Hoje venho com mais uma what if da sub série O Casamento... E teremos Felicity McGold e Johan Cruyff protagonizando. É indispensável a leitura de Baby It's You pois tem algumas referências nela. Boa leitura!
Not Fade Away__ Maya
Amamiya
Johan acordou com fortes
dores de cabeça. Sabia muito bem que era conseqüência das altas doses na noite
anterior. Bebeu unicamente para esquecer sua dor psicológica. Derrota no
campeonato mais importante do mundo e a perda de um amor. Descobriu apaixonado
por Felicity desde a entrevista e então procurou meios para poder ficar perto
dela. E antes do jogo da semifinal, ele soube que sua esposa o traia e pediu o
divorcio. Apesar da decepção, no fundo estava estranhamente contente. Poderia
muito bem amar sem medo sua fotógrafa.
Ao se levantar, ele
caminhou até a janela e viu o sol iluminando toda a cidade de Munique, ainda
alvoroçada com a vitória da Alemanha na Copa. Em seguida virou-se para a cama e
viu ela, dormindo como um anjo, apenas com o lençol cobrindo seu corpo nu. Sentou-se na beira da cama e passou admira-la
cuidadosamente e acariciou seu rosto, acordando a amada.
-- Hmmm... Johan... O que
houve?
-- Nada. – Respondeu,
sorrindo para ela. – Só estou te vendo dormir. Estou com uma dor de cabeça.
-- Tem aspirina na minha
bolsa. Pode pegar... – Disse Felicity e em seguida voltando a dormir.
Pegando a bolsa dela que
se encontrava na mesa, Johan pegou um dos remédios e o tomou com um copo de
água. Novamente o jogador fica perto da amada por um tempo e depois caminha até
a cozinha para preparar o café. Enquanto arrumava a mesa, ouviu Felicity
gritando e correu até a cama.
-- Meu amor! Calma! –
Pedia o jogador, apreensivo.
-- Tudo bem. Foi só um
sonho. Nada demais. – Ela disse e se levantando, cobrindo seu corpo com o
lençol e pegando as roupas.
Minutos depois o café foi
servido aos dois. Ficaram em silencio por um tempo, até Cruyff perguntar a ela
sobre a noite passada.
-- Quero lhe perguntar uma
coisa.
-- Pode falar.
-- Eu... nós dois...
fizemos amor?
Surpresa, Felicity tossiu
um pouco enquanto comia um pedaço de pão. Recuperou-se logo e respondeu.
-- Não fizemos. Eu juro.
-- Então por que estava
dormindo sem roupa?
-- Estava com calor. –
Mentiu a fotografa.
Não era verdade. Johan
tinha certeza que Felicity mentia, mas não sabia as razões dela negar da noite
de amor deles.
-- Lembro de estar
bebendo, depois conversava com você e aquele seu ex-marido, o narigudo veio até
nós, ameaçando você e dei um soco nele.
-- E o que mais lembra? –
Questionou ela, bebendo um pouco de leite.
-- Você me trouxe aqui no
hotel e... eu te beijei ao mesmo tempo caminhávamos até o seu quarto e tirei
sua roupa.
Vendo que não há como
negar mais, Felicity suspira e resolve falar o restante de tudo o que
aconteceu.
-- Até eu não acredito que
fizemos ontem. Entretanto, eu gostei. – Admitia a jornalista. – Nós fizemos
amor, Johan e foi lindo.
-- E você quer repetir a
dose? – Johan tocava as mãos dela e beijava seu pescoço, numa forma de seduzir
a amada.
Felicity não respondeu,
apenas o beijou de forma ardente, acendendo o fogo da paixão. Foram para cama,
tirando as vestes de cada um e repetiram todos os movimentos prazerosos da
noite passada, com a diferença que Johan se encontra sóbrio. Não havia mais sombras e nem obstáculos.
Felicity se sentiu nas nuvens. Flutuava. A cada movimento, os dois se desejavam
mais e mais.
Alguns minutos depois,
ainda se amando, o telefone toca no criado mudo e a jornalista atende, sob os
protestos do amado.
