segunda-feira, 3 de outubro de 2016

The Prisoner (5º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e fiquem com novo capítulo. Boa leitura!



Capítulo 5: Um passeio com hipogrifo

Poderia ser um dia normal em Hogwarts se não fosse algo. Ana transformou Giorgio Chinaglia em um coelho e mostrou para Louise na hora do almoço.

-- Gostou do meu coelho, Lulu? – rindo da amiga ao mostrar o bicho.

-- Ele é bonitinho mas muito revoltado. – reparando que o coelho não parava quieto.

Ana continuava rindo e depois deixou-o no chão e o transformou em homem, para surpresa geral de todos.

-- Giorgio! – exclamou a lufana.

Todos riram da cena e o italiano, vermelho de raiva, berrava mil palavrões na sua língua contra Ana.

-- Isso não vai ficar assim! Vaffanculo!

-- Ora seu...

Neste momento Tony com sua varinha, deteve os dois bruxos.

-- Sr. Chinaglia e Srta. Romanov! – encarando cada um deles. – Os dois vão cumprir detenção por duas semanas e não irão a Hogsmeade por dois sábados! Se apresentem imediatamente na minha sala!

Os dois seguiram com o pai de Louise para o escritório dele e a mesma mordia a língua pra parar de rir.

-- Não devia rir do Giorgio mas é tão engraçado.

-- Italiano encrenqueiro! – Joanna comia seu cereal e continuava a conversar com as colegas. – Penso que Giorgio não devia estar na Lufa-Lufa. Olhem bem pra ele. Ele é bem bravo, gosta de brigar, provocar os outros alunos, não gosta de estudar e tira notas péssimas. Não sei como ele conseguiu passar este ano.

-- Ao menos ele é bom no quadribol. – concordou Alana.

Depois disso a Lufa-Lufa seguiu para a aula de Poções mas Louise mostra sua justificativa para o professor Tony, que a libera por conta da falta cometida na disciplina de Tratos com Criaturas Mágicas. Ao chegar a floresta encontrou os alunos do quarto e quinto ano.


-- Louise! – era Colin. – De novo nos encontramos e o...

-- Já sei. – interrompendo o primo. – Davy não veio porque está na aula de Feitiços. Eu tenho justificativa do meu pai e fui liberada pra recuperar essa aula.

-- Tenha cuidado, prima. – avisou Colin. – Não abuse deste recurso senão Rafelson pode lhe dar punição.

O professor em questão, era o guarda caça Bud Spencer, um velho conhecido de Davy e Louise e também foi quem resgatou os dois após o ataque de Voldermort, resultando na morte dos pais de Davy e da mãe de Louise.

-- Aproximem-se pessoal! – pedia Bud, em seu tom amável.  – Prontos para mais uma aula?

Os alunos responderam positivamente.

-- Abram seus livros na página 49.

-- Como vamos abrir sem ser devorado? – perguntou Giles Mackenzie, sempre arrogante da Sonserina.

-- Façam um carinho nele. – respondeu com a voz trovejante, imperando superioridade.

Giles se calou e fez conforme a dica do professor, acariciando seu livro de monstros. Louise fez o mesmo e sem querer se esbarrou com Gerd.

-- Desculpa! – sorrindo a menina.

-- Tudo bem. – devolvendo a gentileza. – O que está fazendo aqui?

-- Lembra que perdi a aula desta matéria? Estou recuperando.

-- Entendi. – enquanto acariciava o livro verticalmente, voltou sua atenção para a menina. – Achei este livro engraçado.

-- Ah, claro. Muito engraçado e espirituoso! – Giles se meteu na conversa. Ele adorava observar Louise e ao mesmo tempo provocar a menina e seu amigo. – Esta escola está indo pro brejo. Esperem até meus pais saberem que Rafelson colocou esse mentecapto pra dar aula!

Louise se irritou. Ela detestava Giles, mesmo ele sendo irmão de sua amiga, Dianna Mackenzie.

-- Por que não fecha essa boca, Giles? Nem assistiu à aula e já põe defeito, sua mula!

Os alunos da Grifinória e Corvinal riram. E alguns sonserinos como Felicity e Mickey, Rosie Donovan e Johan Cruyff.

Giles se enervou porém não se abateu. Largou a bolsa para James Stone, seu amigo e irmão de Alice. Lulu peitou o garoto e quando ia dizer algo o rosto de Giles mudou para horror.

-- Ai meu Deus! Dementador! Dementador! – apontando para as costas de Louise.

A menina se virou rápido, muito assustada e não viu nada e sim a cara risonha e maldita de Giles e seus amigos. Gerd ficou perto dela e caminhou em direção ao rapaz.

