Uma boa noite e agora fiquem com nova leitura. Demorou mas saiu o capítulo 2 da fanfic troca-destroca com os OTP McGüller e D&D. Boa leitura e em breve terá a playlist deles!
Stop! In Name of Love__ Maya Amamiya
Capítulo 2: The Happening
Louise POV
Meu celular tocou o
despertador e justamente a música das Supremes, The Happening. Não era pra menos. Hoje era o jantar especial de
comemoração do fim da temporada de Ligações
Perigosas, no qual eu e Davy Jones, meu namorado, fomos convidados pelo
Barry Thompson, o diretor. Como de costume, acordei cedo, tomei banho e
preparei o café enquanto Davy ainda dormia.
Neste momento recebi uma
ligação de minha prima, Felicity.
-- Acorda, “Cecile”! –
Fefe se referia a minha personagem da minissérie, uma menina ingênua e doce.
-- Pare de me chamar
assim. O que seu motoqueiro tarado vai pensar?
-- Mil vezes eu vou dizer:
ACABOU! BARRY SHEENE E EU NÃO ESTAMOS JUNTOS! – Ela gritou no telefone. Ainda
bem que não estava no viva voz.
-- Ok, ok! – Quando pedi
para ela se calar, Davy surgiu na cozinha, com cabelo desarrumado e de cueca
azul. – Muito obrigada, Fefe. Acordou o Davy.
-- É a Felicity? –
Perguntou Davy, baixinho.
Confirmei com a cabeça e
voltei a conversar com ela.
-- Está preparada para a
festa hoje à noite?
-- Sempre estou e o Davy
também. – Respondi. – E você vai junto?
-- Óbvio que sim. As
garotas também. Ah, sua alma gêmea de Gales sente sua falta. – Disse Fefe. – E sua amiga poetisa também.
Ela vai levar o namorado.
-- Ah, Dianna... –
Lamentei. Sentia muita falta de Dianna Mackenzie. Inclusive comprei o livro
dela. Faz algum tempo que não a via. A última vez que soube de algo dela era
que estava namorando um jogador de futebol.
– Quero muito reencontrar minhas amigas, sobretudo a Di.
-- Então prepara sua
melhor roupa, hoje a festa vai ser boa!
Desliguei o telefone e
voltei minha atenção para Davy.
-- Fefe outra vez se
metendo em encrencas? – Ele beijava meu pescoço, sinal claro que quer “brincar”
um pouco mais.
-- Ela terminou com Sheene
e já deve estar partindo pra outra, eu acho. – Respondi e beijei Davy bem
apaixonado. – E o que vai fazer,
McCutie?
-- Vou me reunir com os
rapazes no estúdio de música.
-- Ainda não finalizou o
disco da banda? – Perguntei, já que Davy faz parte de uma banda chamada The
Monkees. Além de ator, ele também canta, toca e compõe.
-- Falta pouco, McLovely.
E depois disso, que tal umas merecidas férias... em Atenas?
-- Oh Davy!
Davy Jones é meu amigo de
infância. A vida toda convivemos juntos. Estudamos juntos, fizemos o mesmo
curso de teatro juntos e atuamos juntos. Desta convivência, surgiu nosso
namoro. Não nego que via Davy sendo desejado pelas meninas e no fundo queria
meu amigo só para mim. É um pensamento egoísta, mas era o que eu pensava.
Apesar da nossa relação de amizade virar amor, sentia que faltava algo. E
quando tentava descobrir, eis que Davy procurava me agradar de um jeito que me
fazia mudar de idéia.
Davy e eu saímos um pouco
do apartamento e seguimos para o centro. Ele foi para o estúdio e eu fiz
compras. Sim, sou consumista. De repente, cruzei numa loja de esportes e vi um
aglomerado de pessoas ali dentro. Só por
curiosidade entrei com quem desejava comprar algo e vi quem estava lá. Um tipo
alto, cabelo preto, visual quase anos 70 e selvagem... Meu deus! Ele é um urso
em pessoa.
-- Deseja algo, senhorita?
– Perguntou o vendedor. – Quer um autógrafo do Müller?
-- Não... só estou de
passagem! – Me retirei dali o quanto antes.
Fui para uma loja de
roupas me recuperar. Nunca fiquei assim por um cara. Nem pelo Davy. Ok, exclua
o Davy porque você conhece a bastante tempo. Nenhum homem me impressionou desta
maneira. Por breves momentos ele me deixou sem chão e sem ar. Tudo bem, melhor
parar por aqui e esquecer-se do que vi...
