Parte 2
Na pista o
jogador e a garota dançam a todo o momento. Quando fechou duas horas da
madrugada, eles seguiram para o hotel onde Best costumava freqüentar chamado “O
Velho e o Mar”. No quarto, ele tomou banho e por breves momento pensou em
Rosie.
-- Best! –
Chamou a garota no quarto. – Vem pra cama!
-- Já vou,
Joni! – Respondeu, terminando seu banho e se secando.
Porém, aquela
noite foi estranha para o jogador...
No apartamento
das atrizes Odile Greyhound e Louise McGold, tudo está no perfeito silencio...
ou melhor, quase. Num dos quartos se ouvia um casal se amando intenso matinal e
era justamente Louise e Gerd. Na sala, Franz e Odile dormiam tranquilamente no
sofá, até o telefone tocar. Odile se levantou, mas ainda teve o braço agarrado
pelo amado, ainda dormindo.
-- Nein... –
Resmungava.
-- Só vou atender
ao telefone, Franz. Já volto! – Disse e em seguida largou a mão dele e indo
atender.
-- Alô?
-- Você é
Odile Greyhound? – Questionou a voz na linha.
-- Sim. Quem
é?
-- Só estou
ligando pra avisar que encontrei seu amigo jogador de futebol, George Best. Ele
está no mesmo hotel onde freqüenta, O Velho e o Mar.
-- Espere!
Quem é você? – A pessoa havia desligado o telefone, deixando Odile pouco
temerosa ao mesmo tempo brava com seu amigo. – Você me paga, George! Outra vez
aprontando?!
Imediatamente
se vestiu e vendo o amado dormir, sacudiu para acordá-lo.
-- Franz! –
Chamava Odile. – Franz, acorde! Vamos atrás do George.
-- Nein nein,
meine liebe! – Resmungou o jogador, ainda dormindo.
-- Por favor,
mon amour! – Implorava.
-- Ich werde
im Bett für eine Weile zu bleiben. (Eu
vou ficar aqui na cama por um tempo.)
Irritada,
Odile retirou o cobertor dele, revelando sua nudez e ainda esbraveja.
-- Se não
levantar agora, pego seu carro e vou sozinha! E já aviso que possivelmente não
volto!
-- Pode ir. –
Disse pegando o cobertor. – Ele nem é meu amigo.
-- Está bem,
eu vou mesmo. Continue dormindo.
Ela pegou a
chave do carro de Franz e saiu do apartamento, indo em direção ao carro. Ao
embarcar no veiculo e ligar o motor, ela avista seu amado também saindo do
apartamento e abrindo a porta do carro para embarcar.
-- Está bem. –
Franz estava zangado com a possibilidade de encontrar George Best, afinal, como
jogador e como pessoa não o suportava. – E estou fazendo isso porquê te amo!
Alguns minutos
depois eles consegue chegar ao hotel e na recepção, o dono reconhece a amiga de
Best.
-- Srta.
Odile. – Disse o senhor de uns quarenta anos. – Sou um grande fã da senhorita.
-- Obrigada,
Sr. Andrews. George Best está aqui?
-- Sim, no
mesmo quarto de onde encontrou na outra vez. E alias, sua amiga loirinha não
está com ele e sim havia uma morena alta de olhos azuis e botas pretas.
-- O que
aconteceu com ela?
-- Foi embora
faz umas duas horas.
Rapidamente
Odile e Franz subiram dois andares e encontraram o quarto onde Best se encontra
hospedado e com a chave cedida pelo dono do hotel, conseguiu abrir a porta e
para a surpresa do casal, encontraram o jogador numa situação bastante
constrangedora. Algemado na guarda da cama, sem roupa e com a boca amarrada.
-- MON DIEU! –
Gritou Odile e Franz tapando os olhos da namorada.
--
Mhmhmhmhmhmhmmmmmm – Tentava gritar Best, mas era impossível.
Franz retirou
a tempo a amarra na boca de Best e voltou a vendar os olhos de Odile,
poupando-a da visão vergonhosa.
-- French
Girl, me ajude! Aquela piranha da Joni me deixou assim!
-- Franz, como
ele está? – Ainda com os olhos vendados com a mão do jogador.
-- Melhor não
ver isso, meine liebe. – Respondeu e ainda encarando Best furioso. -- Du bist
eine Schande! Zum Glück habe seine Freundin nicht sehen ihn so elend! (Você é uma vergonha! Ainda bem que sua
namorada não o viu assim, desgraçado!)
-- O que você
disse? French Girl me tira daqui! A Rosie veio junto?
-- Não. Mas se
ela estivesse aqui... – Odile nem queria imaginar se Rosie viesse junto e
pegasse o namorado daquele jeito.
Franz pegou a
chave das algemas encontradas na cômoda e libertou Best. Este por sua vez tomou
um banho rápido, se vestiu e saiu do hotel junto com o casal. Voltaram todos
para o apartamento da atriz, que ainda se encontrava em paz. Ou quase.
-- A ruiva não
me quer mais por perto. – Comentou Best, se sentando no sofá. – Se eu voltar
pro apartamento dela, sou capaz de ir preso.
-- Não
exagera, só precisa conversar com Rosie. – Dizia Odile enquanto preparava o
café junto com Franz.
