sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Like Bonnie and Clyde (1º Capítulo)

Olá pessoal!
Nova fic (essa não sei quantos capítulos pretendo fazer mas vai seguindo) com McCruyff um pouco diferente. Imaginem Johan Cruyff, um cara romântico sendo... ladrão? E Fefe sendo uma moça trabalhadora entrando pro mundo do crime? Vale a pena ler!




Capítulo 1: A pequena canção da dor

Felicity bebia todo o copo de água e novamente encarava Gerd. Seis anos juntos, seis anos que viveram no mais intenso amor. E agora era o iminente fim. Havia tempos que ambos não sentiam mais nada um pelo outro, a não ser uma amizade fraterna. Talvez o fato de Felicity de querer salvar a relação a deixou um pouco transtornada quando o alemão anunciou terminar a relação.

-- Me perdoe, Felicity! – Ele tocava a mão dela e encarava os olhos castanhos da mulher, prestes a se encher de lágrimas.

-- Você não me deve nada. – Fefe tentava segurar suas emoções, algo quase impossível. – Eu fui imbecil. Fui tola e ingênua em acreditar que podemos retornar o que éramos antes. Sou eu que peço perdão por tudo. Por não te dar a atenção, o carinho necessário, pela falta de conversa e...

Ele tocou os lábios da galesa com o dedo indicador e a puxou para um beijo quente e envolvente. Quando pararam, Felicity derramou-se em lágrimas e abraçou Gerd fortemente.

-- Seja minha amiga. – Ele pediu, afagando os cabelos dela. – Eu a perdôo de tudo.

-- Existe um novo alguém? – Perguntou Fefe, ainda nos braços do amigo.

-- Há uma pessoa sim, não posso negar. Em breve você a conhecerá.

-- Estou curiosa... – Ela ria com a afirmação.

Minutos depois de mais conversas, Felicity se acalmou e aceitou tudo tranqüilo. Gerd se despede da agora ex-namorada e nova amiga. A vida da jovem tinha que ter um novo começo...

No outro lado da cidade, três homens, um norte irlandês e dois holandeses usando roupas de preto enchiam os sacos de jóias, pedras preciosas e outros itens valiosos. Johan guardava os anéis quando avistou uma linda coroa prateada, cravejada de pedras, contendo esmeraldas, safiras e rubis. 

-- Você merece muito mais que brincos, minha rainha russa! – Comentou Johan, guardando a coroa na sacola preta.

-- Vamos Johan! Está na hora! – Avisou Johan Neeskens, seu sócio e amigo.

O norte irlandês chamado George Best saiu pela porta dos fundos e ligou a van, abrindo a porta para os holandeses entrarem. Eles saíram da joalheria e embarcaram no veiculo. Seguiram para o norte de Munique. Conseguiram chegar em casa onde dividiam e depositaram as jóias na mesa, onde cada um repartiu de acordo com seus ganhos.

-- Acho que vou dar esse anel para minha loirinha. – Best admirava um anel com um diamante de cinco quilates. E a loira que ele se referia é uma mulher chamada Louise, uma policial.

-- Só cuida para a delegada não saber. – Alertou Neeskens, guardando as pulseiras de ouro numa caixa de madeira e em seguida olhou para o sócio. – Eu vi que pegou uma coroa. É pra quem?

-- Para minha namorada. – Respondeu enquanto lustrava a jóia. – Anastacia merece muito.

-- Caso não quiser dar de presente, podemos vender e conseguir uma boa grana!

Cruyff se calou e continuou a lustrar. Best escolhia mais objetos preciosos para presentear Louise.

-- Sabe George, você deveria ter dado alguma jóia para aquela francesa que é mãe do seu filho, tenho certeza que vocês estariam juntos até hoje. – Comentou Cruyff, terminando de lustrar a coroa.

-- Podia até ser... Mas acho que eu e Odile não era mesmo pra darmos certos. – Respondeu Best, em tom de lamentação.

-- E mesmo depois de anos, você ainda a ama? – Questionou Neeskens.

-- Mesmo estando com a loirinha amiga dela, não deixo de pensar na minha French Girl.

Quando amanheceu, Cruyff carregava uma caixa média e chegou no apartamento de Anastacia Rosely, sua atual namorada.

-- Olá, meu amor! – Beijando o holandês.

-- Minha rainha! – Entrando no apartamento e abraçando a namorada.

Ele abriu a caixa, mostrando a coroa.

-- Oh Johan! – Pegando o objeto. – Meu deus, é caro demais. Não posso aceitar.

-- Ele é seu, meu amorzinho. Você merece!

