sábado, 19 de setembro de 2015

We Belong Together (Oneshot - What If Grindhouse Parte 9)

Olá pessoal!
Tenham uma ótima noite e fiquem agora com a leitura (demorou mas está aqui) da nova parte da saga Vampires. Boa leitura!

Parte 9

Amanheceu em Munique e a chuva da noite passada deu lugar a um lindo sol. Manuel não estava na cama. Todos os dias o marido de Felicity se acordava meia hora antes do amanhecer e voltava para o castelo e dormir no caixão. Ao se acordar, ela se levanta com um pouco de dificuldade e começa a se vestir. Lavou o rosto e em seguida arrumou a cama. Ao sair da fazenda ela segue caminho para a casa de Ana. Entrando na casa, ela tenta ajudar nos afazeres da casa, mas Alice a impede.

-- Não pode fazer esforço, Fefe. Cuide do seu filho que ainda vive dentro de você.
-- E hoje a velha Lyanna chamou o doutor Cruyff. – Comentou Terry Jones, deixando Fefe mais a vontade na sala.

-- Daqui a dez minutos ele estará aqui! – John Cleese trazia para a jovem grávida uma parte do café da manhã para ela.

Enquanto se alimentava, Felicity foi tomada por uma linda lembrança. Era de um lobisomem chamado Micky Dolenz, que vive na Ilha dos Lobisomens e hoje ele está casado e tem um filho chamado Christian.

-- Micky... – Ela sorria, por saber que também podia prever visões boas e a de Micky foi uma delas.

FLASHBACK ON

Fazia uma semana que ela e Manuel haviam se separado e ela não contara a ele sobre o filho que espera. E piorando a situação, Fefe teve a visão do namorado traindo-a com uma humana encontrada na estrada e finalizou a vida desta sugando o seu sangue. A partir disso, Fefe não conseguia ficar tranqüila. Aos poucos sentia os espíritos por perto, querendo lhe sussurrar alguma coisa profana ou até mesmo enxergar os monstros e outras criaturas. Não suportando mais, ela caminhou até a floresta naquele fim de tarde e sentou-se debaixo de uma árvore, tampando os ouvidos com as mãos e fechando os olhos, dizia baixinho.

-- Por favor, vão embora...—Ela pedia aos espíritos que a abandonassem. – Vão embora!

No mesmo instante, Micky caminhava por ali e enxergou a moça, sentada e com os olhos cerrados, chorando e pedindo algo. Se aproximou dela.

-- Senhorita... – Micky tocava as mãos delicadas da jovem e insistia em chama – lá. – Senhorita!

Felicity abriu os olhos e viu as mãos do rapaz e depois para ele. Assustou-se.

-- Não! – Ela tentou recuar dele. – Não se aproxime de mim!

A jovem estava bastante acuada e como alternativa, resolveu fazer o que sabe de melhor: comédia.

--Ei, eu vou pegar você, seu rato sujo! Eu vou pegar você! – Ele gesticulava de modo cômico e a voz soava de forma divertida.

Com aquele ato, Felicity observou o rapaz e tomada por um senso hilariante, acabou rindo daquela imitação. Riu tanto que não sentiu mais a presença dos espíritos e tampouco ouvia algo deles.

-- Isso foi... bom. – Dizia Felicity, sorrindo para o rapaz. – Muito obrigada e me desculpe pela... minha atitude.

-- Ora, tudo bem. – Ele retribuía o sorriso e não deixou de admirar a jovem. Bela, dotada de olhos castanhos meigos, pele branca e lábios vermelhos, prontos para o beijo.  – Eu precisava fazer você se alegrar de algum modo, senhorita...

-- Felicity. Meu nome... é Felicity McGold. – Se apresentava a moça, como sempre um pouco vagarosa nas palavras.

-- Sou George Michael Dolenz. – Ele apertava a mão dela. – Meus amigos me chamam de Micky.

-- Micky... – Ela repetia, mostrando sua simpatia por ele.

As horas se passaram e Micky e Felicity cada vez mais adoravam a companhia um do outro. E ele contava piadas, histórias engraçadas e imitações de algumas pessoas. Ela não parava de rir das anedotas contadas, chegando inclusive a doer a barriga de tantos risos.

Quando ela se preparava para voltar para casa, Micky a acompanhou e ainda questionou a jovem.

-- Desculpe minha curiosidade, mas por que está sozinha? – Ele a olhava um pouco preocupado. – Os vampiros podem pega-lá.

Felicity riu.

-- Duvido que algum deles queira sugar o sangue de uma garota amaldiçoada, carregando o dom da visão do futuro, ver, ouvir e falar com espíritos. – Dizia Felicity, depois mudando seu rosto, antes alegre, para uma fisionomia triste.

-- Você tem esses poderes? – Micky se surpreendia com a revelação de sua nova amiga.

Felicity contou tudo ao lobisomem, desde a previsão maligna que ela teve do conde Beckenbauer, resultando em sua transformação vampiresca e suas vitimas, entre elas estava o melhor amigo, Josep e Louise, a prima da profetisa. Até mesmo outro amigo do conde, Gerd, se tornou uma criatura noturna e apreciadora de sangue. Felicity também falou de Manuel Neuer, seu namorado, antes um fazendeiro humano, agora um vampiro rastreador a serviço do conde e o filho que espera dele e o fato que resultou em sua separação e não ter conseguido revelar a verdade a ele.

-- Bem, moça – Ele dizia. – Isso que me contou é surpreendente. Contudo seu namorado deveria estar contigo. Não acho que é um lugar adequado ficar aqui.

Ela pegou o braço dele e olhando em seus olhos, disse num sorriso.

-- Então, vamos passear!

E eles seguiram para a fronteira que separa as terras do conde vampiro da Ilha dos Lobisomens. Micky contou para Fefe sobre sua origem lupina, seus amigos que vivem na mansão e outros lobos vindos da Inglaterra. Todos comandados por Bobby Moore, o lobo alfa da alcatéia. Micky também disse sobre o sentimento de amor que os lobos sentem chamado imprinting. Felicity ouvia tudo atentamente e se fascinava com o conhecimento dele. Retornaram para a casa de Ana e na entrada, estavam Nora Smith, chorando desesperada e Paul Breitner, se aproximando dos dois e puxando-os para dentro de casa.

-- Onde você estava? – Nora se encontrava bastante preocupada e em pânico por saber que Fefe havia desaparecido.

-- Fui pra floresta, arejar a cabeça. – E depois olhando para Micky, pegou o braço dele e continuou a dizer. – Este rapaz foi um cavalheiro e me ajudou. Acabamos conversando e caminhando por aí, sem ver o tempo passar.

A principio todos se aliviaram com isso, mas Paul encarava Micky e depois sentiu um forte cheiro possivelmente vindo dele.

-- Sinto cheiro de lobo! – Comentou o caçador experiente.

Todos se entreolharam e pensavam de onde vinha o tal odor. Em seguida voltou a encarar o rapaz.

-- Meu jovem, tens algum cão que precisa ser banhado?

-- Pode ser... – Micky não sabia se ria ou ficava nervoso. Ele temia por caçadores.

-- Então o banhe! – Inquiriu o caçador, bravo. – Você fede!

Paul e seu amigo, padre Uli se retiraram da sala e Nora foi pegar um copo d água pra se acalmar. Na saída, Micky ainda perguntou.

-- Aquele caçador disse que eu tenho cheiro de cão fedido, será que ele me reconheceu?

-- Acho que não. – Respondeu Fefe, tranqüila. – Pode ser que sim, mas acho improvável.

-- Posso te visitar de novo?

-- Claro. – Ela disse, exibindo outra vez seu sorriso e depositando um beijo na bochecha dele. – Boa noite, Micky.

-- Boa noite, Felicity.

Ao chegar à mansão, Micky foi-se ao quarto e se deitou, pensando no encontro do dia seguinte com a bela profetisa.
Felicity também se deitou, passando a mão no ventre, imaginando como será filho e aumentando a saudade por Manuel. Contudo, a adorável presença de Micky e seu lado hilariante foram o bastante para a jovem esquecer-se do vampiro e sua traição... pelo menos por enquanto.