-- Desta vez
não vai haver nada. E... esqueci de perguntar. Onde está o rato austríaco?
-- Rato
Austríaco? – Indagava Franz olhando para Odile.
-- Era o
apelido do Niki Lauda. – Em seguida lançando um olhar para Best. – Ele terminou
comigo. E estou com Franz Beckenbauer.
George não
sabia se dava os parabéns ou simplesmente lamentava mais. Assim como Franz não
se dava com Best, o próprio norte irlandês não se bicava com o alemão e isso
era por motivos óbvios: rivalidade nos gramados.
-- Então, os
boatos eram verdadeiros. – Ria o jogador, caminhando de um lado para outro e ao
mesmo tempo ouvindo uns gritos vindos no outro quarto. – Tem mais alguém por
aqui?
-- Sim. É a
Louise.
-- Ah sim. O
que foi feito da sua amiga loira maluca?
Antes de
responder, todos ouviram um grito de Louise.
-- AH, URSINHO
EU TE AMO!
Best ficara um
tanto sem jeito ouvindo aquelas palavras e ainda rindo, observou o casal na
cozinha.
-- Louise está
namorando Gerd Müller. – Respondeu a atriz francesa, servindo café para o
amigo.
Minutos depois
surge o casal na cozinha. Gerd estava com a camisa branca aberta e usando uma
calça preta e Louise apenas de roupão. Ela ficou estática ao ver George Best na
sala.
-- O que ele
está fazendo aqui?
-- Vai se acostumando,
Lulu. George ficará aqui uns dias até ele se acertar com a Rosie.
-- Ele vai
ficar aqui? – Indagou à loira, com a possibilidade do amigo de Odile passar
umas noites no apartamento. – AQUI CONOSCO, ODILE?
-- Ah qual é,
loirinha? Só por que aconteceu aquele negocio de acordar juntos no hotel, não
quer dizer que sinta algo por você. Tudo bem que você é muito bonita, mas não é meu tipo, baby!
Gerd arregalou
os olhos ao ouvir aquela revelação.
-- Acordar
junto, no mesmo quarto!? – Perguntou. – Que história é essa, ursinha?
-- É, agora
tudo faz sentido. – Comentou Franz encarando Best.
-- Calma, uma
coisa de cada vez! Bem antes de te conhecer, eu estava solteira e sofrendo pelo
Hunt. Certa vez Odile e eu fomos a uma festa do Lord Hesketh. Odile ficou com
Niki e eu dancei com François Cevert só que ele é... Tarado e pervertido! Então
acabei bebendo. Não sei se foi a bebida ou outra coisa, apenas me deixei levar
pelo Best e... Aconteceu.
-- Eu estava
entorpecido de saudade da minha ruiva. E achei que ela fosse a Rosie e me
enganei. Por favor, loirinha, me perdoa naquele dia. Eu juro por tudo que nunca
quis e nem estou interessado em sua pessoa. – Best pedia perdão a Louise.
Embora a
própria Lulu o perdoando, Best ficaria marcado para sempre. Gerd estava se
corroendo por dentro de ciúme, mesmo sabendo da história que aconteceu antes
dele e da ursinha ficar realmente juntos. À noite Best dormiu no sofá-cama da
sala e não conseguiu dormir. Mesmo Franz e Odile sendo silencioso, o outro
casal são exatamente o contrário. Muito escandalosos. Certa vez saindo do
banho, ouviu os vizinhos reclamando dos gritos de Louise, falando algo do tipo
“Essa amiga da Odile e o namorado só gritam quando fazem amor.” Ele não deixou
de concordar com esse tipo de reclamação.
Quanto sua
estadia no apartamento das atrizes, seguiu tranqüilamente, ainda que Best não
conseguisse dormir por causa dos altos gemidos de Louise. Quanto aos jogadores
alemães se acostumaram com a presença dele. Ou melhor, quase. Gerd a todo o
momento se segurava pra não socar o norte irlandês. Só de imaginar ele e Louise
terem ficado juntos a noite toda, lhe causava um mal estar.
Fechou-se
quinze dias da estadia de Best no apartamento. Franz Beckenbauer resolveu
conversar com ele. Best estava lendo os jornais e como sempre, diziam algo
sobre a temporada no qual o Manchester United encerrou de modo regular.
-- Eu sei que
não nos damos bem. – Dizia o alemão, sentando-se na poltrona de frente para
George. – Mas gostaria de te ajudar.
-- Agradeço
pela preocupação. – Best não estava muito animado em conversar e evitava demais
algum contato com os namorados das meninas.
-- Faço
questão em te ajudar. – Disse Franz, prestativo. – Me diz, como você e sua...
ruiva se conheceram?
-- Foi em
1967. Eu a vi nas arquibancadas de Wembley. Ela estava com os colegas da
universidade. – Best sorria ao se lembrar do dia em que viu Rosie. – Pode
parecer estranho, mas foi o melhor dia da minha vida. Fui o único que fiz
questão de aborda – lá, mesmo que ela não tivesse algum interesse.
-- E ela tinha
alguém naquela época?