Esquecer? Eu devo estar
brincando. Fiz as compras, saí para outros lugares e nada do selvagem sair da
cabeça? Na verdade... Ele era mais do que selvagem. Ele me representou ser o
Visconde de Valmont, de Ligações
Perigosas. Ou talvez uma versão diferente, sei lá. É bom parar de falar no
estranho.
Corri para o apartamento e
mandei uma mensagem para Alice Stone, minha amada alma gêmea.
É possível ter uma crush por um cara
que não é seu namorado?
Alice rapidamente me
respondeu.
É normal, é inofensivo. De quem
estamos falando?
Meu coração quase saltou
pela boca ao lembrar-se do estranho. Só sabia do sobrenome dele.
Acho que era Müller e era um jogador
de futebol. Acabei de vê-lo na loja de esportes dando autógrafo.
A minha surpresa era que
Alice conhece o fulano.
Gerd Müller. Meu ex-namorado. Boa
escolha, pequena. Mas cuidado! Ele tem outra!
Quando já me preparava em
dar uma resposta, eis que meu namorado aparece, carregando uns pacotes.
-- Olá, minha McLovely! –
Ele me beijou daquele jeito fofo.
-- McCutie... – Puxei Davy
pra cama. – Como foi no estúdio?
-- Foi muito bom. Gravei
umas músicas que escrevi com Micky. Alias, ele ainda baba por sua prima.
Acabei rindo disso,
imaginando como seria Micky Dolenz abordando Felicity. Se bem que na situação
dela, tudo é válido. Depois da traição do Pete Townshend, o fora bem dado no
Steven Gerrard, o pedido de casamento recusado de Gianluigi Buffon e o desastre
com Barry Sheene, acho que Micky contribuiria pra mais situações.
Por fim Davy e eu fizemos
amor daquele jeito pegado e quando terminamos, eram sete da noite.
-- McCutie, temos a festa
de hoje...
-- Droga, eu não queria ir,
mas...
-- É importante!
Tomamos banho juntos e nos
arrumamos. Em tudo quanto é festa, procurava me embelezar, tudo para agradar
meu McCutie. Tinha vezes que a imprensa nos chamava de “Robert Pattinson e
Kristen Stewart 2” ,
por sermos atores e namorados. Saímos do apartamento e seguimos rumo à festa.
Entrando lá, fomos atacados por vários paparazzis. Mesmo sendo bem recebida
pelos nossos amigos e conhecidos do mundo do cinema, televisão e teatro, sentia
que algo poderá mudar ali... Mas o que seria?
Não deu muito que pensar.
De repente tocou aquela música da Kate Bush, Wuthering Heights. Ouvi muito na época que Davy e eu interpretamos
Heathcliff e Cathy.
-- Essa música me lembra
quando trabalhamos naquele filme para TV de O Morro dos Ventos Uivantes,
McCutie. – Comentei com Davy e depositando um beijo carinhoso.
--Também me lembra,
McLovely. – Davy concordou e sorria pra mim. – Você é a mais linda de todas as
Cathys.
-- Sempre lisonjeiro. –
Agradeci meu namorado pelo elogio.
-- McLovely, eu vou
conversar com os rapazes e já volto.
Assim que Davy se foi,
fiquei caminhando pelos lados, cumprimentando todos com a música Take Chance On Me, do Abba. Falando
nisso me lembrei do aniversário de Odile Greyhound, minha melhor amiga, agente
e cineasta. Ela adora o grupo e fiquei de entregar o disco autografado pela
Agnetha e ingressos grátis pro show deles em Munique.
Avistei minha amiga
conversando com as outras pessoas e quando fui dar três passos, trombei com uma
pessoa. Na verdade um rapaz alto e pisa no meu pé.
-- Ai, droga! – Gritei
alto, mas acho que ninguém me ouviu, exceto ele. – Olha por onde anda!
-- Mil perdões. – Disse o
sujeito, com sotaque... alemão e depois se virou para mim. A primeira coisa que
pensei ao ver o tipo, realmente era a cara do Visconde de Valmont e depois ele
falou algo para mim. – Loirinha, é você mesmo?
Espera aí! É a primeira
vez que vejo a criatura, me surpreendo o quanto se parece com Valmont e agora
me chama de “loirinha” como se já tivesse me conhecido?
-- Desculpa, mas eu tenho
nome, sabia? – Falei, bem raivosa.
-- Louise! – Surgiu minha
amiga Odile, me socorrendo e me abraçando. -- Estava com saudades da minha
pessoa favorita nessa galáxia.
-- Que saudades, amiga! –
Abracei demais Odile e a dor no pé aumentou. -- Ai meu pé!
-- Puxa, será que conseguimos gelo?
Ela pediu para um garçom
trazer gelo e eu me sentei numa cadeira, retirando meu sapato Prada bege. Que
lástima! Minutos depois Odile colocou o saco de gelo no pé inchado.
