Começando 2017 com boas fics. E também vamos estrear com minha Norse Myth chamada Feel, com McGüller protagonistas. Desta vez, Gerd é Tyr o deus da guerra e Louise é Freya a deusa do amor. Em breve Saga 2. Boa leitura!
Feel__ Maya
Amamiya
Saga 1: The
Begin
Louise
acordou sob as estrelas no reino. Seu colar, Brisingamen, irradiou um brilho
muito forte, o bastante para o amanhecer em Asgard e nos outros reinos. Se
levantou, tomou um banho de sais e vestiu sua túnica. Ela visitou a câmara da
visão do mundo do guardião Sembene, cujos olhos podem ver tudo ao além do
mundo.
--
Encontrastes? – Indagou a jovem deusa.
-- Lamento,
Louise. – Respondeu Sembene,
compadecido. – Não encontrei Jim.
A jovem
deusa aos poucos pensava em desistir da procura por seu marido, o deus
desaparecido James Stone. Desde que ele ficou encarregado de guiar a carruagem
da luz do dia nos céus, ele não ficou muito tempo em Asgard, gerando assim
ausência para a esposa, que passou a chorar lágrimas de ouro.
-- Pequena
Louise, devia seguir os sinais de seu coração. -- Sembene odiava ver sua amiga
chorar daquele jeito.
-- Mas
quem? – Inquiriu a menina. – Só se eu procurar em Midgard.
-- Não será
preciso. Ele está por aqui. Admirando sua pessoa de longe. E ele acabou de
voltar de uma guerra.
Louise não
entendeu, mas acabou aceitando as palavras do sentinela.
Gerd bebia
mais um pouco do néctar e ao mesmo tempo pensava nela, a deusa da fertilidade e
do amor, Louise. Quando este perdeu a mão direita na batalha contra Verratti, o
deus lobo enviado para matar Tony, o pai de todos os deuses de Asgard, Gerd
reassumiu em pouco tempo seu posto de deus da guerra, mesmo ele sendo filho de
um gigante. Ele foi cuidado por Louise, na época uma deusa adolescente, prometida
a casamento para James Stone. Se passaram alguns anos e o marido da jovem
desapareceu sem deixar rastros.
Mesmo com
tudo isso e ainda ter se envolvido com outras deusas, ele nunca a esqueceu. E
agora pode ser sua única e nova oportunidade de conquistar o coração da
divindade menor. No entanto, ele foi amado anteriormente por uma giganta. Era
Alice, uma giganta de fogo de Muspelheim. Certa
vez ela cuidou de Gerd quando este caiu em sua morada. Apaixonou-se por ele
perdidamente, contudo, teve de resignar-se ao amor não correspondido. Mas antes de ele ir embora, Gerd a beijou,
resultando na perda de seu fogo e a viagem dela para o centro da Terra. Naquele
dia o deus da guerra observou a menina deusa caminhando nos jardins de Asgard.
Ela cuidava das flores e admirava o brilho do sol em todo reino.
-- Tão bela
e delicada... – Comentou consigo mesmo. – Se pudesse daria uma das maçãs
douradas de Sophie.
-- É mesmo
ou é delírio teu? – Perguntou a voz trovejante, assustando Gerd.
Ao se
virar, deu de cara com Uli, o deus do trovão.
-- Não tem
nada para fazer?
-- Já fiz
todas as minhas tarefas... – O deus também observou a deusinha. – Humfp! Ela é
uma vanir, assim como o irmão postiço dela. Deixe esses deuses desligados pra
lá e preocupe-se consigo mesmo.
-- Por que
não cala essa boca? Já foi uma vez expulso de Asgard por sua arrogância e ainda
lhe retiraram o Mjölnir. Queres que o Pai de Todos te puna outra vez, Uli? –
Gerd advertia o deus trovejante.
Antes de
responder, surgia Peter, o irmão de Louise.
-- O que
fazem aqui?
-- Estamos
conversando. – Gerd tapou a boca de Uli, evitando mais desaforos em relação aos
deuses irmãos vanires.