Ana deixou a coroa guardada na caixa e agarrou o amado. Fizeram amor ali mesmo na sala de forma intensa e romântica.
A joalheria estava em isolamento por conta do roubo. Policiais forenses e investigadores estavam ali, interrogando os donos e coletando provas.

Louise McGold não acreditava no que estava vendo. Era mais um assalto a lojas de jóias. Mesmo se tratando de uma das joalherias mais conhecidas de Munique, que havia também investido na segurança, nada disso foi o bastante para a quadrilha praticar o roubo.

-- Eles gastaram milhões de euros no melhor sistema de vigilância e não foi o bastante. – Disse o capitão Mesut Özil, um alemão descendente de turcos.

-- A quadrilha está agindo faz semanas e não temos alguma prova. – Resmungava Louise, a galesa loura que é chefe de policia. 

-- Não sei se serve de consolo, delegada, mas encontrei isso. – Disse Rosie Donovan, um dos forenses, mostrando um botão dourado com faixa laranja de camisa.

-- Um botão? Só isso? – Mesut achava mínima aquela pista.

-- Já vi um desses. – Comentou Louise. – Normalmente se encontra em roupas holandesas.

Se a teoria for verdade, Louise já tem mais um passo a caminho do inimigo.  Voltando para a delegacia, ela entra no escritório e senta no desk. Antes de digitar seu relatório, percebe que não está sozinha e alguém com mãos delicadas massageia seus ombros de forma calma e erótica.

-- Sempre aparecendo do nada, Odile.

-- E anda muito tensa, pequena delegada. – Puxando a amiga para um beijo. -- Vamos sair um pouco, Louise...Você precisa arejar essa mente e pensar em outras coisas. Tenho um exame pra fazer hoje e quero que você me acompanhe.

-- Eu adoraria, amorzinho. Mas estou numa investigação. Sua irmã não pode ir com você? E seus maridos?

-- Minha irmã teve de resolver algo na escola do filho dela, Florian bateu num outro garoto e Niki está na fábrica da Volkswagen e Franz teve um imprevisto numa das fábricas da Audi e cá estou eu sozinha. Lulu eu quero que você seja a primeira a saber o sexo do novo bebê.

Diante daquele pedido, ela aceitou e saiu junto com a amiga para o hospital central. Não demorou para Odile ser atendida pela obstetra e no exame de ultrassom, foi revelado o sexo do bebê.

-- Parabéns, fraulein Odile. É uma linda menina!

-- Viu, Lulu? – Odile pegava a mão de sua amiga. – É menina! Niki e Franz vão adorar a novidade.

A policial chorou de emoção com a revelação. Elas saíram para o shopping e fizeram compras e na parte da tarde foram buscar Calum e Noel, os filhos de Odile com pais diferentes. Calum é fruto do relacionamento de Odile com Best e Noel é filho de Franz. A noite quando apareceu na casa dos três, a francesa anunciou o terceiro filho e desta vez do austríaco Niki Lauda. Mais tarde ela voltou para sua casa e telefonou para o namorado e ele cruzou rapidamente por lá.

-- Ela está grávida do ratinho austríaco? – Best foi namorado de Odile por cinco anos e sabia que ela se casou com dois homens.

-- Sim. Ela confirma isso. – Disse Louise, abraçada.

Neste momento, o namorado presenteia a amada com o anel.

-- Best... – Admirando a bijuteria. – É lindo!

-- Só pra você, minha loirinha! – Beijando a amada e quando se preparavam para se amarem, eis que surge Alice, de camisola, na cozinha.

-- Me desculpem, pessoal! Só vim pegar água. – Em seguida se retirando.

-- É melhor voltar pra casa. – Olhando pro relógio. – Amanhã te vejo, loirinha!

-- Até amanhã, Beatle! – Roubando mais um beijo dele.

Uma noite calma para Louise... Aparentemente.

Rosie estava triste demais. O homem que ela tanto ama, John Lennon, um guitarrista, é um homem casado e nunca se decidia se abandonaria sua mulher pra ficar com ela ou não. O trabalho como legista e investigadora também lhe tirava energias.

-- Cretino, maldito! – Enquanto terminava de beber seu Martini. – Eu te odeio!

Entre um resmungo e outro, não percebeu que outro alguém estava olhando para ela. Um tipo alto, cabelos negros, olhos azuis e usando óculos. Ele sabia que a bela ruiva é amiga e amante ocasional de sua irmã, Marianne. E sabia que trabalha na policia de Munique. Decidido abordar aquela mulher, pediu ao garçom que servisse mais um copo de Martini para ela e presentear. O empregado acatou isso e entregou a bebida para Rosie.

