quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Stop! In Name of Love (18º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e fiquem com novo capítulo de Stop. A troca destroca tá bem sucedida hein?! Boa leitura!



Capítulo 18: Do I Have To Do This All Over Again

Louise POV

Depois de um tempo me acalmei com o abraço de Dianna. Ali mesmo se deu a diferença. Não sei se é a gravidez ou o quê, mas não tinha mais raiva dela. Na verdade, até estava conformada.

-- Agradeço por ter me ouvido, Di. – eu disse enquanto secava meus olhos. – Eu...

Reuni coragem para dizer o quanto estava feliz por ela e Gerd. Entendi perfeitamente o afastamento dele. Decerto a família dela pressionou e agora os dois estão juntos.

-- O que foi, Louise? – perguntou Di, afagando meu rosto.

-- Estou feliz... por vocês...

Nos abraçamos mais uma vez. Saí da sala do diretor e fui tentar me encontrar com Davy. Algo que não aconteceu, pois alguém me puxou para dentro do banheiro. Era Gerd.

-- Louise...

Não o deixei falar. E acertei um lindo tapa na cara dele.

-- Canalha! Alemão filho da puta!

-- Louise, me escuta... – ele segurava meus pulsos, impedindo outro ataque.

-- Cala a boca! Você me enganou de novo! – berrei e chorei novamente. – Você engravidou a Di!

Ele não conseguia me olhar.

-- OLHA PRA MIM QUANDO ESTIVER FALANDO COM VOCÊ! – gritei e me soltei. – Eu quero terminar com você!

-- NEIN! – Gerd me impediu de sair do banheiro e chorava. – Não faz isso, Louise. Eu vou assumir o bebê da Dianna mas vou ficar com você.

-- E como vai explicar aos pais dela?

Se calou.

-- Gerd, entenda. – olhei um pouco para baixo e depois o encarei e falei com calma. – Não podemos ficar juntos...

Saí do banheiro, consternada. No fim não pude falar com Davy no estúdio e voltei para casa. Quando cheguei, meu celular começou a tocar. Era meu pai e não atendi. Depois o telefone do apartamento tocou e caiu na secretária eletrônica.

-- Você tem três mensagens!

A primeira mensagem era de Fefe e Mickey, felizes com a notícia e me avisam que enviaram pro meu email uma foto em anexo e era pra conferir. A segunda mensagem veio dos meus pais. Praticamente meu pai surtou de felicidade.

-- ... Este é o dia mais feliz de minha vida! Serei avô! E meu neto nascerá da união de um casal de atores. Prevejo um brilhante futuro para meu neto... ou será uma neta? Seja o que for, estou muito feliz, minha filha!

A terceira mensagem era do Gerd.

-- Ursinha. Sei que está zangada comigo por ter me afastado de você. Eu contarei tudo agora. O Dr. Hans Schubert comunicou-me sobre a Di e o exame de sangue, no qual constou o resultado positivo da gravidez dela. Eu sei que fazia tempo que não rolava sexo entre eu e ela mas não pude deixar de confirmar. Me vi um canalha mesmo. Não consegui terminar com ela e acabei voltando o relacionamento. Obviamente queria que fosse você... Agora preciso ir. Podemos conversar mais no estúdio. Com amor do seu ursinho, Gerd.

Ah, ursinho. “Se soubesse da falta que me provoca”, pensei comigo mesma enquanto ouvia My World is Empty Without You, das Surpremes. Chorei naquela noite e nem vi Davy chegando. Ele deve ter me visto aqui e foi tomar banho. Quando entrou no quarto, conversou comigo.

-- Eu não te amo, Louise.

“Que bela maneira de ser direto. Ainda mais quando estou ouvindo Dianna Ross”. Se Davy queria me magoar enquanto a música toca, ele conseguiu.

-- Já acabou, Davy? – perguntei, ainda deitada de costas pra ele.

Em seguida me abraçou por trás e eu o empurrei.

-- Ainda quero ser seu amigo.

Desliguei a música do celular e o encarei.

-- “Ainda”? – indaguei ironicamente. – Então não quer ser meu amigo!

-- Louise, você não entendeu. Eu quero continuar ser seu amigo como antigamente. Mas agora não podemos mais nos amar, como era há três anos. Me deixe ser honesto.

Não tinha alternativas e também sou culpada nisso tudo. Nunca pensei que o dia chegasse para mim desta maneira.

-- Então diga. – pedi, mais calma e disposta.

-- Estou apaixonado por outra pessoa. – os olhos de Davy transmitiam uma infelicidade que me fez ter pena dele. – O nome dela... é Dianna Mackenzie.