Peter
ignorou os dois e voltou sua atenção para Louise.
-- Peter...
– A jovem abraçou seu irmão postiço. – O que fazes aqui em Asgard?
-- Como
sempre... visitar Dianna. – Respondeu Peter, um pouco frustrado. – Sabe quem eu
vi nas janelas? Os dois aesires.
-- O que? –
Lulu quase deixou o regador cair aos seus pés. – Está dizendo que Uli e Gerd...
estavam me olhando?
-- Sim. –
Peter notou uma surpresa e o rosto da irmã corar. – Por que isso te incomoda?
-- Não
gosto de ser vista por aesires. – Justificou a deusa.
Após a
conversa entre irmãos, Louise caminhou até o Valhala, o palácio onde vivem os
guerreiros nobres escolhidos por Tony na batalha do Ragnarök. Sem querer ela
trombou com alguém. Era o deus da guerra.
-- Não... –
Ele a levantou com a mão esquerda. – Louise, está tudo bem?
Louise
encarou o deus e paralisou. O olhar dele, tão sereno, não parecia ser de um
deus guerreiro. Além disso, a educação e nobreza dele a encantaram.
-- Sim... –
Ela corou ao se dar conta que não parava de admirá-lo. – Estou de passagem.
-- Entendi.
– De forma mágica, ele fez surgir uma rosa branca na mão esquerda e colocou no
cabelo dourado de Louise. – És tão bela. Merece uma rosa.
Louise
tocou a rosa e sem querer espetou o dedo no espinho. Gerd pegou a mão dela e
curou o ferimento. Ele é tão doce e
parece um urso, pensou ela.
--
Obrigada! – Agradeceu, sorrindo e olhando para o braço direito dele, sem a mão.
– Lamento por sua mão...
-- Não há o
que se lamentar. – Ele disse, olhando ali para o braço. – Foi o preço que
paguei para impedir Verratti.
Novamente
se olharam com mais intensidade. Na ponta dos pés, Louise tentou alcançar o rosto
de Gerd e quase aconteceu um beijo. Foram interrompidos por Davy Jones, um dos
einherji, guerreiros que vivem no Valhala.
-- Davy!
-- Louise!
Louise se
desviou de Gerd e correu para abraçar Davy.
--
Interrompi algo? – Davy temia a fúria do aesir.
-- Estou de
saída! – Anunciou Gerd, desaparecendo.
Lulu notou
o desapontamento de Gerd e continuou a conversar com sua amada amiga divina.
-- Não
deveria fugir do treinamento. – Advertiu, bem divertida.
-- Eu
sei... Mas preciso de sua ajuda.
-- Minha
ajuda? – Louise riu. – Do que se trata?
-- Dianna.
Ao ouvir o
nome da valquíria, Louise tremeu. Ela sabia bem o quanto Peter amava Dianna e
no início não queria ajudar seu irmão. Agora Davy...
-- Não sei
se valquirias como ela podem amar... Elas podem, Lulu?
-- Ora,
Davy. É claro. – Respondeu Lulu, se recompondo.
-- Você
poderia me ajudar a conquistá-la? – Pediu Davy, suplicante.
-- Davy, só
por que sou a deusa do amor, não quer dizer que esteja autorizada lhe ajudar. –
Inventou Louise, pra disfarçar os
verdadeiros motivos.
-- Eu faço
qualquer coisa por você! – Insistiu o jovem. – Até mesmo lhe ajudar com o...
Gerd.
Lulu quase
reconsiderou e na hora da resposta, surgiu à figura onipotente de Sembene,
indicando que ela deve se apresentar a sala do rei.
-- Depois
lhe dou a resposta! – Mal terminou de responder e Louise teletransportou-se
para a sala do trono.
Chegando
lá, Louise se encontrou com Peter.
-- O que
seu amigo guerreiro queria? – Perguntou seu irmão, em voz baixa.
-- Nada que
vossos ouvidos merecem ouvir.
No mesmo
instante adentravam os dois aesires na sala. Ali aconteceu um pequeno
estranhamento entre os deuses.