-- Sim. Um
guitarrista chamado Eric Clapton. Ele a deixou por que passou amar outra
mulher. Reapareci depois de uns anos. Ela brigou comigo, cheguei a pedir ajuda
a French Girl e conseguiu. Aí veio minha ex-namorada e estragou tudo. E agora o
motivo foi outro: o tal Clapton reapareceu e fui tomado por uma sensação de
perder a ruiva pra ele. Já sentiu alguma vez isso, Franz?
-- Sei como é
isso. – Olhando para Odile, que preparava o almoço.
-- Briguei com
ela e ainda disse coisas que não devia... Pra falar a verdade, cometi erro
atrás de erro. Fui um maldito perdedor no fim das contas. Até o velho Busby
quer me ajudar. Já tentei de tudo e sempre que estou com ela, vem mais uma
barreira pra me impedir de ficar com Rosie.
-- Mas e você,
ainda ama Rosie?
-- Já tentei
sair com outras... E sempre a ruiva estava na minha mente.
-- Sabe o que você deve fazer?Precisa conversar com ela, a sós,
sem Odile ou a Marianne por perto. – Disse Franz enquanto ajudava Odile arrumar
a mesa.
-- E como farei isso se ela não me quer? – Best
colocava os copos na mesa. – Só se eu correr Bobby e Mari do apartamento pra
acontecer esse tipo de coisa.
-- Então, faremos isso!
Aconteceu o almoço dos três. Louise e Gerd
foram para a casa da mãe dela, devido à promessa de visita-lá. Após o almoço
seguiram conversando até receberem no apartamento Bobby Moore e Marianne Jones.
-- Oi Odile! – Cumprimentava Marianne, por já
conhecer a atriz e a amiga dela, Louise. – Olá Franz! Como vão vocês?
-- Muito mais felizes. – Respondeu à francesa
beijando Franz de selinho.
-- George! – Bobby cumprimentou o amigo. –
Quanto tempo que não te vejo.
-- Não exagera, Moore. São quinze dias que não
piso no apartamento. E por que não trouxeram a Sofia?
-- Minha mãe a levou para passear com minhas
irmãs. – Respondeu Mari, tomando um gole de chá. – Só no fim da tarde irei
rever minha Soso.
-- Saudades da minha “sobrinha”. E a Rosie?
Como ela está? Ela fala de mim? – Questionou Best, esperançoso.
Marianne e Bobby se sentiram um pouco desconcertados,
mas a jovem respondeu.
-- Bem, George, serei sincera. – Dizia Mari,
séria. -- Ela chora por você. Todos os dias.
Por mais que sua mente se recusasse acreditar,
ele sentiu o peso de toda mágoa causada na amada. Só não esperava que Rosie
sofresse demais neste ponto. Ele se retira do apartamento, no intuito de não
chorar na frente de sua amiga. Bobby o seguiu.
-- George!
-- Me deixa! – Best chorava e olhava para as
ruas de Londres. – Eu a fiz sofrer. Não devia...
-- Eu sei, Best. Mas sabe o que é mais
preocupante?
-- O que? – Agora George estremeceu com mais
possibilidades.
-- Rosie comentou com Marianne que deseja
voltar para Liverpool, morar com a mãe. E desta vez em definitivo.
-- Não pode estar falando sério, Moore! –
Esbravejava Best. – Eu vou perguntar pra Mari!
Voltando para a sala, encontrou Marianne e
Odile conversando na cozinha e Franz tinha ido fazer uma ligação importante.
-- Marianne! – Best acabou ficando na cozinha.
– É verdade que Rosie... vai embora?
-- Sim. – Respondeu a roteirista, ainda séria e
vendo Best virando a cara e explodindo em lágrimas. – Mas ainda é tempo de
recupera - lá. Não desista, Best!
-- Não agora que tenho um plano! – Dizia Franz,
desligando telefone e ficando na cozinha junto com os outros. – Neste momento, vá para a casa da Rosie e não
saia de lá sem que ela te ouça e te perdoa!
-- Mas assim, sem levar nada? Um presente? O
que digo?
-- Diga que está arrependido e que a ama demais,
não consegue viver sem ela porque ela é sua razão de viver e existir! – Falou
Marianne, convicta e passando confiança ao jogador.
Bobby entrega a chave do carro e Best embarca
no carro.
-- Tens a chave do apartamento?
-- Sim. Obrigado, pessoal! – Ligando o carro e
dando a partida, seguindo para o apartamento da ruiva.
Chegando à porta, Best ouve uma música dentro
do apartamento. Antes de colocar a chave na fechadura, respirou fundo e se
concentrou. Que nada possa me impedir, disse
para si mesmo e girando a fechadura, abriu a porta, entrando na sala.
Aparentemente tudo normal no apartamento.
Entrou no quarto de Rosie e viu o toca discos
dela. Na cama está capa de disco, With
The Beatles, a banda favorita da amada. No banheiro, ouviu alguém cantando
no chuveiro. Reconheceu a voz de Rosie.
-- There were
bells on a Hill But I never heard them ringing No, I never heard them at all
'Til there was you.
Best olhou para a janela e viu que o tempo se preparava para
chover. Pensou ser um mau sinal. Normalmente quando chove em momentos para
recuperar a amada, ou dá ou não dá certas as tentativas. Pelo menos era o que
Bobby Charlton dizia.
