Nova fic (essa não sei quantos capítulos pretendo fazer mas vai seguindo) com McCruyff um pouco diferente. Imaginem Johan Cruyff, um cara romântico sendo... ladrão? E Fefe sendo uma moça trabalhadora entrando pro mundo do crime? Vale a pena ler!
Capítulo 1: A pequena canção da dor
Felicity bebia todo o copo
de água e novamente encarava Gerd. Seis anos juntos, seis anos que viveram no
mais intenso amor. E agora era o iminente fim. Havia tempos que ambos não
sentiam mais nada um pelo outro, a não ser uma amizade fraterna. Talvez o fato
de Felicity de querer salvar a relação a deixou um pouco transtornada quando o
alemão anunciou terminar a relação.
-- Me perdoe, Felicity! –
Ele tocava a mão dela e encarava os olhos castanhos da mulher, prestes a se
encher de lágrimas.
--
Você não me deve nada. – Fefe tentava segurar suas emoções, algo quase
impossível. – Eu fui imbecil. Fui tola e ingênua em acreditar que podemos
retornar o que éramos antes. Sou eu que peço perdão por tudo. Por não te dar a
atenção, o carinho necessário, pela falta de conversa e...
Ele
tocou os lábios da galesa com o dedo indicador e a puxou para um beijo quente e
envolvente. Quando pararam, Felicity derramou-se em lágrimas e abraçou Gerd fortemente.
--
Seja minha amiga. – Ele pediu, afagando os cabelos dela. – Eu a perdôo de tudo.
--
Existe um novo alguém? – Perguntou Fefe, ainda nos braços do amigo.
--
Há uma pessoa sim, não posso negar. Em breve você a conhecerá.
--
Estou curiosa... – Ela ria com a afirmação.
Minutos
depois de mais conversas, Felicity se acalmou e aceitou tudo tranqüilo. Gerd se
despede da agora ex-namorada e nova amiga. A vida da jovem tinha que ter um
novo começo...
No
outro lado da cidade, três homens, um norte irlandês e dois holandeses usando
roupas de preto enchiam os sacos de jóias, pedras preciosas e outros itens
valiosos. Johan guardava os anéis quando avistou uma linda coroa prateada,
cravejada de pedras, contendo esmeraldas, safiras e rubis.
--
Você merece muito mais que brincos, minha rainha russa! – Comentou Johan,
guardando a coroa na sacola preta.
--
Vamos Johan! Está na hora! – Avisou Johan Neeskens, seu sócio e amigo.
O
norte irlandês chamado George Best saiu pela porta dos fundos e ligou a van,
abrindo a porta para os holandeses entrarem. Eles saíram da joalheria e
embarcaram no veiculo. Seguiram para o norte de Munique. Conseguiram chegar em
casa onde dividiam e depositaram as jóias na mesa, onde cada um repartiu de
acordo com seus ganhos.
--
Acho que vou dar esse anel para minha loirinha. – Best admirava um anel com um
diamante de cinco quilates. E a loira que ele se referia é uma mulher chamada
Louise, uma policial.
--
Só cuida para a delegada não saber. – Alertou Neeskens, guardando as pulseiras
de ouro numa caixa de madeira e em seguida olhou para o sócio. – Eu vi que
pegou uma coroa. É pra quem?
--
Para minha namorada. – Respondeu enquanto lustrava a jóia. – Anastacia merece
muito.
--
Caso não quiser dar de presente, podemos vender e conseguir uma boa grana!
Cruyff
se calou e continuou a lustrar. Best escolhia mais objetos preciosos para
presentear Louise.
-- Sabe George, você deveria ter dado
alguma jóia para aquela francesa que é mãe do seu filho, tenho certeza que
vocês estariam juntos até hoje. – Comentou Cruyff, terminando de lustrar a
coroa.
-- Podia até
ser... Mas acho que eu e Odile não era mesmo pra darmos certos. – Respondeu
Best, em tom de lamentação.
-- E mesmo
depois de anos, você ainda a ama? – Questionou Neeskens.
-- Mesmo estando com a loirinha amiga
dela, não deixo de pensar na minha French Girl.
Quando amanheceu, Cruyff carregava uma caixa média e chegou no
apartamento de Anastacia Rosely, sua atual namorada.
-- Olá, meu amor! – Beijando o holandês.
-- Minha rainha! – Entrando no apartamento e abraçando a namorada.
Ele abriu a caixa, mostrando a coroa.
-- Oh Johan! – Pegando o objeto. – Meu deus, é caro demais. Não
posso aceitar.
-- Ele é seu, meu amorzinho. Você merece!
Ana deixou a coroa guardada na caixa e agarrou o amado. Fizeram
amor ali mesmo na sala de forma intensa e romântica.