-- A... alô?
-- É a Louise. Sabe se a
Marie e Nora estão aí no hotel?
--Hmm... não. Por quê?
-- Apenas por curiosidade.
E sabe da Odile?
A prima não respondeu e
Louise começou a ficar preocupada, pois ouvia na linha alguém sussurrando e Felicity
gemendo.
-- Fefe, está tudo bem? –
Insistiu Lulu, ficando um pouco irritada.
-- Está... está quase
chegando... lá... – Respondia ela, quase
igual a uma drogada por remédios.
-- Do que está falando? –
Em seguida, a atriz logo entende e questiona. – Fefe, por acaso está
acompanhada do Johan Cruyff?
-- Sim – Respondeu com um
pouco de dificuldade. – Eu acho... acho que vou...
Louise não disse nada,
apenas colocou o telefone no gancho rapidamente, completamente envergonhado por
presenciar esse tipo de acontecimento.
Começou a rir, despertando atenção ao namorado, Gerd Müller.
-- O que houve, ursinha?
Por que está com essa cara?
-- Acabei de ligar para
Fefe e ouvi coisas que não imaginava ouvir.
-- Ela te ofendeu?
-- Pelo contrário. Ouvi
ela.... estava... num momento intimo com Cruyff. – Respondeu Louise, rindo ao
se lembrar da ligação. Gerd por sua vez ficou um pouco espantado, mas sabia que
a prima de sua amada está apaixonada pelo capitão da seleção holandesa e na
discoteca presenciou na saída uma pequena movimentação e era o próprio Cruyff
ainda socando o ex-marido de Fefe.
-- Foi uma péssima hora
pra ligações, ursinha.
Depois disso Louise foi
tomar banho, refletindo ainda como proceder no momento em que falaria sobre sua
gravidez para Gerd.
Horas depois Fefe e Johan
tomaram banho juntos e novamente se amaram antes de partirem.
-- Prometo voltar para
você o quanto antes. Agora devo me juntar ao time no retorno a Amsterdã. –
Disse enquanto se preparava para sair do hotel.
-- Eu sei. Ainda vou ficar
em Munique, para ajudar Ana nos preparativos do casamento.
Trocaram últimas juras de
amor e Johan vai embora, deixando saudades em Felicity. Alguns
minutos depois, ela vê na janela o amado embarcar no táxi em direção ao hotel
onde a seleção holandesa se encontrava. Depois Felicity resolveu ir visitar Ana
e chegando ao apartamento dela, encontrou um bilhete na mesa e nele estava
escrito:
Fui ao centro com Nora para escolher
meu vestido. Avise a Fefe e nos encontre na igreja central. Uli deve saber onde
fica.
Ana
--
Que ótimo! – Bufou Felicity, já ficando estressada. – Agora tenho de esperar a
Marie. Se é que ela está aqui.
Antes
de se sentar no sofá, a fotógrafa ouviu alguns gemidos vindos de um dos
quartos. Curiosa, caminhou no corredor escuro e parou na última porta, onde o
som estava mais proeminente. Abriu a porta com cuidado e levou um susto.
--
Marie... você está... AI MEU DEUS! – Gritou Felicity e colocando a mão nos
olhos.
--
AH! FEFE, SAI DAQUI POR FAVOR! – Marie estava espantada e logo a jornalista
saiu do quarto, fechando a porta e voltando para sala, muito constrangida.
Ainda
rindo do flagra intimo de Marie fazendo amor com Uli, Felicity se lembrou
imediatamente da ligação de Louise. Praticamente deu mais atenção aos carinhos
quentes de Johan do que para a prima, que inclusive notou claramente do outro
lado da linha o que se passava com Fefe.
Logo
Marie aparece na sala, de roupão e atrás dela Uli Hoeness, com cara
envergonhada.
--
Não sabia que viria hoje. Se não, iria preparar o café. – Falava Marie
ajeitando a mesa.
--
Não estava nos meus planos e também ficaria sozinha hoje. Ah, Ana deixou um
recado aqui. – Mostrando o bilhete escrito, a editora resolve perguntar ao
amado.
