domingo, 9 de agosto de 2015

The Air That I Breathe (10º Capítulo)

Olá pessoal!
Uma boa tarde e menos de 24 horas surge mais um capítulo dos Hollies. E antes da leitura, vou atualizar a lista de elenco:
Jennifer Eccles - Maria Alice Piassi
Maureen Hicks - Mariana "Walrus Girl" Campos
Suzanne Winstead - Mariana "Greyjoy" Pereira
Eleanor - Vitoria "Vit" Arantes
Carrie Anne - Inara "Maya" Araujo
Princess Eloise - ???

Agora com vocês a leitura!



Capítulo 10: Sorry Suzanne

Jenny POV
Após o ensaio onde Tony havia composto Poison Ivy, me senti um pouco mais tranqüila. Sabia que ele me ama, não há dúvidas disso. Ou melhor, até poucos dias, quando conheci a tal Eleanor, me bateu um pouco de insegurança. Confessei isso ao meu primo.
-- Já falei, Jen. – Terry me convencia que Tony não possui nada com ela. – Ele te ama demais. O que eles tiveram, está enterrado.
Por mais que estivesse convencida, algo me dizia que Eleanor não ia desistir tão fácil. E para comprovar, resolvi ficar mais perto de Tony. Praticamente fazíamos trabalhos juntos, passava mais tempo na casa dele e todos os fins de semana saímos juntos para os restaurantes, cinemas e outros lugares.
Certa vez notei que sempre quando íamos para algum lugar, Eleanor ia junto. Seguindo-nos ou coisa assim. Às vezes era alguma amiga ligada a banda ou Tony que a convidava, e pelo visto aceitava na hora. E tem mais. Ela me olhava seriamente. Era óbvio. O namorado dela preferindo a mim a ela. Uma vez perguntei para meu amado.
-- Tony, me responda algo?
-- Claro, meu amor. – Beijando minha bochecha. – O que é?
-- Você... ainda tem algum sentimento... pela Eleanor?
-- Não. – Ele respondeu e me encarando sério. – Está com ciúmes?
-- Eu... não... – Disfarcei a ponto de reconhecer isso. – Um pouco.
-- Amorzinho, o que tive com Eleanor já passou. Alias, ela me traiu com outro e terminamos. Já com você, gostei de você logo no primeiro dia de aula.
Trocamos um abraço forte ali mesmo. Oh Tony...

Carrie Anne POV
Esperei por alguns minutos e Allan comparece na lanchonete.
-- Desculpe o atraso.  Tivemos ensaio.
-- Tudo bem. – Pegando o cardápio simples e escolhendo o que comer.
Minutos depois nossos pedidos chegaram. Estava comendo tranquilamente e Allan não tocou no hambúrguer.
-- Por onde estava todo esse tempo, Carrie? – Ele questionou.
Não respondi e segui comendo.
-- Carrie!
-- Estava em Blackpool, cuidando da minha avó. –Quase chorando. – Depois... daquele dia, eu fiquei magoada e ao mesmo tempo feliz. Magoada por ainda gostar do Nash e feliz por saber que gosta de mim.
Todo esse tempo Allan era o meu amigo. Amigo de verdade, o único que me ouvia, conversava até tarde no MSN, mandava mensagens contendo algumas besteiras e rindo das piadas sem graça. Nunca o olhei mais que um amigo.
-- Eu estava com medo na verdade. – Ele dizia enquanto mordia seu hambúrguer e depois engolia.
-- Medo do que?
-- De você não me... aceitar...
-- Allan, estou confusa. – Disse com tristeza. – Eu quero um tempo pra mim. Mas também não quero perder sua amizade. Só me dê um tempo para... processar as coisas.
Me senti terrivelmente mal. Tanto que nem terminei de comer e Allan também não quis comer.  Voltei para a casa com cara de vilã numa história. No quarto chorei e peguei o celular, digitando uma mensagem pro Allan me perdoar. Ele não respondeu. E certamente não vai falar comigo mais. De repente vem outra mensagem.

Oi Anne!
Novidades a vista: vou estudar amanhã no mesmo colégio que você.
Te vejo as sete!
Eloise

Uma de minhas melhores amigas vai voltar a estudar junto comigo. O problema... vai ser esconder sua realeza.

Suzanne POV
-- Amor, me perdoa?
Graham insistia em falar comigo. E eu... não queria falar com ele.
-- Vai embora.
-- Amor...
-- Saí daqui, ursinho!
Eu não sabia o que fazer. Vi Graham beijando a irmã de Tony e bem antes disso, me apaixono pelo namorado de uma de minhas amigas, Carrie Anne. Ela sem dúvida parou de falar comigo e se isolou de todos. Ninguém sabe dela, nem mesmo Allan, que é seu melhor amigo.
No outro dia, tive aula tranqüilo de Química e o professor nos deu trabalho em dupla e advinha: Nash vai fazer comigo. Contra minha vontade. Na verdade preferia trabalhar sozinha contudo, não deixou e me obrigou a cooperar com o guitarrista.
Enquanto nos dedicávamos na matéria por quase a manhã inteira, Nash resolve puxar um papo e não era sobre a Fórmula de Mol ou Linnus Pauling.
-- Me desculpe, ursinha...
Lancei um olhar de reprovação a ele. Mesmo separado dele, insistia em me chamar de ursinha. Terminamos o trabalho rapidamente e entregamos ao professor. Sai da sala de aula rapidamente. Na verdade eu cabulei a aula de Literatura Clássica. Passei a tarde toda só estudando e depois ouvindo música. Meus pais estavam trabalhando por isso fiquei sozinha. O tempo começou a se fechar com nuvens escuras, certo que virá chuva. Quando ia tomar água, ouço a campainha e abri a porta. Era Graham.
-- Me perdoa, ursinha.
-- Você não desiste. – Aos poucos pegava raiva da insistência dele. – Sai daqui, Nash!
Fechei a porta na cara dele e ainda ouvi gritando do lado de fora.
-- Mesmo que feche essa porta, caia uma chuva e me molhe, não vou desistir de você!
Comecei a ouvir o som de um violão e Nash cantando.
I can't make it if you leave me
I'm sorry Suzanne believe me I was wrong
And I knew I was all along
Forgive me