Uma mulher normal teria surtado, esperneado e até mesmo socado o homem após essa confissão. Mas para mim soou verdadeiro e não uma brincadeira. E principalmente porque há tempos suspeitava disso e fingia não ver, apenas tinha medo de Dianna me afastar do Davy na amizade. Já havia acontecido outras vezes.

-- McLovely, diga algo.


A honestidade de Davy foi mesmo uma surpresa. Sai de perto dele pra respirar fundo e pensar em algo pra falar. Mas pensar em quê? Agora é minha vez de contar a verdade.

-- Quando aconteceu essa paixão? – perguntei pra ele.

-- Foi naquela festa no início do ano pra comemorar o fim da temporada de Ligações Perigosas. E depois aconteceu... Eu a amo. Era ela que procurava, Louise. Não me entenda mal. Você é linda, maravilhosa. A mais bela das mulheres.

-- Mas não o bastante pra ganhar seu coração. – sorri, de modo verdadeiro e o abracei. – Davy, não sabe o quanto me deixou feliz. Falo sério. Fui mesmo uma burra por não acreditar plenamente que você e Dianna estavam mais do que ligados.

-- Me perdoa...

-- Te perdôo. – aceitei. – Agora sou eu que vou falar. Eu também estou apaixonada por outra pessoa.

-- Eu sabia! – ele exclamou, meio rindo meio decepcionado. – É o “portuga” Ricardo Pereira? Eu vi como ele te olhava bem apaixonado desde os tempos de On The Victory.

-- Não é o português, Davy. – neguei e com medo, finalmente admiti. – É o Gerd.

Davy riu disso. Não achei graça alguma. Posso dizer que ele levou uns cinco ou sete minutos para entender. Neste tempo caminhou pelos cômodos da casa, tateou a parede como se estivesse cego e mexeu no telefone. Depois veio até mim e disse da maneira mais grossa:

-- COM TANTO HOMEM PARA VOCÊ SE APAIXONAR E ACABA ESCOLHENDO AQUELA MURALHA HUMANA?

Não posso deixar de concordar na reclamação do Davy. Talvez ele esperasse me perder para algum ator que eu tenha contracenado como o português ou os últimos como Harry Hughes e Patrick Shepperd. E agora ouço reclamações do meu recuperado amigo.

-- Já acabou, Davy? – perguntei, louca pra argumentar.

-- Não. – ele me olhava espantado e um pouco bravo. – Louise... Ainda não acredito. Poxa, você é linda, atrai muitos olhares masculinos. Até aceito te perder para o Dennis Wilson...

-- O surfista está com Alberta...

-- Ou até mesmo o italiano... O que joga no Milan...

-- Gattuso? Nem pensar.

-- Até cogitei em juntar você e o Mike.

-- Nesmith? – e neste momento enrubesci, fervendo meu sangue. – ENLOUQUECEU, DAVY?

-- Ah, qual é! Mike babava por você e vivia comentando o quanto é gostosa e tem... Uma bunda legal.

-- Davy, você...

-- O que não deixa de ser verdade. – respondeu, sorrindo de forma safada.

Fui acertar um tapa na cara dele e Davy segurou meu pulso.

-- Pra falar a verdade, Davy, eu não sei como me apaixonei. – falei, mudando meu tom de voz. – Eu detestava Gerd só pelo fato que teria de atuar com ele e também pisou no meu pé naquele dia da festa. Só que em meio às falas, ajuda prestada, eu mudei o conceito sobre ele. Julguei mal, terrivelmente mal. Ele é diferente de mim, é verdade. Ao mesmo tempo me sinto bem com ele, me divirto com ele, respeitamos gostos e vontades e falamos coisas aleatórias. Tenho certeza que você tudo isso com a Di, não é?

Davy emudeceu e confirmou com a cabeça.

-- Então...

-- Ele gritou com você no estúdio.

-- Aquilo foi uma pisada na bola muito feia. – admiti. – Tanto que ele me pediu desculpas mesmo quando não aceitei e... me beijou. Ele errou ali. Todos nós erramos.

Foi ali que tudo se encaixou. Ele largou meu pulso e sentamos no sofá.

-- Se ele a faz feliz, não posso fazer nada. Quem sou eu pra dizer?

-- Meu melhor amigo. – respondi.

Ali mesmo nos abraçamos. Reconquistamos nossa amizade e Davy aceitou o fato, assim como aceitei sua honestidade. Ele se retirou do apartamento e resolvi ligar para minha amadinha. Só rezei para Emma não atender e se for o caso, desligo. Para minha sorte, a “Holly Holm” não atendeu.