--
Não se preocupe. Sei onde fica essa igreja. Levarei vocês agora.
Após
o café com novo casal, Felicity foi junto com eles até a igreja e chegando lá
encontraram Paul Breitner, Ana e Nora conversando com padre sobre a data do
casamento e os padrinhos.
--
Herr Breitner, já sabe quem serão os padrinhos? – Perguntou o padre.
--
Sim. – Respondeu e apresentou as pessoas. Contudo, quando chegou à vez de
Felicity...
--
Mas ela não tem o acompanhante. – Disse o padre.
--
Pode deixar, Paul. Assumo como uma simples convidada. –Disse Fefe, demonstrando um pouco de
tristeza.
--
Nem pensar, Fefe. Já sei quem poderá te acompanhar.
Quando
Paul falou aquilo, de iniciou pensou que o alemão adquiriu uma complacência de
permitir a entrada de Johan Cruyff. Mas não foi isso.
Em
vez disso, um rapaz de terno, estatura baixa, magro e de cabelos pretos e um
pequeno bigode se apresentou ao padre e Paul.
--
Desculpe o atraso, Paul. – Disse ofegante o jovem, cuja aparência poderia ter
mais ou menos a idade de Breitner ou menos.
--
Não tem problema. Aqui está o padrinho. O nome dele é Jupp Kapellmann.
Após
as apresentações, Jupp ficou perto de Felicity. Esta por sua vez estranhava
aquele baixinho.
--
Agora não está mais desacompanhada, Felicity. Kapellmann e você vão ser os
padrinhos.
Eu te mato Breitner maldito, reclamou internamente a fotógrafa e sorrindo para
todos os presentes ali. Nos dias seguintes aconteceu o famoso ensaio de
casamento. Tirando a altura, Felicity até não reclamou mais, pois ela e
Kapellmann se saiam muito bem nos ensaios, ao passo que os outros padrinhos
estavam perdidos como o caso de Sepp Maier e Nora e outros eram bastante
atrapalhados como Gerd Müller e Louise.
E
num destes dias, Jupp acompanhou Fefe até o hotel e antes que ela
desembarcasse, tentou falar algo.
--
E-e-eu tenho algo para falar. Gostei de você. – Gaguejou o jogador.
--
Também gostei de você, homenzinho. Como um amigo.
--
Claro. Como amigo...
Ele
a viu sair do carro e entrando no hotel ao mesmo tempo se lamentava por saber
que ela nunca o viria mais do que um mero padrinho ou amigo.
Fazia
uma semana que Johan retornou a Amsterdã e na sua chegada a imprensa encheu de
perguntas sobre os jogos, a derrota na partida final e a traição de sua
ex-mulher Danny Coster. Em casa, ele tentou afastar toda agitação da capital e
esquecer os problemas. O que era bastante impossível. Parecia que aquela
derrocada fosse mesmo uma espécie de castigo. Amar outra mulher que não é sua esposa é um pecado? Questionou
Johan em seus pensamentos.
Não
conseguiu outra vez dormir. E seu motivo era sua amada inglesa. Chorou um pouco até adormecer poucas horas
depois. Quando acordou, tomou um pouco de café e folheou o jornal, contendo na
primeira página a foto estampada da seleção derrotada. Ignorou isso e continuou
a ler calmamente até visualizar nos classificados, o anúncio de venda de uma
casa. Interessado, anotou o telefone e o endereço onde se encontra. Aos poucos
construía sua vida nova após o torneio mundial.
A
poucos dias do casamento, Felicity auxiliou suas amigas na organização da festa.
A lista de convidados estava definida. A banda em questão? The Who. Quando
soube disso, Fefe logo estremeceu. Ela temia se encontrar com ex-marido e criar
mais atritos. Até por que a causa mais provável era o filho deles, Joseph.
Sentia falta do filho, contudo, se recusava a ir a casa dele para não olhar na
cara de Karen Astley, a nova esposa de Pete.
E foi num desses dias que Serena Greyhound, mãe de Marie e Odile, se
responsabilizou para cuidar dos filhos de Marie e das amigas dela. Ela visita
as garotas na igreja levando as crianças.
