Tenham uma boa noite e fiquem com novo capítulo de Stop. Em breve Maris Campos postará o dela e também: reta final. Boa leitura!
Capítulo 16: Breathe
Louise POV
Estranhei de cara que
ninguém atendeu, mesmo tocando a campainha diversas vezes e algumas com o dedo
pressionando o botão. Resolvi apelar pra chave de casa. Abri a porta e entramos
em silêncio. Pensando bem, ficamos bem a vontade pois o rádio de casa tocava
uma música qualquer. Entramos devagar e até agora nada.
Gerd segurou minha mão.
-- Vai dar tudo certo. –
ele garantiu.
Soltei das mãos dele.
-- Meus pais não sabem
sobre nós. Pra falar a verdade, ninguém exceto uma pessoa sabe disso.
-- Quem?
-- Minha irmã e ela gosta
de futebol.
-- Eu não sabia que você
tinha uma irmã. – estranhou um pouco. – Eu conheci somente o Mickey.
-- Está vendo só? – me
exaltei um pouco. – Nem nos conhecemos direito e você já me apresentou a sua
família como sua namorada e eu que nem contei pra minha família e você não sabe de nada sobre mim.
Ele me puxou para um selinho,
me deixando corada.
-- Ursinha, fica calma. –
afagando meu rosto. – Quando você quiser se abrir comigo, eu ficarei feliz. Se
ainda quer um tempo, eu esperarei. Sou seu namorado e te amo mais que a salada
de batatas da minha mãe.
-- Para com isso. –
evitando os risos. – Você me deixa sem jeito.
-- E como deixa!
Levei um susto daqueles.
Eis que surge Natasha, minha meia irmã mais velha. Aqueles que olham pra ela
juram estar diante da Scarlett Johansson.
-- Tumbelina!
-- Dasha!
Nos abraçamos bem forte.
Tenho uma ligação com ela desde bebê.
-- Você cresceu! Está uns
centímetros maior desde a última vez que nos vimos.
-- Sério? – estranhei
porque sempre me julguei menor (como se eu não fosse). – Achei que estou do
mesmo tamanho.
-- Ou sou eu que estou
ficando mais velha.
E quando ela viu Gerd,
mudou um pouco a expressão.
-- E quem é você?
-- Eu... – Gerd se sentiu
um pouco acuado e eu o ajudei.
-- Este é o Gerd Müller. –
sorri. – Ele é meu “amigo”.
Pisquei para Dasha e ela
entendeu.
-- Ah sim. – apertando a
mão dele. – Eu sou Natasha ou simplesmente Dasha. Já ouvi falar de você.
Assisti a Copa de 2014 e devo dizer que adorei.
-- Prazer em conhecer,
Natasha. – Gerd se mostrou amável e de cara Natasha gostou dele, um sinal que
aprova meu namorado. – Ela disse que você gosta de futebol.
-- Isso é verdade. A
Tumbelina aqui não curte quando assisto a Premier League porque eu fico louca.
Rimos um pouco e fomos
para a cozinha onde está sendo preparado um café da manhã muito bom.
-- Fique a vontade. –
Dasha se sentou na nossa frente. – Acordamos cedo porque papai e mama Mary
foram ao centro fazer compras. Você sabe como ela é.
-- Sei sim. – concordei.
Mamãe sempre dizia que se acordar cedo e chegar no mercado, compra os melhores
produtos num preço melhor.
-- E para qual time torce,
Natasha? – perguntou Gerd e devo confessar que o ciúme foi forte. Me levando a
beliscar meu namorado.
-- Leicester. Embora na
família McGold, somos muito unidos, mas quando se trata de times de futebol ...
É outra história. Somente eu sou Leicester e meu pai e a Tumbelina são Everton.
Mais risos e ouvi alguém
descendo as escadas e trazendo o celular com Spotify ligado e desligando o
rádio da sala e usando apenas um abrigo e sem camisa.
-- Dasha, o que temos pro
café?
-- Tudo e seja mais
educado, Serguei. A Louise está aqui.
Ele parou de procurar algo
na geladeira e me viu ali na mesa.
-- Irmãzinha!
E mais abraços. E mais
quentinhos que os da Dasha.
-- E ai? Por onde andou
todo esse tempo?
-- Ocupada nos filmes. – sorri
um pouco e tomei um gole de café.
-- Que bom e... – olhou
para Gerd. – E quem é esse cara?
-- Ele é o Gerd Müller. –
respondeu Dasha, sempre sorrindo. – O “amigo” da Louise.