-- Alô?

-- É a Louise. – em seguida saudei Dianna. – Como vai?

-- Estou bem. – Dianna parecia feliz. – Estava com saudades de você.

-- E eu mais de você, amadinha. Serei breve. Quero comunicar que você e o Davy podem ser felizes.

-- Como é?

-- Você entendeu, Dianna. Se conheço meu amigo, ele deve chegar para te encontrar neste momento. Ele vai te explicar tudinho e eu... vou me encontrar com “Felix”.

-- Mas, Louise...

-- Até mais, Dianna. E faça meu amigo Davy o homem mais feliz do mundo!

Assim que desliguei, fui para o centro de treinamento de futebol. Vai ser realizado um amistoso entre Alemanha e Inglaterra, servindo de aquecimento para Eurocopa deste ano. Segui para o estádio de Wembley e encontrei a mannschaft treinando calmamente.

Lá estava ele. O atacante. Por que ainda me sentia de coração partido? Vou agora mesmo falar a verdade pra ele, que Davy e eu não estamos mais juntos e a Dianna não o ama e sim o meu ex-namorado.

Caminhei até o gramado, ficando parada  observando Gerd. Quando o treino acabou, ele me encontrou. Se aproximou de mim, com cara de poucos amigos.

-- Que palhaçada é essa? – perguntou, bravo.

-- Não sei do que está falando. – disse calmamente. – Vim explicar tudo pra você.

-- Eu não entendi bem o que seu namorado quis dizer com “a McLovely vai te dizer toda a verdade e quero que a faça feliz”. Vocês andam tirando sarro de mim?

-- Nunca! – toquei a mão dele e deixei no meu ventre. – Nunca faria isso, ainda mais para o homem que amo de verdade... E pai do meu filho.

-- O quê?

-- Davy esteve comigo no hospital. Mas não é o pai do bebê.

-- Ursinha... – ele lamentava. – Como ele não pode ser? Eu vi nas revistas, jornais. A internet também mostra a notícia do ano. Você e o anão vão ter um filho.


-- Ok, admito que tive um momento com Davy. Mas foi com você que passei mais noites e momentos românticos. Gerhard... Eu te amo.

Até me surpreendi quando disse isso. Soou tão verdadeiro e tão eu mesma. Sempre sonhei com o dia que diria isso para o homem que amo. E vejo enfim que ele existe e se chama Gerd Müller. Ele sorriu e me abraçou bem forte.

-- Me perdoa, ursinha! – ele disse. – Mas... Ainda estou com a Di.

-- Eu sei. Olha, eu e o Davy terminamos pra valer. Ele admitiu que ama a Dianna.

A reação dele foi normal. Talvez ele suspeitasse.

-- Me considerava estranho por estar com alguém como a Di. Porque não a mereço. Se for pra perdê-la para o Davy, tudo bem. O que não ia suportar era te perder, minha ursinha. Então... Podemos nos ver e manter um noivado de mentira?

-- Sim e depois você e Dianna decidem abrir o jogo pra família dela e também explicar pra sua mãe.

-- Mamãe não vai gostar de saber disso. Por outro lado, ela vai adorar o nosso filho.

-- Isso por causa dos meus quadris grandes? – acabei rindo ao lembrar disso e do Davy dizendo para o Nez.

O que posso dizer sobre esse dia? Meio caminho está andado. Esperei o treino terminar e voltamos juntos para o apartamento. A parte mais engraçada foi na hora do jantar. Não estava a fim de cozinhar e Gerd... Bem, ele é um desastre na cozinha. Caminhamos no mercado e compramos pizza, alguns doces para minha vontade de grávida e outras besteiras.

Foi na fila do caixa que aconteceu algo desagradável. Na entrada avistei Emma Carlisle, Micky Dolenz e Mike Nesmith com um carrinho do mercado. A melhor amiga da Dianna me viu mas acho que não viu direito Gerd. O olhar dela de brava me provocou medo. Já bastava apanhar no estúdio agora me arriscava sofrer outra pancada e na frente de todos.

-- Ela já foi embora, ursinha. – avisou Gerd. – E se ela tentar te bater, não vou me responsabilizar pelos meus atos.

-- Não, Gerd! Por favor... – odiaria meu ursinho metido numa encrenca. – Esquece!

Essa foi à parte mediana. A parte difícil foi na saída. Encontramos nada mais e nada menos que Peter Tork e Fefe.

-- Agora acredita em mim, Supernova?