No dia seguinte, Micky saiu para caçar e retornou um pouco antes do meio dia e ficou observando a loba Emma Carlisle, por quem havia sentido um imprinting. Devido a timidez, temia que a loba loira não lhe desse atenção e por conta da concorrência. Outros lobos também a desejavam. Para esquecer aquela paixão, Micky seguiu sua vida normalmente até encontrar a bela profetisa. Ao fim da tarde, esperou a moça na floresta e ela apareceu.

-- Micky! – Ela o abraçou.

-- Oi. –Ele retribuiu o abraço e a levou para uma árvore cheio de flores, onde arrancou uma flor e deu para Felicity. – Pra você, profetisa.

-- Oh Micky...

Ao receber o presente tão singelo, os dois trocaram um delicioso beijo, causando uma excitação em ambos, algo maravilhoso para eles. Micky trocava carinho com a jovem, enquanto o beijo ficava mais quente. Foi o inicio de uma relação quase apaixonada.

Quando se fechou uma semana, Felicity se encontrou com o lobo engraçado na floresta e este a levou para a margem do rio cristalino que fica nas terras do conde.

-- Tem certeza que é uma boa idéia vir aqui? – Se existe uma criatura no qual Fefe temia, era  sem dúvida o conde.

-- Ninguém vai nos encontrar... – Ele a deitava na relva e ao mesmo tempo passava a mão nas pernas dela. – E se acontecer, eu a protejo, minha adorada Felicity.

Ela afagou o rosto dele e mais uma vez se beijaram tão intensamente.

Micky tirava somente a roupa de baixo da amada, ao mesmo tempo deixava aberto um pouco o espartilho do vestido, revelando os seios. Ele a beijava mais, lambendo os lábios rubros e desejosos da profetisa. Suas mãos apertavam suavemente os seios dela, provocando gemidos.

-- Micky... oooh... Micky... – Ela dizia de olhos fechados, sentindo todo o desejo.

O lobo abriu um pouco a camisa e depois se livrou da calça e a da roupa intima, em seguida se deitando por cima dela.

-- Eu posso parar se quiser... – Ele disse, tocando o rosto dela.
-- Quero sentir... – Sussurrou Fefe, em seguida lambendo a boca do lobo, causando mais desejo.

A penetração começou devagar, por conta do medo que Micky tinha em machucar a profetisa. Aos poucos a velocidade aumentava e Felicity o abraçou fortemente, se segurando no corpo forte do lupino. Ela gemia alto e ele evitava gritar por conta da concentração.

-- Micky... – Felicity falava com dificuldade.

No último instante, atingiram o orgasmo e o lobo pousou sua cabeça nos braços dela.

Ficaram assim por cerca de uma hora. Neste momento, Fefe começou a chorar.

-- Minha adorada... – Ele a abraçava. – Por que está chorando?

-- Nada...

Felicity mentiu para Micky o motivo de suas lágrimas. Durante o ato carnal ela teve uma visão sobre o lobo e descobriu que ele está apaixonado por uma loba loira muito linda por quem sentiu o imprinting, depois percebeu que a tal criatura lupina estava por ali perto, vendo os dois entregues e o rosto transparecendo decepção. E pra contribuir com a tristeza, veio o remorso. Sim, Felicity sentia falta de Manuel. Por mais que ele tenha errado, não merecia aquilo.

Quando Micky a acompanhou em casa, Felicity tocou os lábios do lobo com os dedos.

-- Por favor, não pense mal de mim, eu adorei, mas... É tão difícil.

-- Entendo. Então até amanhã?

-- Até amanhã!

Eles se despediram e Fefe se deitou na cama em seu quarto, pensando em como terminar a relação com o lobisomem Micky. Mais alguns dias se passaram e Felicity resolveu terminar com Micky.

- Fefe... – Micky tentou abraçá-la novamente.

- Não, Micky. O que estamos fazendo não está certo.

- Por quê? Aquele vampiro rastreador? Ele traiu você, Fefe! E essas suas visões? Eu prometo, ficarei do seu lado, vou cuidar de você!

- Não. Você deve ficar com ela. A loba loira. Não merece tudo isso por que estou passando. Não tem o dever de cuidar de mim. Vá com ela, Micky.

- Felicity!

- Ela ama você! E sei que você sente o mesmo por ela! É o que vocês lobos chamam de imprinting, não é?

- Um imprinting? Eu... Não sei, Felicity, realmente não sei. Penso muito em Emma... Mas ela é uma loba muito desejável, decerto Paul McCartney, Ringo Starr, o próprio Bobby Moore, já devem querê-la.

- Micky, não acabou de ouvir-me dizer que ela ama você? Eu sinto isso! Vá atrás dela! Ela não se entregará a outro lobo que não você!

E ela foi embora, deixando o lobo ali na floresta. Quando sofreu a possessão maligna, repousou na cama e reencontrou-se com seu amado vampiro fazendeiro.

FLASHBACK OFF

Mesmo com as lembranças, Felicity nunca esqueceu o lobo engraçado e doido. Tanto que no dia do casamento, Micky e Emma lhe deram muitos presentes a ela. Contudo, Felicity possui um anel de pedrinhas brilhantes, presente de Micky e para agradecer, ela o beijou ardentemente, escondido de Manuel e Emma. E quando Christian nasceu, ela deu um cobertor que ela mesma havia costurado. E agora ela estava ali, na casa de Ana, esperando pelo médico para cuidar dela.

Na cidade, Johan se arrumava e guardava seus instrumentos médicos na bolsa, ao mesmo tempo em que seu amigo, Neeskens o observava.

-- Você gosta mesmo de correr perigo. – Comentou o holandês, enquanto arrumava os remédios na prateleira. – O marido dela te odeia e mesmo assim vai cuidar da moça.

-- Ela precisa de ajuda. – Colocando o casaco. – Mesmo que meu coração sinta dor por vê-la com outro, não vou abandoná-la.

Saindo da clinica, encontrou seu amigo, o imigrante italiano Gianluigi Buffon, trabalhando em mais uma escultura.

-- Ainda trabalhando na “belladonna”? – Referindo-se a mulher que Gigi ama, sem ao menos conhecê-la.

-- Antes que o enlouqueça, vou expressar meu sentimento por ela nesta escultura... – Trabalhando no molde.

-- Entendo. Então, vou indo. Até mais, Gianluigi.

-- Até mais, doutor.   

Meia hora depois o doutor comparece na casa da cientista, sendo bem recebido por ela e pelos hóspedes, foi conduzido até o quarto de Felicity, que repousava tranquilamente na cama.

-- Doutor... – Sorrindo para o médico.

-- Como vai, fraü Neuer? – Quando a cumprimentou, sentiu seu coração doer por ciúme.

-- Um pouco bem... – Respondeu. – Preciso saber... do meu filho....

Cruyff ouviu os batimentos cardíacos de Felicity, a verificação do ventre, que alias, apresentava um tamanho considerável para uma gravidez de menos de nove meses.

-- Tem se estressado, fraü Neuer?

-- Não. Por quê?

-- Evite qualquer coisa que a aborreça. – Disse, enquanto tocava a barriga saliente da profetisa. – É a primeira vez que... vejo uma mulher cuja gestação é tão rápida.

Enquanto ele tocava, Johan nota um pequeno chute de dentro. O bebê manifestava bons sinais.

-- Ele quer vir ao mundo... logo. – Felicity se emocionava com isso.

Por impulso, a jovem acariciou ali no local do chute e encontrou a mão do médico, tão calejada da profissão. Um tipo de sensação tomou conta dela. Mistura de medo e excitação. Seus olhos encontraram os do doutor, tão azuis e límpidos. Cruyff não conseguia evitar suspirar pela mulher e continuou tocando a barriga e a mão dela. Felicity se levantou e o médico a beijou rapidamente e separou seus lábios dos dela. Mais uma vez trocaram um olhar significativo e outro beijo acontece entre eles, mais forte e quente, com Johan apalpando a cintura dela e Felicity gemendo.