Seguei estreitou os olhos
para nós dois.
-- Você não é o
ex-namorado da minha musa?
-- Quem?
Falei baixo para Gerd.
-- Serguei foi namorado da
Alice.
Dá pra ver que gerou uma
situação meio desagradável. Para piorar,
meus pais apareceram, cheios de sacolas de compras. Quando mamãe me viu, já
abraçou-me e papai surpreendido.
-- Ah minha filhinha! Meu
bebê! – disse mamãe, sempre me enchendo de beijos.
-- Para com isso, mãe. Não
sou um bebê.
-- Para nós, você é o
nosso bebê. – disse meu pai, tão feliz e
me abraçando. – E como você está?
-- Muito bem. – disse,
sorrindo um pouco nervosa. – Viajei para Alemanha e reencontrei Odile.
-- Estamos sabendo de
tudo. – mamãe deixava as sacolas na mesa e viu o café da manhã sendo realizado,
cumprimentou todos e... parou ao ver Gerd. – Hey, quem é você?
Papai também notou meu
namorado.
-- Quem é você, estranho?
-- O ex da Alice, atual da
Louise. – respondeu Serguei, rindo da situação.
Dasha o beliscou e eu
tratei de disfarçar.
-- Ele é meu amigo, pai. O
nome dele é Gerd Müller. Ele é...
-- Eu sei. – meu pai não
deixou que continuasse e ainda nos olhava com reprovação. Quem o visse, juraria
estar diante do Alan Rickman, interpretando Severus Snape. – Jogador de
futebol. Já me basta a Dasha e o goleiro russo, agora Louise me traz um alemão?
Pra nossa casa?
-- Tony! Não seja
grosseiro! Ele é um dos milhares de amigos da Louise. – em seguida ela voltou
atenção para nós. – Me perdoe, Sr. Müller. Eu sou Mary Black-McGold. E este é
meu marido, Anthony.
-- É um prazer em conhecer
os dois.
Ele apertou a mão dos
dois, mesmo meu pai com aquela cara de Snape.
-- Fica calmo, Gerd. –
pediu Dasha, rindo. -- Ele tem cara de pitbull mas na real é uma lassie. – e depois
olhou para Serguei. --Quer que eu e a Tumbelina mandemos uma mensagem pra sua
musa? Ela ainda está solteira.
-- Assim poderemos almoçar
com calma. – neste momento Mickey desceu as escadas, de pijama. – Gerhard, você
aqui!
-- Conhece-o, filho?
Dasha e eu fizemos sinais
para Mickey não dizer nada. Ele entendeu.
-- Sim. Ele é amigo da
Louise, jogador e agora quer engatar na carreira de ator.
Agora meu pai mudou a
expressão. O resto do dia foi tipicamente normal. Gerd ganhou o coração da
minha mãe, a simpatia da Dasha e... até mesmo fez amizade com Serguei. Na
verdade com este último Gerd dava um “manual de instrução” sobre Alice. Deixem
minha Lua saber disso, rapazes.
Na parte da tarde levei
Gerd para os quartos e mostrei meu “santuário”. Era bom saber que meu quarto
ainda estava conservado e bem arrumado. Meus pôsteres dos Backstreet Boys,
Hanson e outras boys band forrando a parede, juntamente dos atores que adoro. E
tem ainda meus bichinhos de pelúcia, sendo que muitos deles são ursinhos. Gerd
gostou e pegou um deles.
-- Agora sei por que me
chama de ursinho. – rindo e jogando meu urso de pelúcia.
-- Não só por isso. – e peguei
meu livro favorito. – E sim por causa disto!
-- Não acredito que você lê
Os Modernos Vampiros da Cidade...
-- É a saga mais legal de
vampiros que já li. Melhor que Crepúsculo.
A cena que vi era Gerd
simular uma cara de enjôo e vômito e depois falou no meu ouvido.
-- Dianna uma vez me
forçou assistir os filmes com ela.
-- A Saga Crepúsculo?
-- EU TENHO ÓDIO! –
esbravejou e ainda ria. – Não disse isso para ela, mas eu juro que se eu voltar
assistir aquela saga, vou me suicidar!
-- Calma. De mim só saberá
apenas dos vampiros do livro. – abracei-o e o puxei para a cama. – Meu visconde...
Por conta da minha família, optamos por uma
rapidinha. Gerd rasgou minha calcinha e entre beijos e amassos, abaixou a calça
e me penetrou.
-- Ah! Gerd! Calma... – pedi.
-- Desculpa. – me penetrando devagar. – Minha viscondessa.
