Para iniciar junho e o feriado, e claro, aniversário da Maris Grey (a escritora de Modern Vampires), vamos ter a parte 7 de We Belong Togheter. Vocês vão rir, chorar e amar esta parte!
Parte 7
Na Romênia, um
castelo estava com os portões praticamente abertos e destruídos. Não havia guardas e nem cavaleiros para
proteger o local. Ali dentro se encerrava mais uma chacina orquestrada pelo
barão austríaco Andreas Nikolaus Hermann Lauda. Ele observava a lua em seu
esplendor enquanto seus servos se alimentavam dos humanos que ali viviam.
François Cevert e Jackie Stewart rasgavam mais vítimas. Brigitte Von
Hammersmark, uma poderosa vampira feiticeira tentava ver imagens através de sua
bola de cristal. James Hunt, um nobre inglês cujo segredo de sua imortalidade
não é ligado ao vampirismo e nem a licantrofia, caminhava de um lado para
outro. Em seus pensamentos estava ela. Uma bela jovem de cabelos dourados como
o sol e olhos azuis como orbes cristalinas. Aquela moça... Faria o impossível
para ter aquela menina vampira em seus braços, nem que para isso liquidará com
marido alemão dela.
Mais uma vez
Niki fracassa em sua procura, pela noiva desaparecida Odile. Sabai através das
visões de Brigitte que a francesa foi levada por uma criatura poderosa. Temeu
ser algum tipo de fantasma ou nosferatu. Ou até mesmo um lobo. Tamanha era sua
raiva que levou a cometer crimes sangrentos, como o de matar os pais dela...
FLASHBACK ON
Faziam poucos dias do desaparecimento
de Odile e Jacques Villenueve, pai da garota, escrevera uma carta para um
poderoso especialista: Paul Breitner. Agora só restava esperar por sua chegada.
Niki nesta época era um vampiro em busca de poder e ao saber da tentativa do
futuro sogro em contratar um caçador de monstros que possa resgatar sua amada, resolveu
dar margem a mais um plano que não queria ter sido executado...
Certa noite enquanto todos dormiam, ele
resolveu fazer uma visita noturna. Niki descera da carruagem e bateu na porta,
sendo recebido por Louis, o mordomo.
-- Pois não?
-- Quero falar com herr Jacques e frau Serena.
– Respondeu o barão.
-- Senhor, eles estão dormindo. Sr.
Jacques não o atenderá. Volte amanhã. – Ao fechar a porta, Niki colocou o pé
impedindo do mordomo de fazer isso.
-- Insolente! – Em poucos minutos,
Louis estava sem vida por ter sido mordido pelo vampiro François Cevert.
Jacques ouve uns gritos abafados e
junto de Serena sua esposa, eles descem as escadas. Marie, a filha mais velha
pensou em sair do quarto quando a mãe a deteve.
-- Marie, fique aí! Seu pai e eu
resolvemos isso.
Ao chegar na sala, eles encontram o
corpo inerte de Louis e abismados tentaram correr de volta as escadas mas foram
barrados por Brigitte. Na entrada Niki e seus servos bloqueavam ali para não
deixar ninguém escapar.
-- Niki... – Balbuciou Jacques, um
tanto chocado. – O que pretende?
-- Eu não quero que o senhor chame
aquele caçador! Eu mesmo procurarei Odile, nem que para isso percorra a Europa,
América, África e o mundo! Retire o que pediu ao caçador!
-- Não podemos fazer isso. – Respondeu
Serena, rezando internamente que aqueles seres não localizassem Marie.
-- Se não fizerem o que o barão
manda... – Brigitte tocava o pescoço de Serena, causando pânico em Jacques. –
Alguém lá no quarto sofrerá as mesmas conseqüências que Louis.
Tomados por um silêncio mortal, o casal
não sabia o que fazer. E neste momento, Marie se escondeu debaixo da cama,
mesmo com a porta trancada. Ouviu-se gritos quase abafados por cerca de cinco a
oito minutos de tortura. Na sala Jacques teve a cabeça, os braços e as pernas
arrancadas e Jackie coletava mais sangue. Serena praticamente virara a
“refeição” para Brigitte, que bebia o sangue da anglo-francesa com vontade.
-- Muito bom esse sangue, barão. – Ela
limpava as pequenas manchas de sangue que ficou um pouco abaixo da boca. – Eles
têm a filha mais velha lá no quarto...
De repente uma janela de quebrou e o
relincho de um cavalo. Hunt, que se encontrava na carruagem, viu uma moça de
roupão branco galopando no cavalo e seguindo para longe o mais rápido possível.
Os vampiros saíram da casa e não
fizeram nada.
-- Posso trazê-la para o senhor. –
Disse Hunt, com vontade de capturar a moça.
-- Deixa-a partir. Não é ela quem procuro. E sim a irmã
dela. Marie não tem muitos recursos e nem para onde ir. Deixem- a viver!
E eles foram embora à carruagem, de
volta ao castelo do barão.
FLASHBACK OFF
Niki não
queria relembrar aquele crime, mas se for para salvar Odile, mataria qualquer
um, até mesmo os membros de sua família.
Marie guardava
suas roupas na pequena mala que seu amado deixara, ao mesmo tempo carrega o
livro que ele deixara como herança. Ainda não acreditava nos últimos
acontecimentos...
FLASHBACK ON
Após a noite mais sangrenta resultando
na morte de seus pais, Marie seguiu para fora do bairro nobre de Munique, o
bastante para se afastar de seus algozes. Cavalgou sem rumo por vários dias até
certo momento, quando a fome e o cansaço lhe venciam, ela foi acolhida por um
rapaz adorável, porém, pela aparência, lembrava um dos senhores ricos e gordos.
Ele a levara para sua cabana provisória na cidade, cedendo não só abrigo, mas
também comida e roupas limpas. Por vários dias ela foi bem cuidada por aquele
estranho homem. Ele também se revelou um homem amável e um verdadeiro gentleman
para ela. Nunca em toda sua vida foi amada daquele jeito e com Graham Bond
sentiu seus primeiros desejos e o verdadeiro prazer. Ali nascia uma paixão sem
limites. Até aquele dia...