-- Só pode
ser brincadeira... – Disse Uli, demonstrando insatisfação diante dos vanires.
-- Não é,
meu filho! – Respondeu Tony, segurando seu cetro e ainda sentado no trono
dourado. – Eu convoquei vocês aqui para uma missão.
Louise e
Gerd tremeram por dentro. Sabiam bem quando acontecem essas convocações, era a
respeito de uma guerra.
-- Como
sabem, Gerd conseguiu o que nenhum deus de Asgard faria. Capturar Verratti.
Como conseqüência, ele perdeu sua mão. – Ele pausou as palavras e seguiu. – No
entanto sofremos algumas tentativas de libertar o lobo e foi pelos Jotuns.
Desejo-lhes que vão para Jotunheim e matem os gigantes de gelo, como forma de
aviso, caso eles voltem atacar nosso mundo ou qualquer um dos nove reinos.
Nenhum dos
quatro deuses falaram algo. Contudo, Uli resolveu dizer sua crítica.
-- Perdoe-me,
Pai de Todos. Mas por que os vanires? Gerd e eu podemos muito bem dar conta dos
Jotuns.
-- Fala
isso porque tens o Mjölnir. – Provocou Louise, irritada com as críticas de Uli.
– Sem o martelo você não é nada!
-- Ora, sua
deusinha atrevida! – Xingou Uli, mostrando o martelo. – Uma asgardiana que vive
como vanir e quer posar de valente! Meça suas palavras, menina!
Irritada,
Louise sacou de forma mágica sua espada, Gram e começou a golpear algumas
colunas da sala muito surtada, deixando até mesmo Tony abismado.
-- Então
lute comigo, asgardiano convencido!
E a luta
entre os dois deuses começou ali. Uli disparava os raios contra Louise e esta
rebatia na espada Gram. Ela o ataca num dado momento e ali os dois artefatos
mágicos se colidiram, causando faíscas e um pouco de tremor nas estruturas.
Mjölnir contra Gram. Raios contra força cósmica.
-- Acha que
pode me vencer, deusinha? – Uli tenta provocar Louise, pra fazer a deusa perder
o controle e inconscientemente, baixar a guarda.
-- Você
subestima meu poder, asgardiano arrogante.
Ela chutou
o tórax do deus do trovão e golpeou umas três vezes. Na quarta vez, ela recebeu
uma descarga elétrica vinda do martelo de Uli, arremessando-a na parede. No
segundo embate, foram apartados por Tony.
-- PAREM
COM ISSO! – Bradou o Pai de Todos, irado com os dois deuses. – NADA DE
CONFLITOS EM ASGARD. AINDA MAIS ENTRE DEUSES!
Uli não
queria obedecer e tentou jogar o martelo contra Louise, mas foi detido pela
Notung, a lança de Gerd.
-- Parem
agora! – Tony se levantou do trono e olhou para os deuses. – Louise, recolha a
Gram. E Uli, guarde o Mjölnir. A menos que queira passear um pouco em Midgard,
se for o caso, mandarei Sembene abrir a Bifrost!
Uli
recolheu o martelo e Louise embainhou a espada e já mais calma.
-- Amanhã
vocês irão para Jotunheim sem falta!
Louise
guardava a espada Gram e arrumava sua armadura. Neste momento, seu pai adotivo,
Andrew, rei dos vanires, visita Asgard para ver seus filhos.
-- Pai! –
Louise abraçou o pai. – Estava com saudades!
-- Eu
também estava com saudades de você e de seu irmão, minha menininha. – Afagando
o cabelo louro dela.
Os dois
conversaram bastante enquanto Louise deixava todos seus pertences guardados e
separados para levar na batalha.
-- Peter
está muito feliz com Dianna. – Comentou Andrew. – Mas você não.
-- Como eu
devo ficar feliz, meu pai? Se meu marido desapareceu e eu não sei se está vivo
ou vivendo em Helheim. Ou pior, ele me abandonou e preferiu qualquer um dos
nove mundos longe de mim?