Os caça-vampiros espiavam nas frestas da porta o que estava acontecendo e comentavam entre si.

-- Eu não acredito! – Dizia Terry Jones. – O doutor beijando a fraü Neuer.

-- Mas ela não é casada? – Indagava John Cleese.

Palin e Alice mandaram o pessoal sair e ao abrirem a porta, se assustam com a cena, fazendo Cruyff e Fefe pararem o beijo.

-- O que fazem... aqui? – Perguntou Felicity.

-- Avisar que herr Neuer vai dar por falta. – Avisou Palin, encarando o doutor e a profetisa.

Ao se retirarem, Felicity sai da cama e fala.

-- O que fizemos aqui... não é certo! – Ela estava em pânico. – Eu amo meu marido!

-- Certo minha Fraulein, mas ao menos sabes de meu amor por você. – Beijando a mão dela e afagando seu rosto – Nunca deixarei só, Felicity.

O médico permaneceu por mais horas ali com eles e a profetisa chorou no quarto, por conta da culpa.

Quando anoiteceu, ele partiu rumo à cidade, sem saber que era seguido...

Cruzou ali no albergue onde mora o escultor Gianluigi e entre uma conversa e outra, observou atentamente a estátua esculpida. Os detalhes lembravam alguém. Contudo, ao ver os lábios, imediatamente veio à imagem da bela Felicity e ali mesmo entendeu. A “belladonna” do italiano, era na verdade ela. Outra vez o ciúme corroeu seu coração e depois voltou para casa. Chegando ao quarto, ainda ouviu os ruídos amorosos de Neeskens e Annie. Retirou os sapatos e se sentou na escrivania. Pegou um copo e serviu-se de uma garrafa de vinho e lamentou-se.

-- É uma pena que não pode ser minha, Felicity, mas sabes que eternamente terá meu coração em suas mãos! – Sorvendo o último gole.

-- É uma pena mesmo! – Disse uma voz grave, assustando Johan.

Um trovão estrondoso deixou o médico mais aterrorizado e a imagem vista era de Manuel Neuer, o marido de Felicity.

-- Co-como entrou aqui?

-- Não interessa, charlatão! – Agarrando pelo pescoço. – Eu poderia torcer seu pescoço ou simplesmente estraçalhar você aqui mesmo... Mas minha fraü não merece sofrer com a morte brutal do doutor.

Ele deixou o doutor no chão e abaixou-se para mirar a jugular e tampou a boca dele com a mão, evitando gritos e em seguida o mordeu, sugando seu sangue com vontade e segundos depois, largou o corpo ali mesmo.

-- Nunca mais verá minha fraülein! – Disse Manuel, ao se transformar em morcego e voar pela janela.

Johan gemia de dor e não conseguia gritar ou se levantar. A fraqueza tomou conta de si e ao poucos sua visão ficava enegrecida. Antes de se dar por vencido, ele é carregado e deixado num quarto. Não conseguia distinguir quem era.
O homem cortou um pouco seu pulso e o deixou perto da boca do doutor.

-- Beba...

-- Não... – Disse, com a voz fraca e em seguida cedendo por conta da falta de força.

Ele adormeceu ali, depois de ingerir o sangue do nosferatu que o salvou.

A noite prometia ser uma das melhores para Marie. A garota foi convidada mais uma vez para jantar com o amado Conde de Turim, Andrea Pirlo. Apesar dos dias de namoro, os dois estavam cada vez mais unidos e apaixonados. Ela compareceu na casa dele, usando seu vestido branco.

-- La mia esistenza! – Beijando a moça com ardor e conduzindo-a para a sala de jantar.

Cada um deles apreciou o pequeno banquete preparado e o bom vinho italiano. Depois resolveram dançar e antes de tocar a música, Pirlo abre a caixinha vermelha, revelando um anel de brilhantes e um colar de pérolas.

-- Marie, La mia esistenza, quer casar comigo?

Ela chorou com aquele pedido e puxou o rosto dele, para mais um beijo ardente.

-- Mon Amour, como eu te amo, como eu te quero. Aceito!

Eles dançaram muitas vezes, com a mesma alegria que adquiriram quando se conheceram. Pirlo a carregou em seus braços, levando para seu quarto.

Marie não perdera tempo e foi retirar o casaco e desabotoar a camisa de Pirlo, mostrando um tórax perfeito, deixando-a sem ar. O conde italiano tirava o vestido da jovem e beijava o pescoço dela, provocando mais desejo em ambos. Em pouco tempo se livraram das roupas e se deitaram. Mais beijos, sussurros e caricias. A francesa deitou-se por cima dele, beijando seu tórax, fazendo Pirlo gemer um pouco.

-- Oh ... Marie ... Mi fai impazzire ...( Oh... Marie... você me deixa louco...) – Ele dizia quando as mãos dela tocaram em regiões sensíveis.

Depois inverteram as posições e Pirlo a penetrou com cuidado, fazendo Marie sentir um prazer inimaginável. Começou devagar e aos poucos ambos sentiam mais vontade e a velocidade aumentava. Marie abraçava Pirlo e gritava de prazer.

-- Ahh ... Pirlo ... Je vous aime ... oohh ... Je suis sa bien-aimée, sa femme! (Ahh... Pirlo... eu te amo... oohh... eu sou sua amada, sua mulher!)

Atingiram o orgasmo e Pirlo se esparramou por cima dela, ofegante e suado.

Trocaram mais um olhar apaixonado e um beijo leve, para assim serem entregues ao sono.

Ana lia um livro em pleno barulho de chuva. Quando cansou, ela foi trocar de roupa e se preparar para dormir. Neste momento, Paul Breitner caminhou até o quarto e viu a porta entreaberta, a visão da nudez de Ana. Ele entrou no quarto e fechou discretamente para a jovem não ouvir. Abraçou a noiva por trás, surpreendendo-a.

-- Paul! – Assustando-se. – Não deveria estar aqui.

-- Quem disse que não? – Disse ao apalpar a cintura dela e beijar o pescoço.

Ana se virou para o amado e o beijou ardentemente. Fecharam a porta e começaram a se despirem. Deitaram-se na cama de casal dela e iniciaram os carinhos ousados.
A cientista adorava muito tocar o corpo atlético do caçador e estar perto dele, sentindo o calor humano.

-- Paul... – Sussurrava Ana, sendo beijada e ao mesmo tempo tocada por ele na região íntima. – Ooohhh...

Ela retribuiu o prazer ao beijar o tórax dele, até tocar e sugar seu membro, provocando mais sensações luxuriosas no caçador.

-- Ooohh Ana... – Gemendo de olhos fechados.

Quando parou, Paul a beijou mais e ficou por cima dela, penetrando-a devagar, ainda trocando carinhos e beijos na jovem.

-- Eu te amo, meu caçador... aaahhh... ahhhh... – Ana gritava à medida que a velocidade as estocadas dele aumentavam.

-- Ana... aaahhh...

Gemeram juntos indicando que atingiram o orgasmo.

Quando pararam, a porta do quarto cedeu. Ali caíram os caça vampiros, Monty Python no chão e o padre Uli. Todos chocados.

-- O que faz aqui, padre? – Paul tentava se cobrir, junto com Ana.

-- Nada... – O padre não tinha palavras para dizer, simplesmente pensava que Paul era mais uma “alma que se perdeu do mundo da luz”.

Quanto aos caça vampiros, eles tentaram se levantar, contudo, Terry Jones perde um dos seus braços arrancados por Louise no passado.

-- Opa! Mestra, pode me ajudar aqui? – Pedia Jones, enquanto Cleese segurava o braço caído do amigo.

Ana se vestiu rápido, deixando o quarto e seguindo para a câmara de reconstrução de suas criações.

A noite prometia para Louise. Ela saiu sozinha para caçar enquanto que o marido resolvia algumas pendências com o conde. Quando adentrou uma parte da floresta, ouviu os passos de alguém se aproximando dela.

-- Gerd?