Marie estava lendo mais um dos livros
de Bond e tentando entender o motivo de não ter conseguido exorcizar a moça
galesa chamada Felicity, quando de repente ouviu-se um estrondo e depois Bond
fechando a porta.
-- Bond...
-- Vai embora, mon petit! – Bond
segurava a porta que sofria diversos empurrões e o feiticeiro. – E leve esse
livro! Me encontre... ai... na floresta!
Ela pulou da janela e avistou a mesma
carruagem parada em frente a sua casa. Deduziu serem os mesmos que executaram
sua família. Marie fugiu para uma parte da floresta e esperou por cerca de uma
hora tudo aquilo terminar. Bond ainda
não deu sinal. Pensou por um momento que ele não a localizara. Resolveu voltar
ao ponto inicia. A carruagem sumiu e ficou na cabana a destruição. Ela adentrou
a sala bagunçada e viu entre os livros um gigante leão negro caído e
ensangüentado. Reconheceu seu amado.
-- Bond! – Ela correu até ele. Bond
retornou a sua forma humana, gemendo de dor e cuspindo sangue. – Meu leão,
agüente firme, vou salva-lo!
-- Mon... Petit... – Ele mal conseguia
falar devido aos espasmos de sangue a serem expulsos. – Salve-se... resgate
sua...cof cof... irmã. O barão...cof cof... Vai mata – lá.
-- E como farei isso? Me ajude!
-- Procure... cof cof... Anastácia
Rosely... – Ele vomitou mais sangue e seus olhos estavam mais pálidos. –
Ela...cof cof... sabe... onde Odile... está...
Poucos segundos depois a vida abandonou
Graham Bond, o poderoso feiticeiro de Hamburgo. Ela guardou seus pertences e o
livro na mala e em seguida acendeu uma tocha e pôs fogo na cabana, abandonando
tudo ali.
-- Adieu , Bond . Mon brave lion!
FLASHBACK OFF
Ela se deitou
na cama, chorando um pouco por lembrar-se do seu amado leão valente. E jurou
mentalmente que iria até o fim da jornada resgatar sua irmã e eliminar o
poderoso barão austríaco, responsável por muitas mortes.
Enquanto isso
na casa de Anastácia a festa de casamento é muita alegria. Todos dançavam,
conversavam, riam, contavam piadas e bebiam. Os caça vampiros ressuscitados por
Ana faziam imitações cômicas do mito inglês do Rei Arthur e os Cavaleiros da
Távora Redonda. Ana e Paul trocavam vários olhares furtivos e certo momento ela
se retirou para o jardim, olhando as estrelas. Paul a seguiu e viu o céu
estrelado.
-- A noite é
tão perfeita, fraulein Ana. – Comentou Paul, sorrindo.
-- Tão
perfeita que dá para ver as constelações neste céu lindo. – Ela retribuiu o
sorriso. – Veja aquela ali. É Órion, o caçador. Parece o senhor.
-- Não me
chame de senhor. – Tocando as mãos de Ana e encarando seus olhos castanhos. –
Somente de Paul.
Ficaram em
silêncio e Ana aproximou seu rosto para perto de Paul e ele sentiu seu coração
acelerar mais ainda e colocando as mãos no pescoço dela de forma carinhosa,
nasceu ali um delicioso beijo deles, sob o cricrilar dos grilos e a luz
brilhante da lua. Por mais que quisessem
continuar, Ana interrompeu o beijo, mas sorria para o caçador. Ainda segurando
a mão dele, ele a levou para dentro da casa e dançaram mais uma vez.
Louise
observava seu marido dançando com Alice e se retirou dali. Felicity percebeu
que sua prima não se sentia bem.
-- O que
houve, Lulu?
-- Eu não
estou bem.. na verdade... eu quero chorar.... – Abraçou a jovem e desatou em
lágrimas. – Não sei bem o que estou sentindo.
-- Mas me
conta. O que tem te causado isso?
-- Alice.
-- Ela
incomodou você?
-- Não... da
maneira que imagina. Não me conformo ver ela com meu marido.
Fefe sabia o
quanto Lulu era ciumenta, porém sempre procurava ocultar isso e muitas vezes
era uma briga para admitir isso.
-- Gerd ama
você demais. E não esqueça que ele foi casado com ela. Se não te quisesse, já
estaria abandonada, em vez de ser mimada e acariciada por ele.
-- Devo falar
disso ao lenhador?
-- Se quiser,
sim. E o nome dele é Michael Palin.
Poucos minutos
após a conversa, Louise encontra o lenhador Palin colhendo flores, com um
sorriso. Estranhou por uns minutos sobre ele. Na época quando o viu pela
primeira vez era um lenhador muito forte, com capacidade de matar um nosferatu
com um golpe. Aproximou-se dele.
-- Mr.
Palin...
Ele se virou e
quase caiu para trás por ver quem era.
-- Oh, por
favor... – Disse ele, quase se ajoelhando para ela. – Eu não sabia sobre seu marido. Me perdoa
por massacrar você...
-- Oh não, Mr.
Palin. – Disse a menina, sendo gentil. – Só quero conversar com o senhor e não
lutar.
Palin ficou
mais tranqüilo e percebeu a sinceridade da vampira e a convidou para colher
flores no jardim.
-- Estas
flores – Disse ele, cortando uma rosa vermelha. – São para a noiva. A rosa
representa os lábios dela tão vermelhos.
Louise também
colhia as flores. Lembravam muito o jardim de sua mãe, tão bem cuidado e cheio
de margaridas e girassóis.
-- Adoro
girassol. – Comentou Lulu, deixando levar pela emoção e lembrança.
Ao ouvir isso
Palin sorriu e pegou um dos girassóis e entregou para a vampira.
-- De certo
modo, ele combina com você. Com cabelo dourado que possui.
-- Quero lhe
perguntar algo. O que acha da Alice e Gerd estarem se divertindo?
Palin observou
a amada dançando novamente com Gerd.
-- Nada. Eles
foram casados. Não posso priva – lá de se divertir e além disso sei o quanto
ela me ama. Se não me amasse, teria dito
que aceitava Gerd de volta ou simplesmente fugia com ele.
Louise se
calou depois daquela resposta e depois eles se aproximaram de Fefe e Manuel.
Antes de presentear a noiva, Fefe jogou seu buquê e quem pegou foi Rosie.