--
Oi meninas! – Cumprimentou a jovem senhora, segurando Lily nos braços e as
outras crianças vinham atrás dela. – Trouxe seus anjinhos.
--
Oh mamãe! James, Lily! Venham aqui com a mamãe! – Marie abriu os braços para
receber seus dois filhos com Roger Daltrey.
Nora
e Mandy se abraçavam intensamente e Joey, como era chamado o filho de Felicity,
correu até a mãe.
--
MAMÃE! – Gritou o menino abraçando a mãe.
--
Joey! Que saudades meu pequenino!
Durante
muito tempo as mães conversavam e davam carinhos aos filhos e veio o momento em
que as crianças conheceram seus futuros padrastos. De inicio James estranhou um pouco Uli, mas
depois se acostumou com sua presença. Mandy e Sepp imediatamente adquiriram uma
amizade paterna e inclusive a menina ria das palhaçadas do goleiro. Louise brincou um pouco com Joey e este
conheceu Gerd, que passou a ensinar o garotinho a jogar futebol fora da igreja.
No
hotel quando foi preparar o banho do filho, Felicity viu os braços dele com
marcas roxas e verdes.
--
Joey, o que aconteceu? – Perguntou a jovem mãe, tocando os machucados.
A
criança não respondeu receoso com a fúria da mãe.
--
Responda Joseph Gareth McGold Townshend! O que aconteceu nestes braços?
--
Foi... – Joey tinha dificuldades em responder por conta do choro e abraçou a
mãe. – Karen. Ela... Me bate. Papai... Não acredita em mim.
Tomada
pelo desespero e raiva, Felicity corre até o telefone e discou apressadamente
alguns números até chamar.
--
Alô?
--
Quero falar com Pete. Sou a Felicity.
--
Ah, oi Fefe!
--
SEU CANALHA! É UM PÉSSIMO PAI, TOWNSHEND! NOSSO FILHO COM MARCAS NOS BRAÇOS
CAUSADOS PELA SUA ESPOSA E VOCÊ NÃO FAZ NADA, SEU DESGRAÇADO! NUNCA MAIS VAI
CUIDAR DO JOSEPH, OUVIU? NUNCA MAIS!
E
desligou o telefone com agressividade. Ainda com as mãos tremendo, ela foi
cuidar dos ferimentos do filho e procurando esquecer a irresponsabilidade
provada por Pete. Depois de colocar o filho na cama, a jornalista foi verificar
suas cartas. Algumas eram da família. Seu pai havia se casado de novo e
justamente com a mãe de Rosie Donovan, Martha. Depois uma da mãe, informando
que se divorciou de Serge Lamarc e que vendeu a casa em Manchester e hoje vive
em Londres, perto de Tony e Mary McGold, os pais de Louise e Michael. A outra
carta era dele. Seu amado holandês.
Ansiosa, abriu o envelope e ali tirou a carta e uma flor pequena
amarela.
Começou
a ler.
Felicity...
Minha amada deusa. Sinto falta de ti
ao meu lado. Os dias que passo sem você é um tormento sem fim. As horas custam
a passar sem sua presença.
Enquanto você se encontra em Munique,
tratei de resolver meus problemas em Amsterdã. Uma experiência foi comprar uma casa. A
segunda resolver os problemas pessoais com minha ex-esposa. Tudo resolvido.
Agora, só me resta você.
Deusa, desejo você mais que qualquer
homem neste mundo. Desejo ver seu rosto iluminado, seu sorriso, seu jeito ora
apaixonada, ora atrevida.
Anseio demais por seu amor, me perder
em toda extensão de seu corpo, um verdadeiro infinito...
No meio da leitura, foi
interrompida com a porta do quarto se abrindo e Joey aparecendo na sala.
-- Por que está vermelha
mamãe?
-- Eu... – Felicity estava
sem jeito devido à leitura da carta de Johan, chegando a um conteúdo um
tanto... pessoal e íntimo. – Estou com calor, filho. Vou abrir um pouco a
janela.