Saindo do quarto da amada, ele ficou na porta
do banheiro e bateu ali, chamando por ela.
-- Rosie!
O chuveiro foi desligado e sai Rosie, apenas
com a cabeça posta pra fora.
-- O que? Como entrou aqui? – Surpreendida com
a presença de George.
-- Tenho chave. – Mostrou para ela.
Ficou um silêncio quase mortal ali. Rosie
queria expulsar Best o quanto antes, no entanto, desejava que ele ficasse.
Rapidamente secou o cabelo e enrolou a toalha no corpo e foi até a sala.
-- O que o traz aqui? – Perguntou, muito séria.
Ainda encarando os olhos esverdeados da garota,
Best se aproximou dela e pegando sua mão, começou a dizer as palavras de forma
mágica e profunda.
-- Roselyn... – Falhou um pouco no inicio e
voltou a dizer. -- Eu sei que já fiz muita besteira nessa vida. Já bebi demais,
gastei dinheiro, tive pessoas que não me amaram,mas quando vi você em 67, tive
certeza que você seria o meu mundo,minha razão de viver e existir. Estou aqui para
pedir que me perdoe e que me aceite de volta em sua vida, porque sem você eu
não existo!
Aquelas palavras tocaram mais uma vez seu
coração e outra vez sentiu a vontade imensa de se entregar a ele. Porém, as
lembranças dos erros dele a faziam recuar, ou até mesmo recusar tudo.
-- George, como espera que te perdoe? Você me
abandonou em 67, te vi com a Louise na festa do Hesketh, se deitou com ela,
reaparece na minha vida como se nada tivesse acontecido, sua ex-namorada me diz
poucas e boas sobre você, bebe demais a ponto de sair por aí perdido ou quando
amanhece algemado na cama e amordaçado. E ainda fala mal do Clapton e
finalizando que prefere mesmo a Louise? COMO ESPERA QUE TE PERDOE DESTA VEZ?
-- Aquilo sobre a Louise não é verdade, minha
ruiva entenda eu prefiro você, eu amo você... Eu... – Best mal conseguia falar.
As lágrimas outra vez apareceram. – Te amo, minha ruiva.
Rosie também chorava e o abraçou, transmitindo
carinho e conforto. Mesmo sabendo dos erros dele, Rosie o ama demais e sem
George Best, nada valia à pena, nem mesmo sua vida. Tomados pelo mesmo
sentimento, se beijaram e choraram juntos, por saberem que um ama o outro. Não
foi preciso Rosie dizer que o perdoava. Apenas o olhar dela era a resposta.
Ainda aos beijos, Best abre a porta do banheiro e entrou junto com ela. Ali
mesmo se livrou das roupas e dos sapatos. Juntou-se a ela no banho, ao mesmo
tempo fizeram amor de modo desesperado e louco de paixão. Não se importaram se
a chuva caía naquela tarde. Apenas queriam se amar mais, muito mais. E com a
música dos Beatles, completou o clima para eles.
Ao cair da noite, Marianne e Bobby chegaram ao
apartamento trazendo a pequena Sofia, que dormia nos braços do pai postiço.
Bobby deitou com cuidado a filha de Mari e esta o chamou.
-- Amor, venha ver isso!
Indo até o quarto de Rosie, os dois a encontram
com Best, dormindo de conchinha sob o cobertor.
-- O plano do Franz funcionou! – Disse Bobby
baixinho e fechando a porta sem acordá-los.
No dia seguinte todos foram tomar café tranquilamente.
Sofia se aproximou do “tio”, com o rostinho demonstrando timidez.
-- Me desculpe, tio Best. – Falou a pequena
ruivinha, olhando pro chão.
-- Tudo bem, pequena! Está desculpada! –
Abraçou o jogador, mostrando carinho a pequenina e enchendo-a de beijos. Ela
voltou para Bobby e o abraçou.
As duas amigas ainda conversavam sobre diversos
assuntos, até Marianne anunciar algo.
-- Tenho algo pra contar. – Ela dizia, muito
alegre. – Amiga... meu deus estou tão feliz. O Bobby também!
-- Hum... pelo visto é algo muito bom! – Disse
Rosie enquanto servia-se de café.
-- Estou grávida! Ai meu deus, estou tão feliz!
– Abraçou Marianne sua amiga.
-- Meus parabéns, amiga! – Rosie também estava
feliz e correu para abraçar Bobby. – E também ao papai Moore!
-- É verdade, merece toda felicidade, Bobby! –
Disse Best, feliz pela noticia e ainda por ser convidado a ser padrinho do
filho da Mari.
-- Obrigado, George e Rosie. Queremos muito que
vocês sejam os padrinhos do bebê! – Falou Bobby.
-- Sabe que cuido da Marianne desde que ela
esperava a Sofia, acompanhei de perto tudo isso e inclusive cuidei da
pequenina. Agora presenciar tudo de novo, pra mim é uma felicidade! – Respondeu
Rosie, emocionada.
Mais alegria para a grande família. Bobby e
Mari levaram Sofia para almoçar fora e Rosie e Best resolveram ficar no
apartamento, sozinhos. Só que antes disso, ele resolveu sair para comprar
algumas coisas. Primeiro um livro, depois cruzou na loja de carros. Olhou para
cada modelo até finalmente escolher.