-- Parabéns,
minha loba ruiva. Espero que seu novo marido seja um lobo. – Disse Bobby Moore,
o líder.
Rosie se calou
e voltou à atenção para George Best. Depois disso Louise presenteou a prima com
mais flores.
-- Obrigada,
Lulu. São lindas.
-- Elas
lembram tudo em você. – Respondeu à jovem vampira.
Manuel e
Felicity embarcaram na carruagem e seguiram para a velha fazenda gerenciada por
Manu, onde o casal iniciou sua noite de núpcias.
Mais algumas
horas depois os convidados foram embora, com exceção do casal Müller. Antes de
irem, Alice chama a vampira para uma conversa no jardim. Palin ficara na sala
com seus amigos e Gerd esperou na porta.
-- Eu sei que
não nos demos bem no começo, mas gostaria de falar com você. – Disse Alice, de
forma gentil, para o estranhamento de Louise. – Gerd me falou do seu desejo de
ter filhos.
Louise se
envergonhou disso. Seu marido revelando assuntos íntimos para a ex-noiva,
deixando um pouco desconcertada.
-- Sim, mas
ele acha que é cedo. – Falou a vampira, um pouco triste.
-- Sabe, eu
também queria filhos e ele também. Contudo, conversamos bastante e chegamos à
conclusão que realmente é cedo para isso. Precisávamos amadurecer e não cumprir
assim de modo apressado. Devia compreender isso, Louise.
-- Já me
resignei a isso. Quem sabe mais pra frente, daqui uns dez anos... – Louise
imaginava sua vida em alguns anos no futuro, se ela e Gerd formariam uma
família.
-- Que bom.
Neste caso, podemos ser amigas? – Perguntou à jovem, oferecendo um abraço.
Louise não
tinha mais aquele ar de superioridade e tampouco o senso de rivalidade que
possuía com Alice na época de convivência dela no castelo. E mesmo se tivesse
ela também se conformaria em
perder Gerd para ela.
A vampira caminhou até ela e se abraçaram alegres, sem ressentimentos.
-- Sabe que
terá meu apoio e minha ajuda. E claro, do Gerd. – Respondeu sorrindo.
Após a
conversa Louise se despede de Alice, de Palin, dos Pythons e do restante dos
moradores e seguiu com o marido rumo ao castelo.
Na mansão da
Ilha dos Lobisomens, Rosie se trancou no quarto, louca de ciúmes por ver George
Best sendo bastante atencioso com a noiva Felicity. Nem Manuel Neuer o futuro
marido não impediu isso e pelo contrário: parecia aceitar tranquilamente.
Ouve-se batidas na porta. Ao abrir, Best entrou no quarto dela.
-- O que você
tem?
-- Nada. Vai
embora – Mandou Rosie. – Quero dormir.
-- Não sem
antes me explicar...—Agarrou o braço da loba, que enfurecida, empurra o vampiro
para a parede.
-- Você é
mesmo um canalha! Um maldito cafajeste!
Rosie assume a
forma lupina e começa atacar Best, que se desvia dos golpes dela. Enquanto isso
o pessoal começa estranhar os barulhos de quebra de móveis e vidros quebrados.
Na outra casa, Davy e Dianna estavam apreensivos com aqueles ruídos vindo da
mansão de Bobby Moore. Micky e Emma tentavam de tudo para acalmar o bebê
Christian e Mike e Peter não conseguiam fazer amor com suas amadas. Paul
McCartney e Mary Anne subiram as escadas e ouviram tudo do quarto de Rosie.
-- Rosie! –
Bateu na porta do quarto. – Rosie você está bem?
A porta se
abre de forma agressiva, mostrando a loba ruiva com cabelo desgrenhado e o
vestido quase rasgado.
-- Sai, Paul!
Eu tava lutando contra um... – Mentiu Rosie. – Nosferatu que invadiu meu
quarto!
-- Deixa que a
gente acaba com ele! – Disse Mary Anne, disposta a matar o monstro antes de
Bobby Moore retornar a mansão.
-- Já fiz isso,
Mary Anne. Agora boa noite. – E em seguida fechando a porta.
Os dois irmãos
voltaram para sala, sem saberem o que dizer sobre aquilo. No quarto, Rosie
começou a chorar na cama, abraçando a si mesma. George Best estava ofegante e
ferido nos braços por conta dos arranhões da loba e se aproximou dela.
-- Felicity
foi uma pretendente que cortejei quando era humano. – Disse o vampiro. – Ela
foi embora de Londres e a esqueci. Certa vez quando sai para me divertir à
noite, estava bêbado e fui atacado por um nosferatu. Acordei aqui na floresta e
pedi abrigo temporário ao conde, que me cedeu. Quando conheci você naquele dia
na visita ao castelo, me apaixonei a primeira vista. Eu sofri demais com isso e
fui embora. Fiquei ao lado do barão por um tempo até ver a crueldade em seus
olhos. E então vim para cá, me redimir de meus pecados, recuperar o meu amor...
por você!
Ela parou de
chorar e abraçou o amado fortemente.
-- Não me
deixe, meu amor, meu vampiro...
Eles fizeram
amor no quarto, abafando os gemidos um do outro para não despertarem mais
atenção. E certos que desta vez se amam a ponto de desafiar a lei que proíbe o
relacionamento hibrido.
Manuel e
Felicity chegaram à antiga fazenda dele, abandonada depois que ele virou
vampiro. Aparentemente as coisas ali estavam em ordem. Fefe observou
tudo cuidadosamente e viu que o lugar fica perto do riacho, facilitando para
ela e o marido se banharem caso der vontade.
-- Fraulein,
venha aqui! – Chamou Manuel.
Felicity
entrou no quarto dele e viu a cama de casal arrumada e na cômoda um vaso de
rosas vermelhas e a janela um pouco aberta, para a claridade da lua.
-- Manuel,
agora somos casados. Não sou mais uma senhorita.
-- Tem razão.
– Abraçou a esposa. – Agora é fraü Neuer. Minha mulher! Mas posso chamar ainda
de fraülein? Acostumei-me em chamar você assim desde a primeira vez.
-- Está bem,
Herr Manuel!