Andrew sabia
o quanto a filha sofria e também pelo destino dela e do marido. Como não há
como mudar, abraçou a filha.
-- Mas
sempre existe outro alguém, filha. – Disse Andrew, olhando nas orbes azuladas
da filha. – E eu sei bem quem é. O deus Gerd.
Louise se
espantou. Como o pai soube dos seus sentimentos pelo deus da guerra?
-- Pai! –
Ela se indignou. – Eu com Gerd? Impossível! Ele é um aesir! E eu uma vanir!
-- Uma
asgardiana, criada como vanir ao lado de Peter!
-- Mas,
pai...
-- Filha. –
Ele a levou para a janela, contemplando o anoitecer. – O amor é algo lindo,
maravilhoso. Porém pode doer em alguns momentos. Amar um aesir não é um pecado.
E sim amar e não ser correspondida.
Louise não
entendeu.
-- Por
acaso se esqueceu daquela manhã em Asgard? Onde você e Peter eram pequenos?
FLASHBACK ON
Andrew estava caminhando pelos
corredores do palácio Valhala e mostrava tudo para seus filhos vanires, Peter e
Louise. Os dois pequenos, embora loiros, eram diferentes e iguais. Louise adora
flores e a natureza como Peter, porém, a menina é asgardiana, filha legítima de
Tony e Mary. Um dia ele levou as crianças para a sala das armas e apresentou o
colar mágico Brisingamen, a Espada do Verão, a espada Gram, a lança Notung e o
martelo Mjölnir.
-- Um dia, Peter e Louise, vocês
irão herdar as espadas. – Dizia o deus dos mares, orgulhoso com suas crianças.
-- E um dia meus filhos irão herdar
a Notung e o Mjölnir. – Disse uma voz retumbante.
O trio se virou e encontrou Tony,
Pai de Todos os deuses, levando seus dois filhos pequenos, Uli, um menino
loirinho como Peter e Louise e de olhos azuis e Gerd, um outro garoto, mas
diferente de seu irmão, tem cabelo negro como a noite e olhos castanhos
escuros. Este último olhava impressionado para Louise.
-- Seja educado, Gerd. E cumprimente
sua irmãzinha. – Ordenou Tony, sorrindo por ver a cena.
-- Olá! – Saudou o menino,
estendendo a mão para a pequena.
Receosa, Louise retribuiu o
cumprimento e Gerd beijou a mão dela.
-- Bem, vamos embora. – Avisou
Andrew, pegando Louise no colo e com a mão segurava Peter. – Muito obrigado,
Pai de Todos por ceder à entrada.
Peter, sendo educado, se despediu
dos dois meninos aesires. Uli fechou a cara, muito emburrado por estar com
aqueles vanires, mas Gerd estava feliz. Conheceu pela primeira vez os vanires,
principalmente a menina deusinha Louise.
-- Não esqueça que ela é sua irmã. –
Alertou Tony, divertido.
-- Mas não é de sangue. – Disse o
menino, já ciente de sua condição. – Eu sou filho de um gigante do mar.
-- E mesmo assim te acolhi como meu
filho. – Ele levou os dois para o hall de entrada. – Algum dia, Gerhard,
compreenderá a vida muito melhor do que eu.
FLASHBACK OFF
-- Eu me
lembro... – Louise sorria. – Ele...
-- Sim.
Gerd sem saber se apaixonou por você e hoje ainda alimenta a paixão ardente por
você.
-- Pai,
acha... – Louise correspondia o sentimento, não havia dúvida. – Acha que
devo... Aceitar?
-- Nunca me
opus sobre o amor de vocês e não vai ser agora que vou impedir. – Abraçando a
filha. – Agora me despeço. Seja corajosa na luta em Jotunheim!
Quando o
pai se retirou, Louise pensou sobre isso. Mesmo com todo aquele sentimento
guardado pelo deus da guerra e sendo amada por ele, ela tinha ainda seus
receios. Na verdade, Louise sabia que sua amada giganta de fogo, Alice, perdeu
seus poderes ao ser beijada por Gerd e ela decidiu viajar até o centro da Terra
reencontrar seu poder. Nesta viagem a Jotunheim, ela poderia resgatar a
giganta.
