domingo, 12 de junho de 2016

Sunrise (Grindhouse Mix - 8º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa tarde e hoje trouxe de volta Sunrise. Mudei umas coisas. Hoje deveria ser uma fanfic fofa e bem romântica por ser dia dos namorados mas esta autora (mesmo eu tendo um namorado) infelizmente não tá no clima. Então vamos conferir o novo capítulo!



Capítulo 8: Satisfação

Uli estava chocado com que ouviu de Marie. Ela propondo algo daquele tipo... Era demais pra ele. Olhou pra janela e tentar encontrar uma resposta e possivelmente enganar sua cabeça, dizendo para si mesmo que tudo é um engano. Mas não é...

-- Infelizmente não posso aceitar isso! – Respondeu, suspirando depois. – Uma coisa é ter de aceitar você e Irene, agora quer viver comigo... e com um jogador de rugby?

-- Uli, sabe que eu te amo e muito. Nunca vou te abandonar mas...

-- Mas nada! – Ele recusou carinho. – Escolha! Ele ou eu e escolha bem, kleine blume!

-- Uli eu te escolhi! – Marie chorava e abraçava o namorado.

-- Não parece! Você me vem com uma conversa, de que se apaixonou por um jogador de rugby e que gostaria de viver comigo e com ele sob o mesmo teto! Você... se deitou com ele?

-- Uli...

-- Me responda!

-- Eu saí com ele umas três vezes e quase fomos pra cama. – Admitiu por fim. – Mas não me entreguei por sua causa. Por favor, me perdoa.

-- Te perdôo, mas digo não sobre isso. – Disse Uli, decidido.

-- Mon amor, eu te amo e vou amar vocês dois...

-- É ele ou eu!

Marie se calou e chorou. Ela pensou em dizer algo, mas qualquer coisa que dissesse, faria Uli pensar o contrário e o silêncio já se tornou sua resposta.

-- Acho melhor eu ir embora... – Ele entrou no quarto e ficou arrumando sua mochila e mala, guardando o necessário.

Na saída, Marie tentou agarrar o namorado.

-- Uli, não vá, por favor! Eu te amo....

-- Adeus, Marie!

Ele embarcou no carro e pegando o smartphone, discou um número.

-- Alô, Rosie? Sou eu... Escuta, você ainda mora com a Nami? Não? Me dá seu novo endereço. Longa história...

Uli anotou tudo no seu bloco de notas e seguiu rumo ao endereço dito.

Felicity esquentava seu almoço no microondas. O trabalho na Rolling Stone estava bem agitado. Quando olhou para a janela, ela se lembrou de algo, referente aos tempos de solteira e principalmente, com Gerd...

FLASHBACK ON

Já fazia algumas semanas que ela e Gerd tiveram sua noite de amor, na festa a fantasia com temática cinematográfica. Marie naquele dia chegou no prédio, bastante animada.

-- Sereia! Minha amada sereia! – Marie chamava Felicity de Sereia por conta da relação bissexual que elas mantiam. – Uli me pediu em namoro e eu aceitei!

-- Oh mon cheri! – Ela beijava Marie e agarrou a francesa, deixando-a erguida. – Sempre soube que vocês combinam.

Elas se beijavam até que Fefe parou no meio das caricias, um pouco abalada.

-- Sereia...

-- Desculpa, mon cheri... Eu não estou legal.

-- Quer me contar?

-- Acredita que até hoje não esqueci aquele jogador? Sei lá, cada vez que o vejo, sinto vontade de querer provar mais... dele... me entende?

-- Está viciada num cara chamado Gerd Müller! – Confirmou Marie, afagando os cabelos negros da galesa. – Não tenha vergonha, invista nele, dê uma chance a ele. Sei que vai gostar e dizem que ele é um tesão!

Elas riram disso e Fefe arquitetou um plano perfeito...

-- Tem certeza, amor? – Lily receava que o plano de sua amada daria errado.

-- Sim... tem tudo pra dar certo. E hoje você vai ficar com seu amado Franny Lee!

Com a saída de Lily, a galesa preparou tudo. A mesa, o jantar a luz de velas e uma música pra animar os dois. Como não sabia direito o gosto musical de Gerd, arriscou em colocar uma do Barry White, pois na época de namoro com Paul McCartney ela sempre ouvia.

Porém... naquela noite, tudo deu errado. Gerd não compareceu. Felicity se entristeceu mas não se abalou no dia seguinte.

-- Sepp me contou que viu ele com a Irene... – Comentou Nora, massageando os ombros de Fefe.

-- Maldita seja ela... – Resmungou Fefe. – Eu juro que estou suportando ela por causa da Marie. Se não fosse por isso eu mesma teria acabado com a raça dela!

-- Relaxa, amor! – Beijando a galesa maior. – Esqueça isso, vamos sair hoje a noite? Quero ir naquele clube de jazz.

-- Você nunca foi de gostar de jazz. Por que agora?

-- Estou expandindo os ares, meu amor.

Fefe pensou em recusar porém Nora foi mais insistente e cedeu. Mesmo num lugar aconchegante, a galesa não estava bem.

-- Nora, eu não estou bem, melhor ir embora. – Anunciou Fefe.