Felicity desabotou a camisa do amado e
retirou os suspensórios da lederhosen dele. Manuel beijava sua esposa de modo
ardente, ao mesmo tempo em que erguia a saia dela, tocando a perna dela, arrancando
um gemido baixo dela. Se afastando um pouco, ela retira o vestido de noiva e
meia calça, revelando sua nudez. Manuel se juntou a ela e se deitaram, onde
trocaram mais beijos.
Ele massageava as pernas dela e as
beijava. Felicity enchia de beijos o corpo dele e tocava em regiões sensíveis,
deixando Manuel mais excitado e pronto para agir. Ele tocou a barriga dela,
quase protuberante e depositou um carinhoso beijo.
-- Nosso filho...—Balbuciou o vampiro
rastreador, mirando os olhos castanhos da amada. – Ele é uma benção para nós,
minha esposa.
-- É sim, meu amor. – Ela tocava o
rosto dele e o beijou mais uma vez.
Depois ele ficou por cima dela,
iniciando os movimentos amorosos. Manuel começou devagar, por medo de machucar
ela e o bebê. Felicity gemia às vezes de dor, mas se acostumou e passou a ser
prazer. Aos poucos ganhava velocidade os movimentos e os dois passaram a
suspirar e a gritar de prazer. No último movimento, Felicity e Manuel emitiram
um grito prazeroso, indicando seu clímax. Se beijaram mais uma vez.
-- Eu te amo,
Manuel Neuer!
-- Ich liebe
dich meine Frau! (Eu te amo, minha
esposa!)
Adormeceram
juntos e abraçados na fazenda abandonada. No dia seguinte, Fefe acordou sem o
marido. Presumiu que ele tenha voltado ao castelo. Ela se vestiu rápido e
voltou para a casa de Ana.
Na cidade, uma
moça desembarca do trem e segue rumo ao vilarejo vazio, sem um rumo aparente.
Na verdade ela queria chegar à famosa mansão da Ilha dos Lobisomens onde seu
amigo Peter Tork vive com sua esposa Erin. Ela caminhou um pouco na floresta e
seguindo seus instintos naturais, conseguiu avistar uma casa rústica e uma
grande mansão. Segundo a carta de Peter, a casa dele é perto da tal mansão. Ela
chegou até a porta e bateu de modo discreto.
-- Pois não? –
Abriu uma jovem de cabelos castanhos.
-- Aqui mora
Peter Tork?
-- Sim.
-- Eu sou
Renée Chapelle, uma amiga dele. – Apresentou-se a moça.
-- Eu sou
Erin, a esposa dele. – Cumprimentou a moradora, permitindo a entrada da
estranha.
Renée se
sentou no sofá, esperando calmamente Peter. Erin contemplou a mulher estranha e
viu que ela não é má. Apesar da aparência, onde seu cabelo preto e liso
encobria metade do rosto e a mão dela ter um estranho símbolo de uma cobra
tentando engolir sua própria cauda, não sentiu nada de maldoso nela e chamou
seu marido. Ao voltar pra sala, resolveu conversar com a visitante.
-- Errr...
desculpe minha curiosidade, mas por que veio até aqui? – Questionou Erin.
-- Minha casa
no vilarejo foi destruída por nosferatus e refugiei para Stuttgart, onde um
feiticeiro me ensinou a arte da alquimia suprema. Depois retornei a Munique,
aceitando o abrigo que Peter prestou a mim.
-- E também
devo agradecer a você por ajudá-lo. Sabe, quando estava sob o feitiço da Poção
do Amor.
-- Está tudo
bem. – Desviou o olhar e passou a observar a casa, modestamente arrumada.
-- Renée, que
bom que veio! – Peter desceu as escadas e abraçou sua amiga.
-- Muito
obrigada, Peter! E sua esposa é muito atenciosa.
Erin agradeceu
o elogio e eles levaram as malas da garota para o um dos quarto de hóspedes.
-- Deseja se
juntar a nós no desjejum, Renée? – Convidou Erin.
-- Agradeço,
mas não estou com fome. Desejo dormir logo. Tive uma noite em claro numa
tentativa de transmutar um objeto. –
Agradeceu Renée, fechando a porta e deitando na cama.
Certamente a
jovem alquimista teria uma boa história para contar aos seus novos amigos na
mansão.
Ao cair da
noite, Louise se acordou cedo devido à insônia obtida. Ela e Gerd pela primeira
vez não sentiram desejo de fazerem amor por conta do cansaço na festa de
casamento. E ela não conseguira dormir por conta do pesadelo que teve, onde viu
seus pais sendo mortos e desde então não conseguiu ficar tranqüila.
Odile como
sempre estava trancada no quarto e raramente saia dos aposentos e ainda sim
acompanhada. Ela se lamentava por Niki e ainda procurava algum meio de sair do
castelo sem que o conde saiba. Ela desceu as escadas e caminhou até a cozinha
procurando algo para comer. Abriu os armários e entrou na dispensa e nada.
Ficou abismada com isso. Afinal de contas
do que eles se alimentam e como vivem, perguntou para si mesma.
Caminhou um
pouco e ouviu um suspiro pesado vindo da sala. Chegando ali, encontrou Louise,
sentada na borda da janela e bebendo um copo de vinho (sangue). Imediatamente ela sentiu o forte cheiro de
sangue francês e viu sua amiga ali.
-- Odile. –
Saiu da janela e a abraçou. – Não devia sair do quarto.
-- Estou com
fome, fui procurar algo pra comer e nada.
-- Vou pedir
ao Sepp encontrar algum alimento pra você. – Em seguida se sentaram junto à
mesa.
Pelo semblante
dela, a vampira não estava feliz e tentava de tudo se acalmar bebendo mais e
mais.
-- Está tudo
bem com você?
-- Não... –
Respondeu, mostrando as mãos tremendo. – A noite passada sonhei com meus pais
sendo mortos e a casa incendiada. Não contei ao Gerd pra não preocupá-lo. E
agora estou tentando não mostrar isso a ele.
-- Entendo. –
Comentou Odile. – Ainda tenho saudade do Niki. Da minha família e de minha
irmã. Não sei de nada deles.
-- Eu também
não sei de nada da minha família, nem do meu irmão que vive em Londres.
As duas
ficaram em silêncio por um tempo e Sepp surgiu um pouco ofegante devido à
incrível fuga sofrida num ataque que fez a um humano.