-- Sabe... Quando te... conheci... Para mim você
era... – mal conseguia dizer e me segurava na barra da cama. – Era o Valmont.
-- Quer dizer que pareço um soldado bruto e depois
virei um conquistador barato? – ele parou o ato. – É isso?
Tremi um pouco.
-- Eu gostei, sabia?
E continuamos mais até que acelerou as estocadas. Foi
aí que ouvi batidas na porta.
-- Louise! – era Dasha. – Venha! Tio Robb e tia
Sophie chegaram.
-- Já vou!
Inverti as posições.
-- Temos só dez minutos.
-- Tudo bem...
Cavalguei mais rápido e apertei seus braços e tórax,
ao mesmo tempo gemia e evitava sermos ouvidos.
-- Ursinha... – Gerd suava na testa. – Eu não vou agüentar...
E realmente não agüentamos...
Levamos alguns minutos
para se recuperar. Dei a ele um lenço para secar o suor na testa e no pescoço.
E descemos as escadas. Para meu medo, além dos meus tios, Fefe também
apareceu... acompanhada de Peter Tork.
-- Ah, Louise! – Fefe me
cumprimenta. – Não sabia que estava aqui e com Gerd.
-- Então um ator que
contracena com você pode ser convidado a vir aqui? – perguntou Peter,
insinuando algo.
Meu pai ouviu isso e outra
vez aquele olhar de ave de rapina.
-- E está tudo bem, Lulu? –
Fefe ainda me encarava com desconfiança.
-- Estou. Por quê?
-- Está caminhando meio
estranho...
Ah se ela soubesse do ‘bombardeio’ que sofri no
meio das pernas, pensei. Bem, não
podia fazer mais nada. O fim de semana foi perfeito por conta da pescaria. Me
orgulhei quando vi Gerd aprendendo a pescar com Serguei e Mickey e ainda
ganhando amizade do meu tio. Já Peter... coitado. Gosto muito dele e entendo
que me odeie por causa do Davy. Nunca me opôs no relacionamento deles. E nem de
nenhum Monkee... exceto com a threesome
de Emma e os “”Michaels”. Mas no fim fiquei quieta, apenas temi que Emma
queira... o meu irmão. Ah se ela for tentar algo com Mickey, desta vez viro um
monstro!
Aquela última semana de férias
forçadas teve coisas boas, como Gerd falando de futebol com os rapazes e até
mesmo ensinando meu primo, Bran, a jogar muito melhor, pois o mesmo quer se
tornar jogador pelo Liverpool FC. Já o lado ruim era meu pai. Volta e meia ele
mandava uma indireta pro Gerd e para mim. Até porquê sei o motivo. Papai
desconfia que Gerd seja mesmo meu amigo e vivia perguntando sobre o Davy e falando
o quanto Odile deveria tê-lo no filme no
qual atuo com o jogador alemão.
No domingo ele foi embora
e eu mesma o levei para o aeroporto.
-- O que tem a me dizer
sobre a semana que se passou?
-- Muito divertida. – ele sorria
e me beijava na bochecha. – Embora seu pai esteja desconfiado de mim. Louise....
quando você vai contar pra eles que não sou seu amigo?
-- Você prometeu não me
cobrar e ser paciente. – disse, segurando sua mão.
-- Está certo. Então... Auf Wiedersehen, Louise.
-- Até logo, Gerd! Te vejo em Londres.
Eu chorei de noite com a saudade de Gerd. De
repente meu celular apita por conta da mensagem no What’s App. Achei que fosse
meu ursinho. Me enganei. Era o Davy.
Louise, estou no nosso apartamento e vou passar a noite aqui.
Não se preocupe.
Não trouxe ninguém comigo.
Amanhã sei que voltará a gravar as cenas e quero muito falar
com você sobre nós. Creio que já deve entender do que se trata. Por favor, não
brigue comigo e não culpe os outros.
Com carinho, Davy.
Ignorei a mensagem e fui dormir. Ou melhor,
passei a noite em claro porque os ruídos amorosos de Fefe e Peter eram perturbadores.
Tio Robb e tia Sophie não falaram nada. Mas meu pai pediu silêncio. Obrigada,
pai!
Me levantei cedo e me
despedi de minha mãe. Segui viagem para Londres de trem. Ainda bem que consegui
chegar ao meu apartamento lá pelas dez da manhã. Quando entrei, notei um cheiro
forte e enjoado. Possivelmente era um daqueles borrifadores de cheiro no
ambiente. E uma tontura se abateu em mim.