-- Quero este aqui! – Apontando para um carro
de cor bege.
-- Para qual endereço devo mandar, Sr. Best? –
Perguntou o vendendor.
-- Para este aqui! – Dando a ele um pedaço de
papel e nele está escrito o endereço do apartamento de Odile. – E entregue os
documentos e mais esta carta para ela. O carro agora é de Odile Greyhound!
Entenderam?
-- Sim, senhor!
No apartamento de Odile, ela estava tão
surpreendida com os presentes. Ela ganhou o livro O Anjo Azul, de Henrich Mann
e um lindo carro bege Corvette.
-- BEST SEU MALUCO VOCÊ ME DEU UM CARRO? AI MEU
DEUS EU TENHO UM CARRO, EU ADORO CARRO, BEST EU ADORO VOCÊ!! – Gritava Odile e
depois correu para o telefone e ligou para Franz, anunciando sobre o presente.
-- ELE TE DEU UM CARRO MESMO?! – Franz praticamente assustou-se com a novidade.
-- SIM! OH MEU DEUS, SEMPRE QUIS UM CARRO! Eu
estou tão feliz! Acho que vou estrear!
-- Espere, meine liebe! – Odile
havia desligado e Franz deu risada, compreendendo a alegria da namorada por
conta do presente inesperado do amigo.
Após a compra efetuada, Best correu até uma
joalheria e escolheu o mais lindo anel de brilhantes. Imediatamente voltou para
o apartamento e entrou no quarto de Rosie, que assistia o programa Top Of The Pops. Ele desligou a TV.
-- Best! – Rosie quase se indignou e sai da
cama. – Quero assistir TV.
-- Depois, minha ruiva e acho difícil depois
que ouvir o que tenho a dizer. – Mostrou a caixinha vermelha e ao abrir,
revelou a belíssima jóia e ajoelhado, perguntou. – Roselyn Anne Donovan, quer
casar comigo?
A ruiva novamente chora, diante do pedido. Por
mais que amasse Best, ela nunca imaginou que ele fosse capaz de tal pedido. E
agora ele demonstra seu gesto mais apaixonado. Um pedido de casamento.
-- Você é louco, Best. Eu te amo e aceito ser
sua esposa! – Respondeu à ruiva, beijando o amado, e depois vendo colocar o
anel no dedo anelar direito.
Trocaram mais um beijo, desta vez mais ardente
e cheio de paixão.
-- Best... – Rosie dizia enquanto o noivo
tirava as roupas dele e dela. – Marianne... pode aparecer...
-- Vem, minha ruiva! – Puxou a garota para a
cama. E realmente Rosie se esqueceu de assistir Top of The Pops.
Minutos depois a porta do apartamento se abre,
com a entrada de Helen Jones, mãe de Marianne e Martha Donovan, mãe de Rosie.
As duas mulheres traziam muitas sacolas de compras e depositaram na cozinha.
-- Acho que todo mundo resolveu sair, Helen. –
Comentou Martha, ligando o rádio.
-- Daqui a pouco logo a turma aparece. – Disse
Helen, guardando tudo no armário.
Martha observou mais uma vez o apartamento. Ela
e Helen começaram as visitas desde que Rosie e Mari passaram a morar juntas em
Londres e ajudaram as meninas na compra do apartamento. Também Martha passou a
ajudar a cuidar de Sofia, agindo como uma “segunda avó” para a criança. Helen
foi à única da família de Mari que lhe prestou algum auxilio. Ao mesmo tempo
despejava raiva contra Ginger Baker, o pai de Sofia e antigo namorado da filha.
Martha resolveu entrar no quarto, mas parou ao
ouvir uns ruídos de molas da cama rangendo e uns sussurros.
-- ... Oh... Best... isso! Mais, meu amor!
Não pode ser a Rosie, pensou
Martha e resolveu abrir a porta, levando um grande susto por ver sua filha e
George Best em uma posição bastante intima.
-- OH MEU DEUS! O QUE É ISSO??? – Gritou
Martha, tapando os olhos e saindo do quarto.
-- MÃE! – Gritou Rosie e saindo de cima de
George. – Droga! Mil vezes droga! George, é a minha mãe! Se vista agora!
Martha sentou-se no sofá e tomou um copo de
água oferecido por Helen, que ria da situação. Neste momento Rosie e Best saem
do quarto, devidamente apresentados e bem arrumados.
-- Olá mãe, olá Sra. Jones. – Cumprimentou
Rosie, sem jeito. – Quero que conheçam...
-- Não precisa, Rosie. – Disse Martha, se
levantando e encarando os dois. – Sei quem ele é. O jogador do Manchester
United. George Best!
-- Olá, sra Donovan! – George estendeu a mão na
tentativa de ser cordial a sogra, algo que não resultou em nada.
-- Vocês acham que não leio os jornais? Eu leio
sim, até o caderno de esportes. – Ainda dizia Martha. – E não posso acreditar
que esteja com ele. Por que com ele, Rosie?