Ela deixou uma fresta da
janela aberta para entrar um pouco de ar. Depois disso foi conversar um pouco
com ele que estava sem sono e ligou a televisão.
-- Já pensou em morar em
outro país, filho? – Comentou Felicity enquanto colocava um edredom no sofá.
-- Talvez... – Respondeu o
menino. – E para onde?
-- Quem sabe na Holanda?
-- É legal. Mas não quero
ficar longe do papai.
-- Se fossemos morar na
Holanda, com certeza vamos visitá-lo nas férias. Eu prometo.
Depois desta resposta,
Joey acabou concordando e se ajeitou no sofá, deitando ao lado da mãe.
Assistiram juntos a
maratona de episódios de Doctor Who, a série favorita de Felicity e dormiram na
sala.
E chegou o dia do
casamento. A igreja de Munique parecia pequena para muitos convidados. Eram
desde os jogadores até mesmo os parentes da noiva e dos amigos dela. Até mesmo
os funcionários da Rolling Stone de Londres se encontravam ali.
Pouco a pouco os padrinhos
e madrinhas dos noivos entraram na igreja. Paul conversava com Franz e Gerd e
finalmente veio a noiva.
Todos olhavam para ela e
reconheciam uma coisa: Anastacia se parece com a lendária princesa russa, mesmo
com vestido de noiva. Alexei, pai de Ana, carinhosamente afastou o véu do rosto
da filha e beijou-lhe a bochecha, sussurrando algo em russo e em seguida
entregando a mão da filha para o noivo.
Enquanto o padre recitava
o sermão, a fotógrafa se lembrou de Johan. Idealizou pro breves momentos seu
casamento com ele, se fosse realmente possível ele aceitar. Ao mesmo tempo
lamentava por não ser ele seu acompanhante e sim o jogador Kapellmann. Não o
menosprezava nem nada apenas desejava seu amado.
Depois disso, os dois
filhos de Marie, James e Lily apareceram vestidos a caráter. O pequeno cavalheiro
e a pequena dama entregando as alianças aos noivos. Antes de colocarem, ambos responderam a
clássica pergunta feita pelos padres.
-- Se existe alguém contra
essa união, pois fale agora ou então se cale para sempre! – Disse o padre,
decidido.
Os convidados se
entreolharam e os padrinhos um pouco apreensivos. Felicity enxergou John
Entwistle, com os outros membros do The Who ao fundo. Ele não quis se
manifestar. Sinal claro que o ex-marido de Ana soube aceitar o fim do casamento
deles. Porém, Pete Townshend não se conformava com isso. Mesmo casado com Karen
Astley, no fundo ainda ama Fefe e a deseja secretamente. Quando a viu
acompanhada do jogador holandês,
estremeceu de ódio e cego pelo ciúme, atacou os dois mas se deu mal e
acabou levando um soco na cara nas mãos do próprio Johan, que se encontrava
quase bêbado.
-- Neste momento, eu os
declaro marido e mulher. Pode beijar sua esposa, Herr Breitner!
Todos aplaudiram por Paul
e Ana selarem sua união através do beijo. Felicity chorou um pouco e foi cumprimentar
os recém casados.
-- Fefe, pare de chorar. –
Pedia Ana, vendo sua amiga grandona chorar.
-- Não consigo. Sempre
choro em
casamentos. Lembra quando chorei quando casei com Pete?
-- Lembro sim. Agora vamos
comemorar!
Na saída, Fefe ficou um pouco
na porta da igreja para fumar quando avistou ao longe um carro vermelho parado
na sombra e na árvore estava possivelmente o motorista. Reconheceu ser ele. Correu até o amado e se beijaram intensamente,
demonstrando a saudade de ambos.
-- Meu amor... –
Sussurrava Felicity.
-- Senti sua falta. Vem
comigo para Amsterdã? – Johan convidava Felicity para recomeçar sua vida.
-- Irei com você. Mas
antes venha comigo na igreja e ignore as repreensões, ok?
-- Está bem.