-- O que deu em mim? –
falei para mim mesma.
Caminhei um pouco e
encontrei Davy na cozinha, fritando omelete.
-- McLovely! – ele sorria.
– Olha, fritei omelete com bacon, cenoura e um toque de salsa. Ah e tem seu
suco de laranja e um pedaço de musse de limão.
Tantas coisas boas para se
comer... e o que queria era fugir pro banheiro. Foi o que fiz. Me tranquei no
banheiro e vomitei. Minha roupa está manchada e sai de lá com a cara mais
derrotada o possível.
-- Louise! Você está bem? –
Davy se mostrava preocupado.
-- Davy... Eu...
Tudo ficou preto para mim.
Como por mágica que um feitiço foi lançado em meus olhos e cerrou-se ali. Acordei
numa cama de hospital na ala de emergência e Davy conversava com o médico. Ele
veio até mim.
-- Ah, McLovely. – me abraçando.
– Que bom que acordou. Te levei pro hospital e eles fizeram exame de sangue. Acredito
que isso pode ter sido fome ou queda de pressão.
-- Pode ser... – mal tive
forças para continuar.
Cerca de uma hora depois o
médico apareceu e nos deu a (pior) notícia...
Alana POV
Se soubesse que a turnê
dos Monkees me traria conseqüências más, não teria correspondido a sedução de
Mike Nesmith. Tudo isso aconteceu após o show em Madri. Mike se impressionou
com meu desempenho e começou jogando seu charme pegajoso em mim.
Apesar dos avisos de Eddie
e Harry sobre Nesmith, não dei importância. Ficamos pela primeira vez nos
bastidores. Foi nossa única e quero que seja a última ficada.
Enquanto Toni estava
ocupado nos jogos finais da Liga dos Campeões, eu segui nas músicas, turnês e
composições para o filme da Odile. Neste retorno ao trabalho pude apresentar o
material e ganhamos aprovação. Soube que o roteiro havia mudado. Uma das
mudanças era que Davy e Dianna não precisariam mais aparecer pra gravar as
cenas rápidas de Alex e Hillary e o foco continua em Felix e Poppy. E uma
novidade era que o pai da Louise e o pai de uma das co-roteiristas iriam
aparecer como um casal homossexual e parente de Poppy.
Diante dessas novidades
voltamos ao trabalho. Nestes dias que se passaram notei que Louise e Davy não
eram os mesmos. Peter assumiu o namoro com Felicity, Micky e Emma na corda
bamba (eu soube que Micky conquistou minha amiga liverpooliana Suzan Hardison,
o que desagradou legal Emma). Eu a vi com Mike. Ela o seduzia e pelo visto... correspondia.
Agora entendem por que considero minha ficada como a última com Nez? Justamente
por isso.
O jeito mesmo era
continuar admirando aquele gigante. Minha Estrela Flamejante.
Louise POV
O retorno ao trabalho na
primeira semana serviu para apresentar o novo “quartel general” da Odile: a
residência do jogador de futebol do West Ham, Bobby Moore. E aliás, ele estará
no filme como Harry, o tio de Poppy e o único que sabe do romance proibido da
sobrinha com o professor.
O roteiro foi amplamente
mudado, com ajuda de Marianne Jones e Anastacia Rosely. Quando o li, soube que
minha personagem ganharia pais gays e advinha: meu pai e Alexei Romanov, o pai
de Ana, serão o casal.
Mas tirando isso, tem
outra parte me perturbando. No dia que desmaiei e fui socorrida por Davy, uma
notícia se abateu em mim. E mudou minha vida e mudará a de Gerd. Também notei
que ele anda... perto da Dianna. Aquilo me deixava com muita raiva. Não tinha idéia
se ele terminou com ela e eu ia fazer isso com Davy... até receber a novidade.
E num dia de arrumação do
novo cenário, fiquei sozinha na sala do diretor, olhando aquele exame de sangue
e a confirmação. Chorei e alguém me deu um lenço. Me virei. Era... Dianna.
-- Oi. – me dando o lenço.
– Pode pegar.
Aceitei a gentileza dela.
-- Obrigada, Dianna. –
chorando mais.
-- Eu sei que andamos
distantes... Mas gostaria de te ajudar.
Abracei Di e não sabia por
quê, apenas quis um carinho.
-- Tenho algo pra contar,
Dianna. – respirei fundo e me acalmei. – Estou grávida.
E outra vez chorei, sendo
consolada por Di. O que poderia melhorar, não aconteceu...
Continua...
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