-- Olá, fraü
Müller e fraulein Odile! – Cumprimentou o servo, sempre amável. – Desejam algo?
-- Sim. Odile
está com fome e deseja algo para comer. – Disse, piscando o olho. Sepp entendeu
bem e saiu da sala, para cumprir a ordem de Louise.
-- O conde tem
sido muito carinhoso. – Comentou Odile, se lembrando de algo lindo sobre eles.
– Antes da festa de casamento, nós dois dançamos como no baile que aconteceu
meses atrás. E ele foi muito mais atencioso comigo ontem na festa. Nunca senti
isso por homem algum.
Louise sorriu
com aquelas descrições. Sempre soube que o conde Franz era um homem bom, porém
adquiriu uma postura amarga ao se transformar em vampiro e agora essa bondade
era recuperada com a presença de Odile.
-- Isso é
lindo. Tens certeza que ainda queres seu antigo noivo? – Indagou a vampira
loira.
Novo silêncio
e desta vez a francesa refletia sobre a pergunta que a pegou de surpresa.
-- Eu estou confusa – Respondeu um pouco triste. -- Acho que
estou gostando do Conde, mas ainda sinto que preciso estar com meu noivo.
-- Se eu fosse você, escolheria o conde. Ele é
bem mais que o conde. É um homem gentil, amoroso e confesso que nunca o vi
assim, tão animado e disposto por alguém.
As duas sorriam mais com essa possibilidade e
Sepp retornou com uma bandeja.
-- Achei esse pedaço de pão e esta maçã.
-- Já é o bastante! – Exclamou Odile, pegando a
maçã e dando a primeira mordida.
Quando o servo se retirou, Louise continuou a
falar.
-- Tenho vontade de ter filhos.
-- Mesmo? – Odile ainda comia a maçã.
-- Sim. Contudo, ele sente que ainda é cedo. Na
verdade ele teme perder o tempo que temos para nos amar com um bebê. Inclusive
conversei com Alice e estou me convencendo disso.
Neste momento,
o conde abre a porta de entrada, um pouco aborrecido. Ele caminhou até a sala e
avistou as duas mulheres conversando.
-- Algum
problema?
-- Não, só
estamos conversando... – Disse Louise, bebendo a última gota de vinho. – Vou
para o meu quarto e tentar... me acalmar...
Se retirando
do local, Odile se preparava para ir pro quarto, contudo, o conde segurou seu
braço levemente, abraçou-a e beijou sua testa.
-- Tudo bem,
Franz?
-- Eu quero
ficar um pouco com você, só isso.
Por incrível
que pareça, os dois permaneceram abraçados na janela sob o luar e Odile sentiu
algo maravilhoso com ele. Uma ternura, um calor humano vindo de um vampiro. Louise tinha razão, o conde é um homem
maravilhoso, pensou a francesa. Eles foram pro quarto e Franz e ela se
deitaram na cama, um olhando pro outro e com as mãos dadas.
-- Me sinto
tão bem com você... – Comentou o conde.
-- Devo dizer
que eu também. – Odile está quase adormecendo nos braços dele e Franz a cobriu
com um cobertor de lã por conta do inverno alemão. Depois disso ele a beijou
nos lábios e adormeceram juntos de conchinha.
Louise não foi
dormir no quarto junto do marido e optou por ficar sozinha no caixão dele na
masmorra. Ela chorava mais por conta do sonho com seus pais. Definitivamente
começou a refletir se sua vida valia tanto a pena viver como uma morta-viva.
Sentia falta da família e das coisas boas que ela fazia quando era humana, como
passear nas ruas a luz do dia, conversar com as pessoas, ir aos bailes mais
chiques da cidade, comprar vestidos, jóias e chapéus. E também das cavalgadas
que fazia com o pai todo domingo de manhã. Para ela seria impossível voltar
atrás...
Gerd se acorda
aos pouco e sua mão tateou o lado vazio da cama. Louise não estava lá. Se
levantou rápido e vestindo a calça, saiu do quarto e a seguiu procurando por
todo castelo.
-- Ursinha? –
Ele seguiu para a cozinha, sala de estar, biblioteca e outros cantos.
Ele entrou no
estábulo e tudo calmo. Os cavalos Bismarck, Ferdinando e Andrômeda se
encontravam extremamente calmos, sem sinal de Louise. Procurou no jardim e
encontrou Sepp e Nora namorando de forma apaixonada. Com certeza Louise não viria aqui, pensou o vampiro. Pensou em
visitar a Ilha dos Lobisomens, ainda mais por saber da amizade dela com vampiro
Davy Jones, mas com certeza não era dia de visitas e tampouco ela seguiria na
casa da cientista Ana.
De volta ao
castelo, subiu as escadas e procurou nos quartos. Ele entrou sem querer no
quarto do conde e o encontrou dormindo calmamente com a humana Odile, de forma
unida e apaixonada. Se retirou dali sem desperta-los. Como última opção, desceu
até as masmorras e ouviu um eco. Mais parecido de um choro de mulher.
Aproximou-se do caixão cinza e abriu, revelando a amada chorando copiosamente.
-- Ursinha,
por que está chorando? – Pegando a amada e abraçando. – Por favor, me diz.
-- Não é
nada... – Louise se negava a dizer algo.
-- Nada o que,
vamos me conte.
-- Gerhard,
estou com medo. – Gerd sabia que quando Louise o chamava assim, era sinal de
duas coisas: ou ela estava muito triste ou aborrecida. – Eu... sonhei com a morte dos meus pais, a
casa pegando fogo e eles morrendo. Meu deus, estou com medo!
-- Fica calma
meu amor. – Ele acalmava com caricias nas costas e no cabelo dela. Gerd acabou
se deitando com a esposa no caixão, sem fechar.
-- Não sente
falta de quando era humano, ursinho?
-- Não.
-- Nem das
coisas que fazia quando era humano? – Indagava Louise um pouco mais calma.
Ficaram em
silêncio por breves momentos. De fato ele possui saudades daquela época. Quando
era humano podia sair de manhã e fazer muitas coisas.
-- Sinto falta
de caminhar pela manhã e sinto falta de Berlim. – Comentou. – De resto eu gosto
desta vida.