O casal seguiu os
convidados e os noivos para o salão de festas e ao entrarem no local, foi
imediatamente um choque principalmente para os alemães ao verem Cruyff e
Felicity juntos, mas depois seguiu tudo normal. A fotógrafa levou o jogador até
os noivos.
-- Paul, Ana, quero
apresentar...
-- Meu deus, Felicity. Já
sabemos quem ele é. Seu namorado, Johan “fracassado” Cruyff. – Disse Paul um
tanto debochado.
-- Posso ter perdido essa
copa, mas não sou fracassado! -- Bufou
Johan, sentindo o sangue ferver de ódio por lembrar-se da derrota.
-- Paul! Não trate assim
as pessoas! – Repreendeu Ana em seguida tratando bem o convidado. – Desculpem
meu marido. Seja bem vindo, Johan!
-- Muito obrigado, Srta.
Rosely. Ou melhor, Sra. Breitner. E desejo felicidades a vocês.
-- Obrigado. – Agradeceu o
casal, embora Paul estivesse um pouco desconfiado do que aquele holandês é
capaz.
Após muitas apresentações,
ela resolve apresentar o jogador para outra pessoa: seu filho. O menino
brincava com a avó Sophie em companhia também de Mary e Michael McGold,
respectivamente tia e primo de Felicity.
-- Mãe!
-- Minha filha! –
Cumprimentou a mãe. – Este casamento é um luxo! E quem é esse cavalheiro?
-- Sou Hendrik Johannes
Cruyff, ou simplesmente Johan.
-- Sou Sophie, a mãe de
Felicity. – Ao se apresentar, Joey
aparece abraçando a avó porém se escondendo diante do estranho. – Ah este
menino aqui atrás de mim é o Joseph, meu neto.
-- Joey, me abraça vai?
Vem aqui com a mãe. -- Falou Felicity
abrindo os braços para receber o filho.
O menino abraçou a mãe com
enorme carinho e em seguida dirigiu seu olhar ao estranho homem que se encontra
ao lado dela.
-- Quem é ele? – Perguntou
Joey.
-- Este é Johan. O
namorado da mamãe. Diga oi ao tio Johan.
Ainda olhando para ele,
Joey estava com medo do estranho e depois de insistidas chamadas, acabou
livrando-se da timidez e retribuiu o cumprimento.
-- Olá, tio Johan. – Falou
baixinho e encarando os olhos dele.
-- Olá, Joseph. Eu sou
Johan. Quer ser meu amigo? – Estendeu a mão e a resposta de Joey não foi diferente.
Aceitou calmamente o jogador e num espaço de tempo se afeiçoou a ele.
Uma hora depois o casal
Breitner inicia sua primeira dança juntos, atraindo olhares emocionados dos
convidados. John Entwistle chorou um pouco, mas disfarçou para os outros membros
do Who não o virem naquele estado. Felicity e Johan trocaram um beijo
apaixonado, entretanto tiveram de parar, pois Louise saiu correndo. A prima
mais velha seguiu-a até o banheiro e viu a atriz vomitando no vaso sanitário
numa das cabines livres.
-- Louise! Agüente firme.
– Dizia Felicity socorrendo a jovem que ainda botava para fora aquela sensação
de enjôos causados pela gestação.
-- Estou bem. – Louise se
recupera e lava o rosto. – Já passou. Agora, se me permite, tenho uma revelação
a dizer pro meu amor! – E seguiu rumo ao salão.
De volta ao salão Fefe
ficou perto de suas amigas, Nora Smith e Marie Greyhound, conversando
animadamente quando ouviu um grito. Era Louise!
--ESTOU ESPERANDO UM FILHO
SEU, GERD MÜLLER!
De repente, a música parou
abruptamente e todos os convidados observaram o outro casal e não os recém
casados. Tomada pelo pânico, Louise foge para o corredor e começa a chorar na
janela. As garotas, mais Mary McGold foram ao encontro da jovem.
-- O que foi aquilo,
Louise? – Questionava a mãe, apreensiva.
-- Desculpa. – A atriz
chorava demais e era consolada pelo irmão, Michael e em seguida aparece Odile
para abraçar a amiga.