Fefe nos encarava num misto de decepção e ódio. Ela pensava em nos dizer algo, contudo, conheço minha prima e tenho certeza que falaria um palavrão. Apenas desviou o olhar e entrou com Peter no mercado. Já no carro recebo uma mensagem do Davy.

Peter e Fefe brigaram comigo e com a Di. Tenha cuidado, McLovely.

-- Tarde demais, Davy! – disse ao desligar o celular.

-- O quê?

-- Sabe aquela cena no supermercado? Do Peter e Fefe?

Gerd confirmou.

-- Parece que não somos os únicos reprovados.

-- Ela é sua prima, eu sei. – lamentou. – Mas ignore! O importante é que estamos juntos. Logo contaremos a verdade para todos.

Esse dia logo chegará...


Alana POV

Passei as últimas semanas do mês pensando em Mike Nesmith. Tentava de tudo esquecer aquela ficada nos bastidores, mas sempre que lembrava isso, um calor gostoso invadia meu corpo. O que aquele homem tem? Não conseguia entender isso. Obviamente resisti, fingi não vê-lo e odiar Nez com todas as forças.

FLASHBACK ON

Tocamos apenas sete músicas para abertura do show dos Monkees em Madri. Toquei (You’re The) Devil In Disguise, do Elvis Presley. Usava a típica roupa de couro como a que o Rei do Rock vestiu na apresentação Comeback 1968. O público gostou bastante e depois os Monkees subiram pro palco. Mike Nesmith lançou outro olhar sedutor para mim e ainda segurou meu braço e sussurrou no ouvido.

-- Me espere no seu camarim. Após o show quero te ver...

Todos assistiram o show de camarote e após uma hora e meia eles terminaram de tocar e agradeceram todo povo madrilenho. Rapidamente segui para o meu camarim. Me produzi um pouco por conta da rebeldia do meu cabelo e a roupa de couro ainda me causar um calor. Na hora de tirar foi um parto e principalmente porque Mike entrou no meu camarim e me viu assim, com a jaqueta aberta nos seios.


-- Mike...

Ele trancou a porta e depois pegou o celular e selecionou a música Tell It Like It Is, do Aaron Neville. E por fim caminhou até mim, descendo o zíper da jaqueta, no qual revelava meus seios.

-- Quero você...

Entre beijos e toques ardentes, finalmente consegui toca-lo com vontade. E minha nossa! Mike Nesmith... Nunca pensei que você tivesse um tamanho considerável. A surpresa veio quando ele tirou a calça e colocou a camisinha.

-- Está pronta? – perguntou o texano, deitando por cima de mim e deixando minhas pernas em sua cintura.

-- Sim... – respondi com sensualidade.

Além de bonito e sensual, Mike era amoroso. Começou com as estocadas lentas para o nosso prazer e durante isso trocamos mais beijos, carícias e gemidos até acelerar nas investidas. E com isso me fez gritar tanto, mas tanto que atingimos juntos o clímax. Descansamos um pouco e eu tirei o traje de couro, dando lugar para um vestido.

-- Quer namorar comigo?

-- Só por que ficamos hoje não quer dizer que vá namorar com você. – fui ríspida e já com a mochila nas costas, continuei. – Ainda tenho meu namorado e você vive correndo atrás da namorada do seu amigo.

Voltei para o hotel, de consciência pesada por trair meu namorado. Contudo, aquela ficada me brotou um sentimento a mais por ele.

FLASHBACK OFF

Para piorar a situação meu namorado foi convocado para seleção alemã. O confronto é um amistoso contra Inglaterra. É agora que ele se mostra mais chiclete do que nunca, ainda mais porque ficamos separados por conta dos jogos da Champions League, no qual o Real Madrid ganhou do Atlético de Madrid. Se bem que ao fim do ano Toni terá que se juntar ao time para o Mundial de Clubes mas estamos longe disso.

Hoje quando cheguei ao estúdio ouvi uma música conhecida do Elvis Presley. Subi as escadas e encontrei os Monkees e a English Band tocando Flaming Star. E ainda com Mike Nesmith nos vocais.

