quarta-feira, 2 de julho de 2014

Holiday Romance (2º Capítulo)

Olá pessoal!

Hoje temos segundo capítulo de Holiday Romance, com POV da Marie. Boa leitura!



Capitulo 2: Co-co-ca-Cola-la

Marie POV

-- Obrigada por virem meninas! – Disse Nora, enquanto caminhávamos em direção à biblioteca.

-– Assim se eu tiver um troço enquanto estiver conversando com o Ray, vocês me socorrem.

-- Acho melhor ele te socorrer – Falou Anastácia.

-- Eu também acho – Respondi. – Ai ele mostra que esta mesmo afim de você!

Continuamos a caminhar discutindo tudo o que ela poderia dizer a Ray, para impressioná-lo e também não mostrar a parte doida dela. No meio do corredor vimos um rapaz,que se parecia muito com Ana se aproximando junto com um outro rapaz.Eles começaram a resmungar entre si, em alguma língua que se parecia com russo, enquanto nós três tentávamos entender o que ele estavam falando.

-- Meninas, este é o meu irmão, Christopher. – Ana disse por fim. – E este é o meu namorado, Eric Clapton. Ele cursa literatura russa e música aqui na faculdade.

Eles nos cumprimentaram e Ana pediu desculpas à Nora, porque ela tinha que resolver algo urgente e não poderia ajudar ela com Ray.

-- Me mande mensagem depois quando tudo terminar. – Disse Anastácia.

-- Pode deixar! – Respondeu Nora.

Ela se despediu de nós e saiu com os dois rapazes em direção ao jardim. Perguntamos-nos por algum momento o que eles estavam resmungando em russo, enquanto caminhávamos em direção a biblioteca.

-- Quando meus pais não queriam que nem eu ou minha irmã ouvíssemos o que eles estavam conversando, geralmente eles falavam em alemão ou também em russo. – falei enquanto abria a porta da biblioteca.

-- Ainda estou curiosa pra saber – Disse Felicity.

-- Acho que ela talvez conte para gente depois. – Disse Nora. Fomos até a sessão de filosofia e vimos um rapaz com a camiseta do Golden Lions, o time da faculdade, organizando os livros de filosofia. Nora se virou para gente e disse. –- É agora, me desejem boa sorte!

-- Boa sorte! – Dissemos eu e Felicity.

Nora se virou e foi ao encontro do rapaz, enquanto eu e Felicity andávamos na biblioteca. Ela acabou indo pra sessão de literatura medieval e eu acabei ficando na sessão de literatura contemporânea.Enquanto estava olhando os livros da J.K. Rowling, eu vi um cachecol verde ao lado do ‘Morte Súbita’, um dos seus livros mais recentes.

Cocei os olhos achando que estava vendo as coisas, até que peguei aquele cachecol verde em minhas mãos e notei que eram um modelo igual ao que o pessoal de Sonserina usava no Harry Potter.

Mas aquilo era estranho. Um cachecol em pleno final de agosto?Estava um calor terrível! Como alguém num calor desses iria usar um cachecol desses. E fedido ainda!

Levei o cachecol até o nariz e senti uma mistura de cheiros estranhos como baba, cigarro, suor, perfume masculino barato, menta e alguma coisa adocicada.Por mais que esse cachecol fosse fedido demais, eu estava meio que gostando daquele cheiro.

-- Ai meu Deus, ainda bem que você o encontrou! – Olhei e vi um rapaz gordinho, de cabelo e barba grande, ele usava uma camiseta de Sonserina e estava ofegante. O que deixava ele lindinho demais. --Por que você esta cheirando ele?

--Isto é seu? – Perguntei entregando o cachecol para ele.  – Você precisa dar uma lavadinha nele!

-- Quem sabe um dia! Agora, por que você estava cheirando ele? – Perguntou ele, enquanto amarrava o cachecol no pescoço.

-- Porque eu quis saber qual o cheiro ele tinha! – Respondi, com toda a sinceridade que eu tinha. -- Você não esta com calor? É meio uma loucura!

-- Eu gosto de uma loucura. –- Respondeu ele. -- Mas obrigado mesmo assim! Até logo!

Ele saiu e eu fiquei lá parada coçando o nariz, olhando para os livros da J.K. Rowling. Decidi então tomar emprestado o primeiro livro da saga do Harry Potter, que era a Pedra Filosofal. Depois que fiz o cadastro na biblioteca e tomei o livro emprestado, guardei-o dentro de uma sacola especial que eu guardava dentro dela para colocar os livros e deixá-los em segurança e resolvi ir comprar alguma coisa para comer, já que havia uma cantina ali perto.

Enquanto esperava na fila da cantina, resolvi checar as minhas mensagens do meu celular. A primeira que eu vi era da minha mãe. Eu havia contado que o professor Long John tinha perguntado sobre ela e agora chegou a resposta.

“Não sabia que meu ex-namorado era seu professor! Ai meu Deus! Por favor, não dê o

telefone aqui de casa para ele!

Sinto sua falta,beijos! Seu pai manda dizer que te ama demais também!”


Havia uma da minha irmã mais nova, Odile.

“Cara, mamãe esta pirando aqui com o fato do seu professor ser o ex dela! Eu estou

rindo demais disso! E te contei? Seu ex-professor-namorado esta ficando com uma

menina do meu grupo de teatro! Mas a menina é uma grande vaca, já ficou com todo mundo aqui!

Beijos! Depois mando o facebook dessa vaca pra você ver!”