-- Amiga você não sabe o
que aconteceu! Estou namorando! – Ela avisou, bem animada.
-- Depois de todos esses
anos? E quem é o cara? Estou curiosa...
Depois dois rapazes
apareceram, um era maior e tem olhos azuis como a pedra de cobalto e outro...
ah não, de novo o “Valmont” desastrado!
-- Louise, este é Franz
Beckenbauer! – Ela me apresentou o namorado. -- A gente se conheceu por acaso
em Berlim.
--Meus parabéns, amiga! –
Apertei a mão dele e depois sussurrei no ouvido de Odile. --Ele é lindo... tem
olhos de cobalto.
-- É um prazer em
conhecer, Louise. Alias, eu e Odile assistimos Ligações Perigosas. Você é perfeita. – Ele olhou para meu pé sem o
sapato. – Aconteceu algo?
-- Algum brutamontes pisou
no meu pé e está doendo... – Reclamei em forma de indireta.
-- Loirinha! Eu já pedi
desculpas! – Dizia o amigo do Franz, quase irritado.
-- Meu nome não é loirinha!
– Berrei alto a ponto de doer meu pé e me fazer voltar a sentar na cadeira.
-- Acho que você já
conheceu o Gerd. – Comentou Odile.
-- Como é?
Odile me explicou que ele é
jogador de futebol do time Bayern de Munique e joga com Franz. Então tudo
estava esclarecido. Antes que pudesse dizer algo, Davy apareceu e atrás do tal
Gerd está... Dianna?!
-- Dianna Mackenzie, é você?
– Perguntei.
-- Oh meu deus, Louise
McGold! – Ela abraçou intenso. – Meu deus, você está linda, maravilhosa e... O
que houve com seu pé?
-- Aquele cara ali... –
Apontei para Gerd. – Pisou forte no meu pé!
-- Mein kleine, foi sem
querer e... espere! Você conhece essa hobbit? – Ele questionou.
-- Lulu, esse cara pisou
no seu pé? – Agora era Davy a perguntar.
Notei que Dianna me olhava
com alguma decepção e uma mancha no vestido.
-- Seu vestido. Está
manchado!
-- Foi um acidente! – Ela havia
lançado um olhar furioso contra Davy e depois se virou para o namorado. – Peça desculpas
para Louise.
-- Já pedi e essa
louquinha ainda está com raiva de mim!
-- Está tudo bem, “Valmont”...
quer dizer Gerd! – Tentei me recompor, sorrir e depois apresentei meu namorado.
– Dianna, quero que conheça Davy Jones, meu namorado.
Dianna ficou bastante
feliz.
-- Muito prazer Sr. Jones.
E este é meu noivo, Gerd Müller!
Maravilha! O Valmont
desastrado que parece um urso é... NOIVO da Dianna?
Após as apresentações,
Odile retornou para onde nós estávamos.
-- Me desculpe, amiga.
Franz e eu conversamos com Barry sobre um filme.
-- Que filme?
-- Lembra daquele filme
que estou começando a fazer? Então, achei seu parceiro de cena e Gerd já tinha
topado. – Ela justificou. -- Então vocês
vão atuar juntos
Eu levei trinta segundos
para entender a informação e explodi.
-- ATUAR COM ESSE URSÃO? –
Apontei para Gerd e Dianna e se assustaram. -- Odile, eu tenho o Davy e ele
também é ator. Por que não pode ser meu namorado?
-- Porque ele e o Franz
estão financiando e no roteiro, já coloquei vocês juntos. Ele vai tentar te
conquistar, você vai recusar tudo e no final acaba cedendo.
Davy pediu licença para
mim e voltou para onde seus três amigos estavam. Imagino a decepção e ciúme do
meu McCutie.
-- Eu posso ao menos falar
com Davy sobre isso? – Perguntei, precisava ser honesta com ele.
-- Claro, ele vai fazer
ponta no filme também.
-- Eu vou avisar que não
gostei de ter que atuar com ele – Sussurrei no ouvido de Odile. – Ele é um
canastrão na certa.
-- Amiga, ele não é
canastrão e eu sei que você tem a mágica de transformar atores canastrões em
vencedores do Globo de Ouro e do Oscar de Melhor Ator. – Odile se mostrava
otimista. -- Vai dar tudo certo!
Com tudo isso, falei para
o Davy sobre o filme da Odile, os protagonistas e ele fazendo ponta. Davy não
gostou mas disse que tudo ia ficar bem. Permanecemos juntos assistindo o show
das Supremes, cantando The Happening. Mas
a verdade... Era que “Valmont” me atraiu de um jeito sem explicação...
Continua...

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