segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Stop! In Name of Love (What if - Grindhouse - 2º Capítulo)

Olá pessoal!
Uma boa noite e agora fiquem com nova leitura. Demorou mas saiu o capítulo 2 da fanfic troca-destroca com os OTP McGüller e D&D. Boa leitura e em breve terá a playlist deles!



Stop! In Name of Love__ Maya Amamiya


Capítulo 2: The Happening

Louise POV

Meu celular tocou o despertador e justamente a música das Supremes, The Happening. Não era pra menos. Hoje era o jantar especial de comemoração do fim da temporada de Ligações Perigosas, no qual eu e Davy Jones, meu namorado, fomos convidados pelo Barry Thompson, o diretor. Como de costume, acordei cedo, tomei banho e preparei o café enquanto Davy ainda dormia.

Neste momento recebi uma ligação de minha prima, Felicity.

-- Acorda, “Cecile”! – Fefe se referia a minha personagem da minissérie, uma menina ingênua e doce.

-- Pare de me chamar assim. O que seu motoqueiro tarado vai pensar?

-- Mil vezes eu vou dizer: ACABOU! BARRY SHEENE E EU NÃO ESTAMOS JUNTOS! – Ela gritou no telefone. Ainda bem que não estava no viva voz.

-- Ok, ok! – Quando pedi para ela se calar, Davy surgiu na cozinha, com cabelo desarrumado e de cueca azul. – Muito obrigada, Fefe. Acordou o Davy.

-- É a Felicity? – Perguntou Davy, baixinho.

Confirmei com a cabeça e voltei a conversar com ela.

-- Está preparada para a festa hoje à noite?

-- Sempre estou e o Davy também. – Respondi. – E você vai junto?

-- Óbvio que sim. As garotas também. Ah, sua alma gêmea de Gales sente sua falta.  – Disse Fefe. – E sua amiga poetisa também. Ela vai levar o namorado.

-- Ah, Dianna... – Lamentei. Sentia muita falta de Dianna Mackenzie. Inclusive comprei o livro dela. Faz algum tempo que não a via. A última vez que soube de algo dela era que estava namorando um jogador de futebol.  – Quero muito reencontrar minhas amigas, sobretudo a Di.

-- Então prepara sua melhor roupa, hoje a festa vai ser boa!

Desliguei o telefone e voltei minha atenção para Davy.

-- Fefe outra vez se metendo em encrencas? – Ele beijava meu pescoço, sinal claro que quer “brincar” um pouco mais.

-- Ela terminou com Sheene e já deve estar partindo pra outra, eu acho. – Respondi e beijei Davy bem apaixonado.  – E o que vai fazer, McCutie?

-- Vou me reunir com os rapazes no estúdio de música.

-- Ainda não finalizou o disco da banda? – Perguntei, já que Davy faz parte de uma banda chamada The Monkees. Além de ator, ele também canta, toca e compõe.

-- Falta pouco, McLovely. E depois disso, que tal umas merecidas férias... em Atenas?

-- Oh Davy!

Davy Jones é meu amigo de infância. A vida toda convivemos juntos. Estudamos juntos, fizemos o mesmo curso de teatro juntos e atuamos juntos. Desta convivência, surgiu nosso namoro. Não nego que via Davy sendo desejado pelas meninas e no fundo queria meu amigo só para mim. É um pensamento egoísta, mas era o que eu pensava. Apesar da nossa relação de amizade virar amor, sentia que faltava algo. E quando tentava descobrir, eis que Davy procurava me agradar de um jeito que me fazia mudar de idéia.

Davy e eu saímos um pouco do apartamento e seguimos para o centro. Ele foi para o estúdio e eu fiz compras. Sim, sou consumista. De repente, cruzei numa loja de esportes e vi um aglomerado de pessoas ali dentro.  Só por curiosidade entrei com quem desejava comprar algo e vi quem estava lá. Um tipo alto, cabelo preto, visual quase anos 70 e selvagem... Meu deus! Ele é um urso em pessoa.

-- Deseja algo, senhorita? – Perguntou o vendedor. – Quer um autógrafo do Müller?

-- Não... só estou de passagem! – Me retirei dali o quanto antes.

Fui para uma loja de roupas me recuperar. Nunca fiquei assim por um cara. Nem pelo Davy. Ok, exclua o Davy porque você conhece a bastante tempo. Nenhum homem me impressionou desta maneira. Por breves momentos ele me deixou sem chão e sem ar. Tudo bem, melhor parar por aqui e esquecer-se do que vi...

