Tenham uma boa noite e fiquem com novo capítulo. Boa leitura!
Capítulo 5: Um passeio com hipogrifo
Poderia ser um dia normal
em Hogwarts se não fosse algo. Ana transformou Giorgio Chinaglia em um coelho e
mostrou para Louise na hora do almoço.
-- Gostou do meu coelho,
Lulu? – rindo da amiga ao mostrar o bicho.
-- Ele é bonitinho mas
muito revoltado. – reparando que o coelho não parava quieto.
Ana continuava rindo e
depois deixou-o no chão e o transformou em homem, para surpresa geral de todos.
-- Giorgio! – exclamou a
lufana.
Todos riram da cena e o
italiano, vermelho de raiva, berrava mil palavrões na sua língua contra Ana.
-- Isso não vai ficar
assim! Vaffanculo!
-- Ora seu...
Neste momento Tony com sua
varinha, deteve os dois bruxos.
-- Sr. Chinaglia e Srta.
Romanov! – encarando cada um deles. – Os dois vão cumprir detenção por duas
semanas e não irão a Hogsmeade por dois sábados! Se apresentem imediatamente na
minha sala!
Os dois seguiram com o pai
de Louise para o escritório dele e a mesma mordia a língua pra parar de rir.
-- Não devia rir do
Giorgio mas é tão engraçado.
-- Italiano encrenqueiro!
– Joanna comia seu cereal e continuava a conversar com as colegas. – Penso que
Giorgio não devia estar na Lufa-Lufa. Olhem bem pra ele. Ele é bem bravo, gosta
de brigar, provocar os outros alunos, não gosta de estudar e tira notas
péssimas. Não sei como ele conseguiu passar este ano.
-- Ao menos ele é bom no
quadribol. – concordou Alana.
Depois disso a Lufa-Lufa
seguiu para a aula de Poções mas Louise mostra sua justificativa para o
professor Tony, que a libera por conta da falta cometida na disciplina de
Tratos com Criaturas Mágicas. Ao chegar a floresta encontrou os alunos do
quarto e quinto ano.
-- Louise! – era Colin. –
De novo nos encontramos e o...
-- Já sei. – interrompendo
o primo. – Davy não veio porque está na aula de Feitiços. Eu tenho
justificativa do meu pai e fui liberada pra recuperar essa aula.
-- Tenha cuidado, prima. –
avisou Colin. – Não abuse deste recurso senão Rafelson pode lhe dar punição.
O professor em questão,
era o guarda caça Bud Spencer, um velho conhecido de Davy e Louise e também foi
quem resgatou os dois após o ataque de Voldermort, resultando na morte dos pais
de Davy e da mãe de Louise.
-- Aproximem-se pessoal! –
pedia Bud, em seu tom amável. – Prontos
para mais uma aula?
Os alunos responderam
positivamente.
-- Abram seus livros na
página 49.
-- Como vamos abrir sem
ser devorado? – perguntou Giles Mackenzie, sempre arrogante da Sonserina.
-- Façam um carinho nele.
– respondeu com a voz trovejante, imperando superioridade.
Giles se calou e fez
conforme a dica do professor, acariciando seu livro de monstros. Louise fez o
mesmo e sem querer se esbarrou com Gerd.
-- Desculpa! – sorrindo a
menina.
-- Tudo bem. – devolvendo
a gentileza. – O que está fazendo aqui?
-- Lembra que perdi a aula
desta matéria? Estou recuperando.
-- Entendi. – enquanto
acariciava o livro verticalmente, voltou sua atenção para a menina. – Achei
este livro engraçado.
-- Ah, claro. Muito
engraçado e espirituoso! – Giles se meteu na conversa. Ele adorava observar
Louise e ao mesmo tempo provocar a menina e seu amigo. – Esta escola está indo
pro brejo. Esperem até meus pais saberem que Rafelson colocou esse mentecapto
pra dar aula!
Louise se irritou. Ela
detestava Giles, mesmo ele sendo irmão de sua amiga, Dianna Mackenzie.
-- Por que não fecha essa
boca, Giles? Nem assistiu à aula e já põe defeito, sua mula!
Os alunos da Grifinória e
Corvinal riram. E alguns sonserinos como Felicity e Mickey, Rosie Donovan e
Johan Cruyff.
Giles se enervou porém não
se abateu. Largou a bolsa para James Stone, seu amigo e irmão de Alice. Lulu
peitou o garoto e quando ia dizer algo o rosto de Giles mudou para horror.
-- Ai meu Deus!
Dementador! Dementador! – apontando para as costas de Louise.
A menina se virou rápido,
muito assustada e não viu nada e sim a cara risonha e maldita de Giles e seus
amigos. Gerd ficou perto dela e caminhou em direção ao rapaz.