-- CALA ESSA BOCA! – segurando Giles pelo colarinho. – Se acha muito valente em pregar peças numa garota mas incapacitado de encarar alguém do seu tamanho, tampinha!

Ele largou o sonserino ao chão bem violentamente, deixando Giles constrangido e seus amigos chocados.

-- Obrigada, Gerd. – agradeceu Louise e recebendo uma piscadela por parte dele.

Neste momento Bud mostra para todos um tipo de criatura que ninguém viu. Ou tenha ouvido falar mas não visto um como aquele. Cabeça e asas enormes de águia e o corpo era de cavalo, mesmo com os pés tendo garras e penas brancas com toque cinza e preto. Ninguém ousou chegar perto. Nem mesmo Gerd e Franz, sempre tão corajosos, temeram a criatura.

-- Este é o Bicuço. – Bud alimentou o bicho com um peixe jogado no ar. – Não é uma beleza?

Ninguém respondeu.

-- Ele é um hipogrifo. Uma coisa que precisam saber sobre ele é que são criaturas muito orgulhosas e se ofendem fácil. Nunca insultem um hipogrifo, pois será a última coisa que farão em vida.

Louise engoliu em seco de medo. Na verdade se arrependia em ter vindo para assistir a aula.

-- E então quem quer ser o primeiro a cumprimentá-lo?

Todos se afastaram e alguns até se esconderam nas pedras. Lulu permaneceu atrás de Gerd, apertando a mão suada deste.

-- Que tal você, Gerhard?

As mãos do rapaz tremiam demais e vendo o quanto seu colega não tinha condições de enfrentar o hipogrifo, Louise saiu de trás e caminhou até o professor.

-- Eu quero tentar. – disse a lufana, se voluntariando para a tarefa.

-- Muito bem, Louise. Agora ouça precisa deixar que ele faça o primeiro movimento. Uma questão de cortesia. Você se aproxima, faz a reverência. Depois espere para saber se ele vai retribuir. Caso ganhar a retribuição, pode tocar nele. Senão... tenha cuidado.

Aparentemente era fácil dizer. Fazer o que mandou era difícil e Louise tremia internamente. Se aproximou um pouco do hipogrifo e reverenciou. Esperou uns segundos e ergueu a cabeça, ouvindo o bater de asas dele seus grunhidos. Ao que parece deixou a criatura um pouco melindrada.

-- Para trás, Louise. – alertou Bud. – Agora não se mexa! Fica assim.

Esperou mais e novamente ergue a cabeça para observá-lo. Não se agitou mais e aquietou-se. O próximo passo era do próprio hipogrifo. Colocou a pata direita na frente e abaixou gentilmente a cabeça. O sinal de retribuição.

-- Isso, Louise! Parabéns! – Bud contentou-se como Louise se saiu bem e presenteia Bicuço com outro peixe arremessado no ar. – Pode acariciá-lo.

E lentamente a menina caminhou em direção dele, um tanto temerosa. E gentilmente tocou a cabeça penosa de Bicuço e recebendo mais carinho. Gerd gostou do que viu e se aproximou também do bicho, fazendo exatamente como Louise executou. Ele também não se saiu mal.

-- Os dois estão de parabéns. – disse o professor e em seguida colocando Louise e Gerd montados no hipogrifo. – E agora podem ir passear com Bicuço. Mas não arranquem uma pena dele.

E depois deu um tapinha no traseiro do hipogrifo, que se lançou uma corrida e num impulso levantou vôo. Louise se segurou no pescoço dele e Gerd mais perto da garota.

-- Gerd... me ajuda. Não sei controlar um hipogrifo.

-- Perguntou pra pessoa errada. – ele estava mais assustado. – Droga! Bud deveria ter nos falado como controlar o Bicuço.

Apesar do medo de altura, os dois alunos se divertiram no fim com o passeio no ar. Viram planícies, nuvens, o sol e muitos pássaros. Passaram pelas torres do castelo e o campo de quadribol, que no momento treinava a turma da Lufa-Lufa.


Os amigos de Louise passeavam juntos mesmo de casas diferentes. Era intervalo e tinham saído da aula de Poções.

-- Não vi hoje a Louise. – comentou Davy, preocupado.

-- Eu também não a vi. – concordou Peter.

-- Ela não adoeceu de novo? – Mike Nesmith, da Grifinória, achava que a menina tinha ficado na ala hospitalar.

-- Talvez ela evitou de novo a Belle. – Micky Dolenz, colega de Mike, acreditava na teoria, porém olhou para Odile.  – Ou quem sabe você seja a causa.

-- Para sua informação, Micky, eu e Louise voltamos. – a aluna da Corvinal se ofendeu com acusação.