E veio o
amanhecer nos nove reinos. Louise acordou e chorou outra vez lágrimas de ouro.
A cada nascer do sol, ela se lembrava de Jim. E cada vez mais se convencia que
seu marido a abandonou.
Perto da
ponte Bifrost, os três deuses, Peter, Uli e Gerd, montados em seus cavalos,
esperavam por Louise.
-- Aposto
que ela desistiu. – Ria o deus do trovão, alimentando a esperança que Louise
não venha. – Viu que não pode confrontar os gigantes de gelo.
-- Por que
desdenha dos poderes de Louise? – Questionou Gerd para o irmão postiço. -- Ela
é tão poderosa quanto qualquer um de nós.
-- E se eu
fosse você, me calaria para o Pai de Todos não ouvir o que disse. – Disse
Peter, quase indignado com Uli. --Sabes do apreço que ele tem por ela.
Neste
momento, a deusa do amor surgia, com sua égua branca chamada Freya. O rosto da
jovem divindade não era dos melhores. Peter sabia bem que a irmã chora todos os
dias lágrimas de ouro por causa do marido e Gerd teve pena dela.
Ela montou
na égua e encarou os três.
-- Eu não
desisti, Uli. E nem desisto dos meus deveres. – Ela disse, exibindo um sorriso
vitorioso, irritando o deus trovejante.
Sembene
abriu a ponte, permitindo a partida dos deuses para Jotunheim. Durante a
viagem, Louise se lembrou quando conheceu a giganta de fogo.
FLASHBACK ON
Ainda na adolescência, Louise tinha
desejos, anseios e uma enorme curiosidade. Era tanta que a menina causou
problemas para o pai e seu irmão. Ela viajou sozinha para Muspelheim, o reino
do fogo. Entre um passeio e outro, a deusinha não teve medo, mas sofreu com
extremo calor do lugar. Logo ela, tão acostumada com clima ameno da natureza,
estava quase desmaiando quando foi salva por alguém. Ou melhor uma giganta.
Essa giganta era Alice. Ela a levou
para uma montanha gélida, onde cuidou com carinho da deusa. Louise acordou e
deparou-se com uma bela mulher, de cabelos pretos, olhos azuis e vestes
vermelhas. “Que visão maravilhosa”, pensou Louise, diante da giganta.
A mesma também se encantou pela
mulher. Reconheceu ser Louise, a deusa vanir da natureza e do amor. “Ela é tão
pequena e linda. Parece um sol”, pensou Alice.
-- Estás bem, pequena? – Questionou
Alice, trazendo um cobertor para a deusa.
-- Agora estou. – Ela se abraçou por
conta do frio na montanha. – Onde estou?
-- Na minha montanha pessoal. Em
Muspelheim, é somente fogo. Eu vi que você não estava conseguindo viver ali e
então a trouxe pra cá.
-- Muito obrigada.
Por alguns dias Alice e Louise
desenvolveram uma amizade suave e também a giganta era delicada, adorava as
coroas de flores que Louise sempre criava. Viveram intenso. Até que um dia, a
giganta viu Louise tomando banho no lago e olhou cada detalhe de sua nudez.
Excitou-se. Quando a deusa voltou para a montanha, Alice a abordou. Se
encararam por uns instantes. Estava mais do que claro que a amizade delas se
transformou em algo mais: amor. Alice pegou a mão de Louise, beijando-a e
depois colocou seus dedos nos lábios da deusa, sentindo a maciez.
-- Gosto de você... – Murmurou
Louise, excitada.
-- Sinto tanta vontade de beijar
seus lábios. – Alice segurava a vontade de beijar Louise. -- Mas não posso
fazer isso.
-- Por quê? Eu a desejo muito.
-- Se fizer isso perco meu fogo e
vou parar no centro da terra, mas eu a desejo demais.