A amiga compreendeu e como estava acompanhada de Sepp, acabou permitindo e Fefe pegou o carro e seguiu para o estúdio fotográfico. Poderia muito bem ficar no apartamento. Ela optou em ficar no estúdio e deixar o apartamento para Lily e seu amado jogador Francis Lee. Naquela noite ela tentou dormir no sofá confortável quando ouviu batidas na porta. Achando se tratar de Nora ou Lily, ela abriu e deu de cara com ele.

-- V-você? – Fefe não acreditava que o jogador estivesse ali no meio da noite. – Como soube que eu estava aqui?

-- Me disseram que você estaria no novo Jazz Club --- Ele respondia e entrava sem a permissão da dona e ainda trancou a porta. -- E como não te encontrei, pedi o seu endereço a namorada do Sepp.

-- Droga, Nora... – Fefe reclamou um pouco e em seguida olhou para ele, séria. – Agora saia do meu estúdio! Estou cansada e quero acordar focada!

--Bem... Eu entendo você perfeitamente... – Gerd tirava a camisa, seguidamente os sapatos, a calça e ficando de cueca boxer preta. – E sei o quanto está decepcionada comigo.

-- Peraí... eu... – Fefe não conseguia falar por prestar atenção da beleza germânica que ele emana e principalmente... das pernas dele.

-- E eu tenho.... A... solução! – Mal terminou de falar e Gerd se livrou da peça íntima, chocando Fefe.

Ela olhava pro jogador com mistura de incredulidade e um pouco de receio e excitação. E aquela mistura de sentimentos foram o bastante para causar a explosão. A química entre eles. Fefe jogou  Gerd no sofá e ali mesmo se entregaram de modo selvagem o que ambos já fizeram, no carro semanas atrás...


FLASHBACK OFF

Seus pensamentos foram interrompidos com a chegada súbita de Marie, chorando.

-- Fefe... – Elas se abraçaram. – Uli me deixou!

-- Mas por quê?

-- Eu... Eu....

-- Marie, você não o traiu?

Elas trocaram aquele olhar de dúvida e a francesa contou toda a verdade, deixando a galesa nervosa e irritada por dentro.

-- Olha... dê um tempo no Uli. Sei que vocês se amam mas pra ele foi um choque. Onde já se viu, viver com dois caras? É normal que ele se sinta assim. Porém, como ele te ama, vai pensar sobre o assunto com mais calma e sugiro que não o procure por enquanto!

-- Não o procurar? Mas Fefe...

-- Se for atrás dele vai ser pior e aí sim não voltam. E você também reflita sobre o assunto! – Disse por fim no intuito de encerrar o assunto.

Marie outra vez chora e Felicity se dando conta do que fez, pediu desculpas e consolou a amiga.

Marianne comprava mais flores para Anastacia e quando viu as rosas vermelhas, lembrou-se de Rosie. Os cabelos vermelhos caindo nos ombros dela como cascata e os olhos verdes tão brilhantes como a esmeralda. No mesmo instante que saia da floricultura, avistou a amada ruiva... acompanhada de Olivia Jones.

-- Minha irmã e a Rosie... – Ela não acreditava no que via e ainda sua irmã beijava Rosie e as duas se entendiam perfeitamente.

Quando chegou ao apartamento, Mari guardou as flores no vaso com água e em seguida Olivia apareceu, feliz.

-- Como você está, irmãzinha? – Abraçando Mari.

-- Um pouco bem... – Ela se afastou da irmã. – Quando você chegou?

-- Faz poucos dias. Por conta de uma apresentação da orquestra.

– São pra ela, não é? A russa.

-- Sim...

Olivia suspirou pesadamente e balançou a cabeça.

-- O que você viu naquela mulher? Ela é perturbada e vai te levar a ruína, Marianne.

-- Ei! Não fale assim da Ana. Eu a amo muito!

-- Ama mais que a Rosie? – A pergunta de Olivia pegou Mari de surpresa. – Pelo seu silêncio, parece que sim. Eu me recuso a acreditar que você fez isso com ela. Rosie dedicou tudo pra você e o que faz? Esconde dela sobre essa russa e ainda transa com ela na sala, fazendo com que Rosie veja.

-- Eu...

-- Marianne, não negue! Ela me contou tudo. Por isso ela te deixou! E sem falar que você só falava na Ana pra lá e pra cá. Eu juro que se eu encontrar essa princesa russa, eu mato ela!

-- Olivia, eu não vou permitir! – Marianne não queria que nada acontecesse com Ana.

-- Tudo bem. Fica com ela. Não vale mais a pena discutir com você sobre isso. Mas aviso de uma coisa. Eu e Rosie estamos finalmente juntas.

A notícia soou como um soco em Marianne. O que ela viu de manhã, era verdade. E ainda por cima, sua irmã confirmava tudo.

-- O que? Vocês...

-- Sim! – Ela pegava a bolsa e caminhou até a porta. – Estamos juntas há três dias. Pouco tempo mas sinto que estamos nos entendendo.

-- Sai daqui, Olie! – Ordenou Marianne. – SAI DAQUI!

-- Agora quer me expulsar? Porque sua ruiva me quer? Você mesma provocou isso Marianne Veronica Jones! Você a magoou e agradeça a Anastacia por isso!

Olivia foi embora, deixando Marianne chorando. Uma hora depois Ana chegou em casa encontrando a amada naquele estado emocional.

-- Amor... – Correu para consolar. – O que houve?