Não obteve resposta. Resolveu cancelar a caçada e retornar ao castelo. No entanto, seu caminho é barrado na presença de um ser, maior que ela, cabelos louros curtos e olhos azuis, lembrando os vikings que ela costumava ver nos livros. Ao olhar atentamente reconheceu o homem, ou melhor, o vampiro. Tratava-se de Bjorn Borg.

-- Como vai, Louise? Minha bonequinha. – Se aproximando da vampirinha adolescente.

Louise se afasta rapidamente de Bjorn, mas o vampiro é mais rápido e abraça a jovem, impedindo de fugir.

-- Me solta! – Ela tentava sair de perto dele, contudo, a força dele era maior, digna de um viking sueco.  – Meu marido acabará com você!

-- Seu marido? Há há há há! Não me faça rir, bonequinha!

Louise aplicou dois golpes no estômago e depois um soco no rosto, se desvencilhando do algoz e fugindo, com a mão machucada. Bjorn se recuperava e olhava para Louise correndo.

-- Ainda vai ser minha, bonequinha!

No castelo, ela corre para o quarto, fazendo logo um curativo. Neste momento, Gerd adentra o quarto e nota a esposa um tanto agitada.

-- O que houve, ursinha? – Tocando a mão dela, ainda dolorida.

Louise gritou e ficou deitada gemendo pela dor.

-- Ursinha! – Exclamou o marido, muito preocupado.

-- Ursinho, me prometa que depois disso, não irá fazer nada?

-- Tudo bem. Prometo.

-- Quase fui atacada por um vampiro. Um tipo golem, cuja força é capaz de matar um animal de grande porte. O nome dele é Bjorn Borg. É um sueco.

A vontade que o vampiro caçador sentiu era de trucidar o tal Bjorn pelo atentado a vida de Lulu. Contudo, segurou a vontade e continuou ouvindo o relato dela.

-- Onde... – Tentando esconder o ciúme. – Onde o conheceu?

-- Foi na taberna do Ronnie. Mas nunca quis nada com ele, eu juro. – Dizia Louise, desmaiando de dor. – Gerhard, ele é muito forte. Por favor, não...

-- Eu não tenho medo de ninguém!

-- Gerhard! Ele é um golem! – Berrava a vampira, temendo pela vida do marido. – Uma vez o vi matando um nosferatu num tipo de torneio organizado na taberna. Ele venceu um vampiro forte e maior do que ele. Ursinho, não cruze seu caminho com o dele. Promete?

Os olhos do vampiro faiscavam de raiva e pelo bem da amada, acatou a promessa... Pelo menos para ela. A esposa adormece e Gerd sai do castelo, procurando pelo vampiro golem.

-- Finalmente estou conhecendo você! – Gritou uma voz vindo perto da Ilha das Mandrágoras.

Depois o golem surgiu diante dele, com os olhos rubros desta vez.

-- Bjorn! – Gerd mal conseguia conter sua raiva.

-- Para tornar nosso duelo mais... Emocionante, que tal uma aposta? – Sugeriu o sueco. – Quem vencer... terá Louise!

-- Aceito!

-- Pois bem, pena que viverá pouco, herr Müller!  

Imediatamente os dois trocaram socos um contra o outro. Gerd se desviava e quando tentou golpear no coração do golem, este não sentiu nada. Era como acertar em um corpo feito de couraça. Bjorn sorria maleficamente e acertou dois socos no rosto dele. Enfurecido, Bjorn empurrou Gerd para longe da fronteira do castelo e depois ergueu o vampiro como se ele não pesasse nada e o jogou contra a porta de uma mansão. Mais propensamente na porta da mansão onde vive Micky Dolenz e seus amigos na Ilha dos Lobisomens.  Gerd percebe que está na casa dos lobos e sai em busca do algoz e quando encontra, tenta mais uma vez atacar. Algo impossível. Bjorn era praticamente uma parede intransponível.

Todos da mansão se assustaram com imenso barulho e temeram pelo pior. Até mesmo os integrantes da mansão de Bobby Moore pararam seus afazeres para ver o que estava acontecendo. Rosie e Mary Anne saíram da mansão e viram a luta, juntamente com seus vizinhos.

Os adultos se encaminharam até o umbral. Ao ver o que acontecia lá fora, Davy exclamou:

- Bjorn Borg!

- Quem? – os outros perguntaram em coro.

- Um vampiro, mais exatamente um golem, que tem certas... Intenções em relação à Louise, pelo que ela me contou. E é detentor de uma força incomensurável. Vejam, lá estão ele e Gerd se engalfinhando!

Ficaram assistindo à luta. Bjorn parecia estar levando a melhor, contudo, Gerd era tudo menos fraco. Além disso, era orgulhoso. Não desistiria enquanto não derrubasse o golem.

- É esse o melhor golpe que pode me aplicar, Müller? – escarneceu Borg, quando Gerd acertou-lhe um belo golpe no estômago, que não tinha feito nem cócegas no vampiro bruto. – Tome isto! – e socou o queixo de Gerd, que tombou para trás.

Rosie e Renée mal deram três passos na intenção de salvar Gerd da morte, quando o vampiro ergueu o braço e com a mão aberta, deteve as duas.

-- NÃO SE METAM! – Vociferou Gerd. – ESTA LUTA É MINHA!

 O marido de Louise ergueu-se, e lançou um olhar de puro ódio a Bjorn.

- Seu viking maldito! Ninguém mexe com a minha ursinha e sai impune! NINGUÉM!

Seus olhos estavam rubros e os caninos bem a mostra. Ali mesmo a loba e a alquimista se afastaram.

-- Não podemos ajudar? – Questionou Paul McCartney, preocupado.

-- Ele mesmo vai lutar. – Disse Rosie, mesmo temerosa, confiava na vitória de Gerd.

Renée também retornou a mansão e pediu expressamente que ninguém interferisse, dizendo que o vampiro caçador vai vencer.

Na batalha, Gerd lançou-se sobre o golem sueco, com um urro. O impacto jogou Borg no chão. Gerd socou o lado esquerdo do rosto dele, e em seguida o direito. Meteu um grande murro no nariz de Bjorn, quebrando-o e fazendo jorrar sangue.


- O que aconteceu? – Peter quis saber. – Antes ele estava perdendo feio!

- Eu creio que... Ele atingiu o ápice da força! Bem na hora. – disse Davy.

 Gerd acertou um novo murro no vampiro sueco, que ficou desacordado.

- Agora você vai ver uma coisa, viking!

 Carregou Bjorn até perto do precipício onde ficavam as plantas carnívoras, fez mira e lançou-o lá embaixo. Bjorn Borg aterrissou na boca de Caríbdis, e este foi seu fim. Os habitantes da mansão viram, pasmos, Gerd desmaiar.

- Acho que o esforço foi demais. – disse Emma.

- Atingir o ápice acarreta um gasto de energia muito grande de um vampiro. – disse Dianna.

- Rapazes, vocês deveriam levá-lo de volta ao Castelo Beckenbauer... – disse Erin.

- Sim, nós vamos. – disse Mike. – Micky, Peter, venham.

- Ei! E eu? – Davy protestou. – É claro que eu vou junto! Sou pequeno, mas sou forte!

- A questão não é sua força, Davy, mas sim o fato de que é proscrito nas terras do conde.  – Mike explicou.

- Eu posso ir no seu lugar, Davy. Se preciso uso algum feitiço para transportar Gerd... – ofereceu-se Renée.

- Nem pensar! – o vampiro disse. – Eu vou sim! É ridículo que o conde ainda mantenha essa proibição! Não fiz nada de mais! Está bem, além de ser amigo de vocês beijei Louise, mas eu não tinha a menor intenção disso...

- Está bem, você vem conosco. – disse Micky.

- Vamos te ajudar se o conde quiser fazer algo contra você. – Peter falou.

- Obrigado. Chega de conversa, vamos!

 Os quatro homens transportaram Gerd de volta para o castelo, Mike e Micky carregando-o pelos braços, e Peter e Davy, pelas pernas.  Ao finalmente chegarem, Davy soltou a perna de Gerd que segurava e bateu à porta. Sepp abriu-a.