Elas se entregaram ao amor e o
desejo. Como não podiam se beijar, as duas passaram a tocar uma a outra, trocar
carinhos íntimos e beijar seus corpos. Gemiam de prazer todos os dias e noites.
Louise não teve mais frio na montanha graças a Alice.
Se passou um mês desde que Louise
saiu de Asgard. Ela recebia muitas mensagens do Pai de Todos, exigindo seu
retorno.
-- Meu pai quer que eu volte para
Asgard. Mas não quero. Eu quero ficar com você, minha giganta. – Acariciando o
rosto de Alice.
-- É melhor você ir minha deusa ou
Pai de Todos se voltará contra mim.
Não demorou muito para Tony enviar
Gerd para resgatar Louise e este não teve problemas em encontra – lá. Quase
destruiu a montanha e confrontou diretamente Alice numa luta. Quando esta se
encontrava em desvantagem, Louise correu até a amada e ficou na frente dela,
impedindo que Gerd a golpeie com a Notung.
-- NÃO! – Gritou. -- Por favor, não
mate Alice. Eu volto com você para
Asgard mas deixe Alice viva!
-- Eu tenho ordens a cumprir, Louise
e não posso falhar. – Gerd ainda se preparava para cravar a lança e de novo
Lulu impediu.
-- Eu imploro. Eu faço o que você
quiser, eu volto pro reino, mas poupe
Alice. Ela cuidou de mim.
O aesir pensou bem e recolheu a
lança, um pouco desolado.
-- Tudo bem, mas você Louise vai
agüentar a ira do Pai de Todos.
-- Estou disposta a tudo. Mas deixem
Alice viva. Eu... a amo.
Se despediu dela, abraçando-a e
tocando seus lábios.
-- Eu te amo minha giganta. Não se
esqueça de mim.
-- Jamais te esquecerei, meu amor. –
Alice beijou a testa dela e em seguida a viu desaparecendo junto com o aesir.
No fim Louise foi repreendida pelo
pai, o casamento dela com Jim foi apressado e ocorreu a batalha contra o deus
lobo Verratti, no qual Gerd foi o vencedor, porém, perdeu a mão direita. O que
alguns asgardianos desconhecem, é que o aesir de novo se encontrou com Alice.
Como resultado disso tudo, ele foi cuidado pela giganta, mas sem querer, acabou
beijando-a, fazendo Alice perder seus poderes e se exilar no cetro da terra.
FLASHBACK OFF
Os quatro
deuses conseguiram adentrar o reino gelado dos gigantes de gelo. Os cavalos
voltaram para Asgard e eles seguram o trajeto para o castelo do rei dos jotuns,
Hunt. Montaram um pequeno acampamento na floresta. Louise não havia conseguido
dormir e ficou no lado de fora do acampamento com Peter.
Neste
momento Gerd também saiu de sua barraca e viu a deusa ali, exposta ao relento.
Se aproximou dela e colocou um cobertor de pele animal nas costas dela.
-- Muito
obrigada. – Agradeceu a deusa.
-- Não
precisa agradecer. – Ele disse, tremendo um pouco de frio, mesmo estando com
seu casaco de pele. – Não devia estar aqui, fora de sua barraca. Brigou com
Peter?
-- Não. –
Ela sorria. – Só estou admirando a noite.
Ficaram
debaixo da árvore, olhando a neve que caia. Louise aproveitou e fez com que o
cobertor também cobrisse Gerd, aquecendo-se junto ao corpo dela. Permaneceram
sentados ali por um bom tempo.
-- Alguma
vez já sentiu... – Ela corou ao olhar para ele. – O amor?
-- Sim e
continuo sentindo... – Ele segurou a mão dela e a beijou. --A única pessoa que
faz com que eu nutra muitos sentimentos bons e felizes, é você, Louise. Amo-te
mais do que tudo.
Emocionada,
derramou uma lágrima dourada e em seguida tomou os lábios quentes de Gerd,
envolvendo num delicioso beijo. As mãos dela amaciavam o rosto dele e cada vez
mais se aconchegava no corpo do deus guerreiro.
-- Amo-te,
Gerd, meu aesir...