-- Sinto falta
dos passeios nas ruas, das compras, cavalgar nas manhãs de domingo com meu pai.
– Ela o abraçava mais forte e depois sorriu. – Mas gosto assim. A vida noturna
é mais emocionante!
-- Se
vivêssemos durante o dia, eu nunca a teria. – Olhando nos olhos dela.
-- Tem
certeza, ursinho? – Questionou, ainda sorrindo e piscando para o amado. – Por
acaso não lembra de uma vez quando visitou minha casa?
FLASHBACK ON
De fato foi um dos momentos mais
estranhos, porém ousados. Sepp Maier havia ido visitar Nora Smith em plena
chuva torrencial e ainda a cavalo. Seus pais, no objetivo deixar unido seu
filho e a filha dos Smith, não permitiu que fosse usada a carruagem. Por conta
disso, ele cavalgou até a casa dela sob a chuva e chegando lá, contraiu uma
gripe forte, permitindo sua estadia na casa da noiva.
Uma semana depois os Smiths receberam a
visita de Anthony e Mary McGold, que traziam seus dois filhos, Louise e Michael.
No castelo, Franz recebera uma carta do amigo, avisando sobre sua saúde
prejudicada pelo mau tempo.
--... Tirando uma garganta inflamada,
falta de respiração e febre alta, o médico da família disse que devo repousar
por cerca de uma semana. Os Smiths são muito educados e foram bastante
atenciosos. Dentro de uma semana e meia estarei de volta.... – Franz lia a
carta um pouco preocupado.
-- Devíamos visitá-lo na propriedade deles. – Sugeriu
Gerd.
-- E será que vão nos receber depois
daquele dia onde dormimos na sala sem nenhum motivo?
Na verdade Gerd não foi afetado
totalmente pelo feitiço. Ainda se lembrava da Lady Porquinha aos seus pés,
mordendo o tornozelo e depois ganhando a forma humana. No fundo desejava
reencontrar Louise. Decididos, eles seguiram caminhando a belíssima mansão dos
britânicos. Naquela manhã de desjejum, os Smiths e os McGolds tomavam café.
Michael, Anthony e Ned conversavam sobre negócios, enquanto Catelyn e Mary
diziam sobre as novidades das outras famílias inglesas.
--... Eu soube que os Fitzwilliams
casaram uma de suas filhas com um nobre. – Falava Mary, sempre sorridente.
-- É verdade. – Concordou Cat.
Louise cortava uma fatia de pão com
dificuldade, mas em seus pensamentos estava Herr Müller. Nora permaneceu ao
lado de Sepp todos os dias, cuidando dele com carinho. Ela não consumiu
absolutamente nada no desjejum devido à distração, até ser interrompida com o
anuncio de Carson, o mordomo de Ned Smith.
-- Sr. Smith, temos visitas.
-- De quem, Carson?
-- O filho do conde Beckenbauer, Franz
e seu amigo Gerhard Müller.
Os visitantes adentraram a sala e as
duas famílias se apresentaram. Louise foi a primeira a notar claramente que os
dois estavam com uma aparência diferente, vestidos como nobres, porém um pouco
cansados, como se tivessem saído do castelo e seguido todo o caminho a pé.
-- Veio caminhando, Herr Müller? –
Questionou Louise, espantada.
-- Sim, viemos caminhando.
Um novo silêncio foi colocado. Os dois
pais de família estavam impressionados com aquela ousadia e as mães um pouco
preocupadas. Michael observou cuidadosamente Gerd e Franz e desaprovou, mesmo
estando calado.
-- Sr. Smith, onde está meu amigo
Josep? – Indagou Franz.
-- Está lá em cima, repousando no
quarto e com Nora cuidando dele. – Respondeu Ned. – Carson irá guiá-los para
lá.
Ned deu a ordem para o mordomo levá-los
para o quarto e as famílias voltaram a sua refeição matinal.
-- Viu o estado deplorável deles, pai?
– Michael não havia gostado de nenhum deles. – Suor e lama. Coisa tão germânica
e medieval!
-- Cala-te, Michael! – Ralhou Anthony,
sobre a desaprovação do filho com os visitantes.
-- Devo concordar que esses rapazes
estão pouco apresentáveis, não acha Louise? – Perguntou Mary para sua distraída
filha. – Louise?
-- Hã... o que disse, mãe?
-- Nada... – Calou-se a mãe, percebendo
o motivo da atenção da filha.
No quarto, os dois amigos ficaram perto
de Sepp, conversando enquanto Nora prometera trazer uma bandeja de comida.
-- Me sinto tão constrangido... cof
cof... – Dizia Sepp com dificuldade respiratória e tossindo. – Os Smiths são
tão bons comigo...
-- Não é a toa que vai casar com a
filha deles. – Comentou Franz, rindo.
-- Pelo menos teve sorte em casar com
alguém que realmente ama... – Disse Gerd, um pouco triste.
-- Por que está dizendo isso, Gerd?
-- Meus pais querem apressar o meu
casamento... e não sei. Não quero isso!
Os dois ficaram um pouco preocupados
com aquela resposta de Gerd e em suas mentes a causa disso teria sido... a
filha de Anthony McGold.
-- Por favor, Gerhard. – Implorava o
filho do conde. – Não me diga que está mesmo apaixonado por aquela menininha
mimada?
Neste momento, Nora ficou ouvindo a
conversa atrás da porta com a bandeja, lamentando-se do fato.
-- Péssimo gosto que tem, Herr Müller...
– Nora lamentou-se com a preferência de Gerd em relação a uma criatura tão
desprezível como Louise.
Depois ela abre a porta, trazendo a
comida para o amado: uma sopa quente de batatas e chá com ervas medicinais.
-- Aqui está, Katze! – Deixando a bandeja
na mesa e levando a tigela de sopa com a colher.
-- Danke, Nora! – Começando a tomar,
mesmo ainda sofrendo com a falta de ar.
Os dois se retiraram do quarto por
enquanto e desceram as escadas e ficaram no jardim, conversando entre si.
-- Ainda não me respondeu, Gerd! Me diz se está ou não está gostando de...
-- E se estiver?
-- Meu deus, se a família McGold souber
disso...
-- Que saibam! E meus pais também! Não
amo e nunca amei Uschi! – Bradou Gerd, porém teve de se conter quando Michael, o
irmão de Louise surgiu perto deles.