Meu ex-namorado foi meu professor de literatura inglesa. Ele se chamava Serge Gainsbourg. Ele tinha 26 e eu meus simples 17 anos. Quando meus pais descobriram do meu caso com ele, eles me obrigaram a vir estudar aqui em Londres em vez de ficar em Paris.

Olhei e vi que a moça que trabalhava na cantina me chamava, pedi desculpas e pedi um sanduíche de patê de presunto com alface e tomate, uma coca-cola e um suco. Paguei e guardei o sanduíche e o suco dentro da minha pequena bolsa, junto com alguns canudos, para caso eu encontrasse alguma das meninas,eu dividiria com elas.Abri a coca-cola e fui bebendo, enquanto terminava de ler as mensagens no celular.

Só havia duas, da minha melhor amiga Noelle, que estava me perguntando alguns spoilers de Gossip Girl, que era uma das minhas séries favoritas. Respondi o que ela tinha que ver o resto da primeira temporada para entender um pouco da história, porque ela só tinha visto dois episódios da primeira temporada e já estava querendo mais.

Enquanto eu respondia, tomei um pouco da coca-cola e acabei trombando em alguém e derrubei toda a coca-cola na pessoa. Quando eu vi, era o gordinho de Sonserina da biblioteca.

-- Você! – Disse ele. Seu cachecol estava cheio da minha coca-cola e ele tentava tirar o cachecol, tentando não se sujar.

-- Mil desculpas! Mil desculpas mesmo! –- Dizia eu, tentando tirar o cachecol dele.

--Deixa que eu tiro ele sozinho! – Respondeu ele, bem bravo.

-- Fui culpada disso tudo e eu vou te ajudar! – Respondi. Consegui tirar o cachecol do pescoço dele e torci ele no chão, enquanto metade da minha coca-cola escorria dali. --Vamos ter que levar ele para lavar!

-- Como assim lavar?! – Perguntou ele. -- Ele é meu cachecol da sorte! Eu quase nunca lavo ele!

-- Então se você quiser dormir com um ninho de baratas e outros bichos, eu te devolvo ele! – Respondi.

Ele bufou e por fim disse:

--Tudo bem!

Ele pegou a minha latinha de coca-cola e jogou no lixo, começamos a caminhar cruzando o jardim até os alojamentos e as repúblicas, onde ficavam as lavanderias. Por um breve momento, caminhamos em silêncio, até que ele tirou um maço de cigarros e um isqueiro de sua bolsa, e tentou ascender, mas suas mãos estavam escorregadias, paramos perto de um banco e eu coloquei o cachecol no banco, e ascendi o cigarro dele.

-- Obrigado – Respondeu ele, dando uma baforada bem no meu rosto.

-- Não tem de que! – Respondi tossindo um pouco.

-- Aliás, meu nome é Graham Bond. – Disse ele, quando voltamos a caminhar.

-- O meu é Marie Greyhound. – Respondi.

-- Você é parente daquela escritora, Serena Greyhound? – Perguntou ele com um risinho.

-- Ela é minha mãe na verdade.

-- Sua mãe?! – Ele perguntou um pouco surpreso com aquilo tudo. -- É verdade que ela conheceu a Queen J.K.?

-- Sim, e eu também conheci ela! – Respondi.

-- E-e-e-e como foi? – Perguntou ele.

-- Tomamos chá e a filha dela conversou um pouco comigo e com a minha irmã.

Ele me fez uma série de perguntas de como era minha mãe escrevendo, do que a J.K. Rowling conversou com a minha mãe e tudo mais. Nem percebi que havíamos chegado à lavanderia e também o mais estranho, ela estava vazia, exceto pela mulher que estava trabalhando lá.

Fui até o balcão e perguntei para a mulher, cujo crachá lia-se Margot e perguntei como eu poderia lavar um cachecol e ele não estragar na maquina de lavar roupa.

-- Um cachecol? Em pleno o verão? – Perguntou ela.

-- O cachecol dele na verdade. – Disse apontando para Graham que estava atrás de mim.

-- Ah, Olá Graham! – Disse ela. – Como esta sua mãe?

-- Ela vai bem, senhora Haley. – Respondeu ele sorrindo.

-- Avise - a depois que eu vou fazer uma visita. – Falou ela. Ele fez que sim com a cabeça e ela me entregou um negócio de plástico que é usado para lavar lingerie dentro da máquina e me disse para colocar o cachecol ali dentro – Talvez não estrague.
Coloquei o cachecol ali dentro e depois coloquei na máquina de lavar, Graham colocou algumas moedas na máquina e sentamos em alguns bancos enfrente da máquina de lavar e eu tirei meu suco e sanduíche da bolsa e reparti eles com o Graham.

-- Obrigado! – Respondeu ele.

Enquanto comíamos, começou a tocar uma das minhas músicas favoritas, “Tender”, do grupo Blur. Margot começou a cantar e depois que terminei de comer, comecei a cantar e depois Graham se juntou a cantoria.

-- Essa foi a coisa mais louca que aconteceu comigo! – Disse ele enquanto bebia um pouco de suco.

-- Comigo também! – Respondi entre um risinho.

-- A gente devia marcar de sair um dia desses. – Falou ele. – Prometo não fazer mais perguntas como aquelas.

--Tudo bem! – Respondi – Talvez seja eu que faça tais perguntas!

--Você? – Disse ele surpreso – Como quiser! Quinta, depois da aula?

-- Fechado – Respondi.

-- I'm waiting for that feeling, Waiting for that feeling to come – Cantou Margot do balcão.

-- Oh my baby – Cantou ele baixinho.

-- Oh my baby, Oh why – Cantei.

-- Oh my – Cantamos juntos e nossos olhos acabaram se encontraram.

E nos apaixonamos.

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