- Davy! O que faz aqui? – perguntou o vampiro ágil como um gato.

- Sei que sou proibido de pisar nestas terras, Sepp, mas vim apenas para trazer o marido de Louise de volta para ela. Deixe que meus amigos e eu entremos.

- Está bem, entrem. – Sepp fez um aceno para que Davy e seus companheiros carregassem o vampiro desmaiado para dentro. Em seguida, foi buscar Louise, que dormia e o conde.

- Davy! – Louise gritou ao vê-lo, preocupada.

- Vim trazer Gerd para você, Lulu. – o pequeno vampiro explicou. – Ele teve uma luta contra Bjorn Borg, que terminou muito mal para este último. Foi comido por Caríbdis.

- Eu disse para ele ficar longe do golem e não me ouviu. E pelo jeito a luta esgotou as energias do meu ursinho. – disse Louise, se ajoelhando ao lado do sofá onde o marido havia sido colocado.

- Ora, ora, Davy Jones, bem-vindo de volta às minhas terras. – disse Franz, fazendo Davy estacar onde estava, um frio percorrendo sua espinha.  Os amigos de Davy se preparam para a possível necessidade de defendê-lo.

- Mil perdões, conde. Sei que sou proibido de vir aqui. Contudo, era minha obrigação, como amigo de Louise, trazer o marido dela de volta ao castelo.

- Nada tema, Jones. Decidi perdoá-lo por seu erro. Não é mais proscrito em minhas terras. Pode vir visitar Louise sempre que quiser.

Davy não conseguia acreditar.

- Não sou mais proscrito?

- Não. Não guardo mais nenhum rancor de você. Não tenho mais desejo de me vingar. Sua esposa e suas filhas estão seguras.

- O-obrigado, conde.

- Me perguntava quando essa infantilidade ia acabar! – Louise manifestou-se. –  Fico muito feliz que Davy possa vir me visitar aqui no castelo! E o agradeço muito por trazer Gerd de volta! Não só a você, Davy, mas a todos os seus amigos. Obrigada, Peter, Micky... E Mike.

Louise e Mike trocaram um olhar rápido, mas intenso. A relação que tiveram no passado estava marcada em suas mentes, por mais que Louise amasse Gerd e Mike amasse Alana.

Quando os rapazes foram embora, Sepp e Franz levaram Gerd para o quarto de Louise e o deixaram na cama. A esposa cuidou do vampiro e de seus ferimentos. A vampira adolescente começou a chorar e deitou-se no peito dele.

-- Não morra, meu amor, meu ursinho...

Na outra noite, Gerd ainda estava desmaiado e Louise mais preocupada. Neste momento, Johan havia despertado e conversou com o conde sobre o que foi feito dele. O conde, muito compreensível, o salvou, alegando que é necessário um médico que entenda da anatomia vampiresca. Como forma de agradecimento, Johan permaneceu no castelo e sua primeira missão era cuidar de Gerd. Ali mesmo pôs a prova suas habilidades recém adquiridas, como o dom da cura e a visão de toda anatomia.

-- Ele recebeu muita pancada no tórax, prejudicando o pulmão e há uma fratura na costela direita. – Disse Cruyff, analisando os ferimentos do vampiro. – Acho que consigo curar.

As mãos de Johan ganharam uma coloração esverdeada mágica e ele começou a tocar as regiões onde recebeu os golpes. Louise se retirava do quarto e foi para a sala, beber um pouco de vinho. Olhando para a janela, lembrou-se de algumas coisas. Seu caso amoroso com o lobo Mike Nesmith e... Alice Stone.

FLASHBACK ON

Se passaram quinze dias desde que Davy foi inserido como membro do castelo. Apesar das animosidades por parte do conde e posteriormente de Gerd, Louise não se importava com isso e protegia seu amigo. Depois que soube que Davy ama uma humana chamada Dianna Mackenzie, Louise resolveu investigar sobre Alice.

Desde que ela foi transformada em vampira e entregue como noiva para Gerd, Louise desconfiava que a moça tinha alguém antes dele e ainda vira ela e Davy conversando sobre o passado. Resolveu ler a mente dela e descobriu sobre o namorado antigo dela, um rapaz chamado Mike Nesmith. O namoro deles havia acabado por conta da revelação lupina e depois ela noivou com um lenhador inglês que havia chegado em Munique. Para confirmar isso, questionou.

-- Davy, você conhece um tal de Mike... Nesmith?

-- Sim. Ele é meu amigo e vive na Ilha dos Lobisomens.

-- Entendi... – Falou Louise, enquanto arrancava uma flor. – Alice e Mike não ficaram juntos por que ele é... um lobo?

-- Creio que sim. Lulu, eu li a mente dela e...

-- Eu sei. Ela está arrependida por isso. – Caminhou até uma árvore. – A única coisa que não entendo, é que se está arrependida, porque ainda está com Gerd?

Por raiva, Louise socou forte o tronco da árvore que era bastante resistente, mas não o bastante para seu golpe.
Davy percebeu o tom de ciúme e frustração da amiga e não falou mais nada. Dias depois Lulu caminhou até a Ilha dos Lobisomens e encontrou o lobo, sozinho e possivelmente caçando. Ali mesmo a vampira ficou encantada por ele. Alto, forte e destemido. Adorava os homens, vampiros e lobos que fossem assim.

Resolveu atrair o lobo com seu canto.

-- Mike Nesmith!

Mike olhou para a trás e viu uma moça baixa, de incríveis olhos azuis como jóias preciosas, um vestido branco e de renda e rosto pálido. Ela sorria.

-- Enfim estou conhecendo você.

Mike imediatamente reconheceu de quem se tratava. A melhor amiga de Davy Jones que o salvou e ainda objeto de desejo do marido de Alice. Nez tentou recuar.

-- Eu sei quem você é. Vai embora!

Louise riu um pouco e aplicou a fascinação nele, paralisando o lobisomem. Mike tentou se mexer e evitou não olhar para ela.

-- Olha pra mim, lobo. – Disse Louise, numa voz suave e provocante e também desabotoando a camisa dele.

Mike abriu os olhos devagar e se deixou levar pela sedução e pelo torpor. Louise tocava o lobo de forma provocante e o deitou na grama. Ela ficou por cima dele e o beijou forte.

-- Você cheira como um lobo... – Ela lambia o lóbulo da orelha e voltava a tocar todo o corpo dele, desta vez, apalpando a região entre as pernas dele, causando um gemido.

-- Não... – Ele gemeu, com os olhos cerrados. – Eu... não...

Não conseguiu dizer mais nada com mais beijos. Mike se entregou aqueles carinhos ardorosos da vampira e compreendeu o motivo para Gerd desejar tanto Louise. E isso se repetiu por dias. Davy percebia que Louise sempre saía um pouco cedo, mas não perguntou mais pois sabia que as únicas atividades noturnas dela eram seu banho no rio e as caçadas que faz sozinha. O conde nunca implicava, desde que a esposa não cause problemas. Gerd não dizia nada. No fundo, a curiosidade era maior. Alice era a mais desconfiada.

Decidida, ela seguiu os passos da esposa do conde e viu que ela se encontrava com alguém na fronteira da Ilha dos Lobisomens. Viu de quem se tratava.

-- Mike... – Lamentou Alice, vendo os dois se beijarem tão intenso.

Ela retornou ao castelo, bastante enciumada.

-- Eu vou acabar com essa palhaçada! – Comentou para si mesma e já tendo um plano para atingir a loira.

Gerd voltava cansado de uma caçada e foi abordado pela esposa.

-- Alice...

-- Me beija logo! – Exigia a esposa, tendo seus lábios tomados pelo vampiro.

Louise chegou ao hall de entrada e pegou os dois naquela posição e indignou-se. Ela subiu as escadas, com o sangue fervendo de raiva e arranhando o corrimão de madeira da escada. Naquela noite ela mal conseguiu dormir e nem dera atenção ao conde.