-- Ora, Marty! Ela o ama. – Respondeu Helen. –
Muito prazer, George Best. Eu sou Helen Jones, a mãe da Marianne.
-- É um grande prazer em conhecê-las. – Em
seguida ele olha para Martha, sorrindo. – Sra Donovan, se me permite, quero
pedir a mão dela em casamento!
Martha ainda processava as informações obtidas.
Além de conhecê-lo e descobrir que ele é o namorado de Rosie, agora a pede em
casamento?
-- Você só pode estar de palhaçada! – Berrava
Martha.
-- Falo sério, quero e vou casar com sua filha!
-- Mãe. – Mostrou a mão com o anel de
brilhantes. – Eu aceitei! Vou me casar com George!
Praticamente Martha leva um susto por ver
aquele anel de diamantes brilhando e novamente olhou para a filha e depois para
Helen.
-- Santo deus, o que faço? – Falou enquanto
colocava a mão na cabeça.
-- Simples. Aceita que é melhor, Marty. – Helen
consolava a amiga de modo divertido.
-- É incrível não? Primeiro é a Vivian e o
envolvimento com aquele rapaz russo que é mais velho do que ela, Christopher.
Agora você com... George Best?
-- Eu sei bem o que faço, mamãe. – Abraçou
Rosie. – Amo Best desde 67. Tentei negar isso, mas... É mais forte do que eu. E
ele me ama. Agora quanto a Vivian, depois me acerto com ela e o pedófilo russo!
Por mais que Martha desejasse resolver essa
questão, não adiantava. Sua filha deixou claro que George é o homem que ama e
vai se casar com ele.
Dois meses depois...
Com a temporada dos jogos da temporada pelo
campeonato inglês e pela Copa dos Campeões, isto não impediu do casal planejar
a cerimônia de casamento deles. Houve pequenas brigas sobre a lista de
convidados. Rosie não queria que Best convidasse Odile Greyhound por medo desta
trazer a amiga dela, Louise McGold. Best deixara claro que não aconteceria isso
e mais ainda por saber que agora Gerd Müller passou a detestá-lo ao saber da
história toda. Era óbvio que os “ursinhos viciados em sexo” não seriam
convidados. A segunda briga foi pelo desejo de Rosie em chamar dois dos seus
ex-namorados para tocar na festa e justamente Eric Clapton e John Lennon. No
final os dois chegaram a um acordo e Best convidou Odile e Franz e Rosie chamou
Lennon e Clapton.
O segundo detalhe chamativo é a realização de
uma peculiaridade. Best exigiu para Rosie o seguinte.
-- Botas pretas? Na igreja? Ficou louco? –
Rosie ganhou um lindo par de botas de salto médio, devido a suas reclamações do
salto alto.
-- Sempre quis te ver novo com essas botas
pretas meu amor. – Disse Best, fazendo carinho nos braços dela. – Por favor,
use na igreja!
Se for pra satisfazer o desejo do namorado,
Rosie então aceitou esse desafio.
Mais uma semana depois aconteceu o casamento
deles. Todos os convidados compareceram na igreja central de Londres. Os amigos
de Rosie, que consistiam em colegas da faculdade de Oxford e aqueles com quem
dividiu o apartamento na época de estudante e suas amigas de infância, Suzan
Hardison (agora separada de Micky Dolenz e casada com Albert King, seu
ex-colega) e Jane Berkley e até mesmo suas amigas da revista Rolling Stone,
Felicity McGold, Nora Smith e Marie Greyhound. Anastacia Rosely não conseguiu
vir por conta do trabalho em Munique e seu irmão, Christopher a representou e
ainda veio acompanhado da namorada, Vivian, a irmã de Rosie.
Do lado de Best, todo o M. United foi
convidado, desde os jogadores, até mesmo o técnico Matt Busby e o presidente do
clube. Seus companheiros Bobby Charlton e Belle Blue, Denis Law e sua noiva
Renée Chapelle. Seu melhor amigo, Mike Summerbee, do Manchester City também foi
convidado e ainda trouxe toda a família de Best, vindos de Belfast. Dick e
Annie Best, os pais de George, aprovaram Rosie dias antes do casamento. Odile
Greyhound e Franz Beckenbauer também foram convidados e mais ainda por ela ser
a madrinha de casamento, pelo menos da parte de Best. Rosie escolheu Marianne e
Bobby Moore para serem seus padrinhos.
Na chegada da noiva, quem acompanhou Rosie foi
Robert McGold, pai de Felicity e agora namorado de Martha Donovan. Enquanto a
noiva caminhava, notaram-se alguns olhares curiosos para as pernas dela. Eram
as botas pretas.
-- É permitido usar botas na igreja, mãe? –
Indagou Vivian, baixinho.
-- Não, mas sei de quem partiu a idéia. –
Lançando um olhar furioso para Best.
-- Franz, você viu isso? – Odile apontava para
Rosie e suas botas.
-- Vi e nem vou dizer nada. O amigo é seu, não
meu! – Respondeu o jogador alemão.
Apesar desse momento curioso, todos se
mantiveram atentos com o sermão do padre, até a hora da troca das alianças.
-- George Best, aceita Roselyn Anne Donovan
como sua legitima esposa? Prometendo ama - lá e respeitá-la na alegria e na
tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os
separe? – Perguntou o padre.