Porém, o
momento de felicidade deles foi interrompido com um galho se quebrando. O casal
ficou em alerta e apurando seus sentidos, notaram então a presença dos inimigos
através dos troncos das árvores ficando congelados demais.
-- JOTUNS!
– Gritou Louise, fazendo com que Peter e Uli saíssem das barracas.
De repente
os quatro se viram cercados por dezenas de gigantes de gelo. Uli e Gerd
seguravam o Mjölnir e a Notung e Louise se armou com a Gram.
-- POR
ASGARD! – Bradaram o quarteto, iniciando o ataque contra os jotuns.
E
iniciou-se a luta. Cada um dos quatro deuses derrubavam os gigantes de gelo sem
nenhuma dificuldade. Num dado momento eis que aparece Noone, o deus das
trapaças que foi banido de Asgard. Naquele momento ele transportou Peter para o
topo da montanha gelada.
Uli, Gerd e
Louise ficaram preocupados.
-- Para
onde seu atrapalhado irmão foi, Louise? -- Perguntou Uli, indignado com a
possível retirada de Peter e lançando outro trovão contra uma dezena de jotuns.
A jovem
deusa se preparava em responder quando ouviu uma voz conhecida... vinda de uma
entrada da caverna.
-- Louise... Louise... Me ajude...
-- Essa
voz... -- Dizia a deusa e imediatamente reconhecendo. -- Alice!
Gerd
percebeu isso e viu a amada correndo para dentro da caverna e a seguiu.
-- Louise,
não! É uma armadilha! -- Alertou o
aesir, sendo ignorado pela deusinha.
Era tarde
demais. Uma aura energética golpeou Gerd, afastando de Louise e outra energia
misteriosa paralisou a vanir, derrubando a espada Gram e enfraquecendo.
Magicamente, apareceu o rei dos Jotuns, Hunt.
-- Eu sabia
que colocando a giganta de fogo presa aqui, iria te trazer, Louise.
A deusa não
se deteve e mesmo paralisada, teve capacidade de falar.
-- Solte...
Alice! -- Ordenou a jovem.
-- É
inútil! -- Ria o jotun de cabelo,
afastando a Gram das mãos de Louise e puxando pelo cabelo e mostrando Alice
acorrentada. -- Ela está quase agonizando.
Uli
disparava seus trovões e viu seu irmão aesir desmaiado no chão e o socorreu.
-- Gerd!
Acorde!
-- Hmm...
Uli! -- Ele se recupera e pega a Notung. -- Louise... ela está na caverna.
Não deu
três segundos e Gerd desmaiou outra vez e Uli usou o martelo, descarregando
outro raio mas contra o irmão postiço,
despertando o aesir.
-- E agora?
-- Estou
bem. -- Respondeu o deus da guerra, mais recuperado. -- Preciso ajudar
Louise... e a giganta de fogo.
--
Espera...
Ele não
ouviu o irmão e seguiu para dentro da caverna.
E ali,
Alice chorava vendo sua amada deusa do amor sendo torturada pelo rei dos
jotuns.
-- Já
decidiu, Louise? -- Hunt espancava mais a deusa. -- Vai se render e se tornar
minha rainha?
-- Eu
prefiro... Morrer! -- Berrou a vanir, cuspindo sangue, caída no chão.
-- Pois
bem... -- O jotun, segurando a Gram, apontou a lâmina no pescoço dela. -- Vai
ser agora mesmo!
Ele se
preparava para golpear a garota quando a ponta de uma lança prateada atravessa
suas mãos, largando a Gram outra vez.
--
Maldição!
Ali mesmo,
Gerd aparece, libertando Alice quebrando as correntes e depois Louise.
-- Gerd...
-- Louise mal conseguiu proferir as palavras e foi beijada por ele.
-- Tudo
bem, ursinha. Já passou...
Alice viu o
casal de deuses se beijando e olhando de forma apaixonada um pelo outro e
sentiu um misto de ciúme e dúvida.
Rapidamente
a deusa deu um pouco de atenção para a giganta e colocou o dedo indicador nos
lábios desta.
