Uma boa tarde e menos de 24 horas surge mais um capítulo dos Hollies. E antes da leitura, vou atualizar a lista de elenco:
Jennifer Eccles - Maria Alice Piassi
Maureen Hicks - Mariana "Walrus Girl" Campos
Suzanne Winstead - Mariana "Greyjoy" Pereira
Eleanor - Vitoria "Vit" Arantes
Carrie Anne - Inara "Maya" Araujo
Princess Eloise - ???
Agora com vocês a leitura!
Capítulo 10: Sorry Suzanne
Jenny POV
Após o ensaio onde Tony havia
composto Poison Ivy, me senti um pouco mais tranqüila. Sabia que ele me ama,
não há dúvidas disso. Ou melhor, até poucos dias, quando conheci a tal Eleanor,
me bateu um pouco de insegurança. Confessei isso ao meu primo.
-- Já falei, Jen. – Terry me
convencia que Tony não possui nada com ela. – Ele te ama demais. O que eles
tiveram, está enterrado.
Por mais que estivesse
convencida, algo me dizia que Eleanor não ia desistir tão fácil. E para
comprovar, resolvi ficar mais perto de Tony. Praticamente fazíamos trabalhos
juntos, passava mais tempo na casa dele e todos os fins de semana saímos juntos
para os restaurantes, cinemas e outros lugares.
Certa vez notei que sempre
quando íamos para algum lugar, Eleanor ia junto. Seguindo-nos ou coisa assim. Às
vezes era alguma amiga ligada a banda ou Tony que a convidava, e pelo visto
aceitava na hora. E tem mais. Ela me olhava seriamente. Era óbvio. O namorado
dela preferindo a mim a ela. Uma vez perguntei para meu amado.
-- Tony, me responda algo?
-- Claro, meu amor. – Beijando minha
bochecha. – O que é?
-- Você... ainda tem algum
sentimento... pela Eleanor?
-- Não. – Ele respondeu e me
encarando sério. – Está com ciúmes?
-- Eu... não... – Disfarcei a
ponto de reconhecer isso. – Um pouco.
-- Amorzinho, o que tive com
Eleanor já passou. Alias, ela me traiu com outro e terminamos. Já com você,
gostei de você logo no primeiro dia de aula.
Trocamos um abraço forte ali mesmo.
Oh Tony...
Carrie Anne POV
Esperei por alguns minutos e
Allan comparece na lanchonete.
-- Desculpe o atraso. Tivemos ensaio.
-- Tudo bem. – Pegando o cardápio
simples e escolhendo o que comer.
Minutos depois nossos pedidos
chegaram. Estava comendo tranquilamente e Allan não tocou no hambúrguer.
-- Por onde estava todo esse
tempo, Carrie? – Ele questionou.
Não respondi e segui comendo.
-- Carrie!
-- Estava em Blackpool,
cuidando da minha avó. –Quase chorando. – Depois... daquele dia, eu fiquei
magoada e ao mesmo tempo feliz. Magoada por ainda gostar do Nash e feliz por
saber que gosta de mim.
Todo esse tempo Allan era o meu
amigo. Amigo de verdade, o único que me ouvia, conversava até tarde no MSN, mandava
mensagens contendo algumas besteiras e rindo das piadas sem graça. Nunca o
olhei mais que um amigo.
-- Eu estava com medo na
verdade. – Ele dizia enquanto mordia seu hambúrguer e depois engolia.
-- Medo do que?
-- De você não me... aceitar...
-- Allan, estou confusa. –
Disse com tristeza. – Eu quero um tempo pra mim. Mas também não quero perder
sua amizade. Só me dê um tempo para... processar as coisas.
Me senti terrivelmente mal.
Tanto que nem terminei de comer e Allan também não quis comer. Voltei para a casa com cara de vilã numa história.
No quarto chorei e peguei o celular, digitando uma mensagem pro Allan me
perdoar. Ele não respondeu. E certamente não vai falar comigo mais. De repente
vem outra mensagem.
Oi Anne!
Novidades a vista: vou estudar amanhã
no mesmo colégio que você.
Te vejo as sete!
Eloise
Uma de minhas melhores amigas
vai voltar a estudar junto comigo. O problema... vai ser esconder sua realeza.
Suzanne POV
-- Amor, me perdoa?
Graham insistia em falar
comigo. E eu... não queria falar com ele.
-- Vai embora.
-- Amor...
-- Saí daqui, ursinho!
Eu não sabia o que fazer. Vi
Graham beijando a irmã de Tony e bem antes disso, me apaixono pelo namorado de
uma de minhas amigas, Carrie Anne. Ela sem dúvida parou de falar comigo e se
isolou de todos. Ninguém sabe dela, nem mesmo Allan, que é seu melhor amigo.
No outro dia, tive aula tranqüilo
de Química e o professor nos deu trabalho em dupla e advinha: Nash vai fazer
comigo. Contra minha vontade. Na verdade preferia trabalhar sozinha contudo, não
deixou e me obrigou a cooperar com o guitarrista.
Enquanto nos dedicávamos na matéria
por quase a manhã inteira, Nash resolve puxar um papo e não era sobre a Fórmula
de Mol ou Linnus Pauling.
-- Me desculpe, ursinha...