-- Sim. – Respondeu Best, ansioso para beijar a
amada.
-- Roselyn Anne Donovan, aceita George Best
como seu legitimo esposo? Amando-o e o respeitando-o na alegria e na
tristeza...
-- Na saúde e na doença, na riqueza e na
pobreza até que a morte me separe do homem que amo? Sim, eu aceito! –
Respondeu, muito convicta.
Após um colocar a aliança no dedo do outro,
veio mais sermões para encerrar e por fim o padre os abençoou.
-- Neste momento, o que Deus uniu, o homem não
pode separar. Eu os declaro marido e mulher. Sr. e Sra. Best, podem se beijar!
Eles trocaram um lindo beijo, sendo registrados
por todos os fotógrafos e aplaudidos pelos convidados. Na festa, John Lennon e
sua banda, Plastic Ono Band se apresentou tocando uma música pertencente aos
Beatles, Girl.
-- A música aqui, escrevi na época para a
noiva. Longa história... – Disse Lennon e começando a cantar.
Embora sendo linda a música, Best sentiu algo
lhe incomodando, talvez o fato de um ex-beatle tiver sido amado pela ruiva a
ponto de escrever uma música tão maravilhosa. E quem sabe outras ele não tenha
escrito para ela... ou até mesmo poemas pessoais referentes a Rosie...
Após as músicas tocadas ora por Lennon, ora por
Clapton, a noiva sobe ao palco e anuncia.
-- Preparem-se meninas! Quem será a próxima a
casar?
Rosie enfim jogou o buquê e Vivian é quem
consegue pegar, para o nervosismo para a mãe dela. Mais algumas horas depois,
os dois partiram para a lua de mel na Espanha. Chegando lá, os dois
aproveitaram o máximo que puderam do país, seja visitando bairros, lojas e
afins, seja a sós mesmo no hotel. As noites foram extremamente prazerosas. Numa
dessas noites, George e Rosie passearam pela praia espanhola e Best resolveu se
banhar no mar.
-- Vem, meu amor. É verão aqui e a água parece
morna. – Chamava Best.
-- Fico aqui mesmo. – Disse a esposa, se
deitando debaixo de um coqueiro.
Rosie procurava dobrar as roupas do marido e
acabou não vendo que este emergia e seguiu caminhando em sua direção, sem
roupa.
-- Meu amor...—Sussurrou Best, se juntando a
ela ao deitar no lençol que ela estendeu na areia.
Rosie tirou seu biquíni um pouco com receio e George
contemplava mais uma vez a nudez da esposa. Deitou por cima dela, enchendo-a de
beijos, pequenas lambidas e gemidos baixos. Rosie gemia e arranhava mais as costas
do amado, pedindo.
-- Best, está me deixando... ooohhh... louca...
E veio as primeiras estocadas do norte irlandês, um pouco
vagarosas e depois foi aumentando seu ritmo. A medida que ia mais rápido, ele
gemia de prazer. Na verdade Best se continha pra não gritar e despertar
atenção. No último ato prazeroso, conseguiram alcançar o ápice da paixão.
-- Meu amor... – Rosie gemia e mais conseguia
respirar.
-- Eu sei, vamos embora. – Se levantando e se
vestindo.
De volta ao hotel, recomeçaram os movimentos
amorosos, desta vez com toque selvagem e furioso. Afinal, ainda sentiam que
precisavam “recuperar o tempo perdido”. Sob o barulho do mar se acordaram e
viram o lindo sol. Tomaram banho juntos e tiveram um café da manhã digno. Mais
tarde voltaram à praia, onde sentados na areia, Rosie comentou.
-- Tenho algo para contar, Best.
-- O que?
-- Me esqueci dos meus remédios.
-- Que remédios?
-- Ora, que remédios? Os meus remédios! Meu
anticoncepcional! – Berrou Rosie, preocupada.
-- Como consegue esquecer-se de algo tão
importante? – Best estava quase em pânico.
-- Eu estava ocupada dando prazer para você!
Os dois se calaram e refletiram um pouco sobre
a situação. No fundo o jogador ficara feliz. Talvez seja sua oportunidade em
ser pai. Não queria mais ser rotulado como “tio”, embora gostasse muito quando
Sofia o chamava assim. Era chegada a hora dele e sua esposa terem um filho.
-- Acha que virá... uma pequena ruiva? –
Questionou.
-- Ou um pequeno ruivo. – Respondeu Rosie,
abraçando mais seu marido. –Tudo depende se vai acontecer ou não.
A lua de mel deles durou por cerca de um mês e
meio. No retorno para Inglaterra, Rosie sentiu os primeiros sintomas e foram
persistidos no vôo.
-- Meu amor... – Ele a acariciava depois de
Rosie ter ido à cabine e vomitar. – Como está se sentindo?
-- Estou péssima. Quero voltar pra casa!
Horas depois eles voltam ao apartamento e lá
encontram Marianne e Bobby Moore cuidando de Sofia e Mari mostrando uma barriga
quase protuberante. As duas conversaram sobre a viagem, a gestação de Mari e a
saúde de Rosie.