-- Ana, minha irmã... ela e Rosie...

-- O que têm elas?  -- Indagava Ana, tentando consolar Marianne.

Não obteve respostas. Elas jantaram calmamente e inclusive Paul participou, mas nada foi como antes. Para deixar as duas mais a vontade ele se retirou.

-- Eu vou visitar Louise e depois vou pro meu apartamento. – Beijou rápido a escritora. – Me avise de qualquer coisa.

A noite foi desastrosa. Ana fazia sexo oral do jeito mais gostoso e natural e beijava o corpo delicado dela. Marianne se encontrava numa catatonia única. Na mente se recusava acreditar que Rosie estivesse com Olivia. Podia perder a ruiva para Nami, a japonesa fofa que conquistou a liverpooliana. Mas para sua irmã mais velha... era inadmissível.

-- O que houve, pequena? Estou fazendo algo de errado?

-- Não... é que...

-- Sua irmã Olivia e a Rosie estão juntas não é? – Ana suspeitava disso e viu que a amante confirmou. – Você ainda ama a Rosie?

-- Eu a amo mais do que tudo. – Marianne não queria admitir, contudo, preferiu falar.

-- Então, por que disse pra ela no estúdio que me escolheu? Era pra irritá-la? – Exigiu Ana. – Porque agora sou eu que quero sua escolha. É ela ou eu!

-- De novo não...

Ana saiu da cama e vestiu um robe.

-- Vamos Marianne, eu quero uma resposta! Eu te dou amor, carinho e ainda sou tachada de maluca esquizofrênica pela sua família. Eu estou cansada disso, além disso, eu vi você dizendo que me escolheu na frente dela. E agora me fala que ainda a ama?!

-- Ana eu amo você, mas a Rosie... Como você disse no seu outro livro ela é minha alma gêmea! – Mari abraçava Ana e era negada.

-- Quer saber? Acabou, Marianne! – Avisou Ana, irritada. --  Se você quer ficar com ela você fica, porque pra mim já deu. Estou cansada de ser a culpada por todos os problemas. Não posso ficar com meu marido porque ele queria uma menina de dezessete anos, não posso ficar com meu novo namorado porque a menina de dezessete anos que era amante do meu ex- marido é a ex do meu namorado, não posso ter minha namorada porque ela deseja a ex dela, não posso nem ficar com o meu filho porque meu ex quis guarda compartilhada. Alguém aqui já se perguntou o quanto eu não to bem?

-- E você já se perguntou como a Rosie se sentiu quando nos viu juntas e nuas na nossa casa? – Rugiu Mari. – Ela se sentiu traída e eu te escolhi!

-- Você não contou a ela e eu sou a culpada? – Ironizou a escritora e por fim abriu a porta. -- Pegue suas coisas e vá ficar com ela, fique com ela e seja feliz, é só isso que desejo pra vocês duas cuide e ame aquela ruiva!

Marianne pegou a bolsa preta e guardou umas roupas. Ela saiu do apartamento e pegou um táxi, seguindo para o apartamento atual de Rosie. Chegando lá, ela tocou a campainha e a porta se abriu, revelando um rapaz loiro, alto e usando uma camisa de time e uma bermuda.

-- Boa noite, fraulein! – Saudou.

-- A Rosie está? Sou a Marianne. – Se apresentou a jovem roteirista. Ela deduziu que o homem era o novo namorado de Rosie.

-- Eu sou Uli Hoeness. Melhor amigo da Rosie. Entra! – Ele permitiu a entrada da jovem e chamou à ruiva, que estava no quarto.

Neste momento, Olive surgiu na sala e deu de cara com a irmã.

-- O que está fazendo aqui? – Se espantou.

-- Preciso de um lugar pra ficar.

-- Olha, você pode ficar com sua... – Olive não conseguiu terminar por conta da presença de Rosie. Mari tremeu um pouco.

-- Por favor, amanhã irei procurar um hotel mas preciso ficar só hoje.

-- Está bem, Marianne. Pode ficar. – Rosie permite e Uli leva a bolsa dela para o quarto.

No corredor, os dois quartos tiveram suas portas abertas. Eram as moradoras Fiona Rivers e Holly Grey, que se acordaram. Olivia ficou conversando com as duas explicando a situação. Uli voltou para o quarto onde estava dormindo com Fiona.

-- Obrigada, Rosie. – Agradeceu Marianne. – Prometo não fazer nada pra... atrapalhar você e a minha irmã.

-- Está tudo bem. Se quiser pode ficar quanto tempo quiser... Mas por que veio aqui?

-- Ana... Me expulsou.

-- Agora ela vê que você não é importante? – Ironizou a ruiva. – Que pena, logo eu que deixei vocês livres pra serem felizes...

-- Rosie, eu peço perdão por ter mentido pra você. De verdade. Você sempre é honesta, nunca escondeu nada. Mesmo quando não queria me contar da agressão sofrida por Lennon, você quis compartilhar isso comigo e me sinto tão honrada em saber que sou considerada importante pra você.

-- Correção: você ERA importante pra mim, Marianne. – Disse Rosie, terminando de arrumar a cama para ela.

-- Talvez eu seja o problema de tudo, amanhã mesmo estarei longe de vocês duas pra trazer paz e sossego.

-- Mas quem disse que você vai embora? Negativo! Amanhã mesmo eu vou te levar pra sua casa que é de direito e  farei a força aquela russa te aceitar! Boa noite, Marianne.  – Antes de sair, Rosie beijou de selinho a ex. – Aceito seu perdão.

Ao sair do quarto, Rosie voltou para o seu, dividindo com Olive e as duas assistiam um filme de terror juntas. Na verdade a ruiva não conseguia parar de pensar na ex-amada e teve pena dela. Ela relembrou o dia que Marianne se tornou sua alma gêmea...

FLASHBACK ON

Marianne havia chegado a Munique naquela tarde, para trabalhar de roteirista de novelas numa emissora de TV local. Num dia onde estava ajudando a selecionar os atores, ela aproveitou para visitar todo o estúdio e lá encontrou uma bela ruiva de olhos verdes como duas esmeraldas, conversando um sujeito meio gordo, quarentão e com pouco cabelo e usava óculos estilo anos 70.

Sem querer trombou com a ruiva, que caminhava bem apressada.

-- Ai me desculpa! – A jovem de cabelo vermelho deixou cair as folhas do roteiro de Mari. – Foi sem querer.

-- Ah tudo bem. – Ela olhou para aquele par de olhos e se encantou. – Puxa... você tem olhos tão brilhantes....

-- Obrigada. – A ruiva corou e olhava para as orbes azuladas de Marianne. – Você também tem olhos brilhantes...

-- Talvez porque eu te vi... Eu sou Marianne.

-- Meu nome é Roselyn. O pessoal me chama de Rosie.

Foi o inicio de uma amizade, que se transformava em amor. Em pouco tempo as duas amigas, tão unidas, se descobriam apaixonadas e tudo terminou na cama. Marianne é bissexual assumida e Rosie não gostava de rótulos. Ela na verdade, não se importava se era homem ou mulher, simplesmente quer amar, independendo do sexo.
No entanto, Rosie notava que Marianne andava distante e por vezes negava carinho. Tentou mudar umas coisas como comprar brinquedos para seus atos sexuais, sair mais vezes com ela para outros lugares e inclusive a levava para outras cidades. Numa última tentativa, ela comprou presentes para Marianne, como os livros da série Os Modernos Vampiros da Cidade, DVDs das últimas temporadas de Hannibal e a camiseta do time alemão Borussia Dortmund autografada pelo jogador Marco Reus.

Depois da correria ela chegou ao apartamento completamente feliz...

Ao abrir a porta e acender a luz, a felicidade se foi por ver algo que seus olhos não queriam ver. Por mágica, ouviu o badalar do relógio e de repente ela deixa os presentes cair no chão.

-- Não... Rosie! – Marianne pegou o robe no chão. – Por favor... não é o que está pensando.

-- Quem é ela? – Questionou a outra, saindo de cima de Marianne.

-- Não me venha com essa de quem é ela. – Se enfureceu Rosie. – Eu sou a namorada dela.

A revelação chocou todas e Rosie olhava com ódio para a outra, um tipo de cabelo claro e olhos castanhos.

-- Me desculpa, Rosie.

-- Qual é seu nome? – Perguntou a ruiva para a intrusa.

-- O nome dela é Ana... – Marianne tentou responder, mas Rosie xingou.

-- EU FALEI COM ELA E NÃO COM VOCÊ, MARIANNE! – Voltando sua atenção para Ana. – Qual é seu nome?

-- Anastacia Rosely. – Ana estendeu a mão e Rosie não cumprimentou. – Sou escritora, jornalista e amante da sua namorada.

A ruiva se enervou ali porém se conteve. Calmamente disse.

-- Então, dona vagabunda, você tem cinco segundos para sair daqui.

-- Do que me chamou?

-- 1... 2... 3... – Rosie contou os segundos.

-- Espera, Ana... – Pedia Marianne.

-- 4...

-- Mas ela não vai fazer isso? --- Ana tentava juntar as roupas, mas era impossível.

-- 5! – Rosie partiu com tudo pra cima de Anastacia e empurrou Marianne pra longe.

A ruiva espancava, chutava e pisava em Ana. Houve momento que Rosie mordeu a mão de Ana, arrancando sangue e puxando a russa pelos cabelos, abriu a porta e a empurrou pra rua, fechando a porta.

-- Por favor... – Pedia Marianne. – Me perdoa.

Rosie pegava as roupas de Ana, rasgou a blusa e jogou pela janela.

-- SAIA DAQUI, VADIA! VAGABUNDA! ESCREVA ISSO NO PRÓXIMO LIVRO! VACA!

Ana se indignou e mostrou o dedo médio. Os vizinhos tudo olhavam para a mulher nua que se vestia e ia embora.

Daquele dia em diante se tornou um inferno. Rosie se vingava enviando pelo correio livros de Ana com marca página e escrito com frases obscenas.

FLASHBACK OFF

No outro dia todos tomaram café calmamente e quando Mari se preparava para ir embora, Rosie se ofereceu para dar carona, o que desagradou Olivia.

-- A Ana...

-- Não me interessa se a Stalin não vai te aceitar. Ela é obrigada a aceitar!

Elas chegaram ao apartamento de Ana, que abriu a porta e as duas entraram de supetão.

-- O que estão fazendo aqui? – Perguntou Ana.

-- A responsabilidade é sua. Estou deixando a Marianne com você, já que ela te escolheu.

Paul Breitner apareceu e viu o que estava acontecendo.

-- Paul, leve o Edgar para passear.

-- É, Paul, obedeça sua czarina! – Zombava Rosie.

Paul fez o que Ana pediu e saiu com o menino, mas sem antes de lançar um olhar reprovador contra a ruiva. Depois disso, Rosie se preparava para ir embora quando Ana a deteve.

-- Espere!

-- Espere uma ova! – Berrou Rosie. – Já disse. Marianne te escolheu e...

-- Eu cansei disso. – Reclamou Ana. – Ela sempre pensa em você. Ela disse aquilo para te provocar!

-- Desculpa mas não acredito em você. E nem adianta manda-lá embora porque ela vai ficar aqui sim! Quer você queira ou não! Ela escolheu você, então cuide você do problema!

Rosie se foi, deixando as duas sozinhas.

-- Acho que entendeu não é? – Inquiriu Marianne, sendo abraçada por Ana.

-- Vou te dar uma chance, amor. –Prometeu Anastacia.

Mais uma vez elas tentam retomar a paixão de antigamente...

Naquela manhã, Odile e Louise visitaram o centro de treinamento do Bayern de Munique. Na realidade a loira compareceu contra a vontade dela, pois temia se encontrar com Gerd e gerar outra briga e desta vez pelo dano causado.

-- Lulu, eu vou ver como está o Franz! – Odile pegava da bolsa uns remédios. – Ele está se recuperando da lesão do último jogo.

-- Ok! – Concordava Lulu, ficando perto do gol numa distância boa e sem perigo de ser atingida.

Louise conversava com Davy Jones, seu amigo de infância e também um amante ardente. Dias atrás ela conseguiu uma proeza: juntar novamente seu amigo e sua McCutie amada Dianna Mackenzie num delicioso ménage a tróis. E agora ela trocava mensagens com ele.

Ainda não acredito que destruiu o carro do McBastard.
Só você mesma não é, Lulu?

Louise ria da mensagem e respondeu para Davy.

Ele mereceu depois da ameaça de que estaria marcada.
Como queria aquela estátua de Davi...
Mas esquece isso e vamos falar de você e da Di. Estão trepando muito?

Segundos depois Davy respondeu para a amiga.

Como dois loucos. Ao mesmo tempo estamos com saudades de você, McLovely.
Alias, quando vou te ver?

Lulu parou para observar o treinamento dos bávaros e cuidava para não ser vista por Gerd. Avistou a amiga beijando Franz que estava sentado nos bancos dos reservas. Ela voltou para a mensagem.

Quando vocês estão disponíveis? Estou louca para ficar entre você dois, beijando Di e te dando carinho, McCutie.

A saudade por Davy excitava Louise e no mesmo instante recebeu mais uma mensagem.

Lulu, só costumo dizer isso a Di, mas não vejo a hora de possuir você e tê-la dentro de mim!

Neste momento no gramado, Gerd começou a praticar algumas jogadas e quando se virou para o outro lado do campo, enxergou a alma gêmea de Alice, digitando algo no celular e perto da goleira. Imediatamente teve uma idéia. Pegou a bola e a deixou no chão. Deu alguns passos para trás e com as mãos em forma de “L”, fez um sinal de uma câmera, mirando em Louise.

-- Jetzt wissen Sie, dass ich sehr böse, dummes Mädchen! (Agora saberá que sou bem malvado, garota estúpida!)

Antes de chutar, ele olhou para seus colegas e ninguém dava importância em suas ações. Depois ele correu e chutou a bola, acertando a cabeça de Louise. A garota desmaia e cai no gramado, derrubando o celular com uma mensagem incompleta.

No apartamento, Davy ficou preocupado com a última mensagem de Louise.

Venha me ver amanhã as hausnksmkmsknjunsj mmakjijnjsnjnjsnikm,lo0987

-- Epa! Será vírus? – Se preocupou o vocalista dos Monkees.

No gramado, Odile viu sua amiga cair desfalecida no campo e gritou.

-- LOUISE! – Ela correu até o corpo da amiga desacordada. – SOCORRO, ME AJUDEM! MINHA AMIGA...

-- Meu deus o que aconteceu? – Sepp saia do vestiário devidamente pronto pro treino e avistou a aglomeração em torno da trave.

--- MON DIEU NÃO MORRA! ME AJUDEM!

Franz e mais dois jogadores levaram Lulu para a enfermaria. O médico da equipe cuidou da menina e enquanto isso Franz consolava a amada. Lulu acorda aos poucos, mas geme de dor.

-- Aiii minha cabeça... ai meu pescoço!

-- Tenha calma, fraulein. – Acalmou o médico. – Levou uma bola na cabeça. O chute foi realmente forte e atingiu você. Chamarei a ambulância.

-- Odile... ai! Anotaram a placa do caminhão?

-- Seria melhor dizendo um “panzer” te atacou? – Brincou Uli.

-- Só se o “panzer” se chama Gerd Müller! – Respondeu Mario Gotze, um dos jovens jogadores.

Neste momento os olhares fixaram no atacante e este ficou nervoso e suava frio com tanta gente o encarando enquanto Gotze narrava o que viu.

-- Eu o vi chutando a bola em direção a garota e acertando-a em cheio a cabeça dela.

Enfurecida, Odile empurrou o jogador.

-- POR QUE FEZ ISSO COM ELA? ME DIZ!

Neste momento Franz e Sepp o afastaram da multidão.

-- Gerd diga que não fez isso, por favor. – Implorava Sepp, se recusando acreditar que seu amigo tenha cometido.

-- GERD, FALE LOGO! DIZ QUE NÃO FEZ! – Exigiu Franz.

-- Eu estava treinando um passe e não vi que Louise estava lá...

Gerd omitiu grande parte do relato e Franz mesmo não acreditando, acabou cedendo para não prejudicar mais.

-- Eu vou falar para Felicity sobre isso mas não direi que foi você. – Avisou o líbero, zangado. – Embora eu queria muito ver a Fefe arrebentar essa sua cara de pau!

Odile acompanhou Louise na ambulância e ligou para Alice, pois sabia o quanto ela é importante para sua melhor amiga. O treino foi cancelado por conta do acidente e todos voltaram para a casa mais cedo. Uli aproveitou para fazer compras e levou tudo para o apartamento. Chegando lá encontrou apenas Fiona.

-- Oi. Voltou cedo pra casa. – Disse o jogador, deixando as compras na mesa da cozinha.

-- Rosie foi cobrir metade do meu trabalho. Eu disse pra ela não fazer isso. E sabe por quê? Porque é o lançamento do livro da Anastacia Rosely.

-- Ai meu deus...

Uli sabia de toda história e receava no que Rosie pretendia fazer.

-- Cada vez mais essa ruiva de Liverpool me faz arrancar os cabelos.

-- Fazer o quê? – Fiona subia as escadas e depois seguiu falando. – E por que voltou cedo?

-- Problemas no treinamento. Longa história...

Depois de guardar os alimentos, Uli subiu para o quarto de Fiona, encontrando-a digitando no notebook. Sentou-se perto dela na cama.

-- Fiona...

-- Uli...

Por mais que negassem, realmente nasceu um sentimento entre eles. Desde que passou a morar com as três, Uli se sentiu nas nuvens. No ínicio ele dormia no quarto de cada uma. Rosie era quente, Holly era suave e Fiona uma perdição. E foi com a última que descobriu o real sentido do pecado...

Rosie poderia muito bem recusar. No entanto, ao saber que era do livro de Anastacia, ela sorriu de forma maléfica. Queria humilhar mais a escritora de forma psicológica.  Ela via Ana conversar com Sam Benson e a organização do lançamento na livraria mais conhecida de Munique. Quando a escritora ficou nas estandes, Rosie se aproximou dela.

-- Escreveu sobre o flagra no seu livro? – Perguntou em tom de malicia. – Muitas mulheres vão adorar. Ou não. Marianne com certeza vai gostar, porque ela te inspirou não é?

-- Não tem mais o que fazer?

-- Já fiz tudo, czarina. – Segurando o pulso de Ana. – O que não fiz era socar bastante essa sua cara de sonsa. Onde já se viu? Roubar a namorada de outras. E ainda naquele dia diz que é... amante dela. Não sei se nas outras relações você fez com elas e aceitaram, mas eu não!

Rosie largou o pulso de Ana e saiu. O lançamento naquele dia foi realizado a noite. O plano era simples. Ela simplesmente alterou as senhas e distribuiu aos fãs. E na hora da fila, gerou transtornos.

-- Ei, é a minha vez! – Disse um dos fãs.

-- Estou na fila há duas horas, sou eu o próximo.

Os donos da livraria tentaram acalmar os clientes e Ana autografa os livros o quanto pode. Ao longe Rosie ria do plano ter dado certo. Não durou uma hora e no fim os fãs ávidos de leitura foram embora, frustrados.

-- Eu não sei o que deu de errado, Ana. – Justificada Benson. – Rosie e as garotas fizeram tudo certo.

-- Está tudo bem, erros acontecem. – Disse a escritora e em seguida olhando para Rosie.

Ana se despediu dos amigos e de Paul. Antes de sair, ela entrou na livraria pra verificar se esqueceu de algo. Na verdade foi tirar satisfação com Rosie.

-- O que você fez?

-- Nada! – Respondeu a ruiva, friamente. – Eu fiz meu papel e só. Tinha de organizar tudo e pronto. Agora se deu errado, é porque deu.

Rosie deu de ombros e ainda ouviu Ana berrar.

-- Eu sei que foi você!

-- Já ouviu falar em “erro da gráfica” ou “de comunicação”? Por isso mesmo que o Império Russo afundou. Má administração.

Ela se retirou, deixando a russa enfurecida. A noite ela não recebeu Olivia no apartamento.  Ela havia deixado uma mensagem que ficaria no hotel por conta da turnê. Por breves momentos pensou sobre sua atitude. Ana não merecia isso. E nem Marianne. No entanto ao lembrar da cena do flagra... Reconsiderou.

No dia seguinte Ana recebe uma visita inusitada.

-- Olivia. – Ana se surpreendeu ali na porta por ver quem era.

-- Eu vim falar com a Mari. – Disse a irmã mais velha, entrando na casa e logo de cara ouvindo Buffalo Springfield.  – Não sabia que curtia esse tipo de música.

Ana não sabia o que dizer. Segundo Marianne, Olivia era muito séria e nunca foi de amizades. Mas ali, ela se revelava, principalmente quando esta olhava os discos de blues.

-- Papai tem uma coleção. Costumava ouvir muito até despertar meu gosto pelo clarinete.

-- Eu ouço desde sempre... Não sei bem dizer.

-- Do que você mais gosta? – Olive se mostrava interessada.
-- Um pouco de música clássica. Strauss, Bach, Wagner são meus favoritos outra coisa que gosto muito é de Jazz.

 ---Eu também...

Era inegável que Olive se sentia atraída por Ana e mudou seus conceitos. Na verdade esqueceu de Rosie naquele instante e a beijou.

--Não podemos fazer isso...eu já causei tantos problemas a você e sua irmã... vá embora e não quero tbm prejudicar mais a Rosie. – Pediu Ana se afastando de Olive.

-- Ana...sei que me odeia, e que eu...também te odeio mas vindo aqui eu não te vejo como uma pessoa má você com seus gatos,seus ótimos discos e esse seu bom gosto me fazem pensar enquanto eu sou ruim me fazem pensar o quão eu sempre te desejei secretamente.

Elas trocam mais um beijo até a porta se abrir. Era Christopher, o irmão dela.

-- Mil desculpas, meninas. Eu vou ficar no quarto.

Mal sabiam elas, que enquanto trocavam carinhos íntimos, Chris filmou tudo do na câmera espiã. Ele sabia de toda história e pretendia expulsar Marianne da casa e fazê-la voltar para Rosie. Na verdade Chris meio que se distanciou de Ana ao saber do que aconteceu e principalmente quando, anos atrás, Lulu contou do estupro sofrido nas mãos dela. Terminado a filmagem, ele envia o arquivo de vídeo anexado para os emails de Marianne e Rosie.

-- Sinto muito, Marianne. Mas depois disso, melhor repensar se você fez uma boa escolha e me perdoe, maninha.

Ele clicou para enviar...

Passaram-se vários dias até que finalmente Louise se recupera. Mas antes disso, a garota ficou bastante impossibilitada pra quase tudo, a ponto de não conseguir falar. Numa das visitas que Alice fez para ela, “McBastard”, o apelido que ela se referia a Gerd Müller, lançou um olhar perigoso, lembrando um psicopata. Mas não deixou barato. Ela denunciou o jogador através da escrita e por causa disso, Alice e Gerd discutiram e não fizeram amor. E agora já recuperada, ela planeja algo pra se vingar.

Em mais um passeio nas ruas de Munique, ela encontra Alice, numa loja de roupas. A jornalista avistou sua amada entrando e trocaram um abraço.

-- Pequena! Estou feliz que tenha se recuperado da pancada. E mais uma vez peço desculpas em nome do Gerd.

-- Tudo bem, amor. Já passou. Não sinto mais dores e meu pescoço e minha cabeça estão no lugar. – Disse Louise, pausando e em seguida retomou. – Eu quero muito falar com você. Sobre esses dias que me afastei de você por conta da revelação e da Belle...

-- O que tem ela?

-- Ela veio falar comigo no Rock’n’Roll Circus.

Alice sentiu que ia longe aquela conversa e então foram para a casa. Chegando lá, Gerd não havia chegado, o que permitiu para as duas falarem. Louise justificou tudo e continuou a pedir perdão e Alice aceitou, por amar demais sua pequena artista plástica.

-- Veja! – Mostrando uma calcinha vermelha de renda. Muito sensual. – Quero reconquistar o McDreamy. Será que ele vai gostar?

-- Bom... – Louise já imaginava a amada usando a lingerie e sugeriu. – Por que você não prova pra eu ver?

-- Certo!

Dois minutos depois, Alice aparece, usando só uma  blusa e usando a calcinha.

-- Sou suspeita para falar o quanto eu adorei. E tenho certeza que seu amado vai adorar e...

Ela mal terminou de falar e imediatamente beijou Alice fortemente e as duas se amaram na cama, muito selvagem e por vezes romântico. Terminado o ato, Alice deixa sua alma gêmea sentada no colo, ainda a beijando.

-- Louise, quero te convidar pro jantar de noivado amanhã. Gerd e eu... – Ela mostra no dedo um anel de brilhantes. – Vamos nos casar.

-- Tem certeza que vai ser com ele? – Louise tremeu internamente. Por mais que amasse Alice, algo sentia que não era bem isso. – Tem certeza que ele é o escolhido?

-- Tenho. Gerd me faz tão bem e nós nos amamos muito.

Elas ficaram em silêncio e Louise refletiu mais uma vez. Ainda lembrava de quando conheceu Gerd na festa de lançamento do livro de Paul Breitner. A aparição dele é definido para a estudante como um meteoro em sua vida. Uma estrela fugaz. E essa estrela iria embora de sua vida... para sempre. Ao mesmo tempo se pegava por que o odeia? Poderia muito bem ignorar.

-- Se ele a faz feliz, então só posso dizer que torço por sua felicidade. Mas se ele te magoar, eu mato o McBastard!

Elas riram um pouco e voltaram a se amar. Quando anoiteceu, Gerd apareceu e subiu as escadas. Ao entrar no quarto, encontrou a noiva, usando as lingeries e bebendo vinho.

-- Você quer, McDreamy? – Perguntou, provocante.

Gerd sorriu. Não foi preciso responder. Eles recuperaram a paixão de antes e ainda por cima se perdoaram.

No apartamento, todos assistiam o vídeo que Rosie recebeu na caixa de entrada. O vídeo onde Olive Jones e Anastacia Rosely se amavam. Fiona abraçou Rosie. Uli e Holly tiveram pena da amiga e ao mesmo tempo raiva de Olive.

-- A partir de agora, eu vou acabar com a vida dela! – Disse Rosie, chorando. – Vou levá-la ao fundo do poço!

-- Ei, vai com calma! – Fiona afagava o rosto da amiga e deu um lenço para ela. – Mas a Olivia tem culpa disso.

-- O que pretende fazer com a Olivia? – Indagou Holly.

-- Ela merece as coisas queimadas! Agora a Ana... eu vou matá-la. Farei questão mandá-la pro inferno!

Os amigos ficaram receosos com a atitude de Rosie. Nunca a viram daquele jeito.

-- Você vai mesmo fazer isso? Ou falou no sentido figurado?

-- Eu vou acabar com aquela comunista desgraçada!

Quando fechou meia noite, Olivia já ia colocar a chave no apartamento de Rosie quando sentiu o odor estranho vindo da rua. Olhou na lixeira e encontrou em uma caixa de alumínio suas roupas queimadas e o clarinete quebrado perto do tanque.

-- MEU BEBÊ! – Olive ficou horrorizada por ver seu clarinete sendo destruído.

Rosie estava no quarto, ouvindo os gritos de Olivia. Aproveitou para enviar uma mensagem para ela com os seguintes dizeres:

PEÇA PARA COMUNISTA TE DAR UM NOVO!

No dia seguinte aconteceu tudo. Louise estava melhor, porém com seu plano de arruinar o McBastard, de preferência na frente de todos e de Alice. Durante o jantar, todos conversaram na mesa. Gerd ignorava praticamente Louise e a mesma não dizia nada e sequer se esforçava em ser gentil. Ainda no mesmo jantar, Ana e Paul foram convidados. Louise embora tenha os perdoado, evitou o casal. Marianne também compareceu e encontrou Rosie, ao lado de Holly, Fiona e Uli.

Tentou puxar conversa com ela.

-- Olá!

-- Oi.

Outro silêncio se instalou nelas e Rosie avistou Ana.

-- A Sra. Stalin está ali por perto com o Kruchev alemão. – disse a ruiva, sem esconder raiva do casal. – Conversando comigo é como confraternizar com inimigo, sabia?

Todos ignoraram ali e Rosie continuou ofender Marianne.

-- Volta para sua czarina e o marido dela. Ou se quiser, a chamo de esquizofrênica na frente de todos. Ah, já viu o vídeo no email? Sua irmã Olivia também me traiu com ela. Que vadia! Quem é a pior? Você ou Olivia? De qualquer maneira... Não valem nada!

Marianne chorou e se calou. Ela viu mesmo o vídeo e preferiu ficar quieta, esperando o dia que Ana admitisse ou até mesmo Olivia.

Louise saia da cozinha com um sorriso estampado na cara, mas não era de alegria ou emoção. Escondia uma verdadeira faceta de um plano. Quando todos comeram, esperaram a sobremesa. Gerd notou ali porque Lulu sorria tanto. Verificou se ela flertava com alguém. Não era nada. Depois foram servidos com pedaço de torta. Lulu havia feito uma com recheio de... amendoim. Ela sabia perfeitamente que Gerd odeia a especiaria e para se divertir, sabotou a sobremesa. Todos comeram e não notaram algo.

-- Mickey, me tira uma dúvida. – fingindo comer discretamente. – Quem tem alergia a amendoim, o que realmente sente?

-- Bom, acho que é náusea, vômito e a sensação da garganta se fechar e em outros casos, os lábios incharem como se tivesse posto botox.

-- Entendi... – voltando sua atenção para o prato e remexendo com o garfo.

Lulu ria só de imaginar Gerd com a boca enorme, ficando igual a Angelina Jolie, só que mais...feia. Contudo seus pensamentos foram interrompidos ouvindo a tosse insistente de Gerd.

-- McDreamy! – Alice entrou em pânico. – Oh meu deus, você...

Gerd estava com os lábios definitivamente inchados e Louise deu risada.

-- Vejam, é a Angelina Jolie!

-- Que é isso, Lulu? – repreendeu Mickey. – Não se tira sarro. É muito sério!

Mickey o socorreu. A aparência do jogador ficara preocupante. O rosto também estava vermelho e várias vezes se queixava da garganta se fechar. Levaram-no para o hospital. No outro dia Lulu recebe a ligação de Alice.

-- O que houve, minha lua? E como está o...—se recusando a falar o nome dele. – Seu noivo?

-- Ai Louise! Gerd teve um choque anafilático por conta da torta! Ele está desacordado!

Lulu se calou ali. Pela primeira vez sua brincadeira foi longe demais...

 Tem vezes que sou sem limites. E por isso faço as coisas sem medir as conseqüências ou até mesmo por egoísmo e satisfação. Queria tanto uma pessoa que odeio sofrer igual a mim. Dez vezes mais do que eu. E acabei exagerando no objetivo. Me culpo pelo que fiz e me culparia ainda mais se minha brincadeira chegar a níveis perturbantes...

Continua...

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