-- Não chora, amiga. Pelo menos contou
pra ele. – Disse Odile, dando apoio a ela.
Mary McGold chorou também pela
revelação da filha. Sabia do romance dela com jogador alemão e inclusive deitou
elogios a Gerd, dizendo que ele era diversas vezes melhor do que o piloto James
Hunt, o antigo namorado de Louise. Minutos depois, ouve-se a voz de Gerd no
microfone. Ele se encontrava no palco junto ao The Who.
-- Senhoras e senhores
desculpe interromper a música da banda em questão aqui. Mas preciso falar uma
coisa.
-- Ai meu deus, o que
ele vai fazer desta vez? – Se perguntava Mickey, o irmão de Louise, abraçando a
mãe que parava de chorar.
-- Quietos, vamos ver
o que vai dizer! – Disse Felicity, prestando a atenção.
-- Algum tempo atrás,
conheci uma garota, uma atriz. Mal a conheci pessoalmente e já me encantei por
ela. E mais ainda quando a vi pela primeira vez. Eu sei que no começo foi...
Bem estranho. Depois, fui conhecendo mais sobre ela e sei que não posso ficar
sem você, Louise.
De uma forma surpreendente, Gerd
caminhou até a amada, ainda segurando o microfone.
-- Me desculpe pela
falta de atitude de minha parte. Fui pego de surpresa. Agora sou eu que quero
falar. Louise McGold, quer casar comigo?
Louise ficou sem
reação. Olhou por uns instantes para a mãe, que abria um sorriso e dizendo para
aceitar. As garotas e os convidados incentivaram e no final a atriz aceitou e
em seguida beijando o amado, em meio aos aplausos dos presentes.
Depois Anastacia subiu
ao palco, pronta para jogar o buquê e quem pegou foi Odile. Mais tarde o casal
Breitner se despede dos convidados para seguir sua viagem de lua de mel na Rússia
e mais tarde na Itália.
Durante a festa,
Felicity foi conversar um pouco com Johan e brincando com filho Joey, quando
Pete Townshend aborda os três.
-- Papai! – Gritou o
pequeno e abraçando o pai;
-- Oi Joey. Como está?
A mamãe tem cuidado de você? – Perguntava Pete sorrindo pro filho.
-- Sim. Tô adorando. E
o tio Johan é muito legal.
Pete se calou por uns
instantes e logo encarou o casal. Tentou controlar o máximo seu ciúme e tentou
pensar em Karen, mas era impossível. Sua ex-esposa estava belíssima no vestido
rosa, o que a deixava encantadora. E ver ela acompanhada do jogador holandês,
era pedir para morrer.
-- Errr... Felicity,
podemos conversar lá fora? São uns assuntos referentes ao nosso casamento
fracassado.
Johan fechou a cara
quando ouviu isso. Fefe se levanta e é segurada pelo namorado e falou o
seguinte.
-- Tudo bem, amor. Só
vou conversar com Pete sobre umas coisas mal resolvidas. Ok?
-- Está bem. Ficarei
de olho caso precise de ajuda!
Ao saírem do salão de
festas, o guitarrista começa a falar.
-- Que palhaçada é
essa?
-- Como assim?
-- Você, namorando um
jogador de futebol holandês.
-- Mereço também a
felicidade, Pete. Coisa que você não me deu mais depois do nascimento do Joey.
E pra piorar, resolve colocar a amante na nossa casa!
-- Karen é agora minha
esposa! – Dizia Pete, alterado.
-- Johan é meu
namorado e possivelmente futuro marido!
-- Joey não merece um
padrasto como ele!
-- E nem merece uma
madrasta terrível que agride a criança todos os dias e quando recorre auxilio
pra você, finge que não vê ou não acredita? Caia na real, Pete! Querendo ou não, vou levar nosso filho para
Amsterdã!
-- Vai fazer igual à
Marie, deixando os filhos longe do pai deles?
-- Roger foi canalha e
você mais ainda. Como havia dito no telefone, nunca mais cuidará do Joey! Se
você não fosse tão descuidado, saberia proteger nosso filho e impediria de ser
maltratado pela Karen. Agora se me der licença, vou voltar ao salão.
