Hoje temos segundo capítulo de Holiday Romance, com POV da Marie. Boa leitura!
Capitulo 2: Co-co-ca-Cola-la
Marie POV
-- Obrigada
por virem meninas! – Disse Nora, enquanto caminhávamos em direção à biblioteca.
-– Assim se eu
tiver um troço enquanto estiver conversando com o Ray, vocês me socorrem.
-- Acho melhor
ele te socorrer – Falou Anastácia.
-- Eu também
acho – Respondi. – Ai ele mostra que esta mesmo afim de você!
Continuamos a
caminhar discutindo tudo o que ela poderia dizer a Ray, para impressioná-lo e
também não mostrar a parte doida dela. No meio do corredor vimos um rapaz,que
se parecia muito com Ana se aproximando junto com um outro rapaz.Eles começaram
a resmungar entre si, em alguma língua que se parecia com russo, enquanto nós
três tentávamos entender o que ele estavam falando.
-- Meninas,
este é o meu irmão, Christopher. – Ana disse por fim. – E este é o meu
namorado, Eric Clapton. Ele cursa literatura russa e música aqui na faculdade.
Eles nos
cumprimentaram e Ana pediu desculpas à Nora, porque ela tinha que resolver algo
urgente e não poderia ajudar ela com Ray.
-- Me mande
mensagem depois quando tudo terminar. – Disse Anastácia.
-- Pode
deixar! – Respondeu Nora.
Ela se
despediu de nós e saiu com os dois rapazes em direção ao jardim. Perguntamos-nos
por algum momento o que eles estavam resmungando em russo, enquanto
caminhávamos em direção a biblioteca.
-- Quando meus
pais não queriam que nem eu ou minha irmã ouvíssemos o que eles estavam
conversando, geralmente eles falavam em alemão ou também em russo. – falei
enquanto abria a porta da biblioteca.
-- Ainda estou
curiosa pra saber – Disse Felicity.
-- Acho que
ela talvez conte para gente depois. – Disse Nora. Fomos até a sessão de
filosofia e vimos um rapaz com a camiseta do Golden Lions, o time da faculdade,
organizando os livros de filosofia. Nora se virou para gente e disse. –- É
agora, me desejem boa sorte!
-- Boa sorte!
– Dissemos eu e Felicity.
Nora se virou
e foi ao encontro do rapaz, enquanto eu e Felicity andávamos na biblioteca. Ela
acabou indo pra sessão de literatura medieval e eu acabei ficando na sessão de
literatura contemporânea.Enquanto estava olhando os livros da J.K. Rowling, eu
vi um cachecol verde ao lado do ‘Morte Súbita’, um dos seus livros mais
recentes.
Cocei os olhos
achando que estava vendo as coisas, até que peguei aquele cachecol verde em
minhas mãos e notei que eram um modelo igual ao que o pessoal de Sonserina
usava no Harry Potter.
Mas aquilo era
estranho. Um cachecol em pleno final de agosto?Estava um calor terrível! Como
alguém num calor desses iria usar um cachecol desses. E fedido ainda!
Levei o
cachecol até o nariz e senti uma mistura de cheiros estranhos como baba,
cigarro, suor, perfume masculino barato, menta e alguma coisa adocicada.Por
mais que esse cachecol fosse fedido demais, eu estava meio que gostando daquele
cheiro.
-- Ai meu
Deus, ainda bem que você o encontrou! – Olhei e vi um rapaz gordinho, de cabelo
e barba grande, ele usava uma camiseta de Sonserina e estava ofegante. O que
deixava ele lindinho demais. --Por que você esta cheirando ele?
--Isto é seu?
– Perguntei entregando o cachecol para ele.
– Você precisa dar uma lavadinha nele!
-- Quem sabe
um dia! Agora, por que você estava cheirando ele? – Perguntou ele, enquanto
amarrava o cachecol no pescoço.
-- Porque eu
quis saber qual o cheiro ele tinha! – Respondi, com toda a sinceridade que eu
tinha. -- Você não esta com calor? É meio uma loucura!
-- Eu gosto de
uma loucura. –- Respondeu ele. -- Mas obrigado mesmo assim! Até logo!
Ele saiu e eu
fiquei lá parada coçando o nariz, olhando para os livros da J.K. Rowling. Decidi
então tomar emprestado o primeiro livro da saga do Harry Potter, que era a
Pedra Filosofal. Depois que fiz o cadastro na biblioteca e tomei o livro
emprestado, guardei-o dentro de uma sacola especial que eu guardava dentro dela
para colocar os livros e deixá-los em segurança e resolvi ir comprar alguma
coisa para comer, já que havia uma cantina ali perto.
Enquanto
esperava na fila da cantina, resolvi checar as minhas mensagens do meu celular.
A primeira que eu vi era da minha mãe. Eu havia contado que o professor Long
John tinha perguntado sobre ela e agora chegou a resposta.
“Não sabia que meu
ex-namorado era seu professor! Ai meu Deus! Por favor, não dê o
telefone aqui de casa
para ele!
Sinto sua
falta,beijos! Seu pai manda dizer que te ama demais também!”
Havia uma da
minha irmã mais nova, Odile.
“Cara, mamãe esta
pirando aqui com o fato do seu professor ser o ex dela! Eu estou
rindo demais disso! E
te contei? Seu ex-professor-namorado esta ficando com uma
menina do meu grupo de
teatro! Mas a menina é uma grande vaca, já ficou com todo mundo aqui!
Beijos! Depois mando o
facebook dessa vaca pra você ver!”
Meu
ex-namorado foi meu professor de literatura inglesa. Ele se chamava Serge
Gainsbourg. Ele tinha 26 e eu meus simples 17 anos. Quando meus pais
descobriram do meu caso com ele, eles me obrigaram a vir estudar aqui em
Londres em vez de ficar em Paris.