-- Quem ela pensa que é? – Dizendo para si mesma, baixinho e deitada na cama ao lado do conde. – Vou provar pra ela quem manda aqui!

Louise aplicou o mesmo ritual. Esperou que todos saíssem do castelo e em vez de seguir para o rio, se encontrou novamente com o lobo. Desta vez, Mike não estava sob o efeito da fascinação. Ao que parece aceitou aqueles encontros e principalmente admitia que Louise é mesmo uma vampira muito desejável e ardente.

-- Lobo! – Ela o abraçava. – Senti sua falta.

-- Minha vampira loura... – Mike beijava forte Louise, como se não deixasse a adolescente escapar de suas mãos.

Mais beijos e carinhos. Desta vez Mike não estava no clima e quando terminaram, ele disse.

-- Louise... – Mike abotoava a camisa e suspirava, enquanto a amante arrumava o vestido amarrotado. – Precisamos parar. Eu adoro você. Mas amo...

-- Eu sei. – Respondeu Louise, compreensiva. – Alice. Bem, não posso negar que tivemos bons momentos. Eu adoro você.

-- Eu também adorei e ainda adoro você. – Admitiu o lobo.

Ao se despedirem, Louise volta para o castelo, a pé e refletindo sobre suas atitudes. Alice ficou na sala e avistou Louise entrando no castelo. Pelo semblante dela, não era dos melhores. E mesmo assim ela aborda a adolescente, prensando-a na parede.
-- Me solta, Alice! – A vampira menor embora forte, não conseguia às vezes competir com a força de Alice. – O que está fazendo? Está me machucando!

-- Isso? – Alice demonstrou sarcasmo para a vampira loura. – Você é que me machuca todos os dias!

-- Se está falando daquele lobo, nós acabamos. Ele é louco por você e o respeito por isso. Agora me solta!

Alice não deu o braço a torcer e continuou segurando Lulu pelos pulsos.

-- Não! Menina insolente e malcriada!Tudo o que eu tenho você tenta me tirar, Nez, James e até meu senhor. – Ela mal conseguia falar por conta da vontade de chorar. -- você já se perguntou como eu me sinto?

-- Alice... Não chora... eu... – As mãos da vampira maior desprenderam a loura e esta tentou consolá-la de um jeito.

A vampira jovem afagava o rosto delicado de Alice e encarou os olhinhos dela. Azuis enormes e brilhantes. Louise sorria e num impulso encostou seus lábios nos dela e depois se afastando.

-- Me desculpe...

-- Me beija, por favor... – Implorava a vampira morena.

Louise não negou e continuaram a se beijar, mais intenso e cheio de prazer. Se beijaram por vários minutos e a medida que aumentava, o prazer delas também.  Alice pegou Lulu pela mão e as duas subiram as escadas e seguiram para a ala leste do castelo, uma área bastante solitária.

-- O que está fazendo? – Indagou Lulu, sem saber. – Onde estamos?

-- Gerd me contou que ninguém vive por esse lado do castelo, aqui foi onde... Franz matou os pais... por isso ninguém vem pra cá. – Abrindo a porta do quarto que pertencia certamente ao próprio conde. – Podemos nos amar aqui.

Louise deitou na cama e Alice veio por cima da menina, beijando e acariciando a jovem em todos os sentidos. Enquanto os beijos rolavam, a mão da vampira maior ergueu o vestido da outra, indo parar na região íntima, já úmida pela excitação. Alice passou a tocá-la devagar e aos poucos aumentando. Louise se contorcia pela masturbação e gemia alto, implorando mais para Alice.

-- Ahhh... Alice... Ahhh....

Mais alguns minutos depois Louise conseguiu atingir o clímax. Alice a beijou mais uma vez.
-- É assim que Gerd se sente quando te beija? – Louise ria um pouco nervosamente.

-- E por acaso os homens ficam loucos quando você os beija assim? – Agora era Alice que estava curiosa.

Elas se arrumaram e saíram o quanto antes da torre leste. Voltaram para a sala, como se nada tivesse acontecido. Quando os rapazes voltaram da caçada, Alice abraçou Gerd e se beijaram calmamente e foram pro quarto. Louise ainda pode ver o olhar da vampira morena para ela. A loira também caminhou para seu quarto, trocando de roupa e esperando seu amado conde chegar. Quando Franz se sentou na beira da cama, Louise se sentou no colo dele.

-- O que está fazendo?

-- Quero você, meu conde... – Beijando loucamente o marido.

A noite foi mesmo quente...

FLASHBACK OFF

-- Eu daria um xelim por um dos seus pensamentos. – Disse Odile, enquanto ganhava espaço na sala.

-- Na verdade, estou preocupada com meu marido. O doutor está cuidando dele.

-- Eu sei...

Um silêncio tomou conta delas e Louise se lembrou de mais uma coisa que lhe chamou atenção.

-- Sabe, se eu ainda estivesse apaixonada pelo conde, diria que tenho inveja de você.

-- Mas por quê? – Odile não havia entendido.

-- Quando eu era noiva dele, o conde dizia seu nome até dormindo. – Respondia Lulu, sorrindo. – Antes mesmo de você aparecer aqui, já povoava nos sonhos dele.

Depois da conversa, Odile caminhou para fora do castelo, admirando o luar. Sentiu um par de mãos frias tocarem seus braços. Era o conde.

-- É uma linda noite, não acha? – Ele também olhava para a lua, junto com a jovem.

-- É sim.

Odile se aconchegou nos braços dele e trocaram mais beijos e carinhos sob a luz do luar. Tomada pela paixão, Odile suspira.

-- Eu te amo... – E adormeceu.

Franz a carregou para o quarto e permaneceu ao seu lado.

-- Eu também te amo, minha condessa.

Ele não caçou naquele dia.


Dias antes...

Na fazenda Neuer, Felicity e Manuel receberam a visita de Bob e Fanny Dylan e o filho deles, William. Antes disso, a garota havia visitado seus amigos, Davy Jones, Mike Nesmith, Micky Dolenz e Peter Tork na Ilha dos Lobisomens. Entre uma conversa e outra, Fefe sentiu as primeiras contrações, mas nada ainda do seu filho anunciar sua chegada e Fanny segurava para não dizer algo trágico para a amiga.

Felicity resolveu levar a família Dylan para a casa de Ana. Manuel ficou perto da esposa e seguiram conversando até chegarem no sobrado. Fanny e Bob se surpreenderam mais ainda com seus moradores. Haviam ali um criado, um bando de caça vampiros, um caçador, um padre e uma pequena família de feiticeiros. Nora cumprimentou Fanny e sabia bem da amizade dela com Fefe. A profetisa ficou um pouco na varanda pensando, até ouvir uma conversa entre Fanny e Nora.

--... Fanny, por acaso Fefe sabe disso? – Indagava Nora, um tanto preocupada.

-- Eu não tive coragem. Ela teve contrações e se eu contar a noticia, é capaz dela se aborrecer e o parto do bebê dar errado.

-- Mas isso não será problema. – Disse a jovem bruxa. – Temos o doutor Johan Cruyff. Se bem que faz três dias que não o vemos...

-- E como contarei para ela sobre isso? – Fanny não suportava ter de esconder e eis que surge Fefe.

-- Contar o que, Fanny?

As duas meninas trocaram um olhar e Fanny segurou as mãos dela.

-- Felicity... o que vou contar é algo trágico. O seu pai...

-- O que houve com ele?

-- Ele está morto!

A jovem recebeu a noticia como um golpe no peito. O ar havia faltado e aos poucos sentia suas pernas enfraquecerem.
-- Felicity! – Nora e Fanny tentaram socorrer.

-- Não, papai... – Chorou Felicity e em seguida gritou. – NÃO!

Todos correram para a varanda e Manuel tentou ajudar a esposa, até que ela começou a sentir as contrações mais fortes.

-- Fraulein...

-- Manuel! Me ajude – Implorou a garota, com os olhos banhados em lágrimas e em pânico. – Meu bebê! Ele quer nascer!