-- Eu tenho uns testes de gravidez aqui na
gaveta. Comprei para certificar mesmo que estava grávida. – Mostrou Mari.
Rosie executou enfim o teste e cerca de um
minuto depois, confirmou-se.
-- Mari... – Disse Rosie, mostrando um sorriso.
– Estou grávida!
As duas se abraçaram e imediatamente Rosie foi
até a sala e abraçou seu marido.
-- Meu amor, seremos pais! – Pegando a mão de
Best e colocando-a no ventre.
-- Meu deus, isso é tão maravilhoso! – Disse beijando
a esposa e correndo até a janela, gritou. – EU VOU SER PAI! EU, GEORGE BEST,
VOU SER PAI DE UMA RUIVINHA!
Sofia caminhou até Rosie e abraçou a “tia”.
Feliz pela noticia.
-- Eu vou ganhar uma prima ruiva, tia?
-- Vai sim, minha pequena. Mas se não for
menina, vai ser menino! – Disse Rosie.
9 meses depois...
Mais uma vez o Manchester United disputava a
Copa dos Campeões da UEFA contra o Atlético de Madrid e obtiveram uma vitória
apertada de 1 x 0. Best não estava muito bem. Ele desejava ver sua esposa logo.
No vestiário, todos tomavam banho e comemoravam até Matt Busby aparecer e
anunciar.
-- Best! Se apresse neste banho, sua esposa
entrou em trabalho de parto!
-- O QUE? – Best gritou. Praticamente a noticia
o pegou de surpresa. – Minha... ruiva...
-- Calma, homem. – Acalmou Denis Law, o
atacante. – Se arrume e iremos com você no hospital.
Best foi ao hospital de Londres, levando Busby,
Bobby Charlton, Denis Law e praticamente todo o time. Chegando lá, encontrou no
hall de entrada Bobby Moore com Sofia e Martha Donovan, sendo amparada pela
filha mais nova, Vivian.
-- Sra. Donovan... – Best tentou acalmar a
sogra, abraçando-a.
-- Minha filha está na sala de cirurgia faz
trinta minutos... E estou agoniada. E a Marianne também.
Neste momento os pais de Marianne, Thomas e
Helen Jones chegaram ao hospital e se depararam com o pessoal ali, além dos
maridos. Membros do West Ham e United reunidos num só lugar.
-- Marty, vamos ver nossas filhas! – Disse Helen, puxando o braço de Martha. – Não
posso ficar aqui esperando!
Elas conversaram com médico responsável e elas
entraram no quarto. Mais vinte minutos ouviu-se os gritos finais das jovens
mães. Best e Moore se encontravam bastante nervosos. Enfim, o doutor surge no
hall.
-- Sr. Best!
-- Sim? – Se apresentou George. – Minha mulher
como ela está? E meu filho?
-- Acalme-se! – Batendo no ombro do jogador de
forma amigável. – E meus parabéns, é uma menina! E sua esposa está bem.
-- YEAH! – Gritou o jogador, abraçando o
técnico, Denis Law, Bobby Charlton e seus colegas. – VOCÊS VIRAM? EU SOU PAI DE
UMA RUIVINHA!
-- Doutor, minha mulher também está bem? –
Questionou Bobby.
-- Marianne é forte, Sr. Moore! Ela deu a luz
uma linda menina! Meus parabéns também! – Disse o doutor.
-- WOW! EU SOU PAI TAMBÉM! – Gritou Bobby para
o hospital inteiro e abraçando seu sogro.
Os dois pais entraram no quarto e encontraram
suas mulheres deitadas em camas separadas, segurando seus filhos e suas mães ao
lado delas. Best se aproximou de Rosie, que ainda estava fraca e com os olhos
quase fechando.
-- Diga oi para a Cecília. – Disse Rosie,
mostrando a filha para o marido. Emocionado, Best segurou por breves momentos a
bebezinha.
-- Ela é tão fofinha, bonitinha. Minha filha,
Lyla. – Disse.
-- Lyla? – Indagou Rosie e Martha.
-- Eu sei que vocês a chamam de Cecília, mas o
apelidinho dela é Lyla. Fica mais adorável.
Na cama de Marianne, Bobby Moore segurava sua
filha, uma linda menina de olhos azuis como os dele e cabelinho louro e mostrou
para Sofia.
-- Veja Sofia! – Mostrou Bobby. – Esta é a
Roberta, sua irmãzinha!
-- Ela é bonitinha também, como a Lyla! –
Falava Sofia, admirando sua irmãzinha.
A família enfim cresceu com mais membros.
Martha chorava emocionada por ser avó e Helen e Thomas derramavam mimos e
carinho a sua netinha loirinha. Dias após ganharem alta, as duas famílias
cuidavam de suas filhas e Best enquanto segurava a bebê Lyla, perguntou.
-- Depois que nossa filha crescer, podemos ter
outro filho?
-- Desse jeito vai abrir uma fábrica de filhos.
– Dizia Rosie enquanto secava a louça.
-- Eu quero ter uma família grande, minha
ruiva.
-- Tudo bem. – Concordou Rosie. – Mas será um
menino.
E o casal Best apenas esperou por dois anos
para realizar esse sonho. E veio um lindo menino parecido com o pai chamado
Calum.
FIM
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