-- Eu disse
que ia te resgatar, meu amor.
-- E eu
sabia que viria me salvar, minha pequena!
-- Precisa
se proteger... -- Louise se arma para o combate. -- Eu vou acabar com rei dos
gigantes. E você deve voltar pro seu lar.
-- Sim...
Alice
desapareceu num passe de mágica e Gerd perguntou.
-- Você ama
mesmo a giganta?
-- Sim.
Desde aquele dia... Mas isso não me impede de te amar...
Terminando
de falar, Louise seguiu para a caverna, ficando cara a cara com Hunt.
-- Quer
mesmo me enfrentar, deusa?
-- Sim e
ainda... – Mostrando a espada, agora adquirindo um brilho mágico. – Te fazer
pagar por manter Alice aqui!
E
iniciou-se um feroz combate, onde Hunt disparava turbilhões de pedras de gelo
contra Louise e esta se defendia, quebrando com a espada. No lado de fora,
Gerd, Uli e Peter liquidavam com os últimos jotuns que restavam, até que Hunt e
Louise saltaram para fora da caverna, agora completamente destruída.
O rei dos
jotuns encarou os quatro deuses. Os aesires e vanires ficaram lado a lado,
armados e novamente atacaram os gigantes e Hunt. O rei segurou a lâmina da Gram
e tentou apontar para o outro lado, evitando ser atingido.
-- Ainda é
uma deusa fraca, Louise. – Berrava o gigante.
Louise
reage diante da força do gigante de gelo, exigindo mais esforço físico.
Rapidamente ela soca o braço dele, fazendo-o largar a espada. Neste momento ela
golpeia mais o adversário, enchendo-o de pancadas, deixando os dois aesires
surpreendidos. Enfraquecido e derrotado, Hunt se reergue, espantado e ajudado
por dois jotuns restantes.
-- Eu
voltarei, Louise e ainda serás minha eternamente!
A deusa
tremia demais e largando a espada no chão, desmaiou na neve, sendo socorrida
por Peter.
-- Como ela
está, Peter? – Indagou Gerd, bastante preocupado.
-- Ela está
desmaiada... – Respondeu o vanir, cobrindo a irmã postiça com o casaco de pele
e carregando em seus braços. – Ela colocou muita energia nesta luta contra Hunt.
Antes de
falar algo, os deuses notam ao céu uma pequena aurora boreal. Era o sinal claro
que devem voltar para Asgard.
-- Sembene
não vai manter a Bifrost aberta por muito tempo. – Avisou Uli. – Precisamos voltar para Asgard
imediatamente!
Seguiram
então para o ponto inicial, perto de um rio. Peter internamente sofria depois
da batalha contra Noone mas procurou ocultar isso dos aesires.
-- ABRA A
BIFROST! – Gritou Gerd.
Uma aura
azulada encobriu os deuses, transportando para Asgard. Seguiram para a sala do
trono onde Tony os aguardava. O Pai de Todos correu até Peter e viu sua filha,
carregada por ele, desacordada.
-- Ela não
está morta, Pai de Todos... – Justificou Peter, tentando não mostrar sua
preocupação interna por Dianna.
-- Eu
sei... – Tony pegou Louise e depois lançou um olhar para o vanir, desconfiado.
– E você? Está bem?
-- Errrr...
– Peter corou um pouco e se recompôs. – Sim! Só estou preocupado com Louise.
Ela queria vencer Hunt.
Tony não
sentiu firmeza na voz de Peter e preferiu deixar assim. Ele seguiu para a
câmara de recuperação, deixando Louise na Forja de Almas, uma cama especial no
qual os deuses curam seus ferimentos de combate.
Uli se
despia em seu quarto e Gerd se deitou, preocupado com Louise. O deus guerreiro
desejava demais a deusinha e não sabia como proceder para um possível pedido em
casamento e temia a fúria do pai adotivo dela, Andrew e também, do Pai de
Todos.
-- Tomara
que Louise fique bem. – Comentou Gerd, olhando para o teto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário