falar. Numa das visitas que Alice fez para ela,
“McBastard”, o apelido que ela se referia a Gerd Müller, lançou um olhar
perigoso, lembrando um psicopata. Mas não deixou barato. Ela denunciou o
jogador através da escrita e por causa disso, Alice e Gerd discutiram e não
fizeram amor. E agora já recuperada, ela planeja algo pra se vingar.
Em mais um passeio nas ruas de Munique, ela encontra Alice,
numa loja de roupas. A jornalista avistou sua amada entrando e trocaram um
abraço.
-- Pequena! Estou feliz que tenha se recuperado da pancada. E
mais uma vez peço desculpas em nome do Gerd.
-- Tudo bem, amor. Já passou. Não sinto mais dores e meu
pescoço e minha cabeça estão no lugar. – Disse Louise, pausando e em seguida
retomou. – Eu quero muito falar com você. Sobre esses dias que me afastei de
você por conta da revelação e da Belle...
-- O que tem ela?
-- Ela veio falar comigo no Rock’n’Roll Circus.
Alice sentiu que ia longe aquela conversa e então foram para
a casa. Chegando lá, Gerd não havia chegado, o que permitiu para as duas
falarem. Louise justificou tudo e continuou a pedir perdão e Alice aceitou, por
amar demais sua pequena artista plástica.
-- Veja! – Mostrando uma calcinha vermelha de renda. Muito
sensual. – Quero reconquistar o McDreamy. Será que ele vai gostar?
-- Bom... – Louise já imaginava a amada usando a lingerie e
sugeriu. – Por que você não prova pra eu ver?
-- Certo!
Dois minutos depois, Alice aparece, usando só uma blusa e usando a calcinha.
-- Sou suspeita para falar o quanto eu adorei. E tenho
certeza que seu amado vai adorar e...
Ela mal terminou de falar e imediatamente beijou Alice
fortemente e as duas se amaram na cama, muito selvagem e por vezes romântico. Terminado
o ato, Alice deixa sua alma gêmea sentada no colo, ainda a beijando.
-- Louise, quero te convidar pro jantar de noivado amanhã. Gerd
e eu... – Ela mostra no dedo um anel de brilhantes. – Vamos nos casar.
-- Tem certeza que vai ser com ele? – Louise tremeu
internamente. Por mais que amasse Alice, algo sentia que não era bem isso. –
Tem certeza que ele é o escolhido?
-- Tenho. Gerd me faz tão bem e nós nos amamos muito.
Elas ficaram em silêncio e Louise refletiu mais uma vez.
Ainda lembrava de quando conheceu Gerd na festa de lançamento do livro de Paul
Breitner. A aparição dele é definido para a estudante como um meteoro em sua vida.
Uma estrela fugaz. E essa estrela iria embora de sua vida... para sempre. Ao
mesmo tempo se pegava por que o odeia? Poderia muito bem ignorar.
-- Se ele a faz feliz, então só posso dizer que torço por sua
felicidade. Mas se ele te magoar, eu mato o McBastard!
Elas riram um pouco e voltaram a se amar. Quando anoiteceu,
Gerd apareceu e subiu as escadas. Ao entrar no quarto, encontrou a noiva,
usando as lingeries e bebendo vinho.
-- Você quer, McDreamy? – Perguntou, provocante.
Gerd sorriu. Não foi preciso responder. Eles recuperaram a
paixão de antes e ainda por cima se perdoaram.
No apartamento, todos assistiam o vídeo que Rosie recebeu na
caixa de entrada. O vídeo onde Olive Jones e Anastacia Rosely se amavam. Fiona
abraçou Rosie. Uli e Holly tiveram pena da amiga e ao mesmo tempo raiva de
Olive.
-- A partir de agora, eu vou acabar com a vida dela! – Disse
Rosie, chorando. – Vou levá-la ao fundo do poço!
-- Ei, vai com calma! – Fiona afagava o rosto da amiga e deu um
lenço para ela. – Mas a Olivia tem culpa disso.
-- O que pretende fazer com a Olivia? – Indagou Holly.
-- Ela merece as coisas queimadas! Agora a Ana... eu vou
matá-la. Farei questão mandá-la pro inferno!
Os amigos ficaram receosos com a atitude de Rosie. Nunca a
viram daquele jeito.
-- Você vai mesmo fazer isso? Ou falou no sentido figurado?
-- Eu vou acabar com aquela comunista desgraçada!
Quando fechou meia noite, Olivia já ia colocar a chave no
apartamento de Rosie quando sentiu o odor estranho vindo da rua. Olhou na
lixeira e encontrou em uma caixa de alumínio suas roupas queimadas e o
clarinete quebrado perto do tanque.
-- MEU BEBÊ! – Olive ficou horrorizada por ver seu clarinete
sendo destruído.
Rosie estava no quarto, ouvindo os gritos de Olivia. Aproveitou
para enviar uma mensagem para ela com os seguintes dizeres:
PEÇA PARA COMUNISTA TE DAR UM NOVO!
No dia seguinte aconteceu tudo. Louise estava melhor, porém
com seu plano de arruinar o McBastard, de preferência na frente de todos e de
Alice. Durante o jantar, todos conversaram na mesa. Gerd ignorava praticamente
Louise e a mesma não dizia nada e sequer se esforçava em ser gentil. Ainda no
mesmo jantar, Ana e Paul foram convidados. Louise embora tenha os perdoado, evitou
o casal. Marianne também compareceu e encontrou Rosie, ao lado de Holly, Fiona
e Uli.
Tentou puxar conversa com ela.
-- Olá!
-- Oi.
Outro silêncio se instalou nelas e Rosie avistou Ana.
-- A Sra. Stalin está ali por perto com o Kruchev alemão. –
disse a ruiva, sem esconder raiva do casal. – Conversando comigo é como confraternizar
com inimigo, sabia?
Todos ignoraram ali e Rosie continuou ofender Marianne.
-- Volta para sua czarina e o marido dela. Ou se quiser, a
chamo de esquizofrênica na frente de todos. Ah, já viu o vídeo no email? Sua
irmã Olivia também me traiu com ela. Que vadia! Quem é a pior? Você ou Olivia?
De qualquer maneira... Não valem nada!
Marianne chorou e se calou. Ela viu mesmo o vídeo e preferiu
ficar quieta, esperando o dia que Ana admitisse ou até mesmo Olivia.
Louise saia da cozinha com um sorriso estampado na cara, mas
não era de alegria ou emoção. Escondia uma verdadeira faceta de um plano.
Quando todos comeram, esperaram a sobremesa. Gerd notou ali porque Lulu sorria
tanto. Verificou se ela flertava com alguém. Não era nada. Depois foram
servidos com pedaço de torta. Lulu havia feito uma com recheio de... amendoim.
Ela sabia perfeitamente que Gerd odeia a especiaria e para se divertir, sabotou
a sobremesa. Todos comeram e não notaram algo.
-- Mickey, me tira uma dúvida. – fingindo comer
discretamente. – Quem tem alergia a amendoim, o que realmente sente?
-- Bom, acho que é náusea, vômito e a sensação da garganta se
fechar e em outros casos, os lábios incharem como se tivesse posto botox.
-- Entendi... – voltando sua atenção para o prato e remexendo
com o garfo.
Lulu ria só de imaginar Gerd com a boca enorme, ficando igual
a Angelina Jolie, só que mais...feia. Contudo seus pensamentos foram interrompidos
ouvindo a tosse insistente de Gerd.
-- McDreamy! – Alice entrou em pânico. – Oh meu deus, você...
Gerd estava com os lábios definitivamente inchados e Louise
deu risada.
-- Vejam, é a Angelina Jolie!
-- Que é isso, Lulu? – repreendeu Mickey. – Não se tira
sarro. É muito sério!
Mickey o socorreu. A aparência do jogador ficara preocupante.
O rosto também estava vermelho e várias vezes se queixava da garganta se
fechar. Levaram-no para o hospital. No outro dia Lulu recebe a ligação de
Alice.
-- O que houve, minha lua? E como está o...—se recusando a
falar o nome dele. – Seu noivo?
-- Ai Louise! Gerd teve um choque anafilático por conta da
torta! Ele está desacordado!
Lulu se calou ali. Pela primeira vez sua brincadeira foi
longe demais...
Continua...
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