-- Mas não pedi mais. – Retrucou a ruiva.

-- Senhorita, veio daquele senhor ali. – Apontando para o rapaz, que estava sentado numa mesa ao fundo. – Ele mesmo pagou.

Rosie aceita e principalmente trocou olhares com o tipo. Ele também retribuía e saindo de sua mesa, caminhou até a ruiva.

-- Posso me juntar a você? – Perguntou educadamente.

-- Claro.  – Aceitou Rosie. – E obrigada pela bebida. Foi muito gentil.

-- Você tem lindos olhos. – Elogiou Ed, se perdendo no olhar esverdeado da ruiva. – São como duas esmeraldas, simplesmente não consigo parar de olhar para eles.

-- Então pode olhar quando quiser, Sr...

-- Edmund Jones. Ao seu dispor. – Apertou a mão de Rosie.

-- Eu sou Rosie Donovan.

-- Eu sei quem você é. Marianne me fala muito de você. – Sorria.

-- Você é irmão da Mari?

-- Sim.
                            
Após a conversa, Rosie se prepara para ir embora, mas Edmund anota no guardanapo seu número e entrega para a legista.

-- Se quiser conversar comigo, me liga.

-- Obrigada. – Pegando o guardanapo e guardando na bolsa. – Até algum dia, Edmund.

-- Até algum dia, Rosie... – Edmund viu Rosie embarcar no táxi e saindo pela avenida. – Sei que vai me procurar, ruiva...

Chegando em casa, Rosie tira a roupa e quando entra no banheiro, encontrou sua amada, na banheira, cheia de rosas.

 -- Amor! – Sua amiga e colega, Nami Okawa, também é amante. – Vem aqui na banheira.  Vem minha ruiva.

-- Você é tão... --- Enquanto retirava a calcinha e o sutiã, Rosie se juntou a ela na banheira, sendo abraçada por Nami. – kawaii! Aishiteru, Nami!

-- Watashi wa, watashi no saiai no anata o aishiteimasu. (Eu te amo, minha adorada). –Disse Nami, beijando suavemente Rosie.
Ali mesmo elas fizeram amor romanticamente na banheira com rosas.

No bar Reeperbahn, Edmund observava todo movimento. Aquele bar é propriedade dele e de sua irmã, Marianne. Ela por sua vez estuda Jornalismo na faculdade na parte da tarde. De dia ajuda os pais, Thomas e Samantha, nas restaurações de peças do museu de Munique e a noite como extra, ganha a vida sendo garçonete no bar do irmão e por vezes, ganhava mais como stripper.  E naquela noite, seria a grande noite.

Marianne chegou a pleno horário de pico do bar. Correu para o quartinho, retirou sua roupa do dia e vestiu a roupa especial de stripper.

-- Marianne! – Entrando no quartinho, Edmund apressou a irmã. – Ande, todos estão esperando.

No palco, Edmund anuncia a nova atração.

-- Bem vindos ao Reeperbahn! Um lugar onde vocês esquecem suas inibições e vivam a liberdade de serem vocês mesmos. Fiquem agora com a nova atração. Lady Noturna!

Ao se retirar, as cortinas de abriram, revelando uma moça jovem usando sutiã e tanga vermelha com lantejoulas. Ela começou a dançar sensualmente para os clientes. Um deles, um tipo alto, loiro, olhos azuis por volta de seus trinta e cinco anos, não desviava o olhar para ela.

Watching her
Strolling in the night
So white
Wondering why
It's only After Dark

In her eyes
A distant fire light
burns bright
Wondering why
It's only After Dark

I find myself in her room
Feel the fever of my doom
Falling falling
Through the floor
I'm knocking on the Devil's door

In the Dawn
I wake up to find
her gone
And a note says
Only After Dark

Burning burning
in the flame
Now I know her
secret name
You can tear her temple down
But she'll be back
and rule again

In my heart
A deep and dark
and lonely part
Wants her and
waits for After Dark

Entre um movimento e outro, Marianne bebia um pouco de Martini, aumentando sua animação. Ela notou o homem loiro olhando para ela. Resolveu caminhar em cima das mesas até encontrar o rapaz. Bobby ficou paralisado diante dela. Marianne se sentou no colo dele e sussurrou.

-- Hoje eu vou te levar ao céu! – Em seguida, lambeu os lábios do homem, sentindo a ereção dele.

-- A partir de agora, você é minha pequena! – Tocando o queixo dela e beijando Marianne de forma envolvente.

A stripper pegou a chave do quarto conseguido com o irmão e subiu as escadas do bar levando seu amado. Foi à noite mais intensa e erótica de Bobby Moore e Marianne Jones.

Continua...





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