Olhei e vi que
a moça que trabalhava na cantina me chamava, pedi desculpas e pedi um sanduíche
de patê de presunto com alface e tomate, uma coca-cola e um suco. Paguei e
guardei o sanduíche e o suco dentro da minha pequena bolsa, junto com alguns
canudos, para caso eu encontrasse alguma das meninas,eu dividiria com elas.Abri
a coca-cola e fui bebendo, enquanto terminava de ler as mensagens no celular.
Só havia duas,
da minha melhor amiga Noelle, que estava me perguntando alguns spoilers de
Gossip Girl, que era uma das minhas séries favoritas. Respondi o que ela tinha
que ver o resto da primeira temporada para entender um pouco da história,
porque ela só tinha visto dois episódios da primeira temporada e já estava
querendo mais.
Enquanto eu
respondia, tomei um pouco da coca-cola e acabei trombando em alguém e derrubei
toda a coca-cola na pessoa. Quando eu vi, era o gordinho de Sonserina da
biblioteca.
-- Você! – Disse
ele. Seu cachecol estava cheio da minha coca-cola e ele tentava tirar o
cachecol, tentando não se sujar.
-- Mil
desculpas! Mil desculpas mesmo! –- Dizia eu, tentando tirar o cachecol dele.
--Deixa que eu
tiro ele sozinho! – Respondeu ele, bem bravo.
-- Fui culpada
disso tudo e eu vou te ajudar! – Respondi. Consegui tirar o cachecol do pescoço
dele e torci ele no chão, enquanto metade da minha coca-cola escorria dali. --Vamos
ter que levar ele para lavar!
-- Como assim
lavar?! – Perguntou ele. -- Ele é meu cachecol da sorte! Eu quase nunca lavo
ele!
-- Então se
você quiser dormir com um ninho de baratas e outros bichos, eu te devolvo ele!
– Respondi.
Ele bufou e
por fim disse:
--Tudo bem!
Ele pegou a
minha latinha de coca-cola e jogou no lixo, começamos a caminhar cruzando o
jardim até os alojamentos e as repúblicas, onde ficavam as lavanderias. Por um
breve momento, caminhamos em silêncio, até que ele tirou um maço de cigarros e
um isqueiro de sua bolsa, e tentou ascender, mas suas mãos estavam
escorregadias, paramos perto de um banco e eu coloquei o cachecol no banco, e
ascendi o cigarro dele.
-- Obrigado –
Respondeu ele, dando uma baforada bem no meu rosto.
-- Não tem de
que! – Respondi tossindo um pouco.
-- Aliás, meu
nome é Graham Bond. – Disse ele, quando voltamos a caminhar.
-- O meu é
Marie Greyhound. – Respondi.
-- Você é
parente daquela escritora, Serena Greyhound? – Perguntou ele com um risinho.
-- Ela é minha
mãe na verdade.
-- Sua mãe?! –
Ele perguntou um pouco surpreso com aquilo tudo. -- É verdade que ela conheceu
a Queen J.K.?
-- Sim, e eu
também conheci ela! – Respondi.
-- E-e-e-e
como foi? – Perguntou ele.
-- Tomamos chá
e a filha dela conversou um pouco comigo e com a minha irmã.
Ele me fez uma
série de perguntas de como era minha mãe escrevendo, do que a J.K. Rowling
conversou com a minha mãe e tudo mais. Nem percebi que havíamos chegado à
lavanderia e também o mais estranho, ela estava vazia, exceto pela mulher que
estava trabalhando lá.
Fui até o
balcão e perguntei para a mulher, cujo crachá lia-se Margot e perguntei como eu
poderia lavar um cachecol e ele não estragar na maquina de lavar roupa.
-- Um
cachecol? Em pleno o verão? – Perguntou ela.
-- O cachecol
dele na verdade. – Disse apontando para Graham que estava atrás de mim.
-- Ah, Olá
Graham! – Disse ela. – Como esta sua mãe?
-- Ela vai
bem, senhora Haley. – Respondeu ele sorrindo.
-- Avise - a
depois que eu vou fazer uma visita. – Falou ela. Ele fez que sim com a cabeça e
ela me entregou um negócio de plástico que é usado para lavar lingerie dentro
da máquina e me disse para colocar o cachecol ali dentro – Talvez não estrague.
Coloquei o
cachecol ali dentro e depois coloquei na máquina de lavar, Graham colocou
algumas moedas na máquina e sentamos em alguns bancos enfrente da máquina de
lavar e eu tirei meu suco e sanduíche da bolsa e reparti eles com o Graham.
-- Obrigado! –
Respondeu ele.
Enquanto
comíamos, começou a tocar uma das minhas músicas favoritas, “Tender”, do grupo
Blur. Margot começou a cantar e depois que terminei de comer, comecei a cantar
e depois Graham se juntou a cantoria.
-- Essa foi a
coisa mais louca que aconteceu comigo! – Disse ele enquanto bebia um pouco de
suco.
-- Comigo
também! – Respondi entre um risinho.
-- A gente
devia marcar de sair um dia desses. – Falou ele. – Prometo não fazer mais
perguntas como aquelas.
--Tudo bem! –
Respondi – Talvez seja eu que faça tais perguntas!
--Você? – Disse
ele surpreso – Como quiser! Quinta, depois da aula?
-- Fechado – Respondi.
-- I'm waiting for that feeling, Waiting for
that feeling to come – Cantou Margot do balcão.
-- Oh my baby – Cantou ele baixinho.
-- Oh my baby, Oh why – Cantei.
-- Oh my – Cantamos juntos e nossos olhos
acabaram se encontraram.
E nos
apaixonamos.

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