Esquecer? Eu devo estar brincando. Fiz as compras, saí para outros lugares e nada do selvagem sair da cabeça? Na verdade... Ele era mais do que selvagem. Ele me representou ser o Visconde de Valmont, de Ligações Perigosas. Ou talvez uma versão diferente, sei lá. É bom parar de falar no estranho.

Corri para o apartamento e mandei uma mensagem para Alice Stone, minha amada alma gêmea.

É possível ter uma crush por um cara que não é seu namorado?
Alice rapidamente me respondeu.

É normal, é inofensivo. De quem estamos falando?


Meu coração quase saltou pela boca ao lembrar-se do estranho. Só sabia do sobrenome dele.


Acho que era Müller e era um jogador de futebol. Acabei de vê-lo na loja de esportes dando autógrafo.


A minha surpresa era que Alice conhece o fulano.


Gerd Müller. Meu ex-namorado. Boa escolha, pequena. Mas cuidado! Ele tem outra!

Quando já me preparava em dar uma resposta, eis que meu namorado aparece, carregando uns pacotes.

-- Olá, minha McLovely! – Ele me beijou daquele jeito fofo.

-- McCutie... – Puxei Davy pra cama. – Como foi no estúdio?

-- Foi muito bom. Gravei umas músicas que escrevi com Micky. Alias, ele ainda baba por sua prima.

Acabei rindo disso, imaginando como seria Micky Dolenz abordando Felicity. Se bem que na situação dela, tudo é válido. Depois da traição do Pete Townshend, o fora bem dado no Steven Gerrard, o pedido de casamento recusado de Gianluigi Buffon e o desastre com Barry Sheene, acho que Micky contribuiria pra mais situações.

Por fim Davy e eu fizemos amor daquele jeito pegado e quando terminamos, eram sete da noite.

-- McCutie, temos a festa de hoje...

-- Droga, eu não queria ir, mas...

-- É importante!

Tomamos banho juntos e nos arrumamos. Em tudo quanto é festa, procurava me embelezar, tudo para agradar meu McCutie. Tinha vezes que a imprensa nos chamava de “Robert Pattinson e Kristen Stewart 2”, por sermos atores e namorados. Saímos do apartamento e seguimos rumo à festa. Entrando lá, fomos atacados por vários paparazzis. Mesmo sendo bem recebida pelos nossos amigos e conhecidos do mundo do cinema, televisão e teatro, sentia que algo poderá mudar ali... Mas o que seria?

Não deu muito que pensar. De repente tocou aquela música da Kate Bush, Wuthering Heights. Ouvi muito na época que Davy e eu interpretamos Heathcliff e Cathy.

-- Essa música me lembra quando trabalhamos naquele filme para TV de O Morro dos Ventos Uivantes, McCutie. – Comentei com Davy e depositando um beijo carinhoso.

--Também me lembra, McLovely. – Davy concordou e sorria pra mim. – Você é a mais linda de todas as Cathys.

-- Sempre lisonjeiro. – Agradeci meu namorado pelo elogio.

-- McLovely, eu vou conversar com os rapazes e já volto.

Assim que Davy se foi, fiquei caminhando pelos lados, cumprimentando todos com a música Take Chance On Me, do Abba. Falando nisso me lembrei do aniversário de Odile Greyhound, minha melhor amiga, agente e cineasta. Ela adora o grupo e fiquei de entregar o disco autografado pela Agnetha e ingressos grátis pro show deles em Munique.

Avistei minha amiga conversando com as outras pessoas e quando fui dar três passos, trombei com uma pessoa. Na verdade um rapaz alto e pisa no meu pé.

-- Ai, droga! – Gritei alto, mas acho que ninguém me ouviu, exceto ele. – Olha por onde anda!

-- Mil perdões. – Disse o sujeito, com sotaque... alemão e depois se virou para mim. A primeira coisa que pensei ao ver o tipo, realmente era a cara do Visconde de Valmont e depois ele falou algo para mim. – Loirinha, é você mesmo?

Espera aí! É a primeira vez que vejo a criatura, me surpreendo o quanto se parece com Valmont e agora me chama de “loirinha” como se já tivesse me conhecido?

-- Desculpa, mas eu tenho nome, sabia? – Falei, bem raivosa.

-- Louise! – Surgiu minha amiga Odile, me socorrendo e me abraçando. -- Estava com saudades da minha pessoa favorita nessa galáxia.

-- Que saudades, amiga! – Abracei demais Odile e a dor no pé aumentou. --  Ai meu pé!

 -- Puxa, será que conseguimos gelo?