-- O amor é mesmo estranho, não é
amigo? – Michael tentava conter um risinho maldoso. – Se não gosta de sua
noiva, trate de ter outra mulher ou simplesmente anule e viva a boemia. Desfiz-me
de um noivado de quatro anos. Não fui feito para o matrimonio e prefiro a
liberdade!
Os dois se espantaram com a revelação
do filho mais velho de Anthony e tentaram disfarçar o mal estar. Gerd passou a
observar Louise atentamente enquanto esta caminhava na companhia da mãe e da
criada, Catherine. Em seus pensamentos não acreditava que a mocinha fosse mesmo
um demônio com cara de anjo e tampouco mimada e irritante a ponto de ninguém
suportar seu jeito. Michael percebeu isso.
-- Ela não é pra você! – Avisou
discretamente e sorrindo maldosamente. – E também ela tem o Richard.
-- Só observei, senhor. – Respondeu o
jovem, um pouco envergonhado. – De todas as damas, a sua irmã não está e nunca
esteve em minha escolha.
-- Foi o que pensei. – Disse de forma
arrogante. – Quer uma sugestão? Há outra família de galeses que se instalou
recentemente em Munique. Os Stones.
Eles têm uma filha chamada Alice, de grandes olhos azuis e cabelos negros como
a noite. Ela é bem prendada e parece se encaixar para seus gostos, Herr Müller.
O irmão de Louise se retira e deixa
Gerd um tanto sem ação. Estava mais que claro que o jovem não queria perto de
sua irmã e é bastante compreensível. Louise tem um noivo chamado Richard.
Decerto um homem mais poderoso e com riquezas maiores. E mesmo assim, não deixou
de admirar a beleza angelical da filha de Anthony. Poucos minutos depois Anthony convida os dois
para conhecer o haras e ainda os presenteou com dois cavalos.
-- Sr. McGold, não podemos aceitar tal
presente. – Recusou Franz.
-- Ora, por que não? Ainda mais você,
Gerd. Estou muito agradecido pelo que fez a Andrômeda. Vamos, aceite.
No final eles aceitaram os cavalos nos
quais foram batizados de Bismarck e Ferdinando. Foi neste momento que Anthony
comentou algo com Gerd.
-- Sabe, se minha filha não fosse noiva
de Richard, eu teria dado a mão dela para o senhor.
-- Sr. McGold, eu já tenho uma noiva
daqui de Munique.
-- Que bom! Fico muito feliz pelo
senhor! – Sorriu Anthony.
-- Caso eu não estivesse noivo, eu
adoraria me casar com sua filha. – Disse por fim, chocando Franz que ouvia tudo
e deixando Anthony satisfeito.
Poucos minutos antes de ir embora, Gerd
e Franz foram mais uma vez fazer companhia para Sepp, mas antes, o mais jovem
dos três amigos acabou avistando Louise na biblioteca e resolveu ficar por lá.
A adolescente lia calmamente um livro de poesias e não percebeu a presença
dele.
-- Fraulein Louise! – Chamou,
assustando a garota.
-- Oh meu deus, herr Müller! – Saltou
Louise da poltrona. – Me desculpe. Deseja alguma coisa?
-- Só vou ficar mais uns minutos a mais
e logo irei embora com Franz. – Respondeu, nervoso.
Louise não sabia se Gerd ainda se
lembrava daquele fato estranho e resolveu tentar.
-- Eu gostaria de pedir desculpas por
ter me visto... daquele jeito.
-- Que jeito?
-- Aquele jeito... estranho. – Falou
Louise. – De ficar nos seus pés, lhe mordendo.
-- Do que está falando, fraulein?—Gerd
fingia que não lembrava, sendo que na verdade ele sabe da verdade.
-- Não se lembra de ter visto uma
porquinha mordendo seu tornozelo? – Insistia a menina, não acreditando que Gerd
não se lembrasse do fato.
-- Nein! Eu dormi sem saber ou sequer
me lembrar o que me levou a dormir assim.
Novamente o silêncio tomou conta dali e
trocam um olhar intenso, como se um quisesse saber algum segredo do outro nas
pupilas dilatadas. A respiração estava pesada para Louise. Ficar perto dele lhe
causava algo diferente não sentido antes. Por conta disso, deixou o livro cair e
ele conseguiu pegar a tempo de atingir o chão, entregando-o para a jovem dama.
Tocou as mãos macias dela e mais uma vez viu os olhos azuis como duas pedras
preciosas. Não havia como negar. Ambos se sentiam atraídos de forma misteriosa.
-- Herr Müller...
Ele tocou o rosto dela e ainda
sussurrou no ouvido.
-- Du bist ein Engel, ein schöner
Engel. (Você é um anjo, um lindo anjo) – Em seguida a beijou ali, sem se
importar se alguém possa vê-los.
Louise tentou se desviar, contudo, o
beijo dele era delicioso, cálido e cheio de paixão. Correspondeu da mesma
intensidade apaixonada, permitindo aqueles lábios beijar os seus. Molly e
Catherine, respectivas criadas de Nora e Louise, juntamente com Sembene e
Carson, acabaram vendo a cena romântica e comentaram entre si até Michael ver a
pequena aglomeração.
-- Catherine o que está fazendo? –
Perguntou Michael a criada e ao olhar para a porta entreaberta, viu sua irmã e
o visitante alemão trocando um beijo e ainda se abraçando.
-- Sr. Michael, devemos chamá-los? –
Sembene queria interromper para não criar problemas.
-- Sim, mas para dizer que está na hora
dele e seu amigo conde irem embora. E mais uma coisa, Sembene: não diga nada
aos meus pais e nem aos Smiths! Não queremos problemas aqui.
Sembene cumpriu a ordem de Michael e os
dois rapazes partiram para o castelo, levando os presentes recebidos por
Anthony e Louise permaneceu no quarto, olhando para os dois cavalgando rumo ao
norte. Ela guardou com carinho aquele beijo e voltou à velha postura mimada e
cruel de antes, ocultando seu sentimento verdadeiro... Por ele.
FLASHBACK OFF
-- Entendi... – Sorria Gerd enquanto abraçava a esposa. –
Acho que teria fugido com você para Berlim.