-- CALA ESSA BOCA! –
segurando Giles pelo colarinho. – Se acha muito valente em pregar peças numa
garota mas incapacitado de encarar alguém do seu tamanho, tampinha!
Ele largou o sonserino ao
chão bem violentamente, deixando Giles constrangido e seus amigos chocados.
-- Obrigada, Gerd. –
agradeceu Louise e recebendo uma piscadela por parte dele.
Neste momento Bud mostra
para todos um tipo de criatura que ninguém viu. Ou tenha ouvido falar mas não
visto um como aquele. Cabeça e asas enormes de águia e o corpo era de cavalo,
mesmo com os pés tendo garras e penas brancas com toque cinza e preto. Ninguém
ousou chegar perto. Nem mesmo Gerd e Franz, sempre tão corajosos, temeram a
criatura.
-- Este é o Bicuço. – Bud
alimentou o bicho com um peixe jogado no ar. – Não é uma beleza?
Ninguém respondeu.
-- Ele é um hipogrifo. Uma
coisa que precisam saber sobre ele é que são criaturas muito orgulhosas e se
ofendem fácil. Nunca insultem um hipogrifo, pois será a última coisa que farão
em vida.
Louise engoliu em seco de
medo. Na verdade se arrependia em ter vindo para assistir a aula.
-- E então quem quer ser o
primeiro a cumprimentá-lo?
Todos se afastaram e
alguns até se esconderam nas pedras. Lulu permaneceu atrás de Gerd, apertando a
mão suada deste.
-- Que tal você, Gerhard?
As mãos do rapaz tremiam
demais e vendo o quanto seu colega não tinha condições de enfrentar o
hipogrifo, Louise saiu de trás e caminhou até o professor.
-- Eu quero tentar. –
disse a lufana, se voluntariando para a tarefa.
-- Muito bem, Louise.
Agora ouça precisa deixar que ele faça o primeiro movimento. Uma questão de
cortesia. Você se aproxima, faz a reverência. Depois espere para saber se ele
vai retribuir. Caso ganhar a retribuição, pode tocar nele. Senão... tenha
cuidado.
Aparentemente era fácil
dizer. Fazer o que mandou era difícil e Louise tremia internamente. Se
aproximou um pouco do hipogrifo e reverenciou. Esperou uns segundos e ergueu a
cabeça, ouvindo o bater de asas dele seus grunhidos. Ao que parece deixou a
criatura um pouco melindrada.
-- Para trás, Louise. –
alertou Bud. – Agora não se mexa! Fica assim.
Esperou mais e novamente
ergue a cabeça para observá-lo. Não se agitou mais e aquietou-se. O próximo
passo era do próprio hipogrifo. Colocou a pata direita na frente e abaixou
gentilmente a cabeça. O sinal de retribuição.
-- Isso, Louise! Parabéns!
– Bud contentou-se como Louise se saiu bem e presenteia Bicuço com outro peixe
arremessado no ar. – Pode acariciá-lo.
E lentamente a menina
caminhou em direção dele, um tanto temerosa. E gentilmente tocou a cabeça
penosa de Bicuço e recebendo mais carinho. Gerd gostou do que viu e se
aproximou também do bicho, fazendo exatamente como Louise executou. Ele também
não se saiu mal.
-- Os dois estão de
parabéns. – disse o professor e em seguida colocando Louise e Gerd montados no
hipogrifo. – E agora podem ir passear com Bicuço. Mas não arranquem uma pena
dele.
E depois deu um tapinha no
traseiro do hipogrifo, que se lançou uma corrida e num impulso levantou vôo.
Louise se segurou no pescoço dele e Gerd mais perto da garota.
-- Gerd... me ajuda. Não
sei controlar um hipogrifo.
-- Perguntou pra pessoa
errada. – ele estava mais assustado. – Droga! Bud deveria ter nos falado como
controlar o Bicuço.
Apesar do medo de altura,
os dois alunos se divertiram no fim com o passeio no ar. Viram planícies,
nuvens, o sol e muitos pássaros. Passaram pelas torres do castelo e o campo de
quadribol, que no momento treinava a turma da Lufa-Lufa.
Os amigos de Louise
passeavam juntos mesmo de casas diferentes. Era intervalo e tinham saído da
aula de Poções.
-- Não vi hoje a Louise. –
comentou Davy, preocupado.
-- Eu também não a vi. –
concordou Peter.
-- Ela não adoeceu de
novo? – Mike Nesmith, da Grifinória, achava que a menina tinha ficado na ala
hospitalar.
-- Talvez ela evitou de
novo a Belle. – Micky Dolenz, colega de Mike, acreditava na teoria, porém olhou
para Odile. – Ou quem sabe você seja a
causa.
-- Para sua informação,
Micky, eu e Louise voltamos. – a aluna da Corvinal se ofendeu com acusação.