Ev'ry man, has a flaming star
A flaming star, over his shoulder
And when a man, sees his flaming star
He knows his time, his time has come

Flaming star, don't shine on me, flaming star
Flaming star, keep behind me, flaming star
There's a lot of livin' I've got to do
Give me time to make a few dreams come true
Flaming star

When I ride, I feel that flaming star
That flaming star, over my shoulder
And so I ride, front of that flaming star
Never lookin' around, never lookin' around

Flaming star, don't shine on me, flaming star
Flaming star, keep behind me, flaming star
There's a lot of livin' I've got to do
Give me time to make a few dreams come true
Flaming star

One fine day, I'll see that flaming star
That flaming star, over my shoulder
And when I see, that old flaming star
I'll know my time, my time has come

Flaming star, don't shine on me, flaming star
Flaming star, keep behind me, flaming star
There's a lot of livin' I've got to do
Give me time to make a few dreams come true
Flaming star


Entrei discretamente no estúdio, admirando aquele homem dando voz ao meu cantor favorito e justamente na minha segunda música favorita dele.

-- Eu sabia que se tocássemos Elvis, nossa deusa Smurfette chamada Alana iria aparecer agora! – disse Biff McFly, o locutor do programa esportivo Sport England, da Rádio BBC e nosso músico de apoio.

-- Alana, convidamos o Nesmith para cantar umas músicas do Elvis. – avisou Edward Simons, ajeitando a guitarra. – Isto é, se você não se importar.

-- Bom... – eu já ia dar o selo de aprovação, se não fosse a cara de reprovação de Emma Carlisle. Tem cara de ameaça isso. – Que tal decidirmos depois da cena de hoje?

Todos concordaram e fomos para o ponto de encontro da turma do filme de Odile Greyhound. Através de Harry Daniels soube que hoje era gravado a cena da boate onde Poppy e suas amigas iriam cair na gandaia mas num dado momento a protagonista iria reencontrar Felix e de um jeito muito sedutor. Estava louca pra ver Louise se enroscando com aquele alemão e noivo da Dianna (não sei direito se eles ainda estão ou não, segundo Toni), de qualquer modo seguimos para a boate UFO Club, considerada uma das melhores na Inglaterra e foi bastante movimentada nos anos 60.

Odile conseguiu com Sam Benson, o produtor e empresário, a boate emprestada para gravar as cenas e como já estava tudo preparado e organizado há dias, apenas faltava o elenco estar devidamente vestido para ocasião. Eu e o grupo permanecemos um pouco distante da equipe de filmagens, contudo dava pra ver os acontecimentos. Ainda bem que Toni não quis vir comigo por conta da reunião publicitária da mannschaft. Ou uma parte da seleção, já que vejo três jogadores alemães contracenando juntos.

Meia hora depois os atores e figurantes foram aos seus postos e Mickey já mostrava a claquete para a câmera.

-- Cena da boate, tomada 1!

-- LUZES, CÂMERA... –  Odile apontava para o elenco. – AÇÃO!

E de repente toca uma música dos Monkees e conheço essa no filme deles, Head. Se chama Do I Have To Do This All Over Again e quem canta é o Peter Tork.

Do I have to do this all over again?
Didn't I do it right the first time?
Do I have to do this all over again?
How many times do I have to make this climb?
Didn't I? Didn't I?

Can I see my way to know what's really real
They say time can fix things by itself
I know life's more than just some kind of deal
Won't you tell me what all, when my soul comes off the shelf
Didn't I, oh, didn't I?

Do I have to do this all over again?
Didn't I do it right the first time?
Do I have to do this all over again?
How many times do I have to make this climb?
Didn't I?...

Enquanto todos dançavam, acabei rindo de um momento onde Gene, o personagem de Peter, dança com uma moça e de repente surge a Felicity. A menina ia encarar a Fefe mas conheço aquela giganta galesa. A garota vazou dali o quanto antes e Sabrina (Fefe) e Gene puderam continuar sua dança em paz. Já Louise, ou melhor, Poppy, estava acompanhada de suas amigas, Luna (Nora Smith), Penny (Marianne Jones) e Candice (Rosie Donovan).

Em meio aquela cena alguém tocou minha mão. Me assustei e vi o texano, minha Estrela Flamejante.

-- Já pensou na minha resposta? – perguntou Mike.

-- Sim. E digo não. – recusei o pedido, com dor no coração. – Mike, eu tenho namorado. Aquela ficada nunca deveria ter acontecido.

-- Mas aconteceu... – tocando agora meu pulso e acariciando meu rosto. – O que eu sinto por você é verdadeiro, Alana. Vai além do desejo carnal. Eu quero ser seu para sempre.

-- Mike... Eu não posso...

Fugi dele e corri para o banheiro, chorar. Lavei o rosto e me acalmei. Na hora da saída, Mike entrou de supetão e me prensou numa das cabines, trancando a porta.

-- Mike... Você...

Não terminei de falar por conta do beijo forte recebido da boca quente de Mike Nesmith. De novo não... O desejo...


Continua...

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