-- Ou quem
sabe para Londres... – Respondeu Louise, beijando o amado e ainda se mantendo
abraçados. – Promete uma coisa para mim?
-- O que?
-- Que não
iremos mais brigar daquele jeito, como aconteceu dias atrás? – Segurando a mão
dele e beijando ali.
-- Tudo bem,
eu prometo. – Depositando um beijo na
bochecha dela. – E promete que não vai mesmo me deixar?
-- Eu tentei
te deixar uma vez... E não consegui. Fui noiva do conde e o tempo todo só
pensei em você, respirei você, desejei você. Eu amo até seu sangue, ursinho.
E isso é
verdade. Quando Louise o mordeu, o contato com sangue de Gerd despertou a
paixão desenfreada por ele e ainda brotara o amor nela. E ele mesmo diante da
dor, caiu em tentação e veio o prazer. Estava ali o amor deles. Ainda no caixão
se amaram mais um pouco e Louise esqueceu sua tristeza.
Antes de o sol
começar a se esconder, Felicity seguiu para a fazenda de Manuel, carregando um
saco de suprimentos conseguidos por Primus e um coelho morto, conseguido por
Vivian, a lobinha namorada de Christopher. Ela iniciou a preparação do jantar
de ambos, pois logo que a noite chegar, seu marido se juntará a ela na
refeição. Enquanto cozinhava as batatas, seu corpo estremece devido a uma
reação. Era seu filho chutando forte o ventre. Ela sorriu e acariciou o ventre.
-- Calma, meu
pequeno. Ainda é cedo... – Disse enquanto mexia na panela e ao mesmo tempo
acariciando a barriga.
Também ela
deixou as frutas no cesto e preparou uma salada, de acordo com seu desejo.
Felicity havia amanhecido com aquela vontade de comer saladas de verduras e
legumes e por isso pedira a Primus para comprar o que fosse necessário. Quanto
ao coelho, ela deixou no prato para Manuel se deliciar e uma garrafa de vinho,
presente que o marido ganhou de Gerd Müller.
A porta se
abriu com Manuel entrando e carregando alguns galhos cortados.
-- Fraulein!
-- Manu! – Ela
o beijou. – Estava com saudades!
-- Meu bem, só
fiquei fora daqui a parte da manhã e da tarde, sempre à noite estarei perto de
você. – Disse enquanto acendia o fogo com os galhos colocados na lareira, para
aquecer a fazenda.
Manuel
preparava a cama e depois lavou as mãos na pequena bacia de água na cômoda e
parou na porta, admirando a esposa servindo o jantar. Verdadeiramente ela
estava mais bonita. Mais que no dia em que a conheceu. Como se por encanto a
gravidez tivesse lhe dado um corpo mais generoso a ela. Se aproximou por trás
dela e começou os carinhos ardentes, excitando Felicity.
-- Manuel... –
Ela disse entre gemidos. – Ooohh... meu amor... o jantar está...
-- Depois,
meine fraü! – Ele fechou a panela e a virou para perto dele, beijando de forma
ardente e a levando para o quarto.
Manuel praticamente rasgou o vestido
branco da mulher e ao mesmo tempo ela retirava a presilha que mantia seus
cabelos negros presos, deixando-os soltos. Eram lisos e brilhosos. Manu contemplava
a nudez dela e mais uma vez fazia carinho no ventre dela, sentindo mais chutes
do bebê.
-- Ele está ansioso para vir ao mundo.
– Comentou sorridente.
-- E nós estamos mais, meu amor. Quero
muito segurar em meus braços o nosso filho, nosso menino.
-- É... um menino?
-- Sim. – Respondeu Felicity, animada.
– Um lindo menino!
Após essa noticia, ele novamente a
beija e já deitados na cama, Manuel deixa a camisa um pouco aberta e se livra
da calça. Ficando por cima da amada, inicia os movimentos vagarosos e depois
aumentou a velocidade, dependendo do prazer sentido nas estocadas e do prazer dela.
Felicity gemia alto a ponto de gritar junto com o marido, quando enfim
atingiram o clímax.
Ele ficou
esparramado ainda por cima da mulher e ela bastante ofegante e alegre.
-- Manuel,
vamos... jantar agora?
-- Ohhh... –
Ele respirava fundo pra recuperar as energias. – Está bem. Vamos comer.
Ela vestiu uma
camisa dele encontrada no armário restaurado e jantaram juntos calmamente e
conversando sobre outros assuntos... Sem saberem que estavam sendo observados
ao longe por uma mulher de olhar frio e vestindo roupa vermelha e na palma da
mão, tinha um pentagrama.
-- Ainda será
meu, fazendeiro... – Falou a mulher, cujo nome é Melisandre, disposta a tudo
para ter seu amado Manuel, nem que para isso amaldiçoaria Felicity ainda mais.
Na taverna,
Ronnie sentia falta da companhia da bela Louise. Desde a última visita, nunca
mais ouvira falar dela... Até um dos seus mensageiros dizerem que ela
finalmente se casou com Gerd Müller e que não voltaria tão cedo. Passou-se uma semana e o sueco recebeu uma
mensagem de seu velho amigo, o barão Niki Lauda com a seguinte ordem:
Use suas habilidades,
amigo. Procure por Odile Greyhound.
A habilidade
na qual é referida é de Ronnie tocar a flauta dourada e emitir um som lindo,
porém hipnótico... para as mulheres.
Para elas, o som é como a voz rouca e sedutora dos homens que amam e
seguem essa música para onde quer que seja. Levando a flauta para perto da
fronteira entre a Ilha dos Lobisomens e a terras do conde, ele toca o
instrumento, iniciando a belíssima música. Todas elas, dormindo, ouviram a
melodia.
Rosie e Best
estavam aos beijos e de repente parou com isso e seguiu para fora da mansão,
juntamente com Mary Anne e Mari Jones, deixando os lobos e o vampiro
consternados. Louise dormia de conchinha com seu marido e ouviu a música. Ela
saiu da cama e caminhou até a saída do castelo, seguindo a melodia. Anastacia,
Alice, Vivian e até mesmo Felicity caminharam rumo a música.
-- Venham,
minhas queridas, venham...—Chamava mentamente Ronnie, vendo que deu certo seu
plano inicial.
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