A joalheria estava em isolamento por conta do roubo. Policiais
forenses e investigadores estavam ali, interrogando os donos e coletando
provas.
Louise McGold não acreditava no que estava vendo. Era mais um
assalto a lojas de jóias. Mesmo se tratando de uma das joalherias mais
conhecidas de Munique, que havia também investido na segurança, nada disso foi
o bastante para a quadrilha praticar o roubo.
-- Eles gastaram milhões de euros no melhor sistema de vigilância
e não foi o bastante. – Disse o capitão Mesut Özil, um alemão descendente de
turcos.
-- A quadrilha está agindo faz semanas e não temos alguma prova. –
Resmungava Louise, a galesa loura que é chefe de policia.
-- Não sei se serve de consolo, delegada, mas encontrei isso. –
Disse Rosie Donovan, um dos forenses, mostrando um botão dourado com faixa
laranja de camisa.
-- Um botão? Só isso? – Mesut achava mínima aquela pista.
-- Já vi um desses. – Comentou Louise. – Normalmente se encontra
em roupas holandesas.
Se a teoria for verdade, Louise já tem mais um passo a caminho do
inimigo. Voltando para a delegacia, ela
entra no escritório e senta no desk. Antes de digitar seu relatório, percebe
que não está sozinha e alguém com mãos delicadas massageia seus ombros de forma
calma e erótica.
-- Sempre aparecendo do nada, Odile.
-- E anda muito tensa, pequena delegada. – Puxando a amiga para um
beijo. -- Vamos sair um pouco, Louise...Você precisa
arejar essa mente e pensar em outras coisas. Tenho um exame pra fazer hoje e
quero que você me acompanhe.
-- Eu adoraria,
amorzinho. Mas estou numa investigação. Sua irmã não pode ir com você? E seus
maridos?
-- Minha irmã
teve de resolver algo na escola do filho dela, Florian bateu num outro garoto e
Niki está na fábrica da Volkswagen e Franz teve um imprevisto numa das fábricas
da Audi e cá estou eu sozinha. Lulu eu quero que você seja a primeira a saber o
sexo do novo bebê.
Diante daquele
pedido, ela aceitou e saiu junto com a amiga para o hospital central. Não
demorou para Odile ser atendida pela obstetra e no exame de ultrassom, foi
revelado o sexo do bebê.
-- Parabéns,
fraulein Odile. É uma linda menina!
-- Viu, Lulu? –
Odile pegava a mão de sua amiga. – É menina! Niki e Franz vão adorar a
novidade.
A policial
chorou de emoção com a revelação. Elas saíram para o shopping e fizeram compras
e na parte da tarde foram buscar Calum e Noel, os filhos de Odile com pais
diferentes. Calum é fruto do relacionamento de Odile com Best e Noel é filho de
Franz. A noite quando apareceu na casa dos três, a francesa anunciou o terceiro
filho e desta vez do austríaco Niki Lauda. Mais tarde ela voltou para sua casa
e telefonou para o namorado e ele cruzou rapidamente por lá.
-- Ela está
grávida do ratinho austríaco? – Best foi namorado de Odile por cinco anos e
sabia que ela se casou com dois homens.
-- Sim. Ela
confirma isso. – Disse Louise, abraçada.
Neste momento, o
namorado presenteia a amada com o anel.
-- Best... – Admirando
a bijuteria. – É lindo!
-- Só pra você,
minha loirinha! – Beijando a amada e quando se preparavam para se amarem, eis
que surge Alice, de camisola, na cozinha.
-- Me desculpem,
pessoal! Só vim pegar água. – Em seguida se retirando.
-- É melhor voltar
pra casa. – Olhando pro relógio. – Amanhã te vejo, loirinha!
-- Até amanhã,
Beatle! – Roubando mais um beijo dele.
Uma noite calma
para Louise... Aparentemente.
Rosie estava
triste demais. O homem que ela tanto ama, John Lennon, um guitarrista, é um
homem casado e nunca se decidia se abandonaria sua mulher pra ficar com ela ou
não. O trabalho como legista e investigadora também lhe tirava energias.
-- Cretino,
maldito! – Enquanto terminava de beber seu Martini. – Eu te odeio!
Entre um
resmungo e outro, não percebeu que outro alguém estava olhando para ela. Um
tipo alto, cabelos negros, olhos azuis e usando óculos. Ele sabia que a bela
ruiva é amiga e amante ocasional de sua irmã, Marianne. E sabia que trabalha na
policia de Munique. Decidido abordar aquela mulher, pediu ao garçom que
servisse mais um copo de Martini para ela e presentear. O empregado acatou isso
e entregou a bebida para Rosie.
-- Mas não pedi
mais. – Retrucou a ruiva.