Era chegada a hora do nascimento. Manuel carregou a esposa para o quarto de Ana, ainda sob os gritos e urros de Felicity por conta da dor imensa.

-- AHHHHH! MEU BEBÊ! --- Berrava a profetisa, deitada na cama, com as pernas arqueadas e abertas. – Nora, me ajude!

Nora pediu aos Pythons que tragam logo o doutor e Manuel ouvindo isso, sentiu medo. Se todos soubessem o que ele fez ao holandês, certamente Fefe não o perdoaria. Ana tentou fazer o parto enquanto o doutor não aparecia. Lyanna, Fanny e Alice permaneceram ao lado da jovem mãe e Manuel ficava ao lado de Ana no parto.

-- Vamos, fraulein! – Dizia o vampiro, amaciando os joelhos da amada. – Mais força, nosso filho vem aí!

Fefe usou mais um pouco de força para empurrar o bebê e emitiu um grito que todo vilarejo ouviu, até mesmo os moradores da Ilha dos Lobisomens escuta o urro humano da grávida. Ana estava com o vestido ensangüentado e carregando um bebê que chorava.

-- Felicity! – Chamou a cientista, emocionada. – Parabéns! É um menino!

Ana entregou o pequeno para Manuel, bastante emocionado e mostrou para esposa, banhada em suor e fraca.

-- Fraulein, nosso pequeno! Veja! Você estava certa!

-- Meu menino... – Ela mal conseguia falar. – Joseph. O nome dele é Joseph.

Manuel aceitou o nome e beijou a esposa.

-- Bem vindo ao mundo, Joseph Neuer. – Disse o fazendeiro, chorando pela emoção.


Tempo Atual...
Gerd se recuperava aos poucos e Louise estava feliz em dobro. Primeiro pela recuperação do marido e segundo pelo nascimento do filho de Felicity. Praticamente visitava todos os dias o “sobrinho”, jogando mimos e carinho no bebezinho. Algo marcante fisicamente em Joseph eram seus olhos. O menino possui um olho de cada cor, um azul igual do pai e um castanho claro, igual da mãe. Mas o cabelo dourado era certamente do pai.  Manuel se dedicava mais em suas caçadas para sustentar a esposa e o filho, ao mesmo tempo em que desejava outro filho. Na verdade ele pensava em ter uma menina.

Quando Louise trouxe o bebê para o castelo, o conde meio que se sentiu um pouco recuado. Na realidade ele achava que o bebê seria como a mãe, prevendo o futuro catastrófico, como ela uma vez previu.

-- Ele é só um bebê, conde. – Repreendeu Louise, mostrando o sobrinho. – Vamos, segure.

Franz pegou o bebê e notou os olhos bicolores. Tirando isso, era exatamente um clone de Manuel. Aos poucos o vampiro aceitava o anjinho, e inclusive da visita da profetisa. Era incrível que depois de vários meses, ele ainda não a perdoava por tudo que aconteceu. E naquele momento, ele a perdoou.

Marie e Pirlo viajaram para Turim no objetivo de apresentar a francesa para a família e depois realizar o casamento. Mesmo feliz com a possibilidade, Marie tinha seus receios. Primeiramente ela temia que a família dele não o aceitasse por vários motivos e conseqüentemente, resultar na separação ou até mesmo em conflitos familiares.

Ao descerem da carruagem, o casal foi bem recebido por todos da família, embora a mãe tenha ficado chocada com a presença da francesa. Achava um pouco jovem para ser noiva do conde. No jantar em família, todos conversavam alegremente. Vendo ninguém reparava neles, Pirlo aproveitou para descer a mão discretamente para baixo da mesa e ergueu um pouco o vestido da amada.

-- Mon Amour... – Ela quase gemeu.

-- Hoje serás minha, La mia esistenza. – Sussurrou no ouvido dela.

Os dois se amaram demais no quarto e no meio da madrugada, Marie saiu do quarto e caminhou pelo vasto castelo. Conheceu os quadros de cada membro da família, até ser surpreendida pela mãe dele.

-- Todos somos da nobreza italiana. – Disse Theresa, a mãe de Pirlo. – Meu tataravô foi um conde, meu avô e meu pai também. E hoje meu filho ostenta esse título.  Embora ainda não acho que você seria uma esposa adequada para meu filho.

-- Diz isso porque não vim de uma família da nobreza ou por não ter ninguém da minha família?
A condessa calou-se e continuou ouvindo o que a moça dizia.

-- Meu pai era um importante político francês, durante toda a minha vida fui criada sobre o âmbito da política. Só porque eu sou mulher não acha que sou capaz de auxiliar meu marido? Senhora, minha família foi morta e minha irmã seqüestrada. – Marie começou a chorar ao se lembrar da fatídica noite onde seus pais foram mortos pelos vampiros.

-- Você... Não tem ninguém?

-- Só a mim mesma. – Tentando parar de chorar.

Ali mesmo a condessa se arrependeu por pré julgar a jovem nora. Sabia dos casos de desaparecimento de pessoas e ainda sendo encontradas mortas ou mutiladas. Alguns diziam que foram os lobisomens, outros afirmavam que eram os nosferatus. Compreendeu o sofrimento de Marie. Afinal, ela também perdeu seu marido por vampiros. Abraçou a menina e a consolou.

-- Você não estará mais sozinha. Tens uma nova famiglia, pequena.

Alguns dias depois o castelo Pirlo recebeu muitas pessoas para o casamento. Toda a nata nobre de Turim, Nápoles, Palermo, Roma e cidades adjacentes compareceram para o enlace matrimonial. O padre iniciou as orações para unir o casal.

-- Lodate il Signore! Siamo riuniti qui per partecipare a questa coppia, Andrea e Marie. Nonostante circunstânicias, unito l'amore voi e sappiamo ciò che Dio ha congiunto, l'uomo non può essere separato. (Glória ao Senhor! Estamos aqui reunidos para unir esse casal, Andrea e Marie. Apesar das circunstânicias, o amor juntou vocês e sabemos o que Deus uniu, o homem não pode separar).

Os noivos trocaram sorrisos, cientes que desta vez será para sempre o amor deles.

-- Andrea Pirlo, accetta Marie Gwenevive Villeneuve Greyhound come vostro legittima sposa? Promettendo di amarla e rispettare nella gioia e nel dolore, nella salute e nella malattia, in ricchezza e in povertà, finché morte non vi separi? (Andrea Pirlo, aceita Marie Gwenevive Villeneuve Greyhound como sua legítima esposa? Prometendo amá-la e respeitá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?) – Dirigiu-se o padre para o conde.

-- Accetto (Aceito) – Respondeu o noivo.

-- Marie Gwenevive Villeneuve Greyhound accetta Andrea Pirlo, come il tuo legittimo sposo, promettendo di amarlo e rispetto della vita, nella gioia e nel dolore, nella salute e nella malattia, in ricchezza e in povertà, finché morte non ci separi? (Marie Gwenevive Villeneuve Greyhound, aceita Andrea Pirlo, como seu legítimo esposo, prometendo ama-lo e respeita-lo por toda vida, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?)
-- Accetto! – Marie outra vez sorria para Pirlo e apertou a mão dele.

Quando os noivos colocaram as alianças um no dedo do outro, trocaram declarações de amor.

-- Nunca imaginei que encontraria alguém que me fizesse feliz tão quanto você me faz. Agradeço todos os dias por você ter entrado em minha vida!

-- Eu julgava não conseguir amar outra pessoa depois de tantas perdas. E você me mostrou o amor em sua essência, Pirlo. Você é minha razão de viver! Eu te amo.

-- A questo punto mi dichiaro loro marito e moglie. Per signum crucis, de inimicis nostris libera nos Deus noster.  In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti. Amen! (Neste momento eu os declaro marido e mulher. Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, de nossos inimigos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!)

Ao fazerem o sinal da cruz, o padre permitiu que os noivos se beijassem e todos ovacionaram o novo casal, conde e condessa de Turim. Todos os cumprimentaram. Pirlo reencontrou seu amigo e companheiro das fileiras de combate, Gianluigi Buffon. Meio afastados dos convidados, os dois trocaram pequenas confidências.