Lancei um olhar de reprovação a
ele. Mesmo separado dele, insistia em me chamar de ursinha. Terminamos o
trabalho rapidamente e entregamos ao professor. Sai da sala de aula
rapidamente. Na verdade eu cabulei a aula de Literatura Clássica. Passei a
tarde toda só estudando e depois ouvindo música. Meus pais estavam trabalhando
por isso fiquei sozinha. O tempo começou a se fechar com nuvens escuras, certo
que virá chuva. Quando ia tomar água, ouço a campainha e abri a porta. Era
Graham.
-- Me perdoa, ursinha.
-- Você não desiste. – Aos poucos
pegava raiva da insistência dele. – Sai daqui, Nash!
Fechei a porta na cara dele e
ainda ouvi gritando do lado de fora.
-- Mesmo que feche essa porta, caia uma chuva e me molhe,
não vou desistir de você!
Comecei a ouvir o som de um
violão e Nash cantando.
I can't make it if you leave me
I'm sorry Suzanne believe me I was
wrong
And I knew I was all along
Forgive me
I still love you more than ever
I'm sorry Suzanne for ever hurting you
You know I never wanted to
I'm truly sorry Suzanne
I could never ever justify
All the tears I made you cry
But I do regret it my Suzanne
You gotta believe me
I was lookin' 'round for someone new
What a foolish thing to do
All the time I knew it
Heaven knows what made me do it girl
I can't make it if you leave me
I'm sorry Suzanne believe me I was
wrong
And I knew I was all along all along
I'm truly sorry Suzanne
If you would only take me back again
Things would be so different then
What I wouldn't give for
One more chance to live for you Suzanne
E mesmo cantando, Nash estava
ali, exposto em plena chuva torrencial. Quando tudo parou, abri a porta e ele
estava ali, no mesmo lugar, completamente molhado, tremendo de frio e
espirrando e ardendo em febre.
Aquilo acabou comigo. Puxei ele
para a sala e o levei até meu quarto. Tirei suas roupas e peguei umas do meu
irmão mais velho, Douglas. Preparei um chá com ervas que minha mãe faz sempre
quando estou gripada e fiz Nash beber. Trocamos um olhar intenso e num momento
impulsivo, o beijei.
-- Eu te amo, Nash, meu ursinho
guitarrista.
O resto da tarde foi tão
intenso e maravilhoso.
Eleanor POV
Vi que Tony e Jenny estão bem
distantes, o bastante para não olhar pra eles. Quando finalmente consigo
estudar no mesmo colégio que ele, eis que me surge isso: ele está com uma
garota que ao meu ver, é sem sal. Admito que fiz coisas erradas e uma delas é
trair Tony. Ele nunca fez nada para merecer isso. E agora quero recuperar tudo
isso e seu perdão.
Precisava pensar em algo que não
pudesse chamar tanta atenção. No refeitório, me sentei sozinha... até uma
garota baixa de cabelo louro e olhos cor de mel, meio atrapalhada com a bandeja
de comida resolver se sentar comigo.
-- Hã, com licença, posso me
sentar aqui?
-- Pode. – Disse um pouco
indiferente.
-- Obrigada.
Notei que a garota era meio
diferente do pessoal. Talvez pelas roupas serem um pouco elegantes. Tenho a
impressão que a conheço de algum lugar.
-- Você é nova por aqui? –
Questionei.
-- Sim.
-- De onde você veio, sem
querer ser curiosa?
-- Liverpool. – A garota
respondeu mas notei que ela suava e nem estava quente nem nada.
Antes de fazer mais uma
pergunta, Carrie Anne surge diante de nós e leva a garota com ela pra uma mesa
mais próxima. O que a garota misteriosa e Carrie possuem que as mantém tão
ligadas?
Depois disso passei a observar
a banda de Tony. Todos simpáticos. Aquele tal do Bern é uma graça. E tem uma
simpatia e educação que nem eu mesma acredito... Opa. O que está havendo? Estou
pensando em outro cara e me desviando do Tony? Será que esteja apaixonada...
por Bern?
Maureen POV
Nunca me senti assim, tão
desprezada e ao mesmo tempo odiada por todos. Tony me xingou tanto que nem
quero dizer as palavras ditas. Jenny e as amigas delas me deram consolo. O que
eu poderia fazer? Acabei gostando de um cara que tem namorada. Mas afinal, Nash
traiu Carrie Anne com Sue. Então, eu não poderia ser a culpa disso tudo e todo
mundo me condenar. Se bem que, desta vez, Graham está mesmo amando Suzanne...
A semana inteira só estudei e
nem compareci aos ensaios da banda por castigo e evitar atritos com Nash e Sue,
que finalmente voltaram e estão mais apaixonados. Contudo, algo aconteceu de
bom na semana do acerto de Nash e Sue. Tinha ido a sorveteria e na hora de
pagar o sundae que escolhi, surge Terry Sylvester pagando para mim.
-- Pra você, pequena dama. –
Disse ele, pegando o sundae e dando-o para mim.
-- Obrigada! – Agradeci tão
feliz.
Caminhamos um pouco pela
avenida até me perguntar algo.
-- Nesta sexta, serão as
quartas de final do Concurso de Bandas. E eu já convidei a Jenny e as meninas e
gostaria de saber se quer ir comigo? Como amigos, é claro.
-- Sim. Eu quero! – Aceitei na
hora.
Aos poucos a imagem de Graham
Nash sumia e dava lugar ao primo querido e fofo da Jennifer Eccles. E devo
confessar: ele é um amor de pessoa.
Continua...
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