-- Senhorita,
veio daquele senhor ali. – Apontando para o rapaz, que estava sentado numa mesa
ao fundo. – Ele mesmo pagou.
Rosie aceita e
principalmente trocou olhares com o tipo. Ele também retribuía e saindo de sua
mesa, caminhou até a ruiva.
-- Posso me
juntar a você? – Perguntou educadamente.
-- Claro. – Aceitou Rosie. – E obrigada pela bebida.
Foi muito gentil.
-- Você tem
lindos olhos. – Elogiou Ed, se perdendo no olhar esverdeado da ruiva. – São
como duas esmeraldas, simplesmente não consigo parar de olhar para eles.
-- Então pode
olhar quando quiser, Sr...
-- Edmund Jones.
Ao seu dispor. – Apertou a mão de Rosie.
-- Eu sou Rosie
Donovan.
-- Eu sei quem
você é. Marianne me fala muito de você. – Sorria.
-- Você é irmão
da Mari?
-- Sim.
Após a conversa,
Rosie se prepara para ir embora, mas Edmund anota no guardanapo seu número e
entrega para a legista.
-- Se quiser
conversar comigo, me liga.
-- Obrigada. –
Pegando o guardanapo e guardando na bolsa. – Até algum dia, Edmund.
-- Até algum
dia, Rosie... – Edmund viu Rosie embarcar no táxi e saindo pela avenida. – Sei
que vai me procurar, ruiva...
Chegando em
casa, Rosie tira a roupa e quando entra no banheiro, encontrou sua amada, na
banheira, cheia de rosas.
-- Amor! – Sua amiga e colega, Nami Okawa,
também é amante. – Vem aqui na banheira.
Vem minha ruiva.
-- Você é tão...
--- Enquanto retirava a calcinha e o sutiã, Rosie se juntou a ela na banheira,
sendo abraçada por Nami. – kawaii! Aishiteru, Nami!
-- Watashi wa, watashi no saiai no anata o aishiteimasu. (Eu te amo, minha adorada). –Disse Nami,
beijando suavemente Rosie.
Ali mesmo elas fizeram
amor romanticamente na banheira com rosas.
No bar Reeperbahn,
Edmund observava todo movimento. Aquele bar é propriedade dele e de sua irmã,
Marianne. Ela por sua vez estuda Jornalismo na faculdade na parte da tarde. De
dia ajuda os pais, Thomas e Samantha, nas restaurações de peças do museu de
Munique e a noite como extra, ganha a vida sendo garçonete no bar do irmão e
por vezes, ganhava mais como stripper. E
naquela noite, seria a grande noite.
Marianne chegou a
pleno horário de pico do bar. Correu para o quartinho, retirou sua roupa do dia
e vestiu a roupa especial de stripper.
-- Marianne! –
Entrando no quartinho, Edmund apressou a irmã. – Ande, todos estão esperando.
No palco, Edmund anuncia
a nova atração.
-- Bem vindos ao
Reeperbahn! Um lugar onde vocês esquecem suas inibições e vivam a liberdade de
serem vocês mesmos. Fiquem agora com a nova atração. Lady Noturna!
Ao se retirar, as
cortinas de abriram, revelando uma moça jovem usando sutiã e tanga vermelha com
lantejoulas. Ela começou a dançar sensualmente para os clientes. Um deles, um
tipo alto, loiro, olhos azuis por volta de seus trinta e cinco anos, não
desviava o olhar para ela.
Watching her
Strolling in the night
So white
Wondering why
It's only After Dark
In her eyes
A distant fire light
burns bright
Wondering why
It's only After Dark
I find myself in her room
Feel the fever of my doom
Falling falling
Through the floor
I'm knocking on the Devil's door
In the Dawn
I wake up to find
her gone
And a note says
Only After Dark
Burning burning
in the flame
Now I know her
secret name
You can tear her temple down
But she'll be back
and rule again
In my heart
A deep and dark
and lonely part
Wants her and
waits for After Dark
Entre um movimento e outro, Marianne bebia um
pouco de Martini, aumentando sua animação. Ela notou o homem loiro olhando para
ela. Resolveu caminhar em cima das mesas até encontrar o rapaz. Bobby ficou
paralisado diante dela. Marianne se sentou no colo dele e sussurrou.
-- Hoje eu vou te levar ao céu! – Em seguida,
lambeu os lábios do homem, sentindo a ereção dele.
-- A partir de agora, você é minha pequena! –
Tocando o queixo dela e beijando Marianne de forma envolvente.
A stripper pegou a chave do quarto conseguido com
o irmão e subiu as escadas do bar levando seu amado. Foi à noite mais intensa e
erótica de Bobby Moore e Marianne Jones.
Continua...
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