Antes de mais palavras ouviram um grito estridente.

-- DAVY!

Achando se tratar das mesmas vozes que ouviu no ano passado quando descobriu a Câmara Secreta, Davy reclamou.

-- De novo, não. Aquelas vozes...

-- Não, Davy. – disse Peter, olhando chocado pro céu. – Olha lá pro céu.

E forçando mais a vista, conseguiu enxergar Louise e Gerd num hipogrifo e sobrevoando no campo e no castelo. Todos pararam para ver aquele momento espantoso.

-- DAVY! OLHA PRA CÁ! – Louise sorria e acenava para o amigo. – ESTOU VOANDO!

Odile, Joanna e Alana se espantaram mais ainda. Da janela da torre de astronomia, Tony McGold viu a filha sobrevoando com a criatura... e junto o filho da ministra Hilda Müller. Obviamente não gostou do que viu.

Quando Bicuço retornou para a floresta, Bud assobiou, chamando a criatura. O pouso foi feito com sucesso e os dois alunos voltaram ao solo.

-- Gostaram do passeio?

-- SIM! – exclamaram juntos e depois trocaram um olhar tímido.

-- E como professor... – falando baixinho para Louise. – Me saí bem?


-- Fez um bom trabalho, professor Bud. – elogiou a menina.

Giles julgou a tarefa fácil. Se uma aluna como Louise domou o hipogrifo e o alemão também, ele resolveu tentar a sua maneira. Empurrando alunos para abrir passagem, o aluno da Sonserina a passos largos caminhou até Bicuço.

-- Perigoso, é? – desdenhou o aluno. – Pra mim é só fachada que essa galinha de patas de cavalo mostra.

-- Pare com isso, Giles...

Era tarde demais. Bicuço embraveceu com as palavras e soltando um grunhido raivoso, levantou as patas dianteiras e arranhou o braço de Giles, derrubando o aluno. Bud acalmou o hipogrifo, depois o alimentou e repreendeu-o.

-- Se afastem! – carregando Giles em seus braços. – Vou a ala hospitalar e a aula acabou! Estão dispensados.

Todos voltaram para o castelo um tanto tristes com a aula de hoje. Lulu pegou sua mochila e o casaco porém ouviu algo nas folhas. Se aproximou mais e não viu nada, retornando a tempo para a trilha. O que ela não viu era a loba preta de olhos azuis, que admirou a menina em seu vôo e todo mundo...

Na sala comunal da Lufa-Lufa todos se reuniram em torno de Louise e a mesma narrava a sensação de ter voado nas costas de um hipogrifo, despertando curiosidade e imaginação. No entanto notou que Alana estava bem distante e caminhava devagar. Ela foi para o quarto, encontrando sua amiga deitada e se contorcendo de dor.

-- Alana. – acudiu Louise. – Você está bem?

-- Não... – queixou-se a menina. – É muita dor. E me sinto fraca. Me ajuda...

Contando com a ajuda de Davy e Peter, os três ajudaram Alana sair da torre.

-- Me levem até o meu pai. Por favor...

Por sorte encontraram Mike Nesmith seguindo para sala comunal da Grifinoria. Vendo Alana daquele jeito deixou o texano desesperado.

-- O que houve com ela? – pegando a menina nos braços.

-- Acho que está doente. – disse Louise, preocupada.

-- Temos de levá-la para o professor Watson! – disse Peter.


E os alunos seguiram para o dormitório do professor.

-- Professor Watson!

Ele abriu a porta, recebendo os alunos.

-- Sua filha... – Nez nem terminou de falar e Alana chora de novo por conta da dor.

-- Deixem minha filha ali na minha cama!

Louise e Davy também perceberam algo. O professor estava igual a filha. Gemendo de dor e meio enfraquecido, contudo agüentava mais por ser adulto. Antes de saírem, a porta se abre e revela o professor Tony McGold, trazendo dois cálices com líquido fumegante.

-- Trouxe o que pediu, Andrew. – deixando os cálices na mesa. – Fiz um caldeirão cheio para você e sua filha.

-- Obrigado, Anthony. – agradeceu o professor, bebendo um gole da poção e fazendo cara feia. – Alana vai tomar agora. Se não fosse sua menina e seus amigos a trazerem minha filha, não saberia que ela estava sofrendo de dor.

Tony não havia entendido e viu os alunos ali.

-- Podem voltar aos seus dormitórios. Agora!

-- E quanto Alana?

-- Ela ficará bem.

Eles saíram e Louise não pode evitar sua preocupação pela amiga e o professor. Seja o que for, tudo ficará bem...


Continua...

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