Antes de mais palavras
ouviram um grito estridente.
-- DAVY!
Achando se tratar das
mesmas vozes que ouviu no ano passado quando descobriu a Câmara Secreta, Davy
reclamou.
-- De novo, não. Aquelas
vozes...
-- Não, Davy. – disse
Peter, olhando chocado pro céu. – Olha lá pro céu.
E forçando mais a vista,
conseguiu enxergar Louise e Gerd num hipogrifo e sobrevoando no campo e no
castelo. Todos pararam para ver aquele momento espantoso.
-- DAVY! OLHA PRA CÁ! –
Louise sorria e acenava para o amigo. – ESTOU VOANDO!
Odile, Joanna e Alana se
espantaram mais ainda. Da janela da torre de astronomia, Tony McGold viu a
filha sobrevoando com a criatura... e junto o filho da ministra Hilda Müller.
Obviamente não gostou do que viu.
Quando Bicuço retornou
para a floresta, Bud assobiou, chamando a criatura. O pouso foi feito com
sucesso e os dois alunos voltaram ao solo.
-- Gostaram do passeio?
-- SIM! – exclamaram
juntos e depois trocaram um olhar tímido.
-- E como professor... –
falando baixinho para Louise. – Me saí bem?
-- Fez um bom trabalho,
professor Bud. – elogiou a menina.
Giles julgou a tarefa
fácil. Se uma aluna como Louise domou o hipogrifo e o alemão também, ele
resolveu tentar a sua maneira. Empurrando alunos para abrir passagem, o aluno
da Sonserina a passos largos caminhou até Bicuço.
-- Perigoso, é? –
desdenhou o aluno. – Pra mim é só fachada que essa galinha de patas de cavalo
mostra.
-- Pare com isso, Giles...
Era tarde demais. Bicuço
embraveceu com as palavras e soltando um grunhido raivoso, levantou as patas
dianteiras e arranhou o braço de Giles, derrubando o aluno. Bud acalmou o
hipogrifo, depois o alimentou e repreendeu-o.
-- Se afastem! –
carregando Giles em seus braços. – Vou a ala hospitalar e a aula acabou! Estão
dispensados.
Todos voltaram para o
castelo um tanto tristes com a aula de hoje. Lulu pegou sua mochila e o casaco
porém ouviu algo nas folhas. Se aproximou mais e não viu nada, retornando a
tempo para a trilha. O que ela não viu era a loba preta de olhos azuis, que
admirou a menina em seu vôo e todo mundo...
Na sala comunal da
Lufa-Lufa todos se reuniram em torno de Louise e a mesma narrava a sensação de
ter voado nas costas de um hipogrifo, despertando curiosidade e imaginação. No
entanto notou que Alana estava bem distante e caminhava devagar. Ela foi para o
quarto, encontrando sua amiga deitada e se contorcendo de dor.
-- Alana. – acudiu Louise.
– Você está bem?
-- Não... – queixou-se a
menina. – É muita dor. E me sinto fraca. Me ajuda...
Contando com a ajuda de
Davy e Peter, os três ajudaram Alana sair da torre.
-- Me levem até o meu pai.
Por favor...
Por sorte encontraram Mike
Nesmith seguindo para sala comunal da Grifinoria. Vendo Alana daquele jeito
deixou o texano desesperado.
-- O que houve com ela? –
pegando a menina nos braços.
-- Acho que está doente. –
disse Louise, preocupada.
-- Temos de levá-la para o
professor Watson! – disse Peter.
E os alunos seguiram para
o dormitório do professor.
-- Professor Watson!
Ele abriu a porta,
recebendo os alunos.
-- Sua filha... – Nez nem
terminou de falar e Alana chora de novo por conta da dor.
-- Deixem minha filha ali
na minha cama!
Louise e Davy também
perceberam algo. O professor estava igual a filha. Gemendo de dor e meio
enfraquecido, contudo agüentava mais por ser adulto. Antes de saírem, a porta
se abre e revela o professor Tony McGold, trazendo dois cálices com líquido
fumegante.
-- Trouxe o que pediu,
Andrew. – deixando os cálices na mesa. – Fiz um caldeirão cheio para você e sua
filha.
-- Obrigado, Anthony. –
agradeceu o professor, bebendo um gole da poção e fazendo cara feia. – Alana
vai tomar agora. Se não fosse sua menina e seus amigos a trazerem minha filha,
não saberia que ela estava sofrendo de dor.
Tony não havia entendido e
viu os alunos ali.
-- Podem voltar aos seus
dormitórios. Agora!
-- E quanto Alana?
-- Ela ficará bem.
Eles saíram e Louise não
pode evitar sua preocupação pela amiga e o professor. Seja o que for, tudo ficará
bem...
Continua...
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