I still love you more than ever
I'm sorry Suzanne for ever hurting you
You know I never wanted to
I'm truly sorry Suzanne

I could never ever justify
All the tears I made you cry
But I do regret it my Suzanne
You gotta believe me

I was lookin' 'round for someone new
What a foolish thing to do
All the time I knew it
Heaven knows what made me do it girl

I can't make it if you leave me
I'm sorry Suzanne believe me I was wrong
And I knew I was all along all along
I'm truly sorry Suzanne

If you would only take me back again
Things would be so different then
What I wouldn't give for
One more chance to live for you Suzanne
E mesmo cantando, Nash estava ali, exposto em plena chuva torrencial. Quando tudo parou, abri a porta e ele estava ali, no mesmo lugar, completamente molhado, tremendo de frio e espirrando e ardendo em febre.
Aquilo acabou comigo. Puxei ele para a sala e o levei até meu quarto. Tirei suas roupas e peguei umas do meu irmão mais velho, Douglas. Preparei um chá com ervas que minha mãe faz sempre quando estou gripada e fiz Nash beber. Trocamos um olhar intenso e num momento impulsivo, o beijei.
-- Eu te amo, Nash, meu ursinho guitarrista.
O resto da tarde foi tão intenso e maravilhoso.

Eleanor POV
Vi que Tony e Jenny estão bem distantes, o bastante para não olhar pra eles. Quando finalmente consigo estudar no mesmo colégio que ele, eis que me surge isso: ele está com uma garota que ao meu ver, é sem sal. Admito que fiz coisas erradas e uma delas é trair Tony. Ele nunca fez nada para merecer isso. E agora quero recuperar tudo isso e seu perdão.
Precisava pensar em algo que não pudesse chamar tanta atenção. No refeitório, me sentei sozinha... até uma garota baixa de cabelo louro e olhos cor de mel, meio atrapalhada com a bandeja de comida resolver se sentar comigo.
-- Hã, com licença, posso me sentar aqui?
-- Pode. – Disse um pouco indiferente.
-- Obrigada.
Notei que a garota era meio diferente do pessoal. Talvez pelas roupas serem um pouco elegantes. Tenho a impressão que a conheço de algum lugar.
-- Você é nova por aqui? – Questionei.
-- Sim.
-- De onde você veio, sem querer ser curiosa?
-- Liverpool. – A garota respondeu mas notei que ela suava e nem estava quente nem nada.
Antes de fazer mais uma pergunta, Carrie Anne surge diante de nós e leva a garota com ela pra uma mesa mais próxima. O que a garota misteriosa e Carrie possuem que as mantém tão ligadas?
Depois disso passei a observar a banda de Tony. Todos simpáticos. Aquele tal do Bern é uma graça. E tem uma simpatia e educação que nem eu mesma acredito... Opa. O que está havendo? Estou pensando em outro cara e me desviando do Tony? Será que esteja apaixonada... por Bern?

Maureen POV
Nunca me senti assim, tão desprezada e ao mesmo tempo odiada por todos. Tony me xingou tanto que nem quero dizer as palavras ditas. Jenny e as amigas delas me deram consolo. O que eu poderia fazer? Acabei gostando de um cara que tem namorada. Mas afinal, Nash traiu Carrie Anne com Sue. Então, eu não poderia ser a culpa disso tudo e todo mundo me condenar. Se bem que, desta vez, Graham está mesmo amando Suzanne...
A semana inteira só estudei e nem compareci aos ensaios da banda por castigo e evitar atritos com Nash e Sue, que finalmente voltaram e estão mais apaixonados. Contudo, algo aconteceu de bom na semana do acerto de Nash e Sue. Tinha ido a sorveteria e na hora de pagar o sundae que escolhi, surge Terry Sylvester pagando para mim.
-- Pra você, pequena dama. – Disse ele, pegando o sundae e dando-o para mim.
-- Obrigada! – Agradeci tão feliz.
Caminhamos um pouco pela avenida até me perguntar algo.
-- Nesta sexta, serão as quartas de final do Concurso de Bandas. E eu já convidei a Jenny e as meninas e gostaria de saber se quer ir comigo? Como amigos, é claro.
-- Sim. Eu quero! – Aceitei na hora.
Aos poucos a imagem de Graham Nash sumia e dava lugar ao primo querido e fofo da Jennifer Eccles. E devo confessar: ele é um amor de pessoa.


Continua...

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