-- Sapete se mia moglie e mio figlio va bene? (Sabe se minha esposa e filho estão bem?) – Indagou Gianluigi, bebendo um pouco de vinho.

-- Sì. Vivono a Palermo. Alena risposò. (Sim. Estão morando em Palermo. Alena se casou novamente.)

Gigi se calou, pensando novamente na ex-esposa e o filho deixado para trás. Sentiu vontade de reencontrá-los em Palermo, contudo, devido a ausência, poderia ser irreconhecível para o filho.

-- Non ancora trovato il "belladonna"? (Ainda não encontrou a “belladonna”?) – Pirlo sabia da obsessão do amigo pela mulher denominada de “belladonna”.

-- Sento che lei è più vicino a me ... Si farà entrare nella mia vita, in qualsiasi momento e sarà un momento triste. Una zingara ha detto che soffrirà e ho potuto solo contento che sia. (Sinto que ela está mais próxima de mim... Que ela vai entrar na minha vida a qualquer momento e será um momento triste. Uma cigana falou que ela irá sofrer e só eu poderia alegrá-la). – Respondeu o amigo.

-- Quindi speriamo ... ma non è il momento di preoccuparsi di queste cose, è il mio matrimonio, dobbiamo festeggiare. (Então temos esperanças... Mas não é hora de se preocupar com estas coisas,é o meu casamento, precisamos festejar.)

Neste momento, Marie apareceu diante deles.

-- Pirlo. – Beijando o marido. – Vamos dançar?

-- Claro, La mia esistenza. – Pegando a mão dela. – Ah, Marie, este é...

-- Eu sei quem é ele. Gianluigi Buffon. Já o vi no albergue em Munique. – Marie conhecia Gigi através das esculturas que ele criava e deixava exposto, principalmente de uma moça que ele dizia ser a da “Belladonna”.

-- Estou muito feliz por você, Marie. Faça meu amigo conde um homem feliz!

-- Farei sim!

Minutos depois o casal resolveu dançar pela primeira vez e todos adoraram vê-los, tão juntos e felizes. Theresa reconhece que a nora mesmo jovem, deixou seu filho com uma felicidade imensurável e torce para que tudo para eles dessem certo. Ao fim da dança, Pirlo agarrou Marie e a beijou longamente, deixando todos espantados e aplaudindo. Ao fim da festa, os dois subiram para o quarto, onde consumou sua noite de núpcias, seu ato carnal.

Duas semanas depois do ocorrido ataque de Bjorn Borg, Louise passou a treinar com mais freqüência e procurava aprimorar suas técnicas de combate. Gerd se recuperou, não totalmente das pancadas, contudo, ainda tinha condições de lutar se for preciso. Naquele dia, notou que a esposa estava feliz. Achou que era de sua melhora, mas o motivo era outro...

Vendo o marido caminhando em sua direção, Louise abraçou-o e o beijou.

-- Ursinho! – Ela dizia, animada. – Estou tão feliz.

-- E eu mais ainda por você, minha amada ursinha. – Beijando a esposa e tentando tirar o vestido dela.

-- Ursinho, sabe que dia é hoje?

-- Err.... quinta-feira? – Gerd não fazia idéia do que seria. – É nosso aniversário de casamento?

-- Não! – Ela respondeu. – Você pode ler minha mente.

-- Melhor não, ursinha. Dá última vez que li... fiquei abismado.

-- O que eu estava pensando no dia que leu?

Gerd não tinha coragem de falar. Certo dia, ainda casado com Alice, resolveu ler a mente de Louise e descobriu que era correspondido em sua paixão. Ela o desejava ardentemente e muitas vezes ela fantasiava o vampiro de diversas formas, todas de forma erótica e excitante. Para ele,  isso o deixou quase em ereção.

-- Apenas digo que eram... Safadezas. Muitas!

Louise não nega que realmente imaginava coisas eróticas sobre Gerd. Até mesmo na época quando era humana, pensava nisso. Entretanto, se sentia incomodada pelo marido não querer ler mais seus pensamentos por conta disso.

-- Nem sempre penso naquilo, ursinho. Eu penso em outras coisas, por isso quero que leia minha mente.

-- Uma vez quando beijava Alice... eu li sua mente e você se lembrou daquele dia.... o nosso beijo. E de uma forma estranha, eu vi seu rosto no da Alice e continuei o beijo, mais forte e parei depois de ter me dado conta.

Apesar de tudo, Louise tinha uma pontinha de ciúmes quando Gerd mencionava Alice, mas procurou ignorar. Além do mais, Louise mantém até hoje relações com a vampira alta de forma proibida. Gerd percebeu o rosto de Louise mudar ao falar de Alice.

-- Quer saber? Vamos deixar isso pra lá! – Disse a vampirinha loura, voltando suas práticas de luta.

-- Ursinha eu sinto muito se eu disse algo de errado.

-- Está tudo bem! – Disse a esposa, ríspida.

Gerd sabia que devia deixar a esposa um pouco sozinha, para assim ela refletir melhor. Enquanto seguia nos golpes, Louise viu um pequeno grupo se aproximar das terras. Melhorou sua visão além do alcance e reconheceu os amigos de Davy Jones e a esposa dele. Correu até eles.

-- Dianna. – Cumprimentou a vampira amiga. – Micky, Peter e Mike. O que fazem aqui?

-- Louise, eu preciso de sua ajuda! Levaram meu marido! Eles... – Mostrou a carta ameaçadora, deixando a amiga de Davy horrorizada.

-- EU MATO ESSES VAMPIROS! – Disse ao amassar a carta e jogando fora. – Eu vou com você, Dianna! Esses safados acham que vão obter algo de mim? Eles subestimam meu poder.

Os amigos de Davy ficaram um tanto surpreendidos com a determinação de Louise. Mike mais ainda. Por um tempo pensou que se Alana não entrasse em sua vida e a vampira loira continuasse sozinha, talvez tivesse dado uma chance a ela e poderiam viver juntos, apaixonados. Contudo, o lobo sabia bem que Lulu ama Gerd incondicionalmente e é correspondida. A presença de Alana também mexeu em sua vida e Mike conseguiu voltar a amar.

Ignorando se o marido iria se opuser, Louise seguiu com Dianna e os rapazes para a Ilha das Mandrágoras, onde os raptores de Davy, os vampiros Oliver Khan e Nadine Angerer aguardavam. Entrando na Ilha, Louise viu Davy, com a roupa rasgada, amordaçado e amarrado de cabeça pra baixo.

-- Mhmhmhmhmhm – Davy grunhia algo.

-- Davy! Meu doce vampiro! – Ela correu até o marido, mas se deteve quando ouviu o ruído de um chicote.

-- Ora, ora! O que temos aqui? – Surgia uma mulher robusta, mais alta que Dianna e Louise, usando um vestido cinza e segurando um chicote prateado. – Pelo visto a esposa de Davy não perdeu tempo.

Em seguida um morcego maior pousou perto do prisioneiro e ganhou forma de homem, um tipo maior que Nadine, usando roupas pretas ostentava um olhar perigoso para as duas vampiras, sobretudo para Louise.

-- Finalmente estou conhecendo você, Louise McGold! – Se aproximou Oliver, da vampira adolescente. – És muito belíssima! Entendo o motivo de o Hunt ser obcecado por você.

Louise não entendeu aquela conversa. Quem é Hunt?  Será algum vampiro, como Bjorn? Ou algum novo inimigo?

-- Libertem Davy Jones! – Ordenou Louise. – Vocês querem a mim? Então, estou aqui!

Nadine e Oliver trocaram um olhar indicativo e soltaram Davy, que foi socorrido por Dianna e os amigos.

-- Agora saiam todos! – Mandou Oliver. – O assunto é com a frau Müller!

Todos entraram em pânico interno. O casal de vampiros também. Mesmo Louise arriscando a própria vida, eles não irão deixar que algo ruim aconteça com a vampira. Agora só restava saber os próximos passos dos vilões...

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