Ao terminar de falar,
Felicity retorna para o salão e antes de entrar, ela é agarrada por Pete,
ensandecido de ciúmes e atraindo a atenção de alguns convidados, entre eles Uli
Hoeness e Marie Greyhound.
-- NÃO PERMITIREI
ISSO! – Gritava o guitarrista, pronto para agredir a ex-mulher. Neste momento
Johan corre até a porta e segue em direção a amada, acertando um soco no nariz
de Pete.
-- Seu... seu.. – Não
conseguia falar. A dor era tanta que Pete mal proferia as palavras.
-- FICA LONGE DA
FELICITY! ESTÁ OUVINDO, NARIGUDO? SE CHEGAR PERTO DELA E DO FILHO, EU TE MATO!
– Johan estava tremulo e ao mesmo tempo cheio de raiva. Por ele poderia muito
bem socar e chutar o guitarrista, porém, isso não deixaria uma impressão boa.
-- Está tudo bem,
Fefe? – Perguntou Marie, ajudando a amiga.
-- Sim. Johan salvou
minha vida. – Respondeu. – É até engraçado. Esse tipo de coisa aconteceu quando
namorava o Dave Davies e Pete me ajudou. Agora isso se repete.
-- Acredito que o
ciclo terminou por aqui!
Depois disso o casal
se prepara para ir embora e se despede de Uli e Marie. Pete foi socorrido
apenas por John Entwistle, que por sua vez sabia que o amigo não agiu bem para
se acertar com Felicity.
-- Cuida do Joey pra
mim? – Perguntou Felicity para mãe, abraçadas.
-- Claro, minha filha.
Jon e Bran vão me ajudar e seu pai vai adorar a companhia do neto. E quanto ao
pai dele?
-- Fica de olho no
Pete! Se ele aparecer acompanhado da esposa, não permita!
Após as recomendações
Fefe abraça o filho carinhosamente.
-- Obedeça as ordens
de sua avó!
-- Sim. Mamãe, posso
ir com a vovó para visitar tia Louise e tio Gerd? – Perguntou o menino, alegre
por saber que ganhará no futuro um primo para poder brincar.
-- Pode. E filho, se
prepare que muito em breve vamos nos mudar para Amsterdã.
-- Legal!
E depois o casal
seguiu rumo à Holanda para iniciar sua nova vida. Johan apresentou a casa
barco, impressionando a amada.
-- O que achou da
nossa casa?
-- Maravilhosa! Joey
vai amar o lugar.
Se abraçaram
apaixonados e por uns segundos olharam nos olhos um do outro. É algo mágico
para eles. Uma jogada na vida fez com que seus destinos se cruzassem. Trocaram
um delicioso beijo e tomados pelo mesmo desejo incontrolável visto no hotel, se
amaram intensamente e juraram que amor deles não vai desaparecer.
Meses depois, os dois
se casaram numa cerimônia discreta e aproveitaram a lua de mel em Barcelona e
no retorno para Amsterdã, Felicity recebe a noticia do nascimento do bebê de
Louise.
-- Nasceu uma menina.
– Disse Felicity, lendo a carta.
-- Que bom. Gerd deve
estar contente por ser pai de uma linda menina. E qual vai ser o nome dela?
-- Nicole. Achei muito
lindo...
-- Alguma vez pensou
em ser pai?
-- Sim. E se for
menino, vai se chamar Jordi. É o nome
catalão para Jorge ou George para vocês britânicos. Por que?
Encarou a esposa por
uns instantes e ela segurou a mão dele, pousando na barriga dela. Imediatamente
compreendeu o motivo e se encheu de alegria.
-- Meu amor... eu...
vou ser pai!
-- De um menino. Meu
Joey terá um meio irmãozinho correndo pela casa.
Riram da afirmação e
mais uma vez a onde de alegria tomou grandes proporções. Johan seria pai pela
primeira vez e Felicity mais uma vez assumiria a responsabilidade. Agora só
restava esperar nove meses para a chegada do bebê.
FIM
Por
enquanto...
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