Ela pediu para um garçom trazer gelo e eu me sentei numa cadeira, retirando meu sapato Prada bege. Que lástima! Minutos depois Odile colocou o saco de gelo no pé inchado.

-- Amiga você não sabe o que aconteceu! Estou namorando! – Ela avisou, bem animada.

-- Depois de todos esses anos? E quem é o cara? Estou curiosa...

Depois dois rapazes apareceram, um era maior e tem olhos azuis como a pedra de cobalto e outro... ah não, de novo o “Valmont” desastrado!

-- Louise, este é Franz Beckenbauer! – Ela me apresentou o namorado. -- A gente se conheceu por acaso em Berlim.

--Meus parabéns, amiga! – Apertei a mão dele e depois sussurrei no ouvido de Odile. --Ele é lindo... tem olhos de cobalto.

-- É um prazer em conhecer, Louise. Alias, eu e Odile assistimos Ligações Perigosas. Você é perfeita. – Ele olhou para meu pé sem o sapato. – Aconteceu algo?

-- Algum brutamontes pisou no meu pé e está doendo... – Reclamei em forma de indireta.

-- Loirinha! Eu já pedi desculpas! – Dizia o amigo do Franz, quase irritado.

-- Meu nome não é loirinha! – Berrei alto a ponto de doer meu pé e me fazer voltar a sentar na cadeira.

-- Acho que você já conheceu o Gerd. – Comentou Odile.

-- Como é?

Odile me explicou que ele é jogador de futebol do time Bayern de Munique e joga com Franz. Então tudo estava esclarecido. Antes que pudesse dizer algo, Davy apareceu e atrás do tal Gerd está... Dianna?!

-- Dianna Mackenzie, é você? – Perguntei.

-- Oh meu deus, Louise McGold! – Ela abraçou intenso. – Meu deus, você está linda, maravilhosa e... O que houve com seu pé?

-- Aquele cara ali... – Apontei para Gerd. – Pisou forte no meu pé!

-- Mein kleine, foi sem querer e... espere! Você conhece essa hobbit? – Ele questionou.

-- Lulu, esse cara pisou no seu pé? – Agora era Davy a perguntar.

Notei que Dianna me olhava com alguma decepção e uma mancha no vestido.

-- Seu vestido. Está manchado!

-- Foi um acidente! – Ela havia lançado um olhar furioso contra Davy e depois se virou para o namorado. – Peça desculpas para Louise.

-- Já pedi e essa louquinha ainda está com raiva de mim!

-- Está tudo bem, “Valmont”... quer dizer Gerd! – Tentei me recompor, sorrir e depois apresentei meu namorado. – Dianna, quero que conheça Davy Jones, meu namorado.

Dianna ficou bastante feliz.

-- Muito prazer Sr. Jones. E este é meu noivo, Gerd Müller!

Maravilha! O Valmont desastrado que parece um urso é... NOIVO da Dianna? 

Após as apresentações, Odile retornou para onde nós estávamos.

-- Me desculpe, amiga. Franz e eu conversamos com Barry sobre um filme.

-- Que filme?

-- Lembra daquele filme que estou começando a fazer? Então, achei seu parceiro de cena e Gerd já tinha topado. – Ela justificou. --  Então vocês vão atuar juntos

Eu levei trinta segundos para entender a informação e explodi.

-- ATUAR COM ESSE URSÃO? – Apontei para Gerd e Dianna e se assustaram. -- Odile, eu tenho o Davy e ele também é ator. Por que não pode ser meu namorado?

-- Porque ele e o Franz estão financiando e no roteiro, já coloquei vocês juntos. Ele vai tentar te conquistar, você vai recusar tudo e no final acaba cedendo.

Davy pediu licença para mim e voltou para onde seus três amigos estavam. Imagino a decepção e ciúme do meu McCutie.

-- Eu posso ao menos falar com Davy sobre isso? – Perguntei, precisava ser honesta com ele.

-- Claro, ele vai fazer ponta no filme também.

-- Eu vou avisar que não gostei de ter que atuar com ele – Sussurrei no ouvido de Odile. – Ele é um canastrão na certa.

-- Amiga, ele não é canastrão e eu sei que você tem a mágica de transformar atores canastrões em vencedores do Globo de Ouro e do Oscar de Melhor Ator. – Odile se mostrava otimista. -- Vai dar tudo certo!

Com tudo isso, falei para o Davy sobre o filme da Odile, os protagonistas e ele fazendo ponta. Davy não gostou mas disse que tudo ia ficar bem. Permanecemos juntos assistindo o show das Supremes, cantando The Happening. Mas a verdade... Era que “Valmont” me atraiu de um